Superfície Celular e Junções intercelulares
Na membrana plasmática podem ocorrer modificações que estão
relacionadas com as funções que as células desempenham no organismo.
As células especializadas na absorção apresentam microvilosidades
ou invaginações.
Em todos os organismos pluricelulares as células não estão isoladas;
formam conjuntos com funções específicas. Nestes conjuntos de células
(tecidos) verifica-se a existência de espaços intercelulares que estão
preenchidos por substâncias (por exemplo, iões de cálcio) que mantêm a
coesão do edifício celular.
Para além desta característica, verifica-se a existência de células que
possuem modificações ou especializações de determinadas regiões da
membrana plasmática —junções celulares.
Existem vários tipos de junções celulares mas, na globalidade, a sua
função é reforçar a adesão intercelular. Mesmo no caso de existirem
grandes espaços entre as células, estas mantêm-se aderentes através de
estruturas que funcionam como uma espécie de botões adesivos — os
desmossomas. Os tecidos cujas células estão ligadas por este tipo de junção
celular apresentam uma grande resistência estrutural.
Um importante dispositivo de contacto intercelular consiste num sistema
de interdigitações entre células contíguas. Estas, além de permitirem a união
entre as células, aumentam a superfície de intercâmbio de substâncias com o
meio extracelular, pois consistem em saliências e reentrâncias da membrana
celular.
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Uma outra estrutura que contribui para a adesão intercelular é o
glicocálice, constituído pelos hidratos de carbono que estão ligados aos
lípidos e proteínas da superfície externa da membrana plasmática. Esta
camada glicídica, de espessura variável, pode funcionar como um «cimento
flexível» entre as células contíguas, para além de desempenhar outras
funções, nomeadamente aumentar a resistência da superfície celular, permitir o
reconhecimento das células pelas suas vizinhas e o reconhecimento de
diversas substâncias.
Parede celular
As células vegetais, as bactérias e os fungos apresentam externamente
à membrana plasmática uma parede celular ou parede esquelética; esta dá
suporte à célula, confere-lhe uma certa rigidez e oferece resistência às
pressões mecânicas, nomeadamente às elevadas pressões osmóticas a
que estão, por vezes, sujeitas as células vegetais, protegendo-as das
deformações. A parede celular permite, ainda, a passagem de nutrientes.
Nas plantas essa parede é constituída por celulose, pectinas, lenhina e
glicoproteínas.
A parede celular é permeável e apresenta pequenas interrupções — os
plasmodesmos —, através das quais as células podem intercomunicar.
A parede celular também contribui para a coesão celular, pois os
compostos que a constituem formam um verdadeiro cimento entre as células.
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