INSTITUTO ADVENTISTA PARANAENSE
FACULDADE ADVENTISTA PARANAENSE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
Classificação da Medidas Preventivas
Semestre –1/2009
Profª Ms. Fernanda Shizue Nishida

São consideradas todas aquelas utilizadas
para
evitar
as
doenças
ou
suas
conseqüências, quer ocorram sob forma
esporádica, quer de modo endêmico ou
epidêmico.

Trata-se de uma classificação extensamente usada, para
organizar as ações propostas pela sociedade.

As medidas ‘inespecíficas’, ditas ‘gerais’ ou ‘amplas’, têm o
objetivo de promover o bem estar das pessoas; as ‘específicas’,
ou ‘restritas’, incluem as técnicas próprias para lidar com cada
dano à saúde, em particular.
Ex.: A profilaxia da doença de Chagas é executada através de
medidas específicas, como a luta antivetorial, ao lado de outras
mais amplas e decisivas na promoção global da vida das
populações – e que se traduzem pela melhoria na qualidade de
vida da população.

As ações primárias são aplicadas em fase anterior ao início
biológico da doença e as secundárias, após o seu início.

Posteriormente, foi acrescido o termo ‘terciário’, visando
incluir medidas recomendadas em fase mais avançada da
doença.

As ações deste tipo estão dirigidas para a manutenção da saúde.
Trata-se da ‘prevenção da ocorrência’ da fase patológica – ou
seja, de evitar novos casos de agravos à saúde. Ex.: educação
para a saúde e saneamento ambiental.

As medidas desta natureza são orientadas para o período
patológico, enquanto a doença ainda está progredindo, seja em
fase subclínica, seja de evolução clinicamente aparente.

Elas visam à ‘prevenção da evolução’ do processo patológico
no organismo, na tentativa de, se possível fazê-lo regredir.

Ex.: uso de aspirina em pacientes com IAM, com o objetivo de
prevenir um infarto subseqüente.

A atuação visa à prevenção de reincidências, de complicações,
de seqüelas e óbitos.

Neste caso as ações se dirigem à fase final do processo –
estacionária – e visam a desenvolver a capacidade residual do
indivíduo, cujo potencial funcional foi reduzido pela doença, ou
por seqüelas de um episódio agudo de uma afecção crônica.

A idéia central consiste em atenuar a invalidez e promover o
ajustamento do paciente a condições irremediáveis, o que
estende o conceito de prevenção ao campo da reabilitação.

As três fases citadas – prevenção primária, secundária e
terciária – desdobram-se em cinco níveis.
1 nível – promoção da saúde:
Engloba as ações destinadas a manter o bem estar, sem visar a
nenhuma doença em particular.

Promover um estado nutricional adequado é uma medida de
promoção da saúde.

2 nível – proteção específica

Inclui medidas para impedir o aparecimento de uma
determinada afecção, em particular, ou de um grupo de doenças
afins.

São exemplos a vacinação, com que se procura elevar a
resistência específica do organismo contra uma dada doença, e
a proteção contra riscos ocupacionais.

3 nível – diagnóstico e tratamento precoce

Trata-se de identificar o processo patológico no seu início antes
do aparecimento de sintomas. São exemplos a pesquisa do
bacilo da tuberculose no escarro e os exames seletivos,
dirigidos a subgrupos da população nos quais há maior
probabilidade do aparecimento do dano que se busca
diagnosticar.

4 nível – limitação do dano

Consiste em identificar a doença, limitar a extensão das
respectivas lesões e retardar o aparecimento de complicações,
se não for possível evitá-las por completo.

Em relação à fase anterior, trata-se apenas de reconhecimento
mais tardio do agravo à saúde.

A afecção já ultrapassou o limiar clínico, havendo, portanto
sinais e sintomas denunciadores da sua presença.

5 nível – reabilitação

Objetiva desenvolver o potencial residual do organismo após
haver sido afetado pela doença, de modo a contribuir para que o
indivíduo leve uma vida útil e produtiva.

Constitui-se em um trabalho em equipe destinado a prover
suporte físico, mental e social, que favoreça a reintegração da
pessoa na família, no trabalho e na sociedade.

A definição de prevenção, usada nesta classificação
difere da anterior por ser mais restrita. Engloba as
“medidas adotadas ou praticadas por indivíduos que,
no momento, não sentem os efeitos de uma doença, e
estão dirigidas para diminuir o risco do aparecimento
futuro de doenças.

Três níveis de prevenção estão identificados, com base
na relação custo-benefício de cada intervenção.

1 – Medidas Universais

Recomendadas a todas as pessoas. Por exemplo: dieta
balanceada, exercícios regulares e higiene dental.

Elas são desejáveis a todos, pois os benefícios sobrepassam em
muitos os custos e riscos. São aplicadas com ou sem assistência
profissional.

2 – Medidas Seletivas

Aconselhadas somente a subgrupos da população, identificados
pela faixa etária, sexo, ocupação, ou outra característica
marcante.

Ao exame, as pessoas apresentam-se bem. Estão nesta categoria
a vacinação anti-rábica de veterinários, o uso de proteção no
trabalho e a abstinência de álcool e fumo durante a gravidez.

São elas, portanto, seletivas para segmentos populacionais em
alto risco de adoecer.

3 – Medidas Individualizadas (ou indicadas caso a caso)

Aplicadas unicamente na presença de uma condição que coloca o
indivíduo em alto risco para o desenvolvimento futuro da doença.

Tais condições ou fatores de risco são detectados à base do exame
clínico ou laboratorial, e o seu controle, em geral, depende de
assistência especializada para obter melhores resultados

Servem de exemplo
hipercolesterolemia.
o
controle
da
hipertensão
e
da
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HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA