Direção CEDAE, a mão cabeluda
que esmaga os trabalhadores
Mais um ano se passou na CEDAE e a exploração
sobre os trabalhadores continua, e piora cada vez
mais. A diretoria da empresa continua arrebentando
fortemente com os seus recursos humanos.
Mesmo tendo aumentado seus lucros em 2013, ter
distribuido bônus milionários para seus acionistas e
gastando milhões com propaganda, não investiu um
único centavo no principal patrimônio da empresa
que são seus trabalhadores.
Numa clara política de arrocho dos direitos trabalhistas, a empresa
congelou o PCCS e as Letras, não fez a isonomia da categoria e não realizou
concurso público, abrindo mais espaço para terceirizações que enchem os
cofres das empreiteiras.
As condições de trabalho estão muito piores. Os cedaeanos, a cada dia
que passa, colocam mais suas vidas em risco para que o abastecimento
continue chegando para população. Mesmo diante de tanto massacre,
os trabalhadores continuam sua labuta e fizeram com muito esforço a
empresa se tornar uma das mais lucrativas do Estado. No entanto, a direção
da empresa persegue e tenta retirar direitos importantes da categoria.
A CEDAE sofre sem investimentos. A política de recursos humanos vai
sufocando e sucateando a empresa. Sem concurso público para os cargos
de base desde 2002, a CEDAE vai perdendo seus melhores quadros e não
consegue repor a mão de obra que vai sendo substituída por trabalhadores
terceirizados, sem qualificação e com baixa remuneração.
A estrutura da empresa está abandonada, as ete’s e elevatórias estão sem
investimentos há anos. Perdendo sua capacidade de tratamento do esgoto
que degrada o meio ambiente colocando em risco os trabalhadores.
Os reservatórios desativados e represas com capacidade reduzida
comprometem o abastecimento de água. Os investimentos são apenas nas
empreiteiras que não resolvem os problemas de falta d’água para população.
Os trabalhadores dos setores administrativos, inclusive o prédio sede,
sofrem com o assédio moral. Os trabalhadores do prédio vão sendo
oprimidos por empreiteiros e extraquadros que atuam como verdadeiros
torturadores, que remontam aos tempos da ditadura militar. Os setores
comerciais da CEDAE também sofrem com as péssimas condições de
trabalho e segurança. São diversos episódios em que a população revoltada
com a falta d’água invade as agências, ameaçam os trabalhadores e, em
muitos casos, a situação chegou a por em risco a vida dos trabalhadores.
Isso acontece enquanto a cúpula da CEDAE está confortavelmente sobre a
proteção de coronéis e delegados contratados a peso de ouro.
A CEDAE aproveita a falta d’água para privatizar o Guandú II
Durante 8 anos a direção da empresa, mesmo ciente do problema do
abastecimento, não fez nada. O SINTSAMA-RJ apresentou o projeto Água
Para Todos, que resolve o problema da falta d’água na baixada, melhora o
abastecimento no Rio e Grande Rio, mantendo a CEDAE pública, com
baixíssimo custo e sem utilizar a água do Guandú.
diretores da CEDAE. No Nascente do mês Julho, mostramos a ata em que a
máscara da direção da empresa caiu. O documento assinado pelo conselho
de administração propõe e aprova a divisão da CEDAE e a privatização de
setores importantes como água e esgoto.
A empresa vai no sentido contrário e apresentou o projeto Guandú II, para
dar resposta a iniciativa dos trabalhadores. O projeto que é muito caro,
com muito desperdício e, e não vai resolver o problema da falta d’água, e o
pior, vai ser entregue de mãos beijadas para o setor privado.
A direção do SINTSAMA-RJ é contrária a privatização através do artifício
da PPP proposta pela direção da empresa e do Governo do Estado e
reafirma o PROJETO Agua para TODOS que a direção da Cedae não
viabiliza por que o projeto resolve o problema da falta dagua, é barato e
não atende os interesses dos empreiteiros.
Mas privatização, o povo do Rio já está vacinado, visto que onde o
abastecimento está nas mãos da iniciativa privada, o serviço piora ainda
mais. Como exemplo de Cabo Frio e região que sofrem com uma crônica
falta d’água e Niterói que tem uma das mais caras contas de água do mundo.
O SINTSAMA-RJ vem denunciando essa manobra para privatizar a
empresa, desde o início de 2013, mostrando a conivência e colaboração de
A direção do SINTSAMA-RJ vai até as últimas consequências para
defender os interesses dos trabalhadores e da população do Rio de Janeiro
contra essa criminosa privatização e mais um desperdício de dinheiro
público sem resolver o problema da população com a possível construção
do Guandú II. Em ano eleitoral, artifícios como esses são sempre usados
para fazer caixa para financiar campanhas eleitorais.
Janeiro/2014
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número XXX
Relembrando a máscara caiuu
2014 não vai ser só copa
Os trabalhadores do saneamento têm grandes desafios
nesse ano que se inicia. É preciso estar unidos, mobilizados
e focados porque a luta será grande. Nossos maiores desafios
são a construção de acordo coletivo com ganho real de
salário reparando as perdas históricas dos trabalhadores
do saneamento e unir nossa categoria para conscientizar a
população para as eleições gerais de 2014.
Vamos construir uma grande mobilização para que os
trabalhadores da CEDAE tenham ganho real de salário e
principalmente retomem o caminho da conquista de seus
direitos com a retomada do PCCS, critérios claros para a
questão das Letras, fazer acontecer a isonomia na categoria.
Além da luta pela imediata abertura de concurso para base.
Em julho de 2013 o Nascente denunciou a ata da reunião do Conselho que deliberava sobre
a divisão e privatização de partes da CEDAE. A proposta foi apresentada e aprovada pelos
membros do Conselho de Administração da CEDAE e tinha como perspectiva a criação
de duas empresas subsidiárias integrais na região metropolitana e baixada fluminense.
A proposta de cisão da empresa veio logo após a derrota da famigerada proposta de
abertura de capital da CEDAE. O Nascente mostrou que a proposta de cisão além de ser
contrária ao estatuto da Empresa, já havia sido apresentada em governos anteriores ao
atual, so que dessa vez veio suavizada.
Estiveram presentes na reunião do Conselho de Administração: Regis Velasco que
presidiu os trabalhos Wagner Victer, Rodrigo Tostes, que fez a proposta de cisão e contou
ainda com a participação do diretor Jorge Briard.
No INEA e nas demais empresas vamos continuar mobilizando
para garantir as conquistas para todos os trabalhadores.
Além dessa luta, as eleições gerais de 2014 são outro momento
importante para nós trabalhadores. Precisamos conscientizar
a população da importância do voto e, principalmente,
valorizar os candidatos comprometidos com as questões da
nossa categoria. No cotidiano da luta sabemos quem esteve
sempre ao lado dos trabalhadores do saneamento. As eleições
são o momento de dizer não a todos aqueles que arrancaram
nossos direitos e prejudicaram os trabalhadores.
A edição do Nascente e a ação do
sindicato fez com que o projeto
fosse
momentaneamente
engavetado, agora o governo do
Estado ressuscitou a proposta.
A diretoria do SINTSAMA-RJ
não vai descansar e continua
lutando contra a ação deliberada
da empresa de entregar o
abastecimento do Estado do
Rio de Janeiro para iniciativa
privada.
2014 é mais um ano com muita luta, convocamos todos os
trabalhadores do saneamento para se juntar ao sindicato, com
unidade e participação para conseguirmos escrever um ano
repleto de conquistas para nossa categoria.
Para isso, o SINTSAMA-RJ esta chamando uma grande
assembleia para colocar a categoria na luta e mostrar nossa
forma. Vamos lotar a assembleia será dia 30/01, quinta-feira,
na sede do sindicato.
O Informativo NASCENTE
publicou na íntegra a tentativa
de privatização de parte do
abastecimento de água no
Estado.
Convênios do SINTSAMA-RJ melhoram a vida do trabalhador
O secretário geral do SINTSAMA-RJ, Sergio Monteiro (Serjão do Bumbo) e Marcello Costa, diretor de formação comemoram o êxito no projeto de
ampliar a oferta de convênios para descontos em produtos e serviços para o trabalhador sindicalizado. Agora, o SINTSAMA-RJ já conta com mais de
20 empresas que oferecem ótimos benefícios para os trabalhadores do saneamento ambiental.
Segundo Serjão, os convênios são um importante instrumento para agregar valor a filiação sindical. “Hoje, o trabalhador que utiliza o convênio pode
receber um desconto até maior que sua contribuição sindical”, explica o dirigente que garante que a perspectiva é que o sindicato produza uma cartilha
listando todos os convênios para os filiados em breve.
Para Marcello Costa, o projeto está priorizando uma gama de serviços básicos que todo trabalhador precisa, com isso já conseguimos ampliar muito
em pouco tempo, mas vamos conseguir mais. “Essa é mais uma das melhorias importantes que a gestão da CTB trouxe para o sindicato. Passamos
de 4 empresas conveniadas para mais de 20 e ainda vamos ampliar essa lista”, comemora o diretor que reafirma que isso tudo poderá ainda ser mais
fortalecido com a participação do trabalhador, sugerindo empresas para buscarmos convênios e estando presente para que unidos possamos fazer a luta
em prol dos trabalhadores.
Expediente:
NASCENTE - Boletim Informativo do Sindicato dos Trabalhadores
em Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região.
Sede: Rua Padre Telemaco, 47 - Cascadura - (21) 2102.3437
Sub-sede: Rua Viúva Dantas, 627 - Campo Grande - (21) 2412.9770
www.sintsama-rj.org.br [email protected]
Presidente: Humberto Luiz Nunes Lemos
Diretor de Imprensa: Marcelino Simões
Jornalista Responsável: Wellington Santos (34372-RJ)
Fotografia: Sebastião Silvério
Tiragem: 5.000 exemplares
Imprenssão: 3graf Editora
Acesse o novo site
do SINTSAMA-RJ
www.sintsama-rj.org.br
Boletim Informativo do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Saneamento e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região
A direção CEDAE quer entregar o Guandú II para os privatistas
Nomes novos, suavização de termos e uma cara de pau imensa são as estratégias utilizadas
pelo Governo para privatizar uma parte do abastecimento no Estado através da construção do
Guandú II por meio da tão falada PPP(Parceria Público Privada). A CEDAE fez o discurso de
que não dispõe de recursos para investir em abastecimento de água, buscou os investimentos da
iniciativa privada para resolver a questão da falta d’água, o que se mostrou completamente falso.
Na verdade, o governo investe milhões e a empresa investe apenas uma pequena parte e recebe
toda estrutura para que os empreiteiros explorem e cobrem sobre a água produzida. Isso não é
PPP isso é privatização.
A água de Ribeirão das Lajes
pode solucionar a falta d’água
na baixada fluminense e
melhorar o abastecimento no
Rio e grande Rio
A prova disso é que a direção a CEDAE acabou de firmar um convênio com o Governo Federal
(dinheiro público) na ordem de R$ 3 bilhões para universalização da água e do esgoto no estado do
Rio. Esse recurso é mais que suficiente para resolver os problemas sem a participação da iniciativa
privada. Uma vez que o dinheiro é público deve ser investido no setor público. O Governo não
tem necessidade nenhuma de repassar esses recursos para iniciativa privada.
Com a estrutura privatizada, a mão de obra utilizada é terceirizada, que em sua grande maioria
são mal remuneradas e sem qualificação para atuar na empresa resultando num serviço de baixa
qualidade. Nesse sentido, a proposta de privatização do Projeto Guandú II se mostra totalmente
desastrosa. Além de servir exclusivamente aos interesses de empreiteiros, o projeto não vai
resolver o déficit de abastecimento de água no Estado além de ser muito caro. O custo elevado do
projeto talvez seja o único atrativo para os empreiteiros que estão de olho na derrama do dinheiro
público.
O principal problema da entrega do sistema Guandú II para iniciativa privada é seu tamanho
e complexidade. Os trabalhadores da CEDAE dominam com muita propriedade as técnicas
de abastecimento e tem um olhar mais social na administração da produção de água. Com a
privatização essa produção essencial para vida humana ficaria nas mãos de quem só visa o lucro.
O Governador do Estado em reunião com as centrais sindicais, noticiada no Nascente em Agosto de
2013, havia se comprometido em não privatizar nenhum setor da empresa e que não implantaria a PPP.
Na ocasião, o governador fez uma série de promessas para as entidades e os trabalhadores e, agora, foi
para televisão falando que vai fazer a PPP, não honrando seu compromisso. A direção da CEDAE ruma
para o caminho da privatização e continua seu projeto que deixa a empresa no completo abandono. No
entanto, por situações muito menores outros gestores no Estado foram exonerados.
O SINTSAMA-RJ apresentou o Projeto Água Para Todos para resolver a questão do abastecimento
e solucionar a falta d’água na baixada Fluminense e melhorar o abastecimento no Rio e Grande
Rio através da utilização da água de Ribeirão das Lajes. A proposta foi entregue nas mãos do
Governador e foi sumariamente ignorada, ele preferiu a construção do Guandú II, mesmo que o
projeto Água para Todos seja mais barato e eficiênte.
O Informativo NASCENTE de agosto de 2013
mostrou o documento que o Cabral reafirmou o
compromisso em não privatizar e nem dividir a CEDAE
Mesmo diante desse quadro a diretoria do SINTSAMA-RJ continua lutando pelo Projeto Água Para
Todos que foi apresentada para vários prefeitos da baixada fluminense, ganhou apoio de diversas
entidades da sociedade civil e de parlamentares que se tornaram grandes parceiros na luta para
viabilizar o Projeto, como os deputados Jandira Feghali do PCdoB e o deputado Glauber Braga do PSB.
Setores estratégicos da Companhia estão abandonados
O abandono é visto em diversos setores da CEDAE, mas o descaso atinge ainda setores estratégicos da empresa como é caso do Guandú e do
reservatório de Marapicú. Os trabalhadores estão entregues a própria sorte nas unidades, faltam equipamentos e insumos, as condições de
trabalho são péssimas o que compromete o tratamento da água na maior estação de tratamento do mundo onde o abandono é mais evidente.
Agora, a empresa está tentando implantar uma ISO que não reflete as duras condições dos que trabalham no Guandú.
Os trabalhadores se esforçam para garantir a qualidade do serviço, no entanto enfrentam barreiras quase que intransponíveis para garantir a
qualidade da água para a população. Os cedaeanos ainda sofrem com o assédio moral e as imposição de empreiteiros que ocupam cada vez mais
espaço dentro da empresa.
O reservatório de Marapicu, que é o mais estratégico para abastecer a região metropolitana, a situação é absurda. A unidade está completamente
abandonada e está visivelmente sendo transformada em pastagem e esta sendo ocupada por diversas pessoas estranhas a empresa.
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Janeiro/2014
número XXX
Assembleia referenda congresso
A Assembleia Geral Extraordinária do SINTSAMA-RJ referendou as resoluções
do 10 Congresso do sindicato. Na atividade, foram debatidas e deliberadas a
aprovação da compra do imóvel para a instalação da nova sede do sindicato
na baixada em Belford Roxo e a previsão orçamentária da entidade para o
próximo ano.
Após a apresentação da ata do Congresso foi realizado o debate a cerca dos
temas aprovados no congresso, que entre eles estava a filiação do sindicato à
CTB e a FENATEMA\CNTI, as alterações estatutárias e o plano de lutas da
categoria. O ponto foi aprovado com maioria absoluta, com isso consolidado
todo o processo congressual.
Logo após foi apresentada a proposta de aquisição de um imóvel em Belford
Roxo para a instalação da nova sub-sede do sindicato na baixada fluminense.
A sub-sede que vai oferecer mais comodidade ao sindicalizado na baixada
precisava ser aprovada por assembleia geral por exigência estatutária. O
presidente do SINTSAMA-RJ, Humberto Lemos, apresentou para os presentes
a proposta do imóvel e seus benefícios. A aquisição foi aprovada.
João Xavier, atual secretário de finanças, apresentou a previsão orçamentária
do sindicato para o ano de 2014 com a colaboração do contador do sindicato,
Luis Affonso. Segundo o dirigente, a previsão orçamentária é um instrumento
importante para a categoria ter conhecimento da vida financeira do sindicato e
como será utilizado os recursos para que haja transparência e ética na gestão dos
recursos dos trabalhadores. Essa é a primeira gestão que traz os trabalhadores
para debater e construir o orçamento. O reflexo da compreensão da categoria
na assembleia foi a aprovação por unanimidade na votação do ponto.
Condições sub-humanas de trabalho em Belford Roxo
A empresa despejou os trabalhadores do CCO-Baixada, localizado em Belford Roxo, para a
construção de uma delegacia de polícia. No entanto, o novo imóvel que os 30 trabalhadores
da unidade passaram a ocupar encontra-se em condições sub-humanas para o trabalho.
Segundo, Humberto Lemos, presidente do SINTSAMA-RJ, os trabalhadores foram jogados
para dentro de um galpão que esteve fechado a mais de 10 anos, sem condições nenhuma de
trabalho. “Denunciamos o absurdo no Ministério Público e não vamos descansar enquanto
o problema não for solucionado”, protesta.
Segundo Jaime Henrique, diretor do SINTSAMA-RJ, o problema começou quando houve
a solicitação do governo do Estado para desocupação do espaço para instalação de uma
delegacia de polícia. “No início, o imóvel seria partilhado com a delegacia, mas a Secretaria
de Segurança do Estado solicitou o imóvel inteiro. A empresa sabendo da situação, apenas
removeu o pessoal e instalou em um local totalmente sem condições”, explica. Para o
dirigente, o local era um entreposto improvisado para descarga de materiais e o imóvel
do local não tem condições mínimas para receber o pessoal que vai trabalhar na unidade.
“As condições são muito ruins, falta telhado, o banheiro não tem porta e o espaço é muito
pequeno para receber mais de 30 pessoas que vão ficar na unidade, mesmo tendo uma parte
que ficará em regime de escala”, conclui.
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PROJETO Agua - Sintsama-RJ