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Iª Série
(1982-1986)
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uma edição
EDITORIAL
data em que são escritas estas linhas (meados de Junho de 2014), o percurso da
Al-Madan Online continua a justificar o esforço editorial do Centro de Arqueologia
de Almada e a valorizar o trabalho dos seus colaboradores. Os dados estatísticos da
plataforma ISSUU (http://issuu.com/almadan) relativos ao último semestre comprovam-no:
162.384 visualizações e 8112 leitores, com predomínio dos portugueses (3033), mas em
reflexo de uma clara expansão mundial (Brasil, Espanha, Reino Unido, França, Alemanha,
Taiwan, Itália e Bélgica são, por ordem decrescente, as origens dos acessos de leitura mais
numerosos). Estes dados são ainda reveladores da impressionante taxa de crescimento e
difusão desta solução editorial, se atendermos a que em período homólogo de 2013 os
valores registados foram de 22.916 visualizações e de 1616 leitores!
As 200 páginas deste novo tomo digital, um dos mais volumosos para corresponder à
crescente procura dos autores, contribuirão certamente para consolidar e incrementar a
afirmação do modelo de comunicação científica multidisciplinar que a Al-Madan Online
materializa.
Apresentam-se reflexões sobre os materiais de construção e a arquitectura do sítio proto-histórico do Castanheiro do Vento (Vila Nova de Foz Côa) e sobre as condições de navegação
no litoral de Cascais (Lisboa) em Época Romana, a par dos resultados de intervenções
arqueológicas realizadas no vale do Sabor (Trás-os-Montes) e no centro histórico de Lagos,
que também revelaram contextos pré-históricos e romanos. É ainda tratado um interessante
caso de reutilização medieval de um monumento funerário megalítico da zona de Nisa.
A investigação osteoarqueológica está representada pela análise do conjunto ósseo exumado na
necrópole medieval identificada aquando da expansão urbana de Serpa, enquanto os frutos e
sementes recolhidos na Citânia de Briteiros (Guimarães) justificam uma abordagem carpológica.
Dois estudos incidem em artefactos de pedra polida da região de Avis e nos cossoiros proto-históricos provenientes da Fraga dos Corvos (Macedo de Cavaleiros), dedicando-se outros a
historiar a investigação arqueológica realizada na zona da Arrábida (península de Setúbal)
e no Alentejo litoral (neste último caso centrando-se especificamente no período islâmico),
a inventariar a documentação relativa ao convento franciscano do Torrão (Alcácer do Sal)
e a reflectir sobre a evolução da iconografia associada a Apolo nos baixos-relevos e mosaicos
antigos e tardo-antigos.
No plano patrimonial, apresentam-se novidades sobre o sistema defensivo medieval de
Albufeira e a evolução da frente ribeirinha de Alcochete, complementadas com trabalho sobre
José Joaquim dos Santos Pinto, entalhador-escultor da Casa Real de D. Carlos.
Há ainda noticiário sobre edições e vários eventos científicos e académicos, e informação
actualizada quanto à actividade de organismos representativos dos profissionais de Arqueologia.
À
Capa | Jorge Raposo
Registo da escavação da Lapa da Cova,
na Serra do Risco, em Sesimbra.
Fotografia © Ricardo Soares.
II Série, n.º 19, tomo 1, Julho 2014
Propriedade e Edição |
Centro de Arqueologia de Almada,
Apartado 603 EC Pragal,
2801-601 Almada Portugal
Tel. / Fax | 212 766 975
E-mail | [email protected]
Internet | www.almadan.publ.pt
Registo de imprensa | 108998
ISSN | 2182-7265
Periodicidade | Semestral
Distribuição | http://issuu.com/almadan
Director | Jorge Raposo
([email protected])
Publicidade | Sofia Oliveira
([email protected])
Conselho Científico |
Amílcar Guerra, António Nabais,
Luís Raposo, Carlos Marques da Silva
e Carlos Tavares da Silva
Redacção | Vanessa Dias,
Ana Luísa Duarte, Elisabete
Gonçalves e Francisco Silva
Resumos | Jorge Raposo (português),
Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabel
dos Santos (francês)
Modelo gráfico, tratamento de
imagem e paginação electrónica |
Jorge Raposo
Razões mais do que suficientes para que expressemos votos de boa leitura!
Jorge Raposo
Revisão | Vanessa Dias, Elisabete
Gonçalves, Fernanda Lourenço
e Sónia Tchissole
Colaboram neste número |
Rui Roberto de Almeida, Marco António
Andrade, Rui Boaventura, Maria Teresa
Caetano, João Luís Cardoso, João
Muralha Cardoso, João Pedro Cardoso,
António Rafael Carvalho, Miguel
Correia, Cláudia Costa, Ana Cruz,
Gonçalo Cruz, Juan Moros Díaz, Glòria
Donoso, José d’Encarnação, Maria Teresa
Ferreira, António Fialho, Jorge Freire,
Rita Gaspar, José António Gonçalves,
António Gonzalez, Miguel Lacerda,
Miguel Lago, Elsa Luís, Andrew May,
Ana Mesquita, Luís Campos Paulo,
Franklin Pereira, Inês Vaz Pinto, José
Carlos Quaresma, Ana Maria Silva, Sara
Simões, Ricardo Soares, João Pedro
Tereso e Catarina Viegas
Patrocínio | Câmara Municipal de
Almada Parceria | Arqueohoje Ldª
Apoio | Neoépica - Arqueologia e
Património
3
ÍNDICE
EDITORIAL
...3
ARQUEOCIÊNCIAS
ARQUEOLOGIA
Crescimento na Idade
Média: contributo de
uma série osteológica |
Maria Teresa Ferreira
Das Técnicas de Construção
à Arquitetura: algumas notas |
João Muralha Cardoso ...6
...77
O Abrigo Natural do
Lombo das Relvas: um local
de enterramento do Neolítico
final / Calcolítico inicial? |
Rita Gaspar, Andrew May,
Clòria Donoso e João Tereso
Frutos e Sementes da
Idade do Ferro e Época Romana
da Citânia de Briteiros |
João Pedro Tereso e
Gonçalo Cruz ...83
...25
A Navegação Romana no
Litoral de Cascais: uma leitura
a partir dos novos achados ao
largo da Guia | Jorge Freire,
Miguel Lacerda, José António
Gonçalves, João Pedro Cardoso
e António Fialho ...36
ESTUDOS
Sobre os Conjuntos de
Artefactos de Pedra Polida
das Áreas de Benavila e
Ervedal (Avis, Portugal) |
Marco António Andrade ...92
Um Testemunho da Figlina
Scalensia em Lagos (Portugal):
a propósito da grande fossa
detrítica da fábrica de salga
da Rua Silva Lopes |
Rui Roberto de Almeida e
Juan Moros Díaz ...44
“Nunca a Boa Fiandeira
Ficou Sem Camisa”:
os cossoiros da Fraga
dos Corvos (Macedo de
Cavaleiros) | Elsa Luís
...105
Perscrutando Espólios Antigos - 2:
um caso de reutilização funerária
medieval na anta de São Gens 1
(Nisa, Norte alentejano) |
Rui Boaventura, Maria Teresa Ferreira
e Ana Maria Silva ...60
4
online
II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
Arrábida: episódios da
investigação arqueológica
regional (do século XVIII ao
século XX) | Ricardo Soares
...113
ESTUDOS
PATRIMÓNIO
O Convento Franciscano de Santo
António do Torrão (1584/1604-1843):
inventário da documentação existente
no Arquivo Distrital de Beja |
António Rafael Carvalho ...123
A Descoberta de
uma Torre Medieval da
Muralha de Albufeira |
Luís Campos Paulo
...155
O Período Islâmico
no Alentejo Litoral e na
Arrábida: bibliografia básica
produzida nos últimos
40 anos (1974-2014) |
António Rafael Carvalho
Elementos Sobre a Evolução
Histórica da Frente Ribeirinha
de Alcochete | Miguel Correia,
António Gonzalez e
Jorge Freire ...161
...137
Apolo Ressurecto em
Cristo: efulgências de
uma iconografia solar |
Maria Teresa Caetano
José Joaquim dos Santos Pinto
(1828-1912): marceneiro,
entalhador e gravador de couros
da Casa Real de D. Carlos |
Franklin Pereira ...169
...144
LIVROS
EVENTOS
PRAXIS II: a sustentabilidade dos recursos
arqueológicos e turísticos em discussão | Ana Cruz ...184
VII Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular /
/ VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular
(Aroche - Serpa, 2013) | Comissão Organizadora do VII EASP ...185
Colóquio Internacional Recursos do Mar e Produtos
Transformados na Antiguidade | Inês Vaz Pinto ...188
Cuantificación de Ánforas - Protocolos y Comparativas:
principais resultados de outro seminário de êxito do Projecto
Amphorae ex Hispania | Rui Roberto de Almeida e Catarina Viegas ...189
Congresso Internacional de Cerâmica Tardo-Romana
Reuniu em Alexandria (LRCW5) | José Carlos Quaresma ...191
No Limite Oriental do Grupo
Megalítico de Reguengos de Monsaraz.
4.º volume da 2.ª série das Memórias d’Odiana,
da autoria de Victor S. Gonçalves: uma apreciação crítica |
João Luís Cardoso ...181
NOTÍCIAS
Património e Cidadania: dos vestígios
arqueológicos à acção pedagógica |
José d’Encarnação ...192
DISCO2014: conhecer os
arqueólogos portugueses | Cláudia Costa,
Cidália Duarte e Miguel Lago ...195
Os Trabalhadores de Arqueologia
Portugueses Já Têm um Sindicato |
Ana Mesquita e Sara Simões ...197
5
RESUMO
O Convento
Franciscano de Santo
António do Torrão
(1584/1604-1843)
Estudo sobre o convento franciscano de Santo António
da vila do Torrão (Alcácer do Sal), com base em conjunto
documental presentemente integrado no
Arquivo Distrital de Beja.
O autor pretende destacar a importância do
monumento histórico e inverter o fraco interesse
que até aqui ele tem despertado junto de
investigadores nacionais e estrangeiros.
PALAVRAS CHAVE: Idade Moderna; Conventos;
Análise documental; Património.
ABSTRACT
Study about the Santo António Franciscan Monastery
in Torrão (Alcácer do Sal), based on documents
presently found in the Beja District Archive.
The author aims to highlight the importance of
this historic monument, hoping to attract the
attention of national and international researchers
who have given it little attention so far.
inventário da documentação
existente no Arquivo
Distrital de Beja
KEY WORDS: Modern age; Convents;
Document analysis; Heritage.
RÉSUMÉ
Etude sur le couvent franciscain de Saint Antoine
de la ville de Torrão (Alcácer do Sal), se basant sur un
ensemble documentaire actuellement intégré
dans les Archives du District de Beja.
L’auteur aspire à mettre en avant l’importance
du monument historique et inverser le faible intérêt
que jusqu’ici il a réveillé auprès de chercheurs
nationaux et étrangers.
António Rafael Carvalho I
1. INTRODUÇÃO
MOTS CLÉS: Période moderne; Couvents;
Analyse documentaire; Patrimoine.
onstrução imponente e recuperada no âmbito das funções que lhe são atribuídas nos dias de hoje 1, o convento de Santo António do Torrão 2, cujo imóvel é
propriedade da paróquia local 3, ocupa um espaço incontornável no tecido monumental desta vila do município de Alcácer do Sal. Durante décadas, a sua História
resumia-se às parcas informações contidas em obras produzidas ao longo do século XVIII,
nomeadamente a Corografia Portugueza do Padre António Carvalho da COSTA (1708:
485) e o Mappa de Portugal Antigo e Moderno. Tomo Segundo, de João Baptista de Castro.
Estes elementos foram posteriormente repetidos até aos nossos dias, sem se procurar
encontrar informações que eventualmente poderiam
1
estar contidas noutras fontes, fossem elas manuscritas
No referido espaço funciona
um ATL (Atividades de Tempos
ou impressas.
Livres), enquanto a igreja se
Ao efetuar a minha primeira abordagem a este conencontra aberta ao público.
vento 4, deparei-me com imensas dificuldades, dada a
2
Atualmente é conhecido
inexistência de estudos académicos sobre o imóvel. Na
pela população como Convento
e Igreja de São Francisco.
altura, desconhecia-se onde se depositava o seu arqui3
A cerca conventual
vo conventual, ou se este teria sobrevivido após a expertence a particulares.
tinção desta casa religiosa, em 1843. Face ao panora4
Na primeira década do
ma vigente, resumi a sua História em algumas linhas
século XXI (CARVALHO, 2009:
volume 2, p. 45).
gerais (CARVALHO, 2009: vol. 3, p. 28).
C
I
Gabinete de Arqueologia, História,
Património e Museus do Município de Alcácer do Sal
([email protected]).
123
ESTUDOS
FIG. 1 − Frente do Convento de Santo António da vila do Torrão.
Nelas referi que tinha sido fundado em 1604, por instituição de
Vasco Borralho de Villa Lobos e de Missia Lopes (MACEDO, 2009 e
COELHO, 2013 5), que para o efeito tinham cedido o terreno onde anteriormente se localizava a Ermida de São Sebastião. Pertencia à
Ordem Seráfica da Observância, chamados Xabreganos, recebendo a
invocação de Santo António (CASTRO, 1763: 126) 6. Em 1772 a vila
do Torrão tinha um professor de Gramática Latina, cujo ensino era
ministrado em 1780 no convento de Santo António, onde igualmente se ensinava a ler e escrever as primeiras letras. A recente publicação,
em 2011, do inventário da arte Sacra no Concelho de Alcácer do Sal,
pela Arquidiocese de Évora, apesar de se tratar de uma obra importante, nada adiantou ao que já sabíamos sobre este convento (PEREIRA, 2011: 16 e 18).
No âmbito dos projetos em curso referentes à História local do Torrão, pudemos identificar em 2013, no Arquivo Distrital de Beja 7, um
conjunto importante de documentação, produzida e guardada no
cartório da referida casa conventual. O presente contributo procura,
antes de mais, dar a conhecer esse fundo documental, arrumando-o
por ordem cronológica, inserindo cada manuscrito por reinados. Procuramos deste modo entender, se bem que de uma forma ainda preliminar, qual o trajeto de produção documental que eventualmente
poderemos vislumbrar neste conjunto.
Cientes de que não estamos perante toda a documentação que terá
sido aí produzida ou guardada, esperamos que a detecção de eventuais
124
online
II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
flutuações ou de tipologias documentais possa dar pistas para outros
estudos relacionados com este imóvel, aspectos esses que iremos abordar em futuros estudos.
2. O CONVENTO
DE S ANTO A NTÓNIO :
BREVE RESENHA
HISTÓRICA
2.1. EM
JEITO
DE INTRODUÇÃO
Desconhecemos a existência de
estudos diretamente relacionados
com esta casa religiosa do Torrão,
sejam eles de natureza académica
ou de divulgação, em forma de
monografia.
O que nos tem sido dado a conhecer resume-se a elementos pontuais e lacónicos, que se diluem
em obras genéricas sobre o património desta vila.
5
Apesar do seu carácter lacónico,
as Memórias Paroquiais da Freguesia
do Torrão, redigidas pelo Prior da
Matriz, Francisco Carneiro de
Abreu, em 1758, foram no decurso
dos últimos anos o relato mais
completo a que tínhamos acesso
referente a este imóvel conventual.
6
O mesmo tipo de informação é
repetido um século depois por
BAPTISTA, 1876: vol. V, p. 353,
prática esta que se estende a outros
autores, numa sequência que
chegou até aos nossos dias.
7
Estas referências encontram-se
alojadas em http://digitarq.adbja.
arquivos.pt/details?id=1051483
(consultado em 28-02-2014).
Segundo informação veiculada no
referido site, esta documentação,
antes de transitar para o Arquivo
Distrital de Beja, esteve até 1988
depositada na Direção de Finanças,
Repartição da Tesouraria do
Distrito de Beja.
FIG. 2 − Traseira da Igreja conventual e restante corpo edificado, visível
desde o jardim público do Torrão, junto à Estrada Nacional para o Alvito.
Dada a localização do Torrão no município de Alcácer do Sal, torna-se incontornável tecer algumas linhas de comparação entre as duas
localidades no âmbito da implantação monástica/conventual. De
referir que no período em análise, os séculos XVI e XVII, tanto Alcácer como o Torrão correspondiam a duas realidades municipais distintas, inseridas por sua vez em comarcas diferentes 8. Ao contrário do
que tinha acontecido em Alcácer do Sal no decurso do século XVI,
onde tinha sido fundado inicialmente um convento franciscano do
ramo masculino 9 e só depois um outro feminino 10, no Torrão estamos perante um cenário diferente.
De facto, em 1560 e segundo as fontes, com autorização do rei D. Sebastião foi instituído um recolhimento de beatas com a invocação de
Santa Marta 11, que em 1599 evoluiu para Mosteiro da Ordem Terceira da Penitência 12, inserido na Província de Portugal, recebendo
então a evocação de Nossa Senhora da Graça. Criando-se o precedente de ter sido fundado um mosteiro de freiras em 1599, após doação monetária da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel, com a concordância do Arcebispo de Évora D. Teotónio de Bragança 13, cinco
anos depois vai nascer na Horta de S. Sebastião um Convento Franciscano da evocação de Santo António e inserido na Província do Algarve ou Xabregas.
8
É patente a grande ligação
de Alcácer, no âmbito secular, à
região da Estremadura, a Setúbal e
a Lisboa, se bem que no âmbito
eclesiástico sempre tenha
pertencido ao Bispado e
Arcebispado de Évora. Por sua vez,
o Torrão sempre esteve ligado a
Évora e depois a Beja no âmbito
secular. Contudo, o seu território
municipal vai ser partilhado entre
o Arcebispado de Évora,
que assume a vila do Torrão,
enquanto as freguesias rurais de
Odivelas e Santa Margarida do
Sado são inseridas no Bispado de
Beja, situação que vai ser
aproveitada pelo governo
português quando decidiu pela
extinção deste município em 1836,
após o final da Guerra Civil entre
Liberais e Absolutistas.
9
Mosteiro e depois Convento
Franciscano de Santo António de
Alcácer do Sal. Ver, entre outros,
CARVALHO e WU, no prelo.
10
Mosteiro de Nossa Senhora de
Aracoeli, localizado dentro do
Castelo de Alcácer do Sal.
Ver, entre outros, PEREIRA, 2011.
11
Julgamos que a sua criação,
vocacionada para a proteção de
donzelas órfãs até terem idade para
casar, assim como viúvas e outras
mulheres honradas, tenha sido a
resposta de um sector importante
de mulheres da vila do Torrão,
que constataram essa necessidade
em virtude de se sentirem
desprotegidas, por falta de apoio
da Santa Casa da Misericórdia do
Torrão, fundada décadas antes e
mais direcionada para o sexo
masculino e as suas necessidades.
12
Que seguia a Regra
de Santa Clara.
13
Tendo como base outros casos
relacionados com a fundação de
casas religiosas, presumimos que
teria que haver autorização da
Cúria Romana, da Ordem de
Santiago, do Duque de Aveiro,
assim como confirmação régia,
neste caso de Felipe II de Portugal.
Sobre a vida deste Arcebispo de
Évora, a propósito do qual foram
publicados vários estudos,
podemos citar o efectuado por
MACHADO (1752: 733-735).
125
ESTUDOS
FIG. 3 − Vista geral do convento, desde o limite da cerca voltado a Norte, no sítio
da Horta de São Sebastião. Com base na Visitação Espatária de 1510, admitimos que
a igreja conventual foi erguida sobre o espaço da ermida de S. Sebastião.
2.2. ANTES
DO CONVENTO :
ERMIDA DE S. SEBASTIÃO
DO TORRÃO
A FUNDAÇÃO DA
PELA
CÂMARA
O terreno onde no início do século XVII será construído o convento
denominava-se de Horta de S. Sebastião. A sua designação provinha
da existência até então de uma ermida com essa evocação. A visitação
da Ordem de Santiago em 1510 refere que a ermida tinha sido fundada pela Câmara Municipal do Torrão em data anterior, mas não
nos foi possível aferir qual. Como o seu orago indica, procurava-se
deste modo que o Santo protegesse a vila do perigo da peste. Por essa
razão, as ermidas com esta evocação costumavam estar localizadas
junto a uma das entradas da área
14
Podemos encontrar este
urbana 14. No presente caso, a ermodelo
em Alcácer do Sal,
mida localizava-se junto à estrada
onde igualmente a ermida de
que ia para Vila Nova da Baronia.
S. Sebastião tinha sido fundada
pelo município alcacerense,
Com base na referida Visitação,
sendo objecto de devoção
chegou até nós uma descrição da
particular como protetor
referida ermida que foi dada a cocontra a peste (PEREIRA,
2007: 110-111).
nhecer por BASTO (2003: 164-165)
e que, pelo seu interesse, inserimos neste estudo.
126
online
II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
“Visitaçam da irmida
de San Sabastião setuada
na freguesia da dita igreija
Item em XI dias do mes de Novembro da dita era de mill Ve e dez visitamos a irmida do mártir Sam Sabastião na maneira seguimte:
[fl. 14v.] Item item (sic) visitamos a ousia da dita irmida a quail he de
taipa com furmigãao de caall, as paredes e bem madeirada e huum pedaço delia sobre o altar forrado d'olivell quamto cobre o altar que estaa
demtro na ousia o quall altar he de taipa forrado de caall e tem huum
retavollo gramde com hûua imagem do martyr Sam Sabastiam muito
devota e a parede de trás do dito retavollo he pymtada e o arco da dita
ousia he de tijollo e tem de comprido três varas e mea e de larguo três varas
e estaa na dita ousia hûua alampada e o corpo da igreija tem as paredes
de taipa e tem huum arco no meyo delia de tijollo e he cuberta de telha
vãa e as portas delia sam novas e tem huum ferrolho com sua fechadura
muito bem fechada e tem de comprido oyto varas e de larguo quatro varas
e mea e o portal he de tijollo e amte a porta primcipall estaa huum alpemdre e as paredes delle sam de taipa e tem sete jenellas de tijollo o quall
tem de comprido sete varas e mea e de larguo duas varas e mea e por que
foy fuumdada pollo comeelho elle he obrigado de a correger.
FIG. 4 − Pormenor de um fresco existente no interior do
Convento de Santo António do Torrão, alusivo à Ordem de São Francisco.
Vistimemtas e omamemtos
Item hûua vistimemta de pano pyntado velha com sua alva estolla e
manipollo de todo comprida _______________________________I
vistimemta
Item huum fromtall de pano pymtado __________________I fromtall
Item cimquo mesas de mamtees ______________________V mamtees
[fl. 15] Item hûua estamte de paao ____________________I estamte
Item dous castiçaees de malega ______________________II castiçaees
Item tem a dita irmida huum cyrcuyto da redor o quail tem da parede
da dita irmida da parte do Norte ate o marco que estaa de fromte seys
varas e mea e da parte do Sull da parede do alpemdre ate ho marco que
estaa de fromte seys varas e da parte do Levamte da parede da ousia tern
huua vara e duas terças”.
Na Visitação da Ordem de Santiago efetuada em 1534 (BASTO, 2003:
229) a ermida volta a ser descrita da seguinte maneira:
“[fl. 12] Visytaçam da irmida de Sam Sebastiam
Item a irmida di Sam Sebastiam, a saber, a capella e o corpo da irmida
e alpemdre esta todo muito bem madeirada e forrada de canas e tudo
ladrilhado e ho alpendre esta sobre três arcos de tijollo e sobre ho altar tem
huas toalhas e debaixo das toalhas hums mamtees e tem hum fromtall e
huas cortinas em cima do alltar tudo de sarje vermelha pimtadas e tem
hûa pedra dará.
Do que mais crecio
Item huum caliz de prata bramco que pesa com sua patana seis omças e
mea ____________________________VI omças mea”.
2.3. O
CONVENTO : BREVES APONTAMENTOS
DE ÂMBITO HISTÓRICO
Desconhecemos se a ermida de S. Sebastião ainda existia em 1584.
Contudo, no dia 5 de janeiro desse ano foi passada uma carta de aforamento da Horta de São Sebastião, cujo testemunho manuscrito foi
depositado no cartório deste convento. Podemos presumir que sim,
estando a sua manutenção ainda a
15
De referir que quando o
cargo da Câmara do Torrão 15. No
Frei Lourenço de Portel fez
dia 1 de março de 1602 é passado
uma petição, em 1604, para a
o testamento de Mecia Lopes,
criação desta casa religiosa, relata
que teve que pedir autorização ao
viúva de Vasco Borralho, a qual
povo e Câmara do Torrão,
vai deixar uma verba para a funtestemunhando deste modo essa
dação de um convento da Ordem
jurisdição neste espaço,
que advinha da existência dessa
de S. Francisco. Dois anos passaermida, conforme o estipulado
dos, no dia 23 de fevereiro de
na Visitação Espatária de 1510
1604, é passada uma petição na
e confirmado em 1534.
qual o Provincial da Ordem de S.
Francisco, Frei Lourenço de Portel, informava o Provedor de Beja de
que tinha tomado posse de uma terra com o consentimento da Câ-
127
ESTUDOS
mara e do povo da Vila do Torrão, para nela se fazer um Convento
do qual tinha licença do Duque de Aveiro, D. Álvaro, mas que ainda
lhe faltava a Licença do Rei, neste caso Filipe II de Portugal. No mês
seguinte, no dia 7 de março de 1604, era efetuada a escritura da posse da Horta de S. Sebastião. A obra para erguer a casa monástica terá
começado pouco depois tendo como base a referida ermida, em cujo
espaço vai ser erguida a igreja do convento. As obras irão prosseguir
nas décadas seguintes. Data de 1613 uma declaração dos pedreiros e
em 1627, no reinado de Filipe III de Portugal, foi efetuado um rol do
que se gastou nas obras da capela-mor.
Diogo Barbosa MACHADO (1752: 36) aponta Frei Lourenço de Portel
como o fundador do Convento de Santo António do Torrão, facto
que é confirmado pela documentação manuscrita exposta neste estudo. Mas quem foi este Provincial da Ordem Seráfica? Segundo
MACHADO (1752: 36-37): “Fr. Lourenço Portel natural da villa do seu
apelido situada na Provincia do Alemtejo, e hum dos celebres alunos da
Seráfica Provincia dos Algarves, que igualmente ilustrou com os escritos,
como edificou com as virtudes. Depois de professar em o Convento de
Campomayor se aplicou com incansável desvelo ao estudo das sagradas
letras que dictou com aplauzo aos seus domésticos até jubilar no magistério. Entre os grandes Theologos do seu tempo se distinguio na pratica da
Theologia Moral com que serenava conciencias escrupulozas quando era
consultado uzando da mesma sciencia no tribunal da Confissão onde derigia com suaves documentos as almas para o caminho da eternidade.
Tendo sido Guardião do Convento de Setúbal no ano de 1596 e Confessor das religiosas do Convento da Madre de Deos situado fora dos muros de Lisboa foy eleito Provincial em o anno de 1601 e entre as açoens
que fez dignas de memoria no tempo do seu governo foraõ as ereçoens da
igreja do Convento de S. Francisco de Setúbal, e do Convento de Santo
António do Torraõ. Nunca o respeito lhe impedio a liberdade do seu voto,
de tal forte que sendo chamado por El-Rey D. João IV para interpor o seu
parecer na eleição de hum Patriarcha que confirmasse os Bispos por ele
nomeados aos quaes o Pontifice em obsequio da Coroa de Castella repugnava confirmar, lhe disse intrepidamente. Senhor Unus Pastor, & unum
ovile de cuja apostólica reposta se seguio suspender aquelle intento. Falleceo com summa piedade na provecta idade de 100 annos em o Convento
de Santa Maria de Enxobregas em 31 de Agosto de 1644 sendo Guardião
Fr. Diogo Cezar, e Provincial Fr. Martinho de Santo Antonio. Passado
hum seculo foraõ tresladados os seus ossos por deligencia do Padre Fr. Joaõ
de Nossa Senhora Chronista da Provincia, e Qualificador do Santo Officio para o transito que corre da portaria ao Claustro, e sobre huma grande pedra embebida na parede lhe
16
De seguida é exposta
gravou hum largo epitáfio Latia sua produção académica
no…” 16.
mais relevante.
128
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II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
FIG. 5 − Capa de umas das muitas obras em Latim de Frei Lourenço
de Portel, quase sempre relacionadas com Teologia e as Regras da
Ordem Seráfica.
Como foi anteriormente referido na nota biográfica de Frei Lourenço
de Portel, após a Restauração da Independência de Portugal, em
1640, a Cúria Romana não reconhecia D. João IV como Rei de Portugal e muito menos a existência política deste como Reino Independente. Nas palavras de MACHADO (1752: 37), o Papa e a Cúria Romana, atuavam dessa maneira “… em obsequio da Coroa de Castella…”. Apesar destes factos remontarem ao período pós-1640, continuamos a desconhecer a existência de Bulas ou Breves Papais enviados para este convento durante o Período Filipino. A fazer fé na documentação existente, a primeira documentação da Cúria Romana remetida para esta casa religiosa data de 1679, reinado de D. Afonso VI,
numa altura em que o Papa começa a aceitar a ideia de um Reino de
Portugal como entidade política independente da Coroa Espanhola.
A partir de 1680, e acentuando-se a partir de 1686, o convento começa a receber um conjunto de Bulas e Breves, revelando deste modo a
interferência gradual da Cúria Romana.
No âmbito das fontes impressas, pouco foi escrito em relação a este
imóvel religioso. Duas das fontes cruciais para a História da Província
Seráfica do Algarve ou de Xabregas, escritas no século XVIII por Frei
Jeronymo de Belém, Frei Manuel da Esperança e Frei Fernando da
Soledade, nada nos revelam sobre a sua História.
FIGS. 6 E 7 − Igreja do Convento
de Santo António do Torrão.
À esquerda, capela lateral com
motivos alusivos à Ordem de São
Francisco.
Em baixo, capela-mor.
Uma das razões prende-se com a morte prematura de algum dos cronistas, caso de Frei
Jeronymo de Belém. Outros autores, como
por exemplo António de Oliveira Freire, pouco adiantam. Neste caso, se bem que tenha tido a preocupação de dar a data da fundação
do Convento de Capuchos Piedosos da Vidigueira, datado de 1595, e de Nossa Senhora
das Relíquias, Convento de Carmelitas calçados no termo da Vidigueira, fundado em
1496, para o Torrão limitou-se a escrever
(FREIRE, 1739: 137): “O Convento de Franciscanos da Villa do Torraõ. Nossa Senhora da graça Franciscanas da mesma Villa”.
Quando refere a vila do Torrão, apresenta-a
num esquema onde agrupa as restantes vilas
sedes de município que pertenciam à Comarca da cidade de Beja, onde discrimina se
tem ou não uma Santa Casa da Misericórdia,
qual o número de Paróquias, de Fogos e de
Almas, sinónimo de pessoas. Para o Torrão
menciona a existência de uma Misericórdia.
A vila tinha 446 fogos, onde habitam 1224
almas, constituindo uma Paróquia.
Um dos guardiões deste convento no século
XVIII foi, segundo MACHADO (1741: 591), o
Fr. Clemente da Cruz: “Fr. Clemente da Cruz.
Naceo em Lisboa a 23 de Novembro de 1685 e
teve por Pays a Balthasar Borges da Sylva, e a
Maria dos Reys Freyre. Recebeo o Habito Serafico no Convento de Santa Maria de JESUS de
Xabregas, da Provincia dos Algarves, a 23 de fevereiro de 1702 e professou em dia de saõ Mathias do anno seguinte. Depois de ter sido Secretario de diversos Provinciaes, foy Guardiaõ dos
conventos de Sines, Crato, Torraõ, e ultimamente de Saõ Francisco de Beja, donde passou a
Vigario, e Confessor das Religiosas Capuchas de
129
ESTUDOS
santa Clara do convento de nossa senhora dos Martyres de sacavem. He
Prégador Jubilado, e muito sciente
em a Musica, e naõ menos destro em
tocar Orgaõ” 17.
3. ANÁLISE
DOCUMENTAL :
ALGUNS COMENTÁRIOS
17
Publicou as seguintes obras:
Novena espiritual do glorioso padre
Saõ Diogo de Alcala Mestre de
Sabios, remedios de pobres,
consolação de afligidos, e refúgio
poderoso de pequenos, e grandes,
Potentados, Principes, e Reys. Lisboa,
na Officina Ferreiriana, 1725. 8;
Vida admirável do santíssimo Padre
Benedicto XIII amantíssimo filho
da esclarecida Religião de Nosso
Padre Saõ Domingos, extrahida da
sucessaõ Pontificia, e posta na nossa
língua vulgar. Lisboa, por Pedro
Ferreira Impressor da sereníssima
Rainha. 1739. 4; Promptuario de
cerimonias, e Officios Divinos de
toda a Semana Santa, com a solfa
de tudo quanto se canta nestes
dias. M.S. 4. Está prompto
para a impressaõ.
Constatamos, com base na documentação existente no Arquivo
Distrital de Beja, ser notório que a
produção documental começa a
rarear a partir da segunda década
do século XIX. Entre os problemas políticos que poderemos anunciar, os mais relevantes prendem-se com as Invasões Francesas, como consequência direta do Bloqueio
Continental imposto por Napoleão à Inglaterra, entre 1806 e 1807.
Após a recusa portuguesa em acatar essa imposição, dá-se a 1.ª Invasão Francesa, por Junot 18. A
18
Os Franceses só abandonariam
Corte Portuguesa segue no dia 27
definitivamente Portugal
de Novembro de 1807 para o Braem 1811.
sil. D. João VI designa cinco governadores e dois secretários para governar Portugal enquanto estiver
ausente. Nesta fase temos um documento datado de 23 de junho de
1806, que conta de uma sentença civil a favor dos religiosos do con-
vento de Santo António do Torrão contra António Baião da Lança
Parreira.
Pouco depois eclode a guerra civil entre Liberais e Absolutistas.
Novamente parece cair sobre o convento um silêncio documental.
Data do reinado de D. Miguel a elaboração de um Livro de patentes,
em 1828. No período posterior à Guerra Civil de que saem vitoriosas as forças Liberais situa-se o último documento conhecido deste
convento. A data, 1834, corresponde também à sua extinção no
âmbito da “Reforma Geral Eclesiástica” empreendida pelo Ministro e
Secretário de Estado Joaquim António de Aguiar e executada pela
Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), no cumprimento do Decreto de 30 de maio 19.
19
Nele foram extintos os
A juntar a este facto temos, em reconventos, mosteiros, colégios,
lação ao Torrão, outra data fatídihospícios e casas de religiosos
ca. Pelo decreto de 6 de novembro
de todas as ordens religiosas,
ficando os de religiosas sujeitos
de 1836, o número de concelhos
aos respetivos bispos até à
do Continente passa de 799 para
morte da última freira.
351.
Nessa reforma administrativa é suprimido o concelho do Torrão. Este
vai ser desmembrado, passando as suas freguesias rurais de Odivelas e
Santa Margarida do Sadão para o concelho de Ferreira do Alentejo,
enquanto a freguesia do Torrão é anexada ao concelho do Alvito
(MARQUES, 2002: 223).
Ainda no decurso do século XIX, em 1871 e por questões de ordem
eleitoral, dado que o concelho de Alcácer do Sal tinha escassa população, é anexada a este último município a freguesia do Torrão, que
transita do concelho do Alvito, no dia 3 de abril desse mesmo
ano.
BIBLIOGRAFIA
FONTES
MANUSCRITAS
1. Arquivo Distrital de Beja
Fundo Documental do Convento de Santo António
do Torrão (http://digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id
=1051483, última consulta, 3-03-2014).
001 - Receitas e Despesa - 1828/1834 (http://
digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id=1051488).
018 - Livros das Patentes - 1828/1834 (http://
digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id=1051495).
026 - Colecção Factícia - 1602-03-01/1823-08-06
(http://digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id=
1051498).
0001 Maço 1 – documentos diversos - 1618-08-17
a 1820-01-09.
0002 Maço 2 – documentos diversos - 1604-03-07
a 1823-07-02.
0003 Maço 3 – documentos diversos - 1604-03-08
a 1823-08-06.
0004 Maço 4 – documentos diversos - 1604-02-23
a 1779-12-12.
130
online
II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
0005 Maço 5 – documentos diversos - 1602-03-01
a 1791-06-19.
0006 Maço 6 – documentos diversos - 1632-11-30
a 1821-08-31.
0007 Maço 7 – documentos diversos - 1635-11-30
a 1767-09-05.
2. Arquivo Histórico do Ministério da Economia
Venda de Objectos existentes no extinto
Convento de S. Francisco do Torrão – 1843.
Código de Referência - PT/AHMOP/MR-002/MR
2 D 1R/2/ 133-223/MR 2D 2R 1 - Lº 1 - nº 148
(http://arquivohistorico.min-economia.pt/arquivo
historico/ details?id=11432, consultado
em 03-03-2014).
3. Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Convento de Santo António do Torrão – 1781.
Registo Geral de Merces de D. Maria I, Liv. 10,
f. 149 (http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id=
1980768, consultado em 03-03-2014).
4. Arquivo Histórico da
Santa Casa da Misericórdia do Torrão
CARVALHO, António Rafael (2013) – [Transcrição do]
Tombo dos bens, Rendas, Foros e previlegios da Sancta
Caza da Misericórdia desta Villa do Torrão que fez
por Alvara de sua Magestade que Deus guarde o
Doutor Luis Pegas de Beja, Provedor desta Comarca
(1699-1871). 577 fólios (policopiado).
5. Biblioteca Nacional de Lisboa
A documentação referente ao Convento de
Santo António do Torrão depositada nesta instituição
foi identificada mas não analisada neste estudo.
FONTES
IMPRESSAS
BASTO, Ana Carolina de Domenico de A. (2003) –
A Vila do Torrão Segundo as Visitações de 1510 e
1534 da Ordem de Santiago. Dissertação de
mestrado apresentado à Universidade do
Porto (policopiado).
CARDOSO, P. Luís (c. or.) (1747-1751) – Dicionário
Geográfico. Lisboa: Régia Oficina Silviana e da
Academia Real. 2 vols.
CASTRO, João Baptista de (1762-1763) – Mappa
de Portugal Antigo e Moderno. Lisboa. 3 Vols.
COELHO, André (2013) – Memória Paroquial da
Freguesia de Torrão, Comarca de Beja [ANTT,
Memórias Paroquiais, vol. 36, pp. 595-606].
Transcrição de Ofélia Sequeira, pp. 1-21. Em linha.
Disponível em http://www.portugal1758.uevora.pt/
index.php/lista-memorias/148-torrao/5109-torraotorrao (consultado a 28-02-2014).
COSTA, António Carvalho (1706-1712) – Corografia
Portuguesa e Descripçam Topografica do Famoso
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FREIRE, António de Oliveira (1739) – Descripçam
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de Miguel Rodrigues.
MACEDO, Carla (no prelo) – “Inquéritos Paroquiais
de 1758 no Concelho de Alcácer do Sal: resposta
da Freguesia de Torrão”. Neptuno. Associação de
Defesa do Património de Alcácer do Sal.
MACHADO, Diogo Barbosa (1741) – Bibliotheca
Lusitana. Tomo I.
MACHADO, Diogo Barbosa (1752) – Bibliotheca
Lusitana. Tomo III.
ESTUDOS
BAPTISTA, João Maria (1876) – Chorographia
Moderna do Reino de Portugal. Vol. V.
BARBOSA, Isabel Maria de Carvalho Lago (1998) –
“A Ordem de Santiago em Portugal nos Finais da
Idade Média (Normativa e Prática)”. Militarium
Ordinum Analecta. 2: 93-327.
BRUNO, Josélia Adriana S. (2006) – O Foral
Manuelino da Vila do Torrão: análise e transcrição.
Universidade de Lisboa / Departamento de História
(policopiado)
CARVALHO, António Rafael (2009) – Torrão do
Alentejo: Arqueologia, História e Património.
Edição online da Freguesia do Torrão e Município
de Alcácer do Sal. 3 Volumes. Em linha.
Disponível em http://www.cm-alcacerdosal.pt/PT/
Actualidade/Publicacoes/Paginas/EstudosdoGabinete
deArqueologia.aspx.
CARVALHO, António Rafael e WU, Chia-Chin
(no prelo) – “Os Jesuítas, o Oceano e o Culto das
11 000 Virgens no Alentejo Litoral e em Taiwan
(臺灣): o caso de Alcácer do Sal e do naufrágio do
junco de André Feyo no litoral da planície de
Chianan (嘉南平原) em 1582, a caminho de
Nagasaki (長崎県)”. In Atas do 4 e 5 Encontros
de História do Alentejo Litoral. Sines.
CASTRO, Armando de (1997) – “O Poder
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em Portugal e no Sul da Europa. Lisboa: Ed. Colibri
e Câmara Municipal de Palmela, pp. 119-128
(Actas do II Encontro sobre Ordens Militares).
DIAS, João José Alves (1998) – “A População”.
In SERRÃO, Joel e MARQUES, A. H. de Oliveira
(coords.). Nova História de Portugal. Vol. V, pp. 11-52.
FAGULHA, Mário José Fava e TELO, Vera de Lurdes
Lourinho (2001) – Historial, Recolhas e Memórias
da Freguesia de Torrão (Alentejo). Alcácer do Sal:
Edição dos Autores.
LOURO, P. Henrique da Silva (1974) – Freguesias e
capelas Curadas da Arquidiocese de Évora: Séculos XII
a XX. Évora.
MARQUES, A. H. de Oliveira (2002) – “Organização
Administrativa e Política”. In SERRÃO, Joel e
MARQUES, A. H. de Oliveira (coords.). Nova
História de Portugal. Vol. IX, pp. 195-281.
PARDAL, Rute (2007) – As Elites de Évora ao Tempo
da Dominação Filipina: estratégias de controlo do
poder local (1580-1640). Lisboa: Edição Colibri
e CIDEHUS-EU.
PEREIRA, Maria Teresa Lopes (2007) – Alcácer do Sal
na Idade Média. Lisboa: Edições Colibri e Câmara
Municipal de Alcácer do Sal.
PEREIRA, Maria Teresa Lopes (2011) – “Um Olhar
Sobre o Património Religioso no Concelho de
Alcácer do Sal”. In Arte Sacra no Concelho de Alcácer
do Sal. Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora.
VILAR, Hermínia Vasconcelos (1999) – As Dimensões
de um Poder: a Diocese de Évora na Idade Média.
Lisboa: Editorial Estampa (Histórias de Portugal,
44).
ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão
documentação existente no Arquivo Distrital de Beja 20
Ano, mês e dia Título
Emissor, língua e dimensão
Reinado
Filipe I de Portugal (1581-04-17 [Cortes de Tomar] a 1598-07-13)
1584-01-05
Aforamento
Reinado
Filipe II de Portugal (1598-07-13 a 1621-03-31)
Português, 4 fólios
Coleção factícia
Maço 3, 00031
1602-03-…
Testamento
Português, 6 fólios
Maço 5, 00010
1602-03-01
Testamento de Mecia Lopes 21, viúva de Vasco Borralho
Português, 20 fólios
Maço 5, 00030
1604-02-23
Petição
Português, 4 fólios
Maço 4, 00029
21 A ausência de um normativo muito preciso para a escrita faz
com que a documentação medieval e moderna inclua várias versões
toponímicas e onomásticas. É o caso de Mecia Lopes, que também
surge como Missia e Mexia na documentação consultada.
1604 -03-07
Escritura da posse da Horta de São Sebastião
Português, 4 fólios
Maço 2, 00003
1604-03-08
a 1604-03-08
Escritura de venda das Hortas de São Sebastião
Português, 4 fólios
Maço 3, 00035
1604-05-16
a 1604-05-18
Escritura de venda
Português, 4 fólios
Maço 3, 00034
1609-01-11
Certidão
Português, 2 fólios
Maço 4, 00002
1610-03-13
Licença
Português, 6 fólios
Maço 3, 00009
Assunto
20 A quase totalidade da
documentação identificada
encontra-se guardada no Arquivo
Distrital de Beja. Consultado em
06-03-2014 - http://digitarq.adbja.
arquivos.pt/details?id=1051483.
Utilizámos para o efeito deste
quadro as referências descritivas
existentes no referido site. A restante
documentação foi identificada no
Arquivo Nacional da Torre do
Tombo (http://digitarq.dgarq.gov.pt/
details?id=1980768), havendo
documentos, em número diminuto,
preservados noutras instituições.
Petição realizada pelo Provincial Frei
Lourenço de Portel ao Provedor de Beja,
em que dizia ter tomado posse de uma terra
com consentimento da Câmara e do povo da
Vila do Torrão, para nela se fazer o Convento
que tinha licença do Duque de Aveiro
D. Álvaro, acrescentando que lhe faltava a
Licença do Rei.
...132
131
ESTUDOS
131...
ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão
documentação existente no Arquivo Distrital de Beja
Ano, mês e dia Título
132
Emissor, língua e dimensão
Coleção factícia
1611-10-15
Venda do foro da Carta em que se fundou
este Convento
Português, 2 fólios
Maço 3, 00022
1612-06-23
Petição para trasladar os ossos de Vasco Borralho
para o Convento
Português, 2 fólios
Maço 5, 00023
1613-11-01
Declaração dos pedreiros
Português, 4 fólios
Maço 3, 00008
1614-05-30
Carta
Português, 2 fólios
Maço 4, 00022
1616-04-16
Lembrança da Fundação deste Convento
Português, 2 fólios
Maço 5, 00015
1618-01-09
Licença
Português, 4 fólios
Maço 3, 00030
1618-01-07
a 1619
Provisão para se pregar em São Romão
Português, 6 fólios
Maço 3, 00005
1618-02-04
Monitória
Português, 4 fólios
Maço 5, 00008
1618 -08-17
Escritura de venda de vacas
Português, 6 fólios
Maço 1, 00004
1619-02-08
Monitória
Português, 8 fólios
Maço 5, 00007
1619-05-14
a 1619-07-29
Provisão de Sua Majestade concedendo autorização
para pregar e dizer missa nas Igrejas desta Vila
[do Torrão] e seu Termo
Latim, 15 fólios
Maço 3, 00028
1619-11-16
Diligência
Português, 5 fólios
Maço 3, 00033
1620-04-03
Sentença
Português, 8 fólios
Maço 4, 00010
Reinado
Filipe III de Portugal (1621-03-31 a 1640-12-01)
1621-11-23
Escritura
Português, 16 fólios
Maço 5, 00019
1622-12-14
Certidão
Português, 2 fólios
Maço 4, 00001
1627
Rol do que se gastou nas obras da capela-mor
Português, 2 fólios
Maço 3, 00003
1630-01-17
Provisão para dizer as Missas e Sermões na Igreja
de São Romão [do Sado]
Português, 4 fólios
Maço 4, 00017
1633-06-02
Moratória para o marchante dar ao povo a carne
que não queria dar
Português, 4 fólios
Maço 2, 00036
1635-11-30
Declaração de Vontade
Português, 2 fólios
Maço 7, 00007
1636
Escritura
Português, 18 fólios
Maço 7, 00001
1637-01-15
Procedimento contra várias pessoas
Português, 6 fólios
Maço 4, 00025
1638-07-14
Relação sumária do conteúdo nos anexos
Português, 10 fólios
Maço 1, 00013
1638-07-16
Carta
Português, 4 fólios
Maço 4, 00023
1638-07-30
Provisão da fundação do Convento de Santo
António do Torrão
Português, 2 fólios
Maço 1, 00020
1639-02-04
Sentença de Mecia Lopes
Português, 11 fólios
Maço 7, 00004
Reinado
D. João IV (1640-12-01 a 1656-11-06)
1642-05-20
Capela de Vasco Borralho
Português, 4 fólios
Maço 5, 00029
1645-11-02
Cédulas do testamento de Lourenço da Cruz
Português, 10 fólios
Maço 7, 00008
1646-07-06
Certidão
Português, 6 fólios
Maço 4, 00030
1646-12-14
Sentença contra Duarte Madeira, tutor de Pedro Cabral
Português, 10 fólios
Maço 5, 00006
1654
Carta
Português, 4 fólios
Maço 4, 00027
1656
Moratória para se pagar a fábrica da capela-mor
Português, 4 fólios
Maço 2, 00028
1656-04-29
Moratória contra Manuel Pedreiro por dívida de
três mil reis de foro
Português, 4 fólios
Maço 2, 00018
Português, 2 fólios
Maço 4, 00020
Reinado
D. Afonso VI (1656-11-06 a 1683-07-12)
1659-06-26
Monitória
1663-08-20
Obrigação de Missas
Português, 2 fólios
Maço 5, 00018
1664-03-24
Monitoria
Português, 4 fólios
Maço 2, 00033
1668-05-20
Carta Precatória para ser citado Pedro Cabral
Português, 10 fólios
Maço 5, 00024
1674-07-05
Carta Precatória para serem sequestrados os bens
de Pedro Cabral da vila de Setúbal
Português, 4 fólios
Maço 1, 00001
online
II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
Assunto
...133
ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão
documentação existente no Arquivo Distrital de Beja
132...
Ano, mês e dia Título
Emissor, língua e dimensão
Coleção factícia
Assunto
Embargantes: Amado de
Brito, Cónego e Promotor da Justiça do
Arcebispado de Évora. Embargados:
Deão do Cabido da Sé de Évora.
1676-08-17
a 1767-09-05
Embargo
Português, Maço 7,
24 fólios
Maço 7, 00003
1678-06-12
Carta
Português, 9 fólios
Maço 7, 00005
1679
Registos dos Autos da Bula de Dispensa
Português, 22 fólios
Maço 7, 00002
1679-11-16
Carta de aforamento a Gaspar dos Reis e sua mulher,
Isabel Vaz, da herdade do Monte Novo por 35 alqueires
de trigo anual
Português, 7 fólios
Maço 1, 00012
1680
Registo da Bula de Dispensa do Impedimento
de Consanguinidade
Latim, 36 fólios
Maço 3, 00025
1681
Embargo
Português, 4 fólios
Maço 6, 00009
1681-10-22
Título de cova na Igreja do Convento, dado por
quatro mil reis a Mateus Rodrigues
Português, 2 fólios
Maço 2, 00030
1682-06-19
Treslado dos autos de sequestro dos bens de
Pedro Cabral Henriques
Português, 16 fólios
Maço 1, 00002
1683-01-04
Citação a Pedro Cabral
Português, 2 fólios
Maço 5, 00025
1683-01-04
Procuração de Pedro Cabral
Português, 2 fólios
Maço 7, 00012
1683-04-26
Certidão da escritura de Doação que fez ao
Convento Mercia Loppez e do teor do Testamento
Português, 10 fólios
Maço 5, 00001
Reinado
D. Pedro II (1683-07-12 a 1706-12-09)
1685-12-17
Provisão para pregar no Advento e Quaresma
Português, 8 fólios
Maço 4, 00018
1686-07-06
a 1686-08-07
Apresentação da Bula
Português, 19 fólios
Maço 3, 00018
1686-09-13
Escritura
Português, 4 fólios
Maço 5, 00013
1687-10-09
a 1667-10-24
Registo das Apresentações da Bula de Dispensa
Português, 30 fólios
Maço 4, 00007
1688-03-31
Provisões do rei Dom Pedro II
Português, 2 fólios
Maço 4, 00011
1688-09-17
Breve de Altar privilegiado dado pelo Papa Inocêncio XI Latim, 1 fólio
Maço 3, 00024
1690-11-03
Breve do papa Alexandre VIII
Latim, 1 fólio
Maço 3, 00023
1690-12-07
Breve do papa Alexandre VIII
Latim, 2 fólios
Maço 4, 00019
1691-06-09
Licença para se expor o Santíssimo Sacramento
e fazer Procissão no dia da Festa do Padroeiro
Português, 6 fólios
Maço 3, 00004
1695-04-29
a 1703-06-30
Acórdão da Câmara [do Torrão] que isenta os
Religiosos da 3 Ordem [seráfica] de pagarem o
Real de água posto nas carnes
Português, 10 fólios
Maço 4, 00008
1697-03-20
Despacho da Câmara [do Torrão]
Português, 2 fólios
Maço 4, 00012
1701-12-10
Escritura de compra de três alqueires e meio de Trigo
Português, 7 fólios
Maço 6, 00006
1704-04-30
Escritura de venda de Moio de Trigo
Português, 14 fólios
Maço 7, 00011
1704-05-15
Sentença contra o Lavrador da Salema
Português, 10 fólios
Maço 2, 00017
1704-05-19
Ordem de Sequestro dos Bens de João de Faria Cabral
Português, 2 fólios
Maço 1, 00010
1704-11-11
Declaração da obra da tribuna da Capela do Convento
Português, 1 fólio
Maço 3, 00016
1705-03-03
Procuração para cobrança de 40 mil Réis
a João de Faria Cabral
Português, 2 fólios
Maço 1, 00014
Reinado
D. João V (1706-12-09 a 1750-07-31)
1707-12-21
Carta de Cortesia
Português, 2 fólios
Maço 5, 00032
1708-05-21
Carta
Português, 2 fólios
Maço 5, 00033
1711-08-25
Alvará Real
Português, 2 fólios
Maço 4, 00028
1712-06-10
Monitória contra João Faria Cabral, da Vila de Setúbal
Português, 5 fólios
Maço 5, 00002
Sequestro dos bens de João Faria Cabral,
morador em Setúbal, sucessor dos bens da
capela que instituiu Mexia Lopes, com o
encargo de porem retábulo com friso de ouro
na Capela-Mor deste convento
...134
133
ESTUDOS
ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão
documentação existente no Arquivo Distrital de Beja
133...
Ano, mês e dia Título
134
Emissor, língua e dimensão
Coleção factícia
Português, 9 fólios
Maço 4, 00024
1712-06-11
Papéis da Demanda
1712-11-22
Carta Precatória contra Vasco Borralho
Português, 4 fólios
Maço 6, 00007
1713-05-04
Declaração de pagamento de Capela
Português, 2 fólios
Maço 7, 00006
1713-07-16
Carta Precatória para sequestro dos bens
de Vasco Borralho
Português, 4 fólios
Maço 1, 00015
1713-07-16
Monitória contra João Cardim por dívida de
dezoito mil e quinhentos reis e 50 alqueires de trigo
Português, 4 fólios
Maço 1, 00016
1713-08-16
Monitória contra Vasco Borralho Villa Lobos
Português, 2 fólios
Maço 5, 00022
1713
a 1713-12-09
Monitória com cláusula a favor dos religiosos
deste convento contra as pessoas no mesmo declaradas
Português, 8 fólios
Maço 3, 00019
1715-07-31
Treslado da provisão que isenta os religiosos do
convento de pagarem os novos impostos
Português, 3 fólios
Maço 2, 00031
1715-10-10
Escritura de trespasse
Português, 4 fólios
Maço 3, 00029
1715-08-02
Sequestro
Português, 2 fólios
Maço 3, 00017
1722-01-26
Carta
Português, 1 fólio
Maço 3, 00002
1725-04-23
Breve do Papa Benedito XIII
Português, 4 fólios
Maço 3, 00015
1727-01-04
Aviso de Indulgência plenária concedida
pelo Papa Benedito XIII
Latim, 1 fólio
Maço 4, 00015
1727-09-11
Petição
Português, 8 Fólios
Maço 2, 00001
1727-09-18
Patente do Comissário Geral Frei João de Sotto
Português, 1 fólio
Maço 2, 00038
1727-10-…
Breve
Latim, 6 fólios
Maço 3, 00007
1727-10-07
Breve do Papa Benedito XIII
Latim, 2 fólios
Maço 3, 00027
1727-10-07
Breve do Papa Benedito XIII
Latim, 2 fólios
Maço 4, 00014
1731-10-24
Extrato do Breve Apostólico do Papa Clemente XII
Latim, 1 fólio
Maço 2, 00027
1735-03-07
Sentença
Português, 5 fólios
Maço 4, 00009
1737
Certidão
Português, 1 fólio
Maço 4, 00003
1737-10-15
Certidão das Fazendas do Património
Português, 2 fólios
Maço 2, 00035
1740-05-27
Carta de Embargo
Português, 8 fólios
Maço 1, 00007
1740-09-20
Monitória contra várias pessoas devedoras ao convento
Português, 8 fólios
Maço 1, 00006
1740-11-22
Certidão do testamento de Josefa Maria Enxoa
Português, 16 fólios
Maço 5, 00009
1741
Monitória contra João António Parreira da Lança
Português, 6 fólios
Maço 5, 00012
1744-12-06
Certidão de “Sacro Habitu”
Latim, 3 fólios
Maço 3, 00021
1745-01-03
Escritura pela qual a comunidade emprestou à
Ordem Terceira deste Convento duas imagens de
São Francisco e de Santo António para colocarem
em dois nichos da sua Capela
Português, 3 fólios
Maço 3, 00020
1746-01-11
Sequestro dos bens de João Cardim Torres por capela
do seu irmão António
Português, 1 fólio
Maço 2, 00022
1746-04-01
Edital
Português, 1 fólio
Maço 3, 00014
1749-03-07
Auto de sequestro contra Vasco José Cardim
de Villa Lobos
Português, 3 fólios
Maço 3, 00036
1749-03-19
Carta de sequestro dos bens de Vasco José Cardim
Borralho, administrador da capela de Vasco Borralho
Português, 2 fólios
Maço 1, 00019
1749-08-24
Sequestro dos bens de que é administrador
Vasco José Cardim de Villa Lobos
Português, 2 fólios
Maço 1, 00011
1749-09-27
Letras Apostólicas
Português e Latim,
6 fólios
Maço 2, 00016
1750-03-16
Declaração de recebimento de quatro mil reis
de Miguel Carlos do Amaral
Português, 2 fólios
Maço 2, 00019
online
II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
Assunto
Letras Apostólicas do Papa Benedito XIV
mandadas imprimir e divulgar por Dom Frei
Miguel de Távora, Arcebispo de Évora
...135
ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão
documentação existente no Arquivo Distrital de Beja
134...
Ano, mês e dia Título
Emissor, língua e dimensão
Coleção factícia
Assunto
Reinado
D. José (1750-07-31 a 1777-02-24)
1755-01-22
Acórdão da Câmara [do Torrão]
Português, 4 fólios
Maço 4, 00016
1755-02-07
Certidão de dívida do funeral a
Margarida Josefa de Santa Ana
Português, 2 fólios
Maço 3, 00011
1757
Sentença contra o Prior Estevão Delgado
Português, 26 fólios
Maço 7, 00010
1757-12-22
Sentença contra o Prior Estevão Delgado
Português, 15 fólios
Maço 7, 00009
Sentença contra o Prior Estevão Delgado por
querer impedir os religiosos de aceitar as
ofertas declaradas pelos testadores nos seus
testamentos.
1758-01-19
Patente
Português e Latim,
8 fólios
Maço 2, 00037
Contém selo maior do ofício do Convento
de Santa Maria de Jesus de Xabregas.
1759-03-09
Confissão de dívida de José dos Santos de
Alvito ao Convento
Português, 1 fólio
Maço 1, 00017
1759-05-16
Sentença
Português, 4 fólios
Maço 3, 00037
1763
Sentença
Português, 3 fólios
Maço 4, 00021
1765
Registos de pagamento da Décima
Português, 18 fólios
Maço 5, 00028
1765-04-29
Treslado da provisão para pastar o gado miúdo
Português, 2 fólios
Maço 2, 00034
1766
Certidão do testamento do desembargador
Diogo da Silva
Português, 51 fólios
Maço 5, 00003
1766
Rol do pagamento da Décima
Português, 14 fólios
Maço 3, 00006
1766-04-22
Certidão da verba do testamento do desembargador
Diogo da Silva de Gouveia
Português, 6 fólios
Maço 5, 00026
1767-02-14
Requerimento
Português, 2 fólios
Maço 5, 00004
1767-05-27
Petição para se mandar fazer a obra de restauro
da capela-mor a expensas do Padroeiro
Português, 9 fólios
Maço 2, 00006
1773-10-16
Declaração de pagamento de dez moedas de ouro
Português, 2 fólios
Maço 2, 00024
Reinado
D. Maria I (1777-03-24 a 1816-03-20)
1779-10-13
Carta de Encomenda para a Freguesia de
Santo Estevão de Odivelas
Português, 1 fólio
Maço 4, 00005
1779-12-12
Certidão de Provisão
Português, 2 fólios
Maço 4, 00013
1781-01-14
Convento de Santo António do Torrão
Português, 1 fólio
Registo Geral de
Alvará. Esmola de uma arroba de cera no
Merces de D. Maria I, Rendimento de um por cento e Obra Pia
liv. 10, f. 149 (Arquivo paga pela Folha do Guarda.
Torre do Tombo)
1781-01-27
a 1784-07-18
Carta de Mercê ao Guardião e mais Religiosos do
Convento de Santo António da vila do Torrão de
uma cadeira de gramática Latina por 13 anos
Português, 2 fólios
Maço 1, 00005
1784
a 1789-07-24
Carta Régia
Português, 2 fólios
1788-03-10
Carta Precatória contra Vasco Borralho
Português, 6 fólios
Maço 6, 00008
1791-05-16
Requerimento de António Bayão
Português, 4 fólios
Maço 5, 00011
1791-06-19
Parecer do Requerimento que fez
António Bayão Parreira
Português, 2 fólios
Maço 5, 00016
1791-06-19
Relação das Capelas deste Convento
Português, 19 fólios
Maço 5, 00017
1799-07-15
Carta Precatória
Português, 8 fólios
Maço 6, 00003
1804-01-18
Treslado da Escritura de compra de 90 alqueires
de trigo por Luís Henriques da Costa da Capela
de Diogo da Silva
Português, 9 fólios
Maço 1, 00003
1806-06-23
Sentença civil a favor dos Religiosos de
São Francisco contra António Baião da Lança Parreira
Português, 55 fólios
Maço 6, 00004
Carta de sua Majestade Rainha Dona Maria
ao guardião e mais religiosos do Convento de
Santo António da vila do Torrão, de uma
cadeira de Gramática Latina por 13 anos
anuais com ordinária anual de 60 mil reis.
Carta pela qual sua Majestade a Rainha
Dona Maria concede ao guardião do
Convento de Santo António uma escola de
ler e escrever pelo tempo de três anos.
...136
135
ESTUDOS
ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão
documentação existente no Arquivo Distrital de Beja
135...
Ano, mês e dia Título
Emissor, língua e dimensão
Coleção factícia
Reinado
D. João VI (1816-03-20 a 1826-03-10)
1819-12-03
a 1820-04-19
Cópia de Sentença
Português, 1 fólio
Maço 6, 00002
1820-01-09
Confissão de dívida de Joaquim Rodrigues
Bicho ao Convento
Português, 1 fólio
Maço 1, 00018
1820-07-20
Declaração de recebimento de 20 350 Réis
Português, 1 fólio
Maço 2, 00032
1821-03-26
Sentença Civil a favor dos Religiosos de
São Francisco contra João Alexandre Baião
Parreira de Sande Salema
Português, 193 fólios
Maço 6, 193 fólios
1823-08-06
Patente do Comissário Geral Frei João de Sotto
Português, 1 fólio
Maço 3, 00001
Reinado
D. Pedro IV (1826-03-10 a 1826-05-28)
Reinado
D. Miguel (1828-07-11 a 1834-05-26)
1828
Livros das Patentes
Reinado
D. Maria II (1834-05-26 = 1853-11-15)
1843
Arquivo Histórico do Ministério da Economia
Venda de Objectos existentes no extinto Convento de S. Francisco do Torrão -1843
Código de Referência - PT/AHMOP/MR-002/MR 2 D 1R/2/133-223/MR 2D 2R 1 - Lº 1 - nº 148.
Português, 1 Livro
Assunto
Livro para se lançarem as Patentes.
Documentação elaborada e guardada no Cartório do Convento e que, por razões diversas, não apresenta a data de produção
136
Sem data
Memória de todos os papéis que se encontram no cartório deste Convento
Português, 2 fólios
Sem data
Contra Brancanistas
Português, 4 fólios
Maço 2, 00002
Sem data
Sentença
Português, 11 fólios
Maço 2, 00004
Sem data
Escritura de aforamento
Português, 10 fólios
Maço 2, 00005
Sem data
Apontamentos
Português, 1 fólio
Maço 2, 00020
Sem data
Petição que fez o Prior da matriz da vila
para qualquer pessoa a sepultar no Convento
Português, 1 fólio
Maço 2, 00021
Sem data
Carta
Português, 1 fólio
Maço 2, 00023
Sem data
Sumário dos embargos para o conservador
por parte do Convento
Português, 4 fólios
Maço 2, 00025
Sem data
Cópia dos embargos recebidos
Português, 4 fólios
Maço 2, 00026
Sem data
Privilégios
Português, 14 fólios
Maço 3, 00010
Sem data
Declaração
Português, 4 fólios
Maço 3, 00012
Sem data
Moratória contra o Prior da Matriz da vila
para que se entregue a esmola do ofício
Português, 2 fólios
Maço 3, 00013
Sem data
Requerimento
Português, 1 fólio
Maço 3, 00026
Sem data
Requerimento
Português, 1 fólio
Maço 3, 00032
Sem data
Demanda
Português, 4 fólios
Maço 4, 00004
Sem data
Testamento
Português, 12 fólios
Maço 4, 00006
Sem data
Petição
Português, 6 fólios
Maço 4, 00026
Sem data
Certidão
Português, 11 fólios
Maço 4, 00031
Sem data
Rol
Português, 8 fólios
Maço 4, 00032
Sem data
Capela Instituída por Josefa Maria
Português, 1 fólio
Maço 5, 00005
Sem data
Requerimento
Português, 1 fólio
Maço 5, 00020
Sem data
Lembrança de João Cabral para a capela-mor
Português, 2 fólios
Maço 5, 00021
Sem data
Provisão Régia
Português, 4 fólios
Maço 5, 00027
Sem data
Obrigantes da Capela de Vasco Borralho
Português, 2 fólios
Maço 5, 00030
Sem data
Carta
Português, 2 fólios
Maço 6, 00001
Sem data
Administração dos Conventos Masculinos
da Ordem dos frades Menores, Província do Algarve
Português
Maço 95, n. s 11
(Arquivo Nacional da
Torre do Tombo)
online
II SÉRIE (19)
Tomo 1
JULHO 2014
Maço 5, 00014
[travessa luís teotónio pereira, cova da piedade, almada]
[212 766 975 | 967 354 861]
[[email protected]]
[http://www.caa.org.pt]
[http://www.facebook.com]
... contacte-nos
Educação Patrimonial
Ano Letivo 2013-2014
mais de 150 ações
3150 alunos e respetivos professores
30 escolas
• campo de simulação arqueológica
• aldeia pré-histórica
• escavação lúdica
• romanos no vale do Tejo
• à procura da janela da carochinha
• batalha da Cova da Piedade
• ...
[http://www.almadan.publ.pt]
[http://issuu.com/almadan]
uma edição
[http://www.caa.org.pt]
[http://www.facebook.com]
[[email protected]]
[212 766 975 | 967 354 861]
[travessa luís teotónio pereira, cova da piedade, almada]
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