ANO XVII • Nº 121 • agosto • 2012 • Distribuição Gratuita Pág. 9 Pedro Osório Pág. 3 Sergius Gonzaga Pág. 3 Caroline R. Heck Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 2 Por Caho Lopes - Escritor e Empresário Eu Acredito Eu acredito que não se levar tão a sério é um grande benefício, que faz com que a gente não se meta em tantas encrencas nem seja tão sisudo. Eu acredito que para ser feliz basta não complicar, saber estalar os dedos e a língua, e observar as coisas e as pessoas sem apenas olhá-las de relance. Eu acredito que o dinheiro é bom, mas não é ótimo. Ótima é uma tarde deitado na cama ao lado da mulher amada, escutando a chuva e os trovões lá fora enquanto a gente só pensa em bobagem e fica bem abraçadinho. Eu acredito nas pessoas de um modo geral, e continuo acreditando mesmo quando tomo um tombo, porque a vida é escrita nas cicatrizes do corpo e da alma e, vez que outra, a gente tem que se machucar, mas sem deixar de acreditar. Eu acredito que existe um Obi-Wan-Kenobi para cada Darth Wader, um Batman para cada Coringa, e acredito que existe um Super-Homem dentro de cada um que crê e semeia a paz. Eu acredito que os humildes herdarão a Terra, mesmo que esta crença seja tão assolada pelos arrogantes e prepotentes, pois ainda que eles não dominem o planeta, dominam a mídia e são onipresentes. Eu acredito nas mensagens que só as coincidências trazem, porque afinal de contas a energia das coisas que existem ao nosso redor tem que se comunicar com a gente de alguma forma. Eu acredito em quem vive com intensidade e desconfio de quem é sábio, pois a sabedoria é derramada dos livros e vida cada um tem que viver a sua. Eu acredito que o Elvis não morreu e que a Elis vive, porque louco não se contraria. Eu acredito no poder transformador de um sorriso, e creio que se ele for dado por uma criança tem o poder de parar o tempo, para que todos nós tenhamos a oportunidade de começar tudo de novo e fazer o que é certo. Eu acredito no amor, na fantástica couraça que envolve duas pessoas que se amam, na paz que advêm deste encontro e na fidelidade, não por obrigação, mas por redenção. Eu acredito na boa música, na boa comida, nas viagens inesperadas. Eu acredito em morrer e recomeçar, porque a vida não pode ser vivida apenas para se curtir a estrada, é preciso que o porto de chegada faça algum sentido. Porque a vida consiste em acreditar, nunca em desistir. Rua Miguel Tostes, 771 • cj 03 • POA/RS CEP 90430-061 • CNPJ: 74.783.127/0001-60 51 3012 7292 • [email protected] www.usinadoporto.com.br Editor e Jornalista - Jorge Luiz Olup (DRT/RS nº 12460) Administração - Jorge Luiz Olup e Nelza Falcão Olup Jornalista Responsável - Thamara de Costa Pereira Direção de Arte - Jorge Luiz Olup Consultoria Jurídica - Miriam Pereira de Souza Editoração e Arte-Final - Airton Schineider Tiragem - 10 mil exemplares Impressão - Correio do Povo Colaboradores: Pedro Luiz da Silveira Osório, Sergius Gonzaga, Caroline R. Heck, Walter Galvani, Dra. Beatriz Bohrer do Amaral, Dra. Fátima Alves, Camilo de Lélis, Rogério Ratner, Dr. Nilton Alves, Paulo Amaral, Marcelo Oliveira da Silva, Sérgio Napp, Teniza Spinelli, Renato Pereira, Luciano Alabarse, Jaime Cimenti, Thamara de Costa Pereira, Caho Lopes, Adeli Sell, Paulo Rogério Dias Couto e Mara Cassini Andreta. As opiniões expostas nos textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não correspondem necessariamente à posição do Jornal. Fotos: Fabiano Vuelma, Claudia Andrade, Vica Nabuco, Marina Fujiname, Sérgio Guerra, Fabían Pazos, Fernando Pires, Renata Pires, Guga Melgar, Luis Alberto Gonçalves, Camila Sergio, Castagnello, Fotos Divulgação dos Artistas e do Porto Alegre Em Cena. Agenda Cultural – 20 de agosto a 30 de setembro de 2012 - Consulte a programação completa no site: www.usinadoporto.com.br THEATRO SÃO PEDRO Musical Petropar - Todas as quartas-feiras úteis às 12h30 no Foyer Nobre - Entrada Franca 22/08 - Grupo Vocálico da AMA 29/08 - JAZZGIG 25/08 - 21h e 26/08 - 18h - Adolescer (RS) O texto reflete sobre o comportamento típicos da adolescência e reúne fragmentos de Moacyr Scliar, Carlos Drummond de Andrade, José Outeiral, Rubem Alves e Cybelle Weinberg. Texto: Vanja Ca Michel. Dir. Vanja Ca Michel 29/08 - 21h - O Sobrado (RS) Adaptação de sete capítulos da obra O Continente, de Erico Verissimo. Elenco: Grupo Cerco. Dir. Inês Marocco. Entrada Franca 01/09 21h e 02/09 – 18h - Marcelo Camelo (RJ) Show Voz e Violão. Participação especial: Thomas Rohrer (rabeca) 04/09 – 20h - Lançamento do livro Era Meu Esse Rosto de Márcia Tiburi. Bate-papo e leitura de trechos da obra entre a autora e Thedy Corrêa. Entrada Franca Veja a Programação do 19° Porto Alegre Em Cena na página 7 26/09 – 21h - Memórias de uma Solteirona (RS) Deliciosa comédia. Entrada Franca. Ingressos 1 kg de alimento não perecível, retirados a partir de 1º de setembro, na Racon Consórcios, Av. Carlos Gomes, 730 - (51) 3321.7000 29/09 – 21h30 – 30/09 – 18h - Zizi Possi (SP) Show Tudo se transformou. Músicos: Maestro Jether Garotti Jr. (piano e clarineta), Kecco Brandão (teclados), Webster Santos (violão e cordas) e Guello (percussão) Ingressos a partir do dia 28/08. 11/09 - Freud & Hoffmann FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO Abertura: 01/09 | visitação: 02/09 - 18/11/2012 – Exposição de Waltercio Caldas: O Ar Mais Próximo e Outras Matérias. Mostra Itinerante do artista entre 2 de setembro de 2012 e 19 de janeiro de 2014. Curadoria: Gabriel Pérez-Barreiro e Ursula Davila-Villa Até 10/03/2013 - O Outro na Pintura de Iberê Camargo. Exposição de Acervo Fundação Iberê Camargo. Curadoria Maria Alice Milliet Entrada Franca: As empresas Gerdau, Itaú, Vonpar e De Lage Landen garantem a gratuidade do ingresso. Informações: (51) 3247.8000 ou pelo site www.iberecamargo.org.br ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Departamento de Relações Públicas e Atividades Culturais. DRPAC - todos os eventos são gratuitos Sarau no Solar (Solar dos Câmara - Sala José Lewgoy - Rua Duque de Caxias, 968) 18h30min 23/08 - Antonyo Rycardo interpreta clássicos nativistas. No espetáculo, o cantor interpreta músicas do cancioneiro gaúcho, baseadas em seu álbum Clássicos Riograndenses, além de canções latino-americanas, identificadas com esta cultura. 20 a 24/08 - Fotos resgatam autoestima feminina na mostra Mulher, linda e tetra. Na 2ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, promovida pela Assembleia Legislativa, exposição fotográfica resgata a autoestima, a beleza e a sensualidade femininas. Um ensaio de Carlena Weber, que é cadeirante, com seu namorado, na entrada principal do Palácio Farroupilha. Fotos de Jerônimo Silvello e Globs Pereira 20 a 24/08 – Gêmeos, de Tina Felice no Espaço Novos Talentos. A exposição integra as atividades da 2ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, promovida pelo Legislativo visando conscientizar a sociedade e estimular o processo de inclusão. MARGS Até 28/10/2012 – Exposição – Economia da Montagem: Monumentos, Galerias, Objetos. Curadoria José Francisco Alves. A exposição tem como objetivo mostrar um segmento da produção artística cujo interesse reside na construção como determinante na formalização do objeto artístico. A exposição incluirá uma obra inédita do prestigiado artista da Bahia Almandrade, Também foram convidados para a realização de trabalhos especificamente para a mostra: Carlos Krauz, Téti Waldraff, Renato Garcia, de Porto Alegre e Helene Sacco, de Pelotas. Do acervo do MARGS são mais de 100 obras de aproximadamente 60 artistas, como Ado Malagoli, Volpi, Carlos Petrucci, Glauco Pinto de Moraes, José Lutzenberger, Maria Tomaselli, Pedro Weingärtner e Vasco Prado. Espaços de exposição: Pinacotecas, Sala Aldo Locatelli, Salas Negras, em todo o primeiro piso do museu. Informações e agendamento de visitas orientadas no Núcleo de Extensão Cultural, subsolo do Museu. De segunda a sexta, das 10 às 18 horas. Fone 51 3227.2311 e 3212 2281 ou e-mail: [email protected] CENTRO CULTURAL CEEE ERICO VERISSIMO Até 12/09 - Exposição Tempo de Almanaque, acervo de Yasmin Nadaf. Uma viagem pelos almanaques, o público vai poder conhecer as revistinhas de farmácia que compõem a coleção e foram publicadas entre o período de 1902 até 2009. Na Sala O Arquipélago, 1° andar. Entrada Franca Toda última sexta-feira do mês, tem Sexta Instrumental - Concerto Orquestra Jovem do IPDAE, no Auditório Barbosa Lessa, 4° andar. O Projeto Sexta Instrumental é uma realização do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo em parceria com o IPDAE, regência de Rosângela dos Santos, apresenta um repertório diferente. Entrada Franca Cursos e oficinas 19º Porto Alegre Em Cena – Oficinas – Ver programação completa na página 7 A Literatura na Vertigem do Cinema, com Ronald Augusto. O objetivo é trabalhar com a síntese e a analogia. Quartasfeiras, das 18h30min às 21h30min, num total de 8 encontros. Investimento: R$ 400,00, parcelados em 2x. Até 22/11 - Oficina Prática de Criação em Quadrinhos e Cinema, com Carlos Ferreira. Terças e quintas, das 19h às 21h30 e sábados, das 9h às 13h. Investimento: R$ 300,00, parcelados em até 4x 20 e 27/08 das 19 às 22h - Curso de Roadie, Sonorização e Montagem de Palco, com Edson Rochedo. Promoção e realização do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo e da Em Foco Arte & Cultura. 4º andar, sala O Retrato, O investimento é R$ 170,00. Informações e inscrições pelo telefone (51) 3226.7974 ou através do email [email protected] Cidade das Crianças – Projeto desenvolvido e coordenado pela psicóloga Ana Marta Meira e conta com a parceria do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, promove experiências coletivas de criação, realizadas com crianças de 04 a 11 anos. Para participar basta a doação de um livro para a Biblioteca O Continente, 6º andar. Os encontros ocorrem aos sábados, das 15h30 às 17h. Acesse: www.cccev.blogspot.com e www. anamartameira.blogspot.com/ Entrada franca. Tango no CCCEV, organização de Cláudia Regina Henn, Jacques Loureiro da Silva, Daniel Weinmann e Laura Rosa. O grupo realizará uma prática semanal de dança de tango salão, onde qualquer pessoa pode entrar no salão e participar. Dia da prática: sábados. Horário: das 15 às 18h. Entrada franca Sarau Poético Toda quarta-feira é dia de Quarta Tem Sarau na Quarto, na sala O Retrato, 4º andar. É um projeto institucional do CCCEV, destinado principalmente à poesia, mas também aberto à diversas manifestações artísticas. A iniciativa é uma parceria entre o CCCEV e poetas que apresentam e coordenam os encontros, com temáticas e cenários distintos, promovendo a interatividade entre os participantes. Entrada franca Sarau com Ritmo - Organização de Benedito Saldanha, durante todo o ano, na segunda terça-feira de cada mês. A Academia Brasileira de Letras e Artes de Porto Alegre, em parceria com o Clube literário Ipiranga e CCCEV, promove mensalmente, às 19h com entrada franca A entrada é franca para visitar as exposições. O horário de funcionamento do CCCEV é de terça a sexta-feira, das 10 às 19h e aos sábados, das 11 às 18h. Visitas guiadas para escolas podem ser agendadas no (51) 3226.7974. CASA DE CULTURA MÁRIO QUINTANA CCMQ sedia Mostra Tragicômica da Produtora Cômica - quartas e quintas-feiras - Teatro Carlos Carvalho, sempre 21h 22 e 23/08 - O Clube dos Cinco - Dirigido por Bob Bahlis, a peça é uma adaptação do grande sucesso do cinema dos anos 80. 29 e 30/08 - Dez (Quase) Amores - Baseada no livro homônimo de Claudia Tajes, a peça de Bob Bahlis conta a história de Maria Ana, uma mulher que, sem pudor e bastante humor, percorre as vielas de amores obscuros. Até 26/08 - sáb e dom - 20h - Como Agarrar um Marido Antes dos 40. Teatro Bruno Kiefer (6º andar). Escrita e dirigida por Cláudio Benevenga, a comédia tem no elenco Suzy Martinez, Denizeli Cardoso e Marlise Damime. Até 26/08 – Sáb e dom - 16h - Pimenta do Reino em Pó. Os personagens do livro de Cláudio Levitan estão de volta, na peça adaptada e dirigida por Suzi Martinez - Teatro Bruno Kiefer Até 26/08 – Sáb e dom – 16h - Espetáculo Infantl a História da Bruxa. Grupo Trupi di Trapi. Dir. Anderson Gonçalves. Texto: Carmem Lima. Animação de bonecos: Anderson Gonçalves. Sonoplastia/ atuação: Carmen Lima e Janaína Machado. Teatro Carlos Carvalho Toda a programação da CCMQ tem o patrocínio do Banrisul Oficinas com inscrições abertas na CCMQ. Inscrições na Central de Informações - térreo da Casa de Cultura. Informações adicionais podem ser obtidas pelos telefones (51) 3221.7147 e 3221.7083 MEMORIAL DO RIO GRANDE DO SUL 17/08 a 30/08 - Exposição Pós-Graduação em Artes Visuais Sala Múltiplos Usos 03/09 a 08/10 - Exposição de Mbyá Guarani. Espaço Múltiplos Usos, organizado pelo Museu Antropológico 21/08 a 05/10 - Exposição Foto Fest POA. Salão principal do Memorial (1º andar), 30/08 a 10/09 - Exposição Semana da Pátria Brasilidade. Espaço Térreo, envolvendo 20 escolas publicas de Porto Alegre da rede Estadual e Municipal para exercício de cidadania com produções artístico-plástica. 05/09 - 18h30 - Seminário de Lançamento do Livro Africanidades Sul-Rio-Grandenses 05/09 – 18h30 - Lançamento do livro e autógrafo no Auditório Oswaldo Goidanich. Organização de Mulheres Negras – GT Negros – Editoras Grafset. Responsável Lúcia Regina Brito Pereira. 25/09 a 27/09 - 10h às 21h - VI Seminário Povos Indígenas e o Estado. Auditório Osvaldo Goldanich, organização Museu Antropológico Visitas Guiadas O Memorial e Seu Entorno com agendamentos todas as Sextas e Sábados às 14h Setor Ação Educativa Informações: (51) 3224-7159 / 3224-7316 - [email protected] Boneco Memorélio. O Memorial do Rio Grande do Sul promove apresentações do Boneco Memorélio para o público infantojuvenil. Para agendar as visitas guiadas e o Boneco Memorélio: 51 3324.7210 TEATRO DO SESC 23/08 – 20h - Arte Sesc promove circuito de apresentações do musical Xaxados e Perdidos. O Arte Sesc – Cultura por toda parte traz a Porto Alegre o show que resgata as manifestações musicais brasileiras, passeando entre a tradição e o moderno. 19º Porto Alegre Em Cena veja programação na página 7 TEATRO DE ARENA 25, 26/08 - Sab as 16h - dom - 11h e 16h - Estréia do Prêmio de incentivo a pesquisa Teatral do Teatro de Arena 2012 24/08 – 19h - Contadores de história do Teatro de Arena - 3° sarau literário - Entrada franca 24/08 – 19h - 3° sarau literário 22 e 29/08 - TPE - 12h30 e 19h30 - DAD UFRGS. O que você foi quando era criança? Entrada franca 25, 26/08 e 10 e 02/09 - Sáb às 16h - Dom às 11h e 16h - Fábulas em 4 tempos ou o Fabuloso La Fontaine. 13, 14, 15 e 16/09 - 20h – Breves entrevistas com homens hediondos 24/08 – 19h - Contadores de História do Teatro de Arena – 3° sarau literário. Entrada franca 05/09 – 20h - Música Autoral 21, 22 e 23/09 - 20h – Arthur de Faria 27/09 - 20h – Léo Aprato 28,29 e 30/09 - 20h – Richard Serraria 28/09 - Pablo Grinjot & Richard Serraria mais Lucas Kinoshita Invitados: Nicolás Falcoff, Samantha Navarro, Zelito, Angelo Primon e Dany Lopez 29/9 - Dany Lopez & Angelo Primon mais Marcelo Delacroix Invitados: Nicolás Falcoff, Samantha Navarro, Lucas Kinoshita e Pablo Grinjot 30/9 - Mário Falcão, Samantha Navarro e Nicolás Falcoff Invitados: Richard Serraria, Alexandre Vieira e Lucas Kinoshita SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA 21/08 – 20h - Navio Negreiro (Teatro Aberto) – Teatro Adulto. Sala Álvaro Moreyra. Entrada Gratuita 22/08 – 20h - Ósculum (Novas Caras) – Teatro Adulto. Teatro de Câmara Túlio Piva. Entrada Gratuita 2 a 31/08 - Instante Co-habitável – Exposição do artista audiovisual Marcelo Armani. Paço dos Açorianos – Porão 21/08 – 20h - Navio Negreiro (Teatro Aberto) – Teatro Adulto. Sala Álvaro Moreyra. Entrada Gratuita 22/08 – 20h - IV Festival Internacional de Folclore de Porto Alegre – Dança. Teatro Renascença 24/08 – 20h - Mostra de Trabalhos do Grupo Experimental de Dança 2012. Resultado da Residência com Douglas Jung, 25/08 - Solo do bailarino e coreógrafo Douglas Jung, 26/08 - Mostra de Trabalhos. 20h - Teatro de Câmara Túlio Piva. Entrada Gratuita 28/08 – 20h - Sons da Cidade – Música. Teatro Renascença. Entrada Gratuita 28, 29, 30 e 31/08 - Semana X – Atelier Livre 28/08 a 07/10 - Xilogravuras: Ferramentas, objetos imaturos, aparelhos de precisão e outras inutilidades. 29 e 30/08 - Atividade prática e teórica com Rubem Grilo. Atelier Livre 31/08 – 10h às 19h - Dia X - Exposição didática: matizes, gravuras de alunos em álbuns; ciclo de vídeos de gravura; varal e feira de gravuras, um espaço de mostra, troca e venda de gravuras 13h às 14h - Recital de poesias com Renato de Mattos Motta 18h - Imagem Reproduzida: artesania e/ou tecnologia. Mesa redonda com Wilson Cavalcanti, Rubem Grilo, Niúra Legramante Ribeiro e Vera Chaves Barcelos. Atelier Livre – Auditório 29/08 – 19h - Diálogos no Museu. Porto Alegre Sitiada. Palestrante: Professor Sérgio da Costa Franco. Museu Joaquim Felizardo – Auditório. Inscrições: [email protected] Entrada Gratuita A partir de 03/09 - Chinelos Itinerantes – Exposição. Museu Joaquim Felizardo – Espaço. Agendamento para grupos: [email protected] - Informações: (51) 3289.8096. Entrada Gratuita 4 a 24/09 – 19º Porto Alegre em Cena - Festival Internacional de Teatro. veja programação na página 7 6/09 até 05/10 - Lugar Incomum – Exposição. Coletivo [in]vasão, formado pelos artistas Graziela Salvatori, Janice Martins Appel, Jorge Fotuna e Vinício Giacomelli. Paço dos Açorianos – Porão 7 a 20/09 - Acampamento Farroupilha. Shows, bailes, artesanato, comida típica e outras atividades valorizando o tradicionalismo e o folclore gaúcho. Parque Maurício Sirotsky Sobrinho 25/09 – 20h - Sons da Cidade – Teatro Renascença 25/09 e 2, 16 e 23/10 – 20h - To Be Or Not To Beckett – Teatro Aberto. Enquanto a personagem brinca com o tempo, desenrolamse situações inusitadas que movimentam sua solidão. Sala Álvaro Moreyra 26/09 – 20h - Quartas na Dança. 30 Anos de Jazz. Suzana D’ávila Studio de Dança e Transforma Cia. de Dança. Teatro Renascença 26/09 e 3, 17 e 24/10 – 20h - As Façanhas de Aristão, O Desafortunado – Novas Caras. As aventuras e desventuras de um pobre homem que gastou oito décimos da vida roubando para sobreviver e sendo perseguido, um décimo trabalhando honestamente, e menos de um décimo vivendo como um rei, para morrer como um. Teatro de Câmara Túlio Piva 27/09 – 19h - Diálogos no Museu. Instâncias do Patrimônio: Relatos de Experiências. Museu Joaquim Felizardo – Auditório 27, 28, 29 e 30/09 - Qui, sex e sáb, - 21h e Dom 20h - 30 anos de Jazz – Suzana D’Ávila Studio de Dança e Transforma Cia. de Dança. Teatro Renascença Até 28/09 - Novas Aquisições da Pinacoteca Aldo Locatelli – Exposição. Paço dos Açorianos - Sala Aldo Locatelli 28, 29 e 30/09 - Sex e sáb - 21h e Dom - 20h - Sobre Ancas – Solo em parceria entre a bailarina Ana Guasque e a diretora Claudia Palma. Sala Álvaro Moreyra 30/09 - 10h às 17h - XI Feira de Troca de Livros. Redenção Monumento do Expedicionário CENTRO CULTURAL USINA DO GASÔMETRO Espetáculos e Atividades Diversas - Programação do Projeto Usina das Artes 26/08 – 16h - Usina Na Praça. 4° Raul Vive! PertuRbadores. Tributo a Raul Seixas. Praça da Usina do Gasômetro. Entrada Gratuita 24/08 até 16/09 - Reverberando – Exposição. Técnicas de colagem e pintura de Ricardo Dias. Galeria do 4º andar. Entrada Gratuita 24/08 até 23/09 - Múltiplas Janelas - Síntese e Reflexo – Exposição. Fotografias da artista Marli Amado de Araújo. Galeria Iberê Camargo. Entrada Gratuita 25/08 – 19h - Eduardo Severino Cia de Dança – Sala 209. Sem Com Texto. Artistas convidados Coletivo de dança 22/09 – 19h - 7º Edição Trocando Figurinha - Artistas convidados 29/09 – 20h - Outros Procedimentos. Apresentação das pesquisas realizadas no curso Outros Procedimentos de Composição de Karenina de Los Santos. Desfile Performático de Lissa Siqueira. Dança Fotográfica de Fernanda Bertoncelo Boff 02 a 31/09 - 8h as 13h de seg à sex - Ânima Cia. de Dança – Sala 209. Outras Danças. Residência artística com Luis Garay. Coreógrafo argentino. 28/09 – 19h - Inscrições mediante convocatória nacional da Funarte. Mostra Dança, Imagem e Palavra Mostra de dança em vídeo com comentários de especialistas convidados 29/08 – 19h às 22h - Santa Estação – Sala 309. Clube de Leitura: Encontro II – Debates. Geração Beat de Jack Kerouac. Mediação do GrupoJogo e convidados 25 e 26/08 – sáb e dom - 20h - (E)terno 08, 09, 15, 16, 22 e 23/09 - sáb - 20h e dom - 18h - Edward: O retorno. Cia Oníricos de Teatro Atentado Geográfico V: Que venha a Tempestade. Processo de criação do espetáculo Sonhos. Teatro Geográfico 30/09 - 17h - Praça da Usina do Gasômetro/Saguão e Terraço 01/09 – 20h - Teatro Sarcáustico – Sala 309 - Sarau Dramaturgia e Musica: Sam Sheppard 04 e 06/09 – 20h - Enquanto a Cidade se Despedaça 29/09 – 16h - Ensaio berto do novo espetaculo infantil do Teatro Sarcaustico 07/09 – 17h - Ensaio Aberto do Breves Entrevistas com Homens Hediondos 25/08 – 20h - Teatrofídico – Sala 400. Ciclo Bertolt Brecht: Leitura de Baal 30/09 – 20h - Ciclo Bertolt Brecht:Leitura de “O Casamento do Pequeno Burguês” 21/09 – 19h - Depósito de Teatro – Sala 402. Teatro em vídeo – Le lapin chasseur 25 e 26/09 – 21h - Ensaios abertos – Projeto Metamorfose Cuidado que Mancha – Sala 502. Quem não dança balança a criança 15, 16, 22, 23, 29 e 30/09 - 16h - Espetáculo musical do Cuidado Que Mancha com direção de Raquel Grabauska. 01 e 02/09 – 21h - Cômica Cultural – Sala 504. Experimentos sobre autores contemporâneos 26/08 – 15h - Levanta Favela – Sala 505. Futebol nossa paixão, no estacionamento 16/09 – 15h - Futebol Nossa Paixão. Na praça da Usina do Gasômetro 12/09 – 19h - Ciclo de cinemas e debates sobre as ditaduras da América Latina. No Píer da Usina (fundos) 13/09 – 19h - A noite do lápis 14/09 – 19h - Rua Santa Fé 15/09 – 19h - Estado de sítio 16/09 – 19h - Madres de Plaza de mayo 01 e 02/09 – 20h - Neelic – Sala 505. O homem sentado no corredor 01 e 02/09 – 16h - As Filhas da Bernarda 09, 16, 23, 30/09 – 17h - O homem, a mulher e o barquinho 15, 16, 22, 23/09 - 20h - A copa do mundo é nossa 22/08 – 20h - Depósito de Teatro – Sala 402. Metamorfose 25 e 26/08 e 01 e 02/09 – Sáb 21h e dom 20h - Cômica – Sala 504. Experimentos Sobre Autores Contemporâneos. Lourenço Mutarelli Usina na Praça - 26/08 - 16h - Marcelo Birck (música experimental) Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 3 Por Sergius Gonzaga - Secretário Municipal da Cultura Fotos Divulgação/PMPA A fascinação e o alumbramento de cada edição do Em Cena Quando setembro se insinua e o inverno, em regra que a experiência que mais emociona os artistas que vêm geral, começa a ser torpedeado pelos primeiros sinais da a Porto Alegre está nos espetáculos descentralizados, primavera, um frêmito percorre os gaúchos que gostam onde eles têm a chance, o prazer certamente mútuo, de de teatro, dança e música. Mais uma vez aproxima-se o observarem e serem observados pela população que Porto Alegre em Cena com sua inesgotável capacidade mora mais afastada do centro urbano e que dia a dia de fascinação e alumbramento. Mais uma vez os teatros da cidade abrirão suas cortinas para o espetáculo das complexas paixões humanas que despertarão terror, piedade e júbilo em nossas almas, e que permanecerão na memória coletiva como exemplos da grandeza que a arte pode atingir. Serão mais de 130 apresentações, oriundas de sete países e sete estados brasileiros espalhados por 17 casas de espetáculos, sendo que outras 20 peças acontecerão em palcos descentralizados. Serão cerca de 30 eventos formadores, que vão de oficinas e workshops a palestras com artistas internacionais, nacionais e locais. Não é necessário discorrer muito sobre o efeito de 18 luta para encurtar essa distância. Este é o décimo nono Festival, dos quais oito realizados nesta gestão. Acreditamos que no referido período, setembro após setembro, o evento foi marcado pela invenção, pela surpresa e pelo extraordinário esforço resultante da síntese entre a vontade pública e a competência de Luciano Alabarse e sua pequena, mas notável equipe. Mas todo este esforço seria irrelevante se, nesta cidade e neste estado, não houvesse um amplo público aficionado, composto por indivíduos de todas as gerações e de todas as classes, disposto a compartilhar experiências artísticas do mundo inteiro. Um público anos de Em Cena sobre o crescimento da qualidade ansioso, ardoroso, intenso, capaz de compreender que – de atrizes, atores, diretores, cenógrafos, coreógrafos, naquele momento em que as luzes da platéia se apagam iluminadores, figurinistas, maquiadores e técnicos de todo e um curto silencio antecipa a fala, o gesto, a dança e tipo em Porto Alegre. Trata-se de um salto. E mais forte o canto – está se iniciando uma viagem, uma viagem ainda foi seu efeito formador sobre o público. Acredito em que todos mergulhamos rumo ao inexcedível deleite. Por Caroline R. Heck - Diretora do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e Diretora do Memorial do Rio Grande do Sul Fotos Divulgação do Memorial/RS O Memorial do Rio Grande do Sul Com uma exposição sobre a história da formação do estado do Rio Grande do Sul já bem conhecida pelos frequentadores do centro da capital, o Memorial do Rio Grande do Sul já pertence à memória afetiva da cidade de Porto Alegre. A exposição, que ocupa todo o primeiro andar do imponente prédio que se destaca entre os diversos prédios históricos da Praça da Alfândega, está hoje em vias de ser substituída por outra de caráter bastante relevante: o Memorial passará a abrigar em breve o Espaço Memória e Verdade, lugar de lembrança e discussão do tema da ditadura militar brasileira e dos países vizinhos. O projeto tem o apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e será referência para a discussão do tema no Brasil. Recentemente, o nosso Memorial do Rio Grande do Sul passou a oferecer a turistas ou curiosos locais uma visita guiada pelo entorno do prédio, tendo como referência a Praça da Alfândega e seu recente restauro. Partindo das escadarias da entrada principal, os visitantes são conduzidos por um passeio que resgata os diversos usos feitos da praça desde a fundação da cidade até os dias de hoje. Chegando até o belíssimo portão do cais do porto, podem perceber o caminho que se forma dali até a rua da Praia, tendo como marcos os prédios históricos da Alfândega, Secretaria da Fazenda, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul e, finalmente, o próprio Memorial. O final não poderia ser outro além da subida ao até então restrito espaço do terraço do prédio, de onde se vê toda a praça. A visita dura pouco mais de uma hora e acontece às sextas e sábados às 14 horas; pode ser agendada pelo telefone 3224.7159. O Memorial também oferece uma curiosa ação educativa orientada pelo boneco Memorélio, onde crianças do Ensino Fundamental tem de desvendar o mistério sobre o funcionamento do relógio que o prédio ostenta em um de seus torreões. As crianças devem, a partir de diversas pistas deixadas ao longo do prédio, reconstruir os acontecimentos, assim como fazem os historiadores. A ação também deve ser agendada com alguma antecedência pelo mesmo telefone. Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 4 Por Rogério Ratner - Músico, escritor e pesquisador da música feita no RS Foto Cristine Rochol Fausto Prado e Caetano Silveira lançam DVD ao vivo A dupla de compositores Fausto Prado e Caetano Silveira vem constituindo uma parceria das mais profícuas da história recente da música gaúcha. Esta trajetória, que vem se construindo especialmente nos anos 2000, a partir de exitosas participações em consagrados festivais do cenário gaúcho, como a Moenda da Canção (cuja décima sétima edição venceram) e o Musicanto e o Canto da Lagoa (ambos em 2011), além do Festival da TV Cultura/ SP, foi se consolidando na medida em que foram lançando os seus discos. Agora, em 2012, o lançamento de um belo DVD (que inclusive conta com um curta metragem que lembra os fatos alusivos à carreira, e é patrocinado pela CEF) vem coroar com chave de ouro este que é um dos mais consistentes trabalhos de MPB (ou MPG, como quiserem) do cenário atual, dando um retrato de sua turnê do Projeto Pixinguinha. No entanto, a dupla não é absolutamente estreante em nossa cena musical e artística. Com efeito, os dois eram amigos de infância, e inclusive integraram o mesmo time de futebol de praiano na adolescência (Xangrilá Praia Clube). Fausto Prado iniciou a sua trajetória musical de forma mais evidente no início dos anos 80, integrando, dentre outros, os grupos Raiar e Vôo do Tucano (ambos ao lado de Marcos Ungaretti e outros feras). Nos anos 90, integrou a banda Venerável Lama. Multi-instrumentista, Fausto também atua com destaque no mercado publicitário (jingles). Caetano Silveira, a seu turno, formou-se em Direito, mas tem a boemia no sangue: é filho do ilustre colunista do Diário de Notícias Antônio Onofre, a quem Túlio Piva dedicou o seu maior clássico (Gente da Noite, que deveria ser intitulada Dono da Noite, em homenagem ao jornalista e boêmio inveterado). E Caetano atua de forma esplêndida na área da produção cultural, sendo o responsável pelo Sarau no Solar dos Câmara e outros projetos ligados à Assembleia Legislativa do Estado, além de apresentar na TV Assembleia o memorável programa “Cena Musical”. Tem parcerias também com diversos músicos, como Ricardo Pacheco e Raul Ellwanger, dentre outros. Caetano e Fausto, junto com Luis Mauro Vianna, são os idealizadores da Radioweb Buzina do Gasômetro, dedicada exclusivamente à cena musical de Porto Alegre e do RS. O primeiro CD dos compositores, Suíte Xangrilá, é de 2004; o segundo, Casa de Asas, de 2006 (ambos financiados pelo Fumproarte) e o terceiro, Cidade Baixa, é de 2009 (mesmo nome do DVD agora lançado, que contém, diversamente, performances ao vivo), e mereceu financiamento da Funarte. Os parceiros contam com grandes instrumentistas na banda responsável pela apresentação das canções (Fausto atua tocando violão e guitarra), e as interpretações vocais estão a cargo de três das melhores vozes do cenário musical gaúcho atual: Alex Alano (Venerável Lama), Ana Krüger (Delicatessen) e Andréa Cavalheiro (Hard Working Band). Indiscutivelmente, o trabalho da dupla Fausto Prado e Caetano Silveira, ganhador de diversos prêmios Açorianos, e indicado (na categoria de melhor banda de MPB) no Prêmio Nacional da Música, é dos mais representativos da alta qualidade da produção musical gaúcha destes anos 2000. As apresentações ao vivo são sempre de grande vigor, como pude atestar inclusive assistindo ao show de lançamento, no Teatro de Câmara Túlio Piva, sem dúvida uma grande celebração, com lotação esgotada. Grande lançamento este o do DVD Cidade Baixa, nome dado em alusão ao histórico bairro boêmio da capital, tema de diversas canções da dupla, e região favorita de Porto Alegre da dupla de parceiros, que é contumaz frequentadora de seus bares da noite e de seus agitos culturais. Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 5 Por Luciano Alabarse - Diretor de Teatro e Coordenador Geral do Porto Alegre Em Cena Foto Regina Peduzzi Prostskof Democracia Em Cena Conexão em Cena: espetáculo inédito dentro da programação do festival, construído democraticamente pelos quatro vencedores do Troféu Braskem. Uma afirmação de Ariane Mnoucknine, presenciada por muitos que acompanhavam sua entrevista coletiva em Porto Alegre, me surpreendeu. A diretora francesa disse, com todas as letras, que “a arte não é, e nunca foi, democrática”. Vinda de quem veio a idéia categórica, de uma mulher reconhecida mundialmente pela prática socializante de seu ofício, a declaração despertou em mim a urgência de entendê-la com precisão, porque o assunto atravessa todo o trabalho do “Porto Alegre Em Cena”, festival cênico realizado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, com o patrocínio de empresas públicas e privadas. Como precisamos responder pelas políticas públicas adotadas, nossos critérios e sistemas de funcionamento estão permanentemente em choque com reclamações das mais variadas origens, resolvi fundamentar as escolhas que sustentam nossa relação com o público do festival. Atualmente, toda decisão hierarquizante é percebida como um ataque à idéia de democracia, fato baseado numa idéia equivocada, pois “democracia” pressupõe a existência de dois movimentos simultâneos. O primeiro movimento é horizontal; o segundo, vertical. O princípio da igualdade, sem dúvida, é horizontal. Segundo ele, todas as pessoas são iguais perante o Estado e as leis. O princípio da diferença, por sua vez, é vertical, e deve garantir as condições objetivas para o aperfeiçoamento individual de todos. A idéia da diferença, numa sociedade democrática, inclui, portanto e necessariamente, a idéia de “valor”. A diferença não pertence ao movimento da igualdade, mas à idéia de superação – pelo valor individual – dessa igualdade horizontal. O que está em contraponto, para Ariane, é a idéia grega de “demos” (povo) e “áristos” (o diferente, o melhor). A igualdade democrática não anula a distinção, embora muitos, no caso da criação artística, não aceitem esse real pressuposto democrático: direitos adquiridos, práticas diferenciais, espaços distintos. Os processos culturais de hierarquização são múltiplos e o repúdio à valoração hierárquica, nas organizações constitutivas da vida social, é, antes de tudo, um ataque à própria democracia, pois, no fundo, revela o desejo segundo o qual é mais importante ser “igual” aos outros - do que “diferente”. O advento do mundo digital, e suas redes sociais democratizantes, trouxe potencialidades inestimáveis de descentralização e igualdade. Não há dúvida quanto a isso. Mas a internet não deve ser defendida como espaço exemplar - por dar a qualquer um, mesmo ao mais despreparado dos cidadãos, espaço para dizer o que lhe dá na telha. Quando o viés democrático aponta sua seta para a arte é preciso entender claramente o seu movimento vertical, pois o fenômeno artístico precisa, necessariamente, valorar a diferença, do contrário teremos uma arte média, medíocre. O que só interessa, em última instância, aos médios, aos medíocres. Nenhum artista é igual ao outro, tampouco um espetáculo cênico. E é aí que se justifica a afirmativa da diretora francesa. E é aí que entro em confronto com aqueles que não admitem a diferença na arte, na convivência social, e na organização de um festival de teatro Recuso, com serenidade, investidas daqueles que querem nivelar tudo e todos ao mesmo patamar de igualdade, como se a igualdade artística fosse o ideal máximo aspirado por um artista. Para mim, não é. Não tenho problema nenhum em reconhecer a arte maior de alguns artistas, de colegas de ofício, sua genialidade, seus acertos maiores que os meus. Eu cresço com um espetáculo que acerta, que me surpreende e estimula, e que me mostra caminhos diferentes dos meus. E enquanto estiver à frente do “Em Cena”, o festival irá valorizar a diferença artística, tanto em sua curadoria quanto na sua prestação de serviços. Artistas como Roberto Oliveira, Camilo de Lélis, Caco Coelho, Paulo Flores e Marcelo Restóri, cujas escolhas estéticas são exemplarmente diferentes das minhas, justamente por isso, são fundamentais para o meu crescimento individual. E eu os admiro pela singularidade do talento e da capacidade criadora. É para eles o meu aplauso público dessa coluna de hoje. P.S.: Na revista do festival, continuo a desenvolver esse artigo, escrevendo pontualmente sobre aspectos organizacionais polêmicos do “Porto Alegre em Cena” e que, para mim, merecem defesa e a devida fundamentação. Foto Márcio Peixe Por Camilo de Lélis - Teatrólogo A Manta do Padre Landell Dona Eufrásia é bem velhinha. Mora na Vila Santa Maria e me conhece desde menino. - Sabe, Camilo, eu trabalhei na casa de uns parentes desse padre Landell. Parentes ou contraparentes, não sei bem... - Não me diga, Dona Eufrásia, eu não sabia. - Eu nem lembrava mais disso. Mas agora, que tu me diz que está contando a vida do padre no teatro, eu me lembrei de uma história que minha patroa, a dona Helena, sempre repetia. - Como era essa história, Dona Eusinha? - O padre era muito bom. Esse que inventou o rádio, a televisão, essas coisas. Ele tinha um coração de ouro. - A televisão ele não inventou, Dona Eufrásia! - Dona Helena dizia que sim... Inventou ainda antes que os estrangeiros. - Tá bem, dona Eusinha. Digamos que ele “quase” inventou a televisão. - Então! Não foi o que eu disse? - E a história, dona Frasinha? - Diz que o padre Landell andava que nem mosca tonta, olhando embaixo dos bancos da Igreja do Rosário, procurando uma manta marrom, presente de um amigo dele, que era médico. O padre estava velho e tossia muito. Sofria dos pulmões, sabe? - É mesmo, dona Frasinha, está no livro que eu li. Mas, e a manta, ele achou? - Não achava. Daí, então, uma carola - dessas baratas de igreja, como se diz - puxou a batina do padre Landell: “Procurando a manta, padre?” “Sim, minha filha, você a viu?” “Vi, sim! Vi o senhor dando a manta a um mendigo, que dormia na porta da igreja” “Ah! Foi mesmo, agora me lembro. Mas não conte a ninguém que você viu isso - e vá logo para casa, cuidar de sua família”. - Que coisa bonita, Dona Eusinha! - Pois é, Camilo... O padre Landell, com toda aquela tosse braba, que quase não o deixava rezar a missa, tinha dado sua única manta a um mendigo. - É verdade, Dona Eufrásia. Um bom exemplo de solidariedade. - Falando em pobres e necessitados, meu Camilo. Lembrei duma coisa que escutei no rádio. Tão dizendo que com esse negócio de copa do mundo, vão dar um sumiço nos mendigos da cidade. Vai-se fazer uma limpa! - Será mesmo, dona Eufrásia? Nessa limpeza, eu ainda não tinha ouvido falar. - Pois diz que a cidade vai ficar bem limpinha pra copa do mundo que vem aí. - E depois que a copa se for, só Deus sabe, não é Dona Eusinha? De minha parte, vou cuidar de fazer o meu serviço, que é contar a história do inventor do rádio. - Então, me espere no teatro, meu Camilo, dessa vez eu vou, sem falta. Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 6 Por Walter Galvani - Jornalista, Escritor e Presidente do Conselho Estadual de Cultura Foto Arquivo Pessoal Organize o seu tempo Este jornal tem se aplicado na divulgação da programação completa de Porto Alegre na área cultural e por isso mesmo se intitula “Usina do Porto”. Concentra uma reserva de energia que o símbolo e o significado daquela histórica geradora na ponta da península de Porto Alegre que invade o lago Guaíba, trazem para o nosso dia-a-dia. Assim que receber o exemplar que o Jorge Olup me envia, recorto e colo sobre a mesa do Conselho Estadual de Cultura a relação de todos os eventos culturais que os próximos dias nos reservam. E que dias! Estamos entrando justamente no momento mais produtivo da atividade cultural da “capital dos pampas” e embora o pampa esteja cada vez mais longe, sua lembrança, emoção e presença, estão cada vez mais atuantes no pensamento dos gaúchos. É um estranho estado, este nosso, pois não raro se ouviu dizer que a “grossura” era uma virtude quando, em verdade, nossas tradições, nossos costumes, nossos hábitos campeiros, sempre geraram no fundo dos corações endurecidos pelas lides diárias, uma presença permanente de sentimentos doces como a imensa saudade, do tamanho desses campos, e que nos permitiu estes três séculos de entrega ao trabalho agropastoril. E então, veio a música, a estranha música rio-grandense, toda ela assinalada pelo ruído e o ritmo dos tambores, em algum momento até com empréstimos africanos, mas, sem dúvida chorada no bojo das acordeonas e pontilhada nas cordas do violão. É isso que é um “guasca” e não poucas vezes, dissimuladamente, um cantor ou um payador, um músico ou um destes mestres de chula, enxuga uma lágrima quando está no palco ou escondido entre o povo que assiste um espetáculo. E não fica nisso aí, a sensibilidade gauchesca. Basta, como eu disse, examinar a programação cultural, para ver que vamos de Brecht ao infinito, de Simões Lopes Neto a Erico Veríssimo, de Moacyr Scliar, nossa grande perda do ano a Luiz Coronel, este um poeta atento às coisas do pampa, ou escutando o discurso sempre coerente e atento na defesa dos valores morais e culturais gaúchos, de um conselheiro de Cultura, como o Manoelito Savaris, que carrega no prenome uma homenagem a um dos maiores homens que o Rio Grande do Sul produziu, ele próprio um destaque digno do “padrinho”. Confluências Uma Crônica Visual da Redenção “Confluências – Uma Crônica Visual da Redenção” é um projeto de pesquisa contemplado pelo Concurso Décio Freitas/Fumproarte da Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre, que concede bolsas para iniciativas de relevância cultural para a cidade. Seu autor é o artista plástico Jorge Herrmann, tendo como orientador o professor Rualdo Menegat, da UFRGS. Consiste de um amplo panorama visual do nosso mais importante e antigo parque, a Redenção. Por meio do desenho, o artista relata suas impressões daquele espaço, colhidas em pesquisas iconográficas e visitas ao local para a elaboração dos mais de 150 desenhos e aquarelas que compõem o atual acervo do projeto. O projeto foi realizado durante todo ano de 2011 e o primeiro semestre de 2012, Em freqüentes visitas realizadas ao parque, Jorge procurou criar um mapeamento sensível dos espaços, personagens e usos deste importante espaço público de Porto Alegre, registrando no papel os estranhamentos e pequenas surpresas surgidos ao longo do processo do desenho. O acervo é composto de desenhos realizados ao vivo e de releituras feitas a partir de documentos históricos e fotografias atuais do próprio artista e de Rualdo Menegat. As imagens revelam uma outra face da Redenção, mostrando-a como fruto de um longo processo histórico, de interações e conflitos entre sua cidadania. 26 J ORN AIS A conclusão do projeto deu-se com uma palestra e uma exposição realizadas no início de julho deste ano, na Nova Acrópole e Assembléia Legislativa do RS, respectivamente. A partir de agora, a proposta é dar sequência à apresentação da palestra, na qual Jorge narra, com o apoio de projeção das imagens, as ricas experiências vividas ao longo do processo de pesquisa. Da mesma forma, o artista está programando uma nova exposição, com as imagens produzidas ao longo do projeto. Jorge Herrmann é natural de Porto Alegre. Graduado em Desenho pelo Instituto de Artes da UFRGS, tem se dedicado á ilustração e à representação das paisagens, numa pesquisa que visa investigar as raízes de nossa crise ambiental. Como parte deste trabalho, desde 2009 ministra no Jardim Botânico de Porto Alegre, o curso “Observação da Paisagem por meio do Desenho”. “Confluências – Uma Narrativa Visual da Redenção” é um projeto selecionado pelo Concurso Décio Freitas/ Fumproarte da Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, que financia projetos de pesquisa de relevância para a cidade. Mais informações podem ser obtidas pelos fones: (51) 9240.7038 / 3207.4781, pelo e-mail arte@jorgeherrmann. com ou pelo site do artista: www.jorgeherrmann.com Desenhos aquarelados de Jorge Herrmann 1 MILHÃO DE LEITORES!!! Cobrindo 80% dos bairros de Porto Alegre com distribuição gratuita. Sua Empresa vai ficar de fora? Pense nisso... www.redejornal.com.br (51) 3062.6744 [email protected] Apoio: Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 7 Programação do 19º Porto Alegre Em Cena De 04 a 24 de setembro de 2012 Veja no site www.usinadoporto.com.br Confira o site, blog, facebook e twitter do festival www.poaemcena.com.br www.facebook.com/poaemcena http://poaemcena.blogspot.com.br/ @poaemcena Ingressos para o 19° Em Cena estão à venda Alguns espetáculos do 19° Porto Alegre em Cena serão comercializados já neste mês de julho. É o caso do espetáculo argentino Fuerza Bruta, que já está à venda, e da peça Mãe Coragem e Seus Filhos, do grupo alemão Berliner Ensemble, cuja a venda começou no dia 16. Entre 30 de julho e 1° de agosto será a vez do show de Adriana Calcanhotto, que conta com a participação de Augusto de Campos e Cid Campos. Veja abaixo os locais de venda: Fuerza Bruta / Pepsi on Stage, dias 15, 16, 18, 19, 20, 21 e 22 de setembro Mãe Coragem e Seus Filhos / Theatro São Pedro, dias 6, 7 e 8 de setembro Poemúsica com Adriana Calcanhotto, Augusto de Campos e Cid Campos / Theatro São Pedro, dias 17 e 18 de setembro Pontos de venda: - www.ingressorapido.com.br - Call center: 4003 1212 - Lojas My Ticket (sem taxas de conveniência para esses dois espetáculos) - Padre Chagas - Rua Padre Chagas, 327 - Loja 6 - Moinhos de Vento - Porto Alegre. Segunda a Sexta; 09:00h às 18:00h – Sábado; 10:00h às 15:00h - Centro - Rua dos Andradas, 1425 - loja 69 - Centro - Porto Alegre. Segunda a Sexta; 09:00h às 18:00h – Sábado; 09:00h às 14:00h. A partir de 26 de agosto, venda todos os espetáculos, bilheterias USINA DO GASÔMETRO TEATRO SÃO PEDRO 06, 07 e 08/09 - 20h - MÃE CORAGEM - Alemanha 11 e 12/09 - 20h - DEUS DA CARNIFICINA - Uma Comédia sem Juízo - RJ 13/09 - 20h - XAXADOS E PERDIDOS com Simone Rasslan - RS 14 e 15/09 - 20h e 16/09 - 18h - PREFERIRIA NÃO? - SP 17 e 18/09 - 20h - POEMÚSICA - Augusto de Campos com Cid Campos e Adriana Calcanhoto 20, 21 e 22/09 – 20h – ECLIPSE - MG 23/09 - 18h - LANDELL DE MOURA, O INCRÍVEL PADRE INVENTOR - Troféu Braskem TEATRO DO BOURBON COUNTRY 04/09 - 21h - MEMÓRIAS CARLINHOS HARTLIEB - RS 08 e 09/09 - 21h - BALLET MARSEILLE 24/09 - 21h - TROFÉU BRASKEM COM MÁRCIA CASTRO - MG SALÃO DE ATOS DA UFRGS 22 e 23/09 – 21h - SP Cia de Dança - SP TEATRO CIEE 05, 06 e 07/09 – 21h - HUMORES QUE MATAN (CENTRAL PARK WEST) Uruguai 08 e 09/09 – 17h - QUEREMOS UMA CICLOVIA - RS 11 e 12/09 – 21h - MOLLY BLOOM – Argentina 14 e 15/09 – 21h - CARTAS DE MARIA JULIETA & CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE – RJ 16/09 – 21h - CICLOS - OS DESTERRADOS – POA 18 e 19/09 – 21h - MADRES AL LIMITE – Uruguai 21, 22 e23/09 – 21h - ANTES DO SILÊNCIO – MG RENASCENÇA 06, 07 e 08/09 – 20h – JÚLIA – RJ 10/09 – 20h - O CASAMENTO DO GRANDE MÁGICO - Troféu Braskem 11, 12 e 13/09 – 20h - VARIACIONES MEYERHOLD – Uruguai 15, 16 e 17/09 – 20h - MARINA - A SEREIAZINHA – RJ 19, 20 e 21/09 – 20h - A MULHER SEM PECADO – MG 22 e 23/09 – 20h - AME OU SE MANDE - JUSSARA SILVEIRA – RJ SALA ÁLVARO MOREYRA 05, 06 e 07/09 – 23h – SNORKEL – Uruguai 08/09 – 23h - VESTIDO COMO PARECE - a brasilidade em Nelson Rodrigues Troféu Braskem 13 e 14/09 – 23h - LAS PRIMAS - O LA VOZ DE YUNA – Argentina 15, 16 e 17/09 – 23h - ILHADOS - ENCONTRANDO AS PONTES – PE 20 e 21/09 – 23h - BRASIL Argentina 23/09 – 23h - IN HEAVEN - Caxias do Sul TEATRO DE CÂMARA 06, 07 e 08/09 – 22h - DUAS MULHERES EM PRETO E BRANCO - PE 09, 10 e 11/09 – 22h – CAETANA – PE 12 e 13/09 – 22h - A PEÇA DO CASAMENTO – RJ 15/09 – 22h - CARA A TAPA - Troféu Braskem 17/09 – 22h - UM VERDADEIRO COWBOY - Troféu Braskem 18, 19 e 20/09 – 22h - ESTAMIRA - BEIRA DO MUNDO – RJ 21/09 – 22h - INCIDENTE EM ANTARES - Troféu Braskem 22/09 – 22h - O FANTÁSTICO CIRCO-TEATRO DE UM HOMEM SÓ - Troféu Braskem BRUNO KIEFER 07 e 08/09 - 19h30 - TOMO SUAS MÃOS NAS MINHAS - RJ 11, 12 e 13/09 - 19h30 - EL LUGAR – Uruguai 19, 20 e 21/09 - 19h30 - NIÑO ENTERRADO – Uruguai CARLOS CARVALHO 07, 08 e 09/09 - 18h - VUELO A CAPISTRANO – Uruguai 18, 19 e 20/09 - 18h - MI QUERIDA – Uruguai 21/09 – 18h - A BILHA QUEBRADA - Descentralização Região Centro SESC 05, 06 e 07/09 – 19h - Cão que Morre não Ladra – Portugal 09, 10 e 11/09 – 19h - O Filho Eterno – RJ 13, 14 e 15/09 – 19h - SARGENTO GETÚLIO – BA 17, 18 e 19/09 – 19h - EL REY SE MUERE – Uruguai 21, 22 e 23/09 – 19h - HERÓIS O CAMINHO DO VENTO – DF INSTITUTO GOETHE 06, 07 e 08/09 – 19h - AS REGRAS DA ARTE DO BEM VIVER NA SOCIEDADE MODERNA – RJ 13 e 14/09 – 19h - IDO TADMOR – Israel 18 e 19/09 – 19h - PABLO HELD TRIO JAZZ – Alemanha CENTRO CENOTÉCNICO 05, 06 e 07/09 – 21h - VÉU DE NOIVA Conexão em Cena 09/09 – 21h - NOSSA VIDA NÃO VALE UM CHEVROLET - Troféu Braskem PEPSI ON STAGE 15 e 16, 18, 19, 20, e 21/09 – 22h e 22/09 - 18h e 22h - FUERZA BRUTA TEATRO DE ARENA 13/09 – 20H - BREVES ENTREVISTAS COM HOMENS HEDIONDOS - Troféu Braskem CENTRO CULTURAL CEEE ERICO VERISSIMO 07/09 – 16h - AVENIDA CORES POR TODO O LUGAR - CEEE Descentralização Região Centro 22 e 23/09 – 19h – ROSA – RJ 04, 05, 06 e 07/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Visual Theatre Workshop (Londres/Lisboa) - com John Mowat / Companhia Chapitô – Portugal. Sala O Retrato 06, 07, 08 e 09/09 - 9h30 às 13h - 19º POA em Cena - Oficinas - Energias Corporais no Jogo do Ator, com Gina Tocchetto. Sala Noé de Mello Freitas 11, 12, 13 e 14/09 - 9h30 às 13h - 19º POA em Cena - Oficinas - Teatro Documentário: Arquivos, Memória e Autoficção, com Janaína Leite (SP) Sala O Retrato 12, 13, 14 e 15/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Oficina de Dramaturgia: Poéticas do Século XXI, com Marcos Damasceno (PR) Sala Noé de Mello Freitas 16, 17 e 18/09 - 9h30 às 13h30 - 19º POA em Cena - Oficinas - Experimentos Musicais para um corpo dançante, com Mônica Lira e Tarcísio Resende, do Grupo Experimental (PE) Sala Noé de Mello Freitas 17, 18 e 19/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Treinamento para um jogo de cena, com Beatriz Sayad (SP) Sala O Retrato 21 e 22/09 - 10h às 13h - 19º POA em Cena - Oficinas - Qualidades de Energia com Lydia del Pichia e Inês Peixoto do Grupo Galpão (MG) Sala O Retrato 22/09 - 14h às 17h - 19º POA em Cena - Oficinas - Um absurdo de Ator, com Gustavo Paso (RJ) Sala Noé de Mello Freitas ESTACIONAMENTO CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA 06/09 – 21h30 - DESVIO - Troféu Braskem. (em caso de chuva será transferido para o dia 11/09) DESCENTRALIZAÇÃO 04/09 - COISARADA - (Liberato Salzano) 05/09 - QUIÇA SE FOSSE - (Presidente Vargas) 06/09 - CORSÁRIOS INVERSOS - (Monte Cristo) 07/09 – 16h - AVENIDA CORES POR TODO O LUGAR - (CCCEV) 08/09 - I-MUNDO - (Alvarenga Peixoto - Ilha Grande) 09/09 - I-MUNDO - (Mascarenhas de Moraes) 10/09 - QUEREMOS UMA CICLOVIA - (Antão de Faria) 11/09 - MUSICA DE IMAGINAR - (Cesmar) 12/09 – DIVINAS - (Emílio Meyer) 13/09 – DIVINAS - (Dom Diogo) 14/09 - MUSICA DE IMAGINAR - (Loureiro da Silva) 15/09 - CORSÁRIOS INVERSOS - (Anísio Teixeira) 16/09 - DESPEDIDA DE PALHAÇOS - (Praça de Belém) 17/09 – TOCAIA - (Pasqualini) 18/09 – TOCAIA - (Guereiro Lima) 19/09 - AVENIDA CORES POR TODO O LUGAR - (Judite manhã e Aramy Silva tarde) 20/09 - A COBRA VAI FUMAR - UMA ESTÓRIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA - (Redenção) 21/09 – 20h - A BILHA QUEBRADA - Carlos Carvalho 21/09 - A COBRA VAI FUMAR - UMA ESTÓRIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA - (Casa do Artista) 22/09 - O FEIO - (Circo Girassol) Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 8 Fotos Gilberto Perin Por Alfredo Aquino - Artista plástico, escritor e editor Os bastidores ocultos, desvelados por Gilberto Perin Primeiro foram os bastidores secretos do futebol, depois os do teatro e do circo e depois as imagens que ninguém vê do carnaval. E depois, sempre ainda haverá o depois a ser revelado por Gilberto Perin. Ele o fará o nos dirá. O fotógrafo é inquieto, criativo e doador de seu tempo à aventura da arte fotográfica e inventa novos caminhos estéticos a percorrer e desvelar em descobertas que são tão suas quanto dos que observam suas fotografias no momento seguinte, com surpresa e curiosidade. Ele também as vê do mesmo jeito e com o mesmo fervor. Apenas as vê antes e faz as escolhas, lastreadas no apurado senso estético e na oportunidade criada por ele próprio ao decidir estar ali naquele momento de revelação. Um artista que congela imageticamente o tempo e o oferece numa linguagem inventada, que não necessita de tradução nem legendas para se compreender, podendo ser entendida em qualquer lugar por quem quer que tenha a felicidade e o prazer de observar com atenção, as suas fotografias. As fotografias de Gilberto Perin, porque percorrem espaços normalmente vedados e ou até proibidos aos observadores comuns (vestiários, coxias, camarins, ateliês, bastidores) vem povoadas de mitos e segredos. Trazem surpresas. Vem temperadas de um olhar finíssimo em descobrir o inusitado, em desvendar o que é original e invulgar. O que antes não foi visto por ninguém e não fôra ainda transportado ao espaço da arte fotográfica. Gilberto Perin não é um fotógrafo cego, tampouco aleatório, nem copia temas ou imagens já realizadas. Ele pensa sobre o que vê e escolhe o tempo de seu tema. Ele criou o seu próprio universo e vai transportando-o para fora da gruta na qual o veio valioso permanecia escondido da luz e dos olhares desavisados. A mostra dos bastidores do futebol transformou-se na exposição de arte fotográfica mais vista este ano (2012) no Brasil, como Vestiários (no Museu do Futebol, em São Paulo) com cerca de 500.000 visitantes em cinco meses e como Camisa Brasileira no circuito ArteSESC no Rio Grande do Sul e Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo (em Porto Alegre, Bagé, Pelotas, Camaquã, Montenegro, Caxias do Sul, Passo Fundo, Uruguaiana e Santa Rosa) com mais de 50.000 visitantes. São números impressionantes e demonstram o reconhecimento do talento do fotógrafo que faz acompanhar as mostras com livros de fotografias em grande formato e capa dura. Foi assim com o conjunto de Camisa Brasileira e será com outros dois temas de Bastidores, nos próximos meses. Um grande fotógrafo brasileiro – Gilberto Perin – que soube criar, ao largo e distanciado de modismos e tendências externas, um caminho próprio e original, com talento e senso de ordenação artística que o colocaram num patamar muito especial, de reconhecimento artístico junto a um extenso público. Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 9 Foto capa Alina Souza | Foto matéria Eduardo Seidl Por Pedro Luiz da Silveira Osório - Presidente da Fundação Cultural Piratini Uma nova TVE e FM Cultura A Fundação Piratini é a mantenedora das emissoras públicas do Rio Grande do Sul, TVE e FM Cultura. Financiadas principalmente pelos impostos pagos pela sociedade, ambas planejam suas programações de acordo os princípios da pluralidade, da criatividade, do interesse público e do esclarecimento da audiência, além de propor modelos audiovisuais diferentes dos adotados por programações comerciais de rádio e TV. Em quase quatro décadas de serviços prestados pela TVE e nos quase 25 anos da FM Cultura, são inúmeras as atrações produzidas com o objetivo de atender a todos os diferentes públicos da nossa sociedade. Nossa orientação pela informação jornalística de qualidade, cultura plural e entretenimento saudável são mais do que ideais, mas valores inaliáveis na concepção dos programas. A partir de 2011, um projeto liderado pelos novos dirigentes da Fundação Piratini baseado em gestão transparente, cooperativo com os servidores e acompanhado pelo Conselho Deliberativo, formado por representações da sociedade, busca retomar de forma plena as atividades da TVE e FM Cultura. A TVE passa a fazer parte da Rede de Emissoras Públicas e amplia a sua grade com programas produzidos pela TV Brasil. Além da qualificação dos seus próprios programas, ela inicia um processo de reativação de retransmissoras pelo estado chegando hoje a aproximadamente 4 milhões de pessoas, o que a coloca na segunda posição em abrangência de sinal no RS. A FM Cultura monta um novo estúdio, reestreia e cria programas e retoma o jornalismo. Ambas emissoras passam a se comunicar com seus públicos por meio das redes sociais e preparam para os próximos meses o lançamento dos seus novos sites. Essas ações são alguns dos exemplos que envolvem ainda renegociações de dívidas, contratações emergenciais, um programa de valorização dos servidores e a ampliação da participação da sociedade. O novo desafio agora é a digitalização da TVE, a atualização dos equipamentos de transmissão da FM Cultura e a ampliação do alcance de ambas as emissoras. Esses resultados foram obtidos em um cenário de carência de investimentos e o consequente sucateamento das operações durante oito anos, que colocaram em risco não apenas as emissoras, mas o direito fundamental da população do RS à informação. Com a participação ativa de nossas equipes, é possível afirmar que as dificuldades estão sendo superadas e hoje trabalhamos com um horizonte que nos permite apresentar novidades aos nossos ouvintes e telespectadores. Assista a TVE e ouça a FM Cultura. Nosso projeto não será completo se não for aproveitado, utilizado e trabalhado por toda a sociedade. É nosso compromisso entregar uma nova TVE e uma nova FM Cultura para todos os gaúchos. Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 10 Por Dra. Beatriz Bohrer do Amaral - Diretora da Radimagem e Radiologista O diagnóstico através da urina Foto Arquivo Pessoal A urina é uma das quatro vias pelas quais as substâncias saem do nosso corpo, por isso a sua importância no diagnóstico médico, fornecendo informações não só sobre o que comemos e bebemos, mas também como o nosso corpo está funcionando. Esta é a razão pela qual se solicita exame de urina tanto para os pacientes saudáveis, como para os que apresentam sinais ou sintomas de doença. As características físicas da urina, como, por exemplo, cor e transparência, bem como as substâncias nela presentes, podem diagnosticar problemas como infecção, doenças metabólicas, doenças renais, câncer de bexiga, diabetes, abuso de substâncias, exposição a toxinas e consumo inadequado ou excessivo de líquidos. Em tempo de Jogos Olímpicos, é também a forma pela qual os atletas são testados para o uso de drogas e estimulantes que possam alterar o seu desempenho na competição. Se você está bem hidratado, a urina apresenta-se amarelo-pálido e transparente. No caso de desidratação, seja por baixa ingestão hídrica, excesso de suor, vômitos ou diarréia, a urina fica mais escura e com odor de amônia, alertando para a necessidade de beber mais líquidos. Urina escura persistente pode ser um sinal de doença no fígado, como a hepatite. Alguns alimentos e também medicamentos podem alterar a cor da urina, sem significar problema. Por exemplo, a beterraba contém um pigmento vermelho, que pode simular sangue. Os betacarotenos, presentes na cenoura e em altas doses de vitamina C, tem coloração alaranjada e as vitaminas B, um pigmento esverdeado. Às vezes, sangue pode aparecer na urina por causa de uma infecção urinária, de um cálculo no rim ou bexiga, de aumento da próstata ou até por trauma ou exercício físico intenso, como correr uma maratona. Entretanto, se não houver uma explicação óbvia para a perda de sangue, ou se esta for persistente, é muito importante avaliar com o médico a possibilidade de doença renal ou câncer. Da mesma forma, necessita avaliação quem tiver urina constantemente espumosa, o que pode ser sinal de perda de proteína, ou turva, sinal de infecção, geralmente também acompanhada de sintomas como ardência e urgência. Produzimos cerca de 100 ml de urina por hora. O consumo de alimentos com muito sal ou carboidratos pode diminuir temporariamente este volume, porque o sal, o açúcar e o amido irão reter mais água no corpo, do que, por exemplo, as proteínas. Pelo contrário, existem alimentos e bebidas que são diuréticos, como o café e o chá, que contém cafeína, bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja, e alimentos com alto teor de água, como a melancia. Prestar atenção no seu corpo é fundamental para preservar e manter a sua saúde. Próxima Palestra do Projeto Mulher e Saúde DATA: 29 de agosto às 16h - tema: como enfrentar o câncer de próstata - palestrante: karin marise jaeger anzolch, urologista - local: radimagem - endereço: av. cristóvão colombo, 1691 ENTRADA FRANCA – trazer 1kg de alimento não perecível informações: (51) 2125.0555 - www.radimagem.com.br Foto Arquivo Pessoal Por Dr. Nilton Alves - Ginecologista CREMERS 15.193 Fibroadenoma O fibroadenoma é o tumor benigno mais freqüente nas mulheres, com uma incidência maior nas mulheres jovens, entre 20 e 25 anos. Geralmente os fibroadenomas são lesões mamárias únicas, mas entre 10 e 15 % dos casos apresentam lesões múltiplas e podem ocorrer de forma bilateral em 10% dos casos. É considerada uma forma localizada de hiperplasia nodular do tecido do estroma e do componente glandular da mama. Estima-se que 20% das mulheres são portadoras desse tumor, que pode ser sintomático ou assintomático. O quadro clínico é de um nódulo mamário de consistência variável, móvel, não doloroso, e que apresenta seus contornos nítidos, superfície lisa e regular. A maioria dos fibroadenomas não ultrapassa os 3 cm e tende a permanecer estável com o passar do tempo. Os fibroadenomas possuem receptores de estrogênios e progesterona e sofrem variações, crescendo na gravidez e lactação e diminuindo na menopausa. O diagnóstico é basicamente pelo exame físico, entretanto, devemos fazer o diagnóstico diferencial com cistos den- sos, tumores filóides, linfonodos, papiloma e alguns tipos de câncer que se apresentam de forma circunscrita como o carcinoma medular, o colóide, o papilifero e o intracistico. O diagnóstico complementar pode ser feito com uso de mamografia e ecografia mamária, sendo a ultrassonografia mais utilizada em pacientes jovens, pois geralmente apresentam um parênquima mamário denso. Quando o diagnóstico é duvidoso podemos realizar uma biópsia e estabelecer o diagnóstico definitivo. Sabemos também que a transformação do fibroadenoma em câncer é extremamente rara. Quanto ao tratamento, ainda não existem medicamentos que possam levar ao desaparecimento dos fibroadenomas. A cirurgia com enucleação é o tratamento de escolha para pacientes acima de 25 anos. Alguns autores preconizam a observação até os 35 anos, desde que sejam tumores pequenos, com confirmação de benignidade. Os tumores que crescem durante a observação devem ser retirados com margens de segurança. ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL do ARTISTA no ATELIER LIVRE TUDO sobre Direito Autoral e artes visuais 15 de ago. a 28 de nov. 2012 - Quartas-Feiras, 9h - 12h Ministrante: José Francisco Alves Informações e matrículas - Secretaria do Atelier Livre 3289.8057 e 3289.8058 Centro Municipal de Cultura - Av. Érico Veríssimo, 307 Mercado comercial, Galerias, etc.; Como definir os preços das próprias obras de arte? Quem os estabelece? Existem contratos? Como são as comissões de venda/ consignação? Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 11 Sujeito à taxa de conveniência Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 12 Por Thamara de Costa Pereira - Jornalista ‘Voilá, Brasil!’ O chef francês Philippe Remondeau, do restaurante Chez Philippe, ensina a receita Chaussons de maçã e pinhão. A maçã combina perfeitamente com o pinhão. A massa folhada, a manteiga e a calda de laranja dão o charme francês à especialidade. A receita faz parte do livro “Voilà, Brasil!”, de Remondeau. O chef do restaurante Chez Philippe, de Porto Alegre, apresenta 60 receitas que mesclam o Brasil e França. Confira. Chaussons de maçã e pinhão 400g de maçã 50g de manteiga 50g de açúcar cristal 20ml calvados (aguardente de maçã) 400g de massa folhada açúcar de confeiteiro Creme de confeiteiro 400ml de leite integral 2 ovos 20g de farinha de trigo 50g de açúcar 100g de purê de pinhão Calda de laranja 1/2 de suco de laranja 80g de glicose 50g de açúcar 250ml de água canela fava de baunilha a gosto 1 anis estrelado 2g de ágar Preparo Refogue as maçãs com a manteiga e o açúcar cristal. Adicione o calvados. Reserve. Para o creme de confeiteiro, faça uma mistura com todos os ingredientes. Adicione as maçãs refogadas. Para a calda de laranja, ferva todos os ingredientes, com exceção do ágar. Deixe reduzir até a metade. Adicione o ágar e deixe ferver por três minutos. Estique a massa folhada com açucar de confeiteiro e recheie com o creme. Feche como um pastel. Leve ao forno a 170°C e asse por 20min. Sirva com calda de laranja. Rendimento: receita para 4 pessoas. Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 13 Gracias a Violeta, a quem a vida deu tão pouco Filmes brasileiros são o foco dessa coluna. Contudo, há obras incontornáveis e o chileno Violeta foi para o céu é decididamente uma delas. Grande Prêmio do Júri no festival de Sundance este ano na categoria World Cinema, além de outras seis nomeações em outros eventos, essa cinebiografia da cantora, folclorista e artista plástica chilena representará aquele país no Oscar, com grandes chances. O documentário de Andrés Woods tem como base em livro homônimo, escrito pelo filho da cantora, e começa com uma entrevista televisiva muito reveladora da sociedade em que Violeta Parra se movia e de como ela reagia a isso. Um entrevistador de feições caucasianas, vestindo terno, gravata e pesados óculos ao estilo inglês, pergunta-lhe: Sem querer ofender, mas você é meio índia, não? A resposta: Por que me ofenderia? Lamento que minha mãe tenha escolhido um branco, queria ter nascido 100% índia. Você que tem 20 anos hoje pode achar normal, mas há meio século isso era tão novo que nem sequer entre intelectuais universitários haveria consenso sobre o significado disso. A trajetória de Violeta vai sendo desfiada em dois eixos, que vão se intercalar durante todo o filme. O primeiro vai da consolidação de sua carreira musical, quando ela começa a pesquisar canções que sobrevivem apenas na memória de anciões em povoados remotos (sempre levando os filhos a tira-colo, em condições precárias), até sua morte. (Esse seu serviço à cultura autóctone latina, por si só, jamais poderá ser pago.) O outro eixo vai revelando sua infância órfã de mãe, criada por um pai alcólatra que, cantando em bares, mal ganhava o suficiente para se sustentar. A mesma menina que aprenderá a tocar violões muito rudimentares com um pai por vezes amoroso vai se assustar na mesma proporção com seus surtos e fúrias. Sempre com o rosto sujo, os irmãos de nariz ranhento, suas poucas alegrias são frutinhas negras, que come sujando bochechas e mãos, com o olhar perdido, junto ao túmulo da mãe. Outra cena recorrente será a da pequena Violeta contemplando num pequeno espelho de cabo as marcas da catapora, outra falta de atenção recebida na infância, que ela tenta tirar do rosto com a ponta dos dedos. A cada momento-chave de sua trajetória essas cenas funcionarão como uma câmara subjetiva, a nos lembrar da profunda e inescapável solidão que sempre a acompanhou. O recurso é usado à moda da montagem por repetições, uma técnica estudada pelo mestre russo Vsevolod Pudovkin, que objetivava pontuar e estruturar a narrativa fílmica no tempo em que a compreensão pública das histórias em filmes ainda engatinhava. O leitor que assistiu o ótimo filme uruguaio Whisky talvez se lembre deste recurso, onde um tear era mostrado repetidas vezes durante a trama. Se ali a virtude era mais referencial, no filme de Andrés Woods esse recurso de estilo transforma-se em carne do drama que se vai enredando, enredando como el musgo en la piedra, da sublime canção de Violeta. Mesmo com a companhia do amante e músico suíço Gilbert Favre, 19 anos mais moço que ela (outro escândalo), mesmo com o reconhecimento em Paris, que culmina com sua primeira grande exposição individual sendo apresentada num dos templos máximos da arte ocidental, o Museu do Louvre, o que vemos é uma artista que transborda dentro de uma mulher sem paciência ou tempo para as convenções de sua época. A mesma arrogância do âncora de tevê se repetirá com outros machos adultos no comando de suas apresentações, como o embaixador chileno que lhe recomenda ir comer com os criados na cozinha do palácio, após o fim de sua cantoria em uma recepção. Violeta (verdadeiramente encarnada por Francisca Gavilán, que canta ela mesma todas as músicas) decide retornar ao Chile e, nas aforas da capital Santiago, decide montar um casa de espetáculos ao estilo das tendas rurais, único ambiente em que vemos seu rosto parecer em casa. Mas se mesmo a Paris da época ainda não sonhava com o Maio de 1968, se mesmo lá rebeldes, revolucionários e agentes da contracultura ainda não imaginavam ser possível virar de cabeça pra baixo os Foto Marc Hess Por Marcelo Oliveira da Silva - Coordenador de Comunicação da Secretaria Municipal da Cultura costumes de um Ocidente ainda submisso ao chauvinismo cristão, o que esperar de seus contemporâneos no Chile, ainda tão inseguros quanto ao valor de qualquer coisa que não imitasse a atitude e o comportamento europeus? Dia após dia, seu novo castelo de ripas de madeira e panos, onde cada espectador pagava o que achava justo, definhava como o canto da cigarra ao anúncio do outono. Violeta interrompe sua incontornável solidão com um tiro no fim do verão de 1967, antes de completar 50 anos e pouco antes da emergência de diversos interlocutores dignos de suas ideias. Violeta não viu o socialista Salvador Allende tornar-se presidente do Chile, não viu os americanos Joan Baez e Dean Reed (o Elvis Presley do mundo socialista), a argentina Mercedes Sosa, o cubano Sílvio Rodrigues, entre tantos outros, incluindo Elis Regina, inundarem as rádios do mundo com suas canções, que embalaram uma das maiores revoluções comportamentais e culturais da história. Foto Gilberto Perin Don Frutos - O romance magistral do Prata Don Frutos, o romance monumental de Aldyr Garcia e própria, que o caracteriza como o vigoroso autor de Schlee revela e ilumina com criatividade ficcional a literatura brasileira com os olhos espraiados sobre o intrincada, fascinante e contraditória personalidade pampa e sobre o Prata. do caudilho Don Frutuoso Rivera, militar aguerrido, Vencedor de cinco Prêmios Açorianos ao longo conquistador de territórios e de afetos femininos e o de sua reconhecida carreira, foi premiado como Fato primeiro Presidente da República do Uruguai; através Literário no RS, em 2010, tendo Don Frutos sido da observação documentada e da letra imaginada pelo considerado o melhor Romance no Prêmio Açorianos brilhante escritor fronteiriço, natural de Jaguarão RS de 2011. (nos limites com Rio Branco, no Uruguai). A partir do fato histórico da presença de Don Salve, Don Aldyr Garcia Schlee. Frutos por cerca de um ano habitando a cidade de Alfredo Aquino Jaguarão em retorno de seu exílio no Brasil à sua Edições Ardotempo pátria platina, Aldyr Garcia Schlee reconstitui os (51) 33 15 01 83 (51) 97 24 80 91 passos, os sentimentos, os atos e a memória do caudilho, colocando a descoberto, sem preconceitos, sem partidarismos ou ufanismo a carreira, a glória, o poder, o ocaso e a decadência física da personagem. Aldyr Garcia Schlee escreveu assim uma obra maior em que apresenta um espelho multifacetado e faiscante, com a potência de uma linguagem original Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 14 Foto Luciana Thomé Por Sergio Napp - Escritor Olhos da lua Os olhos da lua teimavam em permanecer abertos quando entendi que ele não viria. Inútil a espera, o perfume e os arranjos do coração. Talvez aparecesse em outra noite, mas já não seria a mesma coisa. As noites todas podem parecer iguais, mas a ansiedade do coração, não. Feito as ondas do mar, as fases da lua, o espreguiçar das folhas ao vento, a cantoria dos pássaros – num primeiro momento tudo parece se repetir, mas é ilusão. São sempre outros os movimentos e as notas. Volto ao quarto, tiro a roupa com tanto esmero escolhida, desfaço a cama, sento-me frente ao espelho para retirar a maquiagem. Displicentes, meus dedos procuram um entre tantos potes, quando meus olhos percebem um fio branco entre os cabelos. Sorrio: um fio branco, uma leve ruga no canto da boca, pequena mancha no pescoço. Que mais? Há quanto, quanto tempo deixara de me observar com os cuidados antigos? Quando menina, todas as noites, fazia uma revista completa em meu corpo, da cabeça aos pés, acompanhando cada mudança, cada aumento de volume, cada pêlo recém nascido e tanto era o meu espanto com o novo e quanto me alegrava com a surpresa. Com verdadeiro prazer se cumpria àquela hora e suas descobertas. Estranha a vida com seus descaminhos. Nada sobrara daqueles momentos de satisfação, a não ser pequenos gestos por onde se podiam perceber, difusamente, uma ou outra lembrança. Esquecera o ritual e seus signos, mas talvez, com um pouco de esforço pudesse reproduzi-los. Desabotôo os botões e deixo a camisola cair: eis meus seios, nem grandes, nem pequenos, ainda firmes; eis a pele ainda sedosa. Acaricio-a como, por certo, nenhum homem soubera fazê-lo e me surpreende esta constatação: para isto foram feitos, para a carícia, o beijo e o gozo. No entanto, ali estavam à espera que isso se cumprisse. Levanto-me e a camisola me cai aos pés. Lentamente tiro a calcinha e me afasto um pouco do espelho para que me reflita por inteira. Não mais a antiga alegria, mas certa angústia. Percorro o corpo todo com dedos de marinheiro que busca descobrir a suavidade da espuma e o mistério do sal, dedos aventureiros se arriscando por sombrios e inexplorados caminhos, dedos de delinqüente abrindo janelas e portas em busca de algum tesouro. Eis meu corpo entre tantas e tantas mãos, desvarios e fantasias. Nele as marcas rudes do inverno, as chuvas calmas de abril, os ventos tristes do outono, algumas flores, quase sem cor, colhidas em tardes de uma distante primavera, as sombras de uma erosão lenta, porém inevitável. Meu corpo: vozes e risos, brigas e afagos, gritos e gemidos, enchentes e secas, pássaros e leões, barro e veludo. Interessante te olhar assim, corpo, tendo passado o tempo do brilho e se aproximando o do estio, e perceber em ti o mesmo e antigo latejar. Quantos passaram e quantos passarão descobrindo teus caminhos e dobras? A quantos realmente te entregaste e quantos, e foram tantos, não souberam te entender? Reabro as cortinas e janelas e deixo os últimos raios de lua contemplar minha nudez. Passeio sob a sua luz e sou fada brincando com as estrelas. Acaricio meu corpo feito mãe lambendo filho, ali, naquela cama de nuvens, à espera do sol e sua posse. Foto Arquivo Pessoal Por Jaime Cimenti - Jornalista e Escritor As metamorfoses do gordo - História da obesidade no Ocidente, da Idade Média ao Século XX, de Georges Vigarello, mostra o modo de percepção do gordo ao longo dos séculos, com críticas à obesidade e palavras de prestígio aos obesos. A obra também enfoca dietas e outros aspectos. Editora Vozes, 352 páginas, R$ 45.00, telefone 3226.3911 Fábulas Chinesas com organização de Sérgio Capparelli e Márcia Schmaltz , reúne narrativas de diversos autores e períodos da civilização chinesa, sentdo que as mais antigas são anteriores à Era Cristã. Os estilos são variados e a cultura e a sabedoria milenar dos chineses estão nas histórias. 64 páginas, L&PM Pocket, www.lpm.com.br Movidos pelos ventos de Andréia Borges de Azevedo, nascida em São Francisco de Paula e formada em jornalismo pela Unisinos, romance com base em fatos reais, apresenta a saga de uma família colonizadora do RGS. A história inicia no século XVI, em Andaluzia, Espanha. Maria Antonia, a matriarca, fica viúva precocemente e toma as rédeas da família. Sua filha Izabel parte para o Brasil, para nunca mais voltar. A marca de Maria Antonia vai ficar para sempre nos descendentes. Site: www.editoraage.com.br, fone 3061.9385 Turismo e Cidadania: A Redenção das Africanidades em Porto Alegre de Roberta Fraga Machado Gomes, com apresentação da Professora Susana de Araújo Gastal, analisa a (in) visibilidade da identidade negra na atual sociedade porto-alegrense, retratando o Parque Farroupilha, conhecido como Redenção. A partir de análises da arquitetura, da história e de outros aspectos, a autora assevera a identificação afrodescendente, na composição de nossa capital. Editora Bestiário, telefones: 3343.5784, 9325.1366, 9491.3223 – www.betiario.com.br Antes que os espelhos se tornem opacos do médico, psiquiatra e psicanalista Juarez Guedes Cruz apresenta contos que apontam para diferentes formas de absorver a solidão, a dúvida, a perda, a dor, a incerteza e a culpa. O olhar do autor é contemplativo. Há influências diretas de Borges, Cortázar e outros e os encontros são mostrados apenas como prenúncios de despedidas. O autor já recebeu o Prêmio Açorianos pelo livro A cronologia dos gestos. Dublinense, www.dublinense.com. br - 3024.0787 Eu Te Amo de Marco Cena, autor dos livros Mãe e Zumbis da Pedra, nos traz agora um livro diferente, inteligente e interativo, uma obra na qual o leitor marca (x) sua própria maneira de dizer EU TE AMO. Ricamente ilustrado, com declarações visuais e poéticas, perguntas e afirmações sobre o amor, o autor explora as várias maneiras de amar e dizer isso de forma original e bem humorada. Um livro, acima de tudo, apaixonadamente divertido. BesouroBox, www.besourobox.com.br Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto 15 Foto Tonico Alvares Por Paulo César B. do Amaral - Artista plástico, curador e escritor Istanbul Eu conversava com um diplomata amigo meu quando ele me confessou um sentimento que terminou desenvolvendo depois de tantos anos servindo na Europa. Dizia ele: - Os europeus sempre foram arrogantes, mas agora estão muito humilhados pela longa crise que parece não chegar ao fim. Comecei escrevendo isso porque tem a ver com visitas que fiz a Istanbul em dois momentos: há uns vinte anos, quando a Turquia desejava entrar na seleta zona do Euro e os europeus não permitiam, e, mais recentemente, há um mês. Motivos havia vários para que a Turquia não fosse aceita, entre eles a ocupação de parte do Chipre, principal argumento que apontava para um país belicoso, desrespeitoso com os regimes democráticos. Mas no fundo sabia-se, como se pensa ainda, que a questão religiosa também contava, e muito mais. A Turquia é um país com maioria islâmica (98%) enquanto que a Europa é um continente fundamentalmente cristão. Não obstante, a Turquia é um país laico, isto é, um país sem religião oficial, desde que o fundador da República, Mustafa Atatürk, varreu do país o regime do sultanato e instalou a democracia. Não bastasse terem as pessoas de credo islâmico que sofrer uma permanente e injusta discriminação, arraigada na idéia obtusa de que há alguma coisa de errado com culturas que não reflitam parâmetros ocidentais, tiveram os turcos um dia que amargar a negativa de sua entrada na comunidade europeia, quem sabe, justamente por este motivo de ordem de crença. Ocorre que hoje a Turquia é um país que alcançou consideráveis avanços em muitas áreas. Istanbul é turisticamente um sítio que em nada deve a lugares europeus como Paris, Londres e Amsterdam. A Turquia tem uma moeda estável, a lira turca, equivalente em valor ao nosso real. As ruas são limpas, o povo é extremamente cortês, a comida é única e os preços estão em conta. Os sistemas públicos funcionam naquele país. E não se vêem nas ruas quaisquer manifestações de ordem religiosa ou fundamentalista. É evidente que não posso tomar como tese não existirem pobres nas ruas de Istanbul, ainda mais que circulei em pontos privilegiados, mas, mesmo em deslocamentos longos, não vi um só mendigo em três dias. Perguntei a algumas pessoas da cidade sobre a antiga pendência em relação à entrada da Turquia na comunidade europeia. Algumas disseram que gostariam que chegasse o tal dia em que seriam aceitos, mas a maior parte, sem nenhum ufanismo, simplesmente raciocinando em torno da conjuntura do continente europeu nos dias atuais, agradece a Alá pela condição em que se encontram, que em nada seria parecida se tivessem de se submeter a uma moeda única, fundada por um sistema único, gerido principalmente (pelo menos há isso de bom) pela indobrável Angela Merkel. Foi nesta viagem que lembrei meu amigo, ministro do Itamaraty, e sua fala enquanto caminhávamos pelo Parcão. Eu tinha achado aquela afirmação dele sobre os europeus demasiadamente pesada, tanto que apenas assenti em contrariado silêncio. Mas hoje entendo o que ele queria dizer, tomando apenas este exemplo da Turquia e me reportando a dois momentos distintos em que lá estive. Por Renato Pereira - Jornalista Afrodisíaco de Londres Assistindo ao Pan da Inglaterra, aliás foi um porre de Pan, fiz uma descoberta digna do Master & Jonhson para a felicidade conjugal. Não foi a natação sincronizada, as reviravoltas das judocas no tatame e muito menos as belezas russo ucranianas, exímias nas mais diferentes modalidades. Diz respeito à terapia sexual cognitiva para que o casal permaneça apaixonado e fiel e, se possível, procriativo, que a Bolsa Família em ano eleitoral abunda. Aliás, é por aí, porque o auge da competição esteve na mais brasileira das modalidades, dando carga máxima ao mais humano dos desejos. Abstraia-se totalmente a performance técnica. Tem a ver, isto sim, com a desenvoltura estética. O troféu vai para meninas do vôlei de praia! Sem bairrismos. Até as coreanas mostraram a que vieram no vôlei: desbundar. Do nu artístico medieval às celebridades com celulite retocadas no computador da revista Playboy, nada se compara às imagens ao vivo dos glúteos espremidos nos mini calçõezinhos das nossas fantásticas brasileiras no vôlei. É tipo a instituição de um Viagra visual para cavalheiros de todas as idades. Daí a minha sugestão para as terapeutas sexuais, que deixem de recomendar técnicas massoterapêuticas, massagens com óleos afrodisíacos, longas discussões interativas sobre onde é que fica o ponto G e como os maridos devem se portar para descobrir o caminho da mina. É chover no molhado. Todos já sabem que o ponto G feminino fica no shopping com um cartão de crédito liberado. deste expectador fiel e inarredável dar partidas de vôlei de praia. Muito mais barato do que jantar fora, trocar as cortinas da casa e demais concessões para agradar à parceira. Simples, prático, barato e de uma funcionalidade impressionante: instalar no quarto do casal (faltando espaço pode ser em cima da cama mesmo) uma simples e frugal rede de vôlei. Nem precisa a bola, pode ser uma peteca, para evitar uma bolada no olho de qualquer uma das partes envolvidas, o que pode levar não só à impotência momentânea, como ao xingamento irado, o que é totalmente contra o regulamento e pode levar o marido a ficar em abstinência por longos meses de castigo pela idéia idiota. Depois de Londres, temos em mãos o correspondente à descoberta de novas galáxias do Universo. Ou, uma espiadela Nada mais erótico do que a inclinação no Paraíso em vida. A beleza em todo o de 180 graus após um saque, ou aquele seu esplendor e a baba masculina em todo pulinho com a coluna arqueada no rebote. o seu estertor. Daí a modesta sugestão Mas vá que dê certo, admitamos que funcione. Ela aos pulinhos e você perdendo pontos continuamente ao cair de cara no chão só para ter o visual mais gratificante da atleta oponente: de baixo para cima. É a segunda lua-de-mel, sem os atropelos da primeira, com você contando o tempo para não entrar em falência na conta do hotel. A volta da paixão, o retorno do fogo do amor (superando até os possíveis calorões da menopausa). Uma rede, só. E eis a volta da felicidade plena aos dois corpos que habitam um mesmo espaço resmungando um com outro continuamente exatamente por falta de. Apenas com um detalhe a ser considerado. Coisa mínima. Antes de estender a rede e implorar que a atleta coloque o fardamento igual à das campeãs nativas, desatarrachar o lustre do quarto e tirar de todos os abajures, porque um golpe incerto que provoque o menor estrago na decoração do quarto conjugal, e o amigo vai ser posto para dormir no sofá. Sem direito ao vídeo das meninas do vôlei que eu tenho certeza que a maioria gravou no computador para carregar as baterias. CENTRO - INDEPENDÊNCIA - BOM FIM - RIO BRANCO - PETRÓPOLIS - MOINHOS DE VENTO - AUXILIADORA - CIDADE BAIXA MENINO DEUS - SANTA CECÍLIA - CAMINHO DO MEIO - ZONA NORTE - ZONA SUL E FLORESTA Palácio Piratini - Prefeitura Municipal de Porto Alegre - Secretaria Estadual de Educação – Depto. Pedagógico - Assessoria de Projetos Especiais para 258 Escolas Estaduais – SMED – para 92 Escolas Municipais - Secretaria Municipal de Cultura - Centro Municipal de Cultura - SETUR - Secr. de Estado do Turismo - Usina do Gasômetro - Teatro da Ospa - Teatro de Câmara - Museu da Comunicação Social - Teatro de Arena - Teatro Bruno Kiefer - Salão de Atos da UFRGS - Assembléia Legislativa - Solar dos Câmara - Theatro São Pedro - Casa de Cultura Mário Quintana - Teatro do SESC - Curso Mauá - Rede Hoteleira - Shopping Praia de Belas - ARI - Ass. Riograndense de Imprensa - Sind.Comp.Musicais do Estado/RS - Academia Kyokushin - Sec. de Cultura do RS - Agências de Publicidade - IOF-Instituto Ortopedia e Fisioterapia - Museu Joaquim José Felizardo - Arte Café - Bazar Londres - Guarida Imóveis - Clínica Menino Deus - AGAPA (Associação Gaúcha de Pintura Artística) - GBOEX Previdência Privada - Confiança Companhia de Seguros - Super Pizza - Espaço Dança e Memória - Instituto Estadual de Cinema (SEDAC) - Secretaria Estadual da Saúde – Cia. das Pizzas - Ótica Andradas - School - Casa dos Óculos - Tia Iara - Líber Livros - 5 à Sec - .com Cyber Café - Gambrinus - Pronto Olhos - Anita Cell - Rede Drogadil - Cachorro do Rosário (Emancipação, Shopping Total e Mariante) – Churrascaria São Rafael - Barranco - Livraria Nova Roma - General Rock - Fisk - Bar do Beto - Laboratório Marques Pereira - Mauá - Biblioteca Pública do Estado - Haiti - Ótica Moinhos de Vento - Wow! - DAER - Zil Vídeo - Livraria Vozes - Trianon - Café Arte & Cia - Homeograal - Assistir Escitório de Advocacia - Se Acaso Você Chegasse - Livraria Londres - Banca 43 - Livraria do Mercado e Banca Bang-Bang - Palavraria Livraria-Café - Panificação Copacabana - Bar e Café Pan Americano - Bar Chopp e Restaurante Pacífico - Chopp & Companhia - Copão - Papillon - Sierra Maestra - Restaurante Natural Flor de Maçã - Planet Dog - Escola Arte Educação - Morano - Galeria Arte & Fato - Beiruth - Maomé - Matheus Confeitaria, Buffet e Café - Essência da Fruta – Academia Bio Ativa – Só Portáteis - Cyber Point - Bazar Londres - Print Cópias – Paradouro Pet – Drogabel – FINASA – Porto Pastéis – Roberto Celular – COMUI: Conselho Municipal do Idoso – SIMPA: Sindicato dos Municipários de POA - Lyon Press - Ferragem Bom Fim – Ferragem Igor – Óptica Santo Antônio – Belver Óticas – Brubins Bistrô Cafeteria Congelados – Feito à Mão Café – Café Paris – Centralfarma - Color House - Stratus Celular - Café dos Cataventos – Casa de Ferragens - Corebrás - Café do Porto – Café - Clínica Visão – Restaurante Solle Mio - Café Concerto Mário Quintana - Companhia do Cachorro do Rua da Praia Shopping - Garcias Churrascaria – Garcias Bar - Cachorro Gordo – Clindent – Laboratório Crol – Móveis Masotti – Personalle – Todeschini - LilliPut - Jazz Café – El Viejo Panchos - Le Bistrot - Bistrô Torta de Sorvete - Café do Porto - Just Coffee - Z Café - Dublin Irish Pub - A Lenha Pizzaria – Amêndoa - Café Atelier do Pátio - Puppi Baggio – pastas & molhos - Usina de Massas - Barbarella Bakery - Tutto Riso - Bistrô da Rua – Sexxxy Butik – Bella Morano – Sulina Grill - La PizzaMia - Churrascaria Laço Aberto - Churrascaria Schneider - Silva & Rossol Advogados Associados - SIJ – Serviço de Informação do Judiciário - Via di Trento - Villa Rústica - Café Correto - Miau da Cabral - Churrascaria Komka - Churrascaria Santo Antônio – Lamb’s – Drogamaster – Tablado Andaluz: Curso de Dança e Restaurante – Copão - Parque Virtual - ABIC - Associação Brasileira de Intercâmbio Cultural - Consultório Dr. Nilton Alves – Piovesani – Radimagem – Jazz Café – Bar da Bel – Tortaria – LilliPut - Le Bistrot - Café Correto - RD-Assessoria Jurídica - Estocke Off - Centro Médico Rubem Rodrigues - Bistrô Torta de Sorvete - Café do Porto - Ponto de Antiguidades - Just Coffee - Z Café - Dublin Irish Pub - A Lenha Pizzaria - Amêndoa - Café Atelier do Pátio - Puppi Baggio – pastas & molhos - Vinhos Giuliano - Usina de Massas - Barbarella Bakery - Tutto Riso - Bistrô da Rua - Vila Madalena - Chopp Stübel – Casa Elétrica – Advogare – Assessoria Jurídica – Tec Líder - Mac Dinhos - Cachorro do Porto - Castanhas Express - Per Tutti Galeto - Sashiburi - Peppo Cucina - Bom Bocado - Churrascaria Laço Aberto - Baumbach Restaurante – Churrascaria Na Brasa - Miau da Cabral - Xis Moita - Opus - La Chiviteria - Se Acaso Você Chegasse - AGEA - Assoc. Gaúcha de Economiários Aposentados - Cine House - Home Theater Automação Residencial - IOF - Telas Gaudi - Intit. de Ortopedia e Fisioterapia - Sapere Audi!Livros - Clínica Odontológica Dr. Nelson Monteiro - English Consultancy - Radicom - Clinica de Diagnóstico Médico por Imagem - SAT Aeroporto Internacional Salgado Filho - SAT Mercado Público do Bom Fim - SAT Mercado Público - SAT Usina do Gasômetro - SAT Linha Turismo – Terminal Linha Turismo - SAT Praia de Belas Shoping - SAT Shopping Bourbon Country - SAT Moinhos Shopping – SAT Shopping Total – FAMURS: Federação das Associações de Municípios do RS - Ritter Hotel - Porto Alegre Ritter Hotel – Novotel - Hotel Deville – Hotéis Continental - Everest Hotéis - Harbor Hotéis - Plaza São Rafael - Plaza Porto Alegre – Rede Versare - Hotel Sheraton Porto Alegre - Big Sisor Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Usina do Porto Fotos Divulgação Por Thamara de Costa Pereira - Jornalista Mini Mundo de Gramado inaugura réplica do Museu Paulista APOIO: Com um trabalho pioneiro na região e no país produzindo réplicas idênticas, 24 vezes menores que obras originais conhecidas em todo o mundo, o Parque Mini Mundo inaugurou sua mais nova atração: o Museu do Ipiranga. Escolhido pela importância histórica do prédio e a estética da construção, o Museu Paulista, como também é conhecido, trata-se de um complexo riquíssimo do ponto de vista artístico e um dos espaços turísticos mais conhecidos do Estado de São Paulo. Esta nova peça possui 120 metros quadrados e já encanta todos os turistas que passam por Gramado. A réplica do prédio construída pela Oficina Mini Mundo foi projetada em oito meses e edificada em aproximadamente um ano. Centenário Além da inauguração da nova peça, neste ano, esta sendo comemorado os 100 anos de nascimento de Otto Höppner – o patriarca da família e fundador do Hotel Ritta Höppner e do Mini Mundo. As experiências de vida do imigrante deixaram como legado o compromisso de compartilhar a alegria e a felicidade da infância, que estarão sempre presentes no coração das pessoas que visitam o parque. Atendendo a um pedido dos netos, Adriana e Guilherme, ele construiu, junto com seu filho Heino, uma casinha de bonecas e um pequeno conjunto de castelos, com trenzinhos em miniatura, no jardim em frente ao hotel. Pensando em dividi-los com os hóspedes quando as crianças crescessem, seguiram a construção do pequeno parque, que passou a ser conhecido e considerado uma visita obrigatória em Gramado. Finalmente, em dezembro de 1983, atendendo a inúmeros pedidos e seguindo moldes de outros parques europeus, o Mini Mundo foi aberto ao público. O parque No mundo mágico do Mini Mundo, as miniaturas são reproduções de obras arquitetônicas reais, exibidas em cenários que formam uma pequena cidade em movimento. As construções – mais de 200 – ganham vida através da sonorização e da presença de cerca de 2.500 mini-habitantes, também em escala reduzida, e suas ferrovias, rios e estradas permitem a integração do centro aos bairros e áreas rurais. Além das atrações, os visitantes do Mini Mundo têm a oportunidade de, a cada mês, participar de diversas atividades interativas. Oficina Para alcançar essa riqueza de detalhes e deixar obras como o Museu Paulista perfeitamente replicado, o Núcleo de Engenharia da Oficina Mini Mundo realiza pesquisas e testes de materiais periodicamente. Cada uma das réplicas é construída a partir de plantas originais, que são seguidas com muito critério.A escolha de projetos, que seguem o estilo do parque e se harmonizam em conjunto com os demais, é o ponto de partida de uma profunda pesquisa sobre as construções. Um extenso material fotográfico é produzido, para que, em conjunto com os projetos originais de cada prédio, tenha-se um levantamento completo de cada detalhe da obra. Características como cores, texturas, encaixes, telhas e detalhes construtivos são reproduzidos com o máximo de fidelidade ao original, e com materiais resistentes às variações do nosso clima. 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