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MAR
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TEIRAS
PROG
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DE MES
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OS
1. Mestrado
M
em
m Aquaculltura Susteentável Oceeanografiaa
2. Mestrado
M
em
m Biologiaa Marinha e Gestão de
d Pescariaas
3. Mestrado
M
em
m Oceanog
grafia Apliicada
Maputo, Abril
A
de 2010
2
Verssão Final
Equipe de trabalho
Professor Doutor António Mubango Hoguane – Coordenador
dr Fernando Victor Saíde
dra Valera Lucena Dias
dra Valentina Vassele
dr Anildo Naftal Nataniel
Professor Doutor Tor Gammesrød – Universidade de Bergen
Professor Doutora Eva Falck – Universidade de Bergen
ii
Índice
Titulo
Pagina
1. Introdução ……………………………………………………………… 1
2. Justificação ……………………………………………………………… 1
3. Objectivos ……..………………………………………………………… 3
3.1 Geral ………………………………………………………………… 3
3.2 Específicos …………………………………………………………... 3
4. Competências Gerais ……………………………………..…………….. 4
5. Atitudes ………………………………………...………………………… 5
6. Filosofia de ensino ………………………..……………………….…….. 6
7. Estrutura do curso ……………………………..……………………….. 6
8. Avaliação ………………………..……………………………………….. 7
9. Critérios de admissão …………..……………………………………….. 7
10. Condições de ensino e de pesquisa …..……….………………………… 7
11. Docência e supervisão …………..……………………………………….. 8
12. Financiamento …………………...…………………………………….. 9
13. Sustentabilidade ……………………………………………………….. 10
14. Mestrado em Aquacultura Sustentável ……………………..……….. 11
15. Mestrado em Biologia Marinha e Gestão de Pescarias ……….…….. 13
16. Mestrado em Oceanografia Aplicada ………………………………….. 15
Módulos: Sinopse
17. Módulo introdutório ……………………………………………..……. 18
18. Módulo de Ciências Sociais ………….…………………………………. 20
19. Módulos de Aquacultura ………………………………………………. 22
20. Módulos de Biologia e Ecologia ……….………...……………..………. 27
21. Módulo de Bio-segurança …………….……………...………………… 30
22. Módulos de Oceanografia ………….……………………………………. 32
23. Módulo de Avaliação ……….…………………………………...……….. 42
24. Módulos de Engenharia e tecnologia ……...………...…………….……. 44
25. Módulos de Gestão e Economia …………...……………………….……. 49
26. Módulo final …………………………………..……………….………... 56
iii
1.
Introdução
A Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras da Universidade Eduardo
Mondlane, criada em Dezembro de 2005, tem como missão de “através de ensino,
investigação e extensão, criar capacidade para a utilização e exploração sustentável
do mar e das zonas costeiras, para o benefício das comunidades e para
desenvolvimento do país e da região”. Dos objectivos preconizados consta o de
“desenvolver e ministrar cursos e programas de graduação, pós graduação e de curta
duração sobre o mar e zonas costeiras”, e o de “criar uma capacidade técnicocientífica e profissional sobre assuntos do mar e das zonas costeiras”. A Escola ocupa
um lugar específico na Academia e no desenvolvimento do País, desenvolve
conhecimentos técnico-científicos virados a solução de problemas reais das
comunidades e do desenvolvimento social e económico do País e envereda por métodos
de ensino e aprendizagem centrados no estudante. Assim, na Escola ministra-se o
saber, o saber fazer fazendo, o saber ser e estar na sociedade. É nesta base que a
Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras da Universidade Eduardo Mondlane
apresenta o presente Programa de Mestrados que se espera formar técnicos qualificados
que contribuirão para transformação de recursos marinhos e costeiros em riqueza. O
programa compreende três cursos de mestrado, interligados:
− Aquacultura Sustentável
− Biologia Marinha e Gestão de Pescarias
− Oceanografia Aplicada
2.
Justificação
Moçambique possui uma extensa zona marítima, com uma linha da costa de cerca de
2.770 km de comprimento, caracterizada por uma ampla diversidade de habitats, fauna
rica e diversa. A plataforma continental com aproximadamente 68.000 Km2 é a maior
de África Oriental. A zona central de Moçambique possui abundantes rios, sendo o
Zambeze um dos maiores de África. Estes rios conferem uma produtividade costeira
característica na zona centro.
O potencial de peixe é estimado em cerca de 310.000 toneladas. No entanto as capturas
anuais são em média de 32.000 a 120.000 toneladas. A produção actual do camarão de
águas pouco profundas é de cerca de 7.000 toneladas por ano. A pescaria artesanal e a
semi-industrial contribuem com cerca de 50% da produção total de peixe. As pescarias
economicamente mais valiosas são as de camarão e sua fauna associada, dos peixes
demersais, os grandes pelágicos e do carapau e da cavala. Moçambique possui elevadas
potencialidades para a prática de aquacultura de camarão, de peixe, de moluscos, de
algas e ervas marinhas.
Os portos moçambicanos constituem um factor determinante no comércio nacional e
regional, manuseando anualmente quantidades consideráveis de mercadorias de e para
países vizinhos. Assim, o aspecto de segurança à navegação é de extrema importância
no desenvolvimento económico do país.
1
Moçambique tem depósitos consideráveis de recursos minerais e energéticos,
particularmente o gás natural, numa variedade de ambientes costeiros e marinhos.
Grandes concentrações de gás natural ocorrem na zona costeira das províncias de
Inhambane e Sofala. As reservas de Inhambane já estão sendo exploradas em estações
onshore em Temane e Pande e exportados para a África do Sul. Nas últimas décadas,
pesquisas de hidrocarbonetos líquidos por diversas companhias multinacionais de
petróleo têm aumentado ao largo da costa de Moçambique. Para além deste, a costa
Moçambicana possui minerais pesados, vários depósitos de materiais de construção,
rochas ornamentais, matéria prima para o fabrico de cimento (calcários), diversas
rochas salinas, tais como halita (sal de cozinha) e outros evaporitos erraticamente
distribuídos ao longo da costa.
A costa moçambicana tem grandes potencialidades de turismo costeiro, com principal
destaque para as zonas sul e norte do país, onde se pode praticar a pesca desportiva,
mergulho e outros desportos marítimos.
Apesar da importância social e económica do mar e das zonas costeiras há vários
desafios que ameaçam a sustentabilidade dos recursos e dos ecossistemas associados.
As principais ameaças aos recursos marinhos e às zonas costeiras estão associadas tanto
a factores naturais tais como cheias e secas extremas, ciclones, tsunamis e fenómenos
de El-ñino. As acções destrutivas antropogénicas incluem a obstrução de curso natural
de rios, a sobre-exploração dos recursos, a modificação e destruição de habitats e ao
uso de práticas destrutivas de extracção de recursos. A sobre-exploração e o uso de
práticas destrutivas na extracção dos recursos é muita das vezes condicionada pela luta
contra a pobreza absoluta e pelo desenvolvimento económico. No que diz respeito a
factores naturais, por exemplo, os ciclones, causam a degradação de corais, cheias e
secas extremas afectando os ecossistemas estuarinos e costeiros.
Por outro lado, a nossa actuação é muita das vezes limitada pelo fraco conhecimento da
estrutura e funcionamento dos ecossistemas, sobretudo na concepção de estratégias e
planos de desenvolvimento integrados, e no estabelecimento de um sistema legal e
institucional e a fraca capacidade de fiscalização e o fazer cumprir a Lei. A realização
de actividades de desenvolvimento deve ser feita tomando em consideração
sustentabilidade dos ecossistemas e habitats que sustentam os recursos, e considerar os
vários sectores envolvidos de forma a maximizar os benefícios. A qualidade e
preservação do ambiente têm sido motivo de preocupações nas últimas décadas. Estas
preocupações estendem-se para o ambiente marinho e costeiro onde o aumento da
pressão populacional e das suas actividades provoca o stress de uma variedade de
ecossistemas naturais.
Assim, com o estabelecimento do programa de mestrado em ciências marinhas e
costeiras se pretende contribuir na criação de capacidade nacional para uso e
exploração sustentável do mar e das zonas costeiras, visando aumentar a produção e
produtividade marinha e costeira, aumentar o valor agregado dos recursos e melhorar
os serviços marítimos.
2
3.
Objectivos
3.1 Geral
O programa de mestrado da Escola Superior de Ciências do Marinhas e Costeiras visa
formar recursos humanos que possam responder: (i) às necessidades do país no que diz
respeito ao aproveitamento integral e sustentável, a conservação dos recursos do mar e
da costa para o bem estar social e o desenvolvimento económico sustentável do País;
(ii) a mitigação e adaptação em relação aos efeitos de eventos extremos oceânicos e
meteorológicos no mar e na costa; e (iii) a responder às obrigações que o País tem no
quadro das Nações Unidades sobre o Mar, de monitorar e gerir com zelo e competência
a costa e o mar adjacente.
3.2 Específicos
Este programa está direccionado a formação e investigação nas áreas de
desenvolvimento tecnológico e do conhecimento visando:
− Desenvolver e operar sistemas de observação: Garantir o desenvolvimento e
adopção de tecnologias para monitorar a dinâmica de ecossistemas e de recursos
associados e providenciar serviços a partir do mar e da costa;
− Promover o aproveitamento de energias do mar e da costa: Desenvolver e
adoptar tecnologias que melhorem o aproveitamento de energias do mar e da
costa;
− Promover a inovação e criatividade no desenvolvimento e adopção de
tecnologias: para os sistemas de medição, produção e processamento, estruturas
e equipamento oceânicos, sistemas de produção e transformação de energia;
− Monitorar e prever os processos oceânicos: Assegura a obtenção de
conhecimentos relacionados com os processos metabólicos do ambiente
marinhos e a sua interacção com o ambiente terrestre e atmosférico, a serem
aplicados na exploração de recursos aquáticos de forma a garantir a sua
sustentabilidade e a dos ecossistemas associados;
− Pesquisar, avaliar e gerir as pescarias: Assegura a avaliação e a tomada de
decisões na gestão ambiental dos recursos aquáticos utilizando metodologia
científica e critérios técnicos; Aplicação de conhecimentos na melhoria da
qualidade do pescado, bem como o desenvolvimento de projectos de instalações
beneficiadoras de pescados;
− Produzir produtos pesqueiros no meio natural e em cativeiro: Engloba a
utilização de técnicas de produção de aquacultura e de tecnologia pesqueira com
o objectivo de obter alimentos de forma sustentável;
− Conservar os ecossistemas e os recursos marinhos e costeiros: garante o
estabelecimento de critérios aos métodos de produção de forma maximizar a
produção, considerando a capacidade de carga do ambiente, as necessidades
sociais e a viabilidade económica;
− Propiciar o conhecimento necessário para progredir no campo da pesquisa,
do ensino ou da extensão: capacitar técnicos no saber e saber fazer através do
ensino, pesquisas em laboratórios especializados, trabalhos de campo e estágios
laborais.
3
4.
Competências Gerais
O mestre em ciências do mar e das zonas costeiras possui conhecimentos do saber, do
saber fazer e habilidades que lhe permite intervir no sector de pesquisa, produção e de
extensão com competência.
Assim sobre competências do saber, um mestre em ciências do mar e das zonas
costeiras deve possuir conhecimentos sólidos sobre:
− processos naturais que ocorrem no mar e dos factores intervenientes;
− fenómenos de interacção entre o oceano, a atmosfera, a litosfera e a
biosfera;
− factores que determinam a saúde e produtividade dos ecossistemas
marinhos e costeiros;
− factores que determinam a distribuição e abundância dos recursos
naturais no mar e nas zonas costeiras;
− quadro legal e institucional inerente a exploração e utilização de
recursos naturais do mar e da costa;
− Ter uma visão integrada dos diversos assuntos relativos ao mar e de
zonas costeiras;
Sobre competências do saber fazer, um mestre em ciências do mar e das zonas
costeiras deve saber:
− analisar e explorar o funcionamento do oceano e das zonas costeiras
numa perspectiva multidisciplinar e interdisciplinar;
− utilizar os métodos de observação e análise do oceano e de zonas
costeiras;
− desenvolver trabalho científico e técnico no domínio do mar, das zonas
costeiras e dos recursos naturais associados;
− conceber, construir, manter e gerir unidades e empresas de produção de
aquacultura extensiva e intensiva;
− assegurar uma produção pesqueira que seja económica e ecologicamente
viável;
− assegurar o uso sustentável, por parte da comunidade local, dos recursos
naturais marinhos e costeiros;
− identificar e propor a protecção de ecossistemas e os seres vivos que
dele dependem.
São habilidades gerais de um mestre em ciências do mar e das zonas costeiras as
seguintes:
− auto-estima, confidente e amor a profissão e ao trabalho;
− trabalhar de uma forma independente, com capacidade de organização e
eficiência de recursos e de tempo;
− aplicação de conhecimentos e de habilidades para lidar com problemas
conhecidos e novos;
− adaptação e flexibilidade na aprendizagem e no trabalho;
− realizar pesquisa de uma forma responsável e segura, tendo em conta os
factores de risco e os procedimentos de saúde e segurança no trabalho;
4
− capacidade de análise, de síntese, teste de hipóteses e aplicação de
informação de várias fontes de uma forma crítica e responsável;
− proficiência na apresentação de relatórios científicos escritos, orais, e
com uso de meios áudio-visuais;
− domínio de informática na óptica de utilizador;
− programação em MatLab e em outras linguagens de programação;
− uso de ferramentas de teledetecção e GIS para aplicação em
ecossistemas marinhos e costeiros
− operação e manutenção de sondas simples de medição de Temperatura,
salinidade, teor de oxigénio dissolvido na água, pH;
− operação de aparelhos fixos e de deriva simples de medição de dados no
oceano;
− operação e manutenção de equipamento simples de laboratório, e.g.
microscópio, Espectrofotómetro e domínio de técnicas de titulação de
gases dissolvidos na água;
− navegação com GPS;
− condução de barcos de pequenas dimensões em zonas costeiras,
estuários, rios e lagos.
Ao terminar este curso os graduados terão atingido um nível de técnicos superiores
capazes de trabalhar independentes como cientistas, académicos, consultores,
conselheiros, gestores e como operários qualificados; poderão seguir carreiras em
instituições públicas, privadas, de ensino superior e investigação, e poderão ser
empreendedores, criando seu próprio emprego.
5.
Atitudes
Um Profissional deve saber ser e estar na sociedade, saber conviver e respeitar as
diferenças. Assim, um profissional deve ser:
− responsável, ético, respeitoso e zeloso pelo trabalho;
− competente e autónomo nos serviços prestados;
− dinâmico e pró-ativo;
− capaz de aprender e melhorar continuamente os seus serviços;
− comunicativo e ter bom relacionamento interpessoal;
− capaz de se expressar bem de forma escrita e oral;
− um bom líder e possuir um bom senso de organização.
Em, particular, porque um cientista do mar realiza trabalhos no alto mar, em barcos, em
locais restritos e com elevados riscos de acidentes deve ser:
− ser corajoso;
− possuir um elevado grau de camaradagem, solidariedade e ajuda
mútua;
− possuir um elevado espírito de higiene pessoal e colectiva;
− possuir um elevado grau de segurança pessoal e colectiva.
5
6.
Filosofia de ensino
O ensino baseia-se na combinação de aulas teóricas, seminários, aulas práticas, estudo
individual e em grupo. Põe-se ênfase no trabalho prático e na aplicação prática dos
conhecimentos teóricos. As matérias e os exemplos a serem dados são baseados, na
medida do possível, em problemas reais e o ensino é centrado no estudante.
7.
Estrutura do curso
O curso tem a duração de dois anos e dividido em duas partes, nomeadamente: Parte-I,
o primeiro ano, que corresponde a parte lectiva do curso com 60 créditos, e parte-II, o
segundo ano do curso, que corresponde ao projecto de pesquisa e dissertação com 60
créditos.
O sistema de créditos, ou unidade de esforço, rege-se pelo ECTS (European Credit
Transfer System), um sistema produzido que pretende potenciar a mobilidade
internacional dos estudantes, Neste sistema um ano lectivo corresponde a uma carga
horária de 1500 horas de trabalho para estudantes, o equivalente a 40 semanas de 37,5
horas de trabalho. Incluídas nesta carga horária estão todos os tipos de aprendizagem,
inclusive estudo individual e preparação de relatórios ou seminários, além das horas de
ensino que implicam contacto directo com docente.
Parte-I
A parte lectiva do curso ocorre no primeiro ano do curso, e é composta por módulos
especializados de aulas teóricas e práticas; de entre módulos nucleares e opcionais. O
estudante deve concluir com sucesso no mínimo 60 créditos. As aulas teóricas
providenciam as bases necessárias para compreensão da prática e os propósitos de
aplicação do curso. As aulas práticas providenciam a demonstração e aptidão no uso
das técnicas relevantes. Encoraja-se trabalho em grupo, e interacção entre estudantes e
este com docentes.
Parte-II
O Segundo ano do curso consiste na realização de pesquisa científica e dissertação
sobre a supervisão de docentes ou técnicos especializados, totalizando no mínimo 60
créditos. O tema de pesquisa é seleccionado com base no interesse do estudante ou de
entidade empregadora e poderá ser em qualquer área de ciências naturais ou sociais, ou
ainda de tecnologia relacionados com as pescarias. Podem ainda ser considerados para
dissertação trabalhos científicos realizados por candidatos ao longo da sua carreira
6
profissional e que não tenham sido submetidos para obtenção de grau académico.
8.
Avaliação
A avaliação da parte lectiva é feita com base nos testes, relatórios de trabalho e exame
por cada módulo. A avaliação dos testes corresponde a 20%, o trabalho prático,
avaliado através da participação e relatórios de trabalho corresponde a 60% e o exame
corresponde a 20%, da avaliação total. A nota da parte lectiva será dada pela média
ponderada da nota dos módulos, tendo em conta os créditos dos módulos.
Apenas os estudantes cuja nota da parte lectiva é igual ou superior a 50% da cotação
total poderão prosseguir com a pesquisa e dissertação. A tese é avaliada por um júri
identificado para cada tese e consiste na avaliação do trabalho escrito e da apresentação
e defesa oral pelo estudante. A nota final da tese é dada pela média da nota do trabalho
escrito (60%) e da apresentação e defesa (40%).
A nota do curso é dada pela média aritmética da nota da parte lectiva e da nota da parte
de pesquisa e dissertação.
9.
Critérios de admissão
Podem candidatar-se ao programa de cursos de mestrado da Escola Superior de
Ciências Marinhas e Costeiras as pessoas que tenham completado o primeiro ciclo de
formação no ensino superior nas áreas de Ciências Naturais e Engenharias. No entanto
os cursos de mestrados em Aquacultura Sustentável e em Biologia Marinha e Gestão
das Pescarias requerem conhecimentos básicos de Biologia e Química, e o curso de
mestrado em Oceanografia Aplicada requer conhecimentos avançados de Mecânica de
Fluidos, Cálculo Diferencial e Integral.
O candidato é admitido por uma comissão de admissão que considera, sobretudo, os
seguintes critérios:
• Média da conclusão do 1º ciclo;
• Experiência profissional.
As condições gerais de acesso, selecção e critérios estão regulamentados na
Deliberação no 03/CUN/2003, do Regulamento dos Cursos de Mestrado da UEM.
Serão admitidos 20 estudantes por cada curso, perfazendo um total de 60 estudantes
para os cursos de mestrado.
10.
Condições de ensino e de pesquisa
A Escola possui um barco de 7 metros, com motor de 40 HP para pesquisa no estuário
e nas águas costeiras; facilidades de aquacultura em tanques externos e em laboratório;
uma sala de computadores modernos, com internet via V-Sat. Para além destas
facilidades a Escola coopera com várias instituições de pesquisa e empresas de
7
produção tais como a IIP, CEPAM, Aquapesca e Krustamoz, Marinha de Guerra de
Moçambique onde se pode usar os meios e as facilidades de trabalho e pesquisa
existentes.
11.
Docência e supervisão
A docência e supervisão de teses serão garantidas por docentes da Universidade de
Bergen, no âmbito do projecto NOMA, por mais 4 anos a partir de 2010; Universidade
de Dar-es-Salam, no âmbito do projecto WIO-RISE, por mais 4 anos a partir de 2010,
Universidade de Vitória e Universidade do Brasil, no âmbito do projecto SOED, por
mais 4 anos a partir de 2010. A Tabela 1 apresenta a lista dos potenciais docentes para
os cursos de mestrado na Escola Superior de Ciências Marinhas e Costeiras.
Para os primeiros quatro anos, a docência e supervisão será assegurada principalmente
por cerca de 20 docentes estrangeiros e 18 docentes nacionais. Durante este período,
os docentes nacionais serão capacitados na docência e supervisão pelos docentes
estrangeiros, o que irá assegurar a continuidade do programa.
Tabela 1. Lista dos potenciais docentes dos cursos de mestrado na Escola Superior de
Ciências Marinhas e Costeiras.
Nome
Nível
Área
Prof. Doutor António Hoguane PhD
Oceanografia Física
Prof. Doutor T. Gammelsrød
PhD
Oceanografia / Meteorologia
Prof.
Doutor
Boaventura PhD
Energias Renováveis
Cuamba
Prof. Doutora Eva Falck
PhD
Oceanografia Química
Prof. Viktor Sevastyanov
PhD
Química
Prof. Doutor Adriano Macie
PhD
Ecologia Marinha
Doutora Bastienne Vriesendrop PhD
Biologia Marinha
Prof. Doutor E. Andreatta
PhD
Aquacultura
Prof. Doutora M. Kyewalyanga PhD
Oceanografia Biológica
Prof. Doutor Alfonso Dubi
PhD
Engenharia Costeira e Marinha
Prof. Doutor Svein Sundby
PhD
Interacção processos
Físicos/Biológicos
Prof. Doutor Johnny
PhD
Óptica Marinha e teledetecção
Johannesen
Prof. Doutor Asgeir Sorteberg
PhD
Mudanças Climáticas
Prof. Doutor Kjell Arild Orvik
PhD
Oceanografia Pesqueira
Prof. Doutor Tore Furevik
PhD
Oceanografia Dinâmica
Prof. Doutor Ilker Fer
PhD
Oceanografia Pesqueira
Doutor Stefano Mazilli
PhD
Oceanografia Operacional
Doutora Catherine Vermeuller
MPhil Biologia/Ecologia Marinha
Doutora Anna Lucas
PhD
Teledetecção e GIS
Doutor Lars Asplin
PhD
Modelação Hidrodinâmica
Doutor Knut Barthel
PhD
Modelação
Doutor Paul Budgell
PhD
Modelação
Doutor Øyvind Breivik
PhD
Gestão de Dados Oceanográficos
8
dr Fernando Victor Saide
dr Fialho Nehama
dra Valera Lucena Dias
dra Valentina Vassele
dra Genyess Vieira
dra Candida Sete
dr Hermes Pacule
dr Nataniel Naftal
dr Jeremias Mocuba
dra Ivone Lichucha
dra Eulália Mugabe
dra Yonss Saranga José
Enga Joana José
dra Claudia Tomas
dr Narci de Permegi
12.
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
MSc
Oceanografia Física
Oceanografia Física
Biotecnologia Marinha
Oceanografia Física
Aquacultura
Hidrografia
Gestão das Pescarias
Biologia/Ecologia Pesqueira
Biologia/Ecologia Pesqueira
Ciências Pesqueiras
Aquacultura
Oceanografia/Modelação
Engenharia Florestal
Avaliação e Gestão das Pescarias
Avaliação e Gestão das Pescarias
Financiamento
O orçamento para 60 estudantes, sendo 20 por cada curso de mestrado, e por um
período de 2 anos é estimado em cerca de 5.987.000Mt (.Tabela 2). O projecto NOMA
irá contribuir com cerca de 4.500.000Mt, o projecto SOED irá contribuir com cerca de
987.000Mt, e o Orçamento Geral do Estado irá contribui por cerca de 500.000Mt.
Tabela 2. Orçamento para dois anos de curso, para 30 estudantes.
Actividades
Viagens
Deslocação de docentes
- Deslocações domésticas
- Deslocações internacionais
Transporte Local (combustíveis e manutenção de
veiculos)
Acomodação de docentes
Ajudas de custo
Docentes nacionais
Docentes estrangeiros
Trabalhos de campo
Parcial
Orçamento
em Mil Meticais
887
114
229
64
480
3300
600
1200
1500
Equipamento
600
600
Materiais
400
400
Consumíveis
100
100
–
9
Comunicação
Pagamento de Serviços a Terceiros
Bolsas de estudo
Total
13.
100
100
600
3000
600
3000
5987
Sustentabilidade
A sustentabilidade do programa é garantida através de quatro factores principais:
(i)
cometimento do Governo em formar quadros qualificados para impulsionar
o aproveitamento racional dos recursos marinhos e costeiros;
(ii)
capacidade do programa em responder a demanda e desafios de formação,
investigação e extensão no domínio do mar e da costa;
(iii)
formação de quadros moçambicanos para continuar o programa; e
(iv)
parcerias com instituições nacionais, regionais e internacionais, no quadro
do Mundo cada vez mais globalizado.
10
14.
Mestrado em Aquacultura Sustentável
Objectivos
O curso visa proporcionar uma formação avançada e aplicada sobre aquacultura de
espécies marinhas e de água doce, com ênfase nas espécies tropicais, e sustentabilidade
ambiental.
Perfil Profissional
As actividades profissionais e oportunidades de carreira, para os graduados em
Aquacultura sustentável, incluem: Estudos de biologia de espécies cultiváveis com
ênfase na taxonomia, morfologia, fisiologia e comportamento; bem como aspectos de
embriologia, desenvolvimento larval, eco-fisiologia, nutrição, ciclo de vida, patologia
das espécies cultiváveis. Análise de aspectos ambientais e ecológicos na aquacultura.
Desenvolvimento de habilidades de concepção, construção, manutenção e gestão de
unidades e empresas de produção de aquacultura extensiva e intensiva.
Perfil Ocupacional
Ao terminar este curso os graduados poderão trabalhar como técnicos superiores,
gestores, conselheiros e consultores nos sectores das pescas, aquacultura, ambiente,
turismo, municípios costeiros, agricultura; poderão trabalhar nas ONG’s dedicadas ao
meio ambiente e conservação da natureza tais como WWF, IUCN, entre outros; como
gestores de parques e reservas marinhas; como pesquisadores em instituições de
investigação públicas e privadas; na academia; como técnicos superiores qualificados
no sector produtivo de pesca e aquacultura e no desenvolvimento rural; e poderão ser
empreendedores, criando seu próprio emprego nas áreas de produção pesqueira e
aquacultura, processamento, conservação e comercialização do pescado; e no mercado
de consultorias.
Perfil do Graduado
Os graduados no curso de mestrado em Aquacultura Sustentável devem saber:
− A biologia das espécies a cultivar;
− Os factores bióticos e abióticos que determinam o crescimento e a saúde das
espécies a cultivar;
− As técnicas de cultivo e gestão de unidades de produção;
− Os aspectos de biossegurança associados à aquacultura;
− O quadro legal e institucional inerente à aquacultura.
11
Os graduados no curso de mestrado em Aquacultura Sustentável devem saber fazer:
− A pesquisa das espécies a cultivar abordando aspectos de genética, nutrição,
reprodução, taxa de crescimento e patologia, e aspectos ecológicos e
ambientais;
− A prospecção e avaliação das potencialidades de desenvolvimento de
aquacultura;
− Estudos de viabilidade de iniciativas de aquacultura;
− Estudos de impacto ambiental de iniciativas de aquacultura;
− A concepção, construção e assegurar a manutenção de infra-estruturas de
aquacultura;
− Cultivo de espécies desde aspectos de selecção de espécies, administração de
berçários, engorda, captura, processamento e controle de qualidade;
− Administração e gestão de unidades e empresas de aquacultura;
− Gestão ambiental nas unidades de aquacultura.
Plano curricular
Tabela 2. Plano temático do curso de Mestrado em Aquacultura Sustentável.
Título
Categoria
Semestre
Técnicas de Pesquisa Científica
Biologia Pesqueira
Aquacultura, Socioeconomia e negócio
Cultivo de Espécies Marinhas
Cultivo de Espécies Estuarinas e de Água Doce
Ecologia Pesqueira
Bio-segurança Marinha
Interacção entre Processos Físicos e Biológicos
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Opcional
Opcional
Opcional
I
I
I
I
I
I
I
I
Engenharia de aquacultura
Nuclear
Patologia em aquacultura
Nuclear
Aquacultura e Ambiente
Nuclear
Administração e Gestão de Empresas de Opcional
Aquacultura
Tecnologia de Pescado
Opcional
Gestão Integrada das zonas Costeiras
Opcional
II
II
II
II
250
125
125
125
10
5
5
5
II
II
125
250
5
10
III e IV
1500
60
Projecto de tese
Nuclear
Carga
Créditos
Horária
125
5
125
5
125
5
125
5
125
5
250
10
125
5
250
10
12
13
15.
Mestrado em Biologia Marinha e Gestão de Pescarias
Objectivos
O curso visa proporcionar uma formação avançada e aplicada sobre as pescarias, suas
relações com os ecossistemas e o meio ambiente com ênfase nas pescarias estuarinas e
costeiras. O curso visa também proporcionar conhecimentos sobre tecnologia de pesca
e de pescado, bem como questões de economia e sustentabilidade da pesca.
Perfil Profissional
As actividades profissionais e oportunidades de carreira, para os graduados em
Biologia Marinha e Gestão das Pescarias, incluem: Prospecção, avaliação e gestão das
pescarias; conservação e protecção de ecossistemas, e gestão de parques e reservas
marinhas; captura, processamento, conservação e controle de qualidade do pescado;
estudos de viabilidade de iniciativas de pesca e de aquacultura; estudos de impacto
ambiental de iniciativas de pesca e aquacultura.
Perfil ocupacional
Um mestre em biologia e gestão das pescarias estará habilitado a desenvolver
actividades como técnicos superiores, gestores, conselheiros e consultores nos sectores
das pescas, aquacultura, ambiente, transportes marítimos, turismo, municípios
costeiros, agricultura; poderão trabalhar nas ONG’s dedicadas ao meio ambiente e
conservação da natureza tais como WWF, IUCN, entre outros; como gestores de
parques e reservas marinhas; como pesquisadores em instituições de investigação
públicas e privadas; na academia; como técnicos superiores qualificados no sector
produtivo de pesca e aquacultura e no desenvolvimento rural; e poderão ser
empreendedores, criando seu próprio emprego nas áreas de produção pesqueira e
aquacultura, processamento, conservação e comercialização do pescado, no turismo,
transportes marítimos, e no mercado de consultorias.
Perfil do Graduado
Os graduados no curso de mestrado em Biologia e Gestão de Pescarias devem saber:
− A Biologia e ecologia das espécies pesqueiras;
− Os factores que determinam a distribuição e abundância dos recursos
pesqueiros no mar e nas zonas costeiras;
14
− A eficiência, impactos ambientais e ecológicos das diversas técnicas de
pesca
− Técnicas de processamento e conservação do pescado
− O quadro legal e institucional inerente a exploração e utilização de
recursos pesqueiros do mar e da costa.
Os graduados no curso de mestrado em Biologia Marinha e Gestão de Pescarias devem
saber fazer:
− Realizar trabalhos de prospecção, avaliação e gestão das pescarias;
− Assegurar uma produção pesqueira que seja económica e
ecologicamente viável;
− Assegurar o uso sustentável, por parte da comunidade local, dos
recursos pesqueiros;
− Realizar trabalhos de captura, processamento, conservação e controle de
qualidade do pescado;
− Realizar trabalhos de conservação e protecção de ecossistemas, e gestão
de parques e reservas marinhas;
− Realizar trabalhos de aquacultura;
− Realizar estudos de viabilidade de iniciativas de pesca e de aquacultura;
− Realizar estudos de impacto ambiental de iniciativas de pesca e
aquacultura;
− Identificar e propor medidas de protecção de ecossistemas e os seres
vivos que dele dependem.
Plano curricular
Tabela 3. Plano temático do curso de Mestrado em Biologia Marinha e Gestão das
Pescarias.
Título
Técnicas de Pesquisa Científica
Oceanografia Pesqueira
Biologia Pesqueira
Ecologia Pesqueira
Oceanografia Química
Bio-segurança Marinha
Interacção entre Processos Físicos
Biológicos
Avaliação de Stocks
Economia Pesqueira
Gestão das Pescarias
Tecnologia de Pesca
Tecnologia de Pescado
Engenharia de aquacultura
Aquacultura e Ambiente
Gestão Integrada das Zonas Costeiras
Categoria
Semestre
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Opcional
Opcional
e Opcional
I
I
I
I
I
I
I
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Opcional
Opcional
Opcional
Opcional
Opcional
II
II
II
II
II
II
II
II
Carga
Créditos
Horária
125
5
125
5
125
5
250
10
250
10
125
5
250
10
250
125
250
125
125
250
125
250
10
5
10
5
5
10
5
10
15
Detecção Remota e SIG (GIS)
Opcional
II
250
10
Projecto de tese
Nuclear
III e IV
1500
60
16.
Mestrado em Oceanografia Aplicada
Objectivos
O curso visa proporcionar uma formação avançada e aplicada de oceanografia na
observação, monitoramento e previsão de processos oceanográficos, na previsão do
estado do tempo marinho e costeiro. Habilita os estudantes no desenvolvimento e
aplicação de modelos numéricos, diagnósticos e preditivos, sobre processos oceânicos.
Perfil Profissional
As actividades profissionais e oportunidades de carreira, para os graduados em
Oceanografia Aplicada, incluem: Observação e monitoramento de processos oceânicos;
modelação e simulação de sistemas marinhos; operação e manutenção de equipamentos
de observação; oceanografia operacional para várias aplicações que incluem, gestão das
pescarias, segurança marítima e navegação, projectos de engenharia marinha e costeira,
e monitoramento e gestão do meio marinho e costeiro, com destaque para gestão
integrada das zonas costeiras.
Perfil ocupacional
Um mestre em oceanografia aplicada estará habilitado a desenvolver actividades como
técnico superiores, gestores, conselheiros e consultores nos sectores de transportes
marítimos, engenharia civil, ambiente, meteorologia, pescas e aquacultura, turismo,
municípios costeiros, agricultura; poderão trabalhar nas ONG’s dedicadas ao meio
ambiente e conservação da natureza tais como WWF, IUCN, entre outros; como
técnicos superiores qualificados nos sectores de prestação de serviços de segurança
marítima e ajuda a navegação; construção civil, na concepção, construção e
manutenção de obras de engenharia marinha e costeira; no planeamento e gestão
integrada das zonas costeiras; na gestão de recursos hídricos; na exploração de recursos
energético do mar e da costa; no sector produtivo de pesca e aquacultura e no
desenvolvimento rural; como pesquisadores em instituições de investigação públicas e
privadas; na academia; e poderão ser empreendedores, criando seu próprio emprego nas
áreas de engenharia marinha e costeira, produção e comercialização de energia,
produção, conservação e comercialização do pescado, turismo, transportes marítimos, e
no mercado de consultorias.
Perfil do Graduado
Os graduados no curso de mestrado em oceanografia aplicada devem saber:
16
− Processos oceanográficos do mar e da costa e dos factores
intervenientes;
− Fenómenos de interacção entre o oceano, a atmosfera, a litosfera e a
biosfera;
− Factores oceanográficos que determinam a saúde e produtividade dos
ecossistemas marinhos e costeiros;
− Factores oceanográficos que determinam a distribuição e abundância dos
recursos naturais no mar e nas zonas costeiras;
− Factores que determinam o estado do mar e do tempo;
− Técnicas de observação e monitoramento de processos oceanográficos;
− Quadro legal e institucional inerente a exploração e utilização de
recursos naturais do mar e da costa;
Os graduados no curso de mestrado em Aquacultura Sustentável devem saber fazer:
− Análise e exploração do funcionamento do oceano e das zonas costeiras
numa perspectiva multidisciplinar e interdisciplinar;
− O uso dos métodos de observação e análise do oceano e de zonas
costeiras;
− O uso e manutenção de equipamentos oceanográficos;
− O controle da qualidade e gestão de dados e informação oceanográfica;
− Trabalho científico e técnico no domínio do mar, das zonas costeiras e
dos recursos naturais associados;
− Propostas de protecção de ecossistemas e dos seres vivos que dele
dependem;
− Modelos diagnósticos e preditivos dos processos oceânicos.
Plano curricular
Tabela 4. Plano temático do curso de Mestrado em Oceanografia Aplicada.
Título
Categoria
Semestre
Carga
Créditos
Horária
125
5
125
5
250
10
125
5
Técnicas de Pesquisa Científica
Introdução a Oceanografia Aplicada
Oceanografia Dinâmica
Medição
e
Análise
de
Dados
Oceanográficos
Oceanografia Pesqueira
Oceanografia Química
Interacção entre Processos Físicos e
Biológicos
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Nuclear
I
I
I
I
Opcional
Opcional
Opcional
I
I
I
125
250
250
5
10
10
Oceanografia Operacional
Detecção Remota e SIG (GIS)
Modelação Oceânica
Tecnologia Marinha e Energia do Mar
Nuclear
Nuclear
Nuclear
Opcional
II
II
II
II
125
250
250
250
5
10
10
10
17
Gestão Integrada das Zonas Costeiras
Engenharia de Aquacultura
Opcional
Opcional
II
II
250
250
10
10
Projecto de tese
Nuclear
III e IV
1500
60
18
Módulos: Sinopse
19
17.
Módulo introdutório
Técnicas de Pesquisa Científica
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 55
Horas de trabalho independente: 40
Objectivos
O módulo introduz os recursos e métodos comuns usados nas ciências marinhas.
Introduz-se aos estudantes como planificar e realizar estudos científicos em ciências
marinhas e costeiras; habilidades essas que irão ajudar no decurso do mestrado.
Temas
Os tópicos a serem ministrados habilitam o estudante a realizar estudos teóricos e
práticos no mar e nas zonas costeiras com competência. Os tópicos a serem ministrados
incluem os seguintes:
− Pesquisa bibliográfica;
− Fundamentos e métodos de pesquisa científica;
− Instrumentos e processos principais a serem medidos e monitorados no mar e
nas zonas costeiras;
− Uso de programas de computadores tais como Matlab e Fortran;
− Processamento de dados oceanográficos usando Oceanview;
− Estatísticas;
− Interpretação de dados;
− Ética e teoria científica;
− Métodos de redacção de artigos científicos e da tese.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
Alred, D.J., Brusaw, C.T. and Oliu, W.E. 2003. Handbook of Technical
Writing. St. Martin's, New York, seventh edition
bcs.bedfordstmartins.com/alredtech/
Beveridge, William I.B., The Art of Scientific Investigation (New York,
Modern Library Paperbacks, 1960)
Furevik, T. 2001. An introduction to Matlab: Data analysis, visualization and
programming. Geophysical Institute, University of Bergen and Nansen
Environmental and Remote Sensing Center.
20
•
•
Practical Handbook of Marine Science, Third Edition
Michael J Kennish Rutgers University, New Brunswick, New Jersey, USA
Series: Marine Science Volume: 24
Yang, J.T. 1995. An Outline of Scientific Writing: For Researchers With
English As a Foreign Language. World Scientific.
21
18. Módulo de Ciências Sociais
Aquacultura, Socioeconomia e negócio
Créditos : 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 40
Horas de trabalho prático: 25
Horas de trabalho independente: 60
Objectivos
Este módulo aborda a aquacultura como alternativa viável de subsistência das
comunidades costeiras, com um elevado potencial para a erradicação da pobreza,
negócio e para a promoção do desenvolvimento económico sustentável no país e no
mundo, bem como uma forma de redução da pressão sobre os recursos naturais,
contribuindo, deste modo, para a conservação dos ecossistemas naturais.
Temas
Os temas a serem abordos incluem os seguintes:
− Aquacultura global e oportunidades para Moçambique – perspectivas de
Moçambique em relação a produção global de aquacultura, lições aprendidas de
outros produtores mundiais;
− Economia e negócio em aquacultura – modelos de negócios e planificação
(capitalização, operacionalização e custos), mercados e contabilidade.
− Aspectos legais e institucionais em relação a aquacultura – Regulamentos
nacionais, regionais e internacionais, padrões de qualidade do pescado e de
água, regras de importação/exportação em relação a utilização e comércio de
produtos de aquacultura;
− Comunidades rurais e aquacultura – diversificação de actividades de
subsistência, cooperativas de produção, indústrias secundárias, serviços de
extensão, levantamentos comunitários, assuntos do género.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de seminários e relatórios de trabalho.
Referências
•
•
•
Anderson, L.G. 1994. “Highgrading in ITQ Fisheries,” Marine Resource
Economics, Vol. 9, No. 3, pp. 209-226.
Gilbert, R.J. 1989. Small-Scale Marketing of Aquaculture Products. Southern
Regional Aquaculture Center Production, Vol 350.
Palfreman, A. 1999. Fish Business Management. Blackwell Science.
22
•
•
Shang, Y. 1990. Aquaculture economic Analysis. World Aquaculture Society,
baton Rouge, LA.
Van Gorden, Steve, D. 2000. Small Scale Aquaculture. Alternative Aquaculture
Assn.
23
19.
Módulos de Aquacultura
Cultivo de Espécies Marinhas
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 55
Horas de trabalho independente: 40
Objectivos
Este módulo providencia os conhecimentos teóricos e práticos essenciais de cultivo de
espécies marinhas, bivalves, peixes e algas. Ênfase é posta nos factores críticos para
crescimento e desenvolvimento. A prática é feita nas unidades de aquacultura de
Lumbo e Pemba.
Temas
Os tópicos a serem ministrados incluem os seguintes:
− Selecção de espécies e controle genético;
− Produção e colheita de alvinos;
− Controle de reprodução;
− Operação de berçários;
− Sistema de cultivo: intensivo, semi-intensivo; densidade de povoamento,
estocagem;
− Técnicas de crescimento e engorda – alimentação e nutrição;
− Monitoramento da mortalidade e de crescimento;
− Monitoramento de qualidade de água - temperatura, salinidade, oxigénio,
transparência e turbidez de água, renovação de água, correntes e ondulação.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de participação em trabalhos de campo e relatórios de
trabalho
Referências
•
•
•
•
Beveridge, M.C. 1996. Cage Aquaculture. Barnes & Noble - USA
Boyd, C. and Turker, C. 1998. Pond Aquaculture Water Quality Management.
Chapmen & Hall Aquaculture Series.
Brown, E. E., and J. B. Gratzek. 1980. Fish Farming Handbook. AVI Publishing
Company Corporation. Westport, CT.
Daniel P. Cheney, D.P. and Mumford, Thomas F.,Jr. 1986. Shellfish and
Seaweed Harvests of Puget Sound. Barnes & Noble - USA
24
•
•
•
•
•
•
•
•
John E. Bardach, J.E., McLarney, W.O. and Ryther, J.H. 1991. Aquaculture:
The Farming and Husbandry of Freshwater and Marine Organisms. Barnes &
Noble - USA
Landau, M. 1991. Introduction to Aquaculture. Jonh Wiley & Sons, WI.
ManziMilne, P.H. 1972. Fish and Shellfish Farming in Coastal Waters. Fishing
News, Ltd., London, England.
Menzel, W. 1991. Estuarine and Marine Bivalve Mollusk Culture. Barnes &
Noble - USA
Pillay, T. V. 1998. Aquaculture: Principles and Practices. Barnes & Noble USA
Piper, R. G. 1982. Fish Hatchery Management. Fish & Wildlife Service.
Southgate, P. 2002. Aquaculture: Fish and Shellfish Farming. Barnes & Noble USA
Tucker, J.W. 1998. Marine Fish Culture. Barnes & Noble - USA
Cultivo de Espécies Estuarinas e de Água Doce
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 55
Horas de trabalho independente: 40
Objectivos
Este módulo providencia os conhecimentos teóricos e práticos essenciais de cultivo de
espécies costeiras e de água doce, crustáceos, peixes e algas. Ênfase é posta nos
factores críticos para crescimento e desenvolvimento. A prática será feita nos tanques
de aquacultura da Escola, na empresa Aquapesca em Inhassunge e nas unidades de
aquacultura de Chongoene.
Temas
Os tópicos a serem ministrados incluem os seguintes:
− Selecção de espécies e controle genético;
− Produção e colheita de alvinos;
− Controle de reprodução;
− Operação de berçários;
− Sistema de cultivo: intensivo, semi-intensivo; densidade de povoamento,
estocagem;
− Técnicas de crescimento e engorda – alimentação e nutrição;
− Monitoramento da mortalidade e de crescimento;
25
− Monitoramento de qualidade de água – temperatura, salinidade, oxigénio, pH,
deposição de sedimentos, precipitação, escoamento de rios, erosão;
− Técnicas de colheita.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de participação em trabalhos de campo e relatórios de
trabalho
Referências
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Boyd, C. and Turker, C. 1998. Pond Aquaculture Water Quality Management.
Chapmen & Hall Aquaculture Series.
Brown, E. E., and J. B. Gratzek. 1980. Fish Farming Handbook. AVI Publishing
Company Corporation. Westport, CT.
CYRINO, J.E.P. Piscicultura. SEBRAE MT. 1996. 88p.
John E. Bardach, J.E., McLarney, W.O. and Ryther, J.H. 1991. Aquaculture:
The Farming and Husbandry of Freshwater and Marine Organism. Barnes &
Noble - USA
Landau, M. 1991. Introduction to Aquaculture. Jonh Wiley & Sons, WI.
Pillay, T. V. 1998. Aquaculture: Principles and Practices. Barnes & Noble USA
Piper, R. G. 1982. Fish Hatchery Management. Fish & Wildlife Service.
Menzel, W. 1991. Estuarine and Marine Bivalve Mollusk Culture. Barnes &
Noble - USA
SHEPHERD, J.C. Piscicultura Intensiva. Acribia. 1999. 422p.
Patologia em aquacultura
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 40
Horas de trabalho prático: 25
Horas de trabalho independente: 60
Objectivos
O módulo visa providenciar conhecimentos básicos sobre as patologias frequentes nos
organismos aquáticos criados em cativeiro, modos de prevenção e tratamento. O
módulo visa também, providenciar conhecimentos sobre a avaliação do uso drogas no
cultivo de organismos aquáticos. O trabalho prático será feito nas unidades de
aquacultura.
26
Temas
Os principais temas a serem abordados neste módulo são os seguintes:
− Patologias;
− Epidemiologias;
− Regimes de tratamento;
− Conceito de produtos orgânicos;
− Bio-segurança;
− Introdução/transferência de espécies.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
•
Brown, L. 1993. Aquaculture for Veterinarians: Fish Husbandry and Medicine.
Barnes & Noble - USA
Elston, R.A. 1990. Mollusc Diseases: Guide for the Shellfish Farmer. Barnes &
Noble - USA
Carl J. Sindermann, C.J. 1990. Principal Diseases of Marine Fish and Shellfish:
Diseases of Marine Fishes Volume 1. Barnes & Noble - USA
John E. Huguenin, J. E. and Colt, J. 1989. Design and Operating Guide for
Aquaculture Seawater Systems. Barnes & Noble - USA
Aquacultura e Ambiente
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 50
Horas de trabalho independente: 45
Objectivos
O módulo visa providenciar conhecimentos básicos sobre aquacultura e meio ambiente,
bem como mitigação dos problemas ambientais associados a actividade de aquacultura.
Trabalho prático é feito nas unidades de aquacultura.
Temas
Os principais temas a serem abordados neste módulo são os seguintes:
− Sistemas de aquacultura, habitats/ecossistemas naturais e sustentabilidade
27
−
−
−
−
−
−
−
ambiental;
Requisitos ambientais para o bom crescimento e desenvolvimento de
organismos aquáticos;
Riscos biofísicos – algas tóxicas;
Fluxo de água e qualidade de água;
Nitrificação;
Fitoplâncton, bactérias, vírus, fungos e parasitas;
Tratamento de efluentes de sistemas de aquacultura;
Prevenção a problemas ambientais.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e seminários
Referências
•
•
•
•
•
•
•
Baird, D., L. Kelly and J. Muir . 1996. Aquaculture and Water Resources
Management. WileyBlackwell Publisher, pp 240.
Bardach, J.E. 1997. Sustainable Aquaculture. Barnes & Noble - USA.
Brune, D. and Tomasso, J.E. 1989. Aquaculture and Water Quality. World
Aquaculture Society, Baton Rouge, LA.
Cage and pen fish farming. Carrying capacity models and environmental
impact. FAO Technical Paper (T255) 131 pp. FAO (URL: http://www.fao.org).
ISBN 92-5-102163-5.
Environnement et aquaculture: Tome 1, Aspects techniques et économiques.
Editorial coordination by Jean Petit, 1999.
Environment and Aquaculture: Volume 2, Legal and Regulatory Aspects.
Editorial coordination by Jean Petit, 2000.
Environmental Best Management Practices for Aquaculture. Edited by Craig S.
Tucker and John A. Hargreaves. 2008.
28
20.
Módulos de Biologia e Ecologia
Biologia Pesqueira
Crédito: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 40
Horas de trabalho prático: 25
Horas de trabalho independente: 60
Objectivos
Este módulo estuda os aspectos da biologia e dinâmica populacional dos principais
grupos de organismos aquáticos (peixes, moluscos e crustáceos) explorados pela pesca.
Fisiologia dos peixes, moluscos e crustáceos, relações marísticas e morfométricas.
Determinação de idade (métodos directos e indirectos). Estudo do crescimento.
Maturação e reprodução. Dinâmica alimentar e relações tróficas. Trabalho prático é
feito nos centros de pescadores artesanais e nos laboratórios das pescas.
Temas
Os seguintes temas serão ministrados com respeito aos principais grupos de organismos
aquáticos explorados pela pesca: peixes, moluscos, crustáceos:
− Principais peixes vertebrados e invertebrados;
− Forma, anatomia, fisiologia;
− Biometria, idade e crescimento;
− Reprodução - maturação e fecundidade;
− Comportamento - Dieta e hábitos alimentação, locomoção e ciclo de vida;
− Organismos e parâmetros ambientais: temperatura, salinidade, gases
dissolvidos, luz, som e densidade da água.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
•
Cushing D.H. 1981. Fishery biology. A study in population dynamics. The
University of Wisconsin Press.
Everhart T.W., Eiper A.W. & Joung W.P. 1975. Principles of fisheries science.
Cornell University Press.
King, M. Fisheries Biology, Assessment and Management. Wiley-Blackwell
Publisher.
Hart, P. and Reynolds, J.D. 2002.Handbook of Fish Biology and Fisheries: v.1.
Blackwell Science Publisher.
29
Ecologia Pesqueira
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 80
Horas de trabalho prático: 70
Horas de trabalho independente: 100
Objectivos
O módulo visa proporcionar uma visão aplicada da pesca, explorando através de um
jogo de simulação, as questões da pesquisa pesqueira, o estado da arte das principais
pescarias mundiais, dedicando-se um capítulo especial às pescarias nacionais, as
relações entre a pesca e o meio ambiente, bem como os problemas de gestão e
sustentabilidade na exploração de recursos de comum acesso. Trabalho prático será
feito nos ecossistemas de mangais e estuários.
Temas
Este módulo integra tópicos que relacionam as pescarias e o ecossistema em que se
encontram, e a relação entre as espécies dentro do ecossistema. Os principais temas a
serem abordados são os seguintes:
− População, comunidades, e ecossistemas pesqueiros;
− Componentes de ecossistema: produtores, consumidores, de-compositores;
− Biomassa, energia, estrutura de ecossistema, movimento de materiais através do
ecossistema;
− Produtividade aquática e pescarias;
− Comunidade - componentes bióticos e abióticos;
− Comunidades e ecossistemas pesqueiros do mar alto e de águas costeiras:
plataforma, corais, ervas marinhas, inter-marés, estuários, e mangais;
− Papel de espécies na comunidade - nicho ecológico, competição, predação e
princípio de exclusão de Gauss.
− População - taxa de natalidade e de mortalidade, curva de sobrevivência,
estrutura etária, corto, densidade;
− Dinâmica, estabilidade e mudanças nas comunidades pesqueiras – resposta da
população pesqueira aos diferentes níveis e regimes de pesca;
− Relação entre espécies na comunidade; impacto de espécies exóticas nas
espécies endémicas;
− Mudanças a longo prazo nas comunidades pesqueiras;
− Factores ambientais tais como ventos, precipitação, escoamento de rios, El-Niño
e ENSO e produtividade pesqueira;
− Efeito de mudanças climáticas globais nas pescarias.
30
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referencias
•
•
•
Cushing D.H. & Walsh J.J. 1976. The ecology of the seas. Blackwell Scientific
Publ.
Longhurst A.R. & Pauly D. 1987. Ecology of tropical oceans. Academic Press,
Inc.
Pitcher T.J. & Hart P.J.B. 1982. Fisheries ecology. Crom Helm.
31
21.
Módulo de Bio-segurança
Bio-segurança marinha
Créditos:5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 40
Horas de trabalho prático: 25
Horas de trabalho independente: 60
Objectivos
Este módulo providencia os conhecimentos teóricos e práticos essenciais para a
segurança da biodiversidade das espécies marinhas e da região costeira. Ênfase é posto
na segurança no transporte de recursos naturais marinhos e de aquacultura dentro e fora
do país, identificação e prevenção da introdução de pestes e doenças exóticas. A biosegurança é garantida pela cooperação de responsabilidades entre entidades dentro e
fora do país, evitando a propagação de doenças, danificação de espécies indígenas e
extinção de espécies, conservando deste modo a diversidade biológica local.
Temas
Os tópicos a serem ministrados incluem os seguintes:
− Importância da bio-segurança no maneio dos recursos naturais marinhos;
− Relação entre espécies locais e espécies regionais;
− Efeito da invasão de espécies exóticas nas comunidades locais;
− Principais fontes para introdução de espécies exóticas;
− Bio-segurança transfronteiriça (aeroportos, portos, fronteiras);
− Use de espécies exótica na aquacultura e zonas de conservação;
− Relação entre mudanças climáticas e a bio-segurança marinha;
− Sistema de quarentena;
− Estudo de viabilidade para manter a bio-segurança (avaliação de risco);
− Bio-segurança e saúde pública.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referencias
•
•
•
Beaumont, A.R. and Hoare, K., 2003. Biotechnology and genetics in Fisheries
and Aquaculture. Ed. Blackwell .
Lutz, C. Greg. 2001. Practical Genetics for Aquaculture. Fishing New Book.
Norse, E.A., Larry B. Crowder, and Michael E. Soule. 2005. Marine
Conservation Biology: The Science of Maintaining the Sea's Biodiversity
32
•
•
•
Marine invasive alien species: a threat to global biodiversity .
Ruiz, G.M.R and James T. Carlton. 2003. Invasive species: vectors and
management strategies. Island Press, Washington, DC, . pp518
Secord, D. 2004. Biological control of marine invasive species: cautionary tales
and land-based lessons. Journal of Biological Invasions. Springer Netherlands
Publisher.
33
22. Módulos de Oceanografia
Introdução a Oceanografia Aplicada
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 40
Horas de trabalho independente: 55
Objectivos
Módulo de introdução à ciência oceanográfica. Descreve os principais processos
oceanográficos (biológicos, físicos e químicos), de interacção oceano-atmosfera, e as
condições ambientais atinentes as pescarias.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Distribuição das propriedades da água do mar – temperatura, salinidade,
oxigénio, luz e nutrientes;
− Processos físicos – correntes horizontais e verticais, convergência, divergência,
forças que geram correntes oceânicas;
− Hidrodinâmica – pressão hidrostática, força de Coriolis, correntes geostróficas,
fricção, correntes devido ao vento, modelo de Ekman;
− Ondas – sobreposição de ondas, ondas em aguas profundas e rasas, energia de
ondas, ondas internas;
− Marés;
− Sistema de Benguela – upwelling clássico, El Niño;
− Sistema oceanográfico de Moçambique – vórtices ciclónicos e anticiclónicos;
− Oceanografia do Oceano Índico e do mar vermelho;
− Condições atinentes às pescarias – mudanças climáticas globais, condições
ambientais a micro-escala, sistemas de bloom de plâncton, precipitação,
escoamento de rios, marés;
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
Garrison,T: “OCEANOGRAPHY. An Invitation to Ocean Sciences.1996.
(Wadsford).
Hayes and Laevastu: "Fisheries Oceanography and ecology" (Farnham).
Pickard and Emery: "Descriptive physical oceanography". 1970 (Pergamon).
34
•
•
•
•
•
•
Pinet, P.R. “Invitation to Oceanography” Jones and Barlett, 1998.
Pond and Pickard: "Introductory Dynamical Oceanography". 1983 (Pergamon).
Segar, D.A. Introduction to Ocean Sciences. Wadsworth, 1997.
Tomczac, M.& S.Godfrey: Regional Oceanography, An Introduction.
Pergamon, 1993 se also: http://gaea.es.flinders.edu.au/~mattom/IntroOc/.
The Open University/Pergamon press:
Ocean Circulation Waves, Tides and shallow water processes.
http://gaea.es.flinders.edu.au/~mattom/IntroOc/
Oceanografia Química
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 80
Horas de trabalho prático: 70
Horas de trabalho independente: 100
Objectivos
Este módulo introduz Oceanografia Química. Analisa os principais processos de
Oceanografia Química, considerando o oceano como um sistema químico em
interacção com processos biológicos e físicos, e com a hidrosfera, litosfera e biosfera.
Realçam-se os processos de Oceanografia Química inerentes a qualidade do meio
ambiente marinho, e a produtividade oceânica, com ênfase na produção pesqueira.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Balanço de massa e ciclo hidrológico;
− Conceito de equilíbrio dinâmico e de tempo residencial ou de renovação;
− Composição química da água de rio e de mar – sais, gases, micro-nutrientes,
contaminantes, e partículas;
− Salinidade da água do mar – origem dos sais dissolvidos na água do mar;
− Propriedades da água do mar - estrutura da molécula de água e a capacidade
dissolvente de água; força iónica de água do mar e a capacidade dissolvente da
água do mar;
− Equilíbrio químico – reacções redox no mar, actividade química;
− O que controla a composição da água do rio e da água do mar - equilíbrio
químico versus cinética oceânica;
− Produtividade Primária – distribuição espacial e temporal da produtividade
primária, indicadores químicos, respiração, fotossíntese, ciclo de carbono,
nitrogénio e fósforo, razão de Redfield;
− Elementos Biolimitantes - Segregação horizontal e vertical;
− Gases e trocas de gases – Composição dos gases da atmosfera, solubilidade;
35
− Ácidos e Bases: O sistema carbonato do oceano;
− Factores que controlam o sistema carbonato do oceano;
− Ciclo biogeoquímico.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
•
Millero F. J. (1996) Chemical Oceanography, 2nd Edition. CRC Press, Boca
Raton, 469pp.
Pilson M.E.Q. (1998) An Introduction to the Chemistry of the Sea. Prentice
Hall, New Jersey, 431pp.
Reeburgh W.S. (1997) Figures summarizing the Global Cycles of
Biogeochemically Important Elements. Bull. Ecol. Soc. Amer., 78, 260-267.
Johnson K.S., K.H. Coale and H.W. Jannasch (1992) Analytical Chemistry in
Oceanography. Analytical Chemistry, 64, 1065A-1075A.
Oceanografia Pesqueira
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 40
Horas de trabalho prático: 25
Horas de trabalho independente: 60
Objectivos
Este módulo estuda as relações entre a distribuição e abundância de espécies comerciais
e processos oceanográficos. Examina-se o papel da interacção entre os processos
biológicos e físicos inerentes a distribuição e abundância de espécies de peixes,
crustáceos e moluscos de valor comercial. Ênfase é posta nas pescarias tropicais e
subtropicais. Ao concluir este módulo os estudantes devem ser capazes de descrever e
prever a dinâmica das pescarias em função de processos e parâmetros oceanográficos.
Conhecer os principais factores oceanográficos que determinam a formação e dinâmica
das pescarias, bem como a influência destes nos processos oceanográficos.
Temas
Os temas a serem abordados neste módulo incluem os seguintes:
− Processos oceanográficos ao longo do ciclo de vida do peixe, dinâmica de
36
−
−
−
−
−
−
−
−
−
−
recrutamento, crescimento e potencial de pesca, e processos oceanográficos
locais, a meso-escala e globais;
Zonas de ressurgência (upwelling), zonas de convergência/divergência, vórtices
e frentes, e concentração/dispersão de detritos e espécies de peixe;
A termoclina e concentração dos peixes;
Propriedades da água do mar e distribuição de espécies de peixe, crustáceos e
moluscos de valor comercial: influência da densidade, temperatura, salinidade,
oxigénio, e luz (turbidez);
Influencia das pescarias no meio ambiente: variação de sais dissolvidos
(carbonatos, silicatos), oxigénio, dióxido de carbono, turbidez;
Oceanografia estuarina e berçário de espécies marinhas, influência das marés na
distribuição e abundância de espécies estuarinas e costeiras;
Hidrodinâmica costeira e transporte e dispersão de ovos e larvas;
Hidrodinâmica costeira e recrutamento;
Variações sazonais de processos oceanográficos e migração dos peixes;
Mudanças climáticas globais e dinâmica das pescarias.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
Harrison P.J. & Parsons T.R. (Eds.). 2001. Fisheries Oceanography: An
Integrative Approach to Fisheries Ecology and Management.
Govoni, J. J. 2005. Fisheries oceanography and the ecology of early life
histories of fishes: A perspective over fifty years. Sciencia Marina 69: 125-137.
Oceanografia Dinâmica
Créditos: 10
Horas totais: 250
37
Horas de contacto: 80
Horas de trabalho prático: 70
Horas de trabalho independente: 100
Objectivos
Este módulo examina os princípios físicos que governam a circulação oceânica e
agitação da superfície oceânica, ondas e marés. Estabelece as equações matemáticas e
desenvolve a sua solução, tendo em conta as limitações das mesmas.
Temas
Os principais temas a serem abordados são os seguintes:
− Fundamentos de Hidrodinâmica - estabelecimento das equações básicas da
Mecânica dos Fluidos (equações de Navier) Stokes;
− Escoamentos rotacionais e irrotacionais;
− Turbulência e camada limite (equações da camada limite laminar e turbulenta);
Equações de Bernoulli;
− Escoamento Potencial: em regiões infinitas; em presença de superfície livre;
− Forças sobre corpos submersos;
− Correntes oceânicas - correntes sem fricção (circulação geostrófica), correntes
com fricção (circulação devido ao vento), ondas de Rossby e de Kelvin.
− Marés – Fundamentos do movimento planetário, componentes da força geradora
de marés, desigualdade diurna e de fase, modelo de equilíbrio, constituintes de
marés, marés no oceano, efeito da inércia e da topografia do fundo, marés na
plataforma, golfos e estuários, medição, processamento e previsão de marés,
propagação de onda de marés em águas pouco profundas;
− Ondas - classificação das ondas de gravidade, teoria de onda de pequenas
amplitudes e de amplitudes finitas, deformações das ondas: ondas de grau
superior, refracção, difracção, reflexão e rebentação.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
Bowden, K.F. (1983). Physical Oceanography of Coastal Waters, Ellis
Horwood (out of print).
Pond, S. and G. L. Pickard (1983). Introductory Dynamical Oceanography,
Pergamon.
Pugh, D. T. (1987). Tides, Surges and Mean Sea Level, John Wiley.
Medição e Análise de Dados Oceanográficos
Créditos: 5
Horas totais: 125
38
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 55
Horas de trabalho independente: 40
Objectivos
Capacita os estudantes nos métodos de observação e monitoramento dos oceanos, sobre
a gama de instrumentos, tradicionais e modernos, usados no mar e os princípios de seu
funcionamento, e no processamento e análise de dados oceanográficos, com ênfase na
gestão de dados, controle de qualidade, arquivo, partilha e disseminação.
Temas
Os principais temas abordados são os seguintes:
− Instrumentos oceanográficos
− Medições de parâmetros oceanográficos in situ - medições através de
plataformas fixas (Bóias oceanográficas fixas, pias, marinas, ancoragens),
medições através de plataformas móveis (barcos, bóias de deriva
lagrangenianas);
− Observações remotas via aviões e satélites;
− Observação e transmissão de dados; transmissão em tempo real;
− Gestão de dados: Controle de qualidade, arquivo e disseminação de dados;
− Validação de modelos e simulação;
− Processamento e visualização - perfis T/S, T/O2;
− Aplicação do Oceanview e de matlab;
− Distribuição vertical – secções verticais, distribuições horizontais;
− Determinação de correntes geostróficas;
− Séries temporais – medias móveis, filtros, decomposição de correntes, vector
progressivo;
− Análise harmónica;
− Elipses de marés;
− Mapas co-marés;
− Processamento de ondas – distribuição de frequências, probabilidades de
ocorrência de ondas;
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de participação em trabalhos de campo e relatórios de
trabalho.
Referencias
•
•
Emery, W.J. and Thomson, R.E., 2001. Data analysis methods in physical
oceanography. Second and Revised Edition. ELSEVIER
The Global Ocean Observing System: Users, Benefits, and Priorities.
Washington, DC National Academy Press
39
Oceanografia Operacional
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 55
Horas de trabalho independente: 40
Objectivos
Este módulo capacita os estudantes na observação e monitoramento dos oceanos, e na
análise e interpretação de dados observados e modelados para diversas aplicações, com
ênfase na gestão dos oceanos, ajuda a navegação, monitoramento e previsão do meio
ambiente oceânico, monitoramento e previsão do estado do tempo, dispersão de
poluentes, visando apoiar a tomada de decisão. Este módulo põe ênfase no
processamento e análise de dados para gestão dos oceanos.
Temas
− Monitoramento de parâmetros oceanográficos - plataformas fixas e móveis,
observações remotas;
− Rede de estações para observações sinópticas;
− Observação e transmissão de dados em tempo real;
− Simulação de dispersão de derrames de petróleo, marés, correntes, ondas,
subida do nível do mar devido a tempestades, eventos extremos tais como
tsunamis, tempestades;
− Monitoramento e previsão do estado do mar - temperatura, salinidade, ondas,
marés, circulação;
− Elaboração de mapas de estado de tempo e hidrográficos;
− Programas globais de observação, monitoramento e previsão de parâmetros
oceanográficos;
− Exercícios de observação, simulação e previsão de parâmetros oceanográficos
nas águas costeiras.
−
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
• Barr, R.G. and R.J. Chorley Atmosphere, Weather and Climate
• Burroughs, W.J. Climate Change: A Multidisplinary Approach.
40
•
•
Ruddiman, W.F. Earth’s Climate: Past & Future.
VOIDROT-MARTINEZ, Marie-Francoise, Bénédicte EZVAN, Antoine
LASSERRE-BIGORRY, Brigitte BENECH e Pascal VENZAC 2007.
Operational oceanographic and meteorological data visualization.
Modelação Oceânica
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 60
Horas de trabalho prático: 110
Horas de trabalho independente: 80
Objectivos
Este módulo visa capacitar os estudantes a desenvolver modelos hidrodinâmico simples
de uma a três dimensões de simulação baseado no método dos Elementos Finitos,
visando aplicações em circulação de estuários e águas costeiras e de outros problemas
de escoamento com superfícies livres.
Temas
Os principais temas a serem abordados são os seguintes:
− As equações fundamentais e os balanços de propriedades;
− Condições de fronteira naturais nos oceanos - na superfície livre, no fundo e nas
regiões costeiras;
− Métodos numéricos;
− Redes de modelação;
− Modelação das regiões oceânicas e das zonas costeiras e estuarinas;
− Calibração e validação de modelos;
− Fundamentos da modelação de ecossistemas.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
41
•
•
•
•
•
Acinas, J. R. and Brebbia, C. A. 1997. Computer Modelling of Seas and
Coastal Regions III. Taylor & Francis Publisher
Bowden (1983) Physical Oceanography of Coastal waters.
The Open University (1989). Waves, Tides and shallow water processes.
Sobel (1995) Longitude.
Duncan (1999) The Calendar.
Interacção entre Processos Físicos e Biológicos
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 80
Horas de trabalho prático: 70
Horas de trabalho independente: 100
Objectivos
O módulo visa capacitar os estudantes sobre a relação entre processos físicos, nas
diferentes escalas espaciais e temporais, e biológicos no mar. Ênfase é posta nos
processos físicos e sua influência nos processos bioquímicos no mar.
Temas
Os principais temas a serem abordados são os seguintes:
− Correntes e fluxos de nutrientes, planckton, algas;
− Efeitos da turbulência e mistura nos microrganismos - disponibilidade de
alimentos, interacção entre organismos e alimentos e entre organismos;
− Efeitos da pressão e da luz na distribuição de organismos marinhos;
− Turbidez e relações predador-presa;
− Vórtices e produtividade primária;
− Frentes e produção biológica oceânica;
− Correntes oceânicas e transporte de ovos e larvas;
− Hidrologia e migração de organismos marinhos para os estuários;
− Hidrologia recrutamento organismos marinhos;
− Efeito de marés na migração de organismos marinhos;
− Efeito de mudanças climáticas globais na abundância dos organismos marinhos.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
42
Referências
•
•
•
•
•
•
BRASDSHAW, D. 2007. Ecofisiologia dos Vertebrados. Ed. Santos. p286.
NIELSEN, K.S. 1996. Fisiologia Animal. Adaptação e Meio Ambiente. Ed.
Santos. 1996. p600.
Ricard, J. 1999. Biological Complexity and the Dynamics of Life - Elsevier
Science. p 360 pages
Robinson, A.R. The Sea, Volume 12, Biological-Physical Interactions in the
Sea: by. Harvard University Press
Steele, J.H., Henderson, E.W., Mangel, M. and Clark, C. 1994. Coupling
between Physical and Biological Scales. Philosophical Transactions of the
Royal Society B: Biological Sciences, Vol. 343, No. 1303. pp 5-9.
WILLMER, P.; STONE, G. JOHNSTON, I. 2005. Environmental Physiology
of Animals. Blackwell. p754.
43
23.
Módulo de Avaliação
Avaliação de Stocks
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 60
Horas de trabalho prático:110
Horas de trabalho independente: 80
Objectivos
Este módulo dedica-se a dinâmica de populações exploradas comercialmente, e nos
métodos utilizados para monitorar e estimar o potencial de captura de organismos
aquáticos. Realça-se a importância socioeconómica das pescarias e de outros recursos
biológicos capturados no mar. Analisam-se as técnicas de avaliação de stocks, suas
complexidades e limitações. Trabalho prático será feito nos barcos de pesca e nos
centros de pescadores artesanais.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Conceito de stock;
− Modelos de avaliação de stocks - analíticos e holísticos;
− Parâmetros biométricos de importância comercial – comprimento, peso;
− Bio-estatística – mediana, média, distribuição normal, intervalos de confiança,
regressões, correlações;
− Estimativa de crescimento (métodos de Bertalenffey, Gulland e Holt, FordWalford plot e de Chapman); Estimativa de idade (método de Bhattacharya);
Estimativa de mortalidade (métodos de Heincke, e de Robson and Chapman);
Estimativa do tamanho da população (método de população virtual);
− Selectividade de artes de pesca; Recrutamento e selectividade; Selectividade
como função de idade; Selectividade da arte e mortalidade;
− Modelos de previsão – modelo de Beverton e Holt, biomassa por recrutamento,
rendimento por recrutamento, modelo de Thompson e Bell, comprimento e
idade;
− Estimativa do rendimento máximo sustentável – fórmula de Cadima; método de
Munro e Thompson, padronização de esforço;
− Problemas de várias espécies, vários esforços, várias frotas – interacções
biológicas, económicas e tecnológicas;
− Avaliação de espécies migratórias – migrações e suas causas, trajectória e
retorno sazonais (periódicos), marcação;
− Relação tamanho de stocks e recrutamento;
− Levantamentos de pescarias – demersais, arrasto de fundo, método de área
varida, pelágicas – por arrasto, cerco, métodos acústicos; levantamentos por
44
armadilhas, gaiolas e pesca a linha;
− Uso de pacotes estatísticos para avaliação de stocks.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
Sparre, P and Venema, S.C. 1998. Introduction to Tropical Fish Stock
Assessment. FAO FISHERIES TECHNICAL PAPER 306/1 Rev. 2,
http://www.fao.org/docrep/W5449E/w5449e00.htm
Gulland J.A. 1983. Fish stock assessment. A manual of basic methods. John
Wiley & Sons.
Sparre P., Ursin E. & Venema S.C. 1989. Introduction to tropical fish stock
assessment. Part I Manual. FAO Fish. Tech. Paper 306/1.
45
24.
Módulos de Engenharia e tecnologia
Tecnologia Marinha e Energia do Mar
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 60
Horas de trabalho prático: 120
Horas de trabalho independente: 70
Objectivos
O principal objectivo do módulo é providenciar bases tecnológicas e habilidades
práticas aos estudantes de forma a resolverem problemas práticos na área de engenharia
e tecnóloga marinha. Promove-se a inovação e criatividade no desenvolvimento e
adopção de tecnologias para os sistemas de medição, produção e processamento,
estruturas e equipamento oceânicos, sistemas de produção e transformação de energia.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Equipamentos oceânicos e costeiros - Estudo e desenvolvimento de
equipamentos e veículos oceânicos e para operação em regiões costeiras com
características aquáticas;
− Estruturas oceânicas - Estudos e desenvolvimento de sistemas oceânicos sob o
enfoque da análise de estruturas rígidas e flexíveis tais como piers, risers, cabos,
plataformas e ductos submarinos;
− Desenvolvimento de bóias oceanográficas fixas e de deriva;
− Desenvolvimento de bóias de navegação;
− Estruturas e engenhos de captação e transformação de energia no mar;
− Estruturas e engenhos de aplicação na pesca e aquacultura;
− Sistemas inovadores de frio e refrigeração a bordo e em terra;
− Sistemas inovadores de processamento e conservação do pescado.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e relatórios de trabalho
Referências
•
•
Abbott, M. B. 1994. Coastal, Estuarial and Harbour Engineer's Reference Book.
Taylor & Francis Publisher
Abbott, M. B. and Price, W.A. 1993. Coastal, Estuarial and Harbour Engineer's
Reference Book. Published by Taylor and Francis
46
•
•
Doglas, J.F., Gasiorek, J.M. and Swaffied, J.A. 2001. Hydropower, tidal power
and Waves power. Cambridhge University press, Cambridge
MacKey, D. J.C. 2009. Sustainable Energy – without the hot air. Edited by
David JC MacKay
http://www.inference.phy.cam.ac.uk/withouthotair/c1/page_3.shtml
•
Shenoi, R.A. and Wellicome, J. F.1993.Composite Materials in Maritime
Structures: Volume 2, Practical Considerations.
Engenharia de aquacultura
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 60
Horas de trabalho prático: 120
Horas de trabalho independente: 70
Este módulo introduz as técnicas de concepção, construção e manutenção de infraestruturas de cultivo de peixes, moluscos e crustáceos, em tanques de aquacultura e em
meio ambiente natural. Trabalho prático é feito nos tanques de aquacultura da Escola,
na empresa Aquapesca em Inhassunge e na unidade de aquacultura de Chongoene.
Temas
Os tópicos a serem ministrados incluem os seguintes:
− Tipos de infra-estruturas - tanques de terra, dispositivos submersos ou flutuantes
no meio aquático, gaiolas;
− Selecção do local de cultivo e estudo de solos, para tanques de terra, e estudo de
correntes e ondas, para sistemas submersos e flutuantes;
− Sistema de cultivo: intensivo, semi-intensivo;
− Sistemas de ventilação e renovação de água;
− Engenharia do sistema - dimensionamento e desenho;
− Equipamento e materiais necessários;
− Energia requerida;
− Controle de circulação e fluxo de água.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de participação em trabalhos de campo e relatórios de
trabalho
47
Referências
•
•
Wheaton, F. W. 1977. Aquacultural Engineering. Robert E. Krieger Publishing
Co. Malabar, FL.
Fundamentals of Aquacultural Engineering. Kluwer Academic Publishers. Pp
364
URL: http://kapis.www.wkap.nl/book.htm/0-412-06511-8
Tecnologia de Pesca
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 55
Horas de trabalho independente: 40
Objectivos
O Módulo visa providenciar conhecimentos sobre as tecnologias de captura e
manuseamento da captura nas pescarias artesanais, semi-industriais, industriais e em
unidades de aquacultura. Trabalho prático é feito nos centros de pescadores artesanais e
a bordo dos barcos de pesca.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Procura e localização de peixe no meio natural – demersais, pelágicos,
estuarinos;
− Artes e tecnologia de pesca – Pesca a linha, gaiolas e outras armadilhas, cerco,
rede de emalhe, rede de arrasto, uso de atractivos (e.g. luz);
− Selectividade de artes de pesca e conservação de biodiversidade;
− Selectividade de artes de pesca e gestão das pescarias;
− Artes e tecnologias de pesca destrutivas – dinamite, envenenamento, arrasto de
fundo, redes de emalhe a deriva, redes de malha fina;
− Arte e tecnologia de pesca, e qualidade de pescado no meio natural;
− Métodos de pesca em tanques de aquacultura e qualidade do pescado,
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de participação em trabalhos de campo e relatórios de
trabalho
48
Referências
•
•
EVERHART, W. H.; YOUNGS, W. D. Principles of Fishery Science. 2nd ed
.USA: Cornell University Press, 1981. 349 p.
ROUSENFELL, G. H.; EVERHART, W. E. Ciencia de las Pescarias – Sus
Métodos y Aplicaciones. Barcelona, Espanha: Salvat Ed., 1960. 491 p.
Tecnologia de Pescado
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 30
Horas de trabalho prático: 55
Horas de trabalho independente: 40
Objectivos
O Módulo visa providenciar conhecimentos sobre as tecnologias de manuseamento da
captura, processamento e conservação de produtos aquáticos alimentares e não
alimentares. Trabalho prático é feito nos laboratórios de controlo de qualidade das
pescas, nos centros de pescadores artesanais e a bordo dos barcos de pesca.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Métodos tradicionais e modernos de conservação do pescado para fins
alimentares – resfriamento e congelamento, fermentação, fumagem, salmora,
secagem;
− Industrialização do pescado - processamento da salga e da secagem;
processamento de enlatados; processamento de defumados; processamento de
pastas e embutidos; anchovagem de peixe; picles de peixe; acréscimo de
valores;
− Aproveitamento de sub- produtos da indústria pesqueira - Farinha e óleo de
peixe.
− Controle de qualidade, rotulagem, armazenamento;
− Segurança alimentar de produtos pesqueiros – riscos, acidentes e segurança
associado com o consumo de pescado e produtos aquáticos; adulteração,
49
−
−
−
−
contaminação, higiene alimentar, HACCP, gestão de resíduos;
Distribuição e armazenamento – a bordo, nos postos de desembarque, nas
unidades de aquacultura e nos postos de venda;
Segurança no transporte – controle de temperatura, empacotamento de
segurança e isolamento;
Avaliação de perda de qualidade e material;
Aspectos legais e institucionais que regem a utilização, transporte, conservação
e comercialização do pescado alimentar e de produtos aquáticos não
alimentícios.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de participação em trabalhos de campo e relatórios de
trabalho
Referências
•
•
•
•
Flick, G.J. and Martin, R.E., 1992. Advances in Seafood Biochemistry:
Composition and Quality. Barnes & Noble - USA
Huss, H.H. 1994. Assurance of Seafood Quality. Barnes & Noble - USA
Bonnell, A.D. 1993. Quality Assurance in Seafood Processing: A Practical
Guide. Barnes & Noble - USA
Warriss, P. D. 2000. Farmed Fish Quality. Barnes & Noble - USA
50
25.
Módulos de Gestão e Economia
Economia Pesqueira
Créditos: 5
Horas totais: 125
Horas de contacto: 40
Horas de trabalho prático: 25
Horas de trabalho independente: 60
Objectivos
Este módulo visa capacitar estudantes em economia de recursos marinhos com ênfase
nos recursos pesqueiros, e sustentabilidade, visando a optimização do uso dos recursos
e maximização dos benefícios sociais, económicos e ecológicos. O módulo introduz
aspectos do valor real e comercial de recursos marinhos, desenvolvimento e
comercialização de produtos pesqueiros e de aquacultura, gestão financeira,
envolvimento de outros sectores de desenvolvimento nas pescas, e efeito da
globalização nas pescarias e aquacultura e na respectiva comercialização. Trabalho
prático é feito nas empresas de pesca e nos centros de pescadores artesanais.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Conceito de recurso – renovável e não renovável, stocks biológicos;
− Conceito de propriedade; propriedade pública (aberta) e restrita (individual);
− População e biomassa – a integração de corotes;
− Tipos de crescimento da população;
− Métodos de captura;
− Equilíbrio da população – equilíbrio biológico e do ecossistema;
− Função de produção;
− Tipos de gestão das pescarias – impostos, vedam, limite de quotas, controle de
esforço, controle de artes de pesca;
− Análise de investimentos;
− Crescimento económico – rendimento máximo físico e económico;
− Modelos económicos – o modelo de Gordon-Schaefer;
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e seminários
Referências
51
•
•
•
•
Compendium for IFM SOK-3555 Fisheries Economics, Lecture notes on
Fisheries Economics and Management by Ola Flaaten. (Available at the campus
book store Akademisk Kvarter).
H. Scott Gordon, 1954: The Economic Theory of a Common-Property
Resource: The Fishery. The Journal of Political Economy, Vol. 62, No. 2. (Apr.,
1954), pp. 124-142.
Bjørndal (1987). Production Economics and Optimal Stock Size in a North
Atlantic Fishery. The Scandinavian Journal of Economics Vol. 89, No. 2 (1987)
pp. 145-164.
Eide et al. (2003) Harvest Functions: The Norwegian Bottom Trawl Cod
Fisheries.
Gestão das Pescarias
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 80
Horas de trabalho prático: 70
Horas de trabalho independente: 100
Objectivos
O módulo aborda questões de exploração das pescarias versus sustentabilidade dos
ecossistemas que as sustentam. Discute a viabilidade das várias opções de gestão das
pescarias, pondo ênfase na gestão ecossistemática contra gestão de uma espécie
singular, e em particular, explora-se a implementação de parques e reservas marinhos
como uma forma eficaz de gestão de pescarias e garantia de sustentabilidade dos
ecossistemas. Discutem-se as vantagens e desvantagens dos modelos tradicionais de
gestão das pescarias. Trabalho prático é feito com base nas pescarias semi-industriais e
industriais de camarão nos centros de pescadores artesanais.
Temas
Os temas a serem abordados incluem os seguintes:
− Caracterização das pescarias como fonte de alimentação e produto de valor
comercia;
− Causas de declínio dos stocks – esforço de pesca, demanda de mercado, artes e
métodos de captura;
− Níveis de comunidades e de ecossistema e impactos no declínio das pescarias;
− Demanda de mercados e sustentabilidade das pescarias;
− Rendimento máximo sustentável;
− Desafios da gestão moderna das pescarias;
− Legislação que influencia as pescarias – lei e direito do mar, gestão e
conservação das pescarias, sustentabilidade das pescarias, politicas ambientais,
lei de protecção de espécies em vias de extinção, protecção de mamíferos
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−
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marinhos;
Métodos tradicionais de gestão das pescarias – controle de esforço de pesca,
quotas, veda, artes e métodos de pesca;
Métodos de gestão das pescarias baseados no consumidor – certificação,
produtos orgânicos, aquacultura, outras alternativas de subsistência, promoção
de valor acrescido, administração de impostos;
Gestão de subsídios do governo nos custos de pesca;
Saúde de ecossistemas e tamanho de stocks;
Métodos de gestão ecossistemática das pescarias – redução da fauna
acompanhante, restrição de artes de pesca, parques e reservas marinhas,
rendimento ecológico;
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e seminários
Referências
•
•
•
•
Everhart, W.H. and W.D. Youngs. 1975. Principles of fishery science. Cornell
University Press, Ithaca, NY.
Kennelly, S.J., ed. 2007. By-catch Reduction in the World’s Fisheries.
Dordrecht (Netherlands). Springer.
NRC. 1999. Sustaining marine fisheries. National Academy Press, Washington,
D.C. 164 pp.
Ecosystem Principles Advisory Panel. 1999. Ecosystem-based fishery
management: A report to Congress by the Ecosystem Principles Advisory
Panel, National Marine Fisheries Service, Washington, D.C.
Detecção Remota e SIG (GIS)
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 60
Horas de trabalho prático: 110
Horas de trabalho independente: 80
Objectivos
O módulo introduz o uso de teledetecção remota e o SIG (GIS) para aplicações no mar
e zonas costeiras. O módulo examina o uso de satélites e outras técnicas de detecção
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remota para o estudo dos oceanos e zonas costeiras, com ênfase nas aplicações
biológicas e ecossistemas costeiros. Explora se o uso do SIG na gestão integrada das
zonas costeiras.
Temas
Os principais temas a serem abordados são seguintes:
− Princípio de detecção remota – processos físicos na propagação da luz e
propriedades ópticas do mar;
− Detecção remota via satélites como fonte de dados oceanográficos;
− Satélites e sensores aplicados para observação dos oceanos;
− Processamento e interpretação de dados de satélites, validação dos dados de
satélites, pacotes específicos e programas em matlab;
− SIG aplicados a gestão integrada das zonas costeiras.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de seminários e relatórios de trabalho
Referências
•
•
•
•
•
Clark C.D., (1993) Satellite Remote Sensing for Marine Pollution
Investigations, Marine Pollution Bulletin 26(7), 357-368.
Cracknell A.P. and L.W.B. Hayes, (1991). Introduction to remote sensing.
Taylor & Francis, London, 293pp.
Dalby D.B. and W.J. Wolff, (1987). Remote Sensing. Chapter 2 in Baker J M
and W J Wolff (eds). Biological Surveys of Estuaries and Coasts. Cambridge
University Press.
Robinson, I.S. (1985).
Satellite Oceanography - An Introduction for
Oceanographers and Remote-Sensing Scientists.
Ellis Horwood Ltd,
Chichester, UK, 455 pp.
Robinson, I.S. and T. Guymer, (1996). Observing Oceans from Space. Chapter
5 in Summerhayes, C.P. and S.A. Thorpe (eds). Oceanography, an illustrated
guide. Manson Publishing.
Administração e Gestão de Empresas de Aquacultura
Créditos: 5
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Horas totais: 125
Horas de contacto: 40
Horas de trabalho prático: 25
Horas de trabalho independente: 60
Objectivos
O módulo visa providenciar conhecimentos essências de administração e gestão de
unidades de aquacultura. Trabalho prático é feito na empresa Aquapesca.
Temas
Os principais temas a serem abordados neste módulo são os seguintes:
− Administração de empresas de pequena e média dimensão;
− Organização e planificação da cadeia de produção;
− Organização e administração dos sectores de trabalho;
− Dimensionamento e gestão de recursos humanos – trabalhadores sazonais e a
tempo inteiro;
− Administração do economato;
− Gestão do património;
− Administração financeira;
− Segurança no trabalho;
− Normas e regulamentos de trabalho nacionais – direitos e deveres das partes;
− Gestão de organizações de trabalhadores e organizações profissionais;
− Marketing da empresa e espírito de negócio.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de testes e seminários.
Referências
•
•
•
•
•
Aquaculture and risk management. ADCP/REP/89/41 – FAO Technical
Guidelines (1989) FAO
URL : http://www.fao.org/icatalog/search/dett.asp?job_no=T8166/E&isbn
Business Management in Fisheries and Aquaculture. Blackwell Science –
Fishing New Books.136 pp.URL:
http://www.fishknowledge.com/fnbbook.asp?File=176
Lewis, J.G. and Renn, L.D. 1996. How to Start and Manage a Fish Farming
Business: A Practical Way to Start Your Own Business. Barnes & Noble - USA
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Gestão Integrada da zona Costeira
Créditos: 10
Horas totais: 250
Horas de contacto: 60
Horas de trabalho prático: 110
Horas de trabalho independente: 80
Objectivos
O módulo introduz aspectos de gestão integrada das zonas costeiras como forma de
maximizar os benefícios e garantir sustentabilidade no uso dos recursos naturais da
costa. O módulo enfatiza a natureza multidisciplinar e multisectoral das questões
costeiras, e a necessidade de diversificação das actividades de subsistência como forma
de reduzir a pressão nos recursos naturais e nos habitats. Revê os principais processos
naturais, socioeconómicos e ambientais, aspectos legais e modelos de gestão integrada
da zona costeira. Por fim, introduz os conceitos de Avaliação de Impacto Ambiental
para várias iniciativas de desenvolvimento a serem levados a cabo na zona costeira.
Trabalho prático inclui visita nas zonas costeiras.
Temas
Tópicos a serem desenvolvidos incluem os seguintes:
− Fundamentos da gestão integrada da zona costeira;
− Mudanças na linha da costa – avaliação das mudanças e protecção da
costa;
− Biodiversidade e conservação;
− Poluição - prevenção e controle da poluição;
− Principais actividades económicas na zona costeira;
− Avaliação de Impacto Ambiental;
− Ferramentas de apoio na tomada de decisão: SIG e modelos numéricos;
− Modelos de Gestão Integrada da Zona Costeira;
− Parques e reservas marinhos.
Critérios de Avaliação
A avaliação será feita através de seminários e relatórios de trabalho
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Referencias
•
•
•
•
•
Barrett, M. G. 1992. Coastal Zone Planning and Management Proceedings of
the Conference 1992. Taylor & Francis Publisher
Hoguane, A.M. Dove, Baquete, E. Nuvunga-Luís, R., Ibraimo, D. Rafael, R.
Cuamba, B e Tsamba, A. J. 2007. Manual de Gestão Integrada da Zona costeira.
MiCOA. Pp120.
Hoguane, A.M. 2007. Perfil Diagnóstico da Zona Costeira de Moçambique.
Diagnosis of Mozambique Costal Zone. Revista de Gestão Costeira Integrada
7(1):69-82 (2007).
Hoguane, A.M.; Dove, V.F. 2005. Algumas notas sobre a Gestao Integrada da
zona costeira. DINAME, 4509/RLINLD/2005. pp43.
Lindin, C.G. and Lindé, O. 1996. Integrated Coastal Zone Management in
Mozambique. Proceedings of national workshop.
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26.
Módulo final
Projecto de tese
Créditos ECTS: 60
Horas totais: 1500
Horas de contacto: 80
Horas de trabalho prático: 700
Horas de trabalho independente: 720
O projecto de tese consistirá na concepção e realização de pesquisa científica, redacção
e defesa pública de uma tese. Em alguns casos serão consideradas estágios laborais e/ou
trabalho de extensão e inovação tecnológica realizado pelo estudante. Neste caso
considerar-se-á o relatório de estágio ou de inovação tecnológica ao invés de tese
científica.
O estudante irá, sob a supervisão directa de um professor ou júri de supervisão,
escolher um tema e realizar pesquisa científica, estágio laboral ou trabalho de extensão,
e redigir a tese ou relatório de trabalho. A tese ou relatório escrito não deve ultrapassar
20.000 palavras de texto, incluindo apêndices. O sumário não deve exceder 300
palavras. O texto deve ser redigido em Times New Roman 12pt, com duplo
espaçamento. A tese deve ser submetida na forma impressa (3 cópias) assinadas e na
forma digital. Mais pormenores sobre a preparação da tese estão patentes no
regulamento específico.
Critérios de Avaliação
A tese será avaliada por um júri, constituído pelo supervisor, um examinador interno e
um examinador externo, identificados para cada tese, e consiste na avaliação do
trabalho escrito e da apresentação e defesa oral pelo estudante. A nota final da tese é
determinada pela média da nota do trabalho escrito (60%) e da apresentação e defesa
(40%).
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Programa de mestrado.. - University of Victoria