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A RAZÃO
JULHO/ 2008
Cuidado! Cuidado com quê?
LUIZ REIS ORMONDE
Militante da Casa-C
Chefe, médico
da UFRJ, professor adjunto da UGF
C
uidado com quê,
pergunta-se,
provavelmente, o
leitor. Com a mistificação, respondemos nós. Não apenas a
mistificação que médiuns de
incorporação mal treinados,
de índole fraca ou tendenciosa possam apresentar, mas
a mistificação que mesmo os
não médiuns (possuidores
apenas da mediunidade intuitiva como todos os seres humanos) que estudam o espiritualismo com base científica
podem introduzir em suas linhas de raciocínio.
Uma das mais perigosas
(quão mais julgar-se o indivíduo bem informado) é a da
influência genética sobre a índole do ser humano. Ninguém é mais ou menos impulsivo, agressivo, tímido, recatado, extrovertido etc., por
causa da influência da sua
constituição genética.
Recordemos que a partícula da Força Criadora, quando já totalmente individualizada em corpo humano, é sobe-
rana. Se assim não fosse, ela
perderia, quando desencarna,
suas tendências pessoais e não
ocorreria a formação de grupos enormes de espíritos
(grupos esses denominados
falanges do astral inferior) que
ficam na superfície do planeta
buscando satisfazer seus anseios, os quais podem ser de
satisfação de vícios e, com isso, obtenção de prazer, de
auto-afirmação, de capacidade
de mando etc.
Perguntemo-nos, leitor,
onde está a informação genética. Está no corpo que foi
sepultado, não está no espírito, mas ele continua a ter
tendências, índole, tão características como impressões
digitais.
Quando um espírito encarnado apresenta determinado comportamento, seja de
altivez ou de submissão, de
independência ou aprisionamento em relação a vícios,
gentileza ou rudeza, amabilidade ou rispidez, é o seu
eu espiritual, e não a sua carga genética, o responsável
por isso. Virou modismo até vícios) está diretamente relaentre divulgadores do espiri- cionada com comportamentos
tualismo falar de influência de imitação dos pais (nossos
genética. Devem, contudo, es- maiores exemplos) e outros
tudar mais e lembrar e relem- indivíduos com marcante inbrar sempre, de modo a in- fluência sobre nossa persotroduzir em suas linhas de nalidade, como os profesraciocínio, que o número de sores, os irmãos mais velhos
genes de um corpo humano etc. Essa influência não se
é limitadíssimo, se comparado refere apenas à encarnação
apenas às funatual, mas tamções enzimátibém às milhacas da comres de vidas
A informação físicas anteriplexa "rede" celular que consores. Em algenética
titui o corpo
guns
casos,
está no
físico.
Lemexemplos de
brem-se tamextrema digcorpo que
bém do quanto
nidade e força
desce à
nossa informados pais não
ção genética é
conseguem susepultura,
parecida com a
perar tendêne não no
de outros anicias acumuladas
mais.
por seus filhos
espírito
Nossa inem milhares de
formação genévidas passadas.
tica propicia a
Da mesma
existência de nosso corpo físi- forma, um espírito que ainda
co e, ao longo da evolução não tenha consolidado em si
da partícula da Força Cria- a independência total de vídora, a individualização dessa cios pode deixar-se levar pelo
partícula até que atinja a mau exemplo de um pai que
condição humana.
fuma e, por isso, tornar-se
Nossa forma de interagir também fumante.
com o cenário da vida huAs informações presentes
mana (incluindo-se aqui os nos órgãos de divulgação são
Damiana Francisca da Costa
Desencarnou em 11 de
maio de 2008, em São
Miguel Paulista, São Paulo, o
espírito de Damiana Francisca
da Costa, mulher que dedicou sua vida física à Doutrina
e à família. Em homenagem
a essa abnegada racionalista
cristã, que nasceu em Pesqueira, Pernambuco, em 13
de outubro de 1939, foi criada em Porteirinha, Minas
Gerais, e militou na Doutrina
em casas de São Paulo, A
Razão publica depoimento da
filha Clarice F. Costa Vieira,
da Filial São Miguel Paulista
do Racionalismo Cristão. Já
no dia seguinte à desencarnação, Damiana deu comunicação na Filial São Miguel
Paulista, em reunião presidida
pelo sr. Wilson Carnevalli
Filho.
"Minha mãe conheceu a
Doutrina em 1966, em Janaúba, Minas Gerais. Freqüentou, aproximadamente,
por um ano, acompanhada
pelo meu pai, Gaspar da
Costa – na época eram namorados –, porém a Casa fechou, porque o presidente
veio a desencarnar sem deixar substituto. Em janeiro de
1967 casou com Gaspar,
viúvo, com dois filhos.
Minha tia localizou uma
Damiana Francisca da Costa
Casa Racionalista Cristã em
São Paulo, na Rua Francisca
Júlia, bairro Santana, e meu
pai abriu mão de tudo em
Porteirinha, onde nasceu, e
partiu para São Paulo em
busca de trabalho e da
Doutrina, pela saúde da minha mãe.
Em 1970, minha mãe
começou a freqüentar a Filial
São Paulo, compondo a meiacorrente. O sr. Antonio Flôr
percebeu sua sensibilidade e
pediu que minha mãe sentasse à mesa, e a partir dessa
data ela passou a trabalhar
como médium.
Em 1998 colaborou com
a abertura da Filial de Itaquaquecetuba. No final de
2002, colaborou na abertura de mais uma Casa, o Correspondente São Miguel Paulista, hoje Filial, onde trabalhou até seu afastamento, em
agosto de 2007, por motivo
de saúde. Em dezembro, ficou internada por causa da
insuficiência renal crônica e
teve alta em final de janeiro.
Novamente, em abril, foi internada permanecendo no
hospital por 22 dias. Entrou
em coma na quarta-feira e no
domingo desencarnou.
Deixou viúvo Gaspar da
Costa e sete filhos: Carmélia,
Cármino, Orlando, Carmen,
Clarice, Joaquim e Claúdia.
Minha mãe tinha o sonho de abrir um Correspondente com os filhos e
escrever um livro. A vida
dela foi dedicada à família e
à Doutrina, tinha muita energia, ajudava as pessoas e
sofreu muito desde a infância. Felizmente, encontrou
um companheiro muito bom
e todos os filhos aceitam e
respeitam a Doutrina. Em
casa é realizada todos os
dias a limpeza psíquica, que
já faz parte dos nossos
hábitos.
Estou muito feliz por
sentir que ela está bem, trabalhando pela Doutrina em
Plano Astral. Fica a saudade
da amiga, confidente e mãe
que foi, mas a vida é assim...
Tudo tem seu tempo e o
dela chegou."
todas tendentes ao materialismo, justificando tudo com
base nos genes. Querem encontrar o gene responsável até
pelo alcoolismo. Quando
percebem, por exemplo, a
possibilidade de que determinado arranjo genético para a
informação necessária à produção de determinada enzima,
pode, no futuro, vir a ser
confirmado como capaz de
fazer o corpo humano produzir uma enzima um pouquinho alterada, de modo que
o metabolismo humano possa lidar melhor com a presença do álcool contido nas
bebidas, já soltam fogos e
dizem estar a caminho de isolar o gene do alcoolismo.
Como se o alcoólatra não
sofresse as terríveis conseqüências do uso desse tóxico, como se seu fígado não
terminasse por ser destruído.
Que gene é esse? deve
perguntar-se o leitor. São genes apenas de leve envolvidos
com a metabolização do álcool
depois que ele é ingerido.
Nós todos os possuímos. Não
fosse assim, morreríamos
quando ingeríssemos pequenas
quantidades de álcool. Esses
genes podem ser diferentes de
um ser humano para outro.
O leitor talvez não saiba,
mas a enzima que no seu
corpo metaboliza a sacarose
(o açúcar branco, comum)
pode ser diferente da mesma
enzima que no corpo de outra pessoa realiza a mesma
função. Elas podem ser diferentes, mas precisam apresentar os mesmos locais de
sua estrutura capazes de realizar sua função. Esses locais
podem também ser um pouquinho diferentes. Como duas
chaves diferentes que abrem
a mesma porta. Mas vale a
pena alardear que se descobriu algo.
O pesquisador que o faz
mobiliza a opinião pública e
aumenta a pressão para a
obtenção de mais verbas para
as suas pesquisas.
Como dissemos no início, cuidado com os modernismos tecnicistas pseudo -científicos e sua possível influência sobre a
mistificação, mistificação
essa que se mascara como
elevada cultura, ainda que
essa "elevada cultura" seja
só repetição impensada
(ou pior, mal pensada) de
textos.
Desencarna o jovem
Edson Vitral Guimarães
Vítima da 'síndrome de
Guillain Barré’, faleceu em 6
de junho último, em Leopoldina (MG), de onde era
natural, o jovem Edson Vitral Guimarães, aos 28 anos
de idade, após sete dias de
internação hospitalar.
Edson conquistou a
amizade de todos que o conheciam, fossem jovens ou
idosos. Freqüentava as reuniões da Filial Leopoldina do
Racionalismo Cristão e lia,
com muito interesse, as
Obras e Comunicações Doutrinárias. Ele era bacharel em
Direito e estava noivo de
Ariana Guimarães.
A desencarnação de Édson pegou a todos de surpresa. Seus pais – Rogério
Ávila Guimarães e Adely
Vitral Guimarães – freqüentam a Filial Leopoldina há
muitos anos.
O presidente da Filial e
Édson Vitral Guimarães
avô de Édson, sr. Job Santos Vitral, lembra que, “agora, precisamos elevar os
nossos pensamentos para
obtermos força para prosseguir no mundo Terra com
essa lacuna deixada por
Edson e para que as Forças
Superiores o orientem em
sua vida em Plano Astral.
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Cuidado! Cuidado com quê?