Universidade Federal de Itajubá
EPR-30 – Contabilidade
Análise financeira
Jéssica Mendonça Gastaldo
Juliana Sene Baruffi
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11461
Junho de 2005
Índice
1.
Introdução ................................................................................................... 3
1.1
Objetivo................................................................................................ 3
1.2
Justificativa .......................................................................................... 3
1.3
Estrutura do trabalho............................................................................ 3
2. Desenvolvimento teórico ............................................................................. 4
2.1
Demonstrações financeiras.................................................................. 4
2.1.1
Balanço Patrimonial ...................................................................... 4
2.1.2
Demonstração do resultado .......................................................... 5
2.2
Índices.................................................................................................. 5
2.2.1
Índices de estrutura de capital ...................................................... 6
2.2.2
Índices de liquidez ........................................................................ 7
2.2.3
Índices de rentabilidade ................................................................ 8
2.3
Análise horizontal e vertical ................................................................. 9
2.4
Avaliação setorial ............................................................................... 10
2.5
Previsão de falência........................................................................... 10
2.6
Índices de Prazo médio...................................................................... 11
2.7
EVA* (Economic Value Added) .......................................................... 12
2.8
Ações ................................................................................................. 12
3. Apresentação da empresa ........................................................................ 12
3.1
História............................................................................................... 13
3.2
Perfil da empresa ............................................................................... 13
4. Análise financeira...................................................................................... 14
4.1
Balanço Patrimonial ........................................................................... 15
4.2
Demonstração de Resultados ............................................................ 16
4.3
Índices................................................................................................ 17
4.3.1
Índices de estrutura de capital .................................................... 17
4.3.2
Índices de liquidez ...................................................................... 18
4.3.3
Índices de rentabilidade .............................................................. 19
4.4
Análise horizontal e vertical ............................................................... 19
4.5
Avaliação setorial ............................................................................... 22
4.6
Previsão de falência........................................................................... 24
4.7
Prazo médio....................................................................................... 25
4.8
EVA.................................................................................................... 25
4.9
Ações ................................................................................................. 26
5. Conclusão ................................................................................................. 28
6. Referências bibliográficas ......................................................................... 28
2
1. Introdução
1.1 Objetivo
Este trabalho tem como objetivo analisar a situação financeira e econômica
da empresa Döhler S/A.
1.2 Justificativa
É de grande importância ter um conhecimento sobre as demonstrações
financeiras de uma empresa. Todavia, não basta apenas entender o significado
dessas demonstrações, é necessário fazer um estudo através de índices para
obter maiores informações a respeito da situação financeira e econômica da
mesma.
Em vista disto, a empresa Döhler S/A foi escolhida como estudo de caso a
fim de exemplificar e facilitar o entendimento de tais índices.
1.3 Estrutura do trabalho
Primeiramente foi feita uma revisão bibliográfica. Em seguida foi feita uma
apresentação da empresa, de modo a visualizar melhor o objeto de estudo.
Posteriormente deu-se início a analise financeira da mesma no decorrer dos
anos de 2001, 2002, 2003 e 2004.
A análise foi feita baseando-se em índices e fórmulas citadas no
desenvolvimento teórico auxiliados a recursos gráficos.
Por fim, através da analise de todos os itens, foram feitas algumas
considerações importantes sobre a empresa.
3
2. Desenvolvimento teórico
2.1 Demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a
empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma
esses dados em informações e quanto melhores informações produzir mais
eficiente é o processo de tomada de decisão.
Desta forma, a análise de balanços é fundamental para quem pretende
relacionar-se com a empresa, de modo que cada usuário possui interesse em
um aspecto particular da empresa.
As demonstrações financeiras devem ser padronizadas, ou seja, todas as
contas de cada demonstrativo, devem ser transcritas para um modelo
previamente definido.
A padronização é feita pelos seguintes motivos:
• Simplificação (redução do número de contas);
• Comparabilidade (facilitar a comparação com outros balanços);
• Adequação aos objetivos da análise (para os casos de contas que
devem ser reclassificadas);
• Precisão nas classificações de contas (correção de classificações feitas
para “embelezar” os balanços);
• Descoberta de erros na classificação de contas;
• Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da empresa
para que este enxergue os detalhes que, de outra forma, não
conseguiria.
2.1.1 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é a demonstração que apresenta todos os bens e
direitos da empresa (Ativo), assim como as obrigações (Passivo) em
determinada data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamada Patrimônio
líquido e representa a quantidade de capital investido pelos proprietários da
empresa, seja através de recursos trazidos de fora da empresa ou seja
gerados por esta em suas operações e retidos internamente.
ATIVO
• Circulante: Valores disponíveis para a utilização imediata, direitos
realizáveis no curso do exercício social seguinte e valores relativos a
despesas já pagas.
• Realizável a longo prazo: Mesmas contas do ativo circulante mas
com prazo de realização superior a um ano.
• Permanente: Recursos que não se deseja ou não se pode realizar,
ou seja, vender e transformar em dinheiro. São os investimentos,
imobilizado( relacionados a manutenção) e diferido.
PASSIVO
• Circulante: Obrigações da empresa vencíveis no prazo de uma ano.
Contas com fornecedores, duplicatas, tributos, salários e encragos
sociais, empréstimos e financiamentos.
• Exigível a longo prazo: Obrigações da empresa vencíveis no prazo
superior a um ano.
4
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O que a empresa não tem intenção de pagar. Capital social, reservas,
lucros ou prejuízos acumulados.
2.1.2 Demonstração do resultado
A Demonstração do Resultado trata-se de uma demonstração dos
aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da
empresa, retratando o fluxo econômico de uma empresa e não o fluxo
monetário.
As receitas representam normalmente aumento do Ativo e
conseqüentemente aumento do Patrimônio Líquido, através de ingresso de
novos elementos. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido,
através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do
Passivo.
2.2 Índices
Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações
Financeiras, que visa evidenciar amplamente um determinado aspecto da
situação econômica ou financeira de uma empresa.
Os índices constituem a técnica de análise mais utilizada, e muitas vezes
confunde se a Análise de Balanços com extração de índices, pois grande parte
do tempo gasto numa análise de balanços, é exatamente nos cálculos e nas
avaliações dos índices.
O papel fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação
econômica ou financeira da empresa.
O importante para uma análise através dos índices, não é o calculo de
grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permita
conhecer a situação da empresa, segundo o grau de profundidade desejada da
análise. Portanto, a quantidade de índices que deve ser utilizada na análise é
variável de acordo com o usuário.
Porém, o aumento da quantidade de índices é também um aumento de
custos. A análise de índices entra em rendimentos decrescentes a partir de um
certo ponto. A análise de empresas e comerciais através de índices tradicionais
dever ter, no mínimo, 4, e não é preciso estender-se além de 11 índices.
Os índices se dividem em 3 grupos:
•
•
•
Estrutura de Capitais;
Liquidez;
Rentabilidade.
Os dois primeiros grupos evidenciam a situação financeira da empresa cuja
preocupação está na obtenção e aplicação dos recursos. Os índices referentes
à rentabilidade agrupam aqueles que estão preocupados com os resultados
obtidos, ou seja, compõem o grupo que mostra a situação econômica da
empresa.
5
2.2.1 Índices de estrutura de capital
Os índices deste grupo mostram as grandes linhas de decisões financeiras,
em ternos de obtenção e aplicação dos recursos.
1. Participação de capitais de terceiros
Este índice relaciona as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou
seja, capitais próprios e capitais de terceiros. É um indicador de risco ou de
dependência a terceiros, por parte da empresa já que mostra quanto a
empresa tomou de capitais de terceiros para cada $ 100 de capital próprio.
Quanto menor for este índice, melhor.
Fórmula: CT/PL x 100
Onde:
CT = Capitais de terceiros;
PL = Patrimônio liquido.
2. Composição do endividamento
Este índice indica o percentual de obrigações de curto prazo em relação as
obrigações totais, ou seja, dividas vencíveis a curto prazo.
Quanto menor for este índice, melhor.
Fórmula: PC/CT x 100
Onde:
PC = Passivo circulante;
CT = Capitais de terceiros.
3. Imobilização do patrimônio liquido
Este índice mostra o quanto a empresa aplicou no ativo permanente para
cada $ 100 de patrimônio liquido.
Quanto mais a empresa investir em ativo permanente, menos recursos
próprios sobrarão para o ativo circulante e, em conseqüência, maior será a
dependência a capitais de terceiros para o financiamento do ativo circulante. O
ideal é a empresa dispor de patrimônio liquido suficiente para cobrir o ativo
permanente e ainda sobrar uma parcela, chamada de capital circulante próprio
(CCP) suficiente para a ativo circulante.
Quanto menor for este índice, melhor.
Fórmula: AP/PL x 100
Onde:
AP = Ativo permanente;
PL = Patrimônio liquido.
6
4. Imobilização de recursos não correntes
Este índice indica o percentual de recursos não correntes que a empresa
aplicou no ativo permanente.
A empresa não precisa financiar todo o imobilizado com recursos próprios.
É perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo desde que o prazo
seja suficiente para a empresa gerar recursos capazes de resgatar as dividas
de longo prazo.
O capital circulante liquido (CCL) representa a folga financeira a curto
prazo. A empresa que possui CCP goza da tranqüilidade de boa saúde
financeira a curto e longo prazo já uma empresa que não tem precisa, a curto
prazo, consertar a situação e não tem certeza de sua manutenção a longo
prazo.
Portanto o ideal é que este índice não seja superior que 100%. Quanto
menor, melhor.
Fórmula: AP/(PL + PELP) x 100
Onde:
AP = Ativo permanente;
PL = Patrimônio liquido;
PELP = Passivo exigível a longo prazo.
2.2.2 Índices de liquidez
Os três índices que compõe este grupo mostram a base da situação
financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem
condições de ter uma boa capacidade de pagar suas dívidas, mas não estará
obrigatoriamente pagando suas dividas em dia em função de outras variáveis
como prazo, renovação de dividas, entre outras.
5. Liquidez geral
Este índice mostra a porcentagem de patrimônio liquido que foi imobilizado
e a que foi para o ativo circulante. É esta etapa que verifica se a porcentagem
do ativo circulante será suficiente para proporcionar boa base financeira para a
empresa.
Portanto o ideal é que este índice seja sempre maior que 1 e quanto maior
melhor pois assim a empresa não tem a necessidade de gerar recuros para
pagar suas dividas.
Fórmula: (AC + ARLP) / (PC + PELP)
Onde:
AC = Ativo circulante;
ARLP = Ativo realizável a longo prazo;
PC = Passivo circulante;
PELP = Passivo exigível a longo prazo.
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6. Liquidez Corrente
Este índice Indica quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada
$1,00 de Passivo Circulante, verificando assim a disponibilidade da empresa
em vencer as obrigações de curto prazo.
Quanto maior for esse índice, melhor para a empresa.
Fórmula: AC/PC
Onde:
AC = Ativo circulante;
PC = Passivo circulante.
7. Liquidez seca
Indica quanto a empresa possui no Ativo Líquido para cada $1,00 de
Passivo Circulante (dívidas em curto prazo), medindo assim o grau de
excelência da sua situação financeira. Esse índice está intimamente ligado ao
índice de Liquidez Corrente.
Os estoques são colocados de lado pois é o item que contem maior risco no
ativo circulante devido a roubo, deterioração e risco de não serem vendidos.
Quanto maior for esse índice, melhor para a empresa.
Fórmula: (AC – Estoques) / PC
Onde:
AC = Ativo circulante;
PC = Passivo circulante
2.2.3 Índices de rentabilidade
Os índices que se encontram neste grupo tem a capacidade de mostrar
quanto os investimentos renderam, ou seja, qual o grau de êxito econômico da
empresa.
8. Giro do ativo
Este índice mede o volume de vendas da empresa em relação ao capital
total investido. Quanto maior for este índice, melhor para a empresa.
Uma empresa passa a vender menos por vários motivos. Entre eles está a
retração do mercado como um todo e perda da participação de mercado para
concorrentes. Entretanto este fato pode ser também uma estratégia da
empresa, ou seja, a empresa vende menos mas aumenta seu preço para ter
uma margem de lucro maior.
Fórmula: VL / AT
Onde:
VL = Vendas líquidas;
AT = Ativo total.
8
9. Margem liquida
Este índice indica quanto a empresa obtém de lucro para $ 100 vendidos.
Portanto este índice comprova se uma empresa está vendendo menos por uma
questão de estratégia.
Quanto maior for este valor, melhor.
Fórmula: LL / VL x 100
Onde:
LL = Lucro liquido;
VL = Vendas líquidas.
10. Rentabilidade do ativo
Este item não é exatamente uma medida de rentabilidade do capital mas
uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro liquido e assim poder
capitalizar-se.
Quanto maior for este índice, melhor para a empresa.
Fórmula: LL / AT x 100
Onde:
LL = Lucro liquido;
AT = Ativo total.
11. Rentabilidade do patrimônio liquido
Este índice mostra quanto a empresa obteve de lucro para cada $ 100 de
capital próprio investido, ou melhor, mostra a taxa de rendimento do capital
próprio. Esta taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos
alternativos no mercado.
Portanto, quanto maior for o índice, melhores as condições da empresa.
Fórmula: LL / PLM x 100
Onde:
LL = Lucro liquido;
PL = Patrimônio liquido médio.
2.3 Análise horizontal e vertical
Na análise vertical calcula-se o percentual de cada conta em relação a um
valor base nas demonstrações financeiras. É calculado o percentual de cada
conta em relação ao total do ativo (no balanço patrimonial), ou é calculado o
percentual em relação as vendas (na demonstração de resultados).
Já na análise horizontal baseia-se na evolução de cada conta de uma série
de demonstrações financeiras em relação a demonstração anterior e/ou em
relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da
série.
9
A análise horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em
relação a um ano base (Análise Horizontal encadeada) ou em relação ao ano
anterior (análise horizontal anual).
Esses dois tipos de análise devem ser considerados em conjunto para se
tirar conclusões, ou seja, uma complementa a outra.
Pode-se dizer então, que os objetivos da análise vertical é de mostrar a
importância através da composição detalhada de cada conta em relação à
demonstração financeira a que pertence, e comparando-se com padrões do
ramo ou com anos anteriores da própria empresa, permite inferir se há itens
fora das proporções normais. E ainda permite saber qual porcentagem dos
recursos foi destinada a cada item.
A análise horizontal tem como objetivo mostrar a evolução de cada conta
das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permite tirar
conclusões sobre a evolução da empresa, com esses dados, pode-se concluir
a que itens a empresa está dando ênfase.
2.4 Avaliação setorial
Na análise de balanços através de índices faz-se necessário comparar os
índices com padrões. No caso, comparar com índices de outras empresas do
setor.
Usa-se a estatística para simplificar a análise. Recomenda-se o uso dos
decis. Com o auxílio dessa medida estatística obtém-se nove medidas de
posição de maneira que se pode dispor de informações que proporcionam uma
ótima idéia de distribuição estatística dos índices tabulados. Com os decis
distribui-se o universo em fatias, cada uma com 10% dos elementos do
universo.
Os
índices-padrões
são
extremamente
úteis
para
análises
macroeconômicas.
Após o cálculo dos índices da empresa e a comparação com padrões é
possível fazer uma análise global da empresa através de atribuição de nota
para cada índice e assim saber a importância relativa de cada um dos índices
atribuindo-se pesos para os mesmos.
2.5 Previsão de falência
Pode-se através de índices prever a insolvência de uma empresa. No Brasil
diversos estudiosos efetuaram testes estatísticos sobre a previsão de
insolvência com base na análise discriminante. Abaixo está descrito a formula
descrita por Kanitz e em seguida por Pereira.
KANITZ
FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 – 1,06x4 – 0,33x5
Onde:
FI = Fator de Insolvência = total de pontos obtidos
x1 = Lucro Líquido/Patrimônio Líquido
x2= Ativo Circulante + Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo/Exigível
Total
x3 = Ativo Circulante – Estoques/Passivo Circulante
x4 = Ativo circulante/Passivo Circulante
10
x5 = Exigível Total/Patrimônio Líquido
Segundo esse modelo a empresa será insolvente se FI for inferior a –3; A
sua classificação estará indefinida entre –3 e 0 e acima de 0 estará na faixa de
solvência.
PEREIRA
Z = 0,722 – 5,124E23 + 11,016L19 – 0,342L21 – 0,048L26 + 8,605R13 – 0,004R29
Onde:
Z = total de pontos obtidos
E23 = Duplicatas Descontadas/Duplicatas a receber
L19 = Estoques(Final)/Custo das Mercadorias Vendidas
L21 =Fornecedores/Vendas
L26 =Estoque Médio/Custo das Mercadorias Vendidas
R13=(Lucro Operacional + Despesas Financeiras)/(Ativo Total – Investimento
Médio)
R29=Exigível Total/(Lucro Líquido+0,1 Imobilizado Médio + Saldo Devedor da
Correção Monetária)
Abaixo do 0 a empresa está insolvente acima, solvente.
2.6 Índices de Prazo médio
Através das demonstrações financeiras é possível calcular por exemplo,
quantos dias, em média, a empresa terá de esperar para receber suas
duplicatas, ou o prazo médio de renovação de estoques ou o prazo médio de
pagamento de compras.
Esses índices devem ser analisados em conjunto. A conjugação dos três
índices citados a cima possibilita à análise dos ciclos operacional e de caixa.
Com essa análise pode-se determinar a estratégia da empresa, tanto comercial
quanto financeira.
Prazo médio de recebimento de vendas (PMRV):
Expressa o tempo decorrido entre a venda e o recebimento.
O volume de investimentos em Duplicatas a Receber é determinado pelo
prazo médio de recebimento de vendas. Este, é obtido através da seguinte
fórmula:
PMRV = 360 DR
V
Sendo: DR= Duplicatas a Receber
V = Vendas Anuais
Prazo Médio de pagamento de compras (PMPC):
PMPC =360 F
C
Sendo: F= Saldo de Fornecedores do Balanço
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C= Compras
Prazo Médio de Renovação de estoques
Representa o tempo médio de estocagem de mercadorias (empresa
comercial) ou o tempo de produção e estocagem (empresa industrial).
A fórmula para a renovação de estoques é análoga as anteriores, porém
relaciona-se com vendas futuras. O correto seria tomar as vendas dos
próximos meses após o balanço.
Como esse dado não é disponível ao analista externo, tomam-se as
próprias vendas passadas a preço de custo, dadas pelo Custo de Mercadorias
Vendidas. Assim, tem-se que o Prazo Médio de Renovação de Estoque é dado
pelo seguinte fórmula:
PMRE = 360 (E/CMV)
Sendo: E = Estoques
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
2.7 EVA* (Economic Value Added)
O Valor Econômico agregado é utilizado para verificar se a empresa está
agregando valor aos seus serviços desse modo é desejável que este seja o
mais positivo possível.É a Estimativa do lucro econômico da empresa para o
ano. Representa o lucro que excede ao custo de recuperação do capital
(capital próprio e exigível a longo prazo)
EVA = NOPAT – WACC * capital
EVA = Lucro operacional líquido depois dos impostos – (custo médio
ponderado de capital) * (patrimônio líquido + exigível a longo prazo)
É aconselhável enfatizar algumas questões para se conseguir aumentar o
EVA ou torna-lo positivo, são elas: Aumentar as vendas, reduzir os gastos, e se
possível, reduzir o custo do capital próprio.
(*)EVA é marca registrada por Stern Stewart & Co.
2.8 Ações
A empresa deve comparar suas ações com a ibovespa a fim de se ter uma
noção da sua situação no mercado.
3. Apresentação da empresa
Missão:
“Fabricar produtos têxteis para o mercado global, conforme padrões de
certificação e compromissos internacionais em qualidade, responsabilidade
social, ética e meio ambiente, voltados ao atendimento das expectativas do
consumidor e agregando valor para os funcionários, acionistas, fornecedores,
clientes e a comunidade. ”
12
3.1 História
1881: O imigrante alemão Carl Göttlieb Döhler monta um rústico tear de
madeira e, junto com a família, começa a fabricar tecidos para abastecer a
operosa comunidade local (joinville).
1956: Nova razão social: Döhler S/A Comércio e Indústria.
1961: Inicio da modernização dos processos industriais
1969: Fecha o primeiro contrato de exportação.
1970: A nova fábrica entra em operação. É a grande virada na produção: por
quase 90 anos dedicada ao tecimento de fios tintos, a empresa ingressa na
estampagem de tecidos pré-alvejados ou tintos, elaborados em cru na
Tecelagem.
1973: A Döhler constitui fiação própria, a Comfio, medida que verticaliza
integralmente o processo fabril - do fio ao tecido pronto.
1996: Fornecimento de toalhas com a marca da Olimpíada de Atlanta.
Roupões, toalhas de banho e praia, toalhas de mesa, panos de copa,
tecidos para decoração e roupas de cama recebem o certificado alemão ÖkoTex 100.
1997: A Döhler comemora a certificação pela ISO 9002, atestando o alto
padrão de seu sistema de gestão da qualidade.
1999: Entra para o Guiness - o livro dos recordes - a maior toalha de mesa
estampada do mundo, com 560,40 metros.
Empresa conquista a certificação ISO 14001, confirmando a adequação
de seus procedimentos às normas de preservação ambiental.
2000: A Döhler fornece a toalha oficial da Copa Davis de Tênis, para os jogos
realizados no Brasil.
2001: Lançamento da Service Line. Linha que concentra o foco em segmentos
profissionais, como hotéis, motéis, clínicas e hospitais.
2003: Crescimento significativo das exportações sobre os negócios da
empresa, com ênfase nos Estados Unidos, na Alemanha e na Argentina.
Adequação do sistema de gestão da qualidade à nova norma ISO
9001:2000.
2004: Inaugurado escritório comercial em Nova York, para atender os clientes
norte-americanos, que constituem seu principal mercado no exterior.
3.2 Perfil da empresa
A Döhler está Instalada em Joinville, Santa Catarina, com um complexo
de 200 mil metros quadrados de área construída. Embora só exista uma única
fábrica, a empresa tem um escritório em Nova Iorque e possui representantes
em todo território nacional e nos mais de 40 países para onde exporta.
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Fig.1 – Fábrica em Joinville
Fig.2- Escritório em Nova Iorque
A Döhler é uma das maiores fabricantes brasileiras de produtos têxteis
para cama, mesa, banho, decoração e tecidos industriais. Seu foco é criar
tendências nos diferentes segmentos em que atua, a fim de oferecer ao
mercado o que há de mais avançado em cores, padrões, materiais e
acabamentos. Atende tanto o consumidor doméstico - com toalhas de banho,
rosto, mesa, panos de copa, cortinas etc. - quanto os clientes empresariais,
fornecendo tecidos para colchão, almofadas, móveis, persianas, entre outros
itens.
A empresa possui processo verticalizado, que vai do fio ao acabamento,
passando pelo tecimento, tingimento, estamparia e, quando é o caso,
confecção, esta mantém domínio integral sobre o fluxo produtivo. O resultado
são produtos cada vez mais sofisticados e com alto valor agregado, por conta
do aprimoramento tecnológico constante.
A empresa tem uma grande preocupação com a questão ambiental. Já
na década de 80 a Döhler implantou sua Estação de Tratamento de Efluentes,
que hoje permite a reutilização de quase um terço da água no processo
produtivo. Anos depois, inaugurou o primeiro aterro industrial próprio do Sul do
país. A questão ecológica é um dos eixos do balanço social da Döhler. Com
diversas ações voltadas ao equilíbrio ambiental, a empresa acredita estar
fazendo a sua parte na construção de um planeta saudável.
4. Análise financeira
O diagnóstico de uma empresa deve sempre iniciar com uma rigorosa
análise de Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e
permitir, de imediato, tomadas de decisão tanto por parte da empresa quanto
pelo usuário interessado.
Por ser uma empresa de capital aberto, a Döhler tem obrigação de fornecer
periodicamente as demonstrações financeiras para a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). Portanto os dados da demonstração financeira foram tirados
do site da CVM, sendo que todos os dados são dados em milhares de reais.
14
4.1 Balanço Patrimonial
Ativo Circulante
31/12/04
31/12/03
31/12/02
31/12/01
Financeiro
Disponibilidades
Aplicações Financeiras
Subsoma
Operacional
Clientes
Estoques
Subsoma
2.447
18.880
21.327
2.677
62.311
64.988
1.973
38.744
40.717
1.848
57.951
59.799
76.044
74.543
150.587
56.685
90.963
147.648
45.991
76.237
122.228
34.997
63.568
98.565
Total do Ativo Circulante
171.914
212.636
162.945
158.364
9.087
7.035
6.798
4.507
62.074
62.123
0
38.921
55.462
0
36.596
56.481
0
36.711
55.341
0
124.197
94.383
93.077
92.052
305.198
314.054
262.820
254.923
Ativo Realizável a Longo Prazo
Ativo Permanente
Investimentos
Imobilizado
Diferido
Total do Ativo Permanente
Total do Ativo
Passivo Circulante
31/12/04
31/12/03
31/12/02
31/12/01
Operacional
Fornecedores
Outras obrigações
Subsoma
26.634
15.950
6.050
16.967
7.639
15.317
3.905
16.706
42.584
23.017
22.956
20.611
Financeiro
Empréstimos e Financiamentos
Duplicatas descontadas
Subsoma
13.478
0
55.627
0
15.356
0
25.746
0
13478
55627
15356
25746
Total do Passivo Circulante
56.062
78.644
38.312
46.357
9.254
6.988
10.240
10.166
65.316
85.632
48.552
56.523
239.882
0
228.422
0
214.268
0
198.400
0
239.882
228.422
214.268
198.400
305.198
314.054
262.820
254.923
Passivo Exigível a Longo Prazo
Capitais de Terceiros
Patrimônio Líquido
Capital Social Realizado e reservas capital
Lucros e Prejuízos acumulados
Total do Patrimônio Líquido
Total do Passivo
Análise
A empresa apresentou em todos os anos analisados maior porcentagem de
ativo circulante e patrimônio liquido. O ativo realizável a longo prazo apresenta
um crescimento, entretanto, comparando com o total de ativo circulante, possui
valor muito baixo.
De 2001 para 2002 a empresa aumentou seu ativo total devido a um
aumento de ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, porém
15
estes dados não foram significantes. O total de passivo também aumentou
entretanto o passivo circulante diminuiu pois a empresa deixou de fazer dívidas
de curto prazo.
Em 2003 a empresa passa a fazer aplicações financeira e apresenta um
estoque com valor bastante alto o que eleva bastante seu ativo circulante e
permanente e, conseqüentemente o ativo total. Para isto a empresa se
endivida bastante com empréstimos e financiamentos e não gera muitas
dividas de longo prazo.
Já em 2004 a situação se inverte. A empresa deixa de investir em
aplicações financeiras para investir no ativo permanente, já que nesta época o
escritório em Nova Iorque foi aberto. Em vista disso, a empresa gera bastante
dividas com fornecedores e as obrigações realizáveis a longo prazo voltam a
aumentar.
4.2 Demonstração de Resultados
Descrição da Conta
Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços
Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos
Resultado Bruto
Despesas/Receitas Operacionais
Resultado Operacional antes resultados
financeiros
01/01/2004 01/01/2003 01/01/2002 01/01/2001
a
a
a
a
31/12/2004 31/12/2003 31/12/2002 31/12/2001
251.907
227.318
191.492
162.621
-203.986
-172.526
-136.377
-118.122
47.921
54.792
55.115
44.499
-36.757
-37.521
-37.242
-30.642
11.164
17.271
17.873
13.857
Receitas Financeiras
13.674
Despesas Financeiras
-12.538
Resultado Operacional
12.300
Resultado Não Operacional
100
Resultado Antes Tributação/Participações 12.400
Provisão para IR e Contribuição Social
0
IR Diferido
6
Participações/Contribuições Estatutárias
-1.469
Reversão Dos Juros Sobre Capital
Próprio
4.767
Lucro/Prejuízo do Exercício
15.704
13.430
17.016
15.835
-17.054
-13.799
-12.051
13.647
21.090
17.641
1.191
758
1.097
14.838
21.848
18.738
-2.674
-7.646
-7.146
343
-154
402
-1.452
-1.144
-955
4.694
5.972
5.785
15.749
18.876
16.824
Análise
De 2001 para 2004 a empresa aumentou suas vendas. Entretanto o custo
de bens e serviços também se elevou bastante o que não acarretou no
aumento do lucro durante esses anos.
O ano de 2002 foi o período em que a empresa obteve maior lucro devido a
baixa geração de dividas tanto de curto como de longo prazo. Contudo teve
uma queda razoável em 2003 e em 2004 praticamente manteve a situação.
16
4.3 Índices
Índices
Estrutura de Capital
Participação de Capitais de Terceiros
Composição do endividamento
Imobilização do Patrimônio Líquido
Imobilização de recursos não correntes
Liquidez
Liquidez Geral
Liquidez Corrente (circulante)
Liquidez Seca
Rentabilidade
Giro do Ativo
Margem líquida
Rentabilidade do Ativo
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
2004
2003
2002
2001
27%
37%
23%
28%
86%
92%
79%
82%
52%
41%
43%
46%
50%
40%
41%
44%
2,77
2,57
3,50
2,88
3,07
2,70
4,25
3,42
1,74
1,55
2,26
2,04
0,83
0,72
0,73
0,64
6%
7%
10%
10%
5%
5%
7%
7%
7%
7%
9%
8%
4.3.1 Índices de estrutura de capital
Estrutura de capital
100%
Capitais de
terceiros
Endividamento
80%
60%
40%
Imobilização do
PL
Recursos não
correntes
20%
0%
Ano
Análise
Do ponto de vista financeiro, a empresa Döhler se encontra em boas
condições.
Nos quatro últimos anos, esta não apresentou problemas envolvendo
dependência a capitais de terceiros. Pelo contrário, possui um endividamento
entre 20 e 40 %, apresentando maior valor no ano de 2003, época em que fez
muitos empréstimos e financiamentos.
Embora a empresa não dependa muito de terceiros o perfil de sua divida
não é dos melhores uma vez que possui a maioria dessas dividas vencíveis a
17
curto prazo. Com relação a este fato o ano de 2003 foi um dos piores pois além
da empresa gerar dividas, praticamente quase todas venceram a curto prazo.
Quanto as aplicações no ativo permanente, nota-se que a empresa possui
capital circulante próprio, ou seja, nem todo patrimônio liquido é utilizado no
ativo permanente. Em 2003 este valor foi ainda melhor pois a empresa estava
preocupada em fazer empréstimos e não investiu no ativo permanente.
Nota-se ainda que a empresa quase que financia todo o imobilizado com
recursos próprios, ou seja, utiliza quantidade mínima de recursos a longo prazo
para efetuar estes financiamentos. Desta forma a empresa goza da
tranqüilidade de boa saúde financeira a curto e longo prazo.
4.3.2 Índices de liquidez
Liquidez
5,00
4,00
Liquidez geral
Liquidez corrente
Liquidez seca
3,00
2,00
1,00
0,00
Ano
Análise
Continuando a análise do ponto de vista financeiro, a Döhler possui bons
índices de Liquidez. Todos estão acima de 1. Na Liquidez geral pode-se perceber
que ao longo dos anos a empresa possui capacidade de quitar suas dívidas. Dando
especial importância para o ano de 2002 onde esse índice chegou a 3,50 ou seja é
capaz de pagar 100% de suas dívidas com grande folga, margem de 150%.
Já o índice de liquidez corrente também possui bons resultados dando ênfase
também ao ano de 2002, onde esse índice possui o valor de 4,25 provando que a
empresa possui investimentos no Ativo Circulante capazes de honrar seus
compromissos de curto prazo com grande folga. Esse excesso deve-se a existência
do Capital circulante líquido.
A liquidez seca juntamente com a liquidez corrente permite verificar o grau de
excelência da empresa. A empresa possui um excedente desse índice em todos os
anos analisados.
Em todos os anos analisado deve-se ressaltar o ano de 2002 que apresentou
índices muito bons, isso deve-se ao fato de que a empresa diminuiu muito os
empréstimos e financiamentos.
18
4.3.3 Índices de rentabilidade
Rentabilidade
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
Giro do ativo
Margem liquida
Rentabilidade do
ativo
Rentabilidade do
PL
Ano
Este grupo de índices mostra a situação econômica da empresa. Mostra
quanto renderam os investimentos. Não podemos dizer que a empresa possui
bons índices de rentabilidade.
O Giro do ativo mostra o volume de vendas em relação ao capital total
investido. No caso da Döhler esse índice se apresenta constante com o tempo,
mas apesar de ter um aumento em 2004 ainda apresenta um valor
relativamente baixo de vendas em comparação com os investimentos totais.
A margem líquida mede o lucro da empresa em relação às vendas totais.
Houve queda desse índice nos dois últimos anos ou seja, a empresa teve
menor lucro e ganhou menos por unidade vendida, apesar de ter aumentado
suas vendas.
A rentabilidade do ativo mostra quanto a empresa obteve de lucro líquido
em relação ao ativo. É uma medida do desempenho comparativo da empresa
ano a ano. A empresa obteve queda desse índice em 2003 e depois mantevese constante.
A rentabilidade do patrimônio líquido apresentou valores baixos. Esse índice
mostra a taxa de rendimento do capital próprio. Comparando-se com a TMA
(12% ) encontramos valores inferiores, por volta dos 7%.
4.4 Análise horizontal e vertical
19
Balanço Patrimonial
Padronizado
Descrição da Conta
AV A
H
31/12/04
A A
V H
31/12/03
AV A
H
31/12/02
AV A
H
31/12/01
Ativo Total
Ativo Circulante
Financeiro
Disponibilidades
Aplicações Financeiras
Subsoma
Operacional
Clientes
Estoques
Subsoma
Total do Ativo Circulante
2.447
18.880
21.327
76.044
74.543
150.587
171.914
1
6
7
0
25
24
49
56
132
33
36
2.677
62.311
64.988
217 56.685
117 90.963
153 147.648
109 212.636
1
20
21
0
18
29
47
68
145
108
109
1.973
38.744
40.717
162 45.991
143 76.237
150 122.228
134 162.945
1
15
15
0
17
29
47
62
107
67
68
1.848
57.951
59.799
131 34.997
120 63.568
124 98.565
103 158.364
1
23
23
0
14
25
39
62
100
100
100
100
100
100
100
9.087
3 202
7.035
2 156
6.798
3 151
4.507
Total do Ativo Permanente
62.074
62.123
0
124.197
20 169
20 112
0
41 135
38.921
55.462
0
94.383
12 106
18 100
0
30 103
36.596
56.481
0
93.077
14 100
21 102
0
35 101
36.711
55.341
0
92.052
Total do Ativo
305.198 100 120 314.054 100 123 262.820 100 103 254.923 100 100
Ativo Realizável a Longo
Prazo
2 100
Ativo Permanente
Investimentos
Imobilizado
Diferido
14
22
0
36
100
100
100
100
100
Descrição da Conta
31/12/04
103 31/12/03
102 31/12/02
31/12/01
Passivo Total
Passivo Circulante
Operacional
Fornecedores
Outras obrigações
26.634
15.950
42.584
Subsoma
Financeiro
Empréstimos e Financiamentos
Duplicatas descontadas
Subsoma
Total do Passivo Circulante
Passivo Exigível a Longo
Prazo
Capitais de Terceiros
13.478
0
13478
56.062
9.254
65.316
9 682
5 95
14 207
0
4
0
4
6.050
16.967
23.017
7.639
15.317
22.956
52
55627
0
18 216 15.356
0
0
18 216
15356
18 121
78.644
25 170
3
52
55.627
0
91
6.988
21 116
85.632
0
Patrimônio Líquido
2 155
5 102
7 112
2
38.312
69
10.240
27 151
48.552
0
3 196
6 92
9 111
3.905
16.706
20.611
2 100
7 100
8 100
0
6
0
6
60
25746
0
10 100
0
10 100
15
83
46.357
18 100
4 101
10.166
4 100
56.523
22 100
18
60
25.746
0
86
0
0
239.882
79 121 228.422
73 115 214.268
82 108 198.400
78 100
Total do Patrimônio Líquido
0
239.882
0
0
79 121 228.422
0
0
73 115 214.268
0
0
82 108 198.400
0
78 100
Total do Passivo
305.198 100 120 314.054 100 123 262.820 100 103 254.923 100 100
Capital Social Realizado e reservas
capital
Lucros e Prejuizos acumulados
20
Demonstração de
Resultados Padronizada AV AH
Descrição da Conta
01/01/2004
a
31/12/2004
AV AH
01/01/2003
a
31/12/2003
AV AH
01/01/2002
a
31/12/2002
AV AH
01/01/2001
a
31/12/2001
Receita Líquida de Vendas
e/ou Serviços
251.907 100
155
227.318
100
140
191.492
100
118
162.621
100
100
-203.986 -81
173
-172.526 -76
146
-136.377 -71
115
-118.122 -73
100
47.921
19
108
54.792
24
123
55.115
29
124
44.499
27
100
-36.757
-15
120
-37.521
-17
122
-37.242
-19
122
-30.642
-19
100
11.164
4
81
17.271
8
125
17.873
9
129
13.857
9
100
13.674
5
86
13.430
6
85
17.016
9
107
15.835
10
100
-12.538
-5
104
-17.054
-8
142
-13.799
-7
115
-12.051
-7
100
12.300
5
70
13.647
6
77
21.090
11
120
17.641
11
100
100
0
9
1.191
1
109
758
0
69
1.097
1
100
Custo de Bens e/ou Serviços
Vendidos
Resultado Bruto
Despesas/Receitas
Operacionais
Resultado Operacional
antes result financeiros
Receitas Financeiras
Despesas
Financeiras
Resultado Operacional
Resultado Não Operacional
21
Resultado Antes
Tributação/Participações
12.400
5
66
14.838
7
79
21.848
11
117
18.738
12
100
0
0
0
-2.674
-1
37
-7.646
-4
107
-7.146
-4
100
6
0
1
343
0
85
-154
0
-38
402
0
100
-1.469
-1
154
-1.452
-1
152
-1.144
-1
120
-955
-1
100
4.767
2
82
4.694
2
81
5.972
3
103
5.785
4
100
15.704
6
93
15.749
7
94
18.876
10
112
16.824
10
100
Provisão para IR e
Contribuição Social
IR Diferido
Participações/Contribuições
Estatutárias
Reversão Dos Juros Sobre
Capital Próprio
Lucro/Prejuízo do Exercício
4.5 Avaliação setorial
Para saber a situação da Döhler no mercado têxtil, esta foi comparada com
mais 9 empresas do ramo.
Abaixo encontra-se uma tabela com a situação de cada uma delas tendo
como referencia os índices encontrados. Não foi preciso calcular os decis pois
como são 10 empresas que estão sendo comparadas cada uma representa um
decil.
Na parte de cima da tabela estão as notas de cada uma delas referentes a
cada índice e a cada ano. É importante ressaltar que índices de estrutura de
capital estão em ordem decrescente uma vez que quanto menores, melhores
as condições da empresa.
Índices
NOTA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Estrutura de
Capital
Participação de
Capitais de
Terceiros
2004
2003
2002
66281,0% 412,0% 88,3%
62,0% 57,6% 40,0% 38,0% 34,1%
27,2%
3574,0% 202,0% 120,0% 100,0% 89,6% 80,0% 57,1% 37,0%
37,0%
24,3%
10192,0% 152,0% 108,2% 91,8% 71,0% 57,0% 39,1% 23,0%
15,5%
-149,0%
22
Composição do
endividamento
Imobilização do
Patrimônio Líquido
Imobilização de
recursos não
correntes
Liquidez
Liquidez Geral
Liquidez Corrente
(circulante)
Liquidez Seca
2004
2003
2002
2004
2003
2002
2004
2003
2002
86%
72,1%
60,7%
50,4% 48,9%
48%
45%
22,0%
21%
183%
92%
65,9%
54,3% 51,2%
38%
35%
29,9%
21%
12,0%
23,0%
8,0%
166%
100,0% 79,0%
73,4% 69,5% 56,0% 54,0% 36,0%
40968%
339% 120,0% 70,4%
50,4% 49,5%
29,2%
2440,0%
150% 143,0% 129,0% 92,6% 92,6% 79,0% 55,6%
41,0%
32,3%
6987,0%
187% 124,0% 113,1% 96,7% 96,7% 49,9% 44,0%
43,0%
-8,0%
92,0%
34,4%
24,9%
40%
39,0%
27,6%
33,0%
21,0%
104%
52%
51%
78%
61,2%
50%
43,4%
39%
58,9%
52%
46,5% 46,0%
92%
88%
83%
113,1%
106%
93,0%
2004
2003
2002
2004
2003
2002
2004
2003
2002
0,38
0,421
0,50
1,57
1,78
1,78
1,86
2,77
4,29
0,35
0,573
0,86
1,27
1,38
1,49
1,78
1,84
2,57
5,08
0,15
0,28
0,32
0,660
1,22
1,36
1,55
1,69
1,98
3,50
0,17
0,895
1,19
2,35
2,61
2,64
2,65
3,07
8,77
0,68
0,97
1,264
2,41
2,46
2,63
2,70
2,92
3,09
16,93
0,03
0,04
0,86
0,885
1,97
2,00
2,27
2,45
3,76
4,25
0,17
1,00
1,74
1,75
1,85
2,00
2,11
7,74
0,68
1,00
1,55
1,68
1,87
2,00
2,03
2,19
14,01
0,02
0,04
1,00
1,32
1,59
1,66
1,71
2,26
3,00
2004
2003
2002
2004
2003
2002
2004
2003
2002
2004
2003
2002
0,01
0,47
0,63
0,83
0,85
0,87
0,92
0,995
1,14
0,00
0,43
0,53
0,59
0,672
0,72
0,75
0,92
1,00
1,12
0,00
0,02
0,42
0,473
0,54
0,73
0,77
0,89
0,99
1,05
-27%
-5,0%
3,3%
5,9%
6,2%
7,9% 16,0% 17,4% 8889,2%
-26%
0%
1,8%
4%
7%
7,6%
11%
16,9%
35,4%
4084,1%
-9789%
-41%
-36%
-10%
-1%
0,0%
5,1%
10%
13,2%
23,1%
-37%
-3%
2,9%
5%
5,4%
9,0% 11,0%
13%
45,7%
-18%
0%
1,6%
2%
5%
8%
-154,6%
-17%
-17%
-11%
-1%
5,1%
-1667%
-189%
4,5%
7%
9,5% 15,2% 16,9%
88,0% 65,0% 41,2% 41,0% 40,1%
Rentabilidade
Giro do Ativo
Margem líquida
Rentabilidade do
Ativo
Rentabilidade do
Patrimônio Líquido
-35%
0%
2,6%
7%
13,7%
-1760%
-41%
-29%
-2%
9%
14%
8,6% 10,0%
7%
18,9%
84,4%
10,1%
12,4%
23,2%
21%
64,1%
16,3% 29,4%
10,5% 17,3% 19,4%
62%
255,1%
26,8%
76,4%
Dohler
nordeste
Marisol
Hering
Coteminas
Vulcabrás
Alpargatas
Azaléia
Vicunha
Grendene
OBS: Vicunha ainda não possui dados referentes ao ano de 2004.
23
Com as notas da empresa em questão calcula-se então a nota global da
empresa.
NOTA DA EMPRESA
Índices
2004
Estrutura de Capital
Participação de Capitais de Terceiros
Composição do endividamento
Imobilização do Patrimônio Líquido
Imobilização de recursos não correntes
Liquidez
Liquidez Geral
Liquidez Corrente (circulante)
Liquidez Seca
Rentabilidade
Giro do Ativo
Margem líquida
Rentabilidade do Ativo
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
NE
NL
NR
NGE
2003
2002
9
8
8
1
2
3
5
9
9
5
8
7
8
9
10
8
7
10
3
3
8
4
6
6
5
5
8
4
5
7
4
4
5
7
7,6
7,6
7
6,8
9,6
4,1
4,6
5,7
5,84
6,24
7,24
péssimo
Deficiente
Fraco
Razoável
Satisfatório
Bom
Ótimo
Análise
Quanto a estrutura de capital, como já era de se esperar, a empresa possui
ótimas notas de dependência a terceiros e péssimas notas por apresentar
muitas dividas de curto prazo.
A liquidez apresentou bons resultados entretanto a empresa deve tomar
cuidado com a elevado valor agregado em estoques já que este índice
apresentou notas muito baixas em 2003 e 2004.
Em geral, a empresa apresentou um considerável declínio entretanto
apresenta notas interessantes. Seria necessário melhorar sua rentabilidade
uma vez que não se enquadra nas mesmas condições que os demais índices.
Deve-se destacar que a empresa não conseguiu melhorar quase nenhum
de seus índices com o passar desses anos. É uma questão bastante
preocupante.
4.6 Previsão de falência
Kanitz (FI)
Pereira (Z)
2004
2003
2002
7,40
6,34
6,74
8,08
9,22
9,05
24
Análise
Ambos os métodos utilizados para prever a falência apresentaram valores
satisfatórios. Os valores estão distantes dos valores críticos e portanto pode-se
afirmar que a empresa não corre risco algum de falência neste momento.
4.7 Prazo médio
Índices
2004
2003
2002
2001
132
190
201
194
109
90
86
77
44
14
22
Prazo médio renovação estoques
PMRE = E / CMV * 360
Prazo médio recebimento vendas
PMRV = DR / V * 360
Prazo médio pagamento compras
PMPC = F / C * 360
2002: Ciclo de caixa de 265 dias
2003: Ciclo de caixa de 266 dias
2004: Ciclo de caixa de 197 dias
Análise
Através dos cálculos dos índices de rotação ou prazos médios, é
possível construir um modelo de análise dos investimentos e financiamentos do
capital de giro, de grande utilidade gerencial, bem como para a avaliação da
capacidade de administração do capital de giro por parte da empresa.
A empresa deve obter financiamentos para suas vendas e ainda para
uma parte do tempo em que a mercadoria permanece em estoque, pois sua
necessidade de capital de giro se apresenta muito grande, superior a 197 dias
no decorrer dos anos.
4.8 EVA
Cálculo do EVA
NOPAT (Lucro operacional depois dos impostos)
WACC (Custo de Capital)
Patrimônio Líquido + Exigível a longo prazo
WACC x (PL + ELP)
EVA = NOPAT - WACC * Capital Investido
2004
11.170
12%
249.136
29.896
-18.726
2003
14.940
12%
235.410
28.249
-13.309
2002
10.073
12%
224.508
26.941
-16.868
2001
7.113
12%
208.566
25.028
-17.915
Análise
O EVA mostrou-se com valores negativo ao longo dos anos, o que
significa que a empresa não está agregando valor.
25
4.9 Ações
^BVSP
Date
IBOVESPA
Feb 02
14033
mar/02
13255
Apr 02
13085
May 02
12861
jun/02
11139
jul/02
9763
Aug 02
10382
Sep 02
8623
Oct 02
10168
nov/02
10509
Dec 02
11268
jan/03
10941
Feb 03
10281
mar/03
11274
Apr 03
12557
May 03
13422
jun/03
12973
jul/03
13572
Aug 03
15174
Sep 03
16011
Oct 03
17982
nov/03
20184
Dec 03
22236
jan/04
21851
Feb 04
21755
mar/04
22142
Apr 04
19607
May 04
19545
jun/04
21149
jul/04
22337
Aug 04
22803
Sep 04
23245
Oct 04
23052
nov/04
25128
Dec 04
26196
jan/05
24351
Feb 05
28139
mar/05
26611
Apr 05
24844
DOHL4
Adj.
Close* %IBOVESPA %Dohler
249,93
226,39
-5,5%
-9,4%
248,65
-1,3%
9,8%
191,27
-1,7%
-23,1%
191,27
-13,4%
0,0%
191,27
-12,4%
0,0%
239,09
6,3%
25,0%
286,91
-16,9%
20,0%
239,09
17,9%
-16,7%
191,27
3,4%
-20,0%
191,27
7,2%
0,0%
191,27
-2,9%
0,0%
191,27
-6,0%
0,0%
263
9,7%
37,5%
248,65
11,4%
-5,5%
337,23
6,9%
35,6%
250,51
-3,3%
-25,7%
263,17
4,6%
5,1%
260,15
11,8%
-1,1%
308,32
5,5%
18,5%
337,23
12,3%
9,4%
337,23
12,2%
0,0%
433,58
10,2%
28,6%
385,4
-1,7%
-11,1%
385,4
-0,4%
0,0%
337,24
1,8%
-12,5%
337,24
-11,4%
0,0%
433,58
-0,3%
28,6%
434,69
8,2%
0,3%
434,69
5,6%
0,0%
410,54
2,1%
-5,6%
330,59
1,9%
-19,5%
357,41
-0,8%
8,1%
357,41
9,0%
0,0%
341,05
4,3%
-4,6%
341,05
-7,0%
0,0%
341,05
15,6%
0,0%
248,8
-5,4%
-27,0%
248,8
-6,6%
0,0%
Média
1,9%
1,2%
Desvio
8,4%
15,9%
Beta
1,00
0,26
IBOVESPA Dohler
1
1
0,94
0,91
0,93
0,99
0,92
0,77
0,79
0,77
0,70
0,77
0,74
0,96
0,61
1,15
0,72
0,96
0,75
0,77
0,80
0,77
0,78
0,77
0,73
0,77
0,80
1,05
0,89
0,99
0,96
1,35
0,92
1,00
0,97
1,05
1,08
1,04
1,14
1,23
1,28
1,35
1,44
1,35
1,58
1,73
1,56
1,54
1,55
1,54
1,58
1,35
1,40
1,35
1,39
1,73
1,51
1,74
1,59
1,74
1,62
1,64
1,66
1,32
1,64
1,43
1,79
1,43
1,87
1,36
1,74
1,36
2,01
1,36
1,90
1,00
1,77
1,00
26
2,5
2
1,5
Ibovespa
Dohler
1
0,5
37
33
29
25
21
17
13
9
5
1
0
Análise
Comparando as ações da Döhler com a ibovespa percebe-se que a
empresa em questão não apresenta nenhum atratividade.
Além de apresentar uma média menor que a ibovespa, a Döhler ainda
possui maior risco uma vez que apresenta um desvio elevado e não varia muito
de acordo com a bolsa.
Deve-se destacar que as ações da empresa realmente caíram em agosto
de 2004, situação que não melhorou até os dias de hoje. Isto decorre devido a
queda do dólar que influencia bastante na empresa já que quase que 50% de
seus produtos são voltados ao mercado externo.
27
5. Conclusão
Após vários anos obtendo lucros a Döhler teve um prejuízo de 2,8 milhões
no primeiro trimestre de 2005. Isso ocorreu devido a alta porcentagem de
produtos destinados a exportação, cerca de 49 %. Resultando em um
investimento trimestral pequeno, sendo postergado pelo mercado.
Desde 2004 a taxa cambial vem decrescendo e os custos dos insumos
aumentando e o repasse aos preços ainda não foi de todo possível. Então sua
política em 2004, de estimular as venda para o mercado externo não tem sido
mais válida em 2005 onde a empresa vem direcionando seu “target” de vendas
para o mercado interno.
Vale ressaltar que apesar do resultado negativo apresentado no trimestre, a
companhia apresenta forte solidez econômica e financeira e todas as medidas
estão sendo tomadas para reverter o caso, diz o relatório trimestral da
administração da Döhler.
6. Referências bibliográficas
Matarazzo,D. C. (2003) – Análise Financeira de Balanços. 6º edição. Editora
Atlas. São Paulo.
http://www.cvm.gov.br/
28
Download

Dohler S.A