"(...) ela é a imagem da conquista da adversidade, contra vento e maré, ela representa a quem é capaz de formar a sua vida e reinventar-­‐se a si mesmo e viver plenamente… Frida Kahlo é neste sentido o símbolo da esperança, do poder, da capacidade de encher-­‐nos de forças (...)" Carlos Fuentes, escritor Ocupação Teatro Gláucio Gill e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura apresentam “Frida Kahlo, a Deusa Tehuana” Dramaturgia de Luiz Antonio Rocha e Rose Germano Direção de Luiz Antonio Rocha Com Rose Germano ESTREIA: 25 de outubro (sábado), às 20h [ESTREIA PARA CONVIDADOS: dia 03 de novembro (2ªf) às 20h] LOCAL: TEATRO GLAUCIO GIL -­‐ Praça Cardeal Arcoverde, s/nº, Copacabana / RJ Horários: sábado, domingo e segunda às 20h / Ingressos: R$, 30,00 e R$15,00 (meia entrada) / horário bilheteria: de 2ªf a domingo, das 16h às 20h / tel: (21) 2332 7904 / Duração: 75 min / Gênero: Drama / Capacidade: 102 lugares / Classificação Etária: 16 anos / Temporada: Até 14 de dezembro A partir do dia 25 de outubro próximo, o público poderá entrar em contato com fragmentos da história e do pensamento da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-­‐1954), com a estreia de “Frida Kahlo, a Deusa Tehuana”, espetáculo solo com direção de Luiz Antonio Rocha e atuação de Rose Germano. A dupla assina a dramaturgia da peça, que conta com música ao vivo executada pelo violonista Pedro Silveira, luz de Aurélio de Simoni, cenário e figurinos do artista plástico uruguaio Eduardo Albini, trilha sonora de Marcio Tinoco e direção de movimento do ator, diretor e dramaturgo ítalo-­‐argentino Norberto Presta. A realização é de Espaço Cênico Produções Artísticas, e o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura. “Frida Kahlo, a Deusa Tehuana” é um monólogo não biográfico livremente inspirado no diário e na obra da pintora. Um retrato da artista que estabeleceu um diálogo entre vida e obra, reverenciando a cultura mexicana com seus traços, trajes e sua maneira singular de ser. Alguns artistas ultrapassaram a popularidade adquirida com seu trabalho e tornaram-­‐se sua melhor arte. Frida Kahlo pintou sua própria face um sem número de vezes no corpo de uma obra intensamente auto-­‐referencializada. Teatralizou a sua própria existência. Foi a expressão maior de luta e superação, mesmo trazendo consigo as maiores dores -­‐ físicas e existenciais. No lugar do luto, vestiu-­‐se de cores. Ao desconstruir o “mito Frida” e revelar sentimentos de uma mulher que carregou em si tantas dores, a peça procura falar da importância de reinventar eternamente o espaço que ocupamos no mundo. Da necessidade de refletir sobre o amor, a arte e as escolhas que fazemos ao longo da vida. “Folhas secas sob a poça d água marcaram o nosso primeiro dia na sala de ensaio. Era um sinal que ali estava guardado o tesouro de nossa criação. Nela imergimos um corpo vazio, despido de impossibilidades ou de qualquer outro tipo de rigidez, nele, surgiram fragmentos de uma Frida fora da pintura, fora das fotografias, da mitificação na qual foi transformada. A Deusa, vestida de Tehuana, está no imaginário das mulheres que sonham em se reinventar na busca de um novo sentido para a vida. A desmedida é a medida exata para explorar caminhos não percorridos. Os extremos e as contradições nos levaram a subir os 285 degraus da Pirâmide do Sol em Teotihuacan (centro urbano da era pré-­‐colombiana a 48 Km da Cidade do México), para um encontro significativo e inspirador com as raízes mexicanas que Frida tanto valorizava.”, relembra o diretor, Luiz Antonio Rocha. A peça fala ainda da influência que a marchand e milionária Dolores Olmedo Patiño (1908-­‐2002) exerceu sobre o pintor Diego Rivera (1886-­‐1957), marido e grande amor da vida de Frida Kahlo. Dolores, modelo e "melhor amiga" de Rivera, com seu poder econômico e influência social, foi responsável por preservar um grande acervo e difundir a obra do casal de pintores. Mas Dolores e Frida nunca foram as melhores amigas. Eram duas mulheres apaixonadas pelo mesmo homem -­‐ uma, colecionadora de arte; outra, a expressão da própria arte. SINOPSE Um monólogo livremente inspirado no diário e na obra de Frida Kahlo. Fragmentos da vida e do pensamento de uma mulher à frente do seu tempo. A MONTAGEM Fundada basicamente na comunicação entre atriz e plateia, a encenação é “seca”. Ocupam o palco apenas uma mesa alta – uma espécie de andaime -­‐ e três cadeiras. Este mobiliário, manipulado pela atriz, terá múltiplas funções ao longo da ação. O espetáculo começa com um prólogo em que a exuberante Dolores Olmedo (também vivida por Rose Germano), fala ao público sobre suas experiências com Diego Rivera, e relembra Frida com um certo desdém e ironia. Em seguida, com uma troca de roupa, Rose Germano assume a identidade de Frida Kahlo. A narrativa “começa pelo final”, trazendo inicialmente os momentos de grande sofrimento e decadência física de Frida, às voltas com o alcoolismo, o tabagismo e fortes dores pelo corpo. Ao longo da peça, a ação transita para uma cena mais leve e colorida, simbolizando as fases mais felizes e saudáveis da vida da pintora. As quatro trocas de roupa da atriz são aparentes, nada acontece fora da visão do espectador. Ilustram ainda a cena algumas projeções, entre elas um vídeo de “O Gordo e o Magro”, uma das maiores diversões de Frida, que era fã da dupla. O violonista Pedro Silveira está todo o tempo em cena, e alterna canções tradicionais mexicanas com trilhas incidentais que pontuam a ação. A peça recebeu o convite dos diretores artísticos Gustavo Paso e Luciana Fávero, por ter as características primordiais para o projeto de ocupação Teatro Gláucio Gil APRESENTA, que é levar ao público espetáculos de qualidade para a cena carioca. FICHA TÉCNICA DRAMATURGIA / Luiz Antonio Rocha e Rose Germano ENCENAÇÃO / Luiz Antonio Rocha IDEALIZAÇÃO / Cia Espaço Cênico ATRIZ / Rose Germano MÚSICO / Pedro Silveira ILUMINAÇÃO / Aurélio de Simoni CENÁRIO, FIGURINOS e DIREÇÃO DE ARTE / Eduardo Albini TRILHA SONORA / Marcio Tinoco DIREÇÃO DE MOVIMENTO / Norberto Presta VISAGISMO: Ton Hyll REALIZAÇÃO / Cia Espaço Cênico FOTOS / Renato Mangolin PROJETO GRÁFICO/ Vera Cal e Eduardo Albini (Casa Tamanduá) DIREÇÃO DE PODUÇÃO / Luiz Antonio Rocha e Rose Germano PRODUÇÃO EXECUTIVA / Flavia Frias CONSULTORIA LEIS DE INCENTIVO e PRESTAÇÃO de CONTAS / Alexandre Almassy ASSESSORIA JURÍDICA / Leo Camacho REALIZAÇÃO / Espaço Cênico Produções Artísticas ASSESSORIA DE IMPRENSA / JSPONTES COMUNICAÇÃO -­‐ JOÃO PONTES e STELLA STEPHANY SOBRE FRIDA KAHLO A mais importante pintora mexicana do século XX teve uma existência breve, mas intensa. Conhecida por suas obras de estilo único, carregadas de um sentimento nacionalista, foi marcada também por uma trajetória de grande sofrimento físico, um forte ideário político e um tumultuado casamento de 25 anos com o também artista Diego Rivera. Símbolo do feminismo e da liberdade, fez sua catarse na pintura e no diário pessoal, em que deixou um mundo inesgotável de referências. Atingiu a consagração pelo mérito excepcional de sua obra, por sua vida incomum, sua capacidade de ser a artífice da imagem que queria perpetuar de si mesma, deixando marcas de exotismo, ambiguidade e excentricidade. Frida Kahlo é uma das pintoras mais prestigiadas do mercado internacional de arte -­‐ mais de cem livros foram escritos sobre ela. Vários museus pelo mundo expõem o trabalho de Frida, mas é o Museo Dolores Olmedo Patiño (http://www.museodoloresolmedo.org.mx/en/) que detém a maior parte de sua obra. DOLORES OLMEDO PATIÑO E DIEGO RIVERA -­‐ AMOR OU AMIZADE? Modelo e "melhor amiga" de Diego Rivera, a visionária Dolores Olmedo Patiño quebrou regras e levantou a bandeira de identidade cultural mexicana. Bonita e Influente, foi a primeira “mulher de negócios" mexicana, colecionadora de arte pré-­‐hispânica, e reuniu antiguidades de importância estética e histórica inquestionáveis. Mas o seu maior acervo vem da estreita amizade com Diego Rivera -­‐ cujos detalhes mais íntimos nunca foram conhecidos, mas fizeram de Dolores a maior rival de Frida Kahlo. Lola, como era conhecida, acolheu Diego nos últimos anos de sua vida e, juntos, organizaram o inventário para que as obras permanecessem no México sob sua tutela. O Museo Dolores Olmedo Patiño, que abriu as suas portas ao público em setembro de 1994, possui 137 obras de Rivera e 25 de Frida Kahlo, constituindo a mais importante coleção do casal no mundo. AS CORES, PELO OLHAR DE FRIDA Verde: Boa luz quente. Magenta: Asteca. Sangue antigo de pêra espinhosa. Amarelo: Loucura, mistério, doença, medo. Parte do sol e da alegria. Azul Cobalto: Eletricidade, ternura, pureza e amor. LUIZ ANTONIO ROCHA -­‐ DIRETOR, DRAMATURGO E PRODUTOR Formado em cinema, começou como ator no Tablado com Maria Clara Machado no musical “O Dragão Verde”, em 1983. Na Cia Ensaio Aberto participou de “Pierrô Saiu á Francesa” e “Cemitérios dos Vivos”, entre outros. Além de produtor e diretor teatral, é considerado um dos mais conceituados diretores de casting da TV Globo, segundo a revista Veja Rio. Foi responsável pelos lançamentos de atores como Reinaldo Gianecchini; Juliana Paes; Daniel de Oliveira; Debora Falabella; Mel Lisboa; Nanda Costa; Aline Moraes; Bruno Gissoni; Carol Castro; Bruna Marquezine, entre outros. Em teatro, produziu os musicais infantis: “O menino maluquinho,” de Ziraldo; “Uma Aventura no Outro Mundo”, de Gillray Coutinho e “Um Peixe fora d’água”, de Sura Berditchevsky, ganhando os prêmios MAMBEMBE de melhor produtor de teatro das cidades do RJ e SP em 1987. Produziu e dirigiu a peça “Uma Loira na Lua”, sucesso de público e crítica que lançou a atriz Alexandra Richter. Foi considerado por Flávio Marinho, no seu livro “Quem tem medo de besteirol”, um dos ‘reinventores do gênero’, e obteve elogios da crítica de teatro Barbara Heliodora, que apontou a direção como ‘criativa e sofisticada’. Dirigiu ainda “Eu te darei o Céu”, de Nanna de Castro; e “A História do Homem que ouve Mozart e da Moça do Lado que escuta o Homem”, que participou das mostras oficiais dos Festivais de Curitiba e Porto Alegre de 2011. É membro do conselho da entidade de pesquisa Michael Chekhov Brasil (http://www.michaelchekhov.com.br). Em 2012, foi convidado a fazer parte do júri oficial do INTERNATIONAL EMMY AWARDS, realizado em Nova York. Atualmente está trabalhando na direção de elenco do longa-­‐
metragem “Maria da Penha” (título provisório), livremente inspirado na história da mulher que deu nome à lei Maria da Penha; e na nova minissérie da TV Globo, “Dois Irmãos”, inspirada no livro de Milton Hatoum, sob a direção de Luiz Fernando Carvalho. ROSE GERMANO -­‐ ATRIZ E DRAMATURGA Sua formação em Teatro (UNIRIO) e Cinema (Estácio de Sá), a levou por caminhos que se mesclam na construção de uma carreira diversificada, entre a escrita e a representação. Trabalhou em grupos experimentais até a entrada na universidade, onde aprofundou sua pesquisa cênica, uma constante em sua profissão. Entre as diversas peças em que atuou, destacam-­‐se: “O Mambembe”, de Artur Azevedo, com direção de Vitor Lemos Filho (por este espetáculo foi indicada ao Prêmio Mambembe); “Mãe Coragem”, de Brecht, com direção de Mônica Alvarenga; “Os Dois Menecmos”, de Plauto, com direção de Andre Paes Leme; “Concerto para Virgulino Sem Orquestra”, com direção de Vital Santos e André Valli no papel título, entre outras. Como dramaturga, escreveu “As Camareiras” e “Nasci Heroína”. No cinema atuou nos filmes “Anjos do Sol”, de Rudi Lagemann; “Verônica”, de Maurício Farias; “Suprema Felicidade”, de Arnaldo Jabor. Na televisão participou do elenco do Seriado “Mandrake”, baseado na obra de Rubens Fonseca, na HBO; da novela “Vidas opostas”, de Marcílio Moraes na Rede Record; além de outras participações em seriados e novelas na TV Globo. ESPAÇO CÊNICO PRODUÇÕES ARTÍSTICAS -­‐ REALIZAÇÃO A ESPAÇO CÊNICO foi fundada por Luiz Antônio Rocha em 1986, com o intuito de prestar um serviço de qualidade artística à cena carioca numa época em que ainda não existiam leis de incentivo a cultura. Em 1987, com a montagem do musical Infantil “Um Peixe Fora D’água”, de Sura Berditchevsky, que ficou em cartaz nos teatros Villa Lobos (RJ); João Caetano (RJ) e Sergio Cardoso (SP), Luiz Antônio Rocha ganhou dois prêmios Mambembe nas cidades do Rio e de São Paulo como melhor produtor de teatro, com apenas 20 anos de idade. A Espaço Cênico, além de produzir teatro, também se especializou na produção de casting para cinema, séries e novelas de TV. Segundo a revista Veja Rio, Luiz Antônio Rocha é considerado um dos profissionais mais conceituados dentro da TV Globo, e responsável por lançamentos de artistas como Aline Moraes, Reinaldo Gianecchini, Mel Lisboa, Bruna Marquezine; Juliana Paes, entre outros. Seus principais trabalhos em TV foram: “Mandrake” para o canal HBO; “A lei e o Crime:, na TV Record; e na TV Globo “Presença de Anita”; “Laços de Família”; “O Brado Retumbante”; “Mulheres Apaixonadas” e “Viver a Vida”. Em cinema, trabalhou com nomes renomados como Luiz Puenzo (Oscar pelo filme “A História Oficial”); Jean-­‐Jacques Annaud (“Seven years in Tibet”); Francis Veber (“Le Jaguar”), entre outros. E na publicidade, são mais de 500 filmes. 
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“Frida Kahlo, a Deusa Tehuana”