Dossiê Ações Afirmativas na UFPB: a longa década da democratização inconclusa no ensino superior (1999-2012) Dossiê encaminhado pelo NEABI aos órgãos institucionais da UFPB para subsidiar a implantação de políticas públicas no sentido de garantir a permanência dos estudantes cotistas. João Pessoa, Fevereiro de 2013. Esse documento pode ser citado com a seguinte referência: NEABI/UFPB. Dossiê Ações Afirmativas na UFPB: a longa década da democratização inconclusa no ensino superior (1999-2012). João Pessoa: NEABI/CCHLA, 2013. 1 Apresentação Conforme solicitado na reunião do último dia 15/02 entre membros do NEABI, a PróReitora de Graduação da UFPB Profª Dra. Ariane Norma de Menezes Sá e a Coordenadora de Currículos e Programas da PRG/UFPB Profª. Glória das Neves Dutra Escarião, encaminhamos o dossiê em anexo no qual se reúne o acumulado das discussões realizadas entre 1999 e 2012, entre os movimentos sociais e a Universidade, a respeito do Programa de Cotas e das Políticas de Permanência da UFPB. Neste momento em que a UFPB passa a ter uma nova direção, consideramos de fundamental importância que o debate acumulado sobre tais questões no seio da Instituição seja recuperado possibilitando definir diretrizes e instituir políticas com a maior rapidez e eficiência possíveis. No conjunto de documentos anexos seguem os relatos das reuniões realizadas entre o NEABI e representantes da direção anterior e relatórios das atividades realizadas pelo Núcleo a respeito das Políticas de Permanência para estudantes cotistas na UFPB, além de um breve relato da reunião supra citada. Registra-se aqui o percurso do debate sobre ações afirmativas no decurso de mais de uma década no âmbito da UFPB e entidades sociais do Estado da Paraíba. 1999-2002: # Primeiras discussões de professores, pesquisadores e alunos da UFPB sobre as questões raciais no ensino superior e as ações afirmativas com entidades e organizações sociais, tais como a Pastoral do Negro, o Movimento Negro da Paraíba e grupos de capoeira. Foram os movimentos sociais e organizações negras que pautaram o debate e a demanda por ações afirmativas no Estado da Paraíba. # Disciplinas são ofertadas com temáticas pertinentes, a exemplo de Educação Étnico-Racial no Centro de Educação e História da África no CCHLA. # Desenvolvimento do projeto “Políticas Afirmativas para Afro-Descendentes”, de iniciativa da Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba, em parceria com o Movimento Negro da Paraíba, UEPB, NDIHR/UFPB, Fundação Ford, CCHLA/UFPB e IRÊ – Instituto de Referência Étnica. O projeto tinha por objetivo difundir informações e dados sobre políticas afirmativas às lideranças negras e comunitárias do Estado da Paraíba. No mês de julho de 2002 foram organizadas atividades acadêmicas e discussões sobre os temas História, Direito e Educação; Políticas 2 Afirmativas no Brasil; e Estética Afro-Descendente com a participação dos professores da UFPB, José Antonio Novaes, Rosa Maria Godoy Silveira, Joana Neves e Ivonildes Fonseca e Waldeci Chagas da UEPB. 2002-2004: # Organização de seminário, no CCHLA/UFPB, sobre relações raciais e ações afirmativas, por iniciativa da Bamidelê Organização de Mulheres Negras na Paraíba, em parceria com o Movimento Negro da Paraíba. O evento teve a participação do CEERT (Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades) com a conferência do Dr. Hédio Silva Jr. # Entidades campinenses e ADUF-CG organizam o “Primeiro Encontro de Reflexão Sobre Políticas de Ação Afirmativa na Universidade: Cotas e Promoção da Igualdade”. Universidade Federal de Campina Grande. 2005-2007: # Organização das duas primeiras edições (novembro de 2005 e novembro de 2007) do Seminário Nacional de Estudos Culturais Afro-Brasileiros (Programa de Pós-Graduação em Letras e Programa de Pós-Graduação em História) com discussões sobre literaturas negras e ações afirmativas, com a participação do poeta Oliveira Silveira, conselheiro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial da SEPPIR. # Discussões acadêmicas também foram realizadas na mesa redonda Políticas Públicas e Inclusões Sociais, junto ao III Seminário Internacional de Direitos Humanos. UFPB/CCJ/PPGCJ, João Pessoa (PB, Brasil), em setembro de 2006. # Também foi realizado no segundo semestre de 2006, no Centro de Educação da UFPB, o seminário “A Luta de Zumbi dos Palmares ainda não acabou na UFPB”, com dia de mobilização Pró-Cotas Raciais. O evento contou com a participação da professora Fúlvia Rosenberg, coordenadora do Programa Internacional de Bolsas Pós-Graduação da Fundação Ford. # Plenária Final do Primeiro Curso de Advocacia em Direitos Humanos (Projeto Reconhecer) recomenda a UFPB “instituir, neste exercício de 2007, no processo de admissão de discentes, o Sistema Especial de Reserva de Vagas ou Política de Cotas, um percentual de 50% para estudantes egressos de escolas públicas, sendo deste percentual 40% destinados aos estudantes negros e 10% 3 aos estudantes indígenas, no âmbito da Universidade Federal da Paraíba, em cada curso e turno da graduação, pós-graduação e similares”. 2007-2009: # A Pró-Reitoria de Graduação começou a elaborar projeto sobre cotas na UFPB. A Reitoria encaminhou as discussões para os Conselhos de Centros. No decorrer do ano os Centros da instituição começaram a se manifestar sobre a adoção de ações afirmativas (designadas cotas ou reserva de vagas nas discussões acadêmicas). Os Centros que se manifestaram se posicionaram contra as ações afirmativas, excetuando-se apenas um, o Centro de Educação, que se posicionou a favor. Nessa mesma conjuntura vários debates e seminários foram realizados no âmbito da universidade e entidades da sociedade civil no Estado da Paraíba. O primeiro projeto da PróReitoria de Graduação privilegiava os percentuais declaratórios do IBGE sobre população negra, parda e indígena na relação de acesso ao ensino superior (UFPB). # Grupos de professores, pesquisadores e estudantes começam a articular os coletivos para a defesa, acompanhamento e aprovação das ações afirmativas no âmbito da UFPB. Começam as primeiras discussões para a criação de um NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros) para congregar pesquisadores e estudantes em projetos de ensino, pesquisa e extensão nas temáticas da Educação para as Relações Étnico-Raciais e Políticas Públicas e Ações Afirmativas. Os estudantes organizam o Núcleo de Estudantes Negras e Negros da UFPB como entidade política e acadêmica para as mesmas discussões e temáticas. # Três projetos PROLICEN passaram a ser desenvolvidos com a temática das ações afirmativas tendo como títulos “Educação superior e ações afirmativas: análises e perspectivas”, a cargo de professores e discentes do Departamento e curso de História (CCHLA); “Política de Cotas na UFPB: concepções de professores e alunos”, a cargo de professores e alunos do Curso de Pedagogia; e, “História e Cultura Afro-Brasileira: caminhos pedagógicos abertos pela Lei Federal 10.639/03 no combate ao preconceito racial”, no curso de Pedagogia, os dois últimos junto ao Centro de Educação. # Em 2008 foi realizado o “Seminário A responsabilidade ético-social das universidades públicas e a educação da população negra”, organizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa em Informação, Educação e Relações Etnicorraciais/NEPIERE e o Grupo de Estudos Integrando competências, construindo saberes, formando cientistas/GEINCOS. 4 # A Procuradoria da República na Paraíba enviou a UFPB, em fevereiro de 2008, a recomendação n.º 02/2008 referente ao processo de discussão sobre as cotas na universidade para que o mesmo tivesse uma resolução e que fosse votado pelos órgãos superiores. # A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano/SEDH, com apoio dos movimentos sociais negros e com representantes da Universidade Federal da Paraíba, realizou nos dias 23 e 24 de maio de 2009, no Centro de Ensino da Polícia Militar, II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, na cidade de João Pessoa, que teve como objetivos a análise e repactuação de princípios e diretrizes aprovados na I Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CONAPIR – 2005); avaliar diretrizes para a implementação do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial, bem como apresentar propostas de alteração ao seu conteúdo e definir diretrizes que possibilitem o fortalecimento das políticas de promoção da igualdade racial e fornecer subsídios para a elaboração do Plano Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. # O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF) encaminhou Recomendação n.º 19/2009 à Universidade Federal da Paraíba para que a instituição concluísse as discussões relativas à implantação do sistema de cotas pelos seus órgãos decisórios, elaborando proposta no prazo de 100 dias: “a Universidade Federal da Paraíba é uma das raras universidades federais que ainda não possui qualquer tipo de mecanismo de ação afirmativa quanto ao ingresso” de estudantes. # Diante dessa situação de demandas e urgências a Reitoria se comprometeu a estruturar novo projeto e submeter o mesmo à apreciação dos órgãos superiores. A Reitoria optou por apresentar uma proposta de Reserva de Vagas que consubstanciasse as chamadas “cotas sociais” (para alunos oriundos da escola pública, de baixa renda e portadores de deficiências) e “cotas raciais” (para alunos autodeclarados negros, pardos e indígenas). # A Comissão Pró-Criação NEAB/UFPB, juntamente com entidades sociais, organizou o seminário “Políticas de Cotas na UFPB? Um debate necessário”, no mês de novembro de 2009. O evento debateu os seguintes temas, a partir de conferências, mesas-redondas e grupos de trabalho: ações afirmativas no Nordeste; política de cotas na UFPB; diversidade cultural e inclusão na escola; ações afirmativas no ensino superior; gênero e raça: mulheres negras e educação no Brasil; religião e religiosidade de matriz africana; comunidades quilombolas no contexto do século XXI. O evento contou com a participação do professor Wilson Matos, Pró-Reitor de Pesquisa e Ensino de PósGraduação da UNEB e um dos responsáveis pela implantação do sistema de cotas da Universidade Estadual da Bahia. 5 2010-2012: # No dia 30 de março de 2010, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE), aprovou com 20 votos a favor, dois contrários e três abstenções (num total de 25), o projeto de Reserva de Vagas (com recortes social e racial) para aos Processos Seletivos, a começar pelo de 2011 (Processo nº 23074.007259/10-03). # No dia 16 de abril de 2010 foi publicada a Resolução n.º 09/2010 que “Institui a Modalidade de Ingresso por Reserva de Vagas para acesso aos cursos de Graduação, desta Universidade, e dá outras providências”. # Ainda no primeiro semestre do ano de 2010 foi publicado o jornal especial Políticas de Ações Afirmativas com artigos assinados de Alessandra Araújo (Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba), Antonio Novaes e Solange Rocha (UFPB) e de Alessandro Amorim, Ana Luiza Barbosa e Danilo Santos (Núcleo de Estudantes Negras e Negros da UFPB). O jornal também publicou a matéria “Os 10 mitos sobre as cotas” (Laboratório de Políticas Públicas/UERJ). # No decorrer do ano de 2010 foram desenvolvidos os projetos “Direitos Humanos e Educação: população negra e (in) formação de discentes da UFPB, professores/as, ativistas da sociedade civil”, cujo Relatório Final foi apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Extensão – PROBEX, Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários - PRAC da Universidade Federal da Paraíba, sob a coordenação da professora Solange Pereira Rocha; e “Africanidades Paraibanas: fontes para o estudo e pesquisas da população negra na Paraíba”, cujo Relatório Final foi apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Extensão – PROBEX, Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários - PRAC da Universidade Federal da Paraíba, sob a coordenação do professor Elio Chaves Flores. Como ação do primeiro projeto foi realizado o debate sobre a implementação das cotas na UFPB. O evento contou com a participação do professor José Jorge de Carvalho, idealizador do projeto de cotas na UnB, a primeira universidade federal a adotar o sistema de cotas raciais. # No ano de 2010 as pesquisadoras Surya Aaronovich Pombo de Barros (CE) e Teresa Cristina Furtado Matos (CCHLA), organizam o dossiê “Ações Afirmativas”, publicado na revista Política & Trabalho - Revista de Ciências Sociais (n. 33, Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba, out. 2010). Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho>. 6 # Foi publicado o livro População Negra na Paraíba (em dois volumes) visando subsidiar a implementação da Lei 10.639/03 no Estado da Paraíba, com textos de professores e pesquisadores das três universidades públicas do Estado, com reflexões sobre saúde da população negra, religiões afro-brasileiras, história e cultura afro-brasileira e o acesso e a permanência da população negra no ensino superior. # Foi publicado o livro “Responsabilidade ético-social das universidades públicas e a educação da população negra”, organizado pelas professoras Mirian de Albuquerque Aquino e Joana Coeli R. Garcia, ambas do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Informação, Educação e Relações Etnicorraciais/NEPIERE e o Grupo de Estudos Integrando competências, construindo saberes, formando cientistas/GEINCOS. # No segundo semestre de 2010 a Comissão de Criação Pró-NEAB e professores, alunos e participantes de movimentos sociais, apresentaram PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE COMISSÃO PERMANENTE DE IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DA POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS DA UFPB. Considerava-se urgente a aprovação de tal Comissão a fim de dar início ao acompanhamento do processo de ingresso e permanência de grupos de alunos que historicamente estiveram excluídos do ensino superior público. A Comissão estava sendo pensada com a seguinte representação de membros: Pró-Reitoria de Graduação – 2; Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários – 2; Pró-Reitoria de Pós-Graduação – 1; Docentes – 5, preferencialmente, entre os que desenvolvam trabalhos acadêmicos vinculados à temática etnicorracial (população negra e indígena); Diretório Central dos Estudantes – 1; Núcleo de Estudantes Negras e Negros da UFPB – 1; Movimentos sociais negros – 2; Movimentos Indígenas – 1; Organizações relacionadas aos direitos de portadores de necessidades especiais – 1. As atribuições da Comissão seriam essas: ser uma Comissão propositiva e deliberativa, de caráter permanente; propor Plano de Metas para cumprimento das Políticas de Cotas na UFPB; Receber e orientar os alunos que ingressaram na UFPB a partir do sistema de cotas; ao longo do processo de acompanhamento verificar, quando necessário, a opção pelas cotas etnicorraciais, validando ou não a opção dos ingressantes; avaliar os resultados acadêmicos e sociais dos alunos cotistas ao final de cada período letivo; acompanhar a vida acadêmica dos alunos cotistas, no sentido de propor sua inserção em programas de pesquisa, extensão e ensino; produzir levantamentos e análises e divulgar os resultados obtidos pelas Políticas de Ações Afirmativas da UFPB; promover eventos como seminários, colóquios, encontros, entre outros, que discutam e contribuam para o combate ao racismo institucional. No decorrer do ano de 2012, mesmo tendo havido algumas reuniões de 7 trabalho com a PRG e a PRAPE a Comissão não foi institucionalizada nem teve os seus membros designados. # Em 21 de setembro de 2010, o Conselho Estadual de Educação regulamentou a Lei 10.639/2003 e as “Diretrizes Curriculares para educação das relações étnico-raciais e o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana e da história da cultura indígena no sistema estadual de ensino” da Paraíba, cuja Resolução é a de nº 198/2010. # No mês de março de 2011 a Comissão Pró-Criação NEAB/UFPB, juntamente com entidades sociais, promoveu e coordenou o seminário “Acesso e Permanência na UFPB: ações afirmativas e assistência estudantil”, momento em que se debateram os seguintes temas: implementação das cotas na UFPB; assistência estudantil: desafios para expansão e qualidade; política de permanência: para além da implementação das cotas. # Com a realização do PSS 2011, foram ocupadas 1.447 vagas por alunos cotistas. Para uma reflexão desse primeiro processo o jornal INF@firmativo (DCE/UFPB ViraMundo e Bamidelê) com artigos assinados pelo NENN (Núcleo de Estudantes Negras e Negros da UFPB), pelas professoras Solange Rocha (CCHLA) e Surya Aaronovich Pombo de Barros (CE) e pelo professor Antonio Novaes (CCEN). # Nesse mesmo ano foi encaminhada formalmente a criação do NEABI (Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas). No ano seguinte, o núcleo foi institucionalizado pela Resolução nº 07/2012 (CONSUNI), “Cria o Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e Indígenas/NEABI, vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Campus I da UFPB e aprova seu Regulamento”. A deliberação do plenário do CONSUN foi adotada em reunião ordinária, realizada em 11 de abril de 2012 (Processo nº 23074.029200/11-67). O Núcleo destina-se prioritariamente a coordenar, desenvolver, orientar e executar estudos, pesquisas e atividades de ensino e extensão sobre as populações negras e povos indígenas. Nos seus objetivos, o Núcleo visa “contribuir, fomentar e colaborar na elaboração, execução e monitoramento da política institucional da UFPB, em especial no que tange as ações afirmativas”. # No segundo semestre de 2011 o Núcleo organizou a AGENDA NEABI 2011, com atividades acadêmicas e de discussões políticas sobre a permanência dos alunos cotistas na UFPB. Na Audiência com Reitor, professor Rômulo Polari, em 01/11/11, a pauta: PERMANÊNCIA DE COTISTAS: UM DEBATE NECESSÁRIO. O NEABI entregou documento ao Reitor abordando o tema das ações afirmativas na UFPB, no qual solicitou a urgente implantação de uma série de medidas que assegurem permanência dos cotistas. A entrega do documento foi precedida pela 8 apresentação do prof. Antônio Novaes, que elencou a experiência de outras universidades na implantação dessas medidas, bem como chamou atenção para a importância dos itens definidos no documento, com destaque para a concessão de bolsas aos cotistas (e revisão dos critérios hoje adotados nos vários programas de pesquisa e extensão da UFPB) e o acesso à moradia estudantil. Foi destacado também a necessidade e a urgência de criação da Comissão de Acompanhamento e Monitoramento (em caráter centralizado e não pulverizado por Centros) para refletir juntamente com os gestores da UFPB o acompanhamento/implantação de uma política de permanência (e não apenas a adoção de medidas pontuais). Não tendo a Reitoria e o NEABI chegado a um consenso em relação a esse item foi definido o seguinte encaminhamento: apresentação, nos próximos encontros, de um plano de trabalho para o Grupo de Trabalho à Pró-Reitoria de Assistência e Promoção Estudantil (PRAPE). # Para retomar os debates com a comunidade acadêmica e os gestores da Instituição o NEABI organizou, em novembro de 2011, o seminário “Cotas na UFPB: e agora? A permanência em debate”, com a participação dos seguintes convidados: Pró-reitor de Graduação (Valdir B. Bezerra) e o Pró-reitor de Pós-Graduação (Isaac Almeida), tendo como mediador o professor José Neto. Noutra mesa participaram a Pró-reitora de Ação Comunitária (Lúcia Guerra), o Pró-reitor de Assistência e Promoção Estudantil (Severino Lima) e o coordenador do REUNI (professor Guido Lemos), tendo como mediador o professor José Neto. As discussões sobre a permanência dos alunos cotistas não avançaram em termos da adoção de qualquer política acadêmica de apoio aos estudantes cotistas. As políticas ainda estão em aberto na Instituição. # O NEABI participou do Edital PROEXT 2011 MEC/SESu e teve aprovado a proposta Programa de Promoção da Igualdade Racial e Valorização da Matriz Cultural Africana no Estado da Paraíba/Nordeste/Brasil. O referido Programa, desenvolvido no ano de 2012 (março a dezembro), foi desenvolvido a partir de três projetos: Projeto 1: Promoção da Igualdade Racial, Consolidação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros/UFPB: organização, acessibilidade e uso de Banco de Dados para a escrita da história e memória da população negra da Paraíba; Projeto 2: Fazendo Extensão, Consolidando o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros/UFPB: formação de Banco de Dados para a escrita da história e memória da população negra da Paraíba; Projeto 3: Formação docente e Educação Antirracista: repensando nossa escola. Entre as várias atividades desenvolvidas no decorrer dos projetos, com interfaces com a temática das Ações Afirmativas, foi ministrado o Curso “Educação, Ações Afirmativas & Relações Etnicorraciais”; o debate “Cotas e Cidadania: um direito seu, um caminho para a justiça social/racial”, com palestra de João Feres Júnior, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e coordenador do Grupo de Estudo Multidisciplinares de Ação Afirmativa e com duas rodas de diálogo (Assistência Estudantil e Promoção Estudantil e 9 Ações Afirmativas no contexto brasileiro. Ademais, foi organizado e editado o primeiro número da coleção Cadernos Afro-Paraibanos, com o título Educação, ações Afirmativas e Relações Etnicorraciais no Brasil, proposta constante que concorreu para o Edital N° 04, Programa de Extensão Universitária PROEXT 2011 MEC/SESu. Com apresentação de Marco Aurélio Paz Tella, o caderno é formado pelos seguintes artigos: “A construção da identidade etnicorracial na era da informação” (Mirian de Albuquerque Aquino); “Relações etnicorraciais no Brasil” (Tereza Cristina Furtado Matos e Marco Aurélio Paz Tella); “Educação antirracista: a emergência de um problema” (Surya Aaronovich Pombo de Barros); “Desigualdade de oportunidades e as políticas de ações afirmativas” (José Antônio Novaes da Silva); “Possíveis (e desejáveis) impactos das cotas raciais na Universidade Pública” (Surya Aaronovich Pombo de Barros). # No dia 29 de agosto de 2012, foi aprovada lei federal que determina a obrigatoriedade da manutenção de sistema de cotas nas Instituições Públicas Federais de Educação Superior bem como nas Instituições Públicas Federais de ensino técnico de nível médio. O cumprimento integral da referida Lei nº 12.711/2012 garantirá reserva de 50% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio ou fundamental em escolas públicas; ainda, dois recortes específicos serão realizados quando na disponibilização de tais vagas: cinquenta por cento deste número fica reservado para estudantes oriundos de famílias de baixa renda e, finalmente, separa-se quantidade de vagas proporcionais à população autodeclarada preta, parda e indígena existente na unidade da Federação respectiva, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O NEABI encaminhou o documento MOÇÃO DE APOIO À LEI 12711/212: Lei de Cotas no Ensino Superior e Técnico Federal que foi discutido e apoiado por vários professores, pesquisadores, alunos e gestores públicos presentes em eventos acadêmicos e científicos. A moção de apoio à Lei 12.711/12 foi proposta e aprovada nos seguintes eventos: “IV Seminário Nacional de Estudos Culturais Afro-Brasileiros” e “I Semana Afro-Paraibana”, 30, 31 de outubro a 01 de novembro de 2012; “VII Seminário Internacional de Direitos Humanos da UFPB – Justiça de Transição: direito à justiça à verdade e a memória”, João Pessoa, de 20 a 23 de novembro de 2012; 17º REDOR – Encontro Nacional da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre a mulher e relações de Gênero, João Pessoa, de 14 a 17 de novembro de 2012; XV Encontro Estadual de História – ANPUH/PB, Cajazeiras, 27 a 30 de novembro de 2012. # No mês outubro e novembro de 2012 foram realizados o “IV Seminário Nacional de Estudos Culturais Afro-Brasileiros” e “I Semana Afro-Paraibana”, coordenados pelos NEABI e Programa de Pós-Graduação em Letras com mesas-redondas e grupos de trabalho sobre Ações Afirmativas e Educação Etnicorracial. 10 2013-2016: Agenda propositiva # Criação, no âmbito da UFPB, de Comissão Permanente de Acompanhamento e Avaliação uma vez que a Lei que “dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências” prevê que MEC e SEPPIR serão os órgãos responsáveis pelo acompanhamento e avaliação. Uma Comissão Permanente tem condições de realizar essas obrigações estabelecidas pelo artigo 6.º da Lei 12.711/12. # Criação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Permanência Estudantil, ao molde da já criada Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). A PROPAAE da UFRB foi criada com “o propósito de articular, formular e implementar políticas e práticas de democratização relativas ao ingresso, permanência e pós-permanência estudantil no ensino superior de forma dialógica e articulada com os vários segmentos contemplados por estas políticas”. A nossa PRAPE (Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante) ainda está presa à cultura política do assistencialismo estudantil, expressão que não se coaduna com os avanços institucionais da referida lei. # Assegurar aos estudantes cotistas percentuais de bolsas junto aos programas institucionais aos moldes do já em curso pelo CNPq PIBIC-Ações Afirmativas: PROLICEN-AF, PROBEX-AF, Monitoria-AF, etc. # OUTRAS SUGESTÕES 1) Garantir Programas e recursos para se oferecer cursos instrumentais – português, matemática, estatística, língua estrangeira, informática – para garantir o nivelamento do(a)s cotistas e a qualidade de ensino. Os cursos podem ser oferecidos no sistema de módulos, nas férias e no período letivo; 2) Garantia de vale transporte; 3) Antecipação das bolsas de iniciação científica para o segundo semestre mantendo-se, também, as proporções da MIRV; 4) Assegurar bolsas de Extensão mantendo-se as proporções da MIRV; 5) Vagas na residência universitária também se aplicando os critérios da MIRV; 6) Melhoria das condições de deslocamento interno: faixas de pedestre e calçadas, por exemplo; 7) Em eventos acadêmicos realizados com apoio, e ou pela própria UFPB ou por membros de seus departamentos, por meio da concessão de passagens, hospedagens, material impresso, espaço físico, garantir a participação de estudantes como tutores/as e ou monitores/monitoras de acordo 11 com a MIRV; (citar o exemplo dos monitores chamados pela PRG (Coordenação de Monitoria) para atuarem na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: CRE = 7,0); 8) Aplicar os percentuais da MIRV em apoio a projetos tais como: “O futuro visita o passado” da Secretaria de Educação do Município de João Pessoa, entre outros; 9) Auxílio para a aquisição de roupas adequadas para estudantes do curso de direito, participarem de processos seletivos de estágios e de participação em sessões de júri; 10) Buscar apoio junto a secretarias municipais e estaduais buscando fazer convênios que levem ao envolvimento de empresários/as e de moradores/as de cidades que tenham Campus da UFPB. Exemplo: A. apoio moradia de estudantes em troca de descontos no IPTU; B. Desconto na compra de livros e de equipamentos em troca de descontos de ICM e ou IPTU; BIBLIOGRAFIA (Discussão acumulada na UFPB) AMORIM, Alessandro; BARBOSA, Ana Luiza; SANTOS, Danilo. Contras as bestas os números contam, mas é preciso ir além: a UFPB começa vitoriosa sua longa jornada rumo à superação do racismo? In: Políticas de Ações Afirmativas. João Pessoa: Bamidelê, Abril, 2010, p. 2. AQUINO, Mirian de Albuquerque; GARCIA, Joana Coeli Ribeiro. (Orgs.). Responsabilidade Ético-Social das Universidades Públicas e a Educação da População Negra. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2011. AQUINO, M. A.; SANTANA, V. A. A responsabilidade social e ética e a inclusão de afrodescendentes em discursos de profissionais da informação em universidade pública. Biblionline (João Pessoa), v. 5, p. 1-24, 2009. ARAÚJO, Alessandra. Políticas de cotas na UFPB. In: Políticas de Ações Afirmativas. João Pessoa: Bamidelê, Abril, 2010, p. 1. BAMIDELÊ. Política de Cotas na UFPB: um debate necessário. João Pessoa: Bamidelê (Organização de Mulheres Negras na Paraíba); GEPHiS20 (Grupo de Estudos e Pesquisas do Século XX), 2011, DVD, 30’, Colorido. BARROS, Surya Aaronovich Pombo de; MATOS, Teresa Cristina Furtado. (Orgs.) Dossiê Ações Afirmativas. In: Política & Trabalho - Revista de Ciências Sociais (n. 33, Programa de PósGraduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba, out. 2010). Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho>. BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. Possíveis das Cotas Raciais na UFPB. In: INF@firmativo. João Pessoa: DCE ViraMundo; Bamidelê, Março, 2011, p. 4. 12 CARVALHO, José Jorge de. Africanidades, cotas e questões raciais: entrevista com José Jorge de Carvalho. In: Saeculum – Revista de História. N.º 25. João Pessoa: DH/PPGH/UFPB, jul/dez, 2001, p. 245-263. FLORES. Elio Chaves. Com a devida permissão: cultura jurídica, tradição escolar e ações afirmativas em processo. In: VERBA JURIS. Revista do PPGCJ/UFPB. N.º 5. Dez. 2006, p. 9-36. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Estatuto da Igualdade Racial (Lei n. 12.288, de 20 de julho 2010). Brasília: SEPPIR, 2011. ROCHA, Solange Pereira; FONSECA, Ivonildes da Silva (Orgs.). População Negra na Paraíba: educação, história e política. Vol. I. Campina Grande: EDUFCG, 2010. NASCIMENTO, Alexandre (e outros). Manifesto em Defesa da Justiça e Constitucionalidade das Cotas: 120 anos da luta pela igualdade racial no Brasil. 2.ª ed. Brasília: SEPPIR; FCP, 2009. NOVAES, Antonio. Desigualdade de oportunidades e as políticas de ações afirmativas. In: Conceitos. Vol. 16. João Pessoa: ADUFPB, 2011, p. 65-71. NOVAES, Antonio; ROCHA, Solange. Cotas na UFPB e Condições de Permanência: o entrecruzar do presente e do futuro. In: INF@firmativo. João Pessoa: DCE ViraMundo; Bamidelê, Março, 2011, p. 3. NOVAES, Antonio; ROCHA, Solange. Cotas para a População Negra: diga sim! In: Políticas de Ações Afirmativas. João Pessoa: Bamidelê, Abril, 2010, p. 2. SILVEIRA, Rosa Maria Godoy. Políticas Afirmativas e Quotas: construção histórica do direito à igualdade substantiva. In: ROCHA, Solange Pereira; FONSECA, Ivonildes da Silva. (Orgs.). População Negra na Paraíba: educação, história e política. Vol. I. Campina Grande: EDUFCG, 2010, p. 119-157. 13 ANEXOS Documento 1: Resolução n.º 09/2010/CONSEPE, “Institui a Modalidade de Ingresso por Reserva de Vagas para acesso aos cursos de Graduação, desta Universidade, e dá outras providências”. Consultar http://www.ufpb.br/sods/consepe/resolu/2010/Rsep09_2010.pdf Documento 2: Resolução nº 07/2012 - CONSUNI, “Cria o Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-brasileiros e Indígenas/NEABI, vinculado ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Campus I da UFPB e aprova seu Regulamento”. http://www.ufpb.br/sods/consuni/resolu/2012/Runi07_2012.pdf Documento 3: Lei federal n.º 12.711, de 29 de agosto de 2012, “Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências”. Consultar: http://portal.mec.gov.br/cotas/docs/lei_12711_2012.pdf. Documento 4: Portaria Normativa do MEC, em 11 de outubro de 2012, tratando da Lei Federal n.º 12.711, de 29 de agosto de 2012, que “dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências”. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=18150 Documento 5: MOÇÃO DE APOIO À LEI 12711/212: Lei de Cotas no Ensino Superior e Técnico Federal MOÇÃO DE APOIO À LEI 12711/212: Lei de Cotas no Ensino Superior e Técnico Federal No dia 29 de agosto de 2012, foi aprovada lei federal que determina a obrigatoriedade da manutenção de sistema de cotas nas Instituições Públicas Federais de Educação Superior bem como nas Instituições Públicas Federais de ensino técnico de nível médio. O cumprimento integral da referida Lei nº 12.711/2012 garantirá reserva de 50% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio ou fundamental em escolas públicas; ainda, dois recortes específicos serão realizados quando na disponibilização de tais vagas: cinquenta por cento deste 14 número fica reservado para estudantes oriundos de famílias de baixa renda e, finalmente, separa-se quantidade de vagas proporcionais à população autodeclarada preta, parda e indígena existente na unidade da Federação respectiva, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Afora todas as críticas que podemos lançar sobre a lei acerca da sucessão de recortes para disponibilização da política, concordamos com a vitória que representa a sua vigência em nosso país. Vitória atribuída ao povo negro organizado e ao corpo estudantil e educacional combativo, que teimam em indignar-se frente às injustiças sociais e aos vícios racistas das Instituições, aqui, especificamente, das Instituições de Ensino Superior. Congratulamos todos os sujeitos que participam direta ou indiretamente dessa conquista, reconhecendo a dimensão pedagógica e antirracista, que, tomadas tais medidas com responsabilidade e compromisso político, iremos perceber mudanças decisivas nas relações étnico-raciais brasileiras. O mencionado compromisso político com vistas à democratização do acesso à universidade vem com o entendimento de que a Lei por si só não consubstancia as intenções agregadas ao seu texto; cobrar, fiscalizar e inquirir as autoridades quanto às medidas auxiliares referentes à promoção, assistência e acompanhamento estudantil bem como pressionar as Instituições para que façam valer a lei da forma mais imediata possível, sem retrocessos, sem atropelos; são papéis e compromissos assumidos pelos assinantes desta Moção, estudantes, professores/as, representantes de movimentos sociais e da sociedade, reunidos no VII SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DA UFPB - JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO: DIREITO À JUSTIÇA, À VERDADE E À MEMÓRIA, entre os dias 20 a 23 de Novembro, no Campus I da Universidade Federal da Paraíba. No âmbito regional, dentro das Instituições de Ensino do Estado da Paraíba, comprometemo-nos em publicizar tal ganho numa ação política de conscientização junto à sociedade e, principalmente, ao público-alvo das cotas para o Ensino Superior, os estudantes secundaristas da rede pública; de mesma forma, nos engajaremos junto às Gestões das nossas Instituições de Ensino Superior respectivas no planejamento e detalhamento das políticas que precisarão ser adotadas ou reformuladas. Nesse sentido, não queremos mais o lugar segregador das raras exceções, nem mesmo a sina imposta à negra e ao negro jovem e pobre da periferia. Esperamos e lutamos para que nossos cabelos crespos se espraiam nos cargos de poder, para que os nossos panos cubram locais que nos foram renegados impositivamente; esse é o compromisso dos assinantes desta Moção. João Pessoa, 20 de novembro de 2012. A moção de apoio à Lei 12.711/12 foi proposta e aprovada nos seguintes eventos: IV Seminário Nacional de Estudos Culturais Afro-brasileiros e I Semana Afro-paraibana, 30, 31 de outubro a 01 de novembro de 2012. 15 VII SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DA UFPB JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO: DIREITO À JUSTIÇA, À VERDADE E À MEMÓRIA, João Pessoa, de 20 a 23 de novembro de 2012. 17º REDOR – Encontro Nacional da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre a mulher e relações de Gênero, João Pessoa, de 14 a 17 de novembro de 2012. XV Encontro Estadual de História – ANPUH/PB, Cajazeiras, 27 a 30 de novembro de 2012. 16