Rev. Bras. Fisiot. Vol. 4, No.2 (2000), 105-126
©Associa~ao Brasileira de Fisioterapia
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
I
Universidade Federal de Sao Carlos
20 a 23 de abril de 2000
Organiza~ao: Centro Academico de Fisioterapia da UFSCar
Comissao Cientifica da Sessao de Posters:
Profa. Dr a. Vanessa Monteiro Pedro (presidente)
Profa_ Dra. Helenice Jane Cote Gil Coury
Profa. Dra. Elofsa Tudella
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
0
EFEITO DA ESTABILIZA(::AO DO MEMBRO CONTRALATERAL NA AVALIA(::AO DA
PERFORMANCE IsociNETICA DOS MuscuLos DA CoxA
Navega, M. T., Guaratini, M. I.e Castro, C. E. S.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0 recente interesse dos fisioterapeutas na utiliza~ao de dinamometros isocineticos para a medida e treinamento da performance
muscular implica melhor conhecimento das diversas formas de realizar tais medidas e, assim, visar uma padroniza~ao
dos testes para facilitar o entedimento e interpreta~ao dos resultados das pesquisas que vern sendo realizadas a respeito dos exercfcios isocineticos.
0BJETivo: A proposta deste estudo, portanto, foi avaliar o efeito da estabiliza~ao do membro contralateral na avalia~ao
isocinetica dos musculos da coxa, considerando as medidas Pico de Torque (PT), Trabalho (T) e Potencia (P).
ME:Tonos: Os dados foram coletados em duas condi~oes de testes diferentes (come sem estabiliza~ao do membro contralateral),
em urn dinamometro isocinetico BIODEX Multi-Joint System 2 da Biodex Medical Systems Inc. computadorizado, para
extensao e flexao da articula~ao do joelho, nas velocidades angulares de 60, 180 e 300°/s, usando urn protocolo concentrico recfproco e continuo. Foram avaliados 18 sujeitos saudaveis (8 homens e 10 mulheres) com idade de 19 a 25
anos (22,22 ± 1,52). 0 procedimento de teste isocinetico constou da avalia~ao bilateral de forma aleat6ria para os membros
nao-dominante t? dominante. Os dados foram colhidos de 5 contra~oes concentricas maximas via software, para as condi~oes
com e sem estabiliza~ao do membro contralateral com intervalo de 7 dias. A analise dos dados foi feita por meio de estatfstica
descritiva, calculo do Erro Padrao da Medida (SEM a 95%) e teste t de Student.
RESULTADOS: Os resultados obtidos da analise descritiva indicam que, em media, OS valores de PT, T e p tendem a aumentar quando o teste e realizado com a estabiliza~ao do membro contralateral. Os valores de p mostraram significativos (p < 0,05) para algumas situa~6es de teste na velocidade 60°/s. Os valores de 2SEM% variam entre 18,3 e 22,17,
valores estes considerados altos para o protocolo de teste realizado.
CoNCLus.Ao: Os resultados indicam que a estabiliza~ao do membro contralateral influencia a performance isocinetica dos
musculos da coxa.
Ac;A.o DO ULTRA-SOM SoBRE FRATURA EM RATAS OsTEOPENICAS
Faganello, F. R., Carvalho, D. C. L., Parizotto, N. A., Neto, C. B. e Zuanom, J. A.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
Por ser a osteoporose urn serio problema de saude publica, acometendo cerca de 30% das mulheres p6s-menopausais, e
importante a realiza~ao de urn modelo experimental para estudo de possiveis tratamentos para esta entidade patol6gica.
0BJETivo: Desta forma, realizamos este estudo com o objetivo de analisar o efeito do ultra-som continuo e pulsado, ambos
na dose de 0,3 W/cm 2 , como metodo nao invasivo, na regenera~ao de fraturas por escarea~ao na tibia de ratas com ossos osteopenicos.
ME.Tonos: Baseando-se no fato de que o osso, ao sofrer uma tensao medinica, gera sinais eletricos atraves do efeito piezoeletrico,
e sabendo-se que este efeito serve como sinaliza~ao para o remodelamento, utilizamos o ultra-som terapeutico para gerar
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IX SIMP6SIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
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o efeito piezoell!trico no ossa e observar sua a~ao ila osteogenese apos fratura experimental em ossos osteopenicos, durante
dez sessoes de tratamento. 0 model a experimental foi obtido por meio da realiza~ao de ·avarectomia e histerectomia em
ratas da ra~a Wistar, com aproximadamente 200 gramas~ Para a obten~ao da osteopenia foram aguardados 80 dias, e apos
este peri'odo foram realizadas as fraturas por escarea~ao na tfbia das ratas. Os animais foram divididos em tres grupos
conforme o tratamento recebido: ultra-sam pulsado, ultra-sam contfnuo e placebo.
RESULTADOS: 0 grupo placebo obteve resultado satisfatorio, devido ao preenchimento total da area perfurada com ossa
neoformado, sendo observada a presen~a de periostea, sem observa~ao de pronunciada invasao de ossa neoformado para
o interior da medula ossea. 0 grupo tratado com ultra-sam contfnuo mostrou uma evolu~ao insatisfatoria devido a observa~ao do nao fechamento completo da area perfurada, com forma~ao de ossa trabecular descontfnuo e desorganizado, dirigindo-se para 0 interior da area medular, reduzindo suas dimensoes e alterando sua estrutura. 0 grupo tratado
com ultra-sam pulsado mostrou uma evolu~ao similar ao grupo placebo, porem com a forina~ao de urn calo de tecido
cartilaginoso, aparentemente como uma matriz previa para organiza~ao de tecido osseo.
CoNcLUsA.o: Pode-se concluir com os resultados obtidos que o ultra-sam em regime contfnuo na dose de 0,3 W/cm2 produziu
urn bloqueio da repara~ao ossea nesse modelo experimental. 0 grupo tratado com ultra-sam pulsado se mostrou semelhante ao grupo placebo, mas houve o aparecimento de estrutura incomum, nao observada nos demais grupos, cujos ossos
tiveram urn retardo de descalcifica~ao no processamento utilizado, mostrando que houve urn provavel aumento da massa
ossea na tfbia, assim como na ffbula, que foi estimulada conjuntamente, sem rer sofrido Iesao perfurante. Novas trabalhos devem ser realizados para estabelecer possfveis contra-indica~oes desse tipo de terapia em ossos osteopenicos.
APLICA<;AO DA FISIOTERAPIA RESPIRATORIAATRAVES DO
QQV EM
PACIENTES AsMATICOS
Sampaio, L. M. M., 1 Galvao, F., 2 Ferreira, A. M., 2 Carvalho, R. P.,2 Jamami, M., 1 Oishi, J.2 eCosta, D. 2
1
P6s-graduandos PPG-CFIUFSCar; 2Lab. de Espirometria e EMG, DFisio/UFSCar
0BJETIVos: Avaliar os efeitos da Fisioterapia Respiratoria (FR) em pacientes asmaticos atraves do Questionario de Qualidade
de Vida (QQV) juntamente com os parametros espirometricos.
MATERIAL E MtToDos: Foram estudados 12 pacientes com diagnostico de asma, sendo 7 crian~as na faixa etaria de 6
a 13 anos (media de 8,4 ±2,7) e 5 adultos na faixa etaria de 22 a 56 anos (mediade 36,4 ± 13,4), encaminhados aUnidade
Especial de Fisioterapia Respiratoria da UFSCar, na Santa Casa de Misericordia de Sao Carlos. Todos foram submetidos a uma avalia~ao.inicial que constou de anamnese, teste espirometrico e QQV. Os materiais utilizados foram: urn espirometro
marca Vitatrace VT-130; urn esfigmomanometro; urn estetoscopio; dais thresholds; e dais clipes nasais .. Os 12 pacientes participaram de urn programa de FR, 3 vezes por semana, durante 6 semanas consecutivas, totaiizando 18 sessoes
de tratamento com dura~ao de aproximadamente 1 bora cada. Sendo reavaliados ao final do perfodo de treinamento. 0
programa de FR consistiu de: exercfcios de alongamento, exercfcios com bastoes e bolas para membros superiores e inferiores,
juntamente com a respira~ao diafragmatica; Treinamento Muscular Respiratorio com o threshold utilizando uma carga
de 40% da Plmax; relaxamento e ou exercfcios ludicos para as crian~as.
RESULTADOS E CoNcLusA.o: Na reavalia~ao constatou-se uma melhora clfnica desses pacientes, atraves das respostas do
QQV (Wilcoxon p < 0,01), no qual os pacientes manifestaram diminui~ao dos principais sintomas da doen~a. tais como:
falta dear, tosse, produ~ao de secre~ao e sibilancia. Ja na espirometria, nao foi constatada melhora significativa, analisada atraves do Teste t-Student (p < 0,05).
APmo FINANCEIRO: PIBIC CNPq/UFSCar.
* Este estudo foi
realizado com a anuencia dos pacientes de acordo com a
resolu~ao
196/96 do CNS.
EFEITOS DA REABILITA<;AO PuLMONAR SOBRE A FoR<;A MUSCULAR
RESPIRATORIA DE PACIENTES COM
DPOC
GRAVE
Jamami, M., 1 Pires, V. A., 1 Oishi, J.2 e Costa, D. 3
Doutorandos do PPG-CF/UFSCar; 2Dep. Estatfstica/UFSCar; 3Laborat6rio de Espirometria, DFisio/UFSCar
1
0BJETIVO: Este estudo teve por objetivo avaliar se ocorrem altera~oes na For~a Muscular Respiratoria (FMR) em pacientes
com Doen~a Pulmonar Obstrutiva Cronica (DPOC) grave apos a aplica~ao de urn programa de Reabilita~ao Pulmonar (RP).
MATERIAL E METODOS: Foram avaliados 22 pacientes com diagnostico clfnico-funcional de DPOC, de ambos os sexos,
encaminhados a Unidade Especial de Fisioterapia Respiratoria da Universidade Federal de Sao Carlos (UFSCar). Desses
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pacientes, 18 foram avaliados por meio da espirometria e 9 indivlduos (5 homens e 4 mulheres, media de idade de 71 ±
7,5 anos) com DPOC grave foram selecionados para participar do programa de RP com base nos seguintes criterios de inclusao:
VEF 1 $ 40% do previsto; estabilidade cllnica, sem perfodos de agudizac,:ao da doenc,:a por pelo menos quatro semanas e nao
fumantes ou ex-fumantes. Foram exclufdos da ainostra os indivfduos que apresentaram doenc;as cardiovasculares, neuro16gicas ou doenc;as ortopedicas que os tornassem incapazes de realizar seguramente os exercfcios do protocolo experimental.
A FMR foi obtida pelas tecnicas de medidas da Pressao Inspirat6ria maxima (Plmax) e da Pressao Expirat6ria maxima (PEmax),
por meio de urn manovacuometro escalonado em cmH2 0. Essas medidas foram mensuradas na avaliac,:ao, na reavaliac,:ao
e antes do infcio de cada sessao da RP como paciente na posic,:ao.ortostatica. Os pacientes foram submetidos a urn programa de RP de uma hora de durac,:ao; duas vezes por semana, durante seis semanas consecutivas. Cada sessao foi constitufda da seguinte forma: 10 minutos de alongamento dos musculos do tronco, dos membros superiores e inferiores; 30
minutos de atividades ffsicas com exercfcios de membros superiores e inferiores, contra a forc;a da gravidade, associados
a reeducac,:ao respirat6ria (respirac,:ao diafragmatica e respirac,:ao com os labios franzidos); 10 minutos de treinamento muscular
inspirat6rio, por meio de urn aparelho do tipo fluxo-independente, denominado Threshold IMT, com carga press6rica de
40% da Plmax obtida durante a avaliac,:ao do paciente; 10 minutos de relaxamento, com reeducac,:ao respirat6ria e musica
ambiente, em que era enfatizada a respirac,:ao diafragmatica e o relaxamento muscular geral.
RESULTADos: Ap6s a realizac;ao do programa de RP, todos os pacientes foram reavaliados e constatou-se urn aumento
significativo da Plmax (35 ± 5,94 para 46 ± 16,49 cmHp) e da PEmax (48 ± 16,02 para 65 ± 21,63 cmHp) atraves
do teste t de Student (p $ 0,05). Outro aspecto relevante, caracterizado como melhora clfnica, foram a reduc,:ao da dispneia
e a maior facilidade para realizar as atividades da vida diaria. Estes dados foram relatados pelos pacientes ao final do
programa de RP.
CoNcLus.Ao: De acordo com os resultados obtidos e nas condic,:oes experimentais que este trabalho foi desenvolvido, podese concluir que os musculos respirat6rios responderam eficientemente ao programa de RP, com aumentos da FMR e melhora
da meciinica respirat6ria nos pacientes com DPOC grave, tratados em regime ambulatorial.
APOIO FINANCEIRO: CNPq.
* Este trabalho foi aprovado pela Comissao de Etica em Pesquisa da UFSCar e desenvolvido com a anuencia dos pacientes conforme a resoluc,:ao 196/96 do CNS.
A VALIAf;AO
DA PIMAX E DOS INDICES DE TOBIN E DE 0XIGENAf;AO EM PACIENTES SOB
VENTILACAO MECANICA, SuBMETIDOS AO TREINAMENTO MuscuLAR RESPIRATORIO
Pires, V. A., 1 Jamami, M., 1 Silva, A. B., 2 Oishi, J. 3 e Costa, D. 4
Doutorandos do PPG-CF; 2Mestranda do PPG-Ft; 3Dep. Estatfstica!UFSCar; 4Lab9rat6rio de Espirometria/DFisio/UFSCar
1
0BJETivos: Investigar se ha diferenc;as dos Indices de: Pressao Inspirat6ria maxima (Plmax), fndice de Tobin (f/VC) e
fndice de oxigenac,:ao (Pa0/Fi0 2 ), em pacientes submetidos ou nao a urn Treinamento Muscular Respirat6rio (TMR) sob
desmame da Ventilac,:ao Meciinica (VM).
MATERIAL E MtToDos: foram selecionados randomicamente 40 pacientes com mais de uma semana em VM, com tentativas de desmame mal-sucedidas. Destes 40 pacientes, 20 participaram de urn TMR, utilizando o ajuste da sensibilidade do respirador e compuseram o grupo 1 (G-1 ), 9 mulheres e II hom ens, cuja media e desvio-padrao (±DP) de idade
foi de 64 ± 8,92; e 20 nao foram submetidos a TMR e compuseram o grupo controle, grupo 2 (G-2) cuja media de idade foi de 64,1 ± 3,86. A Fore,: a Muscular Respirat6ria (FMR) foi obtida pel a tecnica de medida da Plmax, por meio de
urn manuvacuometro escalonado em cmH 20. As medidas dos Indices de Plmax, f/VC e Pa0/Fi0 2 foram realizadas no
infcio da manha. Todos os pacientes participaram da rotina fisioterapica da UTI e foram submetidos a uma avaliac,:ao
clfnica con stante, realizada durante to do o perfodo de internac,:ao. Para o TMR do grupo experimental (G-1) foi utilizada uma carga de resistencia inspirat6ria com uma porcentagem de 40% da Plmax diaria. 0 protocolo constou de duas
sessoes ao dia, em que foram realizadas cinco series de dez inspira~oes.
RESULTADos: Por meio da analise de variiincia (ANOVA) comparando os resultados dos dois grupos, constatou-se que
houve diferen~as significativas (p $ 0,05) das variaveis entre os grupos G-1 e G-2 da fase pre para p6s-TMR. Por meio
de urn programa de TMR especffico, observou-se urn aumento significativo da Plmax (de 16,3 ± 3,3 para 29,2 ± 2,0 cmHp)
e da Pa0/Fi0 2 (de 185,5 ± 41,8 para 244,5 ± 40,1) atraves do teste t para o grupo treinado (G-1). Ja o fndice de Tobin
diminuiu para o G-1 (de 76,8 ± 24,5 para 38,2 ± 4,3 rpm/L) e para os pacientes do G-2 aumentou (de 63,0 ± 19,5 para
82,1 ± 15,5 rpm/L). 0 TMR causou urn efeito positivo, aumentando a FMR e contribuindo para evitar a fadiga dos musculos
respirat6rios no grupo treinado, da fase pre para ap6s do TMR.
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CoNcLusA.o: Como efeito do TMR, sugere-se que os musculos respirat6rios responderam eficientemente ao programa
de TMR, apresentando urn aumento da FMR, o que contribuiu para o processo de desmame, diminuindo o tempo de permanencia sob suporte ventilat6rio e reduzindo o numero de 6bitos e de reintubas;oes. Cabe ressaltar ainda que a metodologia
de TMR adotada neste estudo, utilizando uma carga de 40% da Plmax, e perfeitamente reprodutfvel e pode fazer parte
da rotina fisioterapica da UTI, nao trazendo efeitos deleterios ao paciente sob VM.
APOIO FINANCEIRO: CNPq. Trabalhoaprovado pela Comissao de Etica em Pesquisa (CEP) da UFSCar (Resolus;ao 196/
96 do CNS).
EFEITOS FISIOLOGICOS E MECANICOS DO TREINAMENTO MUSCULAR
RESPIRATORIO EM PACIENTES AsMAncos
Sampaio, L. M. M., 1 Galvao, F} Pires, V. A., 1 Jamami, M., 1 Oishi, J.2 e Costa, D. 2
P6s-graduandos PPG-CF/UFSCar; 2Lab. de Espirometria e EMG, DFisio!UFSCar
1
0BJETIVOS: Avaliar OS efeitos do Treinamento Muscular Respirat6rio (TMR) e identificar possfveis alteras;oes mecanicas t6raco-pulmonares e na Fors;a Muscular Respirat6ria (FMR).
MATERIAL E M"ETonos: Foram estudados 12 pacientes com diagn6stico de asma, sendo 7 crians;as na faixa etaria de 6
a 13 anos (media de 8,4 ± 2,7) e 5 adultos na faixa etaria de 22 a 56 anos (media de 36,4 ± 13,4), encaminhados a Unidade
Especial de Fisioterapia Respirat6ria da UFSCar, na Santa Casa de Misericordia de Sao Carlos. Pre e P6s o TMR foram aplicadas as seguintes avalias;oes: cirtometria t6raco-abdominal (aos nfveis axilar, xifoidiano e abdominal) e medidas da FMR, atraves da Pressao Inspirat6ria maxima (Pimax) e da Pressao Expirat6ria maxima (PEmax), aferidos na
posis;ao ortostatica. Sendo reavaliados ao final do perfodo de treinamento. Os materiais utilizados foram: urn manovacu6metro;
uma fita metrica; dais thresholds; e dois clipes nasais. Os 12 pacientesparticiparam do TMR, 3 vezes por semana durante 6 semanas consecutivas, totalizando 18 sess6es de tratamento com duras;ao de aproximadamente 1 hora cada. Alem
do TMR, os pacientes realizavam tambem exercfcios de alongamento, exercfcios com bast6es e bolas para membros superiores
e inferiores, juntamente com a respiras;ao diafragmatica. 0 TMR especffico foi feito com o threshold, utilizando-se uma
carga de 40% da Plmax.
REsuLTADOS E CoNcLusA.o: Na reavalias;ao constatou-se, atraves do teste t-Student (p ~ 0,05), que houve alteras;oes significativas
da FMR, com aumento da Plmax, PEmax e da amplitude abdominal em ambos os grupos estudados. Os resultados indicaram que o TMR proporcionou ganho de FMR, bern como melhora da amplitude t6raco-abdominal nesses pacientes asmaticos, sobretudo da amplitude abdominal nos adultos de (1,79 ± 2,3 para 8,94 ± 3,3) e nas crians;as de (2,1 ±
3,0 para 11,1 ± 3,2).
APOIO FINANCEIRO: PIBIC CNPq/UFSCar.
* Este estudo foi
realizado com a anuencia dos pacientes de acordo com a resolus;ao 196/96 do CNS.
REPRODUTIBILIDADE E PRECISAO DA MEDIDA DA RELAc;Ao ISQUIOTIBIAIS/QUADRicEPS
UTILIZANDO 0 DINAMOMETRO ISOCINETICO BIODEX
Bertollo, F. B., Mesquita, R. A. e Guaratini, M. I.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0 exercfcio isocinetico tern sido usado em avalias;oes clfnicas e como recurso terapeutico em casas de les6es musculo-esqueleticas, como forma de treinamento de atletas e como urn metodo de produzir conhecimento cientffico acerca
das relas;oes entre fors;a e velocidade de as;ao muscular em condi~oes concentricas e excentricas. 0 dinam6metro isocinetico
e utilizado tambem para investigar as relas;oes funcionais entre musculos agonistas e antagonistas que agem sabre uma
determinada articulas;ao, especialmente a do joelho. Essa relas;ao e definida como o pica de torque isocinetico dos musculos
isquiotibiais dividido pelo do quadriceps, expressa em porcentagem.
0BJETIVO: Verificar o comportamento da relas;ao isquiotibiais/quadrfceps (1/Q), utilizando o dinam6metro isocinetico
Biodex, em diferentes velocidades angulares, nos membros dominante e nao dominante, nos grupos de homens e mulheres, em urn procedimento de teste e reteste.
METODOLOGIA: Foram utilizados os dados obtidos por Guaratini (1999), que avaliou 32 indivfduos (16 homens e 16 mulheres)
com idade de 18 a 31 anos, sem hist6ria previa de cirurgia ou patologia de joelho. 0 procedimento constou da avalias;ao bilateral dos membros inferiores dos voluntarios de forma aleat6ria. Para cada indivfduo, os dados foram coletados
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RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
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duas vezes, com intervalo de sete dias entre cada medida, para contra~oes isocineticas concentricas em extensao e flexao
do joelho em velocidades angulares de 60, I80 e 300°/s (aleatoriamente). Em cada velocidade angular os sujeitos realizaram cinco contra~oes concentricas submaximas recfprocas. Apos estas contra~oes concen.tricas submaximas, cinco
contra~oes concentricas maximas foram realizadas e os dados foram coletados via software.
RESULTADos: Como resultados tivemos que a faixa de varia~ao do Coeficiente de Correla~ao de Pearson (CCP) foi grande
ja que os val ores variaram de 0,52 a 0,89, os val ores do Erro-padrao da Medida (2SEM%) variaram de 4,68% a 9,11%
e a rela~ao IIQ e velocidade dependente, ja que houve aumento dessa rela~ao em todos os grupos (Todo, Homens e Mulheres)
como aumento progressivo da velocidade. Os valores da rela~ao IIQ, nos tres grupos estudados, para as velocidades testadas
foram em media 50%, 60% e 75% para 60, 180 e 300°/s, respectivamente.
CONCLUSAO: Por meio da analise dos resultados podemos chegar a conclusao de que a rela~ao 1/Q e velocidade dependente nao apresentando diferens:as significativas em rela~ao a dominancia do membro e as sessoes de teste e reteste. Em
rela~ao ao sexo, pode-se concluir que os valores encontrados para o grupo das Mulheres sao mais elevados. Quanto aos
valores da rela~ao 1/Q podemos dizer que e uma medida de alta precisao, confiavel e de boa reprodutibilidade, pois apresenta
SEM menor que IO% e CCP variando de 0,52 a 0,89. Desta forma, a rela~ao 1/Q e urn born parametro, que pode ser utiiizado
clinicamente tanto na avalia~ao do equilfbrio muscular do joelho como no tratamento fisioterapico.
ANALisE DO EFEITO REFOR<;ADOR DA CLORFENIRAMINA EM TESTE DE CoNDICIONAMENTO nE
PREFERENCIA POR LuGAR MoDIFICADO EM PEIXES DA EsPECIE DANIO RERIO
Bueno, R. 0., Serra, E. L. e Mattioli, R.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETivo: Anaiisar o efeito do sistema neural histaminergico em processos de refor~o em peixes da especie Dania rerio.
METODOS E RESULTADOS: Foram utilizados 50 peixes da especie Dania rerio. A droga utilizada foi a Clorfeniramina sal
de Maleato (CPA), antagonista do receptor histaminergico Hl. As doses foram: I ,0 e 4,0 mg/kg de peso corporal, alem
do vefculo. Foi realizado urn teste de preferencia por Iugar do tipo curral adaptado da metodologia descrita por Hasenohrl
e colaboradores (1989), utilizando urn aquaria de vidro quadrado (30 x 30 x I 5 em) com linhas pretas em seu fundo delimitando
quatro quadrantes e urn dispositivo de acrllico transparente, move! e em forma de cruz (curral fechado). 0 experimento foi realizado em cinco dias consecutivos, no primeiro dia o peixe foi habituado ao aquario por 30 minutos (curral aberto),
no segundo e quinto dias o peixe teve livre acesso aos quadrantes (curral aberto) por 10 minutos, o tempo gastoem cada
quadrante e o numero de cruzamentos entre eles foram registrados. No terceiro e quarto dias, o dispositivo foi colocado, delimitando os quadrantes e apos inje~ao intra-peritoneal com a droga ou o vefculo, o peixe foi colocado no quadrante
de tratamento (intermediario entre o de maior e o de menor preferencia) por 35 minutos. 0 tempo de permanencia em
cada quadrante pre e pos-tratamento foi utilizado como parametro para analise do efeito refor~ador da droga. Houve urn
aumento significativo (teste de Wilcoxon, p = 0,00557) do tempo gasto no quadrante pareado apos o tratamento com
vefculo, possivelmente pela visualiza~ao entre OS animais que compartilhavam 0 mesmo aquaria de origem. Nao foi observado
urn aumento significativo (p =0,0569) apos o tratamento com a dose 4,0 mg/kg. Alem disso constatou-se uma diminui~ao
no tempo gasto no quadrante pareado, apos tratamento, quando comparados os grupos vefculo e CPA 1,0 mg/kg (teste
de Kruskal-Wallis, p = 0,0218).
CoNcLusA.o: Os resultados apontaram para urn possfvei efeito aversivo da CPA na dose de 1,0 mg/kg sabre os processos de refor~o em peixes da especie Dania rerio.
APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq.
0
EFEITO DA NICOTINA NOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM E MEMORIA EM PEIXES DA
ESPECIE CARASSIUS A URATUS
Albuquerque, E. C., Santangelo, E. M. e Mattioli, R.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETivo: Verificar o efeito da nicotina nos processos de aprendizagem e memoria em peixes da especie Carassius auratus,
utilizando-se urn teste de esquiva inibitoria, a fim de auxiliar na valida~ao farmacologica deste modelo.
MtTODOS E RESULTADos: Foram utilizados 87 peixes da especie Carassius auratus, machos e femeas. A droga utilizada foi a nicotina dissolvida em solu~ao salina, nas doses de 0,05, 0,5, 1,0 e 2,0 mg/kg de peso corporal, alem do vef-
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
110
Rev. Bras. Fisiot.
culo (soluc,:ao salina). 0 aquario experimental (45 x 10 x 14 em) apresentava dois compartimentos iguais; urn branco e
urn preto. Uma porta separava os dois compartimentos. Ao !ado do aquario havia urn sistema de polia com urn peso de
45 gramas amarrado a urn cordao, que podia ser liberado dentro do aquario a uma altura de 30 em da superffcie da agua,
a 5 em da extremidade do compartimento. 0 perfodo experimental foi de dois dias consecutivos. No primeiro dia os animais
foram submetidos ao treino, que consistiu na colocac,:ao do peixe na extremidade do compartimento branco por 20 segundos. Ap6s esse perfodo a porta foi removida e o tempo de entrada no compartimento preto foi registrado (linha de
base). No momento que ocorria a passagem pela linha divis6ria, o peso era solto afrente do animal. 0 peixe era recolocado
no compartimento inicial e o procedimento repetido mais duas vezes, registrando as latencias de entrada no compartimento preto (treino I e treino 2), sendo entao o animal retirado do aquario. Imediatamente ap6s o treino os animais foram
administrados intraperitonealmente com nicotina nas diferentes doses ou vefculo. No segundo dia foi realizado o teste, em que o tempo para o animal entrar no compartimento preto foi registrado. Analisando-se os resultados obtidos, observouse urn aumento significativo na latencia de entrada no compartimento preto do grupo que recebeu a dose de 2,0 mg/kg
em relac,:ao ao grupo administrado com vefculo, no dia do teste (analise de variancia- teste de Kruskal-Wallis, p =0,0096).
CoNCLusA.o: Podemos concluir que a dose de 2,0 mg/kg parece facilitar os processos de aprendizagem e memoria neste teste, visto que o grupo administrado com essa dose parece se recordar do estfmulo aversivo recebido no dia do treino.
APOIO FINANCEIRO: PIBIC/CNPq.
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE ATIVIDADE FiSICA NA QUALIDADE DE VIDA DE
MULHERES COM 0STEOPOROSE
Driusso, P., 1 Renno, A. C. M., 1 Ferreira, V.' e Oishi, 1. 2
'Departamento de Fisioterapia; 2Departamento de Estatfstica. Execuc;ao UFSCar
0BJETIVo: Este estudo teve por objetivo verificar os efeitos de urn programa de atividade ffsica visando
qualidade de vida de urn grupo de mulheres com osteoporose.
a melhoria na
MATERIAL E MltTOnos: Foram avaliadas 15 mulheres voluntarias (59,1 ± 7,6 anos de idade), com diagn6stico densitometrico
de osteoporose na coluna e/ou femur (colo e trocanter maior do femur). Todas as mulheres foram submetidas a uma avaliac,:ao
ffsica e responderam ao OPAQ (Osteoporosis Assesment Questionnaire). A cada urn mes e meio o grupo passou por uma
reavaliac,:ao, totalizando ao final dos seis meses cinco avaliac,:oes. 0 programa de atividade ffsica foi realizado duas vezes
por semana, com uma hora de durac,:ao, durante seis meses consecutivos. Cada sessao do programa de atividade flsica
foi constitufda de: 10-15 minutos de exercfcios de alongamento da musculatura do tronco, dos membros superiores e
inferiores; 30-40 minutos de Caminhada associada a exercfcios ativos livres de membros superiores e inferiores; 5-10
minutos de atividade aer6bica; e por fim, 5-l 0 minutos de relaxamento e/ou massagem.
RESULTADos: Os dados foram analisados estatisticamente por meio dos testes nao parametricos ANOVA de Friedman e
de Wilcoxon e apresentaram melhora significativa (p = 0,05) entre as avaliac,:oes 1 e 5 nas variaveis analisadas na avaliac,:ao ffsica (altura, flexao anterior do tronco, forc,:a muscular do quadriceps e uso de analgesico) e tambem houve uma
percepc,:ao de melhora estatisticamente significativa dos domfnios do OPAQ (jlexibilidade, dor, n{vel de tensiio, ativi-
dade da vida diaria e apoio familiar).
CoNcLusA.o: Os resultados obtidos neste trabalho permitem concluir que houve uma melhora significativa na atividade da vida diaria, forc,:a muscular, flexibilidade, dor e nfvel de tensao. 0 OPAQ se mostrou eficaz para a avaliac,:ao desejada. Dessa forma, as evidencias sugerem que o programa de atividade ffsica empregado contribuiu para a melhoria
da qualidade de vida das mulheres participantes da pesquisa.
APOIO FINANCEIRO: Capes.
A nvmADE FisicA PARA INmviDuos 0sTEOPOR6ncos
Renno, A. C. M., 1 Driusso, P., 1 Ferreira, V.' e Oishi, J. 2
'Departamento de Fisioterapia; 2Departamento de Estatfstica, UFSCar
A osteoporose encontra-se entre as maiores causas de morbidade e mortalidade entre os idosos, e sua incidencia aumenta,
acompanhando a tendencia demografica etaria da populac,:ao mundial e seu respectivo aumento na expectativa de vida.
As conseqiiencias da osteoporose tornaram-na o maior problema de Satide Publica da atualidade, com enormes repercussoes sociais e economicas, provocando grande impacto na qualidade de vida e grau de independencia nos indivfduos
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
111
acometidos. Uma vez diagnosticada a osteoporose, o tratamento fisiotenipico deve ser iniciado e deve visar os seguintes aspectos: alfvio da dor, redu~ao da contratura muscular, manuten~ao da mobilidade articular, preven~ao do aparecimento de deformidades, fortalecimento muscular, manuten~ao ou melhora da capacidade respirat6ria, orienta~ao postural,
manuten~ao ou restaura~ao da independencia. A atividade ffsica desempenha urn papel importante no tratamento com
osteoporose e tern provocado cada vez mais interesses. 0 papel do exercfcio ffsico no tratamento da osteoporose foi bern
resumido pelo posicionamento do AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (1995), articulado em cinco pontos: atividade ffsica que envolva carregamento de pesos e essencial para o desenvolvimento e a manuten~ao de urn esqueleto sadio; exercfcios de for~a sao beneficos; se mulheres sedentarias aumentarem sua atividade, elas podem evitar
a perda adicional de osso causada pela inatividade; o exerdcio nao se constitui em substituto para a TRH; urn 6timo programa
de exercfcios para idosos inclui atividades que aumentem a for~a, a flexibilidade e a coordena~ao, pois diminui a possibilidade de quedas e fraturas. Bannick (1994) afirma que existem quatro tipos de exercfcios que de vern ser realizados por indivfduos osteopor6ticos: programa regular de caminhada, 50 minutos, 5x/semana; exercfcios que envolvam
sustenta~ao de peso; atividades que envolvam equilfbrio e coordena~ao e atividades que envolvam a extensao da coluna, ainda segundo esse autor existem quatro tipos de exercfcios que devem ser evitados por indivfduos osteopor6ticos:
aer6bica de alto impacto, corrida e salto, flexao da coluna, atividades que envolvam risco de quedas e movimentos resistidos de adu~ao e abdu~ao de quadril.
0
TRATAMENTO DE FERIDAS CuTANEAS ATRAVES DO LASER
HELlO
NEONIO EM RATOS DIABETICOS
Carvalho, P. T. C., 1* Corazza, A. V. 2 e Raduam, R. M. 2
Departamento de Bioengenharia EESC/FMRP/IQSC-USP/SP; *Departamento de Fisioterapia Uniderp/MS;
2Faculdades Salesianas de Lins, SP
1
0BJETivos: 0 presente trabalho tern por objetivo demonstrar os efeitos da Terapia Laser na regenera~ao tecidual de feridas
cutaneas induzidas em ratos diabeticos e nao diabeticos e sua rela~ao com a repara~ao tecidual.
METODO: No estudo foram utilizados seis ratos Wistar, machos. 0 diabetes foi induzido por injec,:ao intravenosa (veia
dorsal do penis de Aloxana (2, 4, 5, 6 - Tetraoxypyrimidina; 5, 6 - Diioxyuracila) SIGMA, 0, I ml de soluc,:ao a cada
I 00 g, de peso corporal. Foi realizada urn a lesao no ter~o medio do quadriceps. Tratamento: Grupo A diabetico tratado, B nao diabetico tratado, C nao diabetico nao tratado, os animais do grupo A e B foram tratados com Laser HeNe
com uma dosagem de 4 J/cm2 por 36 s. Destes urn de cada grupo foi sacrificado no 311 dia ap6s a lesao e o restante no
711 dia. Retirando as amostras que foram emblocadas em parafina, coradas com H. E. e Tricromico de Massone realizada a analise histol6gica.
RESULTADOS: Das seis Ies6es, tres foram analisadas 72 horas ap6s sua realizac,:ao, em urn animal de cada grupo. Observou-se atraves de microscopia de luz que as reac,:oes inflamat6rias foram identicas, independendo do grupo. As laminas
apresentaram area de exsudato inflamat6rio agudo, com intensa migrac,:ao de neutr6filos. As tres laminas obtidas sete
dias ap6s a indu~ao, apresentavam inflama~ao cronica de dura~ao prolongada, marcada pelas tentativas de reparac,:ao do
tecido. Nas laminas do grupo A e B observou-se: tecido de granulac,:ao exuberante com presen~a de fibras colagenas;
intensa prolifera~ao fibroblastica; e celulas inflamat6rias mononucleadas, principalmente linf6citos e macr6fagos; neoformac,:ao
de vasos sugerindo reposi~ao de tecido conjuntivo por urn processo envolvendo angiogenese e fibroblastos. No grupo
controle as laminas apresentavam urn intenso exsudato, celulas inflamat6rias, exacerbac,:ao de vasos incompletos e fibroblastos.
CoNcLusAo: Os resultados indicam que a aplica~ao da laserterapia se mostrou muito eficaz, equilibrando e acelerando
o processo de reparac,:ao das feridas cutaneas em ratos diabeticos.
Uso DO ULTRA-SOM TERAP.Eunco NA REPARA<;A.o DO TENDA.o DO RATo:
ESTUDO DA BIRREFRINGENCIA TEXTURAL
Matheus, A., Parizzoto, N. A. e Cunha, A.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
A disposic,:ao das fibras colagenas no tendao e resultado de seu processo de matura~ao. Uma grande variedade de metodos tern sido utilizada para verificar o nfvel de organizac,:ao molecular das fibras de colageno no tendao, tanto em situac,:oes em que sua morfologia esta preservada como naquelas em que ocorre o processo de reparac,:ao tecidual.
112
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
Rev. Bras. Fisiot.
0BJETivo: Avaliar os efeitos do ultra-sam terapeutico, utilizando uma dose considerada baixa e outra alta, na organizacrao e estado de agregacrao das fibras de cobigeno no tendao de Aquiles de rato em processo de reparacrao p6s-tenectomia
total.
METooos: Neste estudo foram utilizados 12 ratos machos com idade e peso corporal padronizados, submetidos a tenectomia
total e tratados com ultra-sam terapeutico nas doses 0,3 e 0,97 W/cm 2 e urn grupo controle, cujo tratamento foi apenas
uma simulacrao da terapia, com o aparelho desligado. Os tendoes foram retirados ap6s sacriffcio dos animais com doses elevadas de anestesico (eter) por inalacrao e processados para histologia, com inclusao em parafina e cortados com
7 mm de espessura. Ap6s a colagem dos cortes nas laminas histol6gicas de espessura padrohizada, os tendoes foram embebidos
em diferentes solucroes de glicerol para serem analisados por microscopia de polarizacrao, a fim de obter a curva de
birrefringencia de forma. A analise das curvas e de seus valores foram objeto de comparacrao para avaliacrao da ordem
molecular do colageno depositado no tendao em processo de reparacrao ap6s 14 dias da lesao cirurgica (tenectomia).
RESULTADOS: Foram observados, por meio da analise das curvas de birrefringencia, menores valores para a fase de extincrao
e, assim sendo, maior luminosidade nos tendoes dos animais tratados com ultra-sam na dose 0,3 W/cm 2 , revelando uma
melhor orientacrao e estado de agregacrao das fibras de colageno. Contudo, no grupo de animais cujos tendoes foram tratados
com ultra-sam na dose de 0,97 W/cm 2 enos animais do grupo controle, os valores obtidos na fase de extincrao foram
altos e com muita varHincia, evidenciando rna estruturacrao das moleculas de colageno nesses tendoes. De acordo com
esses resultados, ha fortes indfcios de que o uso do ultra-sam terapeutico com freqiiencia de 1 MHz, modo continuo, metoda
subaquatico e intensidade 0,3 W/cm 2 age beneficamente na orientacrao e estado de agregacrao das fibras de colageno em
tendoes de ratos em processo de reparacrao.
VARIAVEIS ENVOLVIDAS NO ACOPLAMENTO DE ELETROGONIOMETRO FLEXIVEL
Shiratsu,A., Padula, R. S., Souza, T. 0. e Coury, H. J. C. G.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
A utilizacrao de eletrogoniometros flexfveis requer a fixacrao de sensotes na superffcie do segmento a ser avaliado. Para
a mensuracrao dos movimentos da coluna vertebral, e aplicado urn sensor sabre a pele sobrejacente aos processos espinhosos do segmento a ser medido.
0BJETIVO: Considerando a necessidade de melhor conhecer as caracterfsticas da interface sensor/sujeito; este trabalho
objetivou v~rificar as variaveis antropometricas, morfol6gicas e biomecanicas envolvidas no acoplamento de dois sensores
para coluna vertebral.
·
MATERIAL E MtTooos: Foi utilizado urn eletrogoniometro Biometrics com sensores XM 180B e XM150B destinados
a mensurar os deslocamentos angulares do segmento dorso-lombar, nos pianos frontal e sagital. Os procedimentos do
teste foram realizados de maneira seqiienciada, de modo que os resultados obtidos redefinissem parametros para os
procedimentos seguintes. Ao todo participaram do estudo 24 sujeitos, sendo 12 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, na faixa etaria entre 19 e 29 anos, com estatura entre 1,60 e 1,78 m. Os sujeitos foram submetidos a uma avaliacrao postural para a caracterizacrao da configuracrao da coluna vertebral.
RESULTADos: Os sensores parecem possibilitar uma boa fixacrao apenas dentro de uma determinada faixa de estatura,
respectivamente. Em estaturas acima ou abaixo destas, ocorreram problemas de fixacrao e/ou descolamento em amplitudes maximas. Em relacrao a caracterfsticas morfol6gicas, ocorreram fixacroes inadequadas e descolamentos em obesos
e em indivfduos com reduzido tecido subcutaneo. A presencra de hiperlordose e urn elemento limitante para uma fixacrao adequada. Contudo, a avaliacrao postural nao se mostrou urn born preditivo da qualidade do acciplamento. 0 terminal telesc6pico, que e acoplado na regiao lombo-sacra, e rfgido, assim pequenas alteracroes na curvatura nao sao acompanhadas
pelo sensor, resultando em algum nfvel de desacoplamento.
CoNCLUSAO: Diante dos resultados obtidos, conclui-se que a interface sensor/sujeito constitui urn importante elemento
gerador de interferencia na medida. Por isso, a substituicrao do terminal rfgido por urn flexfvel pode resolver parte dos
problemas aqui descritos, o que foi sugerido ao fabricante do equipamentci. Alem disso, deve ser levado em consideracrao as caracterfsticas antropometricas, morfol6gicas e biomecanicas dos sujeitos, no planejamento de estudos que utilizam
o eletrogoniometro. Estudos avaliando o efeito da aceleracrao de movimentos sabre a precisao das medidas devem tambem
ser conduzidos.
APOIO FINANCEIRO: Fapesp (Proc. 99/12147-7), CNPq, Capes-Demanda Social.
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
AFERI<;AO DE UM ELETROGONIOMETRO' BIOMETRICS
113
XM150/B
Shiratsu, A., Padula R. S. e Coury, H. J. C. G.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETIVO: Ernbora o eletrogoni6rnetro Biometrics seja urn dispositivo efetivo para quantificar posturas e rnovirnentos
de articula~6es, existem varios cuidados quanto a sua utiliza~ao, validade e confiabilidade. Portanto, este estudo tern por
objetivo aferir a precisao do sensor XM150/B (Biometrics), comparando-se experimentalmente suas rnedidas com as medidas
de urn goni6metro do tipo universal.
MATERIAL E MtToDos: Foi utilizado o eletrogoni6metro Biometrics, modelo XM150/B e urn Goni6rnetro Universal. A
calibra~ao do eletrogoni6metro realizada com o Goni6metro Universal foi feita tanto para o plano sagital como ern plano
frontal. Os dados foram tratados atraves do Coeficiente de Correla~ao de Pearson.
RESULTADos: Na calibragern de flexao, os dois aparelhos apresentararn comportarnentos sernelhantes e so come~ararn a
divergir nas medidas dos angulos a partir de 60°. Para a lateraliza~ao esquerda, OS valores dos angulos tiveram comportarnento
sernelhante ao da flexao, mas com divergencia nas rnedidas a partir de 20°. Ja para a extensao, os dois equipamentos
partirarn de medidas angulares diferentes, se igualaram nos valores de 5" a 10" e depois seus valores se afastaram novamente. 0 mesmo aconteceu para a lateraliza~ao direita, na qual tanto o eletrogoni6rnetro apresentou valores diferentes do goni6metro universal inicialmente a seguir seus valores aproximaram-se ao redor de 6" a 10° e, depois,
progressivamente se afastaram. Apesar dessas varia~6es, a correla~ao de Pearson foi altarnente significativa em todas
as calibra~6es (r = 0,99) corn p < 0,05. Parte dessas varia~6es podem ter ocorrido porque o eletrogoni6rnetro tern precisao de urn grau enquanto o goniometro universal tern precisao de minutos de grau.
CoNcLusA.o: Conforrne indicararn os resultados da correla~ao de Pearson, o eletrogoni6rnetro rnostrou-se altarnente preciso.
Sua precisao dirninuiu nos extrernos das curvas de amplitude. Entretanto, seu erro rnedio foi inferior aos valores (± 3°)
indicados por Boocock et al. (1994). No entanto, ainda sao necessarios novos estudos para verificar se essa precisao e
mantida quando o equipamento e utilizado em situa~6es funcionais. Ainda, se ha diferen~a no comportamento do XM
150B quando seus sensores sao acoplados na superffcie corporal dos indivfduos, quais seriam os melhores locais anat6micos
de fixa~ao dos sensores, e as faixas antropornetricas rnais adequadas para esse sensor.
APOIO FINANCEIRO: Fapesp (99/12147-7) e CNPq IC Proc. Nu523127/96-0.
0TIMIZA<;AO DA FUNCIONALIDADE ATRAVES DO IMPLANTE DE UM
BIOMATERIAL EM FALHAS 0SSEAS
Reyes, L. C. V., Rollo, J. M. D. A., Aranha, N. e Silva Jr., N. F.
P6s-gradua<;ao Interunidades Bioengenharia EESC/FMRP!IQSC, Sao Carlos, SP
Biomateriais sao implantes sinteticos utilizados a firn de interagir com sistemas biologicos. Os vidros bioativos tern sido
usados em Medicina e Odontologia, corn o objetivo de otimizar a ossifica~ao.
0BJETIVO: Neste trabalho buscou-se, por meio de urn estudo experimental ern coelhos, abreviar o perfodo de convalescen~a
de urn rnembro em processo de reparo osseo com a utiliza~ao de um vidro bioativo e avaliar as etapas de consolida~ao
ossea ern diferentes perfodos.
MtTODOS: Foram utilizados 24 coelhos machos, adultos, da ra~a Nova Zelandia corn peso corporeo entre 2,6 e 4,0 Kg.
As osteotomias foram realizadas na tuberosidade anterior da tfbia direita dos animais. Foram feitos dois oriffcios, de 2
rnrn de diarnetro, irnediatarnente abaixo da regiao patelar; o proximal foi preenchido com uma mistura de biovidro e sangue
do proprio animal e o distal permaneceu vazio, compondo o grupo controle. 0 total de animais foi dividido ern tres subgrupos
corn sacriffcio programado para 15, 30 e 45 dias, apos o procedimento cirurgico. Foram realizados exames radiologicos apos o ato cirurgico e no sacriffcio do animal, constituindo, assim, urn parametro de compara~ao qualitativa do processo
de otimiza~ao nas osteotomias preenchidas com biovidro.
RESULTADos: As avalia~6es radiologicas indicaram que o biomaterial otirnizou o processo de reparo, quando comparado corn o grupo controle. As imagens radiologicas dos tres grupos de trabalho- ern particular o grupo de 15 dias- evidenciararn
urna acelera<;ao no reparo das osteotornias. Analises histologicas ern andarnento vern corroborando os resultados e evidencias
radiologicas obtidas.
APOIO FINANCEIRO: Fapesp (processo 98/11426-7).
114
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
Rev. Bras. Fisiot.
ESTUDO DA PREVALENCIA DE SINAIS E SINTOMAS DE DESORDEM CRANIOMANDIBULAR EM
UNIVERSITARIOS
Pedroni, C. R., Oliveira, A. S. e Guaratini, M. I.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETivo: Estudar a prevalencia de sinais e sintomas de DCM em universitarios de ambos os sexos, com idades entre
19-25 anos (x = 21,5 ± 1,313), por meio da analise dos itens observados em urn questionario e exame ffsico.
MATERIAL_E METODos: Por meio da avalia~ao ffsica e aplica~aode questionario (RGO, 42. 161-164, I994), 50 indivfduos
foram classificados segundo alguns fatores que estao envolvidos com a DCM. A presen~a de sons nos movimentos da articula~ao
temporomandibular (ATM), as medidas de amplitude de movimento, presen~a de dor ou sensibilidade nos musculos mastigat6rios,
classifica~ao oclusal e postura de cabe~a, coluna cervical e ombros foram alguns dos itens avaliados.
RESULTADOS: Do total de indivfduos avaliados, 68% apresentava algum grau de DCM. Apenas 15,62% das mulheres (n =
32) nao apresentou nenhum grau de DCM, enquanto 46,87% apresentou desordem !eve, 28,12%, desordem moderada
e 9,37% apresentou desordem severa. Entre os homens (n = 18), 6I, II% nao apresentou DCM, enquanto 33,33% apresentou
desordem !eve e 5,55%, desordem moderada. A porcentagem de indivfduos com posicionamento normal de ombros, coluna
cervical e cabe~a diminufa con forme aumentava a severidade da DCM, a presen~a de rufdos articulares e sensibilidade a palpa~ao da musculatura mastigat6ria era maior em indivfduos com graus maiores de DCM. Todos os voluntarios
classificados como DCM severa apresentavam maloclusao classe II. Nao foram encontradas limita~6es de movimento
mandibular, as medidas estao em concordancia com os valores medios propostos na literatura.
CoNCLusA.o: A presen~a dos sinais e sintomas avaliados foram proporcionalmente maiores de acordo com a severidade da DCM. Estudos de prevalencia de sinais e sintomas de DCM sao importantes para identificar fatores de risco, fatares etiol6gicos e para o desenvolvimento de medidas preventivas; sendo necessarios estudos complementares.
A
INFLUENCIA Do RITMo E G:ENERo NA INcm:ENciA DE LEs6Es MuscuLo-EsQUELETicAs EM
TRABALHADORES DE UM MESMO SETOR INDUSTRIAL
Bertoncello, D., 1 Batista, L. H., 1 Cunha, M. R. da, 1 Walsh, I. P. 2 e Coury, H. J. C. G. 1
1Departamento de Fisioterapia, UFSCar; 2Faber-Castell S.A.
Grande controversia tern surgido na discussao sobre fatores promotores dos disturbios 6steo-musculares relacionados
ao trabalho. Por varios fatores (hormonais, biomeciinicos, constitucionais) as les6es tern sido consideradas mais freqiientes
em mulheres.
0BJETIVO: 0 objetivo deste trabalho foi comparar a incidencia de les6es e ritmo de trabalho entre trabalhadores do sexo
feminino e masculino que exerciam a mesma atividade em urn mesmo setor industrial.
METODos: Participaram da pesquisa sete mulheres e sete homens, funcionarios ha aproximadamente urn ano de urn setor de escolha de lapis. Eles responderam a urn roteiro de quest6es referentes ao tempo de trabalho na empresa e caracteriza~ao
de provaveis sintomas que eles pudessem apresentar. Atraves de urn cronometro, foi verificado o tempo necessaria para
cada funcionario escolher urn conjunto de aproximadamente dez grosas de lapis. Foi aplicado urn test-T para comparar o ciclo de trabalho entre os dois grupos. As informa~6es sobre sintomas foram analisadas descritivamente.
REsULTADOS: 0 numero de regi6es corp6reas acometidas (duas) nos dois sexos foi similar. Igualmente, nao houve diferen~a estatisticamente significativa ao comparar a media do ritmo de trabalho entre eles para realizar a tarefa (p = 0,341).
Apesar de nao significativo, houve uma tendencia de algumas mulheres serem mais rapidas no trabalho em rela~ao aos
homens, o que pode ser devido aos diferentes modos operat6rios desenvolvidos por elas. A analise dos dados pessoais
indicou a faixa etaria das mulheres variando de 2I a 35 anos com urn tempo medio de servi~o de 16 meses; para os homens,
a idade ficou entre 20 e 25 anos, tendo em media I2 meses de servi~o. A sensa~ao de dolorimento foi mais comum para
os homens, enquanto a de queima~ao foi mais caracterizada entre as mulheres. 0 local onde mais apresentaram sintomas foi a coluna cervical seguido da coluna lombar, para ambos os sexos.
CoNcLusA.o: Nao houve diferen~as significativas entre os sintomas relatados pelos dois sexos quando foram comparados em situa~6es identicas de trabalho. Nos dois casos os sintomas eram predominantemente discretos, podendo ser classificados
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
115
nos estagios iniciais de LER/DORT. A postura sentada, adotada na realiza~ao da tarefa, pode ser fator desencadeante
para os sintomas na coluna.
APOIO FINANCEIRO: A. W. Faber-Castell S.A.
ESTUDO DAS INFORMA(::OES PROPRIOCEPTIVAS E CINESTESICAS EM SUJEITOS COM LESAO
UNILATERAL DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
Martins, A. L. P., Toledo, I. C., Shiguemoto, G. E., Castro, C. E. S., Oliveira, A. S. e Guaratini, M. I.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETIVO: Avaliar possfveis
ta Cruzado Anterior (LCA).
altera~6es
da
propriocep~ao
e da cinestesia em sujeitos com lesao unilateral do Ligamen-
MATERIAL E METODos: 0 equipamento utilizado no teste foi o dinamometro isocinetico BIODEX Mult-Joint System 2
da Medical Systems eo procedimento, aquele padronizado pelo Advantage Software v.4.5. Foram avaliados dez indivfduos com lesao do LCA, atletas amadores do sexo masculino, com idade entre 20 e 29 anos (25,3 ± 2,98), todos submetidos
a tratamento conservador. Foi realizada uma avalia~ao ffsica na qual se observou a realiza~ao ou nao do diagn6stico artrosc6pico,
a medida da perimetria, tempo de lesao e o tempo de artroscopia. Os testes feitos foram comparativos entre os dois membros,
o lesado eo nao lesado. A medida foi feita a partir da diferen~a em graus entre o angulo alvo pre-determinado (45") e
o angulo atingido pelo indivfduo. Os indivfduos foram avaliados uma unica vez, sendo que essa avalia~ao constou da
realiza~ao de tres etapas para cada membro: posicionamento ativo, posicionamento passivo e cinestesia, com tres repeti~6es
de cada etapa, iniciando-se pelo membro nao lesado. A analise dos dados foi feita utilizando o Teste-t de Student (p :s;
0,05), juntamente com uma analise descritiva.
RESULTADOS E CoNcLusA.o: Neste estudo, os resultados encontrados nao apresentaram diferen~a estatisticamente significativa em nenhuma das etapas do procedimento, e os indivfduos apresentaram valores muito heterogeneos entre si. No
grupo dos indivfduos com lesao cronica os valores encontrados para a cinestesia ficaram muito pr6ximos do valor de
significancia proposto, mas nao foram estatisticamente significativos.
SOBRECARGA E DoRT NA ATIVIDADE DO FISIOTERAPEUTA
Vieira, E. R. e Fomasari, C. A.
Faculdade de Ciencias da Saude- Curso de Fisioterapia, Unimep.
0BJETivos: Avaliar as atividades executadas durante o estagio supervisionado em ortopedia e postura em uma clfnica
de Fisioterapia e a presen~a de riscos para o surgimento dos Disturbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
MATERIAL E METODos: 0 estudo avaliou as atividades executadas por dez estagiarios, durante as sete semanas de estagio supervisionado em ortopedia e postura em uma clfnica de Fisioterapia; a popula~ao do estudo possui idade variando entre 20 e 25 anos (media de 22,5 anos), sendo nove do sexo feminino e urn do sexo masculino. A partir da aplica~ao
de questionarios avaliou-se a sobrecarga decorrente da jornada de estagio e a dor presente nesta atividade, caracterizando
as diversas situa~6es da atividade.
RESULTADOS: Dos participantes, 60% apresentam dor classificada como minima, com predomfnio na regiao lorn bar (50%).
Os perfodos de maior intensidade da dor foram o da tarde (50%) e o fim da semana (83% ), todavia.J 00% dos estagiarios consideram a dor toleravel eo repouso a elimina em 33% e a melhora em 67%. 0 cansa~o ou desconforto segmentar
e sensa~ao de peso esta presente em 67% dos estagiarios e I 00% apresentaram sobrecarga minima, entretanto ha sobrecarga
intrfnseca nas atividades executadas pelos estagiarios. Os materiais a serem utilizados nao estao dentro da area de alcance, sendo necessarios deslocamentos consecutivos e os estagiarios nao apresentam uma boa postura durante os atendimentos.
CoNcLusA.o: Esta atividade pode levar adore a demais sintomatologias relacionadas aos DORT se executadas por urn
Iongo perfodo; entretanto, o tempo de exposi~ao de quatro horas/dia, cinco dias/semana, durante sete semanas; nao representa alto risco. As atividades realizadas pelo Fisioterapeuta sao desgastantes, principalmente quando associadas a
posturas e a mobiliarios inadequados; portanto, programas de adequa~ao ao trabalho sao necessarios devido a multifatoriedade
dos DORT.
116
IX SIMP6SIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
REABILITA~A.o DE PACIENTE SuBMETmo
A.
Rev. Bras. Fisiot.
REcONSTRuc;A.o DO LIGAMENTO CRUZADO
PosTERIOR - EsruDo DE CAso
Zaitune, C. R., Paccola, C. J. A. e Hussein, A. M.
Setor de Reabilita~ao Neuromuscular do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirao Preto, USP
08JETivo: 0 foco deste trabalho foi o estudo anatoinico do joelho e a aplica~ao de urn protocolo para o tratamento de
pacieilte submetido a reconstru~ao do ligamenta cruzado posterior (LCP).
MATERIAL E M:EToDos: Foi sugerida a utiliza~ao de urn protocolo anteriormente aplicado para pacientes submetidos a
reconstru~ao do ligamenta cruzado anterior (LCA) a fim de haver uma compara~ao dos resultados funcionais e tempo
de reabilita~ao. Este foi semelhante ao desenvolvido inicialmente por Shelbourne & Nitz emodificado por Cohen. 0
· paciente apresentava lesao cronica de LCP devido a acidente motociclistico e foi submetido a reconstru~ao deste ligamenta com tendao de Aquiles hom6logo e auxilio artrosc6pico. 0 tempo de acompanhamento foi de 16 semanas, sendo que o paciente foi tratado durante quatro meses no ambulat6rio e, posteriormente, foram agendados retornos mensais,
ate o lOll mes p6s-operat6rio.
RESULTADos: Os resultados mostraram que houve ganho na amplitude de movimento e no trofismo muscular, que se igualaram
ao da perna nao operada. 0 exame subjetivo revelou melhora da dor, da instabilidade antero-posterior do joelho e dos
falseios. Ao exame clinico o paciente apresentou subluxa~ao posterior passiva da tibiae teste de Lachman com excursao positiva, entretanto urn ponto final firme.
CoNCLusA.o: Os resultados sugerem o sucesso da cirurgia e do tratamento fisiotenipico. Podemos concluir tambem que
o protocolo anteriormente aplicado para pacientes submetidos areconstru~ao do LCA obteve efeito quando aplicado a
paciente operado para LCP.
APoio FINANCEIRo: Fundap.
ANALISE DA V ARIA~A.o DAS Posu;oEs DA TiBIA SoBRE A ATIVIDADE EutTRICA DOS
MuscULos VAsTo MEDIAL OBLIQuo E VAsTo LATERAL LoNGo EM
EXERCICIOS DE CADEIA CINETICA FECHADA
F. V., 1 Berzin, F.,2 Gil, I. A.,2 Bevilaqua, D. G. e Pedro, V. M. 1
1Departamento de Fisioterapia, UFSCar; 2Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Unicamp
Cabral, C. M.
N., 1 Serrao,
0BJETIVOS: Varios estudos eletromiograficos tern sido realizados para avaliar a a~ao do musculo quadriceps e seus componentes,
especialmente na execu~ao de exercicios em cadeia cinetica fechada. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi comparar a atividade eletrica do musculo vasto medial obliquo (VMO) com a do musculo vasto laterallongo (VLL) durante
a execu~ao de exercicios isotonicos no equipamento Leg-press horizontal Vitally, variando a rota~ao da tibia.
MATERIAL E M:ETODos: A atividade eletrica dos musculos VMO e VLL foi investigada em dez individuos adultos saudaveis e nao sedentarios (21,9 ± 1,19 anos), por meio de urn Conversor Anal6gico-Digital de 16 canais com programa
de Aquisi~ao de Dados (Lynx Tecnologia Eletronica Ltda.) e eletrodos diferenciais de superflcie (Delsys Inc.). 0 exercicio
realizado foi de contra~ao isotonica de resistencia maxima (CisotRM), partindo de 120° de flexao do joelho ate a extensao total no Leg-press, variando a rota~ao da tibia em neutra, medial e lateral. Os registros eletromiograficos foram
mensurados pela raiz quadrada da media (RMS), em mV; e normalizados como porcentagem da contra~ao isometrica voluntaria
maxima (CIVM) de extensao do joelho com as articula~oes do quadril e joelho flexionadas a 90° e o tornozelo em posi~ao neutra realizada na mesa flexo-extensora. A analise estatistica empregada foi o teste de Wilcoxon em nivel de 5%
de significancia.
REsULTADos: Nao houve diferen~a estatisticamente significativa entre a atividade eletrica dos musculos VMO e VLL para
o exercicio de ClsotRM em nenhuma das rota~oes da tibia estudadas.
CoNCLusA.o: Os dados desta pesquisa, dentro das condi~oes experimentais utilizadas, sugerem que os exercicios isotonicos
de resistencia maxima realizados no Leg-press com varia~ao da posi~ao da tibia nao favorecem o recrutamento seletivo do musculo VMO em rela~ao ao VLL.
APOIO FINANCEIRo: CNPq, Projeto Integrado de Pesquisa nll524190/96-8.
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
117
AnvmADE EutTRICA Do MuscuLo VAsTo MEDIAL OBLIQuo No ExERcicm
ISOMETRICO DE EXTENSAO DO JoELHO COM QUADRIL EM ADm;A.o
Coqueiro, K. R. R., 1 Bevilaqua-Grsso, D. G} Cabral, C. M. N., 1 Berzin, F., 2 Vitti, M. 3 e Pedro, V. M. 1
Departamento de Fisioterapia, UFSCar; 2Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Unicamp; 3Faculdade de
·
Odontologia de Ribeirao Preto, USP
1
0BJETivos: A proposta deste trabalho foi analisar a atividade eletrica do musculo vasto medial oblfquo (VMO) no exercfcio
isometrico de contra~ao maxima de extensao da articula~ao do joelho flexionado a I5", com a articula~ao do quadril
a 15° alem da linha media e em posi~ao neutra, realizado na mesa flexo-extensora.
MATERIAL E MtToDos: 0 musculo VMO foi analisado eletromiograficamente em I5 voluntarios saudaveis (5 mulheres
e I 0 homens ), com idade variando de I9 a 33 anos (24,4 ± 4, I), por meio de urn eletromi6grafo VIKING II (Nicolet Biomedical
Instruments) de oito canais. 0 programa utilizado foi ode Atividade Voluntaria Maxima (MVA) usando-se mini eletrodos
de superffcie tipo Beckman. Cada voluntario realizou os seguintes exercfcios: duas contra~oes isometricas maximas durante
cinco segundos sentado em uma mesa flexo-extensora com o joelho flexionado a 15'> e a articula~ao do quadril em posi~ao neutra e o mesmo exercfcio com a articula~ao do quadril aduzida a I5". Os registros eletromiograficos foram mensurados
pela raiz quadrada da media (RMS), em mV, e submetidos a analise de variancia (ANOVA), usando-se o teste de Tukey,
em nfvel de 5% de significancia.
RESULTADOS: Os resultados mostraram que a atividade eletrica do musculo VMO registrada no exercfcio isometrico de
contra~ao maxima de extensao da articula~ao do joelho fletida a 15", com a articula~ao do quadril em posi~ao neutra
nao apresentou diferen~a significativa em rela~ao ao mesmo exercfcio realizado com a articula~ao do quadril aduzida
a 15" alem da linha media.
CoNcLusoEs: 0 posicionamento do quadril em adu~ao parece nao ter favorecido a atividade do mtisculo VMO. Portanto,
para sua recupera~ao seletiva o posicionamento do quadril pode ser escolhido considerando-se as condi~oes biol6gicas
individuais dos pacientes.
APOIO FINANCEIRO: CNPq.
INFLUENCIA DA ESTIMULA<;AO GALVANICA DO SISTEMA VESTIBULAR SOBRE A
MARCHA NoRMAL E PATOLOGicA: EsTuDo PRELIMINAR
Pozzi, L. G., Rodrigues, L. P. e Mariani, 0. S.C.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJEnvos: 0 objetivo deste trabalho e avaliar e comparar a marcha de indivfduos normais com patol6gicos sob a influencia de estimula~ao eletrica galvanica transmaleolar, explicitando os efeitos desta sobre o sistema vestibular.
MATERIAlS: Gerador universal de pulsos NeMESys 941; eletrodos de 2 cm 2 (borracha e esponja); fita crepe para demarca~ao;
fita elastica para fixar os eletrodos; camera de vfdeo; venda para os olhos.
MtToDos: Anteriormente a avalia~ao do indivfduo pato16gico, dez sujeitos normais do sexo masculino com idade media de 22 anos foram avaliados. A partir desses, a marcha do indivfduo pato16gico com o estfmulo eletrico foi observada e comparada.
RESULTADOS: No primeiro teste com indivfduos normais os desvios de marcha foram: sem estfmulo 1,5° E (esquerda)
e 2,8° D (direita)- media, 6°- maxima e oo- mfnima; com estfmulo no sentido E ~ D = 4,7° D- media, 10° D- maxima e oo- mfnima; com estfmulo D ~ E =6,7° E- media, 17o E- maxima e oo- mfnima. No segundo teste como
indivfduo pato16gico os desvios de marcha foram: sem estfmulo = 9° D; com estfmulo no sentido E ~ D = 19° D; com
estfmulo no sentido D ~ E = 9° D.
=
CoNcLusA.o: Conclufmos que a estimula~ao galvanica no sistema vestibular produz desvios de marcha em sujeitos privados da visao. Essa estimula~ao, por meio das gap junctions, produz uma diminui~ao das aferencias vestibulares do
!ado do anodo que faz com que indivfduos desviem para o mesmo !ado. Esse desvio pode ser corrigido por meio dos
inputs proprioceptivos. Quanto maior a intensidade da corrente, maior sera o desvio da marcha. Se a estimula~ao eletrica galvanica pode promover uma inibi~ao nao apenas temporaria, mas que com o tempo consiga permanentemente reduzir
as aferencias vestibulares, urn tratamento para Iesoes vestibulares, somente estudos futuros poderao comprova-la, para
entao esta ser utilizada como terapia segura e eficaz para les6es unilaterais do sistema vestibular.
118
IX SJMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
Rev. Bras. Fisiot.
EsTUDO CoMPARATlVo DO ToRQUE EM CoNTRA~A.o IsoM:ETRICA VoLUNTARIA MA.xiMA E
CoNTRAc;A.o IsoMETRICA ELETRICAMENTE EuciADA
Ladeira, G. M., Meschiatti, C. E. L., Campos, J. E. A., Guaratini, M. I. e Castro, C. E. S.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETIVos: 0 objetivo do trabalho e avaliar o torque gerado pelo musculo quadriceps femoral, com o dinamometro isocinetico
BIODEX, nas condi~oes de: CIVM (contra~ao isometrica voluntaria maxima), EE (eletro estimula~ao) e EE em conjunto
com CIVM, verificando qual dos tres metodos e mais efetivo na gera~ao de for~a.
MATERIAlS: Dinamometro Isocinetico Computadorizado BIODEX (modelo Biodex Multi-Joint System 2); estimulador
neuromuscular transcuHineo da marca QUARK (modelo DUALPEX 961) com medidor exato de rnA; eletrodos de borracha
tratada com carbona; bicicleta ergometrica estacionaria (Vitally); goniometro universal (Carci); microcomputador Pentiumll
e Software MS~Excel 7.0.
METODOS: Fonim avaliados 13 indivfduos de ambos os sexos, com idade entre 19 e 28 anos (21 ,9 ± 2,4) nao atletas, selecionados
da popula~ao de estudantes da UFSCar.
RESULTADos: A contra~ao eliciada eletricamente atingiu uma porcentagem entre 14,5% e 24,9% da CIVM, ao contrario do que afirmam alguns autores e nao ha diferen~a de Pico de Torque entre as CIVM e as CIVM + EE, analisando
o CCP.
CoNcLus.Ao: Apesar dos resultados, por falta de uma literatura mais especffica sobre o ass unto, sugere-se mais estudos
futuros que venham ratificar ou nao os resultados encontrados.
FISIOTERAPIA NA DisFuNc;A.o TEMPORO-MANDIBULAR: EsTuDo DE CAso
Ferreira, J. A., Pedroni, C. R., Yanomine, K. S., Hamasaki, C. T. e Parizzoto, N. A.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETivos: Este e urn estudo de caso de Fisioterapia em urn quadro de
que foi atendido no Ambulat6rio de Fisioterapia da UFSCar.
disfun~ao
da
articula~ao
temporo-mandibular (DTM)
METODOLOGIA: Realizada a avalia~ao postural da paciente para identificar possfveis correla~oes de suas altera~oes posturais
com a DTM, palpa~ao extra e intrabucais dos musculos mastigat6rios e palpa~ao dos musculos superficiais da cintura
escapular. Para avalia~ao inicial e registro da evolu~ao do quadro utilizou-se dois parametros: a medida das amplitudes
de movimentos (ADM) da ATM e o registro da dor por meio de urn a esc ala analogo-visual. A avalia~ao do com portamenta da dor foi realizada por meio de uma linha de base previa ao tratamento (3 sessoes) e reavalia~oes no infcio de
cada sessao de fisioterapia. 0 tratamento foi de 6 sessoes de 50 minutos, nas quais foram utilizadas aplica~oes de pressao
manual sobre o ponto ou tambem chamadas de compress6es isquemicas visando a inativa~ao dos pontos-gatilho e o relaxamento
dos grupos musculares acometidos na cintura escapular e da mecanica mastigat6ria e cinesioterapia especffica para esse
mesmo grupo. Tambem foram realizadas a cada sessao aplica~oes bilaterais de laser (HeNe., a 2 Joules/cm 2) sobre o pontogatilho (trigger point) do musculo masseter.
RESULTADos: 0 quadro clfnico da paciente apresentou urn padrao de retifica~ao da lordose cervical e inativa~ao dos pontosgatilho miofasciais associados a DATM. Houve com o tratamento urn ganho significativo da ADM na lateraliza~ao da
ATM, 86,7% e 100%, respectivamente, a esquerda e a direita, aproximando-se de padroes mais aceitaveis de mobilidade
para o indivfduo e constatou-se uma redu~ao de aproximadamente 50% da percep~ao da dor, a qual manteve-se nesse
patamar da sa a 8a sessao, sofrendo uma pequena altera~ao para 25% de redu~ao na 9~ e ultima sessao.
CoNcLus.Ao: Os resultados obtidos demonstraram uma a~ao efetiva dos recursos fisioterapicos empregados e estao de
acordo com a literatura sabre a a~ao terapeutica do laser sobre pontos-gatilho miofasciais. 0 estudo demonstra tambem
a importancia da ado~ao de parametros objetivos para uma correta avalia~ao da evolu~ao do caso.
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
0
119
APRENDIZADO DA TECNICA DE MASSAGEM ORIENTAL SHANTALA POR MAES E
SuA RELA<;A.o coM o FoRTALECIMENTo Do ViNCULo AFEnvo
Santos, G., Tabata, F. T. e Baldi, D. L.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETivos: Dada a importancia que a forma<;ao do vfnculo tern na futura vida do ser humano em constitui<;ao, o objetivo deste trabalho foi de ensinar a tecnica de massagem oriental Shantala para maes avaliando se houve o aprendizado e observar tambem ate que ponto esta tecnica fortalece o vfnculo afetivo entre maes e filhos.
MATERIAL E METODOS: Participaram do trabalho 4 duplas mae/filho, sendo que as crian<;as tinham idade de 0 a 2 anos
e a faixa etaria das maes variou de 23 a 35 anos. Foram administradas 3 aulas pratica-te6ricas com dura<;ao de 2 horas
cada. Na primeira aula as maes responderam a urn questionario que tinha a finalidade de avaliar seus conhecimentos sabre
a massagem e quantificar a intensidade do vfnculo existente, tambem foram filmadas massageando seus bebes sem conhecimento previa da tecnica. Foi realizada aula expositiva e a tecnica foi demonstrada em uma boneca, as maes reaIizavam a massagem em seus filhos posteriormente, isto ocorreu nas 3 aulas. Na terceira aula as maes foram novamente
filmadas realizando a massagem completa em seus bebes e responderam ao mesmo questionario aplicado na primeira
aula para compara<;ao dos dados. Para o estudo do vfnculo entre maes e filhos, utilizou-se como parametros a quantidade de contato ffsico, de sorriso e choro do bebe e troca de olhares entre a mae e o filho.
RESULTADos: Por meio destes indicativos observou-se que o vfnculo ap6s as aulas aumentou. Quanta ao aprendizado foi
constatado que houve aumento expressivo do conhecimento da tecnica de massagem oriental Shantala por todas as maes
participantes.
CoNcLusA.o: Tendo em vista os resultados obtidos por meio da metodologia de avalia<;ao, tais como o questionario e as
filmagens aplicadas pre e p6s-aulas, pode-se concluir que as maes aprenderam a tecnica Shantala de massagem oriental e que esta teve participa<;ao no fortalecimento do vfnculo afetivo.
EsTuDo CoMPARAnvo DA SATURA<;A.o DO Fuso MuscuLAR VISANDO
A MELHORA DA FuN<;A.o
SENS6RIO-MOTORA, CoNTRIBUINDO PARA UMA MARCHA MAis FuN ClONAL DO AVE
Bassan, A., Fregonesi, C. G., Soares, N; C., Ogata, G., Neto, L. F. M., Cirillo, F. P., Sauro, E. E. e
Semen<;ato, Jr. A. E.
Faculdades Salesianas de Lins, Curso de Fisioterapia
0BJETivo: 0 presente trabalho tern por objetivo promover a satura<;ao do fuso muscular na regiao plantar do pe lesado
de pacientes com sequela de Ataque Vascular Encefalico Isquemico (AVEI), na tentativa de promover uma melhora da
fun<;ao sens6rio-motora.
MATERIAL E METODos: Foram avaliados e tratados oito indivfduos de ambos os sexos, portadores de AVEI, com idade
de 40 a 70 anos, subdivididos em dois grupos A e B, o grupo A apresentava movimento ativo de dorsiflexao do tornozelo lesado, ja o grupo B nao. Os indivfduos foram posicionados sentados na borda do tablado com o membra inferior
lesado pendente, submetido a goniometria passiva e ativa do movimento de dorsiflexao antes do infcio do procedimento.
0 protocolo de tratamento e tempo utilizado foi identico para os dais grupos: primeiramente, utilizava-se estfmulo doloroso e sucessivo com alfinete cutaneo para teste de sensibilidade durante dez segundos, respeitando o limiar doloroso, e ap6s utilizava-se a estimula<;ao termica com gelo em cubo, na regiao plantar dope lesado. Ap6s esta etapa, os indivfduos
eram incentivados a deambularem contatando a face anterior do pe lesado em sacos de gelo dispostos no solo durante
a fase de apoio da marcha. 0 protocolo foi vfdeo filmado para analise e estudo.
RESULTADos: Em todos os indivfduos foi observado movimento de dorsiflexao tanto na estimula<;ao termica quanta dolorosa.
0 grupo A relatou sensa<;6es de dor e temperatura condizente aos estfmulos: e o movimento de dorsiflexao era realizado
dentro dos padroes de normalidade; no momenta da deambula<;ao o pe manteve-se em uma posi<;ao mais funcional para
a marcha. Todos os indivfduos do grupo B relataram sensa<;6es nao condizentes ao estfmulo termico e doloroso, sendo
referidos como "choque"; o pe realizava movimento de dorsiflexao associado a inversao, e ap6s algumas estimula<;6es
houve uma redu<;ao do movimento de inversao, promovendo uma posi<;ao mais funcional do pe acometido.
CoNcLusA.o: Conclui-se que utilizando a estimula<;ao dolorosa e termica, o grupo A obteve melhora da sensa<;ao e sentido
da posi<;ao desse movimento, mantendo por mais tempo o pe lesado na posi<;ao neutra, ao deambular observou-se uma
posi<;ao mais funcional do pe lesado. Sendo que o grupo B nao obteve resultados satisfat6rios durante a estimula<;ao.
120
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
APLICA<;A.o DO LASER DE H"Euo NE6NIO AssociADO As VITAMINAS Do CoMPLExo
Rev. Bras. Fisiot.
B
NO
PRocEsso DE REPARA<;A.o E TRATAMENTO DE FERIDAS CuTANEAS EM RATos
Koeke, P. U., Carvalho, P. T. C., Cirillo, F. P., Sauro, E. E. e Neto, L. F. M.
Faculdades Salesianas de Lins, Curso de Fisioterapia
0BJETIVO: 0 presente estudo tern por objetivo abordar de forma comparativa os possfveis efeitos do complexo B associado ao tratamento com laser de Helio Neonio (HeNe), demonstrando histol6gicamente se ha ou nao processos de acelera~ao
da divisao celular por segunda inten~ao.
METODos: Foram utilizados 30 ratos Wistar com idade de 90 dias, pesando entre I20-I50 grs, divididos em tres grupos,
sendo o primeiro de controle, o segundo tratado com terapia laser e urn terceiro com terapia laser associada a aplica~ao de complexo vitamfnico B; em que cada grupo continha dez animais, que foram submetidos a inje~6es de formol
a IOO% na camada subcutanea da regiao dorsal, provocando escaras de aproximadamente 9,4 cm 2 • 0 grupo tratado com
terapia laser foi submetido a exposi~ao de laser Helio Neonio (HeNe), a 40 mJ sob a forma de varredura por urn tempo de I minuto e 50 segundos aproximadamente. Os animais do grupo tratados pela irradia~ao laser e complexo vitamfnico
foram submetidos ao mesmo protocolo anterior e concomitante aplica~ao de 0,2 ml de complexo B "ARISTON" aplicado diretamente na regiao das escaras.
RESULTADos: Ap6s a coleta das amostras e verifica~ao pela microscopia de luz, no grupo controle a cicatriza~ao desenvolveuse dentro dos parametros ja descritos pela literatura e, alem disso, observou-se nos vasos uma quantidade de neutr6filos
aumentada. Nos animais tratados apenas com terapia laser, a quantidade de neutr6filos diminui a medida que o numero de fibroblastos aumenta; e nos animais tratados com laser mais complexo B, a cicatriza~ao ocorreu de forma acelerada com uma quantidade de neutr6filos diminufda nos vasos e uma rapida forma~ao de tecido de granula~ao.
CoNCLusA.o: Pode-se concluir que a laserterapia, quando associada ao uso do complexo B, apresenta resultados superiores
as tecnicas tradicionais, sendo urn recurso adicional nos processos de cicatriza~ao.
APOIO FINANCEIRO: Faculdades Salesianas de Lins - Curso de Fisioterapia.
TRATAMENTO CINESIOTEAAPICO PRECOCE EM P6S-OPERATORIO DE ARTRODESE LOMBAR COM
PARAFUSO TRANSPEDICULAR
Mattar, F. L., 1 Fanelli, V. A., 1 Balan, S. M., 1 Mange, L. B., 1 Alexandre, R. G. F. C. 1 e Boullosa, J. L. R. 2
Clfnica de Fisioterapia, Grupo Sao Francisco; 2Servic;:o de Coluna do Hospital Sao Francisco
1
Na instabilidade lombar ocorrem freqi.ientemente transla~ao vertebral e hemia~ao discal. For~as compressivas axiais aumentam
a rota~ao vertebral e a degenera~ao discal, pois o colageno resiste melhor ao estiramento em detrimento da compressao. 0 colageno esta ricamente presente nos tecidos de sustenta~ao dinamicos da coluna. No caso de interven~ao cirurgica,
o tempo previsto para cicatriza~ao dos tecidos ricos em colageno e cerca de tres semanas, porem e por volta da I2~ semana que as propriedades biomecanicas sao restabelecidas.
0sJETivo: Objetivou-se aplicar exercfcios seguros, em indivfduos submetidos a artrodese lombar via posterior com parafuso
transpedicular, durante as 12 primeiras semanas de p6s-operat6rio, a fim de facilitar a sustenta~ao dinamica da coluna
METODos: Foram estudados sete indivfduos de abril de 1999 a fevereiro de 2000, com media de idade de 46,6 anos, encaminhados clinic a de fisioterapia do Grupo Sao Francisco ap6s a retirada dos pontos cirurgicos, por volta do I Q!! dia
p6s-operat6rio. Todos fizeram uso de colete de Putting durante todo o perfodo de tratamento. As sess6es tiveram dura~ao de cerca de uma hora e freqi.iencia de tres vezes por semana. Foram propostos tres tipos de exercfcios, cada urn
realizado dez vezes: exercfcios abdominais com contra~ao isometrica, na posi~ao de Fowler, para evitar qualquer bra~o de alavanca na col una lorn bar, com contra~ao de I 0 segundos no primeiro mes, 20 segundos no segundo mes e 30
segundos no terceiro mes; com repouso invariavel de 30 segundos entre as contra~6es; exercfcios respirat6rios diafragmaticos
profundos sem que houvesse movimento de bascula pelvica; exercfcios de alongamento de musculos responsaveis por
movimentos do quadril no plano sagital, para evitar estresse nos pedfculos vertebrais lombares.
a
RESULTADOS E CoNcLusA.o: Ao final do terceiro mes, a retirada da 6rtese ocorreu com seguran~a, pais os controles abdominal e diafragmatico simultaneos resultaram em uma coluna mais estavel do ponto de vista biomecanico, sem prejufzo da fixa~ao do parafuso transpedicular.
APmo FINANCEIRO: Grupo Sao Francisco.
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
121
EsTuDo Do PADRA.o DE Suc<:A.o NA.o-NUTRITIVA DE RECEM-NAscmos PRE-TERMO
Alves, C. R. J. e Tudella, E.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETIVos: 0 presente estudo objetivou caracterizar a suc~ao nao-nutritiva (SNN) segundo a organiza~ao de seus parametros
temporais no recem-nascido pre-termo.
MtToDos E RESULTADos: Foram avaliados 20 recem-nascidos pre-termo (RNPT) considerados clinicamente estaveis, de
ambos os sexos (11 feminino e 9 masculino), idade gestacional (lg) de 33,65 semanas (± 2,25), Iodice Apgar. medio de
7,4 no I !l minuto e 8,6 no 5u minuto, e peso medio de 1.904 g (± 349,9). Estes foram agrupados segundo as faixas de
Ig: 30-31, 32-33; 34-35 e 36-37 semanas e avaliados no primeiro dia de vida. A fim de eliciar a SNN e avaliar os parametros
sue/min, suc/s, burst/min, sue/burst, tpausa e suc~6es isoladas introduziu-se o dedo mfnimo enluvado do examinador,
previamente mergulhado em solu~ao de sacarose, na cavidade bucal do RNPT. Realizou-se a contagem das suc~6es em
voz suficientemente alta para possibilitar o registro em urn gravador portatil. Estes dados foram transcritos para posterior analise. A aplica~ao do teste de Kruskal Wallis demonstrou haver diferen~as significativas apenas para OS burst/min
(p < 0,05) entre as faixas de 34-35 semanas e as inferiores a esta. Entretanto, verificou-se uma tendencia de aumento
para sue/min, burst/min, sue/burst e tpausa na Ig de 34-35 semanas, e urn decrescimo para suc~6es isoladas e tpausana
Ig de 36-37 semanas.
C:::oNcLus6Es: Sugere-se que a matura~ao da suc~ao nao-nutritiva seja dependente da idade gestacional, ou seja, quanta maior a idade gestacional, mais organizado se torna os parametros temporais da suc~ao nao-nutritiva. 0 metoda de
avalia~ao empregado possibilitou descrever o padrao da suc~ao nao-nutritiva do recem-nascido pre-termo expresso em
valores numericos e, desta forma, o mesmo pode ser utilizado para averiguar o efeito de protocolos de interven~ao oromotora.
APOIO FINANCEIRO: Capes.
IMPORTANCIA DO TRABALHO PSICOMOTOR NA REABILITAf;AO NEUROLOGICA
Rocha, N. A. F., 1 Guimaraes, E. L.2 e Tudella, E. 3
FUNEC/FISA; 2Unifenas/MG; 3DFisio/UFSCar
1
0BJETIVO: Verificar a importancia do trabalho psicomotor em crian~as com disturbios neurol6gicos.
MtToDos E REsULTADos: Foram estudadas 15 crian~as com idade media de 3,86 anos (± 3,71). Destas, 40% eram portadoras de paralisia cerebral, 6,67% mielomeningocele, 13,33% microcefalia, 33,33% atraso motor e 6,67% diagn6stico desconhecido (monoplegia). 0 trabalho psicomotor foi realizado na Cllnica de Fisioterapia das Faculdades Integradas
de Santa Fe do .Sui. As crian~as eram avaliadas para obter o nfvel de desenvolvimento psicomotor, tra~ar os objetivos
e as condutas de tratamento. Por urn perfodo de 4 meses o trabalho psicomotor (reabilita~ao motora associada a estimula~ao
do esquema corporal, orienta~ao espa~o-temporal e lateralidade ), foi realizado 3 vezes por semana em sess6es de 50 min.
Os resultados alcan~ados foram registrados em ficha especffica. A maioria das crian~as (80%) tomaram-se mais colaborativas,
participativas e calmas durante as sess6es. Observou-se tambem melhora do comportamento psicomotor atraves d:a
conscientiza~ao corporal, principalmente, das partes lesadas.
CoNcLus6Es: 0 trabalho psicomotor em crian~as com altera~6es neurol6gica parece favorecer a aquisi~ao e a permanencia da memoria do esquema corporal e orienta~ao espacial. Parece tambem facilitar a participa~ao e a intera~ao da
crian~a com o terapeuta.
EFEITO DA INTERVENf;AO 0RO-MOTORA EM RECEM-NATO PRE-TERMO NA TRANSif;AO
ALIMENTAR DE SONDA 0ROGASTRICA PARA VIA ORAL
Canotilho, M. M. 1 e Tudella, E. 2
1UTIN-ISCMSC, Sao Carlos, SP; 2DFisio/UFSCar
0BJETivos: Verificar o efeito da interven~ao oro-motora no desenvolvimento da suc~ao nutritiva e no ganho ponderal,
antes e durante a transi~ao alimentar de sonda orogastrica para via oral, em recem-natos pre-termo (RNPT) que necessitaram de cuidados intensivos.
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
122
Rev. Bras. Fisiot.
Foram estudados 9 RNPT internados no Ben,:ario da lrmandade da Santa Casa de Misericordia de Sao Carlos, com hist6rias clfnicas de membrana hialina e pneumonia, sem sinais indicativos de les6es neurol6gicas (laudo normal de USom transfontanela), que necessitaram de ventilac;ao mecanica. Esses foram subdivididos em
dois grupos: grupo de intervenc;ao oro-motora (GlOM) e grupo controle (GC). Participaram do GlOM cinco RNPT, pesando
1,644 g (± 127), idade gestacional (lg) 33,80 semanas (± 1,3). No GC participaram quatro RNPT, pesando 1,647 g (±
41, 13), lg 33,75 semanas (± 0,96). Antes da alimentac;ao, o GlOM era submetido diarimente (2 vezes/dia) a estfmulos
tateis (extra e intra-orais) realizados como dedo mfnimo do pesquisador (enluvado e previamente mergulhado em glicose
a 25%) para eliciar a succ;ao nao-nutritiva (SNN). Quando ocorria a SNN, o pesquisador permitia que esta se mantivesse
por no maximo 5 min e, posteriormente, oferecia uma chupeta por tempo indeterminado. A cada 3 dias avaliava-se o
grau (de 1 a 4) da SNN (Campbell, 1975). 0 tempo media necessaria para que o GlOM atingisse o grau 4 foi de 9,4
dias (± 2,3), quando entao iniciava-se a transic;ao alimentar de sonda para via oral. Nesse momenta, mensurava-se o desempenho
da succ;ao nutritiva, ou seja, o volume de Ieite ingerido durante os primeiros 5 min. No grupo contro1e iniciava-se a transic;ao
alimentar ap6s ordem medica, quando se aplicavam os mesmos procedimentos de ava1iac;ao do grupo de intervenc;ao.
Ao infcio da transic;ao alimentar a ANOVA nao apontou diferenc;a significativa entre os grupos em relac;ao ao peso (p =
0,56) e a lg (p = 0,51 ). Entretanto, o grupo de intervenc;ao apresentou resultados significativamente superiores (p = 0,00)
aos do grupo controle no grau de SNN e na quantidade de volume ingerido (23,40 ml ± 2,41 e 10,75 ml ± 2,99, respectivamente). Constatou-se tambem que o ganho ponderal do grupo de intervenc;ao foi significativamente superior ao controle
no perfodo de intervenc;ao oro-motora (p = 0,011) e no perfodo da transic;ao alimentar ate a alta hospitalar (p = 0,048).
MtTonos E RESULTADos:
Aintervenc;ao oro-motora parece favorecer tanto a aquisic;ao do padrao de SNN mais maduro quanta a transic;ao
alimentar de sonda para via oral eo desempenho da succ;ao nutritiva. Nos RNPT submetidos a intervenc;ao o maior ganho
ponderal durante a transic;ao alimentar pode indicar urn menor gasto energetico durante a alimentac;ao ativa. Alem disso, a intervenc;ao oro-motora tambem parece favorecer urn maior ganho pondera1 durante a alimentac;ao exclusiva por
sonda.
CoNCLUSOES:
0
EFEITO DA SOLU<;AO DE SACAROSE NA APLICA<;AO DA
vACINA BCG
Rosa, G. C., 1 Paula, S. L. G., 1 Baldi, D. L., 1 Ferreira Filho, P. 2 e Tudella, E. 1
DFsio e 2DEs, UFSCar
1
Este estudo objetivou verificar o efeito calmante da so1uc;ao de sacarose em recem-nascidos (RNs) durante
a administrac;ao da vacina de Bacilo da Calmette Guerin (BCG).
0BJETivo:
Fizeram parte do grupo controle 15 RNs saudaveis (idade media= 10,3 ± 3,01). 0 perfodo de
pesquisa de 188 segundos foi dividido em 3 fases: LB- linha de base (60s), PV- perfodo de vacinac;ao, PV1 e PV2perfodo p6s-vacinac;ao (referentes ao 1rr e 2rr minutos p6s-vacina- 120 s). 0 grupo experimental foi composto por 15
RNs saudaveis (idade media= 17 ± 6,23). 0 perfodo de pesquisa de 315,5 segundos foi dividido em 5 fases: LB (60s),
SAC- administrac;ao de 02 ml de soluc;ao de sacarose a 14%, PSAC- p6s-sacarose (120 s), PV1 e PV2 (120 s). Para
ambos os grupos coletou-se dados referentes a freqi.iencia cardfaca (FC) e ao tempo de choro. Para analise estatfstica
trabalhou-se com a media da diferenc;a entre OS valores maximo e mfnimo da FC e com a media do tempo de choro. Para
ambas as variaveis aplicou-se o teste t-Student (5% de significancia). Em ambos os grupos a FC foi registrada ininterruptamente,
durante todas as fases do procedimento, por meio de urn eletrocardi6grafo (ECAFIX TC-500). 0 tempo de choro foi registrado
utilizando-se urn gravador portatil, o qual era acionado no infcio da fase PV. Em relac;ao a FC, o teste T demonstrou nao
haver diferenc;a significativa entre os grupos em nenhuma das fases do estudo: LB - t" = 1,32 com nfvel descritivo de
0,1952; PV- tc = -1,70 com nfvel descritivo de 0,09; PV1 - \ = -0,129 com nfvel descritivo de 0,897; PV2- tc =
-1,021 com nfvel descritivo de 0,315. Em relac;ao ao choro pode-se verificar que 100% dos RNs choraram (grupo experimental: media= 73,20 ± 42,50; grupo controle: media= 65,33 ± 35,96). Entretanto, o teste T nao demonstrou diferenc;a significati.va entre os grupos estudados (tc = 0,5425 com nfvel descritivo de 0,588).
MtTonos E RESULTAQOS:
CoNCLUS6Es: Os resultados permitiram inferir que 0,2 ml de soluc;ao de sacarose a 14% nao provoca efeito calmante em
RNs durante a aplicac;ao da vacina BCG.
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
123
GUIA DE 0RIENTA<;AO PARA PAIS DE CRIAN<;AS COM DEFICIENCIAS FiSICAS:
EFICACIA DE SuA APLICA<;A.o
Gon<;:alves, R. C.,' Nakano, K., 1 Back, C., 1 Pinto, Z. N. K.,' Santos, S. A. A.,' Siqueira, R. 1., 1 May, T}
Garbellini, D.' e Tudella, E.'
DFisio e 2DArtes, UFSCar
1
0BJETivo: Verificar a eficacia da aplicac;ao do Guia de Orientac;ao para os pais de crianc;as portadoras de deficiencias
flsicas, a fim de auxilia-los nos cuidados de vida diaria.
METODos E RESULTADos: Mediante consulta
a literatura especializada, elaborou-se o Guia de Orientac;ao com os prin-
cipais cuidados que devem ser tornados durante a vida diaria de portadores de deficiencias flsicas. Baseando-se nessas
informac;6es, elaborou-se o questionario com 35 quest6es abertas sabre os itens: posic;ao para dormir, uso do pinico, banho,
higiene bucal, vestir, alimentac;ao, carregar no colo, transporte no carrinho e outros posicionamentos. Foram entrevistadas 19 maes (media de idade = 22,89 anos, ± 8,84) alfabetizadas. Constatou-se que 95% das maes relataram dificuldades, sendo os itens banho e transporte no carrinho os mais citados (70% ), e a seguir o item outros posicionamentos
(65% ). Posteriormente, solicitou-se a elas a leitura do Guia e aplicou-se novamente o questionario. Ap6s a leitura, verificou-se que 100% das maes apresentaram reduc;ao das dificuldades, conclulram ser o Guia util, didatico e de facilleitura.
Alem disso, 63,2% relataram que o Guia possibilitou novas formas de execuc;ao de atividades.
CoNcLusAo: 0 uso de guia para orientac;ao de familiares de crianc;as com deficiencias flsicas sugere melhora na execuc;ao das atividades de vida diaria, sanando dificuldades na realizac;ao destas.
0 EFEITO DA APLICA<;AO DO MANUAL DE CUIDADOS DO RECEM-NASCIDO EM
MA.ES PRIMIPARAS
Dominato, V. G. B., Marasco, C. M., Garbellini, D. e Tudella, E.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
0BJETivos: Elaborar e aplicar o Manual a fim de verificar sua eficacia no esclarecimento de duvidas sabre os cuidados
com
0
recem-nascido em gestantes primiparas.
METODOS E RESULTADOS: Primeiramente, consultou-se livros e revistas especializadas sabre o tema em questao para levantar
as principais duvidas apresentadas por gestantes. Baseando-se ness as informac;oes, elaborou-se urn questionario misto
(quest6es abertas e fechadas) composto por 24 perguntas que foi aplicado na forma de entrevista. Foram entrevistadas
15 gestantes primiparas (media de idade = 26 anos, ± 2,82) com segundo grau completo. De acordo com as duvidas apresentadas, elaborou-se o Manual de Cuidados do Recem-nascido, o qual foi entregue ao grupo das mesmas maes para leitura
em urn prazo de 3 dias. Posteriormente, aplicou-se o mesmo questionario acrescido de 2 perguntas finais para saber a
opiniao delas. Na primeira entrevista constatou-se que 91,7% das maes erraram em 24 quest6es. Na reaplicac;ao do questionario
verificou-se que 33,3% das maes erraram em 8 quest6es. Nota-se, portanto, que o manual promoveu urn incremento de
58,9% do conhecimento sabre os cuidados com o recem-nascido. Alem disso, 100% das maes relataram que o manual
foi util no esclarecimento de duvidas, didatico e de facil compreensao.
CoNcLusAo: Os resultados obtidos neste estudo permitem inferir que a maioria das mulheres entrevistadas, mesmo com
o segundo grau completo, desconheciam informac;oes sabre o tema. 0 Manual perece ter sido eficaz no esclarecimento das duvidas e, ainda, promoveu conhecimentos referentes aos cuidados gerais com o recem-nascido. Acredita-se, portanto,
que seja importante a divulgac;ao deste Manual.
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
124
Rev. Bras. Fisiot.
A VALIA<;:A.o E CoMPARA<;:A.o DO DESEMPENHO MoToR ENTRE CRIAN<;:As EscoLARES coM
RENDIMENTO ESCOLAR ADEQUADO E COM DIFICULDADES EM APRENDER
Garbellini, D., 1 Piovesana, A.M. S. G. 2 e Ciasca, S. M. 2
Dfisio/UFSCar; 2FCM-Unicarnp
1
0BJETivo: Avaliar e cornparar o desernpenho motor durante atividades que exijarn coordena~ao rnotora e equilibria ern
crian~as da 1a serie do ensino fundamental que apresentavarn rendirnento escolar adequado corn urn grupo de crian~as
corn dificuldade ern aprender.
MtToDos E RESULTADos: Participararn deste estudo 20 alunos da 1a serie, seguin do criterios de exclusao e inclusao
preestabelecidos, sen do 9 do sexo rnasculino e 11 do sexo ferninino. Os alunos forarn avaliados segundo Protocolo de
Avalia~ao Fisiotenipica (1998) cujas ati vidades requerern: equilfbrio estatico e dinarnico, coordena~ao rnotora, ritrno e
coordena~ao e gnosia visual, alern da avalia~ao postural. Posteriorrnente, forarn divididos ern dais grupos: corn rendirnento escolar adequado (RA- 13 alunos) e outro grupo corn rendirnento escolar inadequado (RI- 7 alunos). Os resultados,
de rnaneira geral, rnostrararn que a avalia~ao postural e pouco especfficapara caracterizar alunos corn dificuldade ern
aprender, enquanto os testes para avalia~ao do desernpenho do equilfbrio, da coordena~ao inotora, ritrno e coordena~ao
e gnosia visual rnostrararn diferen~a significativa no desernpenho dos alunos do grupo RA ern rela~ao aos do grupo Rl.
CoNCLus.Ao: 0 Protocolo de Avalia~ao Fisioterapica rnostrou-se capaz de diferenciar qualitativarnente o desernpenho motor
de crian~as corn rendirnento escolar adequado daquelas corn dificuldades em aprender, dernonstrando que a rnaioria das
crian~as com dificuldades ern aprender apresentaram menor desempenho motor.
UMA INTRODU<;:AO
A TEORIA
E PRATICA DE TECNICASDE MASSAGENS ORIENTAlS
Baldi, D. L. e Beretta, C. A.
Departamento de Fisioterapia, UFSCar
INTRODuc;:.Ao: A massagem e urna das formas mais antigas de preven~ao e manuten~ao da saude. Hoje em dia, abordagens ditas nao~tradicionais de tratamento, pela escola ocidental, como, por exemplo, o Do-In, a Moxabustao, Shantala
etc. tern obtido cada vez mais aceita~ao dos pacientes, profissionais e ate mesmo entre medicos em fun~ao dos beneffcios que elas tern proporcionado no tratamento de patologias as mais diversas possfveis. Para cada uma das tres tecnicas estudadas ao Iongo do curso, ira se procurar apresentar a teoria que norteousua proposi~ao, as manobras a ela pertinentes
e tarnbem as especifica~oes para sua aplica~ao nos diferentes segmentos corporais.
0BJETIVOS: a) Divulgar OS preceitos da Medicina Chinesa no tocante a promo~ao, preven~ao e recupera~ao da saude de
urn indivfduo e/ou de uma coletividade. b) Capacitar recursos humanos nesta especialidade, para o atendirnento arnbulatorial
de problemas de saude prevalentes na popula~ao. c) Fornecer condic;oes para o aprendizado te6rico e pratico.
METODOLOGIA: Para cada uma das tres tecnicas estudadas ao Iongo do curso, procurou-se apresentar a teoria que norteou
sua proposi~ao, as manobras a ela pertinentes e tambem as especifica~oes para sua aplica~ao nos diferentes segmentos
corporais. A maioria das aulas sao praticas ou, no mfnimo, te6rico-praticas. Ap6s urn estudo te6rico infciou-se o treino da tecnica, a ser realizado por pares de alunos, os quais aplicavam as massagens uns nos outros.
RESULTADOS: Este curso foi oferecido pela primeira vez na UFSCar no segundo semestre de 1996, tendo continuado
regularmente a seguir. 0 sucesso conseguido com a pratica estimulou o infcio de dois projetos de pesquisa, calcados na
tematica do "Biotipo Alimentar Humano", conduzidos par alunos do curso de Fisioterapia, como Trabalho de Gradua~ao (TG). A grande maioria dos pacientes atendidos ate o momenta relata que este trabalho transforrnou positivamente suas condic;oes de saude. Isso significa urn impacto altarnente positivo na manuten~ao, promo~ao e na recuperac;ao
de urn estado saudavel, o qual possibilita ao indivfduo usufruir de uma rnelhor qualidade de vida a urn custo muito baixo.
Embora esse conhecimento tenha sido desenvolvido ha mais de 6 mil anos a.C. pelos orientais (a alimenta~ao) e pelos
gregos (os temperamentos), sua aplica~ao no ocidente e ainda muito restrita.
Vol. 4, No. 2, 2000
RESUMOS DA SESSAO DE POSTERS
125
ANALISE DAS INTERNA(:OES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DA IRMANDADE DA
SANTA CAsA DE MISERICORDIA DE SA.o CARLos
Guelfi, R. R. R., 1 Canotilho, M. M./Claro, M. T? e Tudella, E. 4
1•3
DEnf; 4DFsio/UFSCar; 2UTIN-SC/SP
0BJETivos: Caracterizar e analisar as condi<r6es de nascimento e sobrevida dos recem-nascidos (RNs) encaminhados
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).
a
METODOS E REsULTADos: Os dados do estudo foram coletados no perfodo de janeiro de 1997 a dezembro de 1998 a partir
do livro-registro da UTIN e do Sistema de Informa<r6es de Nascidos Vivos. Constatou-se que 300 RNs foram internados, a grande maioria (92%) procedente do proprio municipio. Destes, 94,72% foram encaminhados pela Maternidade
da Santa Casa e 82% eram do convenio SUS. De 285 RNs, a maioria (64,56%) foi internada antes de 24 horas de vida,
A prematuridade foi o diagn6stico mais freqliente (178 casas), seguida da membrana hialina (140 casas). 0 tempo media
de interna<rao foi de 9 dias e a taxa de mortalidade foi de 15,33%. Verificou-se que 78,14% das maes situavam-se na
faixa de 20 a 34 anos; 78,14% cursaram ate o 1u grau e 46,90% eram primigestas. A maioria das gesta<r6es (64,84%)
situou-se entre 37 e 41 semanas de dura<rao, sendo 32,15% com dura<riio menor que 36 semanas. Em 93% da popula<riio nao havia dados disponfveis sabre o pre-natal. De 287 partos, 175 foram cesariana (60,98% ). A maioria dos RNs
(57%) era do sexo masculino; 65% de baixo peso ao nascer ( < 2.500 g), estando 20,33% entre 1.500-1.999 g e 20% entre
1.000-1.499 g. Os testes estatfsticos evidenciaram associa<riio entre prematuridade e membrana hialina (odds ratio = 10,29).
Maior risco de 6bito foi observado quanta menor a IG (c 2 = 40,72), principalmente, na faixa de 22-27 semanas (odds
ratio= 23,74), enos primeiros 5 dias de interna<riio (c 2 = 27,6). Ap6s 5 dias de interna<riio, a taxa de 6bito foi de 4,6%.
CoNcLusA.o: Os resultados mostram alto fndice de partos cirurgicos e carencia de dados sabre o pre-natal, prejudicando a analise sistematica de informa<r6es importantes para 0 planejamento da assistencia a gestante no ambito municipal e regional. A associa<rao entre mortalidade e baixa IG tambem parece indicar a necessidade de preven<rao dos fatores
de risco para prematuridade no pre-natal. 0 baixo fndice de 6bitos em interna<r6es com mais de 5 dias parece demonstrar uma boa assistencia aos RNs nessa UTIN.
DADOS PRELIMINARES SOBRE 0 DESENVOLVIMENTO NEURO-SENSORIO-MOTOR DO
RECEM-NATO PRE-TERMO AOS
4 MESES DE VIDA
Gomes, K. M., 1 Farias, L. C. A., 1 Oliveira, M. C., 1 Santos, A. P., 1 Castro, A. M., 1 Andrade, M. N., 2
Freire, G. R., 1 Tudella, E. 3 e Guimaraes, E. L. 1
1•2
Colegiado dos Cursos de Fisioterapia e Medicina!Unifenas, MG; 3DFisio/UFSCar
0BJEnvo: Verificar as condi<r6es do desenvolvimento neuro-sens6rio-motor do recem-nato pre-termo (RNPT) aos quatro
meses de vida, segundo a Escala do Desenvolvimento do Comportamento da Crian<ra.
MtToDos E RESULTADOS: Foram estudados 8 RNPT considerados de risco, 4 do sexo feminino (media da idade gestacional =
32,25, ±I ,47) e 4 do sexo masculino (media da idade gestacional = 35 ± 1). Estes foram encaminhados aClfnica de Fisioterapia
da Universidade de Alfenas pelos neonatologistas e pediatras do Hospital Universitario "Alzira Velano", da cidade de
Alfenas. Os RNPT foram ava1iados mensalmente, na data de aniversario (podendo ter uma varia<rao de ± 7 dias), durante os quatro primeiros meses de vida. Para fins de avalia<rao e atender ao objetivo deste estudo, considerou-se a idade
p6s-menstrual e nao a corrigida. 0 desenvolvimento neuro-sens6rio-motor foi avaliado sempre pela mesma pesquisadora e empregou-se a Escala do Desenvolvimento do Comportamento da Crian<ra (Pinto), que compreende a obseiva<riio de 8 comportamentos: 1) axial espontaneo nao comunicativo; 2) axial espontaneo comunicativo; 3) axial estimulado
nao comunicativo; 4) axial estimulado comunicativo; 5} apendicular espontaneo nao comunicativo; 6) apendicular espontaneo comunicativo; 7) apendicular estimulado nao comunicativo; e, finalmente, 8) apendicular estimulado comunicativo. Os resultados permitiram observar que aos 4 meses de vida IOOo/o dos RNPT apresentaram altera<r6es em7
comportamentos (87,5% ). Para os RNPT do sexo feminino os comportamentos mais freqlientemente afetados foram os
1 e 2 (4 bebes) e os 3, 4 e 5 (3 bebes). Para os RNPT do sexo masculino os comportamentos mais freqlientemente afetados foram os 2 e 8 (4 bebes) e os 1, 3 e 5 (3 bebes). E importante salientar que apenas o grupo masculino apresentou altera<riio do comportamento 8 (100% dos bebes). Nao obstante, considerando-se ambos os grupos, constatou-se que
apenas o comportamento 2 estava alterado em 100% dos RNPT.
126
Rev. Bras. Fisiot.
IX SIMPOSIO DE FISIOTERAPIA DA UFSCar
CoNCLUSOES: Segundo a Escala do Desenvolvimento do Comportamento da Crian~a, os resultados sugerem que aos quatro
meses de vida o RNPT apresenta altera~6es no desenvolvimento neuro-sens6rio-motor e que os comportamentos mais
freqiientemente alterados sao os 1, 2, 3 e 5. Esta Escala parece possibilitar a identifica~ao precoce das altera~oes do
desenvolvimento neuro-sens6rio-motor do RNPT na faixa etaria estudada.
ABORDAGEM FISIOTERAPICA NA A VALIAC::AO E NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL PERIFERICA
ImoPATICA (SuGESTA.o DE PRoTocoLo DE AvAuAc;A.o E TRATAMENTO DA
PFPI)
Fonseca, A. S. e Silveira, J. A. C.
Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Ciencias Medicas de Minas Gerais (FCMMG)
0BJETIVOS: Devido a grande divergencia e a precariedade bibliografica em rela~ao ao tratamento da Paralisia Facial Periferica
ldiopatica (PFPI), o objetivo deste estudo foi propor uma avalia~ao criteriosa da PFPI somada a urn protocolo de tratamento fisioterapico com embasamento cinesiol6gico e fisiol6gico.
MtTonos: Foram recrutados e tratados, individualmente, no Ambulat6rio de Fisioterapia da FCMMG, 13 pacientes com
PFPI, em uma freqiiencia de 3 sess6es semanais com dura~ao de 30 a 45 minutos, ate serem completadas 30 sessoes ou
menos, caso fosse detectado melhora completa da patologia. 0 tratamento adotado constou de tecnicas de relaxamento muscular, alongamento de cada grupo muscular facial, cinesioterapia para estimular o retorno dos movimentos e para
refor~o muscular, bern como exercfcios terapeuticos em frente ao espelho para conscientiza~ao da mfmica facial.
RESULTADOS: Os 13 pacientes apresentaram melhora completa em rela~ao aos desvios faciais causados pela patologia.
A maioria dos pacientes obteve retorno completo de todos os movimentos faciais entre a 15a sessao e 30a sessao: 7 pacientes
obtiveram melhora completa ate a 15a sessao, 3 pacientes obtiveram melhora completa entre a 15ll e 30a sessao e 3 pacientes obtiveram melhora parcial na 30a sessao. Foi observado em todos os pacientes: ausencia de sincinesias, aumento
da auto-estima e da propria expressao facial. Nao foi aplicada analise estatfstica a este estudo, devido ao fato de ele ser
caracterizadoprincipalmente pela analise qualitativa dos movimentos faciais.
CoNcLUsA.o: Os resultados obtidos mostram uma tendencia positiva da aplica~ao do protocolo de avalia~ao e tratamento
proposto. Portanto, seria de fundamental importancia dar continuidade a este estudo e incentivar novas pesquisas nesta area, para analisarmos outros metodos de tratamento e compara-los, devido a grande divergencia encontrada entre eles.
Fonte de financiamento privada.
COMISSAO ORGANIZADORA
Antonio Carlos Ferraz de Andrade
Claudio Gregorio Nuernberg Back
Cristiano Baldan
Erica Cristina Albuquerque
Erico Casella Tavares de Mattos
Eugenia Casella Tavares de Mattos
Fernanda Romaguera Pereira dos Santos
Guilherme Rizzo Carvalhal
Karina Gramani Say
Leny Kaori Shiratori
Marcio Costa Antonelo
Marcos Seizo Kishi
Patricia Renata Rossin
Raquel Calvo Gonc;:alves
Roberta Oliveira Bueno
Solange Spada
Tatiana de Oliveira Sato
COLABORADORES
Alexandre de Almeida Stuart dos Santos
Cfntia Regina Ruggero
Michele Daniela Borges dos Santos
Paulo Jose da Silva Montanher
Roberto Daigo Ishizaki
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