ISBN 978-85-8015-053-7
Cadernos PDE
VOLUME I I
Versão Online
2009
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
Produção Didático-Pedagógica
UNIDADE DIDÁTICA
PORTAL
DE
ENTRADA
PARA
A
LITERATURA:
UMA
ABORDAGEM
SOCIOINTERACIONISTA DO CONTO “A CARTOMANTE”.
Publico alvo: Alunos da 8ª série “B”, no Colégio Estadual Senador Moraes de
Barros – Ensino Fundamental e Médio.
Localização: Município de Jussara – Paraná.
Professora PDE – Aparecida Sebastião Figueiredo Rodrigues.
Orientadora: Professora Drª. Margarida da Silva Corsi.
Tema: A prosa literária e sua aplicação prática como suporte para a leitura, escrita e
reescrita de diferentes gêneros textuais em turmas do ensino fundamental.
Título: Portal de entrada para a literatura: uma abordagem sociointeracionista do
conto “A Cartomante”.
A PROSA LITERÁRIA E SUA APLICAÇÃO PRÁTICA COMO SUPORTE PARA A
LEITURA E A ESCRITA EM TURMAS DO ENSINO FUNDAMENTAL
A partir da concepção sociointeracionista de linguagem, serão propostas
atividades regulares para abordar o texto literário em sala de aula de língua materna.
Esta concepção de ensino ocorre quando se dá a compreensão do texto pelas
inferências a partir do comportamento verbal e não verbal do leitor. Assim, o aluno
estará desenvolvendo um modelo de leitura sociointeracionista.
Neste sentido, pode-se afirmar que as obras literárias são capazes de
romper os limites do presente onde surgem, porque vivem num grande tempo e
reportam-se tanto ao passado quando ao futuro. Pois elas se enriquecem, têm
novos significados e novos sentidos a cada época após a sua criação. Porém,
quando
os
jovens
inconscientemente
de
hoje
vivenciam
comparam-nas
com
as
o
obras
momento
do
passado,
vivido
por
mesmo
eles
na
contemporaneidade.
Quando lemos e escrevemos, sentimos as palavras de forma diferente e
nossa relação com elas muda. Cada enunciado é um ato histórico novo e ir
repetível. Toda e qualquer linguagem existe num complexo sistema de diálogos, que
nunca é interrompido.
1
Para a classificação de um gênero discursivo é necessário considerar alguns
aspectos: conteúdo temático (assunto), plano composicional (estrutura formal) e
estilo (a forma individual de escrever, vocabulário, composição frasal e gramatical).
São características que estão relacionadas entre si, principalmente devido a
sua construção composicional. Cabe ressaltar que, quanto maior o domínio que
temos em relação aos gêneros, mais facilidade teremos em empregá-los de forma
usual e adequada nas situações comunicativas.
A partir dos conceitos de Bakhtin, entendemos que muitas pessoas que
apresentam um grande conhecimento sobre uma determinada língua, sentem-se
impotentes em algumas situações por não dominarem os gêneros de dadas esferas.
Para o autor, é a própria vivência em situações comunicativas e o contato com
diferentes gêneros do discurso que exercitam a competência lingüística do produtor
de enunciados.
Nesta proposta os alunos compreenderão que o conto é uma narrativa em
prosa de fatos fictícios, com três momentos: um estado de equilíbrio, a aparição de
conflito e a resolução de conflito ou restabelecimento do equilíbrio.
O que é leitura
Quando se fala em leitura, num primeiro momento, pensa-se nela apenas
como a decodificação de sinais gráficos. Porém, a leitura não se restringe as letras.
Ela é a compreensão da realidade e das interpretações pessoais do que acontece
no nosso dia a dia e, exige a capacidade de interagirmos com o mundo que nos
cerca.
A leitura se evidencia através da interação entre os diversos níveis de
conhecimento do leitor: o lingüístico, o textual e o de mundo. Dessa forma, o ato de
ler é caracterizado como um processo interativo.
Portanto, a leitura – atividade imprescindível ao desenvolvimento do homem
–, pode ser compreendida como um processo complexo que se inicia e se
desenvolve ao longo da existência humana. De acordo com o Dicionário Aurélio
(1993, p.332) o verbo ler significa “Decifrar e interpretar o sentido de.” A importância
dessa possibilidade de compreensão é reconhecida em todos os níveis sociais.
Entretanto, leitura e suas dificuldades é fato comum, visto que o aluno, de
modo geral, não desenvolveu a leitura durante os primeiros anos de escolaridade.
Então, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p.69), colocam que:
2
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de
compreensão e interpretação do texto [...] Não se trata de extrair
informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Tratase de uma atividade que implica estratégias de seleção,
antecipação, inferência e verificação.
Nesse sentido, se o aluno não possui essas habilidades, isso reflete a falta de
atenção dos currículos para com a leitura, tendo maior espaço reservado para as
disciplinas que infelizmente ainda contemplam o estudo gramatical e revelam o
apagamento da relação entre o leitor, o texto e a realidade social.
Assim, a ênfase à gramática, a falta de confronto entre idéias, as atividades
mecânicas e rotineiras do livro didático e a falta de desafio denunciam o ensino
arcaico e vazio a que está submetida à leitura, impedindo a passagem do texto para
o contexto.
Nesta perspectiva, fica evidente que nós educadores precisamos melhorar
nossa conduta em relação ao ensino da leitura, pois não podemos apenas descrever
os comportamentos ideais de um leitor, mas sim, construir uma proposta assentada
na observação direta do que o educando faz quando aprende, tornando o trabalho
de ensino num trabalho de construção da leitura e do aprendizado juntamente com o
leitor.
Pois, leitura como um todo, é expor ao leitor, que por mais variados que
sejam os discursos para o ensino, por mais diversos que sejam as suas bases,
estará sempre no centro da questão a intencionalidade constitutiva na escola.
Portanto, o ato de ler nos leva a adquirir conhecimentos e outras habilidades como
reproduzir, parafrasear, discutir, analisar, criticar ou avaliar textos escritos.
O que é a escrita
A escrita é um processo social, histórico, dialógico e interativo. Ela
pressupõe a análise da relação estabelecida entre o sujeito com o objeto da escrita.
Podemos dizer que a escrita é uma das grandes invenções da humanidade, e que
surgiu a partir da necessidade do homem de criar registros, armazenar dados e
preservar sua história.
Assim, a partir da escrita, as relações entre o homem e sua memória social
sofreram sérias transformações, permitindo que seus sentimentos e conhecimentos
3
de mundo pudessem perpetuar-se, chegando até outras culturas e em outros
tempos, numa relação linear entre autor e leitor.
Porém, a responsabilidade da escrita na formação do sujeito é muito grande.
Ela é a porta de entrada para o saber tecnológico e erudito, apresentando um
emaranhado de dizeres. É um meio de comunicação entre as pessoas, seja através
de cartas ou e-mails.
Então, o que vem a ser um texto? E quais os critérios necessários para
elaborá-lo de modo que possa ser entendido em sua universalidade e objetividade?
De modo sintético define-se texto como um todo organizado, produzido
por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço. Sujeito este
pertencente a um grupo social, que expõe em seus textos suas idéias, anseios,
temores, expectativas do grupo e de sua época, possuindo um caráter histórico e
social.
Em outras palavras, texto define-se como uma ocorrência lingüística falada
ou escrita de qualquer extensão, dotada de uma unidade sociocomunicativa
semântica e formal, possuindo três aspectos necessários para sua total
compreensão, tais como: aspecto programático; aspecto semântico; aspecto formal.
Para Bakhtin (1992, p.330), todo texto é determinado por dois fatores: sua
intenção (propósito) e a execução dessa intenção. Nessa intenção, é revelado o
sentido que inclui as previsões e movimentos do outro, isto é, desde o momento
inicial de sua produção tem uma preocupação com o seu interlocutor. Nesse sentido,
todo o texto tem um sujeito/um autor, podendo ser o escritor ou o leitor, ou seja, o
fato de o leitor ou o escritor se pôr autor do texto, permite-o construir um
acontecimento novo e autêntico na vida do texto.
Na realidade, o que acaba ocorrendo, na perspectiva Bakhtiniana, é um
encontro de dois textos; o encontro daquele que está concluído e do que está sendo
elaborado pelo leitor/escritor enquanto autor, dando um novo propósito a esse texto.
Portanto, esse movimento do leitor/escritor enquanto autor nos leva a crer
que ler e escrever podem ser compreendidos por uma característica dialógica na
construção de sentindo, implicando, dessa forma, um funcionamento recíproco entre
leitor e escritor que interagem com o texto e dão a ele um propósito real de
comunicação, ou seja, aprioristicamente há algo a ser comunicado (ROTTAVA
LUCIA, 1999).
4
O que é Reescrita
A reescrita é uma forma de fazer análise lingüística, visto que o texto escrito
não é uma unidade fechada, e sim um trabalho lingüístico e discursivo, que envolve
reelaborações. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Portuguesa, um escritor só é competente quando olha para o texto que produziu,
verifica se está coerente ou confuso e é capaz de revisá-lo, ou mesmo reescrevê-lo,
até que o considere satisfatório para que seja utilizado.
No entanto, produzir um texto não é tarefa fácil, é um trabalho sério que
exige várias reescritas durante o percurso. A escrita é um processo, por esse motivo
não pode ser considerado produto final (PRESTES, 1999). Assim, revisar o que está
escrevendo é a fase que demonstra a vitalidade desse processo, então, a reescrita,
na maioria das vezes, é necessária para dimensionar o que o autor está querendo
escrever, deixando assim mais claras as idéias e as intenções do autor para o leitor.
Quando se realiza esse tipo de trabalho, há momentos em que os textos produzidos
pelos alunos devem ser melhorados no sentido de demonstrar maior clareza; então
é necessário reescrevê-los, para que se oportunize ao estudante a possibilidade de
reconstruir o que ele sabe (MORAES, 2005 a).
Portanto, a prática de reescrita de textos aponta uma forma de aprender a
escrever textos com características que os tornem aceitáveis. Autores como Guedes
e Souza afirmam que:
Finalmente, é preciso que o professor seja professor e examine
esses textos para orientar minuciosamente as reescritas que vai
qualificá-los. Orientar a reescrita não é apenas adequar o conteúdo
às verdades estabelecidas da ciência nem a forma do texto ao modo
consagrado de escrever [...], é principalmente levar o autor a
repensar a pertinência dos dados com que está lidando [...]
perguntar-se para que vai servir o que está escrevendo. (GUEDES E
SOUZA, 2001, p.149).
O que é conto
O conto é definido como uma pequena narrativa em prosa. A chave para o
entendimento do conto como gênero está na concentração de sua trama. Possui
assim suas características próprias, além daquelas comuns a outras formas
5
literárias, como personagens, enredo, tempo, e espaço. Trata-se de uma
determinada situação de não de várias, num desenrolar sem pausas visto que seu
objetivo é levar o leitor ao clímax da história e ao desfecho com muita tensão e
pouca descrição.
Vale ressaltar que o conto constitui uma amostra, um episódio, um flagrante
ou instantâneo da vida. O volume dos fatos e a análise dos personagens não são
extensos e profundos como no romance. Assim, o conto tradicional ou linear
caracteriza-se pela presença de uma história que acontece em termos de estrutura
organizada e seqüente, impondo a existência de três elementos:
•
Unidade de ação: uma só situação importante centraliza a narrativa e envolve as
personagens (conflito).
•
Unidade de tempo: a história se passa em curtos períodos de tempo.
•
Unidade de lugar: o espaço por onde circulam as personagens é sempre de
âmbito restrito.
Já o conto de atmosfera é aquele em que o ambiente físico ou a situação
emocional da personagem predomina sobre a ação e constitui o conflito.
Tais definições deixam claro que a decorrência natural das características
apontadas são as unidades de ação, tempo, lugar e tom, estas por sua vez,
correspondem à preocupação de todo contista no sentido de provocar no espírito do
leitor uma só impressão, seja de pavor, piedade, simpatia, acordo, ternura,
indiferença e só podem estabelecer-se com reduzida população no palco dos
acontecimentos. Por isso, são poucas as personagens que intervêm no conto.
O que é canção
A canção estudada como forma expressiva é bem reveladora quando
analisamos as maneiras pelas quais a voz é empregada para a produção de
significados, tanto lingüísticos quanto musicais. Ela, no senso comum, é entendida
como a reunião de letra e música em uma forma simples. Mas, em se tratando de
seu significado, letra e música deixam margem para alguns questionamentos, pois
expressões como canção instrumental ou canção sem palavras, são usadas
costumeiramente quando uma composição musical é sentida e referida como tal,
mesmo sem a letra. E muitos poemas são nomeados canções, ainda que as
palavras não sejam cantadas com qualquer melodia. Assim, ao fazer uma
6
compilação de diversas definições de canções, é possível reunir oito elementos
ligados a ela com maior freqüência como aponta Gil Nuno Vaz:
O canto/ (2) de um texto poético / (3) geralmente acompanhado por
um instrumento / (4) dentro de uma determinada forma musical / (5)
de duração geralmente breve / (6) com certa interação entre música
e poesia / (7) relacionado com diversos contextos, como dança,
trabalho, acalanto, reza / (8) de âmbito erudito ou popular (VAZ,
2007, p.11-13).
Tais definições deixam claro que todos os componentes da canção
complementam-se para construir seus significados, o que pede uma abordagem
analítica especial. Então, o fato de podermos diferenciar na canção componente
verbal (o texto, ou letra) e musical (a melodia e o acompanhamento instrumental)
não quer dizer necessariamente que ela seja uma forma simples de superposição de
linguagens.
É verdade que, em alguns casos, podemos encontrar poemas que foram
posteriormente musicados, mas que não tiveram originalmente nenhuma intenção
musical por parte do autor; ou ainda melodias compostas inicialmente como temas
instrumentais que, mais tarde, inspiram a composição de uma letra. Além disso,
dificilmente encontramos pessoas que não gostam de música.
Assim, torna-se fácil para os professores trabalharem a música como forma
de conteúdo em sala de aula, pois esta torna as aulas mais criativas e além de
escutar a canção, os alunos estarão observando e analisando o conteúdo.
UNIDADE DIDÁTICA
O trabalho nos mostrará a importância de se trabalhar os diferentes gêneros
textuais. É por meio dos gêneros textuais, que os usuários de uma linguagem
realizam ações de linguagem, tais como informar, persuadir, emocionar, advertir,
orientar, ironizar, entre muitos outros.
Portanto, se os textos têm finalidades diferentes, também se caracterizam por
convenções particulares, ou seja, seu modo de organização e estilo é variado,
conforme se pode verificar na gama imensa de textos empíricos (orais e escritos)
que circulam socialmente.
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Diante de todos esses fatos, o objetivo principal proposto neste trabalho é
aguçar mais a curiosidade do educando através de atividades que envolvam leitura,
escrita, escuta e reescrita dos diferentes gêneros textuais, proporcionando assim, a
formulação de noções sobre o gênero conto, de forma a adquirir mais
conhecimentos a respeito deste e de nosso mais importante prosador do
Romantismo Machado de Assis, com o conto “A Cartomante”.
Num primeiro momento, será realizada uma exposição oral do tema aos
alunos, sobre o trabalho a ser realizado a respeito do gênero conto e também uma
sondagem sobre o conhecimento adquirido pelos alunos sobre o assunto analisado.
Neste momento, o professor deve estabelecer um diálogo entre os alunos, de forma
a deixá-los bem à vontade para participarem, contribuindo com seus conhecimentos
prévios e percebendo o valor da troca entre o grupo.
Após os dados levantados sobre os conhecimentos lingüísticos de cada
aluno, o mesmo é incentivado a expor seus conhecimentos aos demais alunos da
sala de aula.
Atividades: Trabalhando a oralidade.
•
O que significa “conto” para você?
•
Você já ouviu ou leu algum conto? Cite-o.
•
Se ouviu, quem contou? Se leu, onde foi?
•
Você gosta de ler contos? Por quê?
•
Você gosta de ler outros tipos de textos? Comente.
•
Que influência o leitor pode sofrer, praticando esse tipo de leitura?
•
Quais foram os contos mais marcantes para você? Por quê?
Professor (a): Para esse momento, levar para a sala de aula vários gêneros
textuais, afim de que os alunos possam iniciar contato e levantar hipóteses acerca
das diferentes finalidades que cada gênero apresenta.
Com o intuito de fortalecer e despertar a curiosidade para a leitura é
apresentado três gêneros textuais que servem de instrumento de interação entre os
usuários de uma língua quando participam de uma atividade de linguagem, tais
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como a leitura do conto: A Cartomante; do poema Tragédia Brasileira e a música
Domingo no Parque.
Para o desenvolvimento da atividade citada anteriormente, são realizados os
seguintes passos:
1º passo
Professor (a): Atente-se para a motivação da leitura sobre o conto “A Cartomante”,
utilizando-se da revisão e atualização do conhecimento estudado investigando os
alunos.
Atividade: Trabalhando a oralidade
Os alunos são organizados em duplas. Para iniciar o trabalho é apresentado o
título do conto e em seguida são feitas perguntas orais para que sejam respondidas
pelos alunos e registradas pelo professor na lousa, exemplo:
•
O que o título desse texto sugere?
•
Em relação às personagens que intervêm no conto, será que são muitas ou
poucas?
•
O que você já pode ir imaginando a partir da leitura de um determinado
parágrafo do texto?
Após a colocação dos alunos, o texto deve ser lido pelo professor com
interrupções em alguns parágrafos, com intuito de que os alunos enxerguem os
pontos principais do mesmo, a partir da ênfase dada na leitura.
2º passo
Professor (a): após apresentação do conto “A Cartomante” aos alunos, é trabalhada
algumas estratégias de leitura
Estratégias
•
Entregue uma cópia do texto para leitura silenciosa e individual.
•
Trabalhe com a leitura individual e em voz alta por vários alunos na sala.
•
Faça a leitura dramatizada em voz alta na sala de aula usando os alunos.
•
Alguns alunos, em voz alta, contam o que compreenderam do conto.
•
Outros alunos complementam a compreensão oral.
Professor (a): agora que o aluno está com a cópia impressa do conto “A
Cartomante” e com a biografia do autor (Machado de Assis), proponha a leitura
9
coletiva. Deixe os alunos extravasarem as emoções provocadas pelo conto e
relatarem experiências vividas por eles. Logo após, peça uma segunda leitura onde
cada aluno lê um trecho do texto dando ênfase nas referências aos personagens, a
seqüência de ações, ao espaço, ao tempo e ao foco narrativo. Após leitura do conto
feita pelos alunos, trabalhe com a análise lingüística do texto. Pois o conto será a
fonte central de análise e não pretexto. Deverá também levar em conta os aspectos
narrativos e formais e por meio deles encontrar a mensagem e os valores veiculados
pelo mesmo. Além disso, a parte informativa do conto é também importante, por
isso, o aluno deve saber quem é o autor, sua nacionalidade, época em que viveu
data da produção da obra, gênero, elementos biográficos e o contexto social da
época. Em seguida, o texto será analisado através de respostas escritas.
A CARTOMANTE
Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que
sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço
Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na
véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.
— Ria, ria. Os homens são assim; não acreditam em nada. Pois saiba que
fui, e que ela adivinhou o motivo da consulta, antes mesmo que eu lhe dissesse o
que era.
Apenas começou a botar as cartas, disse-me: "A senhora gosta de uma
pessoa..." Confessei que sim, e então ela continuou a botar as cartas, combinou-as,
e no fim declarou-me que eu tinha medo de que você me esquecesse, mas que não
era verdade...
— Errou! Interrompeu Camilo, rindo.
— Não diga isso, Camilo. Se você soubesse como eu tenho andado, por sua
causa. Você sabe; já lhe disse. Não ria de mim, não ria...
Camilo pegou-lhe nas mãos, e olhou para ela sério e fixo. Jurou que lhe
queria muito, que os seus sustos pareciam de criança; em todo o caso, quando
tivesse algum receio, a melhor cartomante era ele mesmo. Depois, repreendeu-a;
disse-lhe que era imprudente andar por essas casas. Vilela podia sabê-lo, e depois...
— Qual saber! Tive muita cautela, ao entrar na casa.
— Onde é a casa?
— Aqui perto, na Rua da Guarda Velha; não passava ninguém nessa
ocasião.
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Descansa; eu não sou maluca.
Camilo riu outra vez:
— Tu crês deveras nessas coisas? Perguntou-lhe.
Foi então que ela, sem saber que traduzia Hamlet em vulgar, disse-lhe que
havia muito cousa misteriosa e verdadeira neste mundo. Se ele não acreditava,
paciência; mas o certo é que a cartomante adivinhara tudo. Que mais? A prova é
que ela agora estava tranqüila e satisfeita. [...]
* Este texto pode ser encontrado em: ASSIS, M. A cartomante (conto). Disponível
em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.
do?select_action=&co_obra=1965. Acesso em: 12 mar. 2010.
MACHADO DE ASSIS - Biografia
Filho do mulato Francisco Manuel José de Assis, pintor de paredes e descendente
de escravos alforriados, e de Maria Leopoldina Machado, uma lavadeira açoriana da
Ilha de São Miguel. Machado de Assis, que era canhoto, passou a infância na
chácara de D. Maria José Barroso Pereira, viúva do senador Bento Barroso Pereira,
na Ladeira Nova do Livramento, (como identificou Michel Massa), onde sua família
morava como agregada, no Rio de Janeiro. De saúde frágil, epilético, gago sabe-se
pouco de sua infância e início da juventude. [...]
* Este texto pode ser encontrado em: ASSIS, M. Biografia de: Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/MachadodeAssis>. Acesso em: 01 mai.2010.
Atividade: Trabalhando com as respostas escritas
Nesse momento de análise o leitor passa a ter contato com as estruturas da
obra, com a sua composição, com a sua organização interna. Para analisar o texto,
é bom observar alguns aspectos da sua composição. Algumas perguntas são muito
importantes:
Quem?
O
quê?
Quando?
Onde?
Como?
Formular as perguntas e obter as respostas ajuda a conhecer o conto por dentro.
Assim, o professor faz o seguinte questionamento:
•
Quem é o escritor do conto “A Cartomante”?
•
Quais são as personagens principais?
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•
No conto podemos observar as características do estilo do autor? Por quê?
•
O conto gira em torno de poucas personagens. Então existem outros
personagens que não participam diretamente na trama?
•
O que acontece na história?
•
Em que tempo e em que lugar se passa a história narrada?
•
Em relação ao foco narrativo, a história é narrada em primeira ou terceira
pessoa? Justifique sua resposta.
•
No enredo do conto aparece o triângulo amoroso e adultério. Fatos como
esse acontecem na atualidade?
•
Durante a leitura do conto você imaginava um ambiente semelhante ao
apresentado na gravura? Por quê?
3º passo
Continuando a aula anterior, os alunos são motivados a contar o que entendeu
sobre o conto analisado. Após, o professor solicita que os mesmos criem seu
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próprio conto, lembrando-os que precisam prender a atenção do leitor ao contar os
fatos, envolvê-lo com a sua narrativa, fazendo-o espelhar-se na história.
Professor (a): dessa forma, após a produção do conto dos alunos, o professor
deverá lê-lo para que posteriormente seja feita a sua reestruturação em grupo,
momento em que os alunos vão arrumar, completar, alterar passagens, melhorar e
reescrevê-lo até que cada autor considere-o pronto.
Atividade: Produção textual
O objetivo de trabalhar a produção textual visa enfatizar não apenas a
interpretação oral trabalhada anteriormente, como também a produção de um texto
produzido pelos alunos com base na história contada, com o intuito em fazer a
análise lingüística do mesmo.
Segundo Pazini (1998), o trabalho textual implica momentos de envolvimento
do aluno com a escrita, que vão desde a motivação para a produção do texto; a
reflexão, que inicia com a proposta e que envolve tanto as chamadas condições de
produção como todo o processo; até reestruturação ou refacção, que constitui
prática reflexiva, por excelência. Uma das questões que precisa ser refletida pelos
alunos (e com os alunos) nesses momentos diz respeito a como eles vão escrever
seus textos, que estrutura condiz com o tema e a situação de produção.
4º passo
Professor (a): Agora é o momento de o aluno revisar o texto. Portanto, essa
atividade oferece ao aluno possibilidades de detectar falhas quanto ao que
realmente aprendeu sobre o texto. Deve-se mostrar ao aluno que depois da leitura o
mesmo deve continuar compreendendo e aprendendo por toda sua vida de
estudante.
Atividade: Revisão e escrita do texto
No momento dedicado ao aperfeiçoamento do texto, organiza-se a turma em
grupos e distribui uma produção diferente para cada um. Por meio de um código préestabelecido com a turma – um asterisco, por exemplo – indicaria incorreção
ortográfica nos textos analisados previamente pelo professor (a). Os grupos teriam
um tempo estipulado para conferir a ortografia das palavras marcadas no dicionário
e reescrever os textos, focalizando o seu aprimoramento.
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5º passo
Professor (a): Concluída a reescrita, incentive cada grupo fazer a leitura para os
demais grupos, afim de que percebam a importância da adequação vocabular e a
necessidade de evitar palavras repetidas em um mesmo parágrafo.
Atividade Oral
Nesse momento, os alunos são levados a fazer uma reflexão sobre a
importância da leitura, interpretação e da produção textual na formação lingüística
de cada aluno e na sua constituição como sujeito-leitor e produtor de textos através
de perguntas orais feita pelo professor (a).
•
- As expectativas que você criou com relação ao conto foram confirmadas? Por
quê?
•
O assunto apresentado foi pertinente ao título?
•
Qual o tema trabalhado por Machado de Assis no conto? Cite elementos que
comprovem o que você apontou.
•
O adultério observado na história demonstra o caráter dos personagens?
•
Aponte algumas situações que demonstram adultério no texto.
•
Por que Camilo procurou a cartomante?
•
Quais são as personagens do conto?
•
Quais são as características de caráter e comportamento de cada personagem?
•
Em que espaço e tempo se passam a ação?
•
Quais são a ações do enredo?
6° passo
Professor (a): Tendo concluído o trabalho com o conto “A Cartomante”, os alunos
são motivados pelo professor a montar uma coletânea com os textos produzidos por
eles no decorrer do ano letivo.
Enfim, com os textos revisados e reescritos para a divulgação, os alunos
entregarão uma cópia e combinarão o formato final de uma coletânea: Título,
diagramação, capa, ilustração, etc. Em conjunto com a direção fazer a edição. É
imprescindível fazer uma avaliação com os alunos sobre todas as etapas propostas.
Em relação ao lançamento da coletânea, esta deverá ocorrer através de evento
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festivo no final do ano letivo, onde serão convidados toda comunidade escolar, os
pais e seus familiares.
7º passo
A partir de agora, a atividade a ser trabalhada, é o poema “Tragédia Brasileira”, do
autor Manuel Bandeira.
Professor (a): Apresente para os alunos o poema e o autor referido acima. Em
seguida, oriente os alunos para que pesquisem em livros, jornais e na internet- sobre
a vida de Manuel Bandeira.
Atividade: Oralidade
Neste momento, leve os alunos a perceber que as práticas de oralidade são
tanto mais eficazes quanto conseguirem oportunizar diferentes situações de escuta e
de fala, de modo a poder exercitar as regras instituídas para as situações interativas
face a face: saber ouvir, respeitar o posicionamento do outro, mostrar polidez, saber
analisar e interferir, selecionar informações para registrar, além de outras. Então
questionar os alunos assim:
•
O que o título “Tragédia brasileira” lhe sugere? Comente.
•
Qual o sentido da palavra “tragédia” atribuída ao texto?
•
Que influência o leitor pode sofrer, praticando esse tipo de leitura?
8°passo
Professor (a): Incentive os alunos a apresentarem o trabalho pesquisado, solicitado
na aula anterior, enfatizando a importância da leitura. Tenha como objetivo principal
levá-los a buscar novos conhecimentos acerca da vida do autor e até mesmo do
poema.
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Atividade: Textos pesquisados
Nesse momento, os alunos apresentam o texto pesquisado solicitado na aula
anterior, fazendo a comparação uns com os outros, de modo a perceberem que há
vários tipos de informações sobre um determinado autor.
9º passo
Professor (a): Entregue uma cópia do texto narrativo, “Tragédia brasileira”, bem
como a biografia de Manuel Bandeira, para que façam a leitura individual e coletiva e
em seguida fazer comentários sobre o que compreenderam do poema.
Poema: TRAGÉDIA BRASILEIRA
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade, conheceu Maria Elvira na
Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os
dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou
médico, dentista, manicura... Dava tudo o que ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um
namorado. Misael não queria escândalo. [...]
*Este texto pode ser encontrado em: BANDEIRA, M. Tragédia brasileira (poema).
Disponível em: http://pnld.edunet.sp.gov.br. Acesso em: 12 mar. 2010.
16
MANUEL BANDEIRA - Biografia
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, nasceu em Recife (Pe), em 1886
e faleceu no Rio de Janeiro, em 1968. Estudou no colégio Pedro II, no Rio de
Janeiro e iniciou o curso de engenharia, em São Paulo, abandonando-o por motivo
de saúde.
Em busca da cura para a tuberculose, viajou para a Suíça, onde se
aproximou de poetas pró-simbolistas, entre eles Paul Éluard. Em 1917, retornou ao
Brasil. [...]
OBRAS
Poesia: A cinza das horas (1917); Carnaval (1919); Ritmo dissoluto (1924);
Libertinagem (1930); Estrela da manhã (1936); Lira dos cinquent’anos (1940); Belo
belo (1948); Estrela da vida inteira (1966).
Prosa: Crônicas da província do Brasil (1937); Guia de Ouro Preto (1938); Itinerário
de Pasárgada (1954); Andorinha, andorinha (1966).
CARACTERÍSTICAS DA OBRA
Manuel Bandeira estreou em 1917, com A cinza das horas, publicando a
seguir Carnaval (1919), ambos ainda com resíduos parnasianos e simbolistas, mas
já revelando um poeta de espírito renovador.
Com Ritmo dissoluto (1924), aproxima-se mais da estética modernista,
graças ao predomínio do verso livre e à procura da “dissolução” da cadência rítmica
tradicional, além da incorporação do corriqueiro e cotidiano. [...]
17
* Este texto pode ser encontrado no site:www.brasilescola.com.> Literatura>
Escritores.
Professor (a): Agora é pertinente, que em grupo, os alunos desenvolvam o trabalho
com o roteiro de análise abaixo.
Atividade escrita: Análise do poema
• A atitude tomada por Misael em ajudar Maria Elvira é correta? Justifique.
• O que levou Maria Elvira ser infiel a Misael? Comprove com um verso do
poema sua resposta.
• Por que Misael sentiu-se no direito de matar Maria Elvira?
• Explique a versão de Misael como agressor e como vítima de Maria Elvira.
• Explique o motivo do assassinato de Maria Elvira.
•
Você mudaria o final da história? Por quê?
10° passo
Professor (a): Leve os alunos à sala de informática para pesquisarem sobre um
triângulo amoroso. Após a pesquisa, cada aluno lerá o seu trabalho.
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Atividade escrita: Produzindo texto
Para realizar essa atividade, serão formados grupos de cinco ou seis alunos
que produzirão um poema cada. Um aluno será escolhido para ler para os demais.
Na aula seguinte farão a revisão do texto anotando os erros cometidos. Num outro
momento, os grupos farão a reescrita com o auxílio e a supervisão do professor, a
qual permitirá que o aluno reformule, corrija, altere passagens do texto e escreva a
versão definitiva.
Observação: O texto produzido sobre esse poema será anexado à coletânea que
os alunos construíram.
11º passo
Agora, a atividade a ser trabalhada é a letra da música “Domingo no Parque”
Professor (a): Apresente para os alunos a capa do CD com a foto impressa do
cantor e compositor Gilberto Gil. Em seguida deixe os alunos bem a vontade para
falarem sobre este e demais cantores da época. Sugiro também que pesquise outra
música de Gilberto Gil.
12º passo
Professor (a): coloque a música para ouvir e entregue uma cópia da letra para os
alunos. Em seguida discuta a mesma com eles.
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MÚSICA= DOMINGO NO PARQUE – GILBERTO GIL.
Letra da música
O rei da brincadeira
Êh José!
O rei da confusão
Êh João!
Um trabalhava na feira
Êh José!
Outro na construção
Êh João!...
A semana passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Prá Ribeira foi namorar...
O José como sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da boca do Rio...
Foi no parque
Foi que ele viu...
[...]
* Este texto pode ser encontrado no site: <vagalume. uol.com.br/gilberto-gil/domingono-parque.html/>. Acesso em: 12 mar. 2010.
GILBERTO GIL - Biografia
Gilberto Gil (Compositor, letrista e cantor brasileiro) 26/6/1942, Salvador (BA)
Nascido em Salvador, na Bahia, passou seus primeiros oito anos de vida em
Ituaçu, em meio à banda local, aos sanfoneiros, aos cantores e violeiros, à música
de Bach e Beethoven e de grandes ídolos do rádio, em especial Luiz Gonzaga e
20
Jackson do Pandeiro. Em Salvador, formou-se em Administração de Empresas e
conheceu, em 1963, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Tom Zé, com
quem se apresentou em público pela primeira vez com o show "Nós, por Exemplo,",
no Teatro Vila Velha (1964) e formado, conseguiu um estágio na Gessy Lever e
mudou-se para São Paulo. Em 1966, concorreu como...
* Este texto pode ser encontrado em: GIL, G. Biografia de: Disponível em:
<http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_411.html>. Acesso em: 28
mai.2010.
Professor (a): Nesse momento é importante fazer uso de data show ou mesmo
outro recurso para apresentar uma gravura mostrando uma cena que condiz com o
tema da música trabalhada.
Interpretando os textos
Atividade: Música e gravura.
•
O título da música e a imagem da gravura do parque de diversão nos leva a
concluir o quê?
•
O que a cor vermelha citada no texto nos sugere?
•
Situação semelhante à descrita no texto e visualizada na gravura acontece
em nossa sociedade? Comente.
•
d) Você acha que José e João tinham alguma coisa em comum? Justifique.
21
•
De acordo com o texto não tem mais feira, construção, brincadeira nem
confusão. O que quis dizer o autor?
•
O que o autor quis sugerir com os versos: “O espinho da rosa feriu Zé” “E o
sorvete gelou seu coração?”
•
No verso “Juliana seu sonho, uma ilusão”. O que o autor quis mostrar?
•
Se José era o rei da brincadeira, o que o levou a praticar algo tão sério?
•
Enquanto a música narra os fatos, o ouvinte pode tirar as conclusões e
interpretar as reações dos personagens. Você concorda? Justifique sua
resposta.
13º passo
Professor (a): Para finalizar esse trabalho com os três textos, trabalhe uma
atividade que os envolva.
ATIVIDADES
•
O que retrata a obra A Cartomante? Qual estrutura romancista ela afere?
•
Como as crenças são relatadas nessa época?
•
Quais as oposições mostradas no poema Tragédia Brasileira? Elas despertam
para o capitalismo?
•
Qual o objetivo do autor com o contexto final: vestida de organdi azul"?
•
O conflito existente na ação da história no poema Tragédia Brasileira e na
música Domingo no Parque é semelhante ao desenvolvido no conto “A
Cartomante”? Sim ou não? Por quê?
Professor (a): Para encerrar as atividades, divida a turma em três grupos e solicite
que cada um dramatize um texto trabalhado. Depois os apresente aos demais da
escola. Depois de concluída todas as atividades, converse com os alunos em
relação ao trabalho desenvolvido com os três textos. O que eles acharam. Gostaram
ou não. Se eles acharam importante trabalhar os diferentes gêneros em sala de
aula através da dramatização.
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Referências
ASSIS, M. Biografia de: Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/MachadodeAssis>. Acesso em: 01 mai.2010.
ASSIS, M. A cartomante (conto). Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.
do?select_action=&co_obra=1965. Acesso em: 12 mar. 2010.
BANDEIRA, M. Biografia de: disponível no site:www.brasilescola.com.> Literatura>
Escritores.
BANDEIRA, M. Tragédia brasileira (poema). Disponível em:
http://pnld.edunet.sp.gov.br. Acesso em: 12 mar. 2010.
BAKHTIN, M. Os Gêneros do discurso. Estética da criação verbal. 1ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1992.
FERREIRA, Aurélio B. der H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
GIL, G. Biografia de: Disponível em:
<http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_411.html>. Acesso em: 28
mai.2010.
GIL, G. Domingo no parque. (letra de música). Disponível em: <vaga lume.
uol.com.br/gilberto-gil/domingo-no-parque.html/>. Acesso em: 12 mar. 2010.
GUEDES, Paulo Coimbra, SOUZA, Jane Mari de. Não apenas o texto, mas o diálogo
em língua escrita é o conteúdo da aula de português. In: NEVES, Iara Conceição
Bitencourt. (org) et ali. Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. Porto
Alegre: UFRGS, 2001
MORAES, Roque. Um contínuo ressurgir de fênix: reconstruções discursivas
compartilhadas na produção escrita. Porto Alegre, PUCRS (Mestrado em Educação
em Ciências e Matemática), Mimeo, 2005ª
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Terceiro e quarto ciclos do
ensino fundamental, São Paulo: Brasília, 1998.
PRESTES, Maria Lucia de Mesquita. Leitura e [re] escritura de textos: subsídios
teóricos e práticos para o seu ensino. São Paulo: Respel, 1999.
PAZINI, Maria C. Oficinas de texto: teoria e prática. In:Proleitura. Ano 5,n.19,abril de
1998: UNESP, UEM, UEL.
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ROTTAVA, Lucia. A perspectiva dialógica na construção de sentido em leitura
e escrita- UNIJUI, 1999. Doutorada em Lingüística Aplicada – Unicamp.
VAZ, Gil Nuno. O campo da canção: um modelo sistêmico para escansões
semióticas. In. Música e Mídia: novas abordagens sobre a canção. 1 ed. São
Paulo: FAPESP/Via Lettera, 2007.
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