PRESS-RELEASE // 24.03.12
“A MORTE DE CARLOS GARDEL”: FILME SELECCIONADO PARA FESTIVAIS DE CINEMA EM MONTEVIDEU E CHICAGO
“A Morte de Carlos Gardel”, primeira adaptação de um livro de António Lobo Antunes ao cinema, tem presença marcada no Festival
Cinematográfico Internacional do Uruguai, com início já na próxima quinta-feira e marcará presença, em Abril, no Chicago Latino Film
Festival.
“A Morte de Carlos Gardel”, um dos filmes de ficção mais vistos pelo público português, em 2011, estreia em Montevideu, durante o 30º Festival
Internacional do Uruguai, que decorre entre 29 de Março e 8 de Abril. “A Morte de Carlos Gardel” de Solveig Nordlund compete no âmbito da
competição “Largometrajes Iberocamericanos”, num evento cinematográfico de grande relevo neste país que acolhe, anualmente, mais de 10 mil
espectadores, contando com o apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual e Instituto Camões.
No próximo mês, o filme será também apresentado na 28ª edição do Chicago Latino Film Festival, que acontece entre 13 e 26 de Abril, nos EstadosUnidos, contando com a presença da realizadora, Solveig Nordlund. O festival, organizado pelo International Latino Cultural Center of Chicago apresenta
filmes da América Latina, Brasil, Espanha e Portugal em várias salas da cidade de Chicago.
Produzido pela Fado Filmes, “A Morte de Carlos Gardel” estreou, em Portugal, a 22 de Setembro de 2011 e conta a história de Nuno, um
toxicodependente de dezoito anos. Enquanto Nuno está em coma, mostra a infância perturbada de Nuno e o presente, onde membros da sua família
ponderam como a vida poderia ter sido se estivessem mais presentes na vida do jovem.
Radicada em Portugal, Solveig Nordlund realizou dois documentários sobre António Lobo Antunes, em 1997 e 2010. Dividindo agora o seu percurso entre
o cinema e o teatro, trabalhou no passado como assistente de realização de Manoel de Oliveira, Alberto Seixas Santos e João César Monteiro. Com uma
predileção pela adaptação de obras literárias, já transportou para o grande ecrã textos de J. G. Ballard, Henning Mankell, Grete Roulund ou Richard
Zimler. Realizou filmes como “Aparelho Voador a Baixa Altitude” (2002) ou “A Filha” (2005). “A Morte de Carlos Gardel” (2011) é a sua sexta longametragem.
ENTREVISTA A SOLVEIG NORDLUND
Onde começa esta relação com a obra de António Lobo Antunes que a levou agora a escolher esta obra em particular?
Em 1997, fui convidada pela SVT - a televisão sueca - para fazer uma introdução à obra de Lobo Antunes, que nessa altura era uma dos candidatos mais falados para o
Prémio Nobel. E comecei a ler António Lobo Antunes. Li todos os seus livros e tornei-me fã da sua forma impressionista de escrever. Gostei sobretudo de "Os Cús de Júdas",
"Fado Alexandrino" e "A Morte de Carlos Gardel". Com os anos fui ampliando e completando o documentário até acabá-lo em 2010 com o título "Escrever, Escrever, Viver".
Entretanto tinha falado com António sobre a possibilidade de adaptar " A Morte de Carlos Gardel" para o cinema e ele deu-me carta-branca para escrever o guião.
Já trabalhou no cinema muitas obras literárias, o que a cativa neste processo de compor imagens em cima das palavras?
Já fiz várias adaptações de obras literárias para o cinema – “Até Amanhã, Mário” (de Grete Roulund), “Comédia Infantil” (de Henning Mankell), “Aparelho Voador a Baixa
Altitude” (de J.G. Ballard), “O Espelho Lento” (de Richard Zimler) e agora “A Morte de Carlos Gardel” de António Lobo Antunes. Não sei porque prefiro adaptar uma obra já
existente em vez de escrever uma história de raiz, que também fiz várias vezes – “Dina & Django”, “A Filha”. Penso que me considero mais protegida quando houve outra
pessoa antes de mim a pensar na história e nas suas implicações. E é também um desafio traduzir uma obra de que se gosta muito para uma outra linguagem.
Onde acaba a obra de António Lobo Antunes e começa a de Solveig Nordlund?
"A morte de Carlos Gardel" é um exemplo disto. Gostei muito do livro e da emoção que transmitia. O desafio a adaptá-lo ao cinema foi tornar a história compreensível sem
perder a respiração e a emoção do livro. O livro estende-se no tempo e no espaço, tive que reduzir as personagens e centrar a história ao essencial - a morte do filho
toxicodependente e como esta morte transforma as pessoas à sua volta.
Qual o aspecto que a atraiu mais nesta história?
O que me atrai nesta história é a grande culpa que as personagens sentem. Não sabem agir perante os acontecimentos e procuram desesperadamente algo que dê sentido
e que lhes possa fazer·perdoar. O pai procura um falso Carlos Gardel para dar sentido à sua vida depois da morte do filho.
FILMOGRAFIA
2011:
A MORTE DE CARLOS GARDEL, baseado na obra António Lobo Antunes
EM TRÂNSITO, documentário sobre o artista José Pedro Croft
2010:
CONVERSAS NO CABELEIREIRO, 3 documentários para a RTP2 sobre mulheres artistas
2009:
O ESPELHO LENTO, curta-metragem
ESCREVER, ESCREVER, VIVER, documentário sobre o escritor António Lobo Antunes
2008:
OUTRA MEMÓRIA, curta-metragem
TERRITÓRIOS DE PASSAGEM, 3 pequenos documentários sobre o artista José Pedro Croft
2007:
NÓS POR ELES, 5 documentários sobre escritores estrangeiros em Portugal
2005:
O BEIJO, curta-metragem
2004:
TIA LINNEA E O MUNDO (Moster Linnea och Världen), curta-metragem
AMANHÃ, curta-metragem, RTP
2003:
A FILHA, longa-metragem
2002:
APARELHO VOADOR A BAIXA ALTITUDE, longa-metragem baseada no romance de J. G. Ballard
1999:
THE TICKET INSPECTOR, curta-metragem
1998:
UMA VOZ NA NOITE, curta-metragem
1997:
COMÉDIA INFANTIL, longa-metragem baseada no romance de Henning Mankell
1996:
O CAMINHO DE REGRESSO (Vägen Tillbaka), documentário sobre a recuperação de toxicodependentes na Suécia
1995:
MEETING MAI, curta-metragem com Mai Zetterling
ANTÓNIO LOBO ANTUNES, documentário para a SVT sobre o escritor português
FEITIÇO (Bergtagen), curta-metragem
1993:
MARGUERITE DURAS, documentário
1992:
ATÉ AMANHÃ, MÁRIO, longa-metragem baseada na obra de Grete Roulund
1990:
UMA HISTÓRIA IMORTAL, documentário sobre o Tchiloli de São Tomé
1989:
FINEBOYS, documentário para a SVT sobre modelos masculinos
1988:
MANCHAS DE LUZ, documentário para a SVT sobre músicos idosos
1987:
STIG CLAESSON and J. G. BALLARD, série documental para a SVT sobre escritores
1986:
VIAGEM A ORION (Resa Till Orion), curta-metragem baseada na obra “13 to Centaurus” de J.G.Ballard
1985:
BARNUM, ópera
HOT LINE (Heta Linjen), episódio da longa-metragem OU O QUE ACONTECEU AO RATO NO ANO DO GATO
1984:
COM OUTROS OLHOS, série documental para a SVT sobre realizadoras de cinema
1983:
DESCOBRIR PORTUGAL, documentário para a SVT
1982:
CASA (Hemmet), curta-metragem
MEMÓRIAS DA MINHA ALDEIA (Minnen Fran Byn Torrom), curta-metragem
1980:
DINA AND DJANGO, longa-metragem
1979:
E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LO?, série para a RTP sobre Karl Valentin
1978:
MÚSICA PARA SI / VIAGEM PARA A FELICIDADE / NOVAS PERSPECTIVAS, documentário sobre 3 peças de teatro de de F. X. Kroetz para a RTP
1977:
NEM PÁSSARO NEM PEIXE, curta-metragem
1976:
A LEI DA TERRA, documentário de longa-metragem sobre a Reforma Agrícola em Portugal
ASSIM COMEÇA UMA COOPERATIVA, documentário
A LUTA DO POVO, documentário sobre a alfabetização em Santa Catarina
1975:
DESAPARECEU, série documental sobre jovens que fugiram de casa
FICHA TÉCNICA
A Morte de Carlos Gardel
De: Solveig Nordlund
Produção: Luís Galvão Teles / Fado Filmes
Produtor Executivo: João Fonseca
Fotografia: Acácio Almeida
Montagem: Paulo MilHomens
Música original: Pedro Marques
Com: Rui Morisson, Teresa Gafeira, Celia Williams, Carlos Malvarez, Miguel Mestre, Joana de Verona, Elmano Sancho, Ida Holten Worsøe, Albano Jerónimo, Maria João
Pinho.
Participação especial: Ruy de Carvalho
E ainda: Carla Maciel, Diogo Dória, Teresa Faria, Cecília Henriques, Maria Arriaga
Género: Drama
Classificação: M/12
Outros dados: POR, 2011, Cores, 87 min.
Link: http://carlosgardelfilme.blogspot.com/
Sinopse: Nuno (Carlos Malvarez) é um jovem toxicodependente em coma. Durante os dois dias que passa entre a vida e a morte, cada um dos seus familiares evoca na
primeira pessoa uma teia de recordações. O pai, Álvaro (Rui Morisson), apaixonado por tango, recusa-se a aceitar a realidade, confundindo um imitador (Ruy de Carvalho)
com o seu cantor de tango argentino favorito: Carlos Gardel. Um emaranhado de discursos cruzados e de memórias, em que a culpa está sempre latente, conduz-nos por
uma rede de memórias até ao presente. É a vida toda, com a morte dentro.
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