Literatura – Aula 2
“Abaixo os puristas!”
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“Abaixo os puristas!”
Sabemos que o início do século XX foi sinônimo de quebra dos paradigmas da
tradição e do conceito de arte como imitação do real.
Em “O resgate da memória”, Salvador Dali
percorre o inconsciente e subconsciente descritos por Freud;
Mario Dal Monte, nessa figura veloz, demonstra os efeitos da rapidez e da técnica
na vida do homem mecanizado, em “O motociclista”.
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“Abaixo os puristas!”
As vanguardas européias, com seus vários “ismos”, revolucionaram a estética com
seus traços futuristas, cubistas, surrealistas, conforme se pode perceber em
“Os ciclistas”, de Fortunato Depero; “Mulher com gato” de Fernand Léger; “Rosto de
Mae West ou esboço para apartamento surrealista”, de Salvador Dali...
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“Abaixo os puristas!”
...Ou ainda com as tintas expressionistas de Edvard Munch em “O grito”; de Emil
Nolde, em “Máscaras vivas”.
Vários intelectuais brasileiros trouxeram para o país a inovação vanguardista
européia, para atualizar as artes nacionais ao novo tempo que encantava e ao
mesmo tempo amedrontava o homem.
O movimento de 22 aglutinou no Teatro Municipal de São Paulo, o que Ítalo Moriconi
classificou como “nossa vanguarda tupiniquim”.
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“Abaixo os puristas!”
Na literatura portuguesa, brilha Fernando Pessoa, seus heterônimos em um estilo
novo e polêmico: o MODERNISMO.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
O lusitano Pessoa, nesse ícone da criação poética, discute a diferença entre ficção
e realidade, o próprio conceito de criação literária e impacto no leitor.
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Tarsila do Amaral com “Abapuru”, “Os operários”;
Anita Malfatti, em “Manteau rouge”;
Cândido Portinari, com “Os retirantes” expõe
engajamento social;
Di Cavalcanti e a brasilidade de
“Carnaval” e “Roda de samba”.
QUANTA VARIEDADE!
QUE BRASILIDADE!
QUANTA INOVAÇÃO!
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“Abaixo os puristas!”
• Se são muitos os Brasis, são
os nacionalistas:
PRIMITIVISTAS E
ANTROPOFÁGICOS!
ou
UFANISTAS!
Aqui está a grande dúvida:
Tupy or not tupy, that is the
question!
(Oswald de Andrade)
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“Abaixo os puristas!”
Antropofagia só, não. Ornitofagia também.
A Antropofagia venceu.
Não há restaurante que se preze que não faça figurar
em seu menu a saborosa carne humana.
O Matadouro da Academia de Letras está deserto.
Os acadêmicos foram quase todos devorados.
E, para não haver falta de comida, arranjemos um sucedâneo à carne humana
Que seja, por exemplo, a ornitofagia.
E a comida, que vinha pulando, virá voando.
Vamos comer esse Sabiá que canta nas palmeiras...
Vamos comer as pombas do pombal...
Vamos comer “Albatroz, Albatroz, águia do oceano...”
E viva a ornitofagia.
Sabiá, pomba, juriti, albatroz, e tudo mais, só para comida.
Para voar há o aeroplano...
E para rei do oceano, chega Lindenberg, até o dia
em que seja devorado também.
(João do Presente)
O Brasil do poema é o primitivista, o deglutidor de outras culturas, o demolidor do
passado, o Brasil da modernidade. Por que cultuar os pássaros da literatura se o
aeroplano pode substituí-los “até o dia em que seja devorado também”?
Nacionalismo crítico
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Sinal no céu
E uma cruz misteriosa de estrelas
Abriu no céu os seus braços de luz
Como uma enorme profecia:
Eu sou a cruz do firmamento!
O cruzeiro do amor universal!(...)
Sinal da cruz, descrucificador
Porque signo de “mais”, de soma e aliança.
Eu sou a cruz dialética do amor.
Um abraço de estrelas a quem chega
À procura de uma ilha
No mapa-múndi da desesperança.
Porque eu sou o caminho, ainda obscuro,
Por onde, finalmente, desfilará a humanidade do futuro.
(Cassiano Ricardo)
O artista, neste poema, exalta a grandiosidade de uma nação que tem indicação
divina da exuberância e do destino dela no mundo: aqui está a raça do futuro, a
esperança. A constelação em formato de cruz, signo de sofrimento e martírio de
Jesus, transforma-se, no Brasil, em índice de solidariedade, amor e integração
entre os povos.
NACIONALISMO UFANISTA (Verde-Amarelo / Anta)
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• Tendências da 1a.fase (1.922 a 1.930)
DEMOLIÇÃO DO CONSERVADORISMO
Corrente primitivista = Pau-Brasil e Antropofagia
A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica...
(Oswald de Andrade)
Estou farto do lirismo bem-comportado... (Manuel Bandeira)
No jornal anda todo o presente. (Oswald de Andrade)
Só me interessa o que não é meu...Contra os importadores da consciência
enlatada. (Oswald de Andrade)
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza. (...)
(Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia. (...)
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
(Murilo Mendes)
M. Mendes exalta o Brasil, intertextualiza com Gonçalves Dias, mas possui postura
crítica quanto ao retrato de seu país: Observe os três últimos versos da
1a.estrofe e o dístico final do poema.
Há, então, na devoração antropófaga, uma seleção como nos processos da
intertextualidade. (Leyla Perrone-Moisés – analista literária)
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“Abaixo os puristas!”
Corrente nacionalista = Verde-Amarelo e Anta
...transformar numa prodigiosa força a bondade do brasileiro e o seu
sentimento de humanidade.
(Manifesto do Verde-Amarelismo)
(O céu negro quebrou a lua atrás do morro.)
'Druma ioiozinho
que a cuca já i vem;
papai foi na roça
mamãi foi tamém.' (Cassiano Ricardo)
Itapira é sempre aquela moça jovial e faceira
que se veste à maneira de princesa,
trescalando a cravo,
alvejando nas rendas de nuvens brancas
dum céu azul,
azul como devera ter sido o olhar de Eva,
se é que nossa primeira mãe foi loura... (Menotti Del Picchia, em poema feito
para a cidade de Itapira - SP)
O que move o poeta ufanista são os motivos brasileiros, folclóricos, com conotação
anti-européia e idealização da terra natal. Veja, no último texto como Menotti del
Picchia exalta uma terra sem defeitos ou problemas. Atente para os tons
nacionalistas com que ele “pinta” a cidade de Itapira.
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Corrente universalista / espiritualista
Reaproveitamento da escola simbolista, com a ênfase na sugestão e na
musicalidade poética. Os temas são abrangentes, isto é, universais.
Autores desse grupo rejeitam o que classificam como “balbúrdia e primitivismo”(...)
buscam a realidade integral(humana e transcendente), e a demonstração de que
a poesia brasileira é uma realidade viva no mundo.
Herança
Eu vim de infinitos caminhos,
e os meus sonhos choveram lúcido pranto
pelo chão.
Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos,
essa vida, que era tão viva, tão fecunda,
porque vinha de um coração?
E os que vierem depois, pelos caminhos infinitos,
do pranto que caiu dos meus olhos passados,
que experiência, ou consolo, ou prêmio alcançarão? (Cecília Meireles)
Uma atmosfera de irrealidade e sentimentalismo representada pelas palavras,
infinitos, sonhos, é bem ao gosto pelo mistério dos simbolistas do século XIX,
C. Meireles, entretanto, escreve o poema no que se pode classificar como prosa
poética, o que é uma inovação.
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Tudo quanto se pôde observar até aqui conduz-nos à certeza de que a
diversidade artística dos modernistas de primeira hora desaguava no
Brasil, com seus contrastes e qualidades.
O contraste não era apenas do Brasil, mas também dos integrantes do
movimento mais revolucionário que o país já experimentara. Depois do
impacto provocado pelo evento, os intelectuais que o tinham promovido
começam a se reorganizar em grupos com visões políticas e sociais
contrastantes e, até mesmo, contrárias.
• E vivemos uns oito anos, até perto de 1930, na maior orgia
intelectual que a história artística do país registra.
• Ver com olhos livres pressupõe uma abertura para assumir tudo o
que somos, como se fôssemos uma criança que estivesse vendo o
país pela primeira vez.
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E a ficção na primeira fase? Está com Mário de Andrade e o “nosso herói sem
nenhum caráter”, que sempre repete: - Ai! que preguiça!...
Depois de perder o amuleto(muiraquitã), o herói perde seu reino na floresta para o
vilão Venceslau Pietro Pietra, o colonizador.
... o passarinho uirapuru pousou no joelho dele. Macunaíma fez um gesto de
caceteação e enxotou o passarinho uirapuru. Nem bem minuto passado escutou
de novo a bulha e o passarinho pousou na barriga dele. (...) Então o passarinho
uirapuru agarrou cantando com doçura e o herói entendeu tudo o que ele
cantava. E era que Macunaíma estava desinfeliz porque perdera a muiraquitã na
praia do rio quando subia no bacupari.(...)...o mariscador que apanhara a
tartaruga tinha vendido a pedra verde pra um regatão peruano se chamando
Venceslau Pietro Pietra. O dono do talismã enriquecera e parava fazendeiro e
baludo lá em São Paulo, a cidade macota lambida pelo igarapé Tietê...
Mário de Andrade aproveita, e bem, o vocabulário indígena, as lendas brasileiras, a
poesia da cultura brasileira, a fauna do Brasil, a fala coloquial do país.
A tribo se acabara, a família virara sombras, a maloca ruíra minada pelas saúvas e
Macunaíma subira pro céu, porém ficara o aruaí daqueles tempos em que o
herói fora o grande Macunaíma imperador. E só o papagaio no silêncio do
Uraricoera preservava do esquecimento os casos e a fala desaparecida.
Tudo ele contou pro homem e depois abriu asa rumo de Lisboa.
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2a. fase: (1.930 A 1.945) – CONSTRUÇÃO IDEOLÓGICA
... E o clamor ia engrossando
Num retumbar formidando
Pelas cidades além...
-“Que foi?” as gentes falavam,
E eles pálidos bradavam:
- “São os do Norte que vêm!” (Manuel Bandeira)
A segunda fase do Modernismo é marcada pela visão
neo-naturalista, que tinha olhos para a influência do ambiente no
comportamento do brasileiro de Graciliano Ramos e de Érico Veríssimo.
Bibiana olhou para ele furtivamente. E no rápido instante em que seus olhos
se encontraram Rodrigo viu, sentiu que a moça o amava. Essa potranquinha
está laçada – concluiu. – Já botei nela a minha marca.
Meteu na boca um naco de carne gorda, triturou-o nos
dentes fortes e pensou ainda: Minha marca não sai mais.
Nunca mais. (Um certo capitão Rodrigo)
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3a. fase: (1.945 a 1.958) – REFINAMENTO ESTÉTICO
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
Água congelada, por chumbo seu verbo...
Certo não, quando ao catar palavras:
A pedra dá à frase seu grão mais vivo...
João Cabral de Melo Neto dessacraliza o fazer poético ao equiparar o ato de catar
feijão ao de escrever: aquilo que é aproveitado no alguidar (os grãos) pode não ser
o que será de valor para o verso (a pedra).
Guimarães Rosa e Clarice Lispector encantam o mundo com o regionalismo, ponte
para a universalidade, e o mergulho no mundo feminino da ficção, repectivamente.
O que mais penso, testo e explico: todo-o-mundo é louco. O senhor, eu, nós, as
pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de religião: para se
desindoideceer, desdoidar... (Grande sertão: veredas)
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3a. fase: (1.945 a 1.958) – REFINAMENTO ESTÉTICO
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. E eu, que
não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos
espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa
a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e
diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas.
Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu
daqui de casa e você nem quis ler! Peguei o livro.
Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos,
comprimindo-o contra o peito. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha,
Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear
pela casa... Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no
colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
O narrador em 1a.pessoa consegue contar liricamente o fascínio da protagonista
pela literatura. O livro é tão sedutor que a menina tem com ele ligação física, a ponto
de considerá-lo seu amante.
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TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS (1.958 em diante)
Era um homem bem vestido
Foi beber no botequim
Bebeu muito, bebeu tanto
Que
saiu
de
lá
assim.
As casas passavam em volta
Numa procissão sem fim
As coisas todas rodando
•CONCRETISMO
Poeminhas Cinéticos
Millôr Fernandes
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TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS (1.958 em diante)
Poema brasileiro
No Piauí de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças
que nascem
78 morrem
antes
de completar
8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade (Ferreira Gullar)
POESIA PRÁXIS (ENGAJADA)
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TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS (1.958 em diante)
Nas décadas de 60/ 70 em diante, a literatura brasileira foi produzida sob o impacto
de acontecimentos políticos difíceis, sob o (des) encantamento com a globalização.
Os artistas, poetas e ficcionistas, olharam novamente para o país com cuidado e
interesse.
O que havia restado do movimento de 1922? Como estava o primeiro habitante da
terra, na 2a. metade do século XX? Como o militarismo interferiu no cotidiano do
país?
Darcy Ribeiro, brilhantemente, abordou todos esses temas quando escreveu
MAÍRA, em 1.976, uma tentativa de não deixar-se perder a origem do indígena
brasileiro, uma narrativa corajosa de denunciar a exploração religiosa e estrangeira
no país: A tribo mairum, depois de ver a morte de seu chefe maior, o tuxaua Anacã,
vê-se sem comandante. Isaías, o sucessor natural, estava em Roma prestes a se
tornar sacerdote. A narrativa segue com descrições do provável chefe novo sobre a
terra de sua época de criança e a que ele via depois de anos afastado do Brasil e do
convívio com os seus. Quem era ele? Em que ele se transformara? Como conciliar a
visão de mundo indígena com a católica?
Darcy Ribeiro é, ao mesmo tempo, narrador e autor: deixa que o homem Darcy fale
junto com o que resgata a história do índio brasileiro.
Cada povo, a senhora sabe, cada povo pensa dentro do quadro de seu idioma...
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TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS (1.958 em diante)
No fim da tarde, à luz da roda vermelha do Sol crescida no horizonte, Remui, o aroe,
vem sepultar o tuxaua Anacã. Todos estão aqui, mas só os homens da família
oposta e complementar às onças, só os carcarás, se ocupam de levantar o cadáver
e pousá-lo no fundo da cova. - A cena faz parte da descrição dos rituais
indígenas e serve para explicar a organização da tribo, dividida entre o grupo
dos felinos e o das aves.
Cada povo, a senhora sabe, cada povo pensa dentro do quadro de seu
idioma... – reflete Isaías, antes batizado como Avá, com a norte-americana que
queria que ele traduzisse para o idioma mairum a Bíblia..
História serve para contar, para não esquecer, para não acabar. Eu mesmo ainda
tenho muitas que contar, para não esquecer, para não acabar. - O narrador-autor
se intromete na trama e declara seus objetivos ao criar o mundo mairum.
os padres da Missão discutem a validade de catequizarem os índios e,
finalmente, Jaguar é feito o novo tuxaua. - Um narrador em 3a.pessoa do
discurso denuncia como a catequese é nociva.
Meu Deus Filho: Maíra-Coraci, Sol luminoso./ Micura, Teu irmão fétido: gambá
sarigüê/ Mosaingar, homem-mulher, ventre de Deus/ Deus Pai, Deus Filho,
Arcanjo Decaído/ Maria Santíssima, Açucena do Senhor/ Maíra-Manon, MaíraCoraci, Micura/ Mosaingar parida dos gêmeos de Deus/ Meu Deus de tantas
caras, eu que creio como descreio, peço a cada um e a todos: rezo e peço
humildemente. Em uma das cenas mais tocantes, o índio aculturado, Avá/
Isaías confunde os valores e crenças pois já não acredita nos seus iguais, mas
não se tornara um branco católico: A angústia o consome.
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• 1a.fase
Mário de Andrade
Oswald de Andrade
Cassiano Ricardo
Menotti del Picchia
Raul Bopp
Cecília Meireles
Murilo Mendes
Augusto Frederico Schimidt
• 2a.fase
Manuel Bandeira
Jorge de Lima
Carlos Drummond de Andrade
Vinícius de Morais
Mário Quintana
“Abaixo os puristas!”
• 3a.fase
João Cabral de Melo Neto
Lêdo Ivo
Thiago de Melo
Carlos Drummond de Andrade
Ferreira Gullar
Manuel Bandeira
•
Contemporaneidade
Décio Pignatari
Haroldo e Augusto de Campos
Caetano Veloso
Wally Salomão
Chacal
Paulo Leminski
José Paulo Paes
Cacaso
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