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Quarta-feira, 18 de março de 2015
Conjuntura
Expectativas rondam o aju
Imagem: Divulgação
Grupo Maciel inaugura
nova filial em Brasília
Grupo Maciel inaugurou neste mês sua filial no
Distrito Federal. A empresa, que já atua na região há
cinco anos, pretende atender a crescente demanda de clientes e estabelecer um apoio logístico para
os atendimentos dos estados do Norte e Nordeste.
“Essa filial deve representar em pouco tempo, cerca
de 15% da nossa cartela de clientes. Estamos absorvendo a demanda e vamos aumentar ainda mais nossa participação no mercado”, avalia o sócio diretor do
Grupo, Roger Maciel de Oliveira.
Desde o surgimento a empresa atua com trabalhos de bastante relevância na capital do país. Contudo, o projeto de expansão iniciou priorizando a
região sudeste, através do Rio de Janeiro e de São
Paulo.
Os principais clientes já atendidos pelo Grupo, em
Brasília, são a Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial – ABDI; Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf;
Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF
– Codhab; Consórcio CEB/CEMIG – QUEIMADOS; Empresa Brasil de Comunicação – EBC; Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal
– Funpresp; Hospital da Criança; Serviço Federal de
Processamento de Dados – Serpro; Telecomunicações Brasileiras S. A. – Telebrás; Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal – Terracap e Ministério
das Relações Exteriores.
O ajuste fiscal proposto
pelo ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, pode ser o
mais duro já feito desde a
implantação do Plano Real
O ano deverá ser marcado por
um tema polêmico e que mexerá
com a vida de todos os brasileiros:
o ajuste fiscal. Os debates em torno
do assunto são polêmicos e cheios
de expectativa sobre o que, afinal,
será apresentado como alternativa
pelo governo federal. Segundo especialistas, o déficit criado ao longo
do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff é praticamente o
triplo do déficit registrado no fim
dos anos 1990, quando o governo
de Fernando Henrique Cardoso lançou o Programa de Estabilidade Fiscal e saneou as contas públicas.
“No que se refere ao fiscal, o
Brasil andou para trás – voltamos
aos anos 1990”, diz o economista
Gabriel Leal de Barros, especialista
em Finanças Públicas do Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Os
dados constam de boletim do Ibre/
FGV e levam em consideração o
chamado superávit primário recorrente. Esse tipo de superávit mede
a capacidade do governo de poupar
recursos para o pagamento da dívida com um esforço legítimo.
Nesse caso, ele faz o dever de
casa, cortando gastos e realizando
ajustes que deixem a máquina pública mais eficiente e econômica.
No cálculo desse tipo de primário,
não se admitem receitas eventuais,
que dificilmente se repetem, como
um programa de perdão de dívidas
tributárias que, vez por outra, dá
descontos para quem não pagou
impostos e engorda a arrecadação.
Antes do lançamento do Programa de Ajuste Fiscal do Plano
Real, em outubro de 1998, o governo federal amargou anos no vermelho. Em 1997 e 1998, os déficits recorrentes estavam na casa de 0,4%
do Produto Interno Bruto (PIB). Respectivamente, 0,42% e 0,44%. Em
1999, o ajuste começou a dar resultado e as contas do governo federal
entraram no azul. Foram 15 anos
seguidos de superávits recorrentes.
Em 2009, porém, o recorrente perdeu fôlego. “A queda do
‘Carga tributária vai acima de 40%’, diz ec
Historicamente, boa parte dos
ajustes fiscais é feita por meio de
aumento da carga tributária. Não
foi diferente na gestão de Fernando
Henrique Cardoso. Para relembrar:
houve corte de gastos de custeio e
de investimento – como o ministro
da Fazenda Joaquim Levy também
já anunciou. Mas a conta ainda pesou no bolso do contribuinte.
O governo prorrogou a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), elevou as
alíquotas e a ampliação da base de
arrecadação da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e criou a contribuição
previdenciária dos servidores públicos inativos.
Entre os economistas que acompanham as contas públicas, existe
quase um consenso de que a equipe de Levy já conseguiu algo como
0,7% ou 0,8% da meta de 1,2% do
Produto Interno Bruto (PIB) para o
superávit primário (a economia para
o pagamento de juros da dívida).
Mas cresce também o consenso de
que, como ocorreu em outras ocasiões em que o Estado gastou mais do
que podia, que haverá aumento de
carga tributária.
Alguns já têm até uma projeção
de quanto será a conta para o contribuinte. “Aposto com qualquer um
que teremos entre 2015 e 2016 um
aumento de pelo menos 2 pontos
percentuais: a carga tributária vai
superar 40% do PIB”, diz o economista Mansueto Almeida. “Acho terrível e isso vai comprometer o crescimento do País, mas não haverá outra
alternativa porque este é um ajuste
muito complicado de ser feito.”
Segundo Mansueto, a reestruturação das contas públicas pode não
se restringir a 2015. “Vai se estender
por 2016 e não ficaria surpreso se perdurasse por todo o governo Dilma”,
diz. Em sua projeção, ele leva em
consideração que as receitas estão
em queda, por causa do baixo crescimento, mas estão previstos aumentos
de despesas e há muitas contas pendentes criadas na gestão anterior.
Em março do ano passado, por
exemplo, o governo foi generoso
com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(Bndes). Abdicou de pagamentos de
juros que cobriam repasses feitos
pelo Tesouro Nacional. A carência
foi estendida. “O principal de uma
Sociedade e empresas q
medidas propostas pel
Mudança nas
regras do auxílio-desemprego
gera muita
polêmica
ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC
O endereço da nova filial é SRTVS, quadra 701,
lote 04, bloco O.
Condomínio Edifício Novo Centro Multiempresarial, sala 384 – Brasília/DF.
Os especialistas em finanças públicas
têm elogiado o esforço do Ministério da Fazenda para corrigir o que a teoria e o bom
senso econômicos consideram distorções e
colocar a contabilidade pública em ordem.
Na outra ponta, no entanto, quem perde benefícios não está nada satisfeito: a sensação
é que o governo está empurrando a conta
para a sociedade e protelando a hora de fazer o seu dever de casa.
A mexida em benefícios dos trabalhadores é um bom um exemplo. No Brasil do pleno
emprego, era um contrassenso os gastos crescentes com seguro-desemprego. Para corrigir
a distorção – e reduzir a despesa –, a nova
equipe econômica mudou as regras do auxílio. Agora é preciso trabalhar por pelo menos
18 meses para ter direito ao benefício - e não
mais 6 meses, como a regra anterior.
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Expectativas rondam o ajuste fiscal