UM MODELO DE
CRESCIMENTO LIDERADO
PELAS EXPORTAÇÕES COM
RESTRIÇÃO FINANCEIRA
Marcos Adolfo Ribeiro Ferrari
IE/UFRJ
Objetivo
O presente trabalho pretende demonstrar, por um lado,
como o crescimento da economia pode ser
liderado pelas exportações e, por outro, como tal
crescimento pode ter uma restrição externa de
ordem financeira para países que apresentem uma
rigidez estrutural deficitária na relação de
comércio com o resto do mundo. Frente a tal
situação, serão apresentadas duas alternativas: ou o
país aumenta a taxa de juros para manter o fluxo de
capital, tornando, porém, a dimensão do passivo
externo insustentável; ou o país realiza uma mudança
estrutural na economia que favoreça a qualidade do
produto exportado ou reduza o hiato tecnológico em
relação ao resto do mundo, eliminando a rigidez
estrutural
Modelo


i)
ii)
iii)
iv)
v)
Metodologia empregada
Barbosa (2001); Lance Taylor (1991)
Hipóteses
As relações comerciais e financeiras ocorrem
entre um país e o resto do mundo;
Trata-se de um modelo de um setor;
Os gastos do governo estão incorporados nas
variáveis de gasto do modelo;
Por enquanto, há apenas fluxos comerciais;
O investimento se ajusta endogenamente a
variações no componente autônomo da demanda.

Definições
(1)
Y C  I  A
(2)
(3)
(4)
Y  cY  I  X  mY






1
Y  s  m (I  X )

y  i  (1   ) x
 = I/(I+X)

Função Investimento
(5)
I  f (r , u )
(6)
r  u
(7)
dI
r
 fr
 f u  f r  f u
du
u

Exportações e restrição do BP
(8)
X  eY
w
(9)
BP  X  M  0
1

X
m
BP
(10)
Y
(11)
uu
(12)
r 
bp

m
1
 
m

Dinâmica do Modelo
(13)
u(s  m)  k  
u=Y/K ; k=I/K ; ε=X/K
.
(14)
   (x  k)

Sistema
(15)
k  k (i  k )
(16)
i  i[r ( ), u(k ,  )]

Sistema Linearizado
d
 .d  
0








(17)  .d   (i r  i u )k  (i u  1)k  k d 
u k
 
k   r  u 

Condições de Estabilidade
(18)
(iu uk  1)k  0
(19)
(ir r  iu u )k     0
1
u k  u 
sm
(28)

i) Se
ir r  0
Possíveis casos:
iu  0
i.i) o equilíbrio será um ponto de sela se o
acelerador ( i u) for mais forte que a sensibilidade do
investimento em relação ao lucro esperado frente
às exportações;
i.ii) o equilíbrio será um “nó” estável se ocorrer o
contrário de i.i;
ii) Se 0  iu  (s  m)
O equilíbrio também será um “nó” estável
iii) Se
iu  (s  m)
O equilíbrio será um “nó” instável
Análise Gráfica
Fluxo de capital e restrição financeira

Motivos para a restrição financeira
Mudança de portfólio dos agentes externos;
aumento da vulnerabilidade externa e aumento
da relação dívida/PIB
(21)
X  M  F  iF  BP
(22)
eYw  mY  F  iD  BP
(23)
y  yw  g e  g m   f  g d .
Possíveis soluções
Para solucionar esses problemas, ou o país aumenta a taxa de
juros ainda mais para manter a entrada de capital externo,
considerando que essa seja a principal variável decisória sobre a
composição da carteira de ativos os agentes externos, ou o país
reverte seu déficit sistemático na balança comercial,
aumentando a qualidade de seu produto, passando a ter uma
situação tal que , cujo esforço exportador geraria uma
capacidade para saldar o passivo externo acumulado. O primeiro
caso geraria uma situação insustentável a longo prazo, pois
contribuiria para um aumento mais rápido da relação dívida/PIB.
O segundo caso seria a melhor situação, desde que o país
tivesse capacidade de romper a rigidez estrutural da balança
comercial, por exemplo, adotando medidas que aumente os
fatores competitivos não relacionados ao preço do produto
exportado ou promovendo um catching-up substancial de tal
forma que reduza o hiato tecnológico em relação ao resto do
mundo.
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