Ano 9 • Nº 41 • Julho/Agosto/Setembro 2015
Casa Cor 2015
Ano 9 • Nº 41 • Julho/Agosto/Setembro 2015
SKATE
Conheça a história de
pessoas adultas que
praticam o esporte
BOLO DE VÓ
Receitas simples
para o café da tarde
Divisórias
A Casa Cor 2015 traz dicas criativas
e modernas para separar ambientes
Editorial
A Revista Rossi é editada pela Café Editora
sob a coordenação da área de Marketing
Institucional da Rossi
Conselho Editorial
Mirella Bellinazzi Dantas Amante, Andrea
Menezes, Talita Simões e Edson Batista
dos Santos
Serviço de Atendimento ao Cliente
Estávamos animados para conferir a Casa Cor 2015, evento anual de
decoração e arquitetura que aconteceu entre os meses de maio e julho,
em São Paulo, trazendo o tema “Brasilidade”. O intuito foi resgatar as
referências da cultura, das cores e das artes nacionais para dentro do
lar. Visitamos a Casa em busca de novidades e selecionamos algumas
propostas inovadoras para que você se inspire nos projetos.
Morar Bem Arquitetura traz opções de como dividir cômodos de maneira criativa e leve, utilizando materiais diversificados e mantendo a
integração dos ambientes. A simplicidade pode nos render grande conforto, e, para provar esse conceito, buscamos projetos que, guiados pelo
minimalismo, utilizaram poucos elementos para compor aconchego e
beleza, no Morar Bem Decoração. Para apartamentos com pouco espaço
para a lavanderia, Meu Projeto estuda como deixar essa área funcional
e bem aproveitada.
Andava de skate na adolescência e sente saudade? A seção Comportamento traz exemplos de pessoas acima dos 20 anos que encontraram
nesse esporte um jeito de se divertir. Com o tema água sempre em alta,
você já parou para pensar se é possível transformar a água salgada em
doce? Descubra mais em Sustentabilidade.
Regina Misk é estilista e designer e desenvolveu seu trabalho em poltronas, cadeiras e sofás que ela garimpa em antiquários e até na internet
para restaurar com o uso do tricô. Conheça esse trabalho em Entrevista. Para Gastronomia, trouxemos receitas deliciosas para alegrar o seu
inverno: bolos simples e clássicos para combinar com o café da tarde.
Nossa casa é o cantinho que temos para relaxar, receber os amigos,
entre outras coisas, por isso, optamos por unir conforto, qualidade e inovação para que você tenha diferentes ideias e mude da melhor maneira.
Se quiser nos mostrar a transformação de algum ambiente, compartilhe
conosco postando sua foto nas redes sociais com a hashtag #ClickRossi.
Boa leitura!
Leonardo Diniz
CEO da Rossi
4
| Revista Rossi
Editores
Caio Alonso Fontes e Marcos Racy Haddad
Diretora de Redação
Mariana Proença
Editora-assistente
Natália Camoleze
Diretor de Arte
Marcelo Furquim
Editora de Arte
Lygia Lacerda
Estagiário de Arte
Gustavo Lorenzini
Diretor Comercial
Marcos Racy Haddad
Executiva de Contas
Andrea Vieira
Administrativo, Atendimento e
Distribuição
Fernanda Senna e Thalita Antoniete
Colaboradores
Texto Ana Paula Kuntz, Bianca Medeiros,
Elaine Carvalho, Leonardo Valle, Janice
Kiss, Marussia Whately Fotografia Alexia
Santi/Agência Ophelia, Fernando Genaro/
Agência Ophelia, Leandro Andrade e Lucas
Albin/Agência Ophelia Ilustração Clarissa
Monteiro e Eduardo Nunes Tratamento de
imagens Luciano Custódio
Revisão
Denise Costa
Foto de capa
Leandro Andrade
Contato
[email protected]
Pré-impressão e impressão
LOG & PRINT Gráfica e Logística S.A.
Administração
Avenida Nove de Julho, 4.877, torre B, cj.42 –
Jardim Paulista
São Paulo (SP) - CEP 01407-200
Tel.: (11) 3586-2233
www.cafeeditora.com.br
[email protected]
Projeto de Conteúdo Customizado. Todos
os direitos reservados. Os textos assinados
não refletem necessariamente a opinião da
revista. Todas as informações técnicas são
de responsabilidade dos autores. Proibida a
reprodução parcial ou total sem autorização
prévia da editora. Jornalista Responsável
Mariana Proença (MTb 42.716).
Foto Divulgação
Aconchego
de inverno
São Paulo e Grande São Paulo
(11) 3038-5566
Demais localidades 0800 733 6000
www.rossiresidencial.com.br
CRECI (Rossi - SP) 20006
UM TOQUE
DE TECNOLOGIA
E UM TOQUE
DEDE
DESIGN.
Mangiare Tech com a inovadora
tecnologia DocolPresence.
Abre e fecha com apenas um
toque na bica, corpo ou volante.
Ducha pull-down.
Extensão de até 45 cm,
facilitando a limpeza e o manuseio.
Ducha independente.
Área sem acionamento por toque, permite
o manuseio sem ligar ou desligar a torneira.
LED indicativo de funcionamento.
A luz acende para indicar a ativação.
00660606
Ambientes
inspirados
no que
inspira você.
Coleção Essenz.
Textura que lembra
pequenos nós de
madeira e remete
a impressões digitais
sobrepostas.
Linha Extrem.
Muito mais brilho
e resistência contra
riscos, com cores
que nunca desbotam.
Móveis
editáveis
segundo
especificações
únicas.
O melhor do
design europeu
com a precisão
alemã.
8 anos
de garantia
em toda linha.
Condições
exclusivas
para clientes
ROSSI em
nossas lojas.
Fortaleza/CE
Av. Barão de Studart, 2770
Joaquim Tavora // 85 3257.8358
Natal/RN
Av. Senador Salgado Filho, 2850
Candelaria // 84 3234.2120
Porto Alegre/RS
Av. José de Alencar, 639
Menino Deus // 51 3026.2664
Porto Alegre/RS
R. Doutor Salvador Franca, 1168
Jardim Botânico // 51 3085.4500
Rio de Janeiro/RJ
Av. Das Américas, 13561
Recreio dos Bandeirantes // 21 3388.5310
Rio de Janeiro/RJ
Rua Conde do Bonfim, 86A
Tijuca // 21 2204.1442
Xangri-Lá/RS
Av. Paraguassu, 1771
Centro // 51 3502.6969
finger.ind.br
Índice
J U L H O | AG O STO | S E T E M B RO 2015 | E D I ÇÃO 4 1
10 Canal do Leitor
Seu meio de contato com a Rossi
11 A Casa é Sua
Envie fotos de momentos especiais na sua casa
12 Boas-vindas
Dicas de cultura, gastronomia, decoração e cursos
18 Rossi Explica
Como funciona o decorado
20 Produtos
Canecas e xícaras com estilo
22 Comportamento
A volta do skate
26 Sustentabilidade
Descubra se é possível transformar água salgada em doce
28 Consumo Consciente
Bianca Medeiros comenta sobre questões hídricas e a sociedade
30 Desenvolvimento Urbano
Saiba o que são os parklets
32 Morar Bem | Arquitetura
Divisórias diferentes para os ambientes
40 Meu Projeto
Espaço da lavanderia
42 Morar Bem | Decoração
Aconchego e minimalismo
50 Fora do Expediente
Atividade para fazer no tempo livre
52 Entrevista
Regina Misk e o tricô nos móveis
58 Gastronomia
Bolo de vó
62 Viagem
Urubici e suas aventuras
82 Moradas do Mundo
Prédio da Statoil, na Noruega
MAIS ROSSI
66 Notícias Rossi
68 Destaque do Mês
74 Acompanhe a Obra
Nossa casa não é só o lugar onde a gente
mora, é o mundo em que a gente vive.
www.rossiresidencial.com.br |
9
Canal do Leitor
Pergunte à Rossi
Envie sua pergunta ou sugestão para
[email protected]
Fale conosco
Quero ser cliente Rossi:
Todo o Brasil 4003-0980
Já sou cliente Rossi:
São Paulo e Grande São Paulo
(11) 3038-5566
Demais localidades
0800 733 6000
Quero anunciar:
Executiva de Contas
Andrea Vieira
[email protected]
(11) 3586-2233
Sou vizinho de
uma obra Rossi:
Sabemos que obras, às vezes, resultam em
mudanças. Por isso, estudamos os hábitos do
bairro e seguimos a legislação para minimizar
transtornos. Contate-nos:
São Paulo e Grande
São Paulo (11) 3038-5566
Demais localidades
0800 733 6000 ou
envie um e-mail para
[email protected]
Site Rossi:
www.rossiresidencial.com.br
Relações com Investidores:
www.rossiresidencial.com.br/ri
Revista Rossi no site:
www.rossiresidencial.com.br/revista-rossi.aspx
Rossi nas redes sociais
Twitter:
www.twitter.com/Rossi_novidades
Decoração
Dúvida técnica
Facebook:
Como funciona a ideia da parede-lousa?
FLÁVIA AMARAL, Curitiba (PR)
R: Olá Flávia, para ter uma parede ou
outras superfícies como essa o ideal é
buscar boas opções da conhecida tinta
lousa. É como pintar uma parede normal;
delimite a região a ser pintada, para não
manchar as outras partes da casa, espere
secar por 72 horas e aí se divirta criando e
desenhando. Pode-se utilizar giz comum.
O que é a planta baixa?
CARLOS PACHECO, Goiânia (GO)
R: Carlos, a planta baixa é a representação gráfica da projeção horizontal de
uma edificação, vista no sentido do teto
para o piso, em toda a sua extensão.
YouTube:
Adorei a matéria da Estrada Real,
não conheço aquela região. Estou
planejando ir até lá nas minhas
férias!
JULIANA GONÇALVES, São Paulo (SP)
R: Que bom que gostou da matéria,
Juliana! É um lugar bem bonito, ideal
para quem gosta de aventuras durante
os passeios. Aproveite a viagem!
10
| Revista Rossi
www.youtube.com/rossiresidencial
Linkedin:
www.linkedin.com/company/rossi-residencial
Google Plus:
google.com/+rossiresidencial
Instagram:
@rossiresidencial
Morar Bem Decoração
(edição 40)
Muito criativa a matéria sobre grafite em casa. É impressionante como
podemos abusar de diferentes estilos para diversificar cada ambiente.
Estou pensando em decorar a minha
sala com grafite.
JORGE CAMARGO, Rio de Janeiro (RJ)
R: Realmente é impressionante, Jorge,
como podemos combinar estilos diferentes em cada ambiente. A matéria de grafite serve para mostrar que essa linda arte
de rua pode se enquadrar dentro da casa e
trazer originalidade e modernidade.
Grupo Rossi
A Revista Rossi reserva-se o direito de selecionar as cartas enviadas e resumi-las para publicação.
Viagem (edição 40)
www.facebook.com/rossiresidencial
A Casa É Sua
#ClickRossi
Fotos Divulgação
Na nossa casa sempre tem um cantinho preferido, diferente, algo singular.
Então, por que não compartilhar com a gente? Basta seguir @rossiresidencial
no Instagram e marcar com a hashtag #ClickRossi uma foto de um momento
especial. Cada edição da nossa revista trará as fotos escolhidas. Confira o
regulamento no site www.rossiresidencial.com.br/clickrossi e participe!
@LUCASSAGATI
@FEVARELA3
@TATIANEVACCARI
89% fluxo de Caixa, meta mais que batida
#metaconcluida #rossi #repasse #equipe
#presentinho #clickrossi
#sabara #fundacao #piscina #clickrossi
#mulhernaobra #ocondominiomaislindo
#clickrossi
@INAIECARDOZO
@JULIOCEOLI
@CAROL_FREITAS
Nosso novo lar paulistano a todo o vapor!
Felicidade é construir junto em família!
#clickrossi
Almoço com a melhor equipe de engenharia.
#RossiResidencial #clickrossi #engenheiros
#arquitetos
Um mimo para nós porque merecemos!
#clickrossi #rossiresidencial #rossidecoracao
www.rossiresidencial.com.br |
11
Boas-vindas
Novidades pelo Brasil
NA ONDA
Coleção
inspirada nas
bolachas-do-mar
Os Irmãos Campana lançaram sua
nova coleção, em Milão. A linha Estrela foi inspirada nas bolachas-do-mar.
Reproduzindo a forma lúdica e redonda desses seres marinhos, criaram um
mobiliário de metal, com recortes a
laser unidos por uma solda robótica
tecnológica, que permite flexibilizar
qualquer forma, juntando as “bolachas” que configuram cada peça. A
coleção é composta de poltrona, cadeira, mesa, sofá e luminária. Mais informações: www.inovedesign.com.br
BRASILIDADE
Restaurante
traz pratos com
ingredientes raros
O restaurante Winiká foi criado com o intuito de
resgatar a brasilidade de forma contemporânea. De
origem indígena, o nome Winiká significa um convite
para fazer alguma refeição junto. O chef Marcos Soares cria as receitas a partir de releituras da cozinha
brasileira de raiz. Os pratos contam com ingredientes orgânicos, garimpados por
todo o Brasil. Um exemplo
é o queijo arupiara, que
vem de uma fazenda
do interior da Paraíba.
Vinhos exclusivos,
cervejas artesanais
e drinques autorais compõem as
bebidas. GOIÂNIA
(GO) – Av. T-13, 711
– Ed. Santorini Loja 1.
Mais informações:
www.winika.com.br
12
| Revista Rossi
EXPOSIÇÃO
François Truffaut
tem sua trajetória
apresentada no MIS
O MIS – instituição da Secretaria de Cultura de SP – recebe
entre os dias 14 de julho e 18 de outubro a exposição Truffaut:
um cineasta apaixonado, que revela o trabalho deste francês
considerado uma das principais figuras do movimento cinematográfico conhecido por Nouvelle Vague. São mais de 600 itens
entre desenhos, fotos, objetos, livros, revistas e roteiros com
anotações, além de trechos de filmes e entrevistas do diretor. O
ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). SÃO PAULO (SP)
– Avenida Europa, 158 – Jardim Europa. Mais informações:
www.mis-sp.org.br
Jean Pierre Léaud e Truffaut no
set de Domicílio Conjugal
LAREIRAS
Para quem
quer se aquecer
no inverno
As lareiras móveis da Largrill proporcionam conforto em qualquer
cantinho da casa. É possível instalá-las em diferentes bases,
como vaso de cerâmica, mesa de mármore, móvel de madeira
ou estrutura de pedra. Feita de aço inox, mede de 0,40 m a 1,40
m. As lareiras possuem um sistema ecologicamente correto, que
funciona por meio da combustão por álcool em gel a 80 ºC, o único
composto legalizado e permitido no Brasil por não produzir cheiro
nem fumaça. Mais informações: www.largrill.com.br
CIMENTO NA DECORAÇÃO
A Kitchens
apresenta a
Cozinha Concret
Em comemoração dos cinquenta anos, a
Kitchens, empresa de armários planejados
para cozinha, copa, área de serviço e banheiro, apresentou na última edição do Salão do Móvel de Milão a Cozinha Concret. A
ideia é mostrar a tendência do cimento
na decoração, criando um ambiente
urbano e contemporâneo. Esse material pode ser aplicado nas faces
dianteiras dos móveis, trazendo
vantagens de manutenção e durabilidade do laminado. Mais informações: www.kitchens.com.br
www.rossiresidencial.com.br |
13
Boas-vindas
CASA COR SP
Banheiro com vidro privativo
A Casa Cor SP 2015 trouxe diversas tendências. A arquiteta Orlane Santos, por
exemplo, criou o Banheiro Feminino do Boulevard, que foi inspirado em Manaus (sua cidade natal). Nele, Orlane apresentou detalhes da arquitetura antiga
local, ligada aos recursos tecnológicos, e o resultado se vê nesse ambiente compacto. As portas das cabines foram feitas com um vidro conhecido no mercado
como privativo. Ele contém um display ultrafino posicionado entre duas lâminas,
que permite que, com um toque, sua superfície passe de translúcida a opaca,
criando um espaço privado. Mais informações: www.orlanesantos.com
MÓVEIS E
GASTRONOMIA
Restaurante
Marakuthai
na loja TOG
Philippe Starck, proprietário
da loja TOG, acaba de lançar uma
novidade. Em busca de um ambiente
acolhedor, ele convidou a chef Renata
Vanzetto para elaborar o Marakuthai
for TOG. A ideia foi levar para a loja um
bar-restaurante autoral e contemporâneo, priorizando objetos de acrílico
e madeira. No cardápio, diversidades
como tirinhas de frango ao curry, sanduíches artesanais, cogumelos em
molho cremoso de shoyu quente
para comer com ciabatta, entre outras. SÃO PAULO (SP) – Rua Iguatemi,
236 – Iguatemi. Mais informações:
www.marakuthai.com.br
14
| Revista Rossi
Cursos
Selecionamos alguns cursos
para você inovar, aprender e
aperfeiçoar seus trabalhos
FORTALEZA (CE)
PUFES DELICADOS
Diversas opções com
estampas exclusivas
A ideia da Puffs de Alessa, e-commerce brasileiro focado em pufes e almofadas,
é renovar e imprimir personalidade aos ambientes, com variedade de modelos
exclusivos. Para desenvolver estampas personalizadas, a empresa de Porto Alegre
trabalha com designers que pesquisam tendências em diversos estilos e áreas.
Há também opções de pufes e almofadas com temáticas neutras e alegres,
com estampas florais, geométricas, indianas, entre outras. A entrega dos pufes é
realizada em todo o Brasil. Mais informações: www.puffsdealessa.com.br
Brigaderia
O objetivo é fazer com que o aluno desenvolva conhecimentos e habilidades no preparo de
brigadeiros clássicos e gourmets, montagem e
decoração, de acordo com as normas de higiene e manipulação de alimentos. Carga horária
20 horas. Quanto R$ 150. Onde Senac Turismo – Rua Tibúrcio Cavalcante, 1.750 – Aldeota.
Mais informações www.ce.senac.br
BELO HORIZONTE (MG)
Teatro
O curso oferece o primeiro contato com os
elementos fundamentais para o trabalho de
sensibilização e criação a partir de exercícios
de expressão corporal, concentração, percepção do outro e do espaço, composição,
improvisação e leituras, estimulando e desenvolvendo a presença cênica. Carga horária 3 horas semanais. Quanto R$ 552,50.
Onde Galpão Cine Horto – Rua Pitangui,
3.613 – Bairro Horto. Mais informações
www.galpaocinehorto.com.br
RIO DE JANEIRO (RJ)
Textos Natália Camoleze Fotos Divulgação
NOVA LOJA
A Tok&Stok
inaugura filial
em João Pessoa
A Tok&Stok, loja de móveis e acessórios,
inaugurou no mês de junho sua primeira loja
no Manaíra Shopping, em João Pessoa, na Paraíba. O projeto assinado pelo arquiteto Felippe
Crescenti conta com 3 mil metros quadrados divididos em dois andares interligados por escada rolante
e um elevador no hall de entrada, que favorece a chegada das
pessoas pelos dois pisos do shopping. O objetivo é levar ao cliente local todas as
opções de produtos presentes nas outras redes. JOÃO PESSOA (PB) – Av. Flávio
Ribeiro Coutinho, 805 – Manaíra. Mais informações: www.tokstok.com.br
Jornalismo de moda
O aluno vai aprender as características do
mercado, assim como apresentar o universo
da moda, desenvolver textos e aprofundar-se
nas análises de diferentes tipos de cobertura
jornalística dessa categoria. Carga horária 2
horas semanais. Quanto R$ 300. Onde Corredor Cultural – Rua do Ouvidor, 37 – Centro.
Mais informações www.polocriativo.com.br
SÃO PAULO (SP)
Identidade Visual
Busca capacitar o aluno em pesquisa, conceituação e desenvolvimento de sistemas
completos de identidade visual, utilizando
linguagem técnica e postura profissional. É
indicado para diretores de arte, designers
gráficos, web designers, profissionais de
marketing e comunicação de modo geral.
Carga horária 20 horas. Quanto R$ 760.
Onde Belas Artes – Rua Doutor Álvaro Alvim, 90 – Vila Mariana. Mais informações
www.belasartes.br
www.rossiresidencial.com.br |
15
Rossi Explica
Perguntas e respostas para dúvidas do dia a dia. Tem alguma sobre sua casa?
Envie para a gente no [email protected]
Apartamento
decorado
Utilizado nos estandes de vendas
para mostrar a planta em escala
real, o espaço também ajuda a dar
muitas ideias para a nova casa
Por Natália Camoleze
Ilustração Clarissa Monteiro
Fonte Alex Terras Barbalho
(Gerente Regional Rossi Campinas)
P
ara quem compra o apartamento na
planta, o decorado é uma ótima opção,
pois ele traz um espaço elaborado com
a finalidade de mostrar a proposta do projeto,
possibilitando a visualização do tamanho, da
disposição dos cômodos e dando ideias para a
decoração. O intuito é fazer com que o cliente
se imagine morando ali.
QUANDO O DECORADO É NO
ESTANDE – O modelo decorado pode ser
feito junto com o estande de vendas, onde
é construída uma réplica do apartamento
e aplicada a decoração – essa unidade é
demolida no final do projeto.
QUANDO O DECORADO É NO
APARTAMENTO – O decorado
é aplicado em uma unidade
que já está pronta quando há
necessidade comercial.
18
| Revista Rossi
DECORAÇÃO – A incorporadora contrata
uma decoradora que faz todo o desenho
do local e define as especificações. O
projeto é feito seguindo um briefing
(coleta de dados) realizado em reuniões
para poder definir o tipo da decoração,
baseada no público-alvo. Isso depende de
cada empreendimento. Caso este tenha
mais de um tipo de unidade, é estudada
qual a melhor forma de apresentação.
MÓVEIS – Quando o
decorado é desfeito,
geralmente os móveis
apresentados ali são
levados a leilão.
TAMANHO – Segue a
metragem do projeto
final, para que o cliente
possa visualizar como
será o apartamento.
DICAS PARA DECORAR
O APARTAMENTO
COMPRA – Quem
se interessar pelo
apartamento decorado
pode comprá-lo. As
vantagens são, entre
outras, deixar de lado
a preocupação com a
decoração.
DECORADOR – Caso
o cliente deseje uma
decoração como
a apresentada no
decorado, é possível
entrar em contato
com o profissional que
elaborou o projeto e
criar uma própria para o
seu apartamento.
• Estude a planta e as instalações do apartamento e esquematize os lugares onde deseja
encaixar cada móvel;
• Procure um equilíbrio de cores. Avalie qual
cômodo ou parede você prefere pintar com
cores mais escuras ou mesmo se quer deixar
todas as paredes em tons claros. As cores
contribuem para a definição de um ambiente:
aconchegante ou não, calmo, jovem, divertido
ou elegante. E, por isso mesmo, elas devem ser
pensadas cuidadosamente. Uma dica é solicitar amostras de tintas e tecidos, testando sempre no local antes de tomar uma decisão final;
• Opte por comprar, primeiramente, os móveis
maiores, como os da cozinha, camas e sofás.
Depois busque os menores, como mesa de cabeceira, de apoio, entre outros;
• No quarto, vale a regra da proporção. A cama
deve estar de acordo com o tamanho do ambiente, para que haja circulação de cada lado;
• Sempre pesquise. O mundo da decoração é
repleto de opções belas e inovadoras.
www.rossiresidencial.com.br |
19
Produtos
Entre canecas
e xícaras
Para quem gosta de apreciar um bom
café ou chá sem perder o estilo
MEXE
A Caneca Mistura Tudo foi feita para aumentar
a praticidade no dia a dia. É ótima para tomar
suco, café, chocolate quente, entre outras bebidas.
Basta colocar a mistura na caneca, pressionar o
botão MIX por alguns segundos e ela já prepara
a bebida. Dispensa o uso da colher para mexer o
açúcar, por exemplo. ONDE Imaginarium –
www.imaginarium.com.br QUANTO R$ 80,66
FOTO
Para quem é fã de fotografias,
este copo possui o formato de
uma lente. É térmico, ideal para
preservar as bebidas quentes
DESENHO
Caneca com uma coruja colorida, o que dá
um brilho para a hora do café ou chá. Feita
de porcelana, possui tampa de silicone e
é acompanhada de uma caixa cartonada,
ideal para presentear alguém. ONDE Zona
Criativa – www.lojazonacriativa.com.br
QUANTO R$ 34,90
preferidas e, com estilo, pode
ser levado para todos os lugares. De plástico resistente por
fora e aço inoxidável por dentro,
a tampa é ideal para usar como
porta-petiscos. ONDE Pink
Presentes – www.pinkpresentes.
com.br QUANTO R$ 69,90
QUENTINHO
O Aquecedor de Café USB acompanha uma
plataforma que mantém sua bebida
aquecida; basta conectar a
um notebook, carregador
ou bateria. Pode ser usado
em reuniões e viagens. ONDE
Loopday – www.loopday.com.br
QUANTO R$ 49,90
20
| Revista Rossi
TRANSPARÊNCIA
Com capacidade para 110 ml, esta xícara de café é de vidro transparente. A ideia do material é apreciar aquela linda crema do espresso ou
valorizar o leite aerado do cappuccino. Da Tramontina, o conjunto inclui
duas xícaras, feitas com parede dupla, o que permite que o lado de fora
não esquente. ONDE Pepper – www.pepper.com.br QUANTO R$ 84
ELEGANTE
Para quem prefere montar uma mesa
JOGO PARA CHÁ
Com o nome de Wonderland, o jogo é feito
clássica, fugindo dos objetos engraçados,
de porcelana esmaltada, esbanjando charme
esta peça é ideal. São quatro xícaras nas
e dando um toque delicado para a mesa do
cores azul e branco; o pires segue
lanche da tarde ou café da manhã. É composto
um modelo mais arredonda-
de um bule e seis xícaras para chá com pires.
do e largo. ONDE Presentes
Acompanha suporte com acabamento cromado.
Mickey – www.mickey.com.br
ONDE Tok & Stok – www.tokstok.com.br
QUANTO R$ 384
Fotos Divulgação
MENSAGEM
QUANTO R$ 219,90
Quer deixar uma mensagem para alguém? Esta caneca
MUSTACHE
branca vem com um kit de letras reposicionáveis que
Uma torre formada por qua-
parecem ter sido tiradas de revistas e jornais. Cada letra foi
tro canecas de 200 ml cada, com
feita de um polímero durável que se fixa na caneca e pode
o desenho de bigodinhos para deixar a mesa do café da manhã
ser facilmente removida. ONDE O Segredo do Vitório –
divertida. A peça é de cerâmica e o suporte, de metal cromado.
www.osegredodovitorio.com.br QUANTO R$ 95
ONDE Casa Geek – www.casageek.com.br QUANTO R$ 69,90
www.rossiresidencial.com.br |
21
Comportamento
Brincadeira
de gente grande
Com a popularidade ascendente, o
skate tem atraído diversos públicos
Por Ana Paula Kuntz
Fotos Fernando Genaro e Alexia Santi/Agência Ophelia
Roger anda de skate com
os amigos do trabalho
22
| Revista Rossi
Marcio Tanabe, proprietário e professor
de uma pista coberta em São Paulo
O
engenheiro Roger está entrando para a casa dos 30 anos
de idade com os dois pés em cima do skate. Há duas décadas, ele foi skatista por influência do pai, mas aos 17 anos
deixou a atividade para dedicar-se a estudos e trabalho. “Estava
muito ocupado e sem tempo. De vez em quando, dava uma volta
aos domingos.”
A história do skate no Brasil tem altos e baixos. A primeira vez
em que a prancha com rodinhas começou a se popularizar entre
os brasileiros, especialmente os praticantes de surfe que viajavam
aos Estados Unidos e traziam de lá a influência dessa atividade, na
época chamada de “surfinho”, foi na década de 1960. Apenas nos
anos 1970 é que o País vivenciou o boom do skate, organizando
os primeiros campeonatos, abrindo o mercado para diversas empresas especializadas em artigos do setor e pondo em circulação
revistas segmentadas que ajudavam a divulgar a cultura skatista.
Em 1976, inclusive, foi construída a primeira pista do Brasil e da
América Latina em Nova Iguaçu (RJ).
Mas a onda passou, e no início da década de 1980 a modalidade despencou em popularidade. Após uma breve recuperação,
a crise econômica da década de 1990 novamente levou o skate
ladeira abaixo. “O skate não sumiu do Brasil graças aos apaixonados, pessoas que, mesmo enquanto a atividade não era lucrativa,
se dedicaram a manter viva a cultura skatista”, afirma Marcio Ta-
nabe, 51 anos, formado em marketing e empresário do ramo de
skate há 33 anos. “Já tive uma indústria de tênis, depois fui para
o mercado editorial e de mídias que valorizavam o skate, abrindo
espaço para a transmissão de campeonatos e colaborando com a
profissionalização deste esporte.” Há quase cinco anos, ele administra o Skate City, uma pista de skate coberta, em São Paulo, que
oferece aulas e locação.
DICAS DE PROFISSIONAL
• O instrutor Marcio Tanabe ressalta que adultos devem
buscar a orientação de um professor para aprender a
dominar o skate. As aulas são importantes para eliminar, em
grande parte, o risco de lesões.
• Também é indispensável o equipamento de proteção,
composto de capacete, joelheiras e cotoveleiras, e,
eventualmente, luvas.
• É importante usar a sabedoria e a parcimônia adquiridas
com a maturidade para respeitar os limites do corpo e se
permitir progredir em seu próprio ritmo. Não adianta querer
recuperar o tempo perdido na juventude; é preciso se
entregar à diversão com segurança.
www.rossiresidencial.com.br |
23
Comportamento
Álvaro pegou carona no esporte
da filha Natália, de 5 anos
Mesmo acreditando que o skate sempre recuperaria a notoriedade, Marcio foi surpreendido pelo perfil dos praticantes. Esperava-se uma reciclagem de público, com gente nova chegando
às pistas. E, por “nova”, entenda-se iniciante, e também jovem.
“Não imaginávamos que aqueles que haviam deixado o skate de
lado na adolescência voltariam depois de adultos. Ele observa
que essa turma de veteranos é composta, em sua maioria, de profissionais bem-sucedidos, com estabilidade financeira, que agora
vivem buscando desfrutar mais os prazeres da vida. Até porque,
vale dizer, essa não é uma diversão tão barata. Longe de ser elitizada, mas um skate bacana mais um par de tênis apropriados
e equipamento de segurança completo (joelheiras, cotoveleiras
24
| Revista Rossi
e capacete) exigem um investimento inicial superior a R$ 1 mil.
“Para muitos, é uma oportunidade de resgatar um sonho de criança”, que é exatamente o caso de Roger, que frequenta o Skate City
semanalmente com outros dez amigos do trabalho que também
entraram no embalo.
Dessa turma, metade é de novatos nas pistas, representando
a parcela de adultos que, mesmo sem nenhuma experiência durante a juventude, estão se permitindo momentos do mais saudável tipo de molecagem. Cada vez mais desvinculada da imagem
da vagabundagem, a atividade tem atraído pessoas de diferentes
“tribos”, de executivos a pais de família, com carreira e responsabilidades a zelar.
Pegando carona no interesse da filha Natália, de 5 anos, que
pediu para aprender a andar de skate após conhecer alguns esportistas no parque, o funcionário público Álvaro Junqueira, de
40 anos, começou a fazer aulas há menos de seis meses. “Levando
minha filha para praticar no Parque da Juventude (em São Paulo),
conversei com skatistas mais escolados que me deram a dica de
procurar aulas particulares. Foi então que encontrei outros pais na
mesma situação: à toa, por cerca de duas horas, enquanto esperavam que as crianças terminassem o treino”, conta. “Então surgiu
a ideia de montar uma turma de adultos. Pra mim, foi uma ótima
‘desculpa’ para fazer algo que sempre tive vontade.”
Aos iniciantes mais maduros, ele dá dois alertas fundamentais. O primeiro é não dispensar o equipamento de segurança.
“Precisamos ter consciência de que o preparo físico está mais
debilitado”, diz. O outro é preparar-se para uma verdadeira malhação. “Em duas horas de aula, fico supercansado. Não achei que
seria tão puxado, mas a atividade é bastante intensa e me fez
notar partes do corpo como o dedo médio do pé, que ficou bem
dolorido nas primeiras vezes”, ri.
E para quem acha que não há espaço para mulheres nesse esporte, prova o contrário a médica Ana Sayuri, de 40 anos. Democrático a todos os gêneros e idades, o skate conquistou o interesse
da cirurgiã plástica durante uma resolução de Ano-Novo. “Resolvi
que precisava fazer algo diferente em 2014, para sair da rotina de
trabalho e estudo. Já praticava corrida, mas queria algo mais emocionante e que não demandasse companhia”, diz. Quase tão prático quanto correr, o skate lhe pareceu perfeito. “Dá para andar em
qualquer lugar. O problema era que eu, pela idade e inexperiência,
tinha vergonha, medo de passar ridículo.” A solução foi contratar
Marcio para aulas particulares, e, em cerca de dois meses, Ana
já estava confiante para deslizar em áreas públicas de São Paulo.
“Agora estou no controle. E o sentimento mudou, tenho orgulho de
estar inserida no meio skatista.”
Ana Sayuri superou o
medo e a vergonha com a
ajuda de aulas particulares
PERFIL DO SKATISTA BRASILEIRO
Uma pesquisa encomendada pela CBSk (Confederação
Brasileira de Skate), realizada pelo Instituto Datafolha em
2010, apontou que há quase 4 milhões de skatistas no
Brasil (incluindo, provavelmente, os praticantes de long
board). O número é 20% maior que o identificado em 2006.
A idade média do skatista brasileiro é 16 anos, com
faixas etárias distribuídas da seguinte forma:
• 25% entre 3 e 10 anos de idade
• 30% entre 11 e 15 anos
• 31% entre 16 e 20 anos
• 7% entre 21 e 25 anos
• 7% tem mais de 26 anos
www.rossiresidencial.com.br |
25
Sustentabilidade
Água do mar para beber. Será?
Tratá-la é custoso e consome mais energia, mas pode ser uma alternativa à falta de água doce
Por Elaine Carvalho
Q
uem já foi à ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco,
já bebeu água potável vinda do mar. Por enquanto, é lá que
existe o único sistema de abastecimento público brasileiro
de água oceânica. Com a crise hídrica, alguns estados já estudam essa
possibilidade, como Rio de Janeiro e Espírito Santo. São Paulo chegou
a cogitá-la, mas, por estar muito distante do mar, o custo operacional
dobraria. Para abastecer comunidades litorâneas, porém, a dessalinização é economicamente viável, embora a captação e o tratamento
sejam mais caros que o processo tradicional, feito em água doce.
“Este é um caminho irreversível”, diz
o pesquisador Kepler Borges França, coordenador do Laboratório
de Referência em Dessalinização (Labdes) da Universidade
Federal de Campina Grande, na
Paraíba. Trata-se, segundo ele,
de um dos métodos existentes
mais rápidos para tornar a água
potável, uma maneira de garantir o
26
| Revista Rossi
recurso quando não houver chuva. Para uma usina funcionar, é preciso um ano para sua implantação, fora o período de licenciamento
ambiental. “Em situações de crise, é preciso usar as soluções que se
tem em mãos”, acredita França.
A dessalinização existe há quase cem anos. Inicialmente era utilizada por marinheiros e por países extremamente carentes de água
doce. O Oriente Médio recorre a ela desde 1960. À medida que os
custos de produção caíram, nas três últimas décadas, o uso se intensificou no planeta. Hoje são mais de 150 países que se valem desse recurso, entre eles Arábia Saudita, Estados Unidos, Israel, Japão,
China, Chile, Espanha e Kuwait. No Brasil, há entre 3 mil e 3,5 mil
sistemas de tratamento do tipo. O foco até agora estava nas águas salobras, especialmente as de mananciais subterrâneos do semiárido
nordestino, região de seca histórica. Com menor quantidade de sal,
essas fontes são menos complexas para tratar. Segundo França, a
produção não chega a gastar US$ 1 por metro cúbico, enquanto na
água do mar o valor é de US$ 1,50 e US$ 2,50 pelo mesmo volume.
FILTRAGEM DA ÁGUA
Até 1960, a técnica mais comum era a destilação, que ferve a água
Fotos Shutterstock.com
Na página ao lado, a Baía dos Porcos,
em Fernando de Noronha. Aqui, usina de
dessalinização em Lanzarote, na Espanha
para separá-la do sal, “Ainda é utilizada em países como Arábia Saudita, onde o custo de energia (petróleo) é muito baixo”, observa o especialista em saneamento Renato Ramos, diretor do Negócio de Águas
da Dow Química. De acordo com ele, mesmo lá existe uma tendência
a mudar para o método de osmose reversa. “É mais conveniente para
eles vender o petróleo do que queimá-lo”, ressalta.
A técnica de osmose reversa foi o que tornou a dessalinização
mundialmente mais atrativa, por consumir menos energia que a
destilação. Ela consiste em criar um fluxo de pressão para empurrar
a água contra uma membrana semipermeável que atua como filtro,
que retém o sal e todas as impurezas de um lado do reservatório.
Alternativas vêm sendo estudadas para reduzir a energia, que
ainda pesa num projeto como esse. “Hoje, existem membranas desenvolvidas com alta tecnologia, como as da Dow, que conseguem
diminuir esse consumo”, ressalta Ramos. Para efeito de comparação, ele explica que o gasto energético para produzir mil litros de
água potável é o mesmo de um chuveiro elétrico em trinta minutos.
Além disso, dá para fazer um reúso bem significativo. De acordo
com França, do Labdes, até 70% da energia podem ser reaproveitados no próprio processo produtivo.
Como alternativa para baratear esse e outros custos, o pesquisador sugere o desligamento parcial das máquinas no período de
chuvas, tal como vem experimentando a Califórnia. “Seriam mantidas uma operação e uma manutenção mínimas”.
CUIDADOS AMBIENTAIS
Os impactos ao meio ambiente são um dos principais temores da
ETAPAS DO TRATAMENTO
1. Tubulações sugam a água diretamente do mar. Elas
têm uma peneira para impedir a captura de peixes e microalgas.
2. No reservatório, a água passa por uma pré-filtragem
para a retirada dos resíduos maiores. Depois, ela passa
por uma membrana.
3. A água filtrada segue para a rede de distribuição.
4. No exterior, antes de ser distribuída, a água passa por
um leito de pedras ricas em minerais como cálcio e magnésio, reincorporando esses sais que, por ser maiores
que os demais, podem ser barrados na filtragem.
dessalinização. Ramos argumenta que os estudos ambientais são
criteriosos e avaliam, por exemplo, as correntes e a vida marinha,
assim como as tábuas de maré, para definir detalhes como distância e profundidade da captação da água. Também são definidos os
locais aonde o sal retido na filtragem deve ser devolvido no oceano,
para garantir que ele se disperse rapidamente a ponto de, em poucos metros, a concentração salina ser a mesma do mar.
Em caso de despejo no solo, decorrente da dessalinização de
água salobra, valem os mesmos cuidados de local e concentração
salina. No Nordeste brasileiro, a salmoura é reaproveitada em sistemas de cultivo hidropônicos e na criação de peixes. “Desde que
em quantidades adequadas, o sal dissolvido é um bom caminho
para reaproveitar o rejeito”, afirma França.
www.rossiresidencial.com.br |
27
Consumo Consciente
A água e a sua participação
A
recente crise hídrica enfrentada pelo Estado de São Paulo
chamou a atenção dos cidadãos nos últimos meses. Principalmente pelo fato de o Brasil ser um país abundante em
recursos hídricos. Ao compararmos as reservas hídricas do Brasil
com as de outros países, é fácil notarmos a posição privilegiada
que o País ocupa. Tal posição se reflete inclusive no fato de a nossa
matriz energética ser fortemente apoiada na geração de eletricidade a partir das usinas hidrelétricas. No entanto, as notícias sobre o enfrentamento da crise da água evidenciaram um cenário
alarmante, que até então vem sendo pouco ou insuficientemente
divulgado: a insegurança hídrica do País.
Em razão da escassez de água superficial e das medidas de racionamento requeridas aos cidadãos pelo governo de São Paulo, houve
um expressivo aumento do uso desordenado das reservas subterrâneas no estado. O uso irracional das reservas subterrâneas impacta
diretamente na renovação dos fluxos superficiais, podendo ocasionar novos problemas em longo prazo. A extração de água do subsolo,
a depender da vazão, requer a emissão de uma autorização pelo órgão ambiental estadual – a outorga. Esse fato reforça a necessidade
de olharmos mais atentamente para a forma como o uso superficial
e subterrâneo da água tem sido realizado.
Seria apenas o dito “consumo consciente da água” pelos cidadãos suficiente para evitar situações tal qual a crise hídrica vivenciada por São Paulo? O consumo mais intensivo de água no Brasil
e no mundo está associado à produção agrícola. Será que temos
acesso suficiente a informações sobre o uso agrícola da água? Será
que esse uso tem sido realizado de forma consciente?
Em decorrência de grande parcela da população brasileira viver nos centros urbanos, nós acabamos nos distanciando do debate
sobre o uso da água para a produção agrícola. Focamos o consumo
para o abastecimento público. Embora seja desejável que os cidadãos pensem em usar a água de forma consciente no seu dia a dia
com “banhos rápidos” e “implantação de reúso da água nos domicílios”, tais medidas não são capazes de, sozinhas, promover efetivas
mudanças no cenário nacional atual de insegurança hídrica.
Precisamos nos conscientizar dos mecanismos de diálogo para
a discussão sobre as questões hídricas. No Brasil, foi instituída desde o ano de 1997 a figura do Comitê de Bacia Hidrográfica. No
entanto, poucos cidadãos têm conhecimento sobre esse mecanismo
e suas potencialidades. A ausência de informações e transparência
nos processos decisórios sobre a gestão da água é o principal obstáculo às mudanças de cenário como a crise de São Paulo, que esteve
mais fortemente associada à má administração do uso da água do
que à ausência de chuvas.
Os cidadãos precisam participar desses colegiados, informar-se sobre quem são os principais usuários da água na sua cidade
e estado, e como o pagamento pelo seu uso vem sendo realizado.
É de competência dos Comitês de Bacia Hidrográfica deliberar
sobre a cobrança pela água nas bacias hidrográficas brasileiras,
e, em muitas regiões do País, a cobrança – instrumento previsto
pela Lei Federal que trata do recurso – ainda não foi instituída.
Precisamos nos posicionar melhor no debate sobre a água e cobrar do Poder Público transparência na gestão desse recurso tão
importante.
Bianca Medeiros é mestre em Planejamento e Gestão Ambiental pela UFRJ e assistente de pesquisa do Centro de Direito
e Meio Ambiente da FGV Rio.
28
| Revista Rossi
Ilustração Eduardo Nunes Foto Divulgação
Por Bianca Medeiros*
Desenvolvimento Urbano
A
As minipraças instaladas no espaço de
duas vagas para carros chegam ao Brasil
Por Elaine Carvalho
cidade de São Paulo ganhou cinquenta parklets – minipraças que ocupam o lugar de duas vagas na rua – esse número deve chegar a cem até o fim de 2015. Cada parklet é
de um jeito. Ele pode conter bancos, bebedouro, plantas, estacionamento de bicicleta, aparelhos de ginástica etc. Um ano e meio após
a instalação do primeiro, perto da Avenida Paulista, em São Paulo,
a ocupação desses locais pelas comunidades já revelou muito sobre
o comportamento das pessoas e a relação entre espaço público e
qualidade de vida.
A primeira coisa é que sim, todos gostam de ter em seu percurso
um lugar para sentar, descansar, ler um livro ou fazer qualquer coisa.
A segunda é que os parklets mudam a percepção das pessoas sobre
a cidade. Logo que alguns deles foram instalados, o Instituto Mobilidade Viva fez a seguinte pergunta aos usuários: “De quem é o espaço
público?”. E ouviu da maioria: “De ninguém”. Voltou meses depois e
refez a pergunta, quando então 80% deles disseram: “É do cidadão”.
Lincoln Paiva, diretor do Instituto, foi quem trouxe o conceito
para o Brasil, inspirado no sucesso alcançado pelos equipamentos em vários
países. O primeiro parklet da cidade foi na Rua Padre João Manuel,
esquina com a Avenida Paulista, bem aceito instantaneamente. “Era uma intervenção urbana
de dois dias, feita para a Bienal
de Arquitetura de 2013. Quando
fomos desmontar, as pessoas não
30
| Revista Rossi
queriam deixar, fizeram um abaixo-assinado com mil nomes pedindo a permanência”, conta Paiva. A remontagem ocorreria em abril
de 2014, com a publicação do decreto municipal que regulamenta
a utilização desse lugar no município.
SE O POVO OCUPA...
“Estar na cidade é um movimento político. O uso que se faz desses
espaços diz tudo sobre o que os outros querem”, acredita Paiva,
que sonha em ver o tema ser tão debatido quanto o transporte.
Oferecer novas experiências de ocupação leva cada um a pensar
sobre a cidade que deseja. Esta é, para ele, a maior contribuição
dada pelo projeto.
São Paulo foi uma das primeiras cidades do mundo a regulamentar a criação desse tipo de local, sob as seguintes regras:
qualquer pessoa física ou jurídica pode patrociná-lo, entrando com
pedido na prefeitura, no qual assume a responsabilidade pela concepção do projeto, pelo investimento de mobiliário e pela manutenção. Também é preciso se comprometer a não comercializar nada
ali, respeitando a finalidade pública.
Se a comunidade gostar, a marca do patrocinador estará associada a algo positivo para o espaço. Além disso, atrair mais gente
para a rua alavanca o comércio local. Em Chicago o movimento
dos estabelecimentos cresceu 34% e em Nova York, 14%, segundo
pesquisas americanas.
No site Gestão Urbana (www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br),
da prefeitura de São Paulo, um manual ensina como montar uma
minipraça.
Fotos Instituto Mobilidade Viva – Divulgação
Você conhece
os parklets?
Respeito ao
meio ambiente
As portas Vert são fabricadas
com madeira proveniente de
florestas próprias e certificadas.
Morar Bem | Arquitetura
Divisórias
cheias de estilo
Em tempos em que a integração é palavra de ordem
na decoração, divisórias são um jeito inteligente de
setorizar os ambientes sem fechá-los
Por Leonardo Valle Fotos Leandro Andrade
32
| Revista Rossi
N
o mundo da arquitetura, integrar é preciso. Isso porque a
tática de derrubar paredes e interligar os espaços garante
mais amplitude para o apartamento e ainda potencializa a
iluminação. Delimitar cada cantinho em ambientes integrados, contudo, exige certa dose de inteligência e ousadia. Pois é exatamente
aí que entram em cena as divisórias – forma prática e cheia de estilo
de setorizar cada cômodo sem fechá-lo completamente.
A chegada da Casa Cor 2015 indicou que as divisórias são tendência para os próximos anos, fazendo-se presentes em diversos
projetos que compuseram a maior mostra de decoração do País.
Nela, arquitetos e designers de interiores abusaram de materiais
inusitados ou fizeram das divisórias verdadeiras obras de arte.
Separamos quatro projetos belos e funcionais que se destacaram
para você se inspirar. Confira!
PAPEL POP
Glamour e sustentabilidade foram as marcas registradas no ambiente Casa 11 criado pela designer de interiores Esther Giobbi.
Ao lado de móveis e tecidos da renomada marca norte-americana
Holly Hunt, Esther trouxe peças da Índia, piso e teto de pinus ecológico e – como grande estrela do ambiente – uma inusitada divisória de papel. “Ela pode ser recolhida como um rolo. O benefício
é que divide mas deixa entrever o ambiente. A ideia era exatamente esta: ambientes que se comunicam”, defende a autora.
Para ajudar a delimitar os espaços integrados, Esther ainda
apostou em um papel de parede com ar exótico na área do dormitório e pintura em tom de azul na região da sala. “O papel de
parede combinou com o armário chinês e os detalhes indianos. Já a
parede azul da sala, aliada ao chão e teto de madeira clara, deu um
ar mais tropical”, descreve.
www.rossiresidencial.com.br |
33
Morar Bem | Arquitetura
DIVERSIDADE DE OPÇÕES
COBOGÓ: elemento
vazado geralmente
feito de cimento que
propicia ventilação e
iluminação natural ao
cômodo. Apresenta
formas geométricas ou
esculturas, servindo
também como elemento
decorativo.
ESTANTE: é
simultaneamente
funcional e decorativa.
Por ser vazada, garante
privacidade sem que o
cômodo saia perdendo
em iluminação. Pode
abrigar livros e peças
decorativas, que dão
cor e embelezam o
ambiente.
RACK GIRATÓRIO: feito
para receber a televisão,
ele permite que o
aparelho seja utilizado
tanto no living quanto no
dormitório. Além disso,
garante a delimitação
dos ambientes por
tabela.
PAINEL DE
MARCENARIA: pode
ser liso ou vazado.
Sua vantagem é
poder receber outros
elementos, como
quadros e televisão.
34
| Revista Rossi
ARMÁRIO
MASCULINO
Autor do Loft Cosmopolita, o designer de interiores
Fernando Piva investiu em uma decoração atemporal e predominantemente masculina, com destaque
para tons sóbrios – como bege, marrom e greige (cinza com tons
de marrom) – e influências de alfaiataria. “O ambiente evidencia
a relação entre viagens e decoração, mostrando o resgate do convívio familiar nos lares brasileiros, e leva para dentro de casa as
experiências adquiridas ao redor do globo sem perder a identidade
nacional”, define o autor.
O diferencial ficou por conta do armário, que separa sutilmente dormitório e banheiro. “O armário de portas de correr possui iluminação interna, acionada quando uma delas é aberta. As portas são
de espelho acidato bronze aerografado”, explica. “A ideia de utilizá-lo
como divisória foi ganhar espaço e criar um 'bloco' robusto e elegante.
Suas vantagens são justamente: economia de espaço e leveza do conjunto”, completa. Na decoração do quarto, os papéis de parede imitam
padrão de linho – tradicional tecido de alfaiataria.
www.rossiresidencial.com.br |
35
Morar Bem | Arquitetura
36
| Revista Rossi
VIDRO PARA REVELAR
Brunete Fraccaroli optou por uma forma diferenciada de divisória
no espaço da Suíte Master do seu ambiente “Acqua que Te Quero
Água”. O dormitório foi separado do banheiro por paredes de
vidro e persianas retráteis. O artifício deixou o ambiente ainda
mais versátil. “A utilização do vidro como divisória deixou o quarto
e o banheiro mais aconchegantes, e a banheira à mostra se tornou
decorativa para o quarto. O vidro trouxe sofisticação e leveza na
medida certa, e, por esse motivo, vem substituindo cada vez mais
as portas e paredes”, defende.
Quanto ao revestimento, o banheiro recebeu pastilhas em tonalidade esverdeada. Já as paredes do dormitório foram revestidas
de madeira carvalho malva. E por falar em vidro, na parede da
cabeceira da cama foi instalada uma imponente imagem de um
leão impressa no material.
www.rossiresidencial.com.br |
37
Crédito ascqcqvqvq
Morar Bem | Arquitetura
38
| Revista Rossi
OBRA DE ARTE
No ambiente “Brasil de Pau a Pique” Roberto Migotto aliou tons
terrosos a peças de design brasileiro. No centro foi aplicada uma
divisória que separa living e cozinha. Ela foi desenhada pelo
próprio arquiteto e executada em laca acetinada.
O conceito de brasilidade foi ainda reforçado por execuções
em pau-a-pique aplicadas no hall de entrada, em paredes de destaque da cozinha, além de todo o jardim de inverno, que abriga a
imponente goiabeira.
Crédito ascqcqvqvq
ONDE ENCONTRAR
Brunete Fraccaroli – www.brunetefraccaroli.com.br
Esther Giobbi Home Page – www.esthergiobbi.com.br
Fernando Piva – www.fernandopiva.com.br
Roberto Migotto – www.robertomigotto.com.br
www.rossiresidencial.com.br |
39
Meu Projeto
Lavanderia
Inteligente
3,81 m
1,61 m
Totalmente integrada à cozinha, esta lavanderia foi pensada de forma prática. Assim, projetamos a lava e seca com abertura
frontal e em uma altura mais elevada, para que ela pudesse ser acessada com facilidade. Tal solução evita que o morador precise se abaixar. Utilizamos uma mesma bancada de granito para a cozinha e a área de serviço, onde apoiamos a máquina e o
tanque. Abaixo dela foram criados dois gavetões. Também aproveitamos o máximo do espaço para instalar armários de apoio. A
reforma visou trocar o acabamento geral – que era muito simples – por material mais chamativo, pois o
ambiente pode ser visto da sala. Como a área para o tanque era pequena, adotamos o modelo
de cuba multiuso da Deca, que atende muito a lavanderias com pouca profundidade. Atrás
do tanque revestimos o shaft com pastilha, já que é um local que molha com facilidade.
Já na parede do lado oposto, para o lugar ficar mais charmoso, colocamos papel de
parede com um pouco de grafismo. A marcenaria foi realizada em MDF branco,
para deixar o ambiente mais leve.
Carolina Ouro é arquiteta em São Paulo (SP)
40
| Revista Rossi
Texto Leonardo Valle Fotos Mariana Orsi – Divulgação
A instalação do tanque e da lava e seca foi
pensada para melhorar a funcionalidade do
ambiente e facilitar seu uso pelos moradores
Você já sai
de casa com
Vontade
de Voltar.
design feito para viver
sp | rJ | Mg | es | df | Ba
Revenda: (37) 3244-0371
liderinteriores.com.br
Morar Bem | Decoração
Aconchego
e minimalismo
Inspire-se em cinco projetos
apresentados na Casa Cor 2015 para
criar ambientes novos na sua casa
Por Leonardo Valle Fotos Leandro Andrade
42
| Revista Rossi
www.rossiresidencial.com.br |
43
Morar Bem | Decoração
A
Casa Cor deste ano chegou explorando a brasilidade com o tema “O
Brasil Visto por Dentro”. E o que
mais pôde ser visto na mostra foram projetos criativos que revisitaram os conceitos
de minimalismo e de aconchego. Do lado
minimalista, muitos ambientes exploraram tonalidades monocromáticas e poucos
acessórios. Já no quesito aconchego, o uso
de revestimentos como madeira e papel de
parede deixou os projetos muito mais confortáveis e convidativos. Escolhemos cinco
opções para você se inspirar e inovar.
MENOS É MAIS
Com 225 metros quadrados, a Casa P&B
de Léo Shehtman foi inspirada na frase do
grande arquiteto Mies van der Rohe “Less
is more” (menos é mais). Clean e sofisticada, a cozinha seguiu o mesmo conceito
minimalista. “Ela pode ser considerada
minimalista por ser uma cozinha linear
monocromática branca, sendo a bancada e
a mesa um único bloco branco com estrutura metálica externa”, descreveu o arquiteto e designer.
Os revestimentos também deram um
show à parte, com destaque para o piso de
porcelanato “Avant Garde”, que se assemelha ao tradicional cimento queimado. “Ele
tem a textura e o visual do concreto, porém, é mais resistente e de fácil aplicação.
O formato retangular (1,20 cm x 60 cm)
é contemporâneo e proporciona
maior rendimento na instalação”, completa.
A cozinha de Léo
Shehtman possui ainda um painel de madeira, que serve de
pano de fundo e
aquece o ambiente
junto com o jardim
de inverno. Por fim, a
parede em cobogó, um
elemento de ventilação e
iluminação naturais.
44
| Revista Rossi
Atrás da cama o arquiteto optou
por criar um pequeno escritório
TOQUE DE CINZA
Destaque na Casa Cor 2015, a Suíte Master idealizada por Toninho Noronha teve
um leve toque minimalista. "Podemos dizer que um elemento minimalista é a ausência de paredes divisórias. Outro seria
um piso único unindo todos os ambientes.
Mas quando projeto não penso em um estilo. Digo que meus projetos são contemporâneos por representarem o atual e, se
há elementos de outros estilos, estes são
sempre revisitados", explica o arquiteto.
O aconchego também foi outra presen-
ça marcante, conquistado pela iluminação
indireta, por tecidos e revestimentos. “Neste caso temos fitas de led, revestimento de
parede com papel e couro, além do tapete
debaixo da cama e as cortinas", completa.
Por fim, destaque ainda para a cartela
de cores usada por Toninho, que explorou
tons de cinza. Foram utilizados do cinza-claro ao grafite, incluindo o marrom acinzentado e a inesperada combinação com o
dourado, o bronze e o azul. “Gosto do cinza
porque ele é suave e não é tão contrastante como o preto e o branco. Ele também é
neutro e serve como base para qualquer
proposta de projeto. Inclusive, acho que a
base cinza tem mais identidade que uma
base bege”, opina Toninho.
www.rossiresidencial.com.br |
45
Morar Bem | Decoração
VIDA SIMPLES
Responsável por “A Casa da Gente”, Marina Linhares optou pela simplicidade para
compor uma receptiva casinha com 70
metros quadrados de área construída. Para
ela, boa parte do aconchego conquistado
no projeto deve-se ao uso de madeira
como revestimento. “O principal diferencial deste projeto é a escolha dos revestimentos, porque a madeira traz aconchego”,
diz ela, que escolheu seixos para o piso e
madeira pinus reciclada para os lambris e
para a marcenaria.
“Além disso, tem o fato de a casa ser integrada, e possuir um fogão a lenha e um
gazebo que traz a natureza para dentro do
espaço”, completa Marina.
Outro diferencial deste projeto
foi o uso de móveis com linhas arredondadas, o que
reforçou a sensação de
sofisticação e conforto.
“Criei um ambiente
social dedicado aos
prazeres do convívio,
às longas conversas,
aos momentos junto
aos amigos e à família”,
afirma a decoradora.
ARQUITETURA LIMPA
O espaço da Deca na Casa Cor deste ano foi assinado por Gui
na lavanderia. “O espaço Pet tem uma cuba e torneira com filtro
Mattos. “Nossa intenção neste projeto não foi reproduzir uma
servindo de bebedouro. Um toque de humor, que sempre está
casa com todo o mobiliário, arranjos e produções que normal-
presente em nossos projetos”, ressalta Gui Mattos.
mente encontramos nas residências.
Mas, sim, criar um campo mais limpo,
para que o visitante pudesse interpretar
entre o real e o imaginário”, resume o profissional.
Para a lavanderia, foi escolhida a cor
preta com o intuito de resgatar a ardósia,
uma pedra brasileira. Além disso, Gui Mattos pretendia criar contraste interessante
com a linha de louças e metais escolhida.
Os destaques ficaram por conta do acabamento cinza-fosco nas louças presentes
46
| Revista Rossi
www.rossiresidencial.com.br |
47
Morar Bem | Decoração
48
| Revista Rossi
QUANTIDADE EXATA
A arquiteta Patricia Martinez batizou seu
ambiente de 70 metros quadrados de “Lagom”, que em sueco significa “quantidade
exata”. “O minimalismo no ambiente pôde
ser visto na proposta dos elementos essenciais para o espaço. Para isso, escolhemos
esses recursos, no caso os móveis e objetos,
de forma criteriosa e sem excessos”, explica.
Segundo Patricia, a escolha de materiais e revestimentos influenciou para
que o resultado fosse aconchegante. O
mesmo valeu para o mobiliário, com apelo
sensorial. Por fim, com um olhar apurado
para as formas, Patricia Martinez utilizou
elementos arredondados para quebrar a
rigidez do espaço e tapete com grafismos
bastante acentuados.
ONDE ENCONTRAR
Gui Mattos Arquitetura
www.guimattos.com.br
Leo Shehtman
www.leoshehtman.com.br
Marina Linhares Interiores
www.marinalinhares.com.br
Patricia Martinez
www.patriciamartinez.com.br
Toninho Noronha
www.toninhonoronha.com.br
www.rossiresidencial.com.br |
49
Fora do Expediente
Administrador na cozinha
Inspirado pela família, Giuliano sempre gostou de cozinhar e hoje prepara,
com prazer, diferentes pratos para a esposa, as filhas e os amigos
Facas selecionadas
M
eu gosto pela cozinha surgiu na adolescência. Meu pai veio de família italiana e também adora
cozinhar. Logo, cresci em meio a esse interesse pela culinária, pelas técnicas e pelos sabores. Não
lembro qual foi meu primeiro prato, mas com certeza algo que deve ter ficado horrível; minha mãe
me repreendeu por estragar a comida, afinal, essa é uma arte que requer certa experiência. Adoro cozinhar
para as pessoas e proporcionar momentos felizes. Sempre promovi encontros e já cheguei a participar de
grupos de culinária. Quando morava em Chicago, eu me reunia com amigos para preparar um jantar coletivo, foi uma experiência ótima. Já fiz alguns cursos em escolas, mas o que me ajuda é a internet. Vejo diversos
vídeos no YouTube. Nas horas vagas assisto aos programas culinários; com eles sempre aprendo algo diferente. Possuo também uma coleção de livros, que juntei ao longo dos anos. Gosto de investir em vários utensílios
e temperos, desde um superprocessador até especiarias para determinados pratos. Tenho um fogão semiprofissional que é meu xodó; ele garante ótimos resultados. Acredito que qualquer prato merece respeito pela
sua história e que deve ser feito com carinho e qualidade. Vou para a cozinha com a mesma satisfação para
preparar uma sopa básica ou algo mais elaborado, como um carpaccio de polvo ou uma paella.
Giuliano Vitor Taneze, 36, é administrador de empresas e adora cozinhar para os amigos.
50
| Revista Rossi
Fatiador de frios
Preparando os
alimentos
Texto Natália Camoleze Fotos Lucas Albin/Agência Ophelia
Batedeira profissional
Entrevista
Agulha, lã e
mobiliário
Regina Misk procura poltronas,
cadeiras, sofás e os deixa com um
ar moderno usando o tricô
Por Natália Camoleze
Poltrona anos 60 de
madeira de lei com
estofado tricotado a mão
52
| Revista Rossi
S
abe aquela poltrona antiga com a
qual a gente não imagina o que pode
ser feito? Regina Misk, 52 anos, tem
diferentes ideias para modificá-la e traz
ao mercado diversas peças lindas e criativas. Nascida em Minas Gerais, Regina é
estilista e designer, já desenvolveu peças
de vestuário para todo o Brasil e exportou
algumas coleções para outros países. Atualmente, busca poltronas, cadeiras e sofás
em antiquários e até na internet com o intuito de restaurá-los. O processo começou
pela procura de uma peça com um belo
design, até o desenvolvimento do tricô.
Através das cores, proporções, volumes,
texturas e tato, a designer cria um diálogo entre a energia das ideias e as técnicas
milenares do tricô e crochê para dar um
toque especial ao seu trabalho.
Revista Rossi: Como você começou a se
interessar pelo tricô?
Poltrona anos 60 de madeira de
lei. O estofado tricotado a mão foi
realizado em aproximadamente
quarenta horas de trabalho
Regina Misk: O interesse pela arte começou
na minha adolescência, entre meus 13 e 14
anos, por influência da minha mãe e suas
amigas, que gostavam de tricotar. Aprendi
com minha mãe toda a base de um bom tricô.
Revista Rossi: Quando o tricô passou a
ser seu trabalho?
Regina Misk: Na época eu estava com 16
anos e minha mãe tinha algumas amigas
que vieram de Portugal morar aqui. Elas
nos pediram ajuda para terminar uma encomenda para uma butique. A ideia era
entregar blusas feitas a mão e eu entrei no
projeto. A partir daí me envolvi nessa área
e continuei criando e vendendo peças para
essa butique e em outros lugares.
Revista Rossi: Você se lembra da primeira peça que fez?
Regina Misk: A primeira peça inteira que
eu produzi foi um suéter de tranças, que dei
de presente para o meu namorado na época.
Revista Rossi: Você já teve uma grife
própria?
Regina Misk: Em 1986 abri a grife que levava o meu nome, em que fazia peças de
www.rossiresidencial.com.br |
53
Entrevista
Poltrona com pé palito
anos 50 estofada em tricô
com bordado manual em
estilo capitonê
tricô para algumas butiques em Belo Horizonte. Em 1998 optei por fechá-la, por motivos pessoais. Na época, meus filhos eram
pequenos e a capacidade de gerir o negócio
ficou reduzida. Decidi prestar assessoria a
outras empresas na área de moda, me dedicando à pronta-entrega. Passei a trabalhar
com consultoria de estilo e a criar produtos
para outras marcas.
Poltrona anos
50/60 de mogno,
com estofado
tricotado a mão
Cadeira anos 60
com estofado
tricotado a mão
Revista Rossi: Hoje em dia como funciona o seu trabalho?
Regina Misk: Crio peças que estão à venda no meu site (www.reginamisk.com).
Desenvolvo objetos especiais para decoradoras, arquitetas e consumidores. Existem
algumas pessoas que têm peças com valor afetivo e me procuram para deixá-las
com uma nova roupagem. Recentemente
fiz a primeira venda para um escritório de
arquitetura de Nova York, o Leroy Street
Studio. Sobre a área da moda, continuo fazendo consultoria.
Revista Rossi: Como as pessoas podem
encomendar suas peças?
Regina Misk: Os interessados podem
encomendar minhas peças através do próprio site.
Revista Rossi: Você cria produtos?
Regina Misk: Na parte da moda crio diferentes roupas para algumas marcas. Para o
mobiliário pretendo, nos próximos meses, realizar parcerias para poder vender as peças.
Pufes com estofado
tricotado a mão
54
| Revista Rossi
Revista Rossi: Como é essa transição da
moda para o mobiliário?
Regina Misk: Está ocorrendo aos poucos,
mas acho que não largarei completamen
completamente a moda. Quando comecei a criar peças
de mobiliário foi por uma busca interna
pela liberdade de criar. Esse meu interesse
aconteceu quando elaborei um sofá para
uso pessoal e, a partir daí, me empolguei.
O que quero mesmo é trabalhar o lado au
autoral tanto no mobiliário quanto na moda,
fazer peças mais exclusivas e únicas, onde
possa ter bastante liberdade criativa.
Quando comecei
a criar peças de
mobiliário foi
por uma busca
interna pela
liberdade de criar.
Revista Rossi: Qual foi o primeiro mobiliário que você fez?
Regina Misk: Foi em 1991. Resolvi criar
um sofá diferente para a vitrine de uma
loja que eu tinha. Todos acharam interessante e eu adorei realizar essa novidade.
Revista Rossi: Como começa o trabalho?
Regina Misk: Busco diferentes peças em
antiquários ou na internet. A criação das
peças é demorada. Primeiro seleciono os móveis e analiso se a forma ficará interessante.
Só depois é que o tricô começa a ser criado.
Acredito que um mobiliário revestido de tricô dá um toque de design e personalidade à
casa, especialmente quando são peças vin-
tage garimpadas, restauradas e cobertas por
técnicas milenares de tricô e crochê.
Revista Rossi: Como surgiu o convite
para participar da Paris Design Week
2014?
Regina Misk: O convite veio através da
brasileira Camila Nacif, que trabalhava na galeria. Ela conheceu meu trabalho pela internet e me contou que a ideia
era apresentar novos designers para a
exposição Finding the Perfect Chair e,
Poltrona Bergére,
sem braço, anos 60
www.rossiresidencial.com.br |
55
Entrevista
Poltrona anos 50 laqueada em
esmalte fosco. Estofado em
tricô jacquard P&B
segundo os curadores, meu trabalho, tinha
tudo a ver com o conceito da exposição.
Revista Rossi: Quais trabalhos foram
apresentados?
Regina Misk: Foram levadas peças do
mobiliário brasileiro das décadas de 1950
e 1960. Transformei sobras de uma confecção de roupas de tricô em cordões, para ser
novamente tricotados e só depois aplicados
no revestimento da poltrona.
Acredito que um mobiliário revestido
de tricô dá um toque de design e
personalidade à casa, especialmente
quando são peças vintage garimpadas.
56
| Revista Rossi
Revista Rossi: O que as pessoas mais
buscam no seu trabalho?
Regina Misk: As pessoas procuram coisas
para diferenciar o ambiente. Algo que reproduza a identidade de cada um, com exclusividade, aconchego e bom gosto.
Revista Rossi: Você busca trabalhar com algo mais neutro? Ou vale
investir no floral e nas estampas para
compor uma peça?
Regina Misk: Gosto de trabalhar mais com
cores em misturas inusitadas. No entanto, o
neutro tem muita procura.
Fotos Pág. 54: Vicente França – Divulgação / Outras: Mage Monteiro – Divulgação
Revista Rossi: As redes sociais ajudam?
Regina Misk: Procuro as redes sociais
para a divulgação do trabalho, uma ferramenta que me ajuda a publicar cada vez
mais sobre o conceito das minhas peças,
atingindo diferentes pessoas.
Revista Rossi: Alguma novidade para
este ano?
Regina Misk: A novidade fica por conta
desse formato de interação e venda entre as
redes sociais, os clientes e eu. Pretendo dar
alguns cursos também, para as pessoas que
gostam da técnica do tricô. Em maio aconteceu a primeira Regina Misk One Day-Store,
um projeto que mescla cultura e arte, com
apresentação dos produtos que fabrico,
oferta de workshops e um dia agradável de
encontro com amigos. Devo promover outro
ainda neste ano, provavelmente em outubro, com peças diferentes. O meu plano é
fazer quatro lançamentos anuais e também
levar o evento a outras cidades do Brasil.
Como estou em fase de projeto-piloto, em
2015 serão apenas dois.
Regina Misk: Acho que para se envolver
é preciso que a pessoa seja original, goste
muito do que faz e principalmente busque
o máximo de conhecimento e capacitação
para realizar o trabalho, além de muita
persistência.
Revista Rossi: Que dicas você dá para
quem quer se aventurar nesse mundo
das artes?
Revista Rossi: Qual sonho falta realizar
na profissão?
Regina Misk: Montar um espaço/ateliê
Banqueta com estofado
de tricô, uma peça curinga
para alegrar o ambiente
para oferecer diferentes oficinas e expor as
peças. Morar uns meses fora fazendo uma
pós em Londres ou Paris com especialização em tricô e técnicas têxteis. Desenhar
ou fazer parceria com alguma empresa de
mobiliário. Como pode ver, existem ainda
muitos sonhos a ser realizados, pois o importante para mim, o que me move para
fazer um trabalho diferente é a curiosidade
e essa eterna busca pelo aprendizado.
www.rossiresidencial.com.br |
57
Gastronomia
Cheiro
de bolo
Bolos simples, iguais aos das avós de
antigamente, estão mais na moda do
que nunca, agradando paladares e
despertando memórias de afeto
Por Janice Kiss
58
| Revista Rossi
BOLO FORMIGUEIRO (Heloisa
Bacellar) RENDE 12 PORÇÕES
INGREDIENTES
• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
• 2 xícaras (chá) de açúcar
• 2 xícaras (chá) de coco fresco
ralado em flocos grossos
• ¼ de xícara (chá) de leite
• 200 ml de leite de coco
• 150 g de chocolate meio amargo
ralado grosso ou de granulado
• 50 g de manteiga sem sal em
temperatura ambiente
• 4 ovos
• 1 colher (sopa) de fermento em pó
• Manteiga para untar e farinha de
trigo para polvilhar
Fotos Abre: Shutterstock.com / Preparo: Daniel Ozana – Studio Oz / Bolo Formigueiro: Érica Takano – Arquivo Pessoal
PREPARO
U
ma casa só se transforma em lar
quando se tem um bolo no forno.
Esse jeito de pensar pode parecer
exagero para alguns, mas para outros é a
demonstração de pura relação de afeto.
“Quando estou triste faço um bolo e quando estou feliz faço vários”, diz a boleira
convicta Heloisa Bacellar, chef de cozinha
e proprietária do Lá da Venda. Para Heloisa, um bolo traz aconchego para a casa,
“chama para uma conversa ou serve para
pensar na vida acompanhado de uma xícara de café”, diz.
Na sua opinião, essa relação de afetividade com o produto – principalmente o
simples, parecido com os bolos de vó – explica a abertura de tantas casas pela cidade. Ela própria passou a vender um pré-preparo de receitas simples, como as de
limão e chocolate (sem conservantes nem
corantes) – “Basta acrescentar ovos, leite
ou água”, diz – acompanhado de pequenas
formas para ir ao forno.
Segundo a chef, essa ideia surgiu depois de ouvir tantos lamentos de clientes
sobre “a falta de mão boa para bater um
bolo”. (leia o quadro na pág. 61). “Na verdade, as famílias perderam a tradição de assar um bolo em casa nem que seja apenas
no final de semana”, afirma.
Preaqueça o forno a 180 ºC. Unte
uma assadeira ou forma de bolo de
tamanho médio com manteiga e
polvilhe a farinha. Reserve. Separe
as claras das gemas. Coloque as
claras em uma tigela e bata na batedeira até obter picos firmes. Em
outra tigela, bata as gemas com o
açúcar, a manteiga, o leite, o leite
de coco, a farinha e o fermento
até obter uma massa homogênea. Com uma espátula e muita
delicadeza, misture o coco ralado e
o chocolate (ralado ou granulado) à
massa. A seguir, adicione as claras
em neve, mexendo suavemente.
Transfira a massa para a assadeira
(ou forma de bolo) e asse por cerca
de 45 minutos, até o bolo ficar dourado. Faça o teste do palito: enfie
um palito no centro e nas laterais
do bolo. Se ele sair limpo, é sinal
de que o bolo está bem assado.
Retire do forno, espere esfriar
por 15 minutos e desenforme
em prato raso. Se quiser,
finalize com uma cobertura
de chocolate. DICA: diminua a quantidade de açúcar
para 1 xícara (chá) caso
prefira bolos menos doces.
www.rossiresidencial.com.br |
59
Gastronomia
Foi puxando as lembranças de infância
vividas com a avó que Débora Torri Albarello resgatou receitas de bolos em sua antiga casa, em Toledo, no oeste do Paraná.
Ela conta que o mais famoso era o bolo de
café. “Simples, sem frescura, para o lanche
da tarde”, conta. Com o tempo, o fascínio
pela cozinha da avó Osmilda levou Débora
a passar longas horas ao lado dela aprendendo outras receitas.
Ao se mudar para São Paulo para trabalhar como redatora publicitária, Débora
começou a fazer dessas tardes com bolo
um hábito na agência em que trabalhava.
“Aconteceu de forma inconsciente. Achava
que um bolo era uma forma de aconchego
em meio à rotina de tanto trabalho”, comenta. E aí apareceram as sugestões dos amigos.
BOLO DE CHOCOLATE RAPIDINHO
(Heloisa Bacellar)
RENDE 10 PORÇÕES
INGREDIENTES
• 3 xícaras (chá) de farinha de trigo
• 2 xícaras (chá) de açúcar
• 2 xícaras (chá) de leite ou de água morna
• 1 xícara (chá) de chocolate em pó
• 200 g de manteiga sem sal e em temperatura
ambiente – ou 1 xícara (chá) de óleo vegetal
• 1 colher (sopa) de fermento em pó
• ½ colher (chá) de bicarbonato em pó
• 4 ovos
• Manteiga para untar e farinha de trigo para polvilhar
PREPARO
Preaqueça o forno a 180 ºC. Unte uma assadeira com
manteiga, polvilhe a farinha e reserve. Misture em
uma tigela grande o chocolate, o açúcar, a farinha, o
fermento e o bicarbonato. Acrescente a manteiga ou
o óleo, os ovos, o leite ou a água e mexa até conseguir
uma massa homogênea. Transfira a mistura para uma
assadeira e asse por 40 minutos, em média. Faça o
teste do palito: ao espetá-lo no centro do bolo, se ele
sair limpo, é sinal de que o bolo está bem assado.
Retire do forno, deixe esfriar e desenforme sobre um
prato. Para uma pitada de charme, polvilhe açúcar de
confeiteiro ou cubra com um creme de chocolate.
60
| Revista Rossi
DEZ PASSOS PARA
O BOLO PERFEITO
BOLINHOS DE FUBÁ (Amô Bolinhos)
RENDE 10 BOLINHOS OU 1 BOLO INTEIRO
INGREDIENTES
• 1 xícara (chá) de farinha de trigo
• 1 xícara (chá) de açúcar
• 1 copo de iogurte natural
• 125 g de manteiga
• 1 ovo
• 2 colheres (sobremesa) de
fermento em pó
• 1 colher (chá) de sal
• Erva-doce ou cubinhos de goiabada
PREPARO
Fotos Bolo Chocolate: Rômulo Fialdini – Divulgação / Bolinho de Fubá: Bruno Fuji – Divulgação
Coloque em uma tigela a farinha, o fermento e o sal. Em outro recipiente, ponha
a manteiga e o açúcar e bata até virar um creme. Acrescente o ovo, o iogurte
natural e mexa. Transfira essa mistura líquida para a primeira tigela e mexa com
uma colher de pau. Coloque a erva-doce a gosto ou os cubinhos de goiabada
passados na farinha de trigo, caso contrário eles ficarão no fundo da massa na
hora de assar. Preencha as forminhas com até ¾
da massa (para ela não transbordar enquanto estiver assando) ou unte uma assadeira com manteiga e farinha de trigo e
despeje a massa. Leve para assar
em forno preaquecido (180 ºC) por
15 minutos (para os bolinhos) e
30 minutos para o bolo inteiro,
ou até que fiquem corados e
passem no teste do palito.
“Por que você não faz para vender?”. “Já
pensou em montar alguma coisa?”. Eram
perguntas frequentes.
Os incentivos somados ao desejo do
próprio negócio fizeram com que a redatora
criasse a Amô Bolinhos, especializada em
comercializar bolos em forminhas individuais (como as de muffin) e em versão diminuta, produto que ela batizou de “mordidinha”.
“Para comer de uma bocada só”, conta.
O novo trabalho fez dela uma conselheira para os amigos que não têm muita intimidade com a cozinha. “Aconselho primeiro
a ter paciência, misturar os ingredientes
líquidos aos secos de forma alternada e começar a bater a massa devagar”, ensina.
De acordo com o estudo A História do
Bolo na Alimentação Humana, desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa
(UFV), em Minas Gerais, a receita mais
próxima dos bolos de hoje teve origem na
Itália (uma massa com amêndoas) durante
o século XVII. Mas segundo alguns histo-
Um bolo bem assado, fofinho e saboroso tem lá os seus segredos.
Confira as dicas das boleiras Heloisa Bacellar, do Lá da Venda, e Débora Torri Albarello, da Amô Bolinhos.
1. Use farinha sem adição de fermento, pois as receitas pedem
quantidades diferentes do produto.
2. Não guarde fermento em pó na
geladeira. O produto sofre alterações e tem sua ação comprometida.
3. Peneire a farinha, pois esse preparo ajuda a tornar a massa mais
leve e aerada. Não improvise, respeite as medidas das receitas. Elas
são meio caminho andado para seu
bolo dar certo.
4. Tire os ovos, o leite e a manteiga da geladeira com antecedência.
Ingredientes em temperatura ambiente deixam o bolo mais fofinho.
5. Quebre os ovos em recipiente
separado antes de juntá-los à receita. Se algum deles estiver estragado, você não compromete os
outros ingredientes da tigela.
6. As claras em neve são sempre
colocadas por último na receita.
Elas devem ser incorporadas delicadamente, pois fornecem ar e dão
leveza à massa.
riadores, as primeiras versões remontam
ao ano 700 a.C no Egito.
No Brasil, o primeiro bolo desembarcou em 1500 com os desbravadores portugueses. Era recheado de amêndoa ou
creme, de acordo com o historiador Luís
da Câmara Cascudo (autor de História da
Alimentação no Brasil) baseado na carta
de Pero Vaz de Caminha. Segundo o relato,
“os índios gostaram pouco, pois não agradava ao seu paladar”.
Passados mais de cinco séculos, o bolo
chega à mesa do brasileiro em diferentes
versões – de farinha de trigo, milho, aveia,
com ou sem glúten e lactose etc – para,
segundo as boleiras Heloisa e Débora, pôr
mais afeto no dia a dia.
7. Antes de levar o bolo para assar,
preaqueça o forno para a temperatura interna ficar uniforme.
8. Para nivelar a massa e fazer com
que ela cresça por igual, chacoalhe
levemente a forma do bolo sobre
a mesa (ou outra superfície) com
cuidado.
9. Contenha a ansiedade e jamais
abra o forno antes do tempo indicado. Do contrário, o bolo certamente murchará.
10. Para ter certeza de que o bolo
ficou bem assado, faça o teste do
palito. Se ele sair limpo, é sinal de
que o bolo está no ponto.
www.rossiresidencial.com.br |
61
Viagem
Belezas
naturais,
inverno e
até neve
Urubici, em Santa Catarina, conta
com um clima gelado e virou ponto de
encontro para os fãs de esportes radicais
Por Natalia Camoleze
62
| Revista Rossi
O
Brasil é um país de imensa diversidade, paisagens e pontos
turísticos, o que proporciona a cada viajante uma experiência única. Urubici é um local que ganha destaque quando o interesse é por conhecer novos destinos brasileiros. Situada
em Santa Catarina, no Vale do Rio Canoas, evidencia-se pelas belezas naturais, diversas colinas e cenários apaixonantes.
A cidade está a 925 metros do nível do mar. Seu ponto mais
alto chega a impressionantes 1.822 metros. No outono e no inverno, a cerração toma conta do lugar; ao longo do dia, ela vai se dissipando com o sol e mostra o que a neve traz de mais bonito.
A CIDADE
Urubici possui diversas cachoeiras, quedas-d’água e cascatas. É
possível escolher entre se aventurar nos esportes radicais ou simplesmente relaxar ao lado da natureza. Seu clima é úmido durante
todo o ano. O mês mais quente é janeiro, com temperatura média de
20 ºC; em junho a média é de 12 ºC, podendo diminuir e chegar a
pontos negativos, quando então a neve passa a tomar conta da paisagem. Em 1996 a prefeitura municipal registrou a temperatura mais
Ao lado, vista aérea do
Parque Nacional São
Joaquim. Aqui, paisagem
apreciada ao chegar à
Pedra Furada
baixa, de 17,8 ºC negativos, com sensação térmica de 40 ºC negativos.
É recomendado ir bem agasalhado nessa época, para não sofrer com
as correntes frias. O local destaca-se ainda pela produção hortifrutigranjeira e de erva-mate, produto básico do tradicional chimarrão.
DIVERSÃO
Por causa da diversidade do relevo, Urubici tornou-se uma opção
para os aventureiros. Programas não faltam. Pode-se fazer descida
de rapel e tirolesa nas cachoeiras e paredões, canoagem nos rios,
PARA INICIANTES NOS ESPORTES RADICAIS
RAPEL – utiliza-se uma corda para se deslocar verticalmente de
ARBORISMO – a ideia é atravessar plataformas montadas no
um ponto superior a um inferior. Diferente da escalada, onde o
alto das árvores, ultrapassando diferentes tipos de obstáculos.
objetivo é subir em rochas ou locais artificiais.
PARAPENTE – uma modalidade do voo livre que é realizada na
TREKKING – conhecido como caminhada em trilhas, foi criado
encosta de uma montanha ou em um local inclinado, que esteja
para que se possa ter contato direto com a natureza e seus
a favor do vento. Basta correr pela encosta abaixo, que o voo
obstáculos, tais como florestas, montanhas, cerrados e rios. É
começa assim que o vento atinge o velame.
ideal o uso de bússola ou GPS.
ASA-DELTA – é um tipo de aeronave composta de tubos de
TIROLESA – consiste em um cabo aéreo ancorado
alumínio. O piloto fica suspenso sob a armação e voa com o corpo
horizontalmente entre dois pontos. Basta sentar na cadeirinha e
deitado, conduzindo o veículo pela deslocação do seu corpo no
deslizar pelo cabo de aço ou corda para ter a sensação de estar
interior do trapézio. O praticante de asa-delta salta de uma rampa
“voando” entre as paisagens.
colocada na encosta de uma montanha e plana suavemente.
www.rossiresidencial.com.br |
63
Viagem
Centro histórico onde fica a Igreja
de Nossa Senhora Mãe dos Homens,
com arquitetura em forma de arcos
cavalgadas e caminhadas por trilhas com variados graus de dificuldade. Há ainda lugar para saltos de parapente e asa-delta.
Urubici ganhou o título de “Capital Catarinense dos Tesouros
Naturais”, por causa das paisagens, como a vista da Pedra Furada,
ou das diversas cascatas: Avencal, que pode ser visitada tanto pela
parte superior, onde existe o Rio Funil, quanto pela trilha da mata
virgem até seu pé, onde uma grande piscina natural é formada; e a
cascata Véu de Noiva, que possui 62 metros de altura e cuja água
escorre pelo paredão de pedras. No inverno ela
chega a congelar. Com as temperaturas
mais elevadas, é possível praticar
esportes como arborismo, tirolesa e rapel.
Uma vantagem é que boa
parte das atrações está na
mesma direção, entre os 30
quilômetros que ligam o centro da cidade à lendária Serra
do Corvo Branco, onde passa a
estrada que leva Urubici a Grão
Pará (município de Santa Catarina).
64
| Revista Rossi
BREVE HISTÓRIA
Urubici foi descoberta no final do século XIX, começo do
século XX, por portugueses que desembarcaram em Santa
Catarina, e deram início ao cultivo das terras do vale do rio
Canoas e do rio Urubici. Segundo historiadores, os jesuítas
foram responsáveis por encontrar os caminhos, que hoje
são conhecidos como marcos na região, por conterem ouro
e especiarias. Foi em 1924 que atividades econômicas,
agrícolas e pecuárias ganharam destaque, e Urubici passou,
em 1956, para a categoria de município.
Fotos Iran Croda - Guia de Turismo Credenciado pelo Ministério de Turismo/Divulgação
Vista da Pedra Furada
Serra do Corvo Branco
Para quem gosta de visitar a parte histórica, o local possui uma
igreja que se transformou em ponto turístico, por causa do seu estilo
arquitetônico diferenciado em forma de arcos que caracterizam uma
cruz. Para apreciar a vista do litoral sul catarinense, a opção é o Morro da Igreja, que possui 1.822 metros de altura.
Na parte gastronômica é possível degustar a culinária campestre, pratos da cozinha internacional que são servidos nos restaurantes, hotéis e pousadas, além do tradicional churrasco, paçoca
de pinhão e rosca de coalhada. Uma dica é saborear a truta, peixe
abundante nos rios da região.
CAMINHOS DA AVENTURA
CASCATA DO AVENCAL: com uma queda livre de 100 metros,
é o lugar ideal para a prática de rapel. Há uma trilha de 800
metros na parte baixa para caminhadas.
CASCATA RIO DOS BUGRES: com 120 metros de altura, o
percurso de acesso à cachoeira é realizado por matas e campos, incluindo travessia de rios. Ideal para trekking.
CASCATA VÉU DE NOIVA: onde a água desce suavemente
sobre o rochedo ondulado, transformando-se numa espuma
branca que, ao sol, assemelha-se a um véu branco sobre a
pedra escura. Fica a caminho do Morro da Igreja. Própria
para as práticas de rapel e tirolesa.
MORRO DA IGREJA: considerado o ponto mais alto da Serra
Geral, com 1.822 metros de altitude. Localizado na divisa dos
municípios de Urubici e Orleans, oferece uma visão completa
da cadeia de montanhas que formam a Serra Geral.
MORRO PELADO: local ideal para trilhas e rapel.
SERRA DO CORVO BRANCO: está distante 28 quilômetros do
centro da cidade. O ponto mais íngreme é asfaltado para melhor locomoção. O ponto mais alto está a 1.740 metros. Com
90 metros, é o maior corte em rocha do País.
www.rossiresidencial.com.br |
65
Notícias Rossi
Nossos prêmios
e ações
O primeiro semestre de 2015 contou
com o reconhecimento de nossos
trabalhos e a inauguração da Avenida
Mackenzie, em Campinas
O
Portal Viva Real realizou, no mês de maio, a segunda edição
do Prêmio Marketing Imobiliário, o Conecta Imobi, que premiou as melhores ações e profissionais de 2014. O evento
também apresentou debates e as novas tendências para o segmento.
O QUE É VIVA REAL
É um portal de busca de imóveis residenciais e comerciais. Criado em 2009, com sede em São Paulo e mais catorze
escritórios nas principais cidades, suas unidades atendem às empresas que buscam
anunciar suas ofertas, com o intuito de
facilitar a procura dos consumidores.
PRÊMIOS
A categoria Profissional de Mercado
premiou Marcelo Dadian, graduado
em Engenharia Civil e pós-graduado em
Administração pela FGV, com especializa-
66
| Revista Rossi
ções em Marketing e Inovação pela Universidade de Stanford (EUA).
Marcelo foi responsável por ações que ampliaram a visibilidade da
Rossi. Implementou iniciativas pioneiras para o mercado imobiliário,
como o outlet digital, a participação no Big Brother Brasil, além de
utilizar drones para a divulgação de empreendimentos. Durante o
evento, Marcelo comandou uma palestra com o tema “Como a web
transformou as ações de marketing da empresa”.
A ação Robot View, realizada no ano passado para o Rossi Mais
Parque Lagoa, em Barueri (SP), por intermédio da agência Today,
ganhou na categoria de Recurso Tecnológico. A ideia surgiu com o
objetivo de facilitar o processo de compra dos nossos clientes. Com
o Robot View, foi possível visitar o apartamento decorado sem sair
de casa.
ENTREVERDES CAMPINAS
No mês de junho, na cidade de Campinas, em São Paulo, membros da
Entreverdes Urbanismo e da Rossi anunciaram a entrega do prolongamento da Avenida Mackenzie. Oficialmente denominada Isaura
Fotos Divulgação
Crianças participam
do Family Run. Detalhe
dos food trucks que
agitaram o dia
Roque Quércia, essa ampliação busca facilitar o acesso ao distrito
de Sousas, desafogar o trânsito da região e servir de área de lazer.
Segundo Valdemar Gargantini, CEO da Entreverdes Urbanismo, uma das empresas responsáveis pela realização da extensão
da avenida, a ideia é tornar o trânsito da região mais fácil e seguro.
Além disso, o projeto paisagístico exclusivo torna a via uma das
mais belas vistas de Campinas.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do prefeito da cidade e de autoridades locais, e a realização da Family
Run, uma corrida para crianças e adultos, que ocorreu em frente
às portarias do Entreverdes Campinas. O evento contou ainda com
serviço de massagem, barraca de artigos esportivos, Food Trucks
e um espaço kids completo.
Para o diretor de operações da Entreverdes Campinas, Geraldo
Lopes Vieira Neto, a avenida cumpriu sua função de organização
do trânsito na região. O parque linear ao longo dos 6,5 quilômetros
do canteiro central virou opção para famílias que pedalam, andam,
correm e contemplam as paisagens criadas pela via!
ROSSI NO RIO GRANDE DO SUL
No mês de junho a revista Amanhã apresentou os vencedores do prêmio Top of Mind, que traz as marcas mais
lembradas pelos consumidores gaúchos durante o ano. A
Rossi conquistou, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio
na categoria Construtora. “É um privilégio estar presente
pela terceira vez na memória do consumidor gaúcho. Esse
reconhecimento reflete um trabalho de dezesseis anos
na região e com mais de 15 mil unidades entregues por
uma construtora que investe em inovação,
sustentabilidade e valorização das pessoas. Também expressa nossos esforços em proporcionar espaços
que atendam às necessidades de
nossos clientes, priorizem sua
qualidade de vida e agreguem
valor à vivência da comunidade”,
destaca o diretor da Regional Sul
da Rossi, Gustavo Kosnitzer.
www.rossiresidencial.com.br |
67
Destaque do mês
Tenha tudo por perto
O Rossi Reserva, em Porto Alegre, permite que a
família vivencie novas experiências a cada dia
68
| Revista Rossi
www.rossiresidencial.com.br |
69
Destaque do mês
E
m 2009 lançamos o Central Parque em Porto Alegre, um
bairro com o conceito de Urbanismo Planejado, que visa
resgatar a qualidade de vida, o convívio em comunidade e
a valorização do meio ambiente. Essa ideia surgiu na década de
1980, nos Estados Unidos e na Europa, com a proposta de recriar
nas grandes metrópoles o jeito tranquilo de viver no interior, com
serviços próximos e prezando a área verde.
Já entregamos cinco condomínios dentro do local, sendo quatro residenciais e uma torre empresarial. No ano passado lançamos o Rossi Reserva, que possui duas torres de apartamentos
e dez casas. As áreas internas de lazer foram planejadas pelo
escritório Raul Pêgas Arquitetos Associados. A arquiteta Cássia
70
| Revista Rossi
Living do apartamento decorado
Kroeff buscou referências em diversos países, optando pelas linhas das redes de hotéis Bulgari e Armani, que possuem um design monocromático e clássico.
“Buscamos referências no que há de mais moderno e atual na
arquitetura e no design, a fim de despertar o desejo da utilização
das áreas comuns como extensão da sua moradia. É um convite ao
convívio nesses espaços exclusivos”, comenta Cássia Kroeff, responsável pela decoração.
ROSSI RESERVA
O local reúne o que existe de mais sofisticado para que se vivencie
uma nova experiência a cada dia. O projeto foi desenvolvido com
atenção especial para a parte estética, valorizando o conceito do
luxo, dando ênfase ao espaço verde, a áreas sociais ampliadas, a
plantas residenciais bem planejadas e a elementos de decoração
que sugerem grifes clássicas como Armani e Coco Chanel. “Usamos um debrum preto em paredes e painéis, o que remete ao perfume Chanel 5”, exemplifica Cássia Kroeff.
A nossa intenção é proporcionar qualidade de vida e bem-estar
através das áreas de lazer. A vegetação diversificada cria espaços
agradáveis e aproxima os moradores da natureza. Um equilíbrio
entre beleza e conforto”, afirma Guilherme Takeda, responsável
pelo paisagismo e pelas áreas externas de lazer.
Guilherme Takeda afirma ainda que a Rossi sempre se preo-
www.rossiresidencial.com.br |
71
Destaque do mês
Salão de Festas
O PROJETO
O Central Parque é formado por ruas e calçadas largas, que permitem um agradável passeio nos fins de tarde e um tráfego tranquilo
de veículos. A distância entre as torres também é maior, proporcionando um excelente aproveitamento de iluminação natural.
O Rossi Reserva segue a tendência das grandes metrópoles.
“Equilibrando o uso da extensão do terreno entre a construção e o
verde, criamos uma área com o conceito de parque dentro dos condomínios, investindo na utilização inteligente dos espaços, em plantas estudadas para ambientações charmosas e confortáveis, ruas privativas e arborizadas, tudo para gerar uma percepção positiva nas
pessoas”, afirma Gustavo Kosnitzer, diretor da Regional Sul da Rossi.
O terreno de 7.940 m², possui duas torres de 13 pavimentos,
72
| Revista Rossi
além de casas. São 54 apartamentos de 101 m², com 3 dormitórios
e a opção de 1 ou 2 suítes, 52 apartamentos de 127 m² e a opção de
1 a 3 suítes, e 10 casas de 143 m².
O local conta com casa de campo e piscina, brinquedoteca
para as crianças se distraírem, salão gourmet, sala de jogos para
quem gosta de se divertir com os amigos, uma área fitness para
aqueles que buscam manter a forma sem sair de casa, playland,
Fotos Divulgação
cupou com a sustentabilidade. Desde a criação de um condomínio
planejado até o Rossi Reserva, um empreendimento em que mais
de 50% da área foram destinados ao verde.
piscinas externa
e coberta, spa,
quadra esportiva, salão de festas. São diferentes espaços para
agradar a todos.
Além disso, quem
viver aqui contará
com toda a infraestrutura
do Central Parque.
REFERÊNCIA
Localizado no centro geográfico de desenvolvimento de Porto Alegre, o Central Parque está a poucos metros da Avenida Ipiranga,
próximo à Terceira Perimetral e com acesso também pela Rua Professor Cristiano Fischer. É nessa região que está a PUC, o Hospital
São Lucas, um dos núcleos hospitalares mais completos da cidade,
o Jardim Botânico, o Shopping Iguatemi e o Bourbon Ipiranga, trazendo maior praticidade e facilidade para quem quer estar no novo
polo de valorização da cidade.
Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Celso Primi, a
inspiração para elaborar o projeto foi na tradição local da qualidade de vida, criando espaços generosos voltados para o convívio
entre as pessoas e promovendo o contato com a natureza, tudo isso
emoldurado por uma arquitetura contemporânea e exclusiva.
Rossi Reserva
Localização: Avenida Ipiranga, 7.454 – Central Parque –
Porto Alegre – RS
Dormitórios: 3 com suíte
Área: 101 e 127 m²
Rossi Vendas: (51) 2797-0985
Confira mais informações no site:
www.rossiresidencial.com.br
Salão Gourmet
www.rossiresidencial.com.br |
73
Acompanhe a Obra
Veja momentos marcantes dos nossos clientes em Aracaju (SE), Manaus (AM) e São
Paulo (SP). Para acompanhar mais detalhes da construção de seu imóvel, acesse
www.rossiresidencial.com.br
20
1
DESTAQUES
DOS
EVENTOS
ROSSI
1. Aracaju (SE)
Klébia Oliveira Lima e Ana
Julia Oliveira Lima conferem
a Revista Rossi durante a
Instalação do Condomínio
Altos do Farol Fase 1
2. Manaus (AM)
Helder Barbosa e Sefona Barbosa verificam todos os
detalhes no Visita à Obra do Condomínio Life Flores
3
2
3. Manaus (AM)
Entrega do Condomínio Fórum Business Center
74
| Revista Rossi
4
5
4. Manaus (AM)
Virgilio Cesar Filho e Mayana Lima durante Visita à Obra do
Condomínio Life Flores
5. Aracaju (SE)
Fernando Menezes e Maria Jose Menezes na Instalação do
Condomínio Altos do Farol Fase 1
6
6. Aracaju (SE)
Francisco Alves Junior, Fabiola Dias Alves e a pequena Maria Carolina
Alves na Instalação do Condomínio Prime Jardim Europa
7
7. São Paulo (SP)
Marcelo Mendonça e Nadia Victor brindam a Entrega do
Condomínio Rossi Mais Reserva Jaguaré
www.rossiresidencial.com.br |
75
Acompanhe a Obra
8
9. Aracaju (SE)
Braúlio de Oliveira, Luis de Oliveira, Emilly
de Oliveira, Aline Santos, Camille de Oliveira
e Jamille de Oliveira no Visita à Obra do
Condomínio Life Università
10. São Paulo (SP)
Francisco Antunes e Andrea Antunes na Entrega
do Condomínio Rossi Mais Reserva Jaguaré
9
10
8. Manaus (AM)
Durante Visita à Obra do Condomínio Life Flores, Paulo Cesar dos Barros,
Marizete da Silva Barros e Julio Cesar da Silva apreciam a vista
11
12
11. Aracaju (SE)
Emily Suelle de Souza brinca com Guilherme
Souza durante a Instalação do Condomínio
Altos do Farol Fase 1
76
| Revista Rossi
12. Aracaju (SE)
Marta Rezende Cavalcanti e Demostenes Cavalcanti
Junior conhecem a Sala de Jogos durante a Instalação do
Condomínio Prime Jardim Europa
13
14
15
14. Aracaju (SE)
Suani Alves e a pequena Maria Luiza Alves durante
Visita à Obra do Condomínio Life Università
15. São Paulo (SP)
13. Aracaju (SE)
Entrega do Condomínio Prime Jardim Europa
Camila Marinho, Aline Lacerda, Flavio Calixto e
Guilherme Natalino na Entrega do Condomínio
Rossi Mais Reserva Jaguaré
16
16. Manaus (AM)
Sylvio Neto e Raylane da Silva conferem todos os detalhes durante Visita à Obra do Condomínio Life Flores
www.rossiresidencial.com.br |
77
Acompanhe a Obra
17
18. Aracaju (SE)
Beniltom de Oliveira, Anderson de Oliveira, Telma de Oliveira e
Marcela de Moraes no Visita à Obra do Condomínio Life Università
19. Aracaju (SE)
Flavia Santana e José Santana durante a Instalação do
Condomínio Altos do Farol Fase 1
18
19
17. São Paulo (SP)
Hugo Pereira e Camila Vieira na Entrega do
Condomínio Rossi Mais Reserva Jaguaré
20
20. Aracaju (SE)
Celivaldo Rodrigues Brabo, Claudijane Silva, Laisa Brabo, Henry Brabo, Leonardo Vasconcelos, Suélem Brabo e
João Victor Almeida na Instalação do Condomínio Prime Jardim Europa
78
| Revista Rossi
Acompanhe a Obra
Siga a evolução das obras que a Rossi possui em diversas regiões do Brasil. Para acompanhar
mais detalhes da construção do seu imóvel, acesse www.rossiresidencial.com.br
imóvel entregue
Legenda do status da obra:
AMAZONAS
Legenda dos Estados:
CEARÁ
100%
Manaus
5%
Manaus
Reserva Inglesa – Liverpool –
Fase 2
Fortaleza
Manaus
Reserva Inglesa London – Fase 1
96%
Belo Horizonte
Manaus
Reserva Inglesa London – Fase 2
100%
Belém
Autêntico Batista Campos
59%
Manaus
99%
Curitiba
100%
Belo Horizonte
Rossi Andradas Office
100%
100%
Ananindeua
Rossi 360 Home&Business
61%
LifeSpace Curitiba
Vivendas do Rio Negro – Praças
Juiz de Fora
Rossi Mais Sintonia
100%
Manaus
Reserva Morada
74%
42%
Reserva Inglesa – Liverpool –
Fase 1
Parque Flamboyant 56
Belo Horizonte
35%
Manaus
Goiânia
Rossi Splendore
Rossi Mais Reserva Especial
98%
100%
98%
PARANÁ
Life Flores
Gama
Belo Horizonte
Rossi Mais Poesia
PARÁ
36%
60%
Rossi Esplanada Business
MINAS GERAIS
Manaus
Ideal Torquato – Fase 4
Brasília
Vitral Residencial Clube
GOIÁS
obra em andamento
100%
41%
91%
obra iniciada
Manaus
Britannia Park Offices
40%
Ideal Samambaia – Fase 3
DISTRITO FEDERAL
Manaus
Authentic Recife
Ananindeua
obra concluída
Ideal BR – Fase 1
34%
Curitiba
Palácio Imperial
99%
Curitiba
Rossi Atual Morada
www.rossiresidencial.com.br |
79
Acompanhe a Obra
Siga a evolução das obras que a Rossi possui em diversas regiões do Brasil. Para acompanhar
mais detalhes da construção do seu imóvel, acesse www.rossiresidencial.com.br
61%
Londrina
34%
Jaboatão dos Guararapes
Alta Vista Piedade
Victoria Parque
29%
Rio de Janeiro
100%
Porto Alegre
Reserva do Botânico – Jardim
de Versailles
58%
Santos
12%
São Paulo
Rossi Mais Parque da Lagoa
80
São Paulo
Vila Nova Sabará Praça
Alvorada
Rossi Mais Jardins de Paulínia
100%
São José do Rio Preto
98%
São Paulo
| As informações das obras são referentes ao mês de maio de 2015.
Ribeirão Preto
Reserva do Botânico – Jardim
de Luxemburgo
53%
São Paulo
Rossi Atual Alto da Lapa
Vila Nova Sabará Praça Flora
56%
94%
98%
São Paulo
Porto Alegre
Rossi Mais
Paulínia
Praças Golfe
37%
81%
89%
Xangri-Lá
Rossi Mais Santos
69%
Porto Alegre
Rossi Atlântida – Fase 3
Rossi Reserva
Rossi Mais Recanto Tropical
Rossi Flórida
11%
42%
Ribeirão Preto
94%
81%
Itaboraí
Rossi Multi Business
Tirol Way – Fase 2
Porto Alegre
60%
Duque de Caxias
Vila Boa Vista
Natal
Class Alonso Bezerra
Rossi Parque Panamby – Fase 3
Recife
80%
Natal
Espaço Vip Residencial
86%
Rossi Itapeti 792
49%
São Paulo
Vila Nova Sabará Praça
Marajoara
91%
Sumaré
Rossi Praças Ipê Roxo
imóvel entregue
Legenda do status da obra:
Legenda dos Estados:
PERNAMBUCO
PARANÁ
SÃO PAULO
SERGIPE
89%
Aracaju
RIO GRANDE DO NORTE
Life Jabotiana
RIO GRANDE DO SUL
47%
Life Universitá
Aracaju
Arboris Jabutiana
96%
Aracaju
95%
Aracaju
Altos do Farol – Fase 3
97%
Aracaju
obra em andamento
74%
Aracaju
Altos do Farol – Fase 2
56%
Le Provence Jardim Europa
RIO DE JANEIRO
obra iniciada
96%
Aracaju
Altos do Farol – Fase 1
Aracaju
obra concluída
Jardins de Londres
100%
Aracaju
Prime Jardim Europa
45%
Aracaju
Vista Beira Mar
As obras Arte Studios e Best Western Multi Suítes (RJ) não foram publicadas nesta edição.
Saiba mais em rossiresidencial.com.br/comunicadoarte e rossiresidencial.com.br/comunicadomulti
www.rossiresidencial.com.br |
81
Moradas do Mundo
Conhecido como Prédio da Statoil, o projeto fica na Península de Fornebu, região próxima a Oslo, capital da Noruega, e traz uma estética fascinante. A área ocupada é a de
um estacionamento de um aeroporto antigo, que logo depois foi transformado em parque.
A obra foi elaborada pelo escritório norueguês de arquitetura a-lab e tinha dois objetivos: causar
o mínimo de impacto ambiental no parque e criar uma estação de trabalho única e inovadora. Os escritórios da empresa
Statoil, produtora de energia, funcionam ali. Composto de uma superestrutura de aço, o local possui cinco volumes, de três
andares cada, com 140 metros de comprimento e 23 de largura, empilhados de maneira diversa, formando uma estrutura
diferente e moderna. São no total 65,5 mil metros quadrados, com um subsolo para estacionamento e áreas técnicas de 55 mil metros quadrados. Para os arquitetos, a ideia foi construir algo
que desse a impressão de um movimento contínuo. Se fossem edifícios convencionais, teriam cerca de quarenta andares cada; deitados, facilitam a integração dos funcionários. A
construção buscou valorizar também o contato humano com a natureza ao redor
e teve como maior desafio equilibrar as dimensões e a expressão arquitetônica com o
entorno do local. Escadas de fuga e de serviço estão concentradas em quatro núcleos gigantes de concreto, que também estabilizam a estrutura. Para a Statoil, o
projeto foi ótimo para reunir seus funcionários em uma sede, com escritórios inusitados e
um consumo baixo de energia que satisfaz aos ideais da empresa.
82
| Revista Rossi
Fotos Interna: Divulgação a-lab / Outras: Luis Fonseca–Divulgação a-lab
Escritório Cruzado
Download

Ediçao 41 - Rossi Residencial