ANO XVII • Nº 121 • agosto • 2012 • Distribuição Gratuita
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Pedro Osório
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Sergius Gonzaga
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Caroline R. Heck
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Por Caho Lopes - Escritor e Empresário
Eu Acredito
Eu acredito que não se levar tão a sério é um grande
benefício, que faz com que a gente não se meta em tantas
encrencas nem seja tão sisudo.
Eu acredito que para ser feliz basta não complicar, saber
estalar os dedos e a língua, e observar as coisas e as pessoas
sem apenas olhá-las de relance.
Eu acredito que o dinheiro é bom, mas não é ótimo. Ótima é
uma tarde deitado na cama ao lado da mulher amada, escutando
a chuva e os trovões lá fora enquanto a gente só pensa em
bobagem e fica bem abraçadinho.
Eu acredito nas pessoas de um modo geral, e continuo
acreditando mesmo quando tomo um tombo, porque a vida é
escrita nas cicatrizes do corpo e da alma e, vez que outra, a
gente tem que se machucar, mas sem deixar de acreditar.
Eu acredito que existe um Obi-Wan-Kenobi para cada Darth
Wader, um Batman para cada Coringa, e acredito que existe um
Super-Homem dentro de cada um que crê e semeia a paz.
Eu acredito que os humildes herdarão a Terra, mesmo que
esta crença seja tão assolada pelos arrogantes e prepotentes,
pois ainda que eles não dominem o planeta, dominam a mídia e
são onipresentes.
Eu acredito nas mensagens que só as coincidências trazem,
porque afinal de contas a energia das coisas que existem ao
nosso redor tem que se comunicar com a gente de alguma
forma.
Eu acredito em quem vive com intensidade e desconfio de
quem é sábio, pois a sabedoria é derramada dos livros e vida
cada um tem que viver a sua.
Eu acredito que o Elvis não morreu e que a Elis vive, porque
louco não se contraria.
Eu acredito no poder transformador de um sorriso, e creio que
se ele for dado por uma criança tem o poder de parar o tempo,
para que todos nós tenhamos a oportunidade de começar tudo
de novo e fazer o que é certo.
Eu acredito no amor, na fantástica couraça que envolve duas
pessoas que se amam, na paz que advêm deste encontro e na
fidelidade, não por obrigação, mas por redenção.
Eu acredito na boa música, na boa comida, nas viagens
inesperadas.
Eu acredito em morrer e recomeçar, porque a vida não pode
ser vivida apenas para se curtir a estrada, é preciso que o porto
de chegada faça algum sentido.
Porque a vida consiste em acreditar, nunca em desistir.
Rua Miguel Tostes, 771 • cj 03 • POA/RS
CEP 90430-061 • CNPJ: 74.783.127/0001-60
51 3012 7292 • [email protected]
www.usinadoporto.com.br
Editor e Jornalista - Jorge Luiz Olup (DRT/RS nº 12460)
Administração - Jorge Luiz Olup e Nelza Falcão Olup
Jornalista Responsável - Thamara de Costa Pereira
Direção de Arte - Jorge Luiz Olup
Consultoria Jurídica - Miriam Pereira de Souza
Editoração e Arte-Final - Airton Schineider
Tiragem - 10 mil exemplares
Impressão - Correio do Povo
Colaboradores: Pedro Luiz da Silveira Osório,
Sergius Gonzaga, Caroline R. Heck, Walter Galvani,
Dra. Beatriz Bohrer do Amaral, Dra. Fátima Alves,
Camilo de Lélis, Rogério Ratner, Dr. Nilton Alves, Paulo
Amaral, Marcelo Oliveira da Silva, Sérgio Napp, Teniza
Spinelli, Renato Pereira, Luciano Alabarse, Jaime Cimenti, Thamara de Costa Pereira, Caho Lopes, Adeli
Sell, Paulo Rogério Dias Couto e Mara Cassini Andreta.
As opiniões expostas nos textos assinados são
de inteira responsabilidade dos autores e não
correspondem necessariamente à posição do Jornal.
Fotos: Fabiano Vuelma, Claudia Andrade, Vica
Nabuco, Marina Fujiname, Sérgio Guerra, Fabían
Pazos, Fernando Pires, Renata Pires, Guga
Melgar, Luis Alberto Gonçalves, Camila Sergio,
Castagnello, Fotos Divulgação dos Artistas e do
Porto Alegre Em Cena.
Agenda Cultural – 20 de agosto a 30 de setembro de 2012 - Consulte a programação completa no site: www.usinadoporto.com.br
THEATRO SÃO PEDRO
Musical Petropar - Todas as quartas-feiras úteis às 12h30 no
Foyer Nobre - Entrada Franca
22/08 - Grupo Vocálico da AMA
29/08 - JAZZGIG
25/08 - 21h e 26/08 - 18h - Adolescer (RS) O texto reflete sobre
o comportamento típicos da adolescência e reúne fragmentos
de Moacyr Scliar, Carlos Drummond de Andrade, José Outeiral,
Rubem Alves e Cybelle Weinberg. Texto: Vanja Ca Michel. Dir.
Vanja Ca Michel
29/08 - 21h - O Sobrado (RS) Adaptação de sete capítulos da
obra O Continente, de Erico Verissimo. Elenco: Grupo Cerco. Dir.
Inês Marocco. Entrada Franca
01/09 21h e 02/09 – 18h - Marcelo Camelo (RJ) Show Voz e
Violão. Participação especial: Thomas Rohrer (rabeca)
04/09 – 20h - Lançamento do livro Era Meu Esse Rosto de Márcia
Tiburi. Bate-papo e leitura de trechos da obra entre a autora e
Thedy Corrêa. Entrada Franca
Veja a Programação do 19° Porto Alegre Em Cena na página 7
26/09 – 21h - Memórias de uma Solteirona (RS) Deliciosa
comédia. Entrada Franca. Ingressos 1 kg de alimento não
perecível, retirados a partir de 1º de setembro, na Racon
Consórcios, Av. Carlos Gomes, 730 - (51) 3321.7000
29/09 – 21h30 – 30/09 – 18h - Zizi Possi (SP) Show Tudo se
transformou. Músicos: Maestro Jether Garotti Jr. (piano e
clarineta), Kecco Brandão (teclados), Webster Santos (violão e
cordas) e Guello (percussão) Ingressos a partir do dia 28/08.
11/09 - Freud & Hoffmann
FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
Abertura: 01/09 | visitação: 02/09 - 18/11/2012 – Exposição de
Waltercio Caldas: O Ar Mais Próximo e Outras Matérias. Mostra
Itinerante do artista entre 2 de setembro de 2012 e 19 de janeiro
de 2014. Curadoria: Gabriel Pérez-Barreiro e Ursula Davila-Villa
Até 10/03/2013 - O Outro na Pintura de Iberê Camargo. Exposição
de Acervo Fundação Iberê Camargo. Curadoria Maria Alice Milliet
Entrada Franca: As empresas Gerdau, Itaú, Vonpar e De Lage
Landen garantem a gratuidade do ingresso.
Informações: (51) 3247.8000 ou pelo site www.iberecamargo.org.br
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Departamento de Relações Públicas e Atividades Culturais.
DRPAC - todos os eventos são gratuitos
Sarau no Solar (Solar dos Câmara - Sala José Lewgoy - Rua
Duque de Caxias, 968) 18h30min
23/08 - Antonyo Rycardo interpreta clássicos nativistas. No
espetáculo, o cantor interpreta músicas do cancioneiro gaúcho,
baseadas em seu álbum Clássicos Riograndenses, além de
canções latino-americanas, identificadas com esta cultura.
20 a 24/08 - Fotos resgatam autoestima feminina na mostra
Mulher, linda e tetra. Na 2ª Semana de Valorização da Pessoa com
Deficiência, promovida pela Assembleia Legislativa, exposição
fotográfica resgata a autoestima, a beleza e a sensualidade
femininas. Um ensaio de Carlena Weber, que é cadeirante, com
seu namorado, na entrada principal do Palácio Farroupilha. Fotos
de Jerônimo Silvello e Globs Pereira
20 a 24/08 – Gêmeos, de Tina Felice no Espaço Novos Talentos.
A exposição integra as atividades da 2ª Semana de Valorização
da Pessoa com Deficiência, promovida pelo Legislativo visando
conscientizar a sociedade e estimular o processo de inclusão.
MARGS
Até 28/10/2012 – Exposição – Economia da Montagem:
Monumentos, Galerias, Objetos. Curadoria José Francisco Alves.
A exposição tem como objetivo mostrar um segmento da produção
artística cujo interesse reside na construção como determinante
na formalização do objeto artístico. A exposição incluirá uma
obra inédita do prestigiado artista da Bahia Almandrade, Também
foram convidados para a realização de trabalhos especificamente
para a mostra: Carlos Krauz, Téti Waldraff, Renato Garcia, de
Porto Alegre e Helene Sacco, de Pelotas.
Do acervo do MARGS são mais de 100 obras de aproximadamente
60 artistas, como Ado Malagoli, Volpi, Carlos Petrucci, Glauco
Pinto de Moraes, José Lutzenberger, Maria Tomaselli, Pedro
Weingärtner e Vasco Prado.
Espaços de exposição: Pinacotecas, Sala Aldo Locatelli, Salas
Negras, em todo o primeiro piso do museu.
Informações e agendamento de visitas orientadas no Núcleo
de Extensão Cultural, subsolo do Museu. De segunda a sexta,
das 10 às 18 horas. Fone 51 3227.2311 e 3212 2281 ou e-mail:
[email protected]
CENTRO CULTURAL CEEE ERICO VERISSIMO
Até 12/09 - Exposição Tempo de Almanaque, acervo de Yasmin
Nadaf. Uma viagem pelos almanaques, o público vai poder
conhecer as revistinhas de farmácia que compõem a coleção e
foram publicadas entre o período de 1902 até 2009. Na Sala O
Arquipélago, 1° andar. Entrada Franca
Toda última sexta-feira do mês, tem Sexta Instrumental - Concerto
Orquestra Jovem do IPDAE, no Auditório Barbosa Lessa, 4°
andar. O Projeto Sexta Instrumental é uma realização do Centro
Cultural CEEE Erico Verissimo em parceria com o IPDAE,
regência de Rosângela dos Santos, apresenta um repertório
diferente. Entrada Franca
Cursos e oficinas
19º Porto Alegre Em Cena – Oficinas – Ver programação completa
na página 7
A Literatura na Vertigem do Cinema, com Ronald Augusto.
O objetivo é trabalhar com a síntese e a analogia. Quartasfeiras, das 18h30min às 21h30min, num total de 8 encontros.
Investimento: R$ 400,00, parcelados em 2x.
Até 22/11 - Oficina Prática de Criação em Quadrinhos e Cinema,
com Carlos Ferreira. Terças e quintas, das 19h às 21h30 e
sábados, das 9h às 13h. Investimento: R$ 300,00, parcelados
em até 4x
20 e 27/08 das 19 às 22h - Curso de Roadie, Sonorização e
Montagem de Palco, com Edson Rochedo. Promoção e realização
do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo e da Em Foco Arte
& Cultura. 4º andar, sala O Retrato, O investimento é R$
170,00. Informações e inscrições pelo telefone (51) 3226.7974 ou
através do email [email protected]
Cidade das Crianças – Projeto desenvolvido e coordenado
pela psicóloga Ana Marta Meira e conta com a parceria do
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, promove experiências
coletivas de criação, realizadas com crianças de 04 a 11 anos.
Para participar basta a doação de um livro para a Biblioteca
O Continente, 6º andar. Os encontros ocorrem aos sábados,
das 15h30 às 17h. Acesse: www.cccev.blogspot.com e www.
anamartameira.blogspot.com/ Entrada franca.
Tango no CCCEV, organização de Cláudia Regina Henn, Jacques
Loureiro da Silva, Daniel Weinmann e Laura Rosa. O grupo
realizará uma prática semanal de dança de tango salão, onde
qualquer pessoa pode entrar no salão e participar. Dia da prática:
sábados. Horário: das 15 às 18h. Entrada franca
Sarau Poético Toda quarta-feira é dia de Quarta Tem Sarau na
Quarto, na sala O Retrato, 4º andar. É um projeto institucional
do CCCEV, destinado principalmente à poesia, mas também
aberto à diversas manifestações artísticas. A iniciativa é uma
parceria entre o CCCEV e poetas que apresentam e coordenam
os encontros, com temáticas e cenários distintos, promovendo a
interatividade entre os participantes. Entrada franca
Sarau com Ritmo - Organização de Benedito Saldanha, durante
todo o ano, na segunda terça-feira de cada mês. A Academia
Brasileira de Letras e Artes de Porto Alegre, em parceria com o
Clube literário Ipiranga e CCCEV, promove mensalmente, às 19h
com entrada franca
A entrada é franca para visitar as exposições. O horário de
funcionamento do CCCEV é de terça a sexta-feira, das 10 às
19h e aos sábados, das 11 às 18h. Visitas guiadas para escolas
podem ser agendadas no (51) 3226.7974.
CASA DE CULTURA MÁRIO QUINTANA
CCMQ sedia Mostra Tragicômica da Produtora Cômica - quartas
e quintas-feiras - Teatro Carlos Carvalho, sempre 21h
22 e 23/08 - O Clube dos Cinco - Dirigido por Bob Bahlis, a peça
é uma adaptação do grande sucesso do cinema dos anos 80.
29 e 30/08 - Dez (Quase) Amores - Baseada no livro homônimo
de Claudia Tajes, a peça de Bob Bahlis conta a história de Maria
Ana, uma mulher que, sem pudor e bastante humor, percorre as
vielas de amores obscuros.
Até 26/08 - sáb e dom - 20h - Como Agarrar um Marido Antes dos
40. Teatro Bruno Kiefer (6º andar). Escrita e dirigida por Cláudio
Benevenga, a comédia tem no elenco Suzy Martinez, Denizeli
Cardoso e Marlise Damime.
Até 26/08 – Sáb e dom - 16h - Pimenta do Reino em Pó. Os
personagens do livro de Cláudio Levitan estão de volta, na peça
adaptada e dirigida por Suzi Martinez - Teatro Bruno Kiefer
Até 26/08 – Sáb e dom – 16h - Espetáculo Infantl a História da
Bruxa. Grupo Trupi di Trapi. Dir. Anderson Gonçalves. Texto:
Carmem Lima. Animação de bonecos: Anderson Gonçalves.
Sonoplastia/ atuação: Carmen Lima e Janaína Machado. Teatro
Carlos Carvalho
Toda a programação da CCMQ tem o patrocínio do Banrisul
Oficinas com inscrições abertas na CCMQ. Inscrições na Central
de Informações - térreo da Casa de Cultura. Informações
adicionais podem ser obtidas pelos telefones (51) 3221.7147 e
3221.7083
MEMORIAL DO RIO GRANDE DO SUL
17/08 a 30/08 - Exposição Pós-Graduação em Artes Visuais Sala
Múltiplos Usos
03/09 a 08/10 - Exposição de Mbyá Guarani. Espaço Múltiplos
Usos, organizado pelo Museu Antropológico
21/08 a 05/10 - Exposição Foto Fest POA. Salão principal do
Memorial (1º andar),
30/08 a 10/09 - Exposição Semana da Pátria Brasilidade. Espaço
Térreo, envolvendo 20 escolas publicas de Porto Alegre da rede
Estadual e Municipal para exercício de cidadania com produções
artístico-plástica.
05/09 - 18h30 - Seminário de Lançamento do Livro Africanidades
Sul-Rio-Grandenses
05/09 – 18h30 - Lançamento do livro e autógrafo no Auditório
Oswaldo Goidanich. Organização de Mulheres Negras – GT
Negros – Editoras Grafset. Responsável Lúcia Regina Brito
Pereira.
25/09 a 27/09 - 10h às 21h - VI Seminário Povos Indígenas e
o Estado. Auditório Osvaldo Goldanich, organização Museu
Antropológico
Visitas Guiadas O Memorial e Seu Entorno com agendamentos
todas as Sextas e Sábados às 14h Setor Ação Educativa
Informações: (51) 3224-7159 / 3224-7316 - [email protected]
Boneco Memorélio. O Memorial do Rio Grande do Sul promove
apresentações do Boneco Memorélio para o público infantojuvenil. Para agendar as visitas guiadas e o Boneco Memorélio:
51 3324.7210
TEATRO DO SESC
23/08 – 20h - Arte Sesc promove circuito de apresentações do
musical Xaxados e Perdidos. O Arte Sesc – Cultura por toda
parte traz a Porto Alegre o show que resgata as manifestações
musicais brasileiras, passeando entre a tradição e o moderno.
19º Porto Alegre Em Cena veja programação na página 7
TEATRO DE ARENA
25, 26/08 - Sab as 16h - dom - 11h e 16h - Estréia do Prêmio de
incentivo a pesquisa Teatral do Teatro de Arena 2012
24/08 – 19h - Contadores de história do Teatro de Arena - 3° sarau
literário - Entrada franca
24/08 – 19h - 3° sarau literário
22 e 29/08 - TPE - 12h30 e 19h30 - DAD UFRGS. O que você foi
quando era criança? Entrada franca
25, 26/08 e 10 e 02/09 - Sáb às 16h - Dom às 11h e 16h - Fábulas
em 4 tempos ou o Fabuloso La Fontaine.
13, 14, 15 e 16/09 - 20h – Breves entrevistas com homens
hediondos
24/08 – 19h - Contadores de História do Teatro de Arena – 3°
sarau literário. Entrada franca
05/09 – 20h - Música Autoral
21, 22 e 23/09 - 20h – Arthur de Faria
27/09 - 20h – Léo Aprato
28,29 e 30/09 - 20h – Richard Serraria
28/09 - Pablo Grinjot & Richard Serraria mais Lucas Kinoshita
Invitados: Nicolás Falcoff, Samantha Navarro, Zelito, Angelo
Primon e Dany Lopez
29/9 - Dany Lopez & Angelo Primon mais Marcelo Delacroix
Invitados: Nicolás Falcoff, Samantha Navarro, Lucas Kinoshita e
Pablo Grinjot
30/9 - Mário Falcão, Samantha Navarro e Nicolás Falcoff
Invitados: Richard Serraria, Alexandre Vieira e Lucas Kinoshita
SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA
21/08 – 20h - Navio Negreiro (Teatro Aberto) – Teatro Adulto. Sala
Álvaro Moreyra. Entrada Gratuita
22/08 – 20h - Ósculum (Novas Caras) – Teatro Adulto. Teatro de
Câmara Túlio Piva. Entrada Gratuita
2 a 31/08 - Instante Co-habitável – Exposição do artista
audiovisual Marcelo Armani. Paço dos Açorianos – Porão
21/08 – 20h - Navio Negreiro (Teatro Aberto) – Teatro Adulto. Sala
Álvaro Moreyra. Entrada Gratuita
22/08 – 20h - IV Festival Internacional de Folclore de Porto Alegre
– Dança. Teatro Renascença
24/08 – 20h - Mostra de Trabalhos do Grupo Experimental de
Dança 2012. Resultado da Residência com Douglas Jung, 25/08
- Solo do bailarino e coreógrafo Douglas Jung, 26/08 - Mostra de
Trabalhos. 20h - Teatro de Câmara Túlio Piva. Entrada Gratuita
28/08 – 20h - Sons da Cidade – Música. Teatro Renascença.
Entrada Gratuita
28, 29, 30 e 31/08 - Semana X – Atelier Livre
28/08 a 07/10 - Xilogravuras: Ferramentas, objetos imaturos,
aparelhos de precisão e outras inutilidades.
29 e 30/08 - Atividade prática e teórica com Rubem Grilo. Atelier Livre
31/08 – 10h às 19h - Dia X - Exposição didática: matizes, gravuras
de alunos em álbuns; ciclo de vídeos de gravura; varal e feira de
gravuras, um espaço de mostra, troca e venda de gravuras
13h às 14h - Recital de poesias com Renato de Mattos Motta
18h - Imagem Reproduzida: artesania e/ou tecnologia. Mesa
redonda com Wilson Cavalcanti, Rubem Grilo, Niúra Legramante
Ribeiro e Vera Chaves Barcelos. Atelier Livre – Auditório
29/08 – 19h - Diálogos no Museu. Porto Alegre Sitiada.
Palestrante: Professor Sérgio da Costa Franco. Museu Joaquim
Felizardo – Auditório. Inscrições: [email protected]
Entrada Gratuita
A partir de 03/09 - Chinelos Itinerantes – Exposição. Museu
Joaquim Felizardo – Espaço. Agendamento para grupos:
[email protected] - Informações: (51) 3289.8096.
Entrada Gratuita
4 a 24/09 – 19º Porto Alegre em Cena - Festival Internacional de
Teatro. veja programação na página 7
6/09 até 05/10 - Lugar Incomum – Exposição. Coletivo [in]vasão,
formado pelos artistas Graziela Salvatori, Janice Martins Appel,
Jorge Fotuna e Vinício Giacomelli. Paço dos Açorianos – Porão
7 a 20/09 - Acampamento Farroupilha. Shows, bailes, artesanato,
comida típica e outras atividades valorizando o tradicionalismo e o
folclore gaúcho. Parque Maurício Sirotsky Sobrinho
25/09 – 20h - Sons da Cidade – Teatro Renascença
25/09 e 2, 16 e 23/10 – 20h - To Be Or Not To Beckett – Teatro
Aberto. Enquanto a personagem brinca com o tempo, desenrolamse situações inusitadas que movimentam sua solidão. Sala Álvaro
Moreyra
26/09 – 20h - Quartas na Dança. 30 Anos de Jazz. Suzana D’ávila
Studio de Dança e Transforma Cia. de Dança. Teatro Renascença
26/09 e 3, 17 e 24/10 – 20h - As Façanhas de Aristão, O
Desafortunado – Novas Caras. As aventuras e desventuras de
um pobre homem que gastou oito décimos da vida roubando
para sobreviver e sendo perseguido, um décimo trabalhando
honestamente, e menos de um décimo vivendo como um rei, para
morrer como um. Teatro de Câmara Túlio Piva
27/09 – 19h - Diálogos no Museu. Instâncias do Patrimônio:
Relatos de Experiências. Museu Joaquim Felizardo – Auditório
27, 28, 29 e 30/09 - Qui, sex e sáb, - 21h e Dom 20h - 30 anos
de Jazz – Suzana D’Ávila Studio de Dança e Transforma Cia. de
Dança. Teatro Renascença
Até 28/09 - Novas Aquisições da Pinacoteca Aldo Locatelli –
Exposição. Paço dos Açorianos - Sala Aldo Locatelli
28, 29 e 30/09 - Sex e sáb - 21h e Dom - 20h - Sobre Ancas – Solo
em parceria entre a bailarina Ana Guasque e a diretora Claudia
Palma. Sala Álvaro Moreyra
30/09 - 10h às 17h - XI Feira de Troca de Livros. Redenção Monumento do Expedicionário
CENTRO CULTURAL USINA DO GASÔMETRO
Espetáculos e Atividades Diversas - Programação do Projeto
Usina das Artes
26/08 – 16h - Usina Na Praça. 4° Raul Vive! PertuRbadores.
Tributo a Raul Seixas. Praça da Usina do Gasômetro. Entrada
Gratuita
24/08 até 16/09 - Reverberando – Exposição. Técnicas de
colagem e pintura de Ricardo Dias. Galeria do 4º andar. Entrada
Gratuita
24/08 até 23/09 - Múltiplas Janelas - Síntese e Reflexo –
Exposição. Fotografias da artista Marli Amado de Araújo. Galeria
Iberê Camargo. Entrada Gratuita
25/08 – 19h - Eduardo Severino Cia de Dança – Sala 209. Sem
Com Texto. Artistas convidados Coletivo de dança
22/09 – 19h - 7º Edição Trocando Figurinha - Artistas convidados
29/09 – 20h - Outros Procedimentos. Apresentação das pesquisas
realizadas no curso Outros Procedimentos de Composição de
Karenina de Los Santos. Desfile Performático de Lissa Siqueira.
Dança Fotográfica de Fernanda Bertoncelo Boff
02 a 31/09 - 8h as 13h de seg à sex - Ânima Cia. de Dança –
Sala 209. Outras Danças. Residência artística com Luis Garay.
Coreógrafo argentino.
28/09 – 19h - Inscrições mediante convocatória nacional da
Funarte. Mostra Dança, Imagem e Palavra
Mostra de dança em vídeo com comentários de especialistas
convidados
29/08 – 19h às 22h - Santa Estação – Sala 309. Clube de Leitura:
Encontro II – Debates. Geração Beat de Jack Kerouac. Mediação
do GrupoJogo e convidados
25 e 26/08 – sáb e dom - 20h - (E)terno
08, 09, 15, 16, 22 e 23/09 - sáb - 20h e dom - 18h - Edward:
O retorno. Cia Oníricos de Teatro
Atentado Geográfico V: Que venha a Tempestade. Processo de
criação do espetáculo Sonhos. Teatro Geográfico
30/09 - 17h - Praça da Usina do Gasômetro/Saguão e Terraço
01/09 – 20h - Teatro Sarcáustico – Sala 309 - Sarau Dramaturgia
e Musica: Sam Sheppard
04 e 06/09 – 20h - Enquanto a Cidade se Despedaça
29/09 – 16h - Ensaio berto do novo espetaculo infantil do Teatro
Sarcaustico
07/09 – 17h - Ensaio Aberto do Breves Entrevistas com Homens
Hediondos
25/08 – 20h - Teatrofídico – Sala 400. Ciclo Bertolt Brecht: Leitura
de Baal
30/09 – 20h - Ciclo Bertolt Brecht:Leitura de “O Casamento do
Pequeno Burguês”
21/09 – 19h - Depósito de Teatro – Sala 402. Teatro em vídeo – Le
lapin chasseur
25 e 26/09 – 21h - Ensaios abertos – Projeto Metamorfose
Cuidado que Mancha – Sala 502. Quem não dança balança a
criança
15, 16, 22, 23, 29 e 30/09 - 16h - Espetáculo musical do Cuidado
Que Mancha com direção de Raquel Grabauska.
01 e 02/09 – 21h - Cômica Cultural – Sala 504. Experimentos
sobre autores contemporâneos
26/08 – 15h - Levanta Favela – Sala 505. Futebol nossa paixão,
no estacionamento
16/09 – 15h - Futebol Nossa Paixão. Na praça da Usina do
Gasômetro
12/09 – 19h - Ciclo de cinemas e debates sobre as ditaduras da
América Latina. No Píer da Usina (fundos)
13/09 – 19h - A noite do lápis
14/09 – 19h - Rua Santa Fé
15/09 – 19h - Estado de sítio
16/09 – 19h - Madres de Plaza de mayo
01 e 02/09 – 20h - Neelic – Sala 505. O homem sentado no
corredor
01 e 02/09 – 16h - As Filhas da Bernarda
09, 16, 23, 30/09 – 17h - O homem, a mulher e o barquinho
15, 16, 22, 23/09 - 20h - A copa do mundo é nossa
22/08 – 20h - Depósito de Teatro – Sala 402. Metamorfose
25 e 26/08 e 01 e 02/09 – Sáb 21h e dom 20h - Cômica – Sala
504. Experimentos Sobre Autores Contemporâneos. Lourenço
Mutarelli
Usina na Praça - 26/08 - 16h - Marcelo Birck (música experimental)
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
3
Por Sergius Gonzaga - Secretário Municipal da Cultura
Fotos Divulgação/PMPA
A fascinação e o alumbramento
de cada edição do Em Cena
Quando setembro se insinua e o inverno, em regra
que a experiência que mais emociona os artistas que vêm
geral, começa a ser torpedeado pelos primeiros sinais da
a Porto Alegre está nos espetáculos descentralizados,
primavera, um frêmito percorre os gaúchos que gostam
onde eles têm a chance, o prazer certamente mútuo, de
de teatro, dança e música. Mais uma vez aproxima-se o
observarem e serem observados pela população que
Porto Alegre em Cena com sua inesgotável capacidade
mora mais afastada do centro urbano e que dia a dia
de fascinação e alumbramento. Mais uma vez os teatros
da cidade abrirão suas cortinas para o espetáculo das
complexas paixões humanas que despertarão terror,
piedade e júbilo em nossas almas, e que permanecerão
na memória coletiva como exemplos da grandeza que
a arte pode atingir.
Serão mais de 130 apresentações, oriundas de
sete países e sete estados brasileiros espalhados por
17 casas de espetáculos, sendo que outras 20 peças
acontecerão em palcos descentralizados. Serão cerca de
30 eventos formadores, que vão de oficinas e workshops
a palestras com artistas internacionais, nacionais e locais.
Não é necessário discorrer muito sobre o efeito de 18
luta para encurtar essa distância.
Este é o décimo nono Festival, dos quais oito
realizados nesta gestão. Acreditamos que no referido
período, setembro após setembro, o evento foi marcado
pela invenção, pela surpresa e pelo extraordinário
esforço resultante da síntese entre a vontade pública e
a competência de Luciano Alabarse e sua pequena, mas
notável equipe. Mas todo este esforço seria irrelevante
se, nesta cidade e neste estado, não houvesse um amplo
público aficionado, composto por indivíduos de todas as
gerações e de todas as classes, disposto a compartilhar
experiências artísticas do mundo inteiro. Um público
anos de Em Cena sobre o crescimento da qualidade
ansioso, ardoroso, intenso, capaz de compreender que –
de atrizes, atores, diretores, cenógrafos, coreógrafos,
naquele momento em que as luzes da platéia se apagam
iluminadores, figurinistas, maquiadores e técnicos de todo
e um curto silencio antecipa a fala, o gesto, a dança e
tipo em Porto Alegre. Trata-se de um salto. E mais forte
o canto – está se iniciando uma viagem, uma viagem
ainda foi seu efeito formador sobre o público. Acredito
em que todos mergulhamos rumo ao inexcedível deleite.
Por Caroline R. Heck - Diretora do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e Diretora do Memorial do Rio Grande do Sul
Fotos Divulgação do Memorial/RS
O Memorial do Rio Grande do Sul
Com uma exposição sobre a história da
formação do estado do Rio Grande do Sul já
bem conhecida pelos frequentadores do centro
da capital, o Memorial do Rio Grande do Sul já
pertence à memória afetiva da cidade de Porto
Alegre. A exposição, que ocupa todo o primeiro
andar do imponente prédio que se destaca entre os
diversos prédios históricos da Praça da Alfândega,
está hoje em vias de ser substituída por outra de
caráter bastante relevante: o Memorial passará a
abrigar em breve o Espaço Memória e Verdade,
lugar de lembrança e discussão do tema da
ditadura militar brasileira e dos países vizinhos.
O projeto tem o apoio da Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República e será
referência para a discussão do tema no Brasil.
Recentemente, o nosso Memorial do Rio
Grande do Sul passou a oferecer a turistas ou
curiosos locais uma visita guiada pelo entorno do
prédio, tendo como referência a Praça da Alfândega
e seu recente restauro. Partindo das escadarias da
entrada principal, os visitantes são conduzidos por
um passeio que resgata os diversos usos feitos da
praça desde a fundação da cidade até os dias de
hoje. Chegando até o belíssimo portão do cais do
porto, podem perceber o caminho que se forma dali
até a rua da Praia, tendo como marcos os prédios
históricos da Alfândega, Secretaria da Fazenda, o
Museu de Arte do Rio Grande do Sul e, finalmente,
o próprio Memorial. O final não poderia ser outro
além da subida ao até então restrito espaço do
terraço do prédio, de onde se vê toda a praça. A
visita dura pouco mais de uma hora e acontece às
sextas e sábados às 14 horas; pode ser agendada
pelo telefone 3224.7159.
O Memorial também oferece uma curiosa ação
educativa orientada pelo boneco Memorélio, onde
crianças do Ensino Fundamental tem de desvendar
o mistério sobre o funcionamento do relógio que o
prédio ostenta em um de seus torreões. As crianças
devem, a partir de diversas pistas deixadas ao
longo do prédio, reconstruir os acontecimentos,
assim como fazem os historiadores. A ação também
deve ser agendada com alguma antecedência pelo
mesmo telefone.
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Por Rogério Ratner - Músico, escritor e pesquisador da música feita no RS
Foto Cristine Rochol
Fausto Prado e Caetano Silveira
lançam DVD ao vivo
A dupla de compositores Fausto Prado e Caetano
Silveira vem constituindo uma parceria das mais profícuas
da história recente da música gaúcha. Esta trajetória, que
vem se construindo especialmente nos anos 2000, a partir
de exitosas participações em consagrados festivais do
cenário gaúcho, como a Moenda da Canção (cuja décima
sétima edição venceram) e o Musicanto e o Canto da
Lagoa (ambos em 2011), além do Festival da TV Cultura/
SP, foi se consolidando na medida em que foram lançando
os seus discos.
Agora, em 2012, o lançamento de um belo DVD (que
inclusive conta com um curta metragem que lembra os fatos
alusivos à carreira, e é patrocinado pela CEF) vem coroar
com chave de ouro este que é um dos mais consistentes
trabalhos de MPB (ou MPG, como quiserem) do cenário
atual, dando um retrato de sua turnê do Projeto Pixinguinha.
No entanto, a dupla não é absolutamente estreante em
nossa cena musical e artística. Com efeito, os dois eram
amigos de infância, e inclusive integraram o mesmo time de
futebol de praiano na adolescência (Xangrilá Praia Clube).
Fausto Prado iniciou a sua trajetória musical de forma mais
evidente no início dos anos 80, integrando, dentre outros, os
grupos Raiar e Vôo do Tucano (ambos ao lado de Marcos
Ungaretti e outros feras). Nos anos 90, integrou a banda
Venerável Lama. Multi-instrumentista, Fausto também atua
com destaque no mercado publicitário (jingles).
Caetano Silveira, a seu turno, formou-se em Direito,
mas tem a boemia no sangue: é filho do ilustre colunista
do Diário de Notícias Antônio Onofre, a quem Túlio Piva
dedicou o seu maior clássico (Gente da Noite, que deveria
ser intitulada Dono da Noite, em homenagem ao jornalista
e boêmio inveterado). E Caetano atua de forma esplêndida
na área da produção cultural, sendo o responsável pelo
Sarau no Solar dos Câmara e outros projetos ligados à
Assembleia Legislativa do Estado, além de apresentar
na TV Assembleia o memorável
programa “Cena
Musical”. Tem parcerias também com diversos músicos,
como Ricardo Pacheco e Raul Ellwanger, dentre outros.
Caetano e Fausto, junto com Luis Mauro Vianna, são os
idealizadores da Radioweb Buzina do Gasômetro, dedicada
exclusivamente à cena musical de Porto Alegre e do RS.
O primeiro CD dos compositores, Suíte Xangrilá,
é de 2004; o segundo, Casa de Asas, de 2006 (ambos
financiados pelo Fumproarte) e o terceiro, Cidade Baixa,
é de 2009 (mesmo nome do DVD agora lançado, que
contém, diversamente, performances ao vivo), e mereceu
financiamento da Funarte. Os parceiros contam com
grandes instrumentistas na banda responsável pela
apresentação das canções (Fausto atua tocando violão
e guitarra), e as interpretações vocais estão a cargo de
três das melhores vozes do cenário musical gaúcho atual:
Alex Alano (Venerável Lama), Ana Krüger
(Delicatessen) e Andréa Cavalheiro (Hard
Working Band). Indiscutivelmente, o trabalho da
dupla Fausto Prado e Caetano Silveira, ganhador
de diversos prêmios Açorianos, e indicado (na
categoria de melhor banda de MPB) no Prêmio
Nacional da Música, é dos mais representativos
da alta qualidade da produção musical gaúcha
destes anos 2000.
As apresentações ao vivo são sempre
de grande vigor, como pude atestar inclusive
assistindo ao show de lançamento, no Teatro
de Câmara Túlio Piva, sem dúvida uma grande
celebração, com lotação esgotada.
Grande lançamento este o do DVD Cidade
Baixa, nome dado em alusão ao histórico bairro
boêmio da capital, tema de diversas canções da
dupla, e região favorita de Porto Alegre da dupla
de parceiros, que é contumaz frequentadora de
seus bares da noite e de seus agitos culturais.
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Por Luciano Alabarse - Diretor de Teatro e Coordenador Geral do Porto Alegre Em Cena
Foto Regina Peduzzi Prostskof
Democracia Em Cena
Conexão em Cena: espetáculo inédito dentro da programação do festival,
construído democraticamente pelos quatro vencedores do Troféu Braskem.
Uma afirmação de Ariane Mnoucknine, presenciada
por muitos que acompanhavam sua entrevista coletiva
em Porto Alegre, me surpreendeu. A diretora francesa
disse, com todas as letras, que “a arte não é, e nunca
foi, democrática”. Vinda de quem veio a idéia categórica,
de uma mulher reconhecida mundialmente pela prática
socializante de seu ofício, a declaração despertou em
mim a urgência de entendê-la com precisão, porque o
assunto atravessa todo o trabalho do “Porto Alegre Em
Cena”, festival cênico realizado pela Prefeitura Municipal
de Porto Alegre, com o patrocínio de empresas públicas
e privadas.
Como precisamos responder pelas políticas públicas
adotadas, nossos critérios e sistemas de funcionamento
estão permanentemente em choque com reclamações
das mais variadas origens, resolvi fundamentar as
escolhas que sustentam nossa relação com o público
do festival. Atualmente, toda decisão hierarquizante é
percebida como um ataque à idéia de democracia, fato
baseado numa idéia equivocada, pois “democracia”
pressupõe a existência de dois movimentos simultâneos.
O primeiro movimento é horizontal; o segundo, vertical.
O princípio da igualdade, sem dúvida, é horizontal.
Segundo ele, todas as pessoas são iguais perante
o Estado e as leis. O princípio da diferença, por sua
vez, é vertical, e deve garantir as condições objetivas
para o aperfeiçoamento individual de todos. A idéia da
diferença, numa sociedade democrática, inclui, portanto
e necessariamente, a idéia de “valor”. A diferença não
pertence ao movimento da igualdade, mas à idéia de
superação – pelo valor individual – dessa igualdade
horizontal. O que está em contraponto, para Ariane, é a
idéia grega de “demos” (povo) e “áristos” (o diferente, o
melhor). A igualdade democrática não anula a distinção,
embora muitos, no caso da criação artística, não aceitem
esse real pressuposto democrático: direitos adquiridos,
práticas diferenciais, espaços distintos.
Os processos culturais de hierarquização são
múltiplos e o repúdio à valoração hierárquica, nas
organizações constitutivas da vida social, é, antes de
tudo, um ataque à própria democracia, pois, no fundo,
revela o desejo segundo o qual é mais importante ser
“igual” aos outros - do que “diferente”. O advento do
mundo digital, e suas redes sociais democratizantes,
trouxe potencialidades inestimáveis de descentralização
e igualdade. Não há dúvida quanto a isso. Mas a internet
não deve ser defendida como espaço exemplar - por
dar a qualquer um, mesmo ao mais despreparado dos
cidadãos, espaço para dizer o que lhe dá na telha.
Quando o viés democrático aponta sua seta para a arte
é preciso entender claramente o seu movimento vertical,
pois o fenômeno artístico precisa, necessariamente,
valorar a diferença, do contrário teremos uma arte média,
medíocre. O que só interessa, em última instância, aos
médios, aos medíocres. Nenhum artista é igual ao outro,
tampouco um espetáculo cênico. E é aí que se justifica
a afirmativa da diretora francesa. E é aí que entro em
confronto com aqueles que não admitem a diferença
na arte, na convivência social, e na organização de um
festival de teatro Recuso, com serenidade, investidas
daqueles que querem nivelar tudo e todos ao mesmo
patamar de igualdade, como se a igualdade artística
fosse o ideal máximo aspirado por um artista. Para mim,
não é. Não tenho problema nenhum em reconhecer
a arte maior de alguns artistas, de colegas de ofício,
sua genialidade, seus acertos maiores que os meus.
Eu cresço com um espetáculo que acerta, que me
surpreende e estimula, e que me mostra caminhos
diferentes dos meus. E enquanto estiver à frente do “Em
Cena”, o festival irá valorizar a diferença artística, tanto
em sua curadoria quanto na sua prestação de serviços.
Artistas como Roberto Oliveira, Camilo de Lélis, Caco
Coelho, Paulo Flores e Marcelo Restóri, cujas escolhas
estéticas são exemplarmente diferentes das minhas,
justamente por isso, são fundamentais para o meu
crescimento individual. E eu os admiro pela singularidade
do talento e da capacidade criadora.
É para eles o meu aplauso público dessa coluna de
hoje.
P.S.: Na revista do festival, continuo a desenvolver
esse artigo, escrevendo pontualmente sobre aspectos
organizacionais polêmicos do “Porto Alegre em
Cena” e que, para mim, merecem defesa e a devida
fundamentação.
Foto Márcio Peixe
Por Camilo de Lélis - Teatrólogo
A Manta do Padre Landell
Dona Eufrásia é bem velhinha. Mora na Vila Santa Maria e
me conhece desde menino.
- Sabe, Camilo, eu trabalhei na casa de uns parentes desse
padre Landell. Parentes ou contraparentes, não sei bem...
- Não me diga, Dona Eufrásia, eu não sabia.
- Eu nem lembrava mais disso. Mas agora, que tu me diz
que está contando a vida do padre no teatro, eu me lembrei de
uma história que minha patroa, a dona Helena, sempre repetia.
- Como era essa história, Dona Eusinha?
- O padre era muito bom. Esse que inventou o rádio, a
televisão, essas coisas. Ele tinha um coração de ouro.
- A televisão ele não inventou, Dona Eufrásia!
- Dona Helena dizia que sim... Inventou ainda antes que os
estrangeiros.
- Tá bem, dona Eusinha. Digamos que ele “quase” inventou
a televisão.
- Então! Não foi o que eu disse?
- E a história, dona Frasinha?
- Diz que o padre Landell andava que nem mosca tonta,
olhando embaixo dos bancos da Igreja do Rosário, procurando
uma manta marrom, presente de um amigo dele, que era médico.
O padre estava velho e tossia muito. Sofria dos pulmões, sabe?
- É mesmo, dona Frasinha, está no livro que eu li. Mas, e a
manta, ele achou?
- Não achava. Daí, então, uma carola - dessas baratas
de igreja, como se diz - puxou a batina do padre Landell:
“Procurando a manta, padre?” “Sim, minha filha, você a viu?”
“Vi, sim! Vi o senhor dando a manta a um mendigo, que dormia
na porta da igreja” “Ah! Foi mesmo, agora me lembro. Mas não
conte a ninguém que você viu isso - e vá logo para casa, cuidar
de sua família”.
- Que coisa bonita, Dona Eusinha!
- Pois é, Camilo... O padre Landell, com toda aquela tosse
braba, que quase não o deixava rezar a missa, tinha dado sua
única manta a um mendigo.
- É verdade, Dona Eufrásia. Um bom exemplo de solidariedade.
- Falando em pobres e necessitados, meu Camilo. Lembrei
duma coisa que escutei no rádio. Tão dizendo que com esse
negócio de copa do mundo, vão dar um sumiço nos mendigos
da cidade. Vai-se fazer uma limpa!
- Será mesmo, dona Eufrásia? Nessa limpeza, eu ainda não
tinha ouvido falar.
- Pois diz que a cidade vai ficar bem limpinha pra copa do
mundo que vem aí.
- E depois que a copa se for, só Deus sabe, não é Dona
Eusinha? De minha parte, vou cuidar de fazer o meu serviço,
que é contar a história do inventor do rádio.
- Então, me espere no teatro, meu Camilo, dessa vez eu
vou, sem falta.
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Por Walter Galvani - Jornalista, Escritor e Presidente do Conselho Estadual de Cultura
Foto Arquivo Pessoal
Organize o seu tempo
Este jornal tem se aplicado na divulgação da
programação completa de Porto Alegre na área cultural
e por isso mesmo se intitula “Usina do Porto”. Concentra
uma reserva de energia que o símbolo e o significado
daquela histórica geradora na ponta da península de
Porto Alegre que invade o lago Guaíba, trazem para o
nosso dia-a-dia.
Assim que receber o exemplar que o Jorge Olup me
envia, recorto e colo sobre a mesa do Conselho Estadual
de Cultura a relação de todos os eventos culturais que os
próximos dias nos reservam. E que dias!
Estamos entrando justamente no momento mais
produtivo da atividade cultural da “capital dos pampas”
e embora o pampa esteja cada vez mais longe, sua
lembrança, emoção e presença, estão cada vez mais
atuantes no pensamento dos gaúchos.
É um estranho estado, este nosso, pois não raro se
ouviu dizer que a “grossura” era uma virtude quando, em
verdade, nossas tradições, nossos costumes, nossos
hábitos campeiros, sempre geraram no fundo dos
corações endurecidos pelas lides diárias, uma presença
permanente de sentimentos doces como a imensa
saudade, do tamanho desses campos, e que nos permitiu
estes três séculos de entrega ao trabalho agropastoril.
E então, veio a música, a estranha música rio-grandense, toda ela assinalada pelo ruído e o ritmo dos tambores, em algum momento até com empréstimos africanos, mas, sem dúvida chorada no bojo das acordeonas e
pontilhada nas cordas do violão.
É isso que é um “guasca” e não poucas vezes,
dissimuladamente, um cantor ou um payador, um músico
ou um destes mestres de chula, enxuga uma lágrima
quando está no palco ou escondido entre o povo que
assiste um espetáculo.
E não fica nisso aí, a sensibilidade gauchesca. Basta,
como eu disse, examinar a programação cultural, para ver
que vamos de Brecht ao infinito, de Simões Lopes Neto
a Erico Veríssimo, de Moacyr Scliar, nossa grande perda
do ano a Luiz Coronel, este um poeta atento às coisas
do pampa, ou escutando o discurso sempre coerente e
atento na defesa dos valores morais e culturais gaúchos,
de um conselheiro de Cultura, como o Manoelito Savaris,
que carrega no prenome uma homenagem a um dos
maiores homens que o Rio Grande do Sul produziu, ele
próprio um destaque digno do “padrinho”.
Confluências
Uma Crônica Visual da Redenção
“Confluências – Uma Crônica Visual da Redenção” é
um projeto de pesquisa contemplado pelo Concurso Décio
Freitas/Fumproarte da Secretaria Municipal de Cultura
de Porto Alegre, que concede bolsas para iniciativas de
relevância cultural para a cidade. Seu autor é o artista plástico
Jorge Herrmann, tendo como orientador o professor Rualdo
Menegat, da UFRGS. Consiste de um amplo panorama visual
do nosso mais importante e antigo parque, a Redenção. Por
meio do desenho, o artista relata suas impressões daquele
espaço, colhidas em pesquisas iconográficas e visitas
ao local para a elaboração dos mais de 150 desenhos e
aquarelas que compõem o atual acervo do projeto. O projeto
foi realizado durante todo ano de 2011 e o primeiro semestre
de 2012,
Em freqüentes visitas realizadas ao parque, Jorge
procurou criar um mapeamento sensível dos espaços,
personagens e usos deste importante espaço público de
Porto Alegre, registrando no papel os estranhamentos e
pequenas surpresas surgidos ao longo do processo do
desenho. O acervo é composto de desenhos realizados ao
vivo e de releituras feitas a partir de documentos históricos e
fotografias atuais do próprio artista e de Rualdo Menegat. As
imagens revelam uma outra face da Redenção, mostrando-a
como fruto de um longo processo histórico, de interações e
conflitos entre sua cidadania.
26 J
ORN
AIS
A conclusão do projeto deu-se com uma palestra e uma
exposição realizadas no início de julho deste ano, na Nova
Acrópole e Assembléia Legislativa do RS, respectivamente.
A partir de agora, a proposta é dar sequência à apresentação
da palestra, na qual Jorge narra, com o apoio de projeção das
imagens, as ricas experiências vividas ao longo do processo
de pesquisa. Da mesma forma, o artista está programando
uma nova exposição, com as imagens produzidas ao longo
do projeto.
Jorge Herrmann é natural de Porto Alegre. Graduado
em Desenho pelo Instituto de Artes da UFRGS, tem se
dedicado á ilustração e à representação das paisagens,
numa pesquisa que visa investigar as raízes de nossa crise
ambiental. Como parte deste trabalho, desde 2009 ministra
no Jardim Botânico de Porto Alegre, o curso “Observação da
Paisagem por meio do Desenho”.
“Confluências – Uma Narrativa Visual da Redenção”
é um projeto selecionado pelo Concurso Décio Freitas/
Fumproarte da Secretaria Municipal da Cultura de Porto
Alegre, que financia projetos de pesquisa de relevância para
a cidade.
Mais informações podem ser obtidas pelos fones: (51)
9240.7038 / 3207.4781, pelo e-mail arte@jorgeherrmann.
com ou pelo site do artista: www.jorgeherrmann.com
Desenhos aquarelados de Jorge Herrmann
1 MILHÃO DE LEITORES!!!
Cobrindo 80% dos bairros de Porto Alegre
com distribuição gratuita.
Sua Empresa vai ficar de fora?
Pense nisso...
www.redejornal.com.br
(51) 3062.6744 [email protected]
Apoio:
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Programação do 19º Porto Alegre Em Cena
De 04 a 24 de setembro de 2012
Veja no site www.usinadoporto.com.br
Confira o site, blog, facebook e twitter do festival
www.poaemcena.com.br
www.facebook.com/poaemcena
http://poaemcena.blogspot.com.br/
@poaemcena
Ingressos para o 19° Em Cena estão à venda
Alguns espetáculos do 19° Porto Alegre em Cena serão comercializados já neste mês de
julho. É o caso do espetáculo argentino Fuerza Bruta, que já está à venda, e da peça Mãe
Coragem e Seus Filhos, do grupo alemão Berliner Ensemble, cuja a venda começou no
dia 16. Entre 30 de julho e 1° de agosto será a vez do show de Adriana Calcanhotto, que
conta com a participação de Augusto de Campos e Cid Campos.
Veja abaixo os locais de venda:
Fuerza Bruta / Pepsi on Stage, dias 15, 16, 18, 19, 20, 21 e 22 de setembro
Mãe Coragem e Seus Filhos / Theatro São Pedro, dias 6, 7 e 8 de setembro
Poemúsica com Adriana Calcanhotto, Augusto de Campos e Cid Campos / Theatro São
Pedro, dias 17 e 18 de setembro
Pontos de venda:
- www.ingressorapido.com.br
- Call center: 4003 1212
- Lojas My Ticket (sem taxas de conveniência para esses dois espetáculos)
- Padre Chagas - Rua Padre Chagas, 327 - Loja 6 - Moinhos de Vento - Porto Alegre.
Segunda a Sexta; 09:00h às 18:00h – Sábado; 10:00h às 15:00h
- Centro - Rua dos Andradas, 1425 - loja 69 - Centro - Porto Alegre. Segunda a Sexta;
09:00h às 18:00h – Sábado; 09:00h às 14:00h.
A partir de 26 de agosto, venda todos os espetáculos, bilheterias USINA DO GASÔMETRO
TEATRO SÃO PEDRO
06, 07 e 08/09 - 20h - MÃE CORAGEM - Alemanha
11 e 12/09 - 20h - DEUS DA CARNIFICINA - Uma Comédia sem Juízo - RJ
13/09 - 20h - XAXADOS E PERDIDOS com Simone Rasslan - RS
14 e 15/09 - 20h e 16/09 - 18h - PREFERIRIA NÃO? - SP
17 e 18/09 - 20h - POEMÚSICA - Augusto de Campos com Cid Campos e Adriana
Calcanhoto
20, 21 e 22/09 – 20h – ECLIPSE - MG
23/09 - 18h - LANDELL DE MOURA, O INCRÍVEL PADRE INVENTOR - Troféu Braskem
TEATRO DO BOURBON COUNTRY
04/09 - 21h - MEMÓRIAS CARLINHOS HARTLIEB - RS
08 e 09/09 - 21h - BALLET MARSEILLE
24/09 - 21h - TROFÉU BRASKEM COM MÁRCIA CASTRO - MG
SALÃO DE ATOS DA UFRGS
22 e 23/09 – 21h - SP Cia de Dança - SP
TEATRO CIEE
05, 06 e 07/09 – 21h - HUMORES QUE MATAN (CENTRAL PARK WEST) Uruguai
08 e 09/09 – 17h - QUEREMOS UMA CICLOVIA - RS
11 e 12/09 – 21h - MOLLY BLOOM – Argentina
14 e 15/09 – 21h - CARTAS DE MARIA JULIETA & CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE – RJ
16/09 – 21h - CICLOS - OS DESTERRADOS – POA
18 e 19/09 – 21h - MADRES AL LIMITE – Uruguai
21, 22 e23/09 – 21h - ANTES DO SILÊNCIO – MG
RENASCENÇA
06, 07 e 08/09 – 20h – JÚLIA – RJ
10/09 – 20h - O CASAMENTO DO GRANDE MÁGICO - Troféu Braskem
11, 12 e 13/09 – 20h - VARIACIONES MEYERHOLD – Uruguai
15, 16 e 17/09 – 20h - MARINA - A SEREIAZINHA – RJ
19, 20 e 21/09 – 20h - A MULHER SEM PECADO – MG
22 e 23/09 – 20h - AME OU SE MANDE - JUSSARA SILVEIRA – RJ
SALA ÁLVARO MOREYRA
05, 06 e 07/09 – 23h – SNORKEL – Uruguai
08/09 – 23h - VESTIDO COMO PARECE - a brasilidade em Nelson Rodrigues Troféu Braskem
13 e 14/09 – 23h - LAS PRIMAS - O LA VOZ DE YUNA – Argentina
15, 16 e 17/09 – 23h - ILHADOS - ENCONTRANDO AS PONTES – PE
20 e 21/09 – 23h - BRASIL Argentina
23/09 – 23h - IN HEAVEN - Caxias do Sul
TEATRO DE CÂMARA
06, 07 e 08/09 – 22h - DUAS MULHERES EM PRETO E BRANCO - PE
09, 10 e 11/09 – 22h – CAETANA – PE
12 e 13/09 – 22h - A PEÇA DO CASAMENTO – RJ
15/09 – 22h - CARA A TAPA - Troféu Braskem
17/09 – 22h - UM VERDADEIRO COWBOY - Troféu Braskem
18, 19 e 20/09 – 22h - ESTAMIRA - BEIRA DO MUNDO – RJ
21/09 – 22h - INCIDENTE EM ANTARES - Troféu Braskem
22/09 – 22h - O FANTÁSTICO CIRCO-TEATRO DE UM HOMEM SÓ - Troféu Braskem
BRUNO KIEFER
07 e 08/09 - 19h30 - TOMO SUAS MÃOS NAS MINHAS - RJ
11, 12 e 13/09 - 19h30 - EL LUGAR – Uruguai
19, 20 e 21/09 - 19h30 - NIÑO ENTERRADO – Uruguai
CARLOS CARVALHO
07, 08 e 09/09 - 18h - VUELO A CAPISTRANO – Uruguai
18, 19 e 20/09 - 18h - MI QUERIDA – Uruguai
21/09 – 18h - A BILHA QUEBRADA - Descentralização Região Centro
SESC
05, 06 e 07/09 – 19h - Cão que Morre não Ladra – Portugal
09, 10 e 11/09 – 19h - O Filho Eterno – RJ
13, 14 e 15/09 – 19h - SARGENTO GETÚLIO – BA
17, 18 e 19/09 – 19h - EL REY SE MUERE – Uruguai
21, 22 e 23/09 – 19h - HERÓIS O CAMINHO DO VENTO – DF
INSTITUTO GOETHE
06, 07 e 08/09 – 19h - AS REGRAS DA ARTE DO BEM VIVER NA SOCIEDADE
MODERNA – RJ
13 e 14/09 – 19h - IDO TADMOR – Israel
18 e 19/09 – 19h - PABLO HELD TRIO JAZZ – Alemanha
CENTRO CENOTÉCNICO
05, 06 e 07/09 – 21h - VÉU DE NOIVA Conexão em Cena
09/09 – 21h - NOSSA VIDA NÃO VALE UM CHEVROLET - Troféu Braskem
PEPSI ON STAGE
15 e 16, 18, 19, 20, e 21/09 – 22h e 22/09 - 18h e 22h - FUERZA BRUTA
TEATRO DE ARENA
13/09 – 20H - BREVES ENTREVISTAS COM HOMENS HEDIONDOS - Troféu Braskem
CENTRO CULTURAL CEEE ERICO VERISSIMO
07/09 – 16h - AVENIDA CORES POR TODO O LUGAR - CEEE Descentralização Região
Centro
22 e 23/09 – 19h – ROSA – RJ
04, 05, 06 e 07/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Visual Theatre Workshop
(Londres/Lisboa) - com John Mowat / Companhia Chapitô – Portugal. Sala O Retrato
06, 07, 08 e 09/09 - 9h30 às 13h - 19º POA em Cena - Oficinas - Energias Corporais no
Jogo do Ator, com Gina Tocchetto. Sala Noé de Mello Freitas
11, 12, 13 e 14/09 - 9h30 às 13h - 19º POA em Cena - Oficinas - Teatro Documentário:
Arquivos, Memória e Autoficção, com Janaína Leite (SP) Sala O Retrato
12, 13, 14 e 15/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Oficina de Dramaturgia:
Poéticas do Século XXI, com Marcos Damasceno (PR) Sala Noé de Mello Freitas
16, 17 e 18/09 - 9h30 às 13h30 - 19º POA em Cena - Oficinas - Experimentos Musicais
para um corpo dançante, com Mônica Lira e Tarcísio Resende, do Grupo Experimental
(PE) Sala Noé de Mello Freitas
17, 18 e 19/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Treinamento para um jogo de
cena, com Beatriz Sayad (SP) Sala O Retrato
21 e 22/09 - 10h às 13h - 19º POA em Cena - Oficinas - Qualidades de Energia com Lydia
del Pichia e Inês Peixoto do Grupo Galpão (MG) Sala O Retrato
22/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Um absurdo de Ator, com Gustavo
Paso (RJ) Sala Noé de Mello Freitas
ESTACIONAMENTO CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA
06/09 – 21h30 - DESVIO - Troféu Braskem. (em caso de chuva será transferido para o
dia 11/09)
DESCENTRALIZAÇÃO
04/09 - COISARADA - (Liberato Salzano)
05/09 - QUIÇA SE FOSSE - (Presidente Vargas)
06/09 - CORSÁRIOS INVERSOS - (Monte Cristo)
07/09 – 16h - AVENIDA CORES POR TODO O LUGAR - (CCCEV)
08/09 - I-MUNDO - (Alvarenga Peixoto - Ilha Grande)
09/09 - I-MUNDO - (Mascarenhas de Moraes)
10/09 - QUEREMOS UMA CICLOVIA - (Antão de Faria)
11/09 - MUSICA DE IMAGINAR - (Cesmar)
12/09 – DIVINAS - (Emílio Meyer)
13/09 – DIVINAS - (Dom Diogo)
14/09 - MUSICA DE IMAGINAR - (Loureiro da Silva)
15/09 - CORSÁRIOS INVERSOS - (Anísio Teixeira)
16/09 - DESPEDIDA DE PALHAÇOS - (Praça de Belém)
17/09 – TOCAIA - (Pasqualini)
18/09 – TOCAIA - (Guereiro Lima)
19/09 - AVENIDA CORES POR TODO O LUGAR - (Judite manhã e Aramy Silva tarde)
20/09 - A COBRA VAI FUMAR - UMA ESTÓRIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA
BRASILEIRA - (Redenção)
21/09 – 20h - A BILHA QUEBRADA - Carlos Carvalho
21/09 - A COBRA VAI FUMAR - UMA ESTÓRIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA
BRASILEIRA - (Casa do Artista)
22/09 - O FEIO - (Circo Girassol)
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Fotos Gilberto Perin
Por Alfredo Aquino - Artista plástico, escritor e editor
Os bastidores ocultos, desvelados
por Gilberto Perin
Primeiro foram os bastidores secretos do futebol, depois os do teatro
e do circo e depois as imagens que ninguém vê do carnaval. E depois,
sempre ainda haverá o depois a ser revelado por Gilberto Perin. Ele o
fará o nos dirá.
O fotógrafo é inquieto, criativo e doador de seu tempo à aventura
da arte fotográfica e inventa novos caminhos estéticos a percorrer e
desvelar em descobertas que são tão suas quanto dos que observam
suas fotografias no momento seguinte, com surpresa e curiosidade.
Ele também as vê do mesmo jeito e com o mesmo fervor. Apenas as
vê antes e faz as escolhas, lastreadas no apurado senso estético e na
oportunidade criada por ele próprio ao decidir estar ali naquele momento
de revelação. Um artista que congela imageticamente o tempo e o
oferece numa linguagem inventada, que não necessita de tradução nem
legendas para se compreender, podendo ser entendida em qualquer
lugar por quem quer que tenha a felicidade e o prazer de observar com
atenção, as suas fotografias.
As fotografias de Gilberto Perin, porque percorrem espaços
normalmente vedados e ou até proibidos aos observadores comuns
(vestiários, coxias, camarins, ateliês, bastidores) vem povoadas de mitos
e segredos. Trazem surpresas. Vem temperadas de um olhar finíssimo
em descobrir o inusitado, em desvendar o que é original e invulgar. O
que antes não foi visto por ninguém e não fôra ainda transportado ao
espaço da arte fotográfica.
Gilberto Perin não é um fotógrafo cego, tampouco aleatório, nem
copia temas ou imagens já realizadas. Ele pensa sobre o que vê e
escolhe o tempo de seu tema.
Ele criou o seu próprio universo e vai transportando-o para fora da
gruta na qual o veio valioso permanecia escondido da luz e dos olhares
desavisados.
A mostra dos bastidores do futebol transformou-se na exposição de
arte fotográfica mais vista este ano (2012) no Brasil, como Vestiários
(no Museu do Futebol, em São Paulo) com cerca de 500.000 visitantes
em cinco meses e como Camisa Brasileira no circuito ArteSESC no
Rio Grande do Sul e Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo (em Porto
Alegre, Bagé, Pelotas, Camaquã, Montenegro, Caxias do Sul, Passo
Fundo, Uruguaiana e Santa Rosa) com mais de 50.000 visitantes. São
números impressionantes e demonstram o reconhecimento do talento
do fotógrafo que faz acompanhar as mostras com livros de fotografias
em grande formato e capa dura. Foi assim com o conjunto de Camisa
Brasileira e será com outros dois temas de Bastidores, nos próximos
meses.
Um grande fotógrafo brasileiro – Gilberto Perin – que soube criar, ao
largo e distanciado de modismos e tendências externas, um caminho
próprio e original, com talento e senso de ordenação artística que o
colocaram num patamar muito especial, de reconhecimento artístico
junto a um extenso público.
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Foto capa Alina Souza | Foto matéria Eduardo Seidl
Por Pedro Luiz da Silveira Osório - Presidente da Fundação Cultural Piratini
Uma nova TVE
e FM Cultura
A Fundação Piratini é a mantenedora das emissoras públicas do Rio Grande do Sul, TVE e FM Cultura. Financiadas
principalmente pelos impostos pagos pela sociedade, ambas planejam suas programações de acordo os princípios
da pluralidade, da criatividade, do interesse público e do esclarecimento da audiência, além de propor modelos
audiovisuais diferentes dos adotados por programações comerciais de rádio e TV. Em quase quatro décadas de
serviços prestados pela TVE e nos quase 25 anos da FM Cultura, são inúmeras as atrações produzidas com o
objetivo de atender a todos os diferentes públicos da nossa sociedade. Nossa orientação pela informação jornalística
de qualidade, cultura plural e entretenimento saudável são mais do que ideais, mas valores inaliáveis na concepção
dos programas.
A partir de 2011, um projeto liderado pelos novos dirigentes da Fundação Piratini baseado em gestão transparente,
cooperativo com os servidores e acompanhado pelo Conselho Deliberativo, formado por representações da
sociedade, busca retomar de forma plena as atividades da TVE e FM Cultura. A TVE passa a fazer parte da Rede
de Emissoras Públicas e amplia a sua grade com programas produzidos pela TV Brasil. Além da qualificação dos
seus próprios programas, ela inicia um processo de reativação de retransmissoras pelo estado chegando hoje a
aproximadamente 4 milhões de pessoas, o que a coloca na segunda posição em abrangência de sinal no RS. A
FM Cultura monta um novo estúdio, reestreia e cria programas e retoma o jornalismo. Ambas emissoras passam
a se comunicar com seus públicos por meio das redes sociais e preparam para os próximos meses o lançamento
dos seus novos sites. Essas ações são alguns dos exemplos que envolvem ainda renegociações de dívidas,
contratações emergenciais, um programa de valorização dos servidores e a ampliação da participação da sociedade.
O novo desafio agora é a digitalização da TVE, a atualização dos equipamentos de transmissão da FM Cultura e
a ampliação do alcance de ambas as emissoras.
Esses resultados foram obtidos em um cenário de carência de investimentos e o consequente sucateamento
das operações durante oito anos, que colocaram em risco não apenas as emissoras, mas o direito fundamental da
população do RS à informação. Com a participação ativa de nossas equipes, é possível afirmar que as dificuldades
estão sendo superadas e hoje trabalhamos com um horizonte que nos permite apresentar novidades aos nossos
ouvintes e telespectadores. Assista a TVE e ouça a FM Cultura. Nosso projeto não será completo se não for
aproveitado, utilizado e trabalhado por toda a sociedade. É nosso compromisso entregar uma nova TVE e uma
nova FM Cultura para todos os gaúchos.
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Por Dra. Beatriz Bohrer do Amaral - Diretora da Radimagem e Radiologista
O diagnóstico através da urina
Foto Arquivo Pessoal
A urina é uma das quatro vias pelas quais as substâncias saem do nosso corpo, por isso a sua importância no
diagnóstico médico, fornecendo informações não só sobre
o que comemos e bebemos, mas também como o nosso
corpo está funcionando. Esta é a razão pela qual se solicita
exame de urina tanto para os pacientes saudáveis, como
para os que apresentam sinais ou sintomas de doença.
As características físicas da urina, como, por exemplo,
cor e transparência, bem como as substâncias nela presentes, podem diagnosticar problemas como infecção,
doenças metabólicas, doenças renais, câncer de bexiga,
diabetes, abuso de substâncias, exposição a toxinas e
consumo inadequado ou excessivo de líquidos. Em tempo
de Jogos Olímpicos, é também a forma pela qual os atletas são testados para o uso de drogas e estimulantes que
possam alterar o seu desempenho na competição.
Se você está bem hidratado, a urina apresenta-se
amarelo-pálido e transparente. No caso de desidratação,
seja por baixa ingestão hídrica, excesso de suor, vômitos
ou diarréia, a urina fica mais escura e com odor de amônia, alertando para a necessidade de beber mais líquidos.
Urina escura persistente pode ser um sinal de doença no
fígado, como a hepatite. Alguns alimentos e também medicamentos podem alterar a cor da urina, sem significar
problema. Por exemplo, a beterraba contém um pigmento
vermelho, que pode simular sangue. Os betacarotenos,
presentes na cenoura e em altas doses de vitamina C,
tem coloração alaranjada e as vitaminas B, um pigmento
esverdeado. Às vezes, sangue pode aparecer na urina
por causa de uma infecção urinária, de um cálculo no rim
ou bexiga, de aumento da próstata ou até por trauma ou
exercício físico intenso, como correr uma maratona. Entretanto, se não houver uma explicação óbvia para a perda
de sangue, ou se esta for persistente, é muito importante
avaliar com o médico a possibilidade de doença renal ou
câncer. Da mesma forma, necessita avaliação quem tiver
urina constantemente espumosa, o que pode ser sinal de
perda de proteína, ou turva, sinal de infecção, geralmente
também acompanhada de sintomas como ardência e urgência.
Produzimos cerca de 100 ml de urina por hora. O consumo de alimentos com muito sal ou carboidratos pode
diminuir temporariamente este volume, porque o sal, o
açúcar e o amido irão reter mais água no corpo, do que,
por exemplo, as proteínas. Pelo contrário, existem alimentos e bebidas que são diuréticos, como o café e o chá, que
contém cafeína, bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja, e alimentos com alto teor de água, como a melancia.
Prestar atenção no seu corpo é fundamental para preservar e manter a sua saúde.
Próxima Palestra do Projeto Mulher e Saúde
DATA: 29 de agosto às 16h - tema: como enfrentar o câncer de próstata - palestrante: karin marise
jaeger anzolch, urologista - local: radimagem - endereço: av. cristóvão colombo, 1691
ENTRADA FRANCA – trazer 1kg de alimento não perecível
informações: (51) 2125.0555 - www.radimagem.com.br
Foto Arquivo Pessoal
Por Dr. Nilton Alves - Ginecologista CREMERS 15.193
Fibroadenoma
O fibroadenoma é o tumor benigno mais freqüente nas
mulheres, com uma incidência maior nas mulheres jovens,
entre 20 e 25 anos.
Geralmente os fibroadenomas são lesões mamárias únicas, mas entre 10 e 15 % dos casos apresentam lesões múltiplas e podem ocorrer de forma bilateral em 10% dos casos.
É considerada uma forma localizada de hiperplasia nodular
do tecido do estroma e do componente glandular da mama.
Estima-se que 20% das mulheres são portadoras desse
tumor, que pode ser sintomático ou assintomático.
O quadro clínico é de um nódulo mamário de consistência
variável, móvel, não doloroso, e que apresenta seus contornos nítidos, superfície lisa e regular. A maioria dos fibroadenomas não ultrapassa os 3 cm e tende a permanecer estável
com o passar do tempo.
Os fibroadenomas possuem receptores de estrogênios e
progesterona e sofrem variações, crescendo na gravidez e
lactação e diminuindo na menopausa.
O diagnóstico é basicamente pelo exame físico, entretanto, devemos fazer o diagnóstico diferencial com cistos den-
sos, tumores filóides, linfonodos, papiloma e alguns tipos de
câncer que se apresentam de forma circunscrita como o carcinoma medular, o colóide, o papilifero e o intracistico.
O diagnóstico complementar pode ser feito com uso de
mamografia e ecografia mamária, sendo a ultrassonografia
mais utilizada em pacientes jovens, pois geralmente apresentam um parênquima mamário denso.
Quando o diagnóstico é duvidoso podemos realizar uma
biópsia e estabelecer o diagnóstico definitivo. Sabemos também que a transformação do fibroadenoma em câncer é extremamente rara.
Quanto ao tratamento, ainda não existem medicamentos
que possam levar ao desaparecimento dos fibroadenomas.
A cirurgia com enucleação é o tratamento de escolha para
pacientes acima de 25 anos. Alguns autores preconizam a
observação até os 35 anos, desde que sejam tumores pequenos, com confirmação de benignidade. Os tumores que
crescem durante a observação devem ser retirados com
margens de segurança.
ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL do ARTISTA no ATELIER LIVRE
TUDO sobre Direito Autoral e artes visuais
15 de ago. a 28 de nov. 2012 - Quartas-Feiras, 9h - 12h
Ministrante: José Francisco Alves
Informações e matrículas - Secretaria do Atelier Livre
3289.8057 e 3289.8058
Centro Municipal de Cultura - Av. Érico Veríssimo, 307
Mercado comercial, Galerias, etc.; Como definir os preços
das próprias obras de arte? Quem os estabelece? Existem
contratos? Como são as comissões de venda/ consignação?
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Sujeito à taxa de conveniência
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Por Thamara de Costa Pereira - Jornalista
‘Voilá, Brasil!’
O chef francês Philippe Remondeau, do restaurante Chez Philippe, ensina a receita Chaussons de maçã e pinhão.
A maçã combina perfeitamente com o pinhão. A massa folhada, a manteiga e a calda de laranja dão o charme francês
à especialidade. A receita faz parte do livro “Voilà, Brasil!”, de Remondeau. O chef do restaurante Chez Philippe, de
Porto Alegre, apresenta 60 receitas que mesclam o Brasil e França. Confira.
Chaussons de maçã e pinhão
400g de maçã
50g de manteiga
50g de açúcar cristal
20ml calvados (aguardente de maçã)
400g de massa folhada
açúcar de confeiteiro
Creme de confeiteiro
400ml de leite integral
2 ovos
20g de farinha de trigo
50g de açúcar
100g de purê de pinhão
Calda de laranja
1/2 de suco de laranja
80g de glicose
50g de açúcar
250ml de água
canela
fava de baunilha a gosto
1 anis estrelado
2g de ágar
Preparo
Refogue as maçãs com a manteiga e o açúcar
cristal. Adicione o calvados. Reserve. Para o creme
de confeiteiro, faça uma mistura com todos os
ingredientes. Adicione as maçãs refogadas. Para
a calda de laranja, ferva todos os ingredientes,
com exceção do ágar. Deixe reduzir até a metade.
Adicione o ágar e deixe ferver por três minutos.
Estique a massa folhada com açucar de confeiteiro
e recheie com o creme. Feche como um pastel. Leve
ao forno a 170°C e asse por 20min. Sirva com calda
de laranja.
Rendimento: receita para 4 pessoas.
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Gracias a Violeta, a quem
a vida deu tão pouco
Filmes brasileiros são o foco dessa coluna. Contudo,
há obras incontornáveis e o chileno Violeta foi para o
céu é decididamente uma delas. Grande Prêmio do Júri
no festival de Sundance este ano na categoria World
Cinema, além de outras seis nomeações em outros
eventos, essa cinebiografia da cantora, folclorista e artista
plástica chilena representará aquele país no Oscar, com
grandes chances.
O documentário de Andrés Woods tem como base em
livro homônimo, escrito pelo filho da cantora, e começa
com uma entrevista televisiva muito reveladora da
sociedade em que Violeta Parra se movia e de como ela
reagia a isso. Um entrevistador de feições caucasianas,
vestindo terno, gravata e pesados óculos ao estilo inglês,
pergunta-lhe: Sem querer ofender, mas você é meio
índia, não? A resposta: Por que me ofenderia? Lamento
que minha mãe tenha escolhido um branco, queria ter
nascido 100% índia. Você que tem 20 anos hoje pode
achar normal, mas há meio século isso era tão novo
que nem sequer entre intelectuais universitários haveria
consenso sobre o significado disso.
A trajetória de Violeta vai sendo desfiada em dois
eixos, que vão se intercalar durante todo o filme. O
primeiro vai da consolidação de sua carreira musical,
quando ela começa a pesquisar canções que sobrevivem
apenas na memória de anciões em povoados remotos
(sempre levando os filhos a tira-colo, em condições
precárias), até sua morte. (Esse seu serviço à cultura
autóctone latina, por si só, jamais poderá ser pago.)
O outro eixo vai revelando sua infância órfã de mãe,
criada por um pai alcólatra que, cantando em bares, mal
ganhava o suficiente para se sustentar.
A mesma menina que aprenderá a tocar violões muito
rudimentares com um pai por vezes amoroso vai se
assustar na mesma proporção com seus surtos e fúrias.
Sempre com o rosto sujo, os irmãos de nariz ranhento,
suas poucas alegrias são frutinhas negras, que come
sujando bochechas e mãos, com o olhar perdido, junto ao
túmulo da mãe. Outra cena recorrente será a da pequena
Violeta contemplando num pequeno espelho de cabo
as marcas da catapora, outra falta de atenção recebida
na infância, que ela tenta tirar do rosto com a ponta dos
dedos. A cada momento-chave de sua trajetória essas
cenas funcionarão como uma câmara subjetiva, a nos
lembrar da profunda e inescapável solidão que sempre
a acompanhou.
O recurso é usado à moda da montagem por
repetições, uma técnica estudada pelo mestre russo
Vsevolod Pudovkin, que objetivava pontuar e estruturar
a narrativa fílmica no tempo em que a compreensão
pública das histórias em filmes ainda engatinhava. O
leitor que assistiu o ótimo filme uruguaio Whisky talvez
se lembre deste recurso, onde um tear era mostrado
repetidas vezes durante a trama. Se ali a virtude era
mais referencial, no filme de Andrés Woods esse recurso
de estilo transforma-se em carne do drama que se vai
enredando, enredando como el musgo en la piedra, da
sublime canção de Violeta.
Mesmo com a companhia do amante e músico
suíço Gilbert Favre, 19 anos mais moço que ela (outro
escândalo), mesmo com o reconhecimento em Paris, que
culmina com sua primeira grande exposição individual
sendo apresentada num dos templos máximos da arte
ocidental, o Museu do Louvre, o que vemos é uma artista
que transborda dentro de uma mulher sem paciência
ou tempo para as convenções de sua época. A mesma
arrogância do âncora de tevê se repetirá com outros
machos adultos no comando de suas apresentações,
como o embaixador chileno que lhe recomenda ir comer
com os criados na cozinha do palácio, após o fim de sua
cantoria em uma recepção. Violeta (verdadeiramente
encarnada por Francisca Gavilán, que canta ela mesma
todas as músicas) decide retornar ao Chile e, nas
aforas da capital Santiago, decide montar um casa de
espetáculos ao estilo das tendas rurais, único ambiente
em que vemos seu rosto parecer em casa.
Mas se mesmo a Paris da época ainda não
sonhava com o Maio de 1968, se mesmo lá rebeldes,
revolucionários e agentes da contracultura ainda não
imaginavam ser possível virar de cabeça pra baixo os
Foto Marc Hess
Por Marcelo Oliveira da Silva - Coordenador de Comunicação da Secretaria Municipal da Cultura
costumes de um Ocidente ainda submisso ao chauvinismo
cristão, o que esperar de seus contemporâneos no Chile,
ainda tão inseguros quanto ao valor de qualquer coisa
que não imitasse a atitude e o comportamento europeus?
Dia após dia, seu novo castelo de ripas de madeira e
panos, onde cada espectador pagava o que achava justo,
definhava como o canto da cigarra ao anúncio do outono.
Violeta interrompe sua incontornável solidão com um
tiro no fim do verão de 1967, antes de completar 50 anos
e pouco antes da emergência de diversos interlocutores
dignos de suas ideias. Violeta não viu o socialista
Salvador Allende tornar-se presidente do Chile, não viu
os americanos Joan Baez e Dean Reed (o Elvis Presley
do mundo socialista), a argentina Mercedes Sosa, o
cubano Sílvio Rodrigues, entre tantos outros, incluindo
Elis Regina, inundarem as rádios do mundo com suas
canções, que embalaram uma das maiores revoluções
comportamentais e culturais da história.
Foto Gilberto Perin
Don Frutos - O romance
magistral do Prata
Don Frutos, o romance monumental de Aldyr Garcia
e própria, que o caracteriza como o vigoroso autor de
Schlee revela e ilumina com criatividade ficcional a
literatura brasileira com os olhos espraiados sobre o
intrincada, fascinante e contraditória personalidade
pampa e sobre o Prata.
do caudilho Don Frutuoso Rivera, militar aguerrido,
Vencedor de cinco Prêmios Açorianos ao longo
conquistador de territórios e de afetos femininos e o
de sua reconhecida carreira, foi premiado como Fato
primeiro Presidente da República do Uruguai; através
Literário no RS, em 2010, tendo Don Frutos sido
da observação documentada e da letra imaginada pelo
considerado o melhor Romance no Prêmio Açorianos
brilhante escritor fronteiriço, natural de Jaguarão RS
de 2011.
(nos limites com Rio Branco, no Uruguai).
A partir do fato histórico da presença de Don
Salve, Don Aldyr Garcia Schlee.
Frutos por cerca de um ano habitando a cidade de
Alfredo Aquino
Jaguarão em retorno de seu exílio no Brasil à sua
Edições Ardotempo
pátria platina, Aldyr Garcia Schlee reconstitui os
(51) 33 15 01 83
(51) 97 24 80 91
passos, os sentimentos, os atos e a memória do
caudilho, colocando a descoberto, sem preconceitos,
sem partidarismos ou ufanismo a carreira, a glória, o
poder, o ocaso e a decadência física da personagem.
Aldyr Garcia Schlee escreveu assim uma obra
maior em que apresenta um espelho multifacetado e
faiscante, com a potência de uma linguagem original
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Foto Luciana Thomé
Por Sergio Napp - Escritor
Olhos da lua
Os olhos da lua teimavam em permanecer abertos quando
entendi que ele não viria. Inútil a espera, o perfume e os
arranjos do coração. Talvez aparecesse em outra noite, mas
já não seria a mesma coisa. As noites todas podem parecer
iguais, mas a ansiedade do coração, não. Feito as ondas do
mar, as fases da lua, o espreguiçar das folhas ao vento, a
cantoria dos pássaros – num primeiro momento tudo parece
se repetir, mas é ilusão. São sempre outros os movimentos
e as notas.
Volto ao quarto, tiro a roupa com tanto esmero escolhida,
desfaço a cama, sento-me frente ao espelho para retirar a
maquiagem. Displicentes, meus dedos procuram um entre
tantos potes, quando meus olhos percebem um fio branco
entre os cabelos. Sorrio: um fio branco, uma leve ruga no canto
da boca, pequena mancha no pescoço. Que mais?
Há quanto, quanto tempo deixara de me observar com
os cuidados antigos? Quando menina, todas as noites, fazia
uma revista completa em meu corpo, da cabeça aos pés,
acompanhando cada mudança, cada aumento de volume,
cada pêlo recém nascido e tanto era o meu espanto com o
novo e quanto me alegrava com a surpresa. Com verdadeiro
prazer se cumpria àquela hora e suas descobertas.
Estranha a vida com seus descaminhos. Nada sobrara
daqueles momentos de satisfação, a não ser pequenos gestos
por onde se podiam perceber, difusamente, uma ou outra
lembrança. Esquecera o ritual e seus signos, mas talvez, com
um pouco de esforço pudesse reproduzi-los.
Desabotôo os botões e deixo a camisola cair: eis meus
seios, nem grandes, nem pequenos, ainda firmes; eis a pele
ainda sedosa. Acaricio-a como, por certo, nenhum homem
soubera fazê-lo e me surpreende esta constatação: para isto
foram feitos, para a carícia, o beijo e o gozo. No entanto, ali
estavam à espera que isso se cumprisse.
Levanto-me e a camisola me cai aos pés. Lentamente tiro a
calcinha e me afasto um pouco do espelho para que me reflita
por inteira. Não mais a antiga alegria, mas certa angústia.
Percorro o corpo todo com dedos de marinheiro que
busca descobrir a suavidade da espuma e o mistério do sal,
dedos aventureiros se arriscando por sombrios e inexplorados
caminhos, dedos de delinqüente abrindo janelas e portas em
busca de algum tesouro.
Eis meu corpo entre tantas e tantas mãos, desvarios e
fantasias. Nele as marcas rudes do inverno, as chuvas calmas
de abril, os ventos tristes do outono, algumas flores, quase
sem cor, colhidas em tardes de uma distante primavera, as
sombras de uma erosão lenta, porém inevitável.
Meu corpo: vozes e risos, brigas e afagos, gritos e
gemidos, enchentes e secas, pássaros e leões, barro e veludo.
Interessante te olhar assim, corpo, tendo passado o tempo
do brilho e se aproximando o do estio, e perceber em ti o
mesmo e antigo latejar. Quantos passaram e quantos passarão
descobrindo teus caminhos e dobras? A quantos realmente
te entregaste e quantos, e foram tantos, não souberam te
entender?
Reabro as cortinas e janelas e deixo os últimos raios de
lua contemplar minha nudez. Passeio sob a sua luz e sou
fada brincando com as estrelas. Acaricio meu corpo feito
mãe lambendo filho, ali, naquela cama de nuvens, à espera
do sol e sua posse.
Foto Arquivo Pessoal
Por Jaime Cimenti - Jornalista e Escritor
As metamorfoses do gordo - História
da obesidade no Ocidente, da Idade Média
ao Século XX, de Georges Vigarello, mostra
o modo de percepção do gordo ao longo dos
séculos, com críticas à obesidade e palavras
de prestígio aos obesos. A obra também enfoca
dietas e outros aspectos. Editora Vozes, 352
páginas, R$ 45.00, telefone 3226.3911
Fábulas Chinesas com organização de
Sérgio Capparelli e Márcia Schmaltz , reúne
narrativas de diversos autores e períodos da
civilização chinesa, sentdo que as mais antigas
são anteriores à Era Cristã. Os estilos são
variados e a cultura e a sabedoria milenar dos
chineses estão nas histórias. 64 páginas, L&PM
Pocket, www.lpm.com.br
Movidos pelos ventos de Andréia Borges de
Azevedo, nascida em São Francisco de Paula e
formada em jornalismo pela Unisinos, romance
com base em fatos reais, apresenta a saga de uma
família colonizadora do RGS. A história inicia no
século XVI, em Andaluzia, Espanha. Maria Antonia,
a matriarca, fica viúva precocemente e toma as
rédeas da família. Sua filha Izabel parte para o
Brasil, para nunca mais voltar. A marca de Maria
Antonia vai ficar para sempre nos descendentes.
Site: www.editoraage.com.br, fone 3061.9385
Turismo e Cidadania: A Redenção das
Africanidades em Porto Alegre de Roberta Fraga
Machado Gomes, com apresentação da Professora
Susana de Araújo Gastal, analisa a (in) visibilidade da
identidade negra na atual sociedade porto-alegrense,
retratando o Parque Farroupilha, conhecido como
Redenção. A partir de análises da arquitetura, da
história e de outros aspectos, a autora assevera a
identificação afrodescendente, na composição de
nossa capital. Editora Bestiário, telefones: 3343.5784,
9325.1366, 9491.3223 – www.betiario.com.br
Antes que os espelhos se tornem
opacos do médico, psiquiatra e psicanalista
Juarez Guedes Cruz apresenta contos que
apontam para diferentes formas de absorver a
solidão, a dúvida, a perda, a dor, a incerteza e
a culpa. O olhar do autor é contemplativo. Há
influências diretas de Borges, Cortázar e outros
e os encontros são mostrados apenas como
prenúncios de despedidas. O autor já recebeu
o Prêmio Açorianos pelo livro A cronologia dos
gestos. Dublinense, www.dublinense.com.
br - 3024.0787
Eu Te Amo de Marco Cena, autor dos livros Mãe
e Zumbis da Pedra, nos traz agora um livro diferente,
inteligente e interativo, uma obra na qual o leitor marca
(x) sua própria maneira de dizer EU TE AMO. Ricamente
ilustrado, com declarações visuais e poéticas, perguntas
e afirmações sobre o amor, o autor explora as várias
maneiras de amar e dizer isso de forma original e bem
humorada. Um livro, acima de tudo, apaixonadamente
divertido. BesouroBox, www.besourobox.com.br
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
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Foto Tonico Alvares
Por Paulo César B. do Amaral - Artista plástico, curador e escritor
Istanbul
Eu conversava com um diplomata amigo meu quando ele me
confessou um sentimento que terminou desenvolvendo depois de
tantos anos servindo na Europa. Dizia ele: - Os europeus sempre
foram arrogantes, mas agora estão muito humilhados pela longa
crise que parece não chegar ao fim.
Comecei escrevendo isso porque tem a ver com visitas que
fiz a Istanbul em dois momentos: há uns vinte anos, quando a
Turquia desejava entrar na seleta zona do Euro e os europeus não
permitiam, e, mais recentemente, há um mês.
Motivos havia vários para que a Turquia não fosse aceita, entre
eles a ocupação de parte do Chipre, principal argumento que
apontava para um país belicoso, desrespeitoso com os regimes
democráticos. Mas no fundo sabia-se, como se pensa ainda, que
a questão religiosa também contava, e muito mais. A Turquia é
um país com maioria islâmica (98%) enquanto que a Europa é um
continente fundamentalmente cristão. Não obstante, a Turquia é um
país laico, isto é, um país sem religião oficial, desde que o fundador
da República, Mustafa Atatürk, varreu do país o regime do sultanato
e instalou a democracia. Não bastasse terem as pessoas de credo
islâmico que sofrer uma permanente e injusta discriminação,
arraigada na idéia obtusa de que há alguma coisa de errado com
culturas que não reflitam parâmetros ocidentais, tiveram os turcos
um dia que amargar a negativa de sua entrada na comunidade
europeia, quem sabe, justamente por este motivo de ordem de
crença.
Ocorre que hoje a Turquia é um país que alcançou consideráveis
avanços em muitas áreas. Istanbul é turisticamente um sítio que em
nada deve a lugares europeus como Paris, Londres e Amsterdam.
A Turquia tem uma moeda estável, a lira turca, equivalente em
valor ao nosso real. As ruas são limpas, o povo é extremamente
cortês, a comida é única e os preços estão em conta. Os sistemas
públicos funcionam naquele país. E não se vêem nas ruas
quaisquer manifestações de ordem religiosa ou fundamentalista. É
evidente que não posso tomar como tese não existirem pobres nas
ruas de Istanbul, ainda mais que circulei em pontos privilegiados,
mas, mesmo em deslocamentos longos, não vi um só mendigo
em três dias.
Perguntei a algumas pessoas da cidade sobre a antiga pendência
em relação à entrada da Turquia na comunidade europeia. Algumas
disseram que gostariam que chegasse o tal dia em que seriam
aceitos, mas a maior parte, sem nenhum ufanismo, simplesmente
raciocinando em torno da conjuntura do continente europeu nos
dias atuais, agradece a Alá pela condição em que se encontram,
que em nada seria parecida se tivessem de se submeter a uma
moeda única, fundada por um sistema único, gerido principalmente
(pelo menos há isso de bom) pela indobrável Angela Merkel.
Foi nesta viagem que lembrei meu amigo, ministro do Itamaraty,
e sua fala enquanto caminhávamos pelo Parcão. Eu tinha achado
aquela afirmação dele sobre os europeus demasiadamente pesada,
tanto que apenas assenti em contrariado silêncio. Mas hoje entendo
o que ele queria dizer, tomando apenas este exemplo da Turquia e
me reportando a dois momentos distintos em que lá estive.
Por Renato Pereira - Jornalista
Afrodisíaco de Londres
Assistindo ao Pan da Inglaterra, aliás foi
um porre de Pan, fiz uma descoberta digna
do Master & Jonhson para a felicidade
conjugal. Não foi a natação sincronizada,
as reviravoltas das judocas no tatame e
muito menos as belezas russo ucranianas,
exímias nas mais diferentes modalidades.
Diz respeito à terapia sexual cognitiva para
que o casal permaneça apaixonado e fiel
e, se possível, procriativo, que a Bolsa
Família em ano eleitoral abunda. Aliás,
é por aí, porque o auge da competição
esteve na mais brasileira das modalidades,
dando carga máxima ao mais humano
dos desejos. Abstraia-se totalmente a
performance técnica. Tem a ver, isto sim,
com a desenvoltura estética. O troféu
vai para meninas do vôlei de praia! Sem
bairrismos. Até as coreanas mostraram a
que vieram no vôlei: desbundar.
Do nu artístico medieval às celebridades
com celulite retocadas no computador
da revista Playboy, nada se compara às
imagens ao vivo dos glúteos espremidos nos
mini calçõezinhos das nossas fantásticas
brasileiras no vôlei. É tipo a instituição
de um Viagra visual para cavalheiros de
todas as idades. Daí a minha sugestão
para as terapeutas sexuais, que deixem de
recomendar técnicas massoterapêuticas,
massagens com óleos afrodisíacos, longas
discussões interativas sobre onde é que
fica o ponto G e como os maridos devem se
portar para descobrir o caminho da mina. É
chover no molhado. Todos já sabem que o
ponto G feminino fica no shopping com um
cartão de crédito liberado.
deste expectador fiel e inarredável dar
partidas de vôlei de praia. Muito mais barato
do que jantar fora, trocar as cortinas da
casa e demais concessões para agradar à
parceira. Simples, prático, barato e de uma
funcionalidade impressionante: instalar no
quarto do casal (faltando espaço pode ser
em cima da cama mesmo) uma simples
e frugal rede de vôlei. Nem precisa a
bola, pode ser uma peteca, para evitar
uma bolada no olho de qualquer uma das
partes envolvidas, o que pode levar não
só à impotência momentânea, como ao
xingamento irado, o que é totalmente contra
o regulamento e pode levar o marido a ficar
em abstinência por longos meses de castigo
pela idéia idiota.
Depois de Londres, temos em mãos
o correspondente à descoberta de novas
galáxias do Universo. Ou, uma espiadela
Nada mais erótico do que a inclinação no Paraíso em vida. A beleza em todo o
de 180 graus após um saque, ou aquele seu esplendor e a baba masculina em todo
pulinho com a coluna arqueada no rebote. o seu estertor. Daí a modesta sugestão
Mas vá que dê certo, admitamos que
funcione. Ela aos pulinhos e você perdendo
pontos continuamente ao cair de cara no
chão só para ter o visual mais gratificante
da atleta oponente: de baixo para cima. É
a segunda lua-de-mel, sem os atropelos da
primeira, com você contando o tempo para
não entrar em falência na conta do hotel. A
volta da paixão, o retorno do fogo do amor
(superando até os possíveis calorões da
menopausa). Uma rede, só. E eis a volta
da felicidade plena aos dois corpos que
habitam um mesmo espaço resmungando
um com outro continuamente exatamente
por falta de.
Apenas com um detalhe a ser considerado. Coisa mínima. Antes de estender
a rede e implorar que a atleta coloque o
fardamento igual à das campeãs nativas,
desatarrachar o lustre do quarto e tirar de
todos os abajures, porque um golpe incerto que provoque o menor estrago na decoração do quarto conjugal, e o amigo vai ser
posto para dormir no sofá. Sem direito ao
vídeo das meninas do vôlei que eu tenho
certeza que a maioria gravou no computador para carregar as baterias.
CENTRO - INDEPENDÊNCIA - BOM FIM - RIO BRANCO - PETRÓPOLIS - MOINHOS DE VENTO - AUXILIADORA - CIDADE BAIXA MENINO DEUS - SANTA CECÍLIA - CAMINHO DO MEIO - ZONA NORTE - ZONA SUL E FLORESTA
Palácio Piratini - Prefeitura Municipal de Porto Alegre - Secretaria Estadual de Educação – Depto. Pedagógico - Assessoria de Projetos Especiais para 258 Escolas Estaduais – SMED – para 92 Escolas Municipais - Secretaria Municipal de Cultura - Centro Municipal de Cultura - SETUR - Secr. de Estado do Turismo - Usina
do Gasômetro - Teatro da Ospa - Teatro de Câmara - Museu da Comunicação Social - Teatro de Arena - Teatro Bruno Kiefer - Salão de Atos da UFRGS - Assembléia Legislativa - Solar dos Câmara - Theatro São Pedro - Casa de Cultura Mário Quintana - Teatro do SESC - Curso Mauá - Rede Hoteleira - Shopping Praia de
Belas - ARI - Ass. Riograndense de Imprensa - Sind.Comp.Musicais do Estado/RS - Academia Kyokushin - Sec. de Cultura do RS - Agências de Publicidade - IOF-Instituto Ortopedia e Fisioterapia - Museu Joaquim José Felizardo - Arte Café - Bazar Londres - Guarida Imóveis - Clínica Menino Deus - AGAPA (Associação
Gaúcha de Pintura Artística) - GBOEX Previdência Privada - Confiança Companhia de Seguros - Super Pizza - Espaço Dança e Memória - Instituto Estadual de Cinema (SEDAC) - Secretaria Estadual da Saúde – Cia. das Pizzas - Ótica Andradas - School - Casa dos Óculos - Tia Iara - Líber Livros - 5 à Sec - .com Cyber
Café - Gambrinus - Pronto Olhos - Anita Cell - Rede Drogadil - Cachorro do Rosário (Emancipação, Shopping Total e Mariante) – Churrascaria São Rafael - Barranco - Livraria Nova Roma - General Rock - Fisk - Bar do Beto - Laboratório Marques Pereira - Mauá - Biblioteca Pública do Estado - Haiti - Ótica Moinhos de Vento
- Wow! - DAER - Zil Vídeo - Livraria Vozes - Trianon - Café Arte & Cia - Homeograal - Assistir Escitório de Advocacia - Se Acaso Você Chegasse - Livraria Londres - Banca 43 - Livraria do Mercado e Banca Bang-Bang - Palavraria Livraria-Café - Panificação Copacabana - Bar e Café Pan Americano - Bar Chopp e Restaurante
Pacífico - Chopp & Companhia - Copão - Papillon - Sierra Maestra - Restaurante Natural Flor de Maçã - Planet Dog - Escola Arte Educação - Morano - Galeria Arte & Fato - Beiruth - Maomé - Matheus Confeitaria, Buffet e Café - Essência da Fruta – Academia Bio Ativa – Só Portáteis - Cyber Point - Bazar Londres - Print Cópias
– Paradouro Pet – Drogabel – FINASA – Porto Pastéis – Roberto Celular – COMUI: Conselho Municipal do Idoso – SIMPA: Sindicato dos Municipários de POA - Lyon Press - Ferragem Bom Fim – Ferragem Igor – Óptica Santo Antônio – Belver Óticas – Brubins Bistrô Cafeteria Congelados – Feito à Mão Café – Café Paris
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Laboratório Crol – Móveis Masotti – Personalle – Todeschini - LilliPut - Jazz Café – El Viejo Panchos - Le Bistrot - Bistrô Torta de Sorvete - Café do Porto - Just Coffee - Z Café - Dublin Irish Pub - A Lenha Pizzaria – Amêndoa - Café Atelier do Pátio - Puppi Baggio – pastas & molhos - Usina de Massas - Barbarella Bakery - Tutto
Riso - Bistrô da Rua – Sexxxy Butik – Bella Morano – Sulina Grill - La PizzaMia - Churrascaria Laço Aberto - Churrascaria Schneider - Silva & Rossol Advogados Associados - SIJ – Serviço de Informação do Judiciário - Via di Trento - Villa Rústica - Café Correto - Miau da Cabral - Churrascaria Komka - Churrascaria Santo
Antônio – Lamb’s – Drogamaster – Tablado Andaluz: Curso de Dança e Restaurante – Copão - Parque Virtual - ABIC - Associação Brasileira de Intercâmbio Cultural - Consultório Dr. Nilton Alves – Piovesani – Radimagem – Jazz Café – Bar da Bel – Tortaria – LilliPut - Le Bistrot - Café Correto - RD-Assessoria Jurídica - Estocke
Off - Centro Médico Rubem Rodrigues - Bistrô Torta de Sorvete - Café do Porto - Ponto de Antiguidades - Just Coffee - Z Café - Dublin Irish Pub - A Lenha Pizzaria - Amêndoa - Café Atelier do Pátio - Puppi Baggio – pastas & molhos - Vinhos Giuliano - Usina de Massas - Barbarella Bakery - Tutto Riso - Bistrô da Rua - Vila
Madalena - Chopp Stübel – Casa Elétrica – Advogare – Assessoria Jurídica – Tec Líder - Mac Dinhos - Cachorro do Porto - Castanhas Express - Per Tutti Galeto - Sashiburi - Peppo Cucina - Bom Bocado - Churrascaria Laço Aberto - Baumbach Restaurante – Churrascaria Na Brasa - Miau da Cabral - Xis Moita - Opus - La
Chiviteria - Se Acaso Você Chegasse - AGEA - Assoc. Gaúcha de Economiários Aposentados - Cine House - Home Theater Automação Residencial - IOF - Telas Gaudi - Intit. de Ortopedia e Fisioterapia - Sapere Audi!Livros - Clínica Odontológica Dr. Nelson Monteiro - English Consultancy - Radicom - Clinica de Diagnóstico
Médico por Imagem - SAT Aeroporto Internacional Salgado Filho - SAT Mercado Público do Bom Fim - SAT Mercado Público - SAT Usina do Gasômetro - SAT Linha Turismo – Terminal Linha Turismo - SAT Praia de Belas Shoping - SAT Shopping Bourbon Country - SAT Moinhos Shopping – SAT Shopping Total – FAMURS:
Federação das Associações de Municípios do RS - Ritter Hotel - Porto Alegre Ritter Hotel – Novotel - Hotel Deville – Hotéis Continental - Everest Hotéis - Harbor Hotéis - Plaza São Rafael - Plaza Porto Alegre – Rede Versare - Hotel Sheraton Porto Alegre - Big Sisor
Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto
Fotos Divulgação
Por Thamara de Costa Pereira - Jornalista
Mini Mundo de Gramado
inaugura réplica do
Museu Paulista
APOIO:
Com um trabalho pioneiro na região e no país produzindo réplicas idênticas, 24
vezes menores que obras originais conhecidas em todo o mundo, o Parque Mini
Mundo inaugurou sua mais nova atração: o Museu do Ipiranga. Escolhido pela
importância histórica do prédio e a estética da construção, o Museu Paulista,
como também é conhecido, trata-se de um complexo riquíssimo do ponto de
vista artístico e um dos espaços turísticos mais conhecidos do Estado de São
Paulo. Esta nova peça possui 120 metros quadrados e já encanta todos os
turistas que passam por Gramado. A réplica do prédio construída pela Oficina
Mini Mundo foi projetada em oito meses e edificada em aproximadamente um ano.
Centenário
Além da inauguração da nova peça, neste ano, esta sendo
comemorado os 100 anos de nascimento de Otto Höppner – o
patriarca da família e fundador do Hotel Ritta Höppner e do Mini
Mundo. As experiências de vida do imigrante deixaram como legado
o compromisso de compartilhar a alegria e a felicidade da infância,
que estarão sempre presentes no coração das pessoas que visitam
o parque. Atendendo a um pedido dos netos, Adriana e Guilherme,
ele construiu, junto com seu filho Heino, uma casinha de bonecas
e um pequeno conjunto de castelos, com trenzinhos em miniatura,
no jardim em frente ao hotel. Pensando em dividi-los com os
hóspedes quando as crianças crescessem, seguiram a construção
do pequeno parque, que passou a ser conhecido e considerado
uma visita obrigatória em Gramado. Finalmente, em dezembro
de 1983, atendendo a inúmeros pedidos e seguindo moldes de
outros parques europeus, o Mini Mundo foi aberto ao público.
O parque
No mundo mágico do Mini Mundo, as miniaturas são reproduções
de obras arquitetônicas reais, exibidas em cenários que formam
uma pequena cidade em movimento. As construções – mais de
200 – ganham vida através da sonorização e da presença de
cerca de 2.500 mini-habitantes, também em escala reduzida, e
suas ferrovias, rios e estradas permitem a integração do centro
aos bairros e áreas rurais. Além das atrações, os visitantes do Mini
Mundo têm a oportunidade de, a cada mês, participar de diversas
atividades interativas.
Oficina
Para alcançar essa riqueza de detalhes e deixar obras como o
Museu Paulista perfeitamente replicado, o Núcleo de Engenharia
da Oficina Mini Mundo realiza pesquisas e testes de materiais
periodicamente. Cada uma das réplicas é construída a partir de
plantas originais, que são seguidas com muito critério.A escolha
de projetos, que seguem o estilo do parque e se harmonizam em
conjunto com os demais, é o ponto de partida de uma profunda
pesquisa sobre as construções. Um extenso material fotográfico
é produzido, para que, em conjunto com os projetos originais
de cada prédio, tenha-se um levantamento completo de cada
detalhe da obra. Características como cores, texturas, encaixes,
telhas e detalhes construtivos são reproduzidos com o máximo
de fidelidade ao original, e com materiais resistentes às variações
do nosso clima.
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