há mais na internet [http://www.almadan.publ.pt] toda a informação sobre as edições em papel à distância de alguns toques índices completos resumos dos artigos onde comprar como encomendar Iª Série (1982-1986) como colaborar ... IIª Série (1992-...) uma edição EDITORIAL data em que são escritas estas linhas (meados de Junho de 2014), o percurso da Al-Madan Online continua a justificar o esforço editorial do Centro de Arqueologia de Almada e a valorizar o trabalho dos seus colaboradores. Os dados estatísticos da plataforma ISSUU (http://issuu.com/almadan) relativos ao último semestre comprovam-no: 162.384 visualizações e 8112 leitores, com predomínio dos portugueses (3033), mas em reflexo de uma clara expansão mundial (Brasil, Espanha, Reino Unido, França, Alemanha, Taiwan, Itália e Bélgica são, por ordem decrescente, as origens dos acessos de leitura mais numerosos). Estes dados são ainda reveladores da impressionante taxa de crescimento e difusão desta solução editorial, se atendermos a que em período homólogo de 2013 os valores registados foram de 22.916 visualizações e de 1616 leitores! As 200 páginas deste novo tomo digital, um dos mais volumosos para corresponder à crescente procura dos autores, contribuirão certamente para consolidar e incrementar a afirmação do modelo de comunicação científica multidisciplinar que a Al-Madan Online materializa. Apresentam-se reflexões sobre os materiais de construção e a arquitectura do sítio proto-histórico do Castanheiro do Vento (Vila Nova de Foz Côa) e sobre as condições de navegação no litoral de Cascais (Lisboa) em Época Romana, a par dos resultados de intervenções arqueológicas realizadas no vale do Sabor (Trás-os-Montes) e no centro histórico de Lagos, que também revelaram contextos pré-históricos e romanos. É ainda tratado um interessante caso de reutilização medieval de um monumento funerário megalítico da zona de Nisa. A investigação osteoarqueológica está representada pela análise do conjunto ósseo exumado na necrópole medieval identificada aquando da expansão urbana de Serpa, enquanto os frutos e sementes recolhidos na Citânia de Briteiros (Guimarães) justificam uma abordagem carpológica. Dois estudos incidem em artefactos de pedra polida da região de Avis e nos cossoiros proto-históricos provenientes da Fraga dos Corvos (Macedo de Cavaleiros), dedicando-se outros a historiar a investigação arqueológica realizada na zona da Arrábida (península de Setúbal) e no Alentejo litoral (neste último caso centrando-se especificamente no período islâmico), a inventariar a documentação relativa ao convento franciscano do Torrão (Alcácer do Sal) e a reflectir sobre a evolução da iconografia associada a Apolo nos baixos-relevos e mosaicos antigos e tardo-antigos. No plano patrimonial, apresentam-se novidades sobre o sistema defensivo medieval de Albufeira e a evolução da frente ribeirinha de Alcochete, complementadas com trabalho sobre José Joaquim dos Santos Pinto, entalhador-escultor da Casa Real de D. Carlos. Há ainda noticiário sobre edições e vários eventos científicos e académicos, e informação actualizada quanto à actividade de organismos representativos dos profissionais de Arqueologia. À Capa | Jorge Raposo Registo da escavação da Lapa da Cova, na Serra do Risco, em Sesimbra. Fotografia © Ricardo Soares. II Série, n.º 19, tomo 1, Julho 2014 Propriedade e Edição | Centro de Arqueologia de Almada, Apartado 603 EC Pragal, 2801-601 Almada Portugal Tel. / Fax | 212 766 975 E-mail | [email protected] Internet | www.almadan.publ.pt Registo de imprensa | 108998 ISSN | 2182-7265 Periodicidade | Semestral Distribuição | http://issuu.com/almadan Director | Jorge Raposo ([email protected]) Publicidade | Sofia Oliveira ([email protected]) Conselho Científico | Amílcar Guerra, António Nabais, Luís Raposo, Carlos Marques da Silva e Carlos Tavares da Silva Redacção | Vanessa Dias, Ana Luísa Duarte, Elisabete Gonçalves e Francisco Silva Resumos | Jorge Raposo (português), Luisa Pinho (inglês) e Maria Isabel dos Santos (francês) Modelo gráfico, tratamento de imagem e paginação electrónica | Jorge Raposo Razões mais do que suficientes para que expressemos votos de boa leitura! Jorge Raposo Revisão | Vanessa Dias, Elisabete Gonçalves, Fernanda Lourenço e Sónia Tchissole Colaboram neste número | Rui Roberto de Almeida, Marco António Andrade, Rui Boaventura, Maria Teresa Caetano, João Luís Cardoso, João Muralha Cardoso, João Pedro Cardoso, António Rafael Carvalho, Miguel Correia, Cláudia Costa, Ana Cruz, Gonçalo Cruz, Juan Moros Díaz, Glòria Donoso, José d’Encarnação, Maria Teresa Ferreira, António Fialho, Jorge Freire, Rita Gaspar, José António Gonçalves, António Gonzalez, Miguel Lacerda, Miguel Lago, Elsa Luís, Andrew May, Ana Mesquita, Luís Campos Paulo, Franklin Pereira, Inês Vaz Pinto, José Carlos Quaresma, Ana Maria Silva, Sara Simões, Ricardo Soares, João Pedro Tereso e Catarina Viegas Patrocínio | Câmara Municipal de Almada Parceria | Arqueohoje Ldª Apoio | Neoépica - Arqueologia e Património 3 ÍNDICE EDITORIAL ...3 ARQUEOCIÊNCIAS ARQUEOLOGIA Crescimento na Idade Média: contributo de uma série osteológica | Maria Teresa Ferreira Das Técnicas de Construção à Arquitetura: algumas notas | João Muralha Cardoso ...6 ...77 O Abrigo Natural do Lombo das Relvas: um local de enterramento do Neolítico final / Calcolítico inicial? | Rita Gaspar, Andrew May, Clòria Donoso e João Tereso Frutos e Sementes da Idade do Ferro e Época Romana da Citânia de Briteiros | João Pedro Tereso e Gonçalo Cruz ...83 ...25 A Navegação Romana no Litoral de Cascais: uma leitura a partir dos novos achados ao largo da Guia | Jorge Freire, Miguel Lacerda, José António Gonçalves, João Pedro Cardoso e António Fialho ...36 ESTUDOS Sobre os Conjuntos de Artefactos de Pedra Polida das Áreas de Benavila e Ervedal (Avis, Portugal) | Marco António Andrade ...92 Um Testemunho da Figlina Scalensia em Lagos (Portugal): a propósito da grande fossa detrítica da fábrica de salga da Rua Silva Lopes | Rui Roberto de Almeida e Juan Moros Díaz ...44 “Nunca a Boa Fiandeira Ficou Sem Camisa”: os cossoiros da Fraga dos Corvos (Macedo de Cavaleiros) | Elsa Luís ...105 Perscrutando Espólios Antigos - 2: um caso de reutilização funerária medieval na anta de São Gens 1 (Nisa, Norte alentejano) | Rui Boaventura, Maria Teresa Ferreira e Ana Maria Silva ...60 4 online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 Arrábida: episódios da investigação arqueológica regional (do século XVIII ao século XX) | Ricardo Soares ...113 ESTUDOS PATRIMÓNIO O Convento Franciscano de Santo António do Torrão (1584/1604-1843): inventário da documentação existente no Arquivo Distrital de Beja | António Rafael Carvalho ...123 A Descoberta de uma Torre Medieval da Muralha de Albufeira | Luís Campos Paulo ...155 O Período Islâmico no Alentejo Litoral e na Arrábida: bibliografia básica produzida nos últimos 40 anos (1974-2014) | António Rafael Carvalho Elementos Sobre a Evolução Histórica da Frente Ribeirinha de Alcochete | Miguel Correia, António Gonzalez e Jorge Freire ...161 ...137 Apolo Ressurecto em Cristo: efulgências de uma iconografia solar | Maria Teresa Caetano José Joaquim dos Santos Pinto (1828-1912): marceneiro, entalhador e gravador de couros da Casa Real de D. Carlos | Franklin Pereira ...169 ...144 LIVROS EVENTOS PRAXIS II: a sustentabilidade dos recursos arqueológicos e turísticos em discussão | Ana Cruz ...184 VII Encuentro de Arqueología del Suroeste Peninsular / / VII Encontro de Arqueologia do Sudoeste Peninsular (Aroche - Serpa, 2013) | Comissão Organizadora do VII EASP ...185 Colóquio Internacional Recursos do Mar e Produtos Transformados na Antiguidade | Inês Vaz Pinto ...188 Cuantificación de Ánforas - Protocolos y Comparativas: principais resultados de outro seminário de êxito do Projecto Amphorae ex Hispania | Rui Roberto de Almeida e Catarina Viegas ...189 Congresso Internacional de Cerâmica Tardo-Romana Reuniu em Alexandria (LRCW5) | José Carlos Quaresma ...191 No Limite Oriental do Grupo Megalítico de Reguengos de Monsaraz. 4.º volume da 2.ª série das Memórias d’Odiana, da autoria de Victor S. Gonçalves: uma apreciação crítica | João Luís Cardoso ...181 NOTÍCIAS Património e Cidadania: dos vestígios arqueológicos à acção pedagógica | José d’Encarnação ...192 DISCO2014: conhecer os arqueólogos portugueses | Cláudia Costa, Cidália Duarte e Miguel Lago ...195 Os Trabalhadores de Arqueologia Portugueses Já Têm um Sindicato | Ana Mesquita e Sara Simões ...197 5 RESUMO O Convento Franciscano de Santo António do Torrão (1584/1604-1843) Estudo sobre o convento franciscano de Santo António da vila do Torrão (Alcácer do Sal), com base em conjunto documental presentemente integrado no Arquivo Distrital de Beja. O autor pretende destacar a importância do monumento histórico e inverter o fraco interesse que até aqui ele tem despertado junto de investigadores nacionais e estrangeiros. PALAVRAS CHAVE: Idade Moderna; Conventos; Análise documental; Património. ABSTRACT Study about the Santo António Franciscan Monastery in Torrão (Alcácer do Sal), based on documents presently found in the Beja District Archive. The author aims to highlight the importance of this historic monument, hoping to attract the attention of national and international researchers who have given it little attention so far. inventário da documentação existente no Arquivo Distrital de Beja KEY WORDS: Modern age; Convents; Document analysis; Heritage. RÉSUMÉ Etude sur le couvent franciscain de Saint Antoine de la ville de Torrão (Alcácer do Sal), se basant sur un ensemble documentaire actuellement intégré dans les Archives du District de Beja. L’auteur aspire à mettre en avant l’importance du monument historique et inverser le faible intérêt que jusqu’ici il a réveillé auprès de chercheurs nationaux et étrangers. António Rafael Carvalho I 1. INTRODUÇÃO MOTS CLÉS: Période moderne; Couvents; Analyse documentaire; Patrimoine. onstrução imponente e recuperada no âmbito das funções que lhe são atribuídas nos dias de hoje 1, o convento de Santo António do Torrão 2, cujo imóvel é propriedade da paróquia local 3, ocupa um espaço incontornável no tecido monumental desta vila do município de Alcácer do Sal. Durante décadas, a sua História resumia-se às parcas informações contidas em obras produzidas ao longo do século XVIII, nomeadamente a Corografia Portugueza do Padre António Carvalho da COSTA (1708: 485) e o Mappa de Portugal Antigo e Moderno. Tomo Segundo, de João Baptista de Castro. Estes elementos foram posteriormente repetidos até aos nossos dias, sem se procurar encontrar informações que eventualmente poderiam 1 estar contidas noutras fontes, fossem elas manuscritas No referido espaço funciona um ATL (Atividades de Tempos ou impressas. Livres), enquanto a igreja se Ao efetuar a minha primeira abordagem a este conencontra aberta ao público. vento 4, deparei-me com imensas dificuldades, dada a 2 Atualmente é conhecido inexistência de estudos académicos sobre o imóvel. Na pela população como Convento e Igreja de São Francisco. altura, desconhecia-se onde se depositava o seu arqui3 A cerca conventual vo conventual, ou se este teria sobrevivido após a expertence a particulares. tinção desta casa religiosa, em 1843. Face ao panora4 Na primeira década do ma vigente, resumi a sua História em algumas linhas século XXI (CARVALHO, 2009: volume 2, p. 45). gerais (CARVALHO, 2009: vol. 3, p. 28). C I Gabinete de Arqueologia, História, Património e Museus do Município de Alcácer do Sal ([email protected]). 123 ESTUDOS FIG. 1 − Frente do Convento de Santo António da vila do Torrão. Nelas referi que tinha sido fundado em 1604, por instituição de Vasco Borralho de Villa Lobos e de Missia Lopes (MACEDO, 2009 e COELHO, 2013 5), que para o efeito tinham cedido o terreno onde anteriormente se localizava a Ermida de São Sebastião. Pertencia à Ordem Seráfica da Observância, chamados Xabreganos, recebendo a invocação de Santo António (CASTRO, 1763: 126) 6. Em 1772 a vila do Torrão tinha um professor de Gramática Latina, cujo ensino era ministrado em 1780 no convento de Santo António, onde igualmente se ensinava a ler e escrever as primeiras letras. A recente publicação, em 2011, do inventário da arte Sacra no Concelho de Alcácer do Sal, pela Arquidiocese de Évora, apesar de se tratar de uma obra importante, nada adiantou ao que já sabíamos sobre este convento (PEREIRA, 2011: 16 e 18). No âmbito dos projetos em curso referentes à História local do Torrão, pudemos identificar em 2013, no Arquivo Distrital de Beja 7, um conjunto importante de documentação, produzida e guardada no cartório da referida casa conventual. O presente contributo procura, antes de mais, dar a conhecer esse fundo documental, arrumando-o por ordem cronológica, inserindo cada manuscrito por reinados. Procuramos deste modo entender, se bem que de uma forma ainda preliminar, qual o trajeto de produção documental que eventualmente poderemos vislumbrar neste conjunto. Cientes de que não estamos perante toda a documentação que terá sido aí produzida ou guardada, esperamos que a detecção de eventuais 124 online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 flutuações ou de tipologias documentais possa dar pistas para outros estudos relacionados com este imóvel, aspectos esses que iremos abordar em futuros estudos. 2. O CONVENTO DE S ANTO A NTÓNIO : BREVE RESENHA HISTÓRICA 2.1. EM JEITO DE INTRODUÇÃO Desconhecemos a existência de estudos diretamente relacionados com esta casa religiosa do Torrão, sejam eles de natureza académica ou de divulgação, em forma de monografia. O que nos tem sido dado a conhecer resume-se a elementos pontuais e lacónicos, que se diluem em obras genéricas sobre o património desta vila. 5 Apesar do seu carácter lacónico, as Memórias Paroquiais da Freguesia do Torrão, redigidas pelo Prior da Matriz, Francisco Carneiro de Abreu, em 1758, foram no decurso dos últimos anos o relato mais completo a que tínhamos acesso referente a este imóvel conventual. 6 O mesmo tipo de informação é repetido um século depois por BAPTISTA, 1876: vol. V, p. 353, prática esta que se estende a outros autores, numa sequência que chegou até aos nossos dias. 7 Estas referências encontram-se alojadas em http://digitarq.adbja. arquivos.pt/details?id=1051483 (consultado em 28-02-2014). Segundo informação veiculada no referido site, esta documentação, antes de transitar para o Arquivo Distrital de Beja, esteve até 1988 depositada na Direção de Finanças, Repartição da Tesouraria do Distrito de Beja. FIG. 2 − Traseira da Igreja conventual e restante corpo edificado, visível desde o jardim público do Torrão, junto à Estrada Nacional para o Alvito. Dada a localização do Torrão no município de Alcácer do Sal, torna-se incontornável tecer algumas linhas de comparação entre as duas localidades no âmbito da implantação monástica/conventual. De referir que no período em análise, os séculos XVI e XVII, tanto Alcácer como o Torrão correspondiam a duas realidades municipais distintas, inseridas por sua vez em comarcas diferentes 8. Ao contrário do que tinha acontecido em Alcácer do Sal no decurso do século XVI, onde tinha sido fundado inicialmente um convento franciscano do ramo masculino 9 e só depois um outro feminino 10, no Torrão estamos perante um cenário diferente. De facto, em 1560 e segundo as fontes, com autorização do rei D. Sebastião foi instituído um recolhimento de beatas com a invocação de Santa Marta 11, que em 1599 evoluiu para Mosteiro da Ordem Terceira da Penitência 12, inserido na Província de Portugal, recebendo então a evocação de Nossa Senhora da Graça. Criando-se o precedente de ter sido fundado um mosteiro de freiras em 1599, após doação monetária da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel, com a concordância do Arcebispo de Évora D. Teotónio de Bragança 13, cinco anos depois vai nascer na Horta de S. Sebastião um Convento Franciscano da evocação de Santo António e inserido na Província do Algarve ou Xabregas. 8 É patente a grande ligação de Alcácer, no âmbito secular, à região da Estremadura, a Setúbal e a Lisboa, se bem que no âmbito eclesiástico sempre tenha pertencido ao Bispado e Arcebispado de Évora. Por sua vez, o Torrão sempre esteve ligado a Évora e depois a Beja no âmbito secular. Contudo, o seu território municipal vai ser partilhado entre o Arcebispado de Évora, que assume a vila do Torrão, enquanto as freguesias rurais de Odivelas e Santa Margarida do Sado são inseridas no Bispado de Beja, situação que vai ser aproveitada pelo governo português quando decidiu pela extinção deste município em 1836, após o final da Guerra Civil entre Liberais e Absolutistas. 9 Mosteiro e depois Convento Franciscano de Santo António de Alcácer do Sal. Ver, entre outros, CARVALHO e WU, no prelo. 10 Mosteiro de Nossa Senhora de Aracoeli, localizado dentro do Castelo de Alcácer do Sal. Ver, entre outros, PEREIRA, 2011. 11 Julgamos que a sua criação, vocacionada para a proteção de donzelas órfãs até terem idade para casar, assim como viúvas e outras mulheres honradas, tenha sido a resposta de um sector importante de mulheres da vila do Torrão, que constataram essa necessidade em virtude de se sentirem desprotegidas, por falta de apoio da Santa Casa da Misericórdia do Torrão, fundada décadas antes e mais direcionada para o sexo masculino e as suas necessidades. 12 Que seguia a Regra de Santa Clara. 13 Tendo como base outros casos relacionados com a fundação de casas religiosas, presumimos que teria que haver autorização da Cúria Romana, da Ordem de Santiago, do Duque de Aveiro, assim como confirmação régia, neste caso de Felipe II de Portugal. Sobre a vida deste Arcebispo de Évora, a propósito do qual foram publicados vários estudos, podemos citar o efectuado por MACHADO (1752: 733-735). 125 ESTUDOS FIG. 3 − Vista geral do convento, desde o limite da cerca voltado a Norte, no sítio da Horta de São Sebastião. Com base na Visitação Espatária de 1510, admitimos que a igreja conventual foi erguida sobre o espaço da ermida de S. Sebastião. 2.2. ANTES DO CONVENTO : ERMIDA DE S. SEBASTIÃO DO TORRÃO A FUNDAÇÃO DA PELA CÂMARA O terreno onde no início do século XVII será construído o convento denominava-se de Horta de S. Sebastião. A sua designação provinha da existência até então de uma ermida com essa evocação. A visitação da Ordem de Santiago em 1510 refere que a ermida tinha sido fundada pela Câmara Municipal do Torrão em data anterior, mas não nos foi possível aferir qual. Como o seu orago indica, procurava-se deste modo que o Santo protegesse a vila do perigo da peste. Por essa razão, as ermidas com esta evocação costumavam estar localizadas junto a uma das entradas da área 14 Podemos encontrar este urbana 14. No presente caso, a ermodelo em Alcácer do Sal, mida localizava-se junto à estrada onde igualmente a ermida de que ia para Vila Nova da Baronia. S. Sebastião tinha sido fundada pelo município alcacerense, Com base na referida Visitação, sendo objecto de devoção chegou até nós uma descrição da particular como protetor referida ermida que foi dada a cocontra a peste (PEREIRA, 2007: 110-111). nhecer por BASTO (2003: 164-165) e que, pelo seu interesse, inserimos neste estudo. 126 online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 “Visitaçam da irmida de San Sabastião setuada na freguesia da dita igreija Item em XI dias do mes de Novembro da dita era de mill Ve e dez visitamos a irmida do mártir Sam Sabastião na maneira seguimte: [fl. 14v.] Item item (sic) visitamos a ousia da dita irmida a quail he de taipa com furmigãao de caall, as paredes e bem madeirada e huum pedaço delia sobre o altar forrado d'olivell quamto cobre o altar que estaa demtro na ousia o quall altar he de taipa forrado de caall e tem huum retavollo gramde com hûua imagem do martyr Sam Sabastiam muito devota e a parede de trás do dito retavollo he pymtada e o arco da dita ousia he de tijollo e tem de comprido três varas e mea e de larguo três varas e estaa na dita ousia hûua alampada e o corpo da igreija tem as paredes de taipa e tem huum arco no meyo delia de tijollo e he cuberta de telha vãa e as portas delia sam novas e tem huum ferrolho com sua fechadura muito bem fechada e tem de comprido oyto varas e de larguo quatro varas e mea e o portal he de tijollo e amte a porta primcipall estaa huum alpemdre e as paredes delle sam de taipa e tem sete jenellas de tijollo o quall tem de comprido sete varas e mea e de larguo duas varas e mea e por que foy fuumdada pollo comeelho elle he obrigado de a correger. FIG. 4 − Pormenor de um fresco existente no interior do Convento de Santo António do Torrão, alusivo à Ordem de São Francisco. Vistimemtas e omamemtos Item hûua vistimemta de pano pyntado velha com sua alva estolla e manipollo de todo comprida _______________________________I vistimemta Item huum fromtall de pano pymtado __________________I fromtall Item cimquo mesas de mamtees ______________________V mamtees [fl. 15] Item hûua estamte de paao ____________________I estamte Item dous castiçaees de malega ______________________II castiçaees Item tem a dita irmida huum cyrcuyto da redor o quail tem da parede da dita irmida da parte do Norte ate o marco que estaa de fromte seys varas e mea e da parte do Sull da parede do alpemdre ate ho marco que estaa de fromte seys varas e da parte do Levamte da parede da ousia tern huua vara e duas terças”. Na Visitação da Ordem de Santiago efetuada em 1534 (BASTO, 2003: 229) a ermida volta a ser descrita da seguinte maneira: “[fl. 12] Visytaçam da irmida de Sam Sebastiam Item a irmida di Sam Sebastiam, a saber, a capella e o corpo da irmida e alpemdre esta todo muito bem madeirada e forrada de canas e tudo ladrilhado e ho alpendre esta sobre três arcos de tijollo e sobre ho altar tem huas toalhas e debaixo das toalhas hums mamtees e tem hum fromtall e huas cortinas em cima do alltar tudo de sarje vermelha pimtadas e tem hûa pedra dará. Do que mais crecio Item huum caliz de prata bramco que pesa com sua patana seis omças e mea ____________________________VI omças mea”. 2.3. O CONVENTO : BREVES APONTAMENTOS DE ÂMBITO HISTÓRICO Desconhecemos se a ermida de S. Sebastião ainda existia em 1584. Contudo, no dia 5 de janeiro desse ano foi passada uma carta de aforamento da Horta de São Sebastião, cujo testemunho manuscrito foi depositado no cartório deste convento. Podemos presumir que sim, estando a sua manutenção ainda a 15 De referir que quando o cargo da Câmara do Torrão 15. No Frei Lourenço de Portel fez dia 1 de março de 1602 é passado uma petição, em 1604, para a o testamento de Mecia Lopes, criação desta casa religiosa, relata que teve que pedir autorização ao viúva de Vasco Borralho, a qual povo e Câmara do Torrão, vai deixar uma verba para a funtestemunhando deste modo essa dação de um convento da Ordem jurisdição neste espaço, que advinha da existência dessa de S. Francisco. Dois anos passaermida, conforme o estipulado dos, no dia 23 de fevereiro de na Visitação Espatária de 1510 1604, é passada uma petição na e confirmado em 1534. qual o Provincial da Ordem de S. Francisco, Frei Lourenço de Portel, informava o Provedor de Beja de que tinha tomado posse de uma terra com o consentimento da Câ- 127 ESTUDOS mara e do povo da Vila do Torrão, para nela se fazer um Convento do qual tinha licença do Duque de Aveiro, D. Álvaro, mas que ainda lhe faltava a Licença do Rei, neste caso Filipe II de Portugal. No mês seguinte, no dia 7 de março de 1604, era efetuada a escritura da posse da Horta de S. Sebastião. A obra para erguer a casa monástica terá começado pouco depois tendo como base a referida ermida, em cujo espaço vai ser erguida a igreja do convento. As obras irão prosseguir nas décadas seguintes. Data de 1613 uma declaração dos pedreiros e em 1627, no reinado de Filipe III de Portugal, foi efetuado um rol do que se gastou nas obras da capela-mor. Diogo Barbosa MACHADO (1752: 36) aponta Frei Lourenço de Portel como o fundador do Convento de Santo António do Torrão, facto que é confirmado pela documentação manuscrita exposta neste estudo. Mas quem foi este Provincial da Ordem Seráfica? Segundo MACHADO (1752: 36-37): “Fr. Lourenço Portel natural da villa do seu apelido situada na Provincia do Alemtejo, e hum dos celebres alunos da Seráfica Provincia dos Algarves, que igualmente ilustrou com os escritos, como edificou com as virtudes. Depois de professar em o Convento de Campomayor se aplicou com incansável desvelo ao estudo das sagradas letras que dictou com aplauzo aos seus domésticos até jubilar no magistério. Entre os grandes Theologos do seu tempo se distinguio na pratica da Theologia Moral com que serenava conciencias escrupulozas quando era consultado uzando da mesma sciencia no tribunal da Confissão onde derigia com suaves documentos as almas para o caminho da eternidade. Tendo sido Guardião do Convento de Setúbal no ano de 1596 e Confessor das religiosas do Convento da Madre de Deos situado fora dos muros de Lisboa foy eleito Provincial em o anno de 1601 e entre as açoens que fez dignas de memoria no tempo do seu governo foraõ as ereçoens da igreja do Convento de S. Francisco de Setúbal, e do Convento de Santo António do Torraõ. Nunca o respeito lhe impedio a liberdade do seu voto, de tal forte que sendo chamado por El-Rey D. João IV para interpor o seu parecer na eleição de hum Patriarcha que confirmasse os Bispos por ele nomeados aos quaes o Pontifice em obsequio da Coroa de Castella repugnava confirmar, lhe disse intrepidamente. Senhor Unus Pastor, & unum ovile de cuja apostólica reposta se seguio suspender aquelle intento. Falleceo com summa piedade na provecta idade de 100 annos em o Convento de Santa Maria de Enxobregas em 31 de Agosto de 1644 sendo Guardião Fr. Diogo Cezar, e Provincial Fr. Martinho de Santo Antonio. Passado hum seculo foraõ tresladados os seus ossos por deligencia do Padre Fr. Joaõ de Nossa Senhora Chronista da Provincia, e Qualificador do Santo Officio para o transito que corre da portaria ao Claustro, e sobre huma grande pedra embebida na parede lhe 16 De seguida é exposta gravou hum largo epitáfio Latia sua produção académica no…” 16. mais relevante. 128 online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 FIG. 5 − Capa de umas das muitas obras em Latim de Frei Lourenço de Portel, quase sempre relacionadas com Teologia e as Regras da Ordem Seráfica. Como foi anteriormente referido na nota biográfica de Frei Lourenço de Portel, após a Restauração da Independência de Portugal, em 1640, a Cúria Romana não reconhecia D. João IV como Rei de Portugal e muito menos a existência política deste como Reino Independente. Nas palavras de MACHADO (1752: 37), o Papa e a Cúria Romana, atuavam dessa maneira “… em obsequio da Coroa de Castella…”. Apesar destes factos remontarem ao período pós-1640, continuamos a desconhecer a existência de Bulas ou Breves Papais enviados para este convento durante o Período Filipino. A fazer fé na documentação existente, a primeira documentação da Cúria Romana remetida para esta casa religiosa data de 1679, reinado de D. Afonso VI, numa altura em que o Papa começa a aceitar a ideia de um Reino de Portugal como entidade política independente da Coroa Espanhola. A partir de 1680, e acentuando-se a partir de 1686, o convento começa a receber um conjunto de Bulas e Breves, revelando deste modo a interferência gradual da Cúria Romana. No âmbito das fontes impressas, pouco foi escrito em relação a este imóvel religioso. Duas das fontes cruciais para a História da Província Seráfica do Algarve ou de Xabregas, escritas no século XVIII por Frei Jeronymo de Belém, Frei Manuel da Esperança e Frei Fernando da Soledade, nada nos revelam sobre a sua História. FIGS. 6 E 7 − Igreja do Convento de Santo António do Torrão. À esquerda, capela lateral com motivos alusivos à Ordem de São Francisco. Em baixo, capela-mor. Uma das razões prende-se com a morte prematura de algum dos cronistas, caso de Frei Jeronymo de Belém. Outros autores, como por exemplo António de Oliveira Freire, pouco adiantam. Neste caso, se bem que tenha tido a preocupação de dar a data da fundação do Convento de Capuchos Piedosos da Vidigueira, datado de 1595, e de Nossa Senhora das Relíquias, Convento de Carmelitas calçados no termo da Vidigueira, fundado em 1496, para o Torrão limitou-se a escrever (FREIRE, 1739: 137): “O Convento de Franciscanos da Villa do Torraõ. Nossa Senhora da graça Franciscanas da mesma Villa”. Quando refere a vila do Torrão, apresenta-a num esquema onde agrupa as restantes vilas sedes de município que pertenciam à Comarca da cidade de Beja, onde discrimina se tem ou não uma Santa Casa da Misericórdia, qual o número de Paróquias, de Fogos e de Almas, sinónimo de pessoas. Para o Torrão menciona a existência de uma Misericórdia. A vila tinha 446 fogos, onde habitam 1224 almas, constituindo uma Paróquia. Um dos guardiões deste convento no século XVIII foi, segundo MACHADO (1741: 591), o Fr. Clemente da Cruz: “Fr. Clemente da Cruz. Naceo em Lisboa a 23 de Novembro de 1685 e teve por Pays a Balthasar Borges da Sylva, e a Maria dos Reys Freyre. Recebeo o Habito Serafico no Convento de Santa Maria de JESUS de Xabregas, da Provincia dos Algarves, a 23 de fevereiro de 1702 e professou em dia de saõ Mathias do anno seguinte. Depois de ter sido Secretario de diversos Provinciaes, foy Guardiaõ dos conventos de Sines, Crato, Torraõ, e ultimamente de Saõ Francisco de Beja, donde passou a Vigario, e Confessor das Religiosas Capuchas de 129 ESTUDOS santa Clara do convento de nossa senhora dos Martyres de sacavem. He Prégador Jubilado, e muito sciente em a Musica, e naõ menos destro em tocar Orgaõ” 17. 3. ANÁLISE DOCUMENTAL : ALGUNS COMENTÁRIOS 17 Publicou as seguintes obras: Novena espiritual do glorioso padre Saõ Diogo de Alcala Mestre de Sabios, remedios de pobres, consolação de afligidos, e refúgio poderoso de pequenos, e grandes, Potentados, Principes, e Reys. Lisboa, na Officina Ferreiriana, 1725. 8; Vida admirável do santíssimo Padre Benedicto XIII amantíssimo filho da esclarecida Religião de Nosso Padre Saõ Domingos, extrahida da sucessaõ Pontificia, e posta na nossa língua vulgar. Lisboa, por Pedro Ferreira Impressor da sereníssima Rainha. 1739. 4; Promptuario de cerimonias, e Officios Divinos de toda a Semana Santa, com a solfa de tudo quanto se canta nestes dias. M.S. 4. Está prompto para a impressaõ. Constatamos, com base na documentação existente no Arquivo Distrital de Beja, ser notório que a produção documental começa a rarear a partir da segunda década do século XIX. Entre os problemas políticos que poderemos anunciar, os mais relevantes prendem-se com as Invasões Francesas, como consequência direta do Bloqueio Continental imposto por Napoleão à Inglaterra, entre 1806 e 1807. Após a recusa portuguesa em acatar essa imposição, dá-se a 1.ª Invasão Francesa, por Junot 18. A 18 Os Franceses só abandonariam Corte Portuguesa segue no dia 27 definitivamente Portugal de Novembro de 1807 para o Braem 1811. sil. D. João VI designa cinco governadores e dois secretários para governar Portugal enquanto estiver ausente. Nesta fase temos um documento datado de 23 de junho de 1806, que conta de uma sentença civil a favor dos religiosos do con- vento de Santo António do Torrão contra António Baião da Lança Parreira. Pouco depois eclode a guerra civil entre Liberais e Absolutistas. Novamente parece cair sobre o convento um silêncio documental. Data do reinado de D. Miguel a elaboração de um Livro de patentes, em 1828. No período posterior à Guerra Civil de que saem vitoriosas as forças Liberais situa-se o último documento conhecido deste convento. A data, 1834, corresponde também à sua extinção no âmbito da “Reforma Geral Eclesiástica” empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado Joaquim António de Aguiar e executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), no cumprimento do Decreto de 30 de maio 19. 19 Nele foram extintos os A juntar a este facto temos, em reconventos, mosteiros, colégios, lação ao Torrão, outra data fatídihospícios e casas de religiosos ca. Pelo decreto de 6 de novembro de todas as ordens religiosas, ficando os de religiosas sujeitos de 1836, o número de concelhos aos respetivos bispos até à do Continente passa de 799 para morte da última freira. 351. Nessa reforma administrativa é suprimido o concelho do Torrão. Este vai ser desmembrado, passando as suas freguesias rurais de Odivelas e Santa Margarida do Sadão para o concelho de Ferreira do Alentejo, enquanto a freguesia do Torrão é anexada ao concelho do Alvito (MARQUES, 2002: 223). Ainda no decurso do século XIX, em 1871 e por questões de ordem eleitoral, dado que o concelho de Alcácer do Sal tinha escassa população, é anexada a este último município a freguesia do Torrão, que transita do concelho do Alvito, no dia 3 de abril desse mesmo ano. BIBLIOGRAFIA FONTES MANUSCRITAS 1. Arquivo Distrital de Beja Fundo Documental do Convento de Santo António do Torrão (http://digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id =1051483, última consulta, 3-03-2014). 001 - Receitas e Despesa - 1828/1834 (http:// digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id=1051488). 018 - Livros das Patentes - 1828/1834 (http:// digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id=1051495). 026 - Colecção Factícia - 1602-03-01/1823-08-06 (http://digitarq.adbja.arquivos.pt/details?id= 1051498). 0001 Maço 1 – documentos diversos - 1618-08-17 a 1820-01-09. 0002 Maço 2 – documentos diversos - 1604-03-07 a 1823-07-02. 0003 Maço 3 – documentos diversos - 1604-03-08 a 1823-08-06. 0004 Maço 4 – documentos diversos - 1604-02-23 a 1779-12-12. 130 online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 0005 Maço 5 – documentos diversos - 1602-03-01 a 1791-06-19. 0006 Maço 6 – documentos diversos - 1632-11-30 a 1821-08-31. 0007 Maço 7 – documentos diversos - 1635-11-30 a 1767-09-05. 2. Arquivo Histórico do Ministério da Economia Venda de Objectos existentes no extinto Convento de S. Francisco do Torrão – 1843. Código de Referência - PT/AHMOP/MR-002/MR 2 D 1R/2/ 133-223/MR 2D 2R 1 - Lº 1 - nº 148 (http://arquivohistorico.min-economia.pt/arquivo historico/ details?id=11432, consultado em 03-03-2014). 3. Arquivo Nacional da Torre do Tombo Convento de Santo António do Torrão – 1781. Registo Geral de Merces de D. Maria I, Liv. 10, f. 149 (http://digitarq.dgarq.gov.pt/details?id= 1980768, consultado em 03-03-2014). 4. Arquivo Histórico da Santa Casa da Misericórdia do Torrão CARVALHO, António Rafael (2013) – [Transcrição do] Tombo dos bens, Rendas, Foros e previlegios da Sancta Caza da Misericórdia desta Villa do Torrão que fez por Alvara de sua Magestade que Deus guarde o Doutor Luis Pegas de Beja, Provedor desta Comarca (1699-1871). 577 fólios (policopiado). 5. Biblioteca Nacional de Lisboa A documentação referente ao Convento de Santo António do Torrão depositada nesta instituição foi identificada mas não analisada neste estudo. FONTES IMPRESSAS BASTO, Ana Carolina de Domenico de A. (2003) – A Vila do Torrão Segundo as Visitações de 1510 e 1534 da Ordem de Santiago. Dissertação de mestrado apresentado à Universidade do Porto (policopiado). CARDOSO, P. Luís (c. or.) (1747-1751) – Dicionário Geográfico. Lisboa: Régia Oficina Silviana e da Academia Real. 2 vols. CASTRO, João Baptista de (1762-1763) – Mappa de Portugal Antigo e Moderno. Lisboa. 3 Vols. COELHO, André (2013) – Memória Paroquial da Freguesia de Torrão, Comarca de Beja [ANTT, Memórias Paroquiais, vol. 36, pp. 595-606]. Transcrição de Ofélia Sequeira, pp. 1-21. Em linha. Disponível em http://www.portugal1758.uevora.pt/ index.php/lista-memorias/148-torrao/5109-torraotorrao (consultado a 28-02-2014). COSTA, António Carvalho (1706-1712) – Corografia Portuguesa e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal. Tomo Segundo. FREIRE, António de Oliveira (1739) – Descripçam Corografica do Reino de Portugal. Lisboa: Officina de Miguel Rodrigues. MACEDO, Carla (no prelo) – “Inquéritos Paroquiais de 1758 no Concelho de Alcácer do Sal: resposta da Freguesia de Torrão”. Neptuno. Associação de Defesa do Património de Alcácer do Sal. MACHADO, Diogo Barbosa (1741) – Bibliotheca Lusitana. Tomo I. MACHADO, Diogo Barbosa (1752) – Bibliotheca Lusitana. Tomo III. ESTUDOS BAPTISTA, João Maria (1876) – Chorographia Moderna do Reino de Portugal. Vol. V. BARBOSA, Isabel Maria de Carvalho Lago (1998) – “A Ordem de Santiago em Portugal nos Finais da Idade Média (Normativa e Prática)”. Militarium Ordinum Analecta. 2: 93-327. BRUNO, Josélia Adriana S. (2006) – O Foral Manuelino da Vila do Torrão: análise e transcrição. Universidade de Lisboa / Departamento de História (policopiado) CARVALHO, António Rafael (2009) – Torrão do Alentejo: Arqueologia, História e Património. Edição online da Freguesia do Torrão e Município de Alcácer do Sal. 3 Volumes. Em linha. Disponível em http://www.cm-alcacerdosal.pt/PT/ Actualidade/Publicacoes/Paginas/EstudosdoGabinete deArqueologia.aspx. CARVALHO, António Rafael e WU, Chia-Chin (no prelo) – “Os Jesuítas, o Oceano e o Culto das 11 000 Virgens no Alentejo Litoral e em Taiwan (臺灣): o caso de Alcácer do Sal e do naufrágio do junco de André Feyo no litoral da planície de Chianan (嘉南平原) em 1582, a caminho de Nagasaki (長崎県)”. In Atas do 4 e 5 Encontros de História do Alentejo Litoral. Sines. CASTRO, Armando de (1997) – “O Poder Económico-Social da Ordem de Santiago Séculos XVI a XIX (1834)”. In As Ordens Militares em Portugal e no Sul da Europa. Lisboa: Ed. Colibri e Câmara Municipal de Palmela, pp. 119-128 (Actas do II Encontro sobre Ordens Militares). DIAS, João José Alves (1998) – “A População”. In SERRÃO, Joel e MARQUES, A. H. de Oliveira (coords.). Nova História de Portugal. Vol. V, pp. 11-52. FAGULHA, Mário José Fava e TELO, Vera de Lurdes Lourinho (2001) – Historial, Recolhas e Memórias da Freguesia de Torrão (Alentejo). Alcácer do Sal: Edição dos Autores. LOURO, P. Henrique da Silva (1974) – Freguesias e capelas Curadas da Arquidiocese de Évora: Séculos XII a XX. Évora. MARQUES, A. H. de Oliveira (2002) – “Organização Administrativa e Política”. In SERRÃO, Joel e MARQUES, A. H. de Oliveira (coords.). Nova História de Portugal. Vol. IX, pp. 195-281. PARDAL, Rute (2007) – As Elites de Évora ao Tempo da Dominação Filipina: estratégias de controlo do poder local (1580-1640). Lisboa: Edição Colibri e CIDEHUS-EU. PEREIRA, Maria Teresa Lopes (2007) – Alcácer do Sal na Idade Média. Lisboa: Edições Colibri e Câmara Municipal de Alcácer do Sal. PEREIRA, Maria Teresa Lopes (2011) – “Um Olhar Sobre o Património Religioso no Concelho de Alcácer do Sal”. In Arte Sacra no Concelho de Alcácer do Sal. Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora. VILAR, Hermínia Vasconcelos (1999) – As Dimensões de um Poder: a Diocese de Évora na Idade Média. Lisboa: Editorial Estampa (Histórias de Portugal, 44). ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão documentação existente no Arquivo Distrital de Beja 20 Ano, mês e dia Título Emissor, língua e dimensão Reinado Filipe I de Portugal (1581-04-17 [Cortes de Tomar] a 1598-07-13) 1584-01-05 Aforamento Reinado Filipe II de Portugal (1598-07-13 a 1621-03-31) Português, 4 fólios Coleção factícia Maço 3, 00031 1602-03-… Testamento Português, 6 fólios Maço 5, 00010 1602-03-01 Testamento de Mecia Lopes 21, viúva de Vasco Borralho Português, 20 fólios Maço 5, 00030 1604-02-23 Petição Português, 4 fólios Maço 4, 00029 21 A ausência de um normativo muito preciso para a escrita faz com que a documentação medieval e moderna inclua várias versões toponímicas e onomásticas. É o caso de Mecia Lopes, que também surge como Missia e Mexia na documentação consultada. 1604 -03-07 Escritura da posse da Horta de São Sebastião Português, 4 fólios Maço 2, 00003 1604-03-08 a 1604-03-08 Escritura de venda das Hortas de São Sebastião Português, 4 fólios Maço 3, 00035 1604-05-16 a 1604-05-18 Escritura de venda Português, 4 fólios Maço 3, 00034 1609-01-11 Certidão Português, 2 fólios Maço 4, 00002 1610-03-13 Licença Português, 6 fólios Maço 3, 00009 Assunto 20 A quase totalidade da documentação identificada encontra-se guardada no Arquivo Distrital de Beja. Consultado em 06-03-2014 - http://digitarq.adbja. arquivos.pt/details?id=1051483. Utilizámos para o efeito deste quadro as referências descritivas existentes no referido site. A restante documentação foi identificada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (http://digitarq.dgarq.gov.pt/ details?id=1980768), havendo documentos, em número diminuto, preservados noutras instituições. Petição realizada pelo Provincial Frei Lourenço de Portel ao Provedor de Beja, em que dizia ter tomado posse de uma terra com consentimento da Câmara e do povo da Vila do Torrão, para nela se fazer o Convento que tinha licença do Duque de Aveiro D. Álvaro, acrescentando que lhe faltava a Licença do Rei. ...132 131 ESTUDOS 131... ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão documentação existente no Arquivo Distrital de Beja Ano, mês e dia Título 132 Emissor, língua e dimensão Coleção factícia 1611-10-15 Venda do foro da Carta em que se fundou este Convento Português, 2 fólios Maço 3, 00022 1612-06-23 Petição para trasladar os ossos de Vasco Borralho para o Convento Português, 2 fólios Maço 5, 00023 1613-11-01 Declaração dos pedreiros Português, 4 fólios Maço 3, 00008 1614-05-30 Carta Português, 2 fólios Maço 4, 00022 1616-04-16 Lembrança da Fundação deste Convento Português, 2 fólios Maço 5, 00015 1618-01-09 Licença Português, 4 fólios Maço 3, 00030 1618-01-07 a 1619 Provisão para se pregar em São Romão Português, 6 fólios Maço 3, 00005 1618-02-04 Monitória Português, 4 fólios Maço 5, 00008 1618 -08-17 Escritura de venda de vacas Português, 6 fólios Maço 1, 00004 1619-02-08 Monitória Português, 8 fólios Maço 5, 00007 1619-05-14 a 1619-07-29 Provisão de Sua Majestade concedendo autorização para pregar e dizer missa nas Igrejas desta Vila [do Torrão] e seu Termo Latim, 15 fólios Maço 3, 00028 1619-11-16 Diligência Português, 5 fólios Maço 3, 00033 1620-04-03 Sentença Português, 8 fólios Maço 4, 00010 Reinado Filipe III de Portugal (1621-03-31 a 1640-12-01) 1621-11-23 Escritura Português, 16 fólios Maço 5, 00019 1622-12-14 Certidão Português, 2 fólios Maço 4, 00001 1627 Rol do que se gastou nas obras da capela-mor Português, 2 fólios Maço 3, 00003 1630-01-17 Provisão para dizer as Missas e Sermões na Igreja de São Romão [do Sado] Português, 4 fólios Maço 4, 00017 1633-06-02 Moratória para o marchante dar ao povo a carne que não queria dar Português, 4 fólios Maço 2, 00036 1635-11-30 Declaração de Vontade Português, 2 fólios Maço 7, 00007 1636 Escritura Português, 18 fólios Maço 7, 00001 1637-01-15 Procedimento contra várias pessoas Português, 6 fólios Maço 4, 00025 1638-07-14 Relação sumária do conteúdo nos anexos Português, 10 fólios Maço 1, 00013 1638-07-16 Carta Português, 4 fólios Maço 4, 00023 1638-07-30 Provisão da fundação do Convento de Santo António do Torrão Português, 2 fólios Maço 1, 00020 1639-02-04 Sentença de Mecia Lopes Português, 11 fólios Maço 7, 00004 Reinado D. João IV (1640-12-01 a 1656-11-06) 1642-05-20 Capela de Vasco Borralho Português, 4 fólios Maço 5, 00029 1645-11-02 Cédulas do testamento de Lourenço da Cruz Português, 10 fólios Maço 7, 00008 1646-07-06 Certidão Português, 6 fólios Maço 4, 00030 1646-12-14 Sentença contra Duarte Madeira, tutor de Pedro Cabral Português, 10 fólios Maço 5, 00006 1654 Carta Português, 4 fólios Maço 4, 00027 1656 Moratória para se pagar a fábrica da capela-mor Português, 4 fólios Maço 2, 00028 1656-04-29 Moratória contra Manuel Pedreiro por dívida de três mil reis de foro Português, 4 fólios Maço 2, 00018 Português, 2 fólios Maço 4, 00020 Reinado D. Afonso VI (1656-11-06 a 1683-07-12) 1659-06-26 Monitória 1663-08-20 Obrigação de Missas Português, 2 fólios Maço 5, 00018 1664-03-24 Monitoria Português, 4 fólios Maço 2, 00033 1668-05-20 Carta Precatória para ser citado Pedro Cabral Português, 10 fólios Maço 5, 00024 1674-07-05 Carta Precatória para serem sequestrados os bens de Pedro Cabral da vila de Setúbal Português, 4 fólios Maço 1, 00001 online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 Assunto ...133 ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão documentação existente no Arquivo Distrital de Beja 132... Ano, mês e dia Título Emissor, língua e dimensão Coleção factícia Assunto Embargantes: Amado de Brito, Cónego e Promotor da Justiça do Arcebispado de Évora. Embargados: Deão do Cabido da Sé de Évora. 1676-08-17 a 1767-09-05 Embargo Português, Maço 7, 24 fólios Maço 7, 00003 1678-06-12 Carta Português, 9 fólios Maço 7, 00005 1679 Registos dos Autos da Bula de Dispensa Português, 22 fólios Maço 7, 00002 1679-11-16 Carta de aforamento a Gaspar dos Reis e sua mulher, Isabel Vaz, da herdade do Monte Novo por 35 alqueires de trigo anual Português, 7 fólios Maço 1, 00012 1680 Registo da Bula de Dispensa do Impedimento de Consanguinidade Latim, 36 fólios Maço 3, 00025 1681 Embargo Português, 4 fólios Maço 6, 00009 1681-10-22 Título de cova na Igreja do Convento, dado por quatro mil reis a Mateus Rodrigues Português, 2 fólios Maço 2, 00030 1682-06-19 Treslado dos autos de sequestro dos bens de Pedro Cabral Henriques Português, 16 fólios Maço 1, 00002 1683-01-04 Citação a Pedro Cabral Português, 2 fólios Maço 5, 00025 1683-01-04 Procuração de Pedro Cabral Português, 2 fólios Maço 7, 00012 1683-04-26 Certidão da escritura de Doação que fez ao Convento Mercia Loppez e do teor do Testamento Português, 10 fólios Maço 5, 00001 Reinado D. Pedro II (1683-07-12 a 1706-12-09) 1685-12-17 Provisão para pregar no Advento e Quaresma Português, 8 fólios Maço 4, 00018 1686-07-06 a 1686-08-07 Apresentação da Bula Português, 19 fólios Maço 3, 00018 1686-09-13 Escritura Português, 4 fólios Maço 5, 00013 1687-10-09 a 1667-10-24 Registo das Apresentações da Bula de Dispensa Português, 30 fólios Maço 4, 00007 1688-03-31 Provisões do rei Dom Pedro II Português, 2 fólios Maço 4, 00011 1688-09-17 Breve de Altar privilegiado dado pelo Papa Inocêncio XI Latim, 1 fólio Maço 3, 00024 1690-11-03 Breve do papa Alexandre VIII Latim, 1 fólio Maço 3, 00023 1690-12-07 Breve do papa Alexandre VIII Latim, 2 fólios Maço 4, 00019 1691-06-09 Licença para se expor o Santíssimo Sacramento e fazer Procissão no dia da Festa do Padroeiro Português, 6 fólios Maço 3, 00004 1695-04-29 a 1703-06-30 Acórdão da Câmara [do Torrão] que isenta os Religiosos da 3 Ordem [seráfica] de pagarem o Real de água posto nas carnes Português, 10 fólios Maço 4, 00008 1697-03-20 Despacho da Câmara [do Torrão] Português, 2 fólios Maço 4, 00012 1701-12-10 Escritura de compra de três alqueires e meio de Trigo Português, 7 fólios Maço 6, 00006 1704-04-30 Escritura de venda de Moio de Trigo Português, 14 fólios Maço 7, 00011 1704-05-15 Sentença contra o Lavrador da Salema Português, 10 fólios Maço 2, 00017 1704-05-19 Ordem de Sequestro dos Bens de João de Faria Cabral Português, 2 fólios Maço 1, 00010 1704-11-11 Declaração da obra da tribuna da Capela do Convento Português, 1 fólio Maço 3, 00016 1705-03-03 Procuração para cobrança de 40 mil Réis a João de Faria Cabral Português, 2 fólios Maço 1, 00014 Reinado D. João V (1706-12-09 a 1750-07-31) 1707-12-21 Carta de Cortesia Português, 2 fólios Maço 5, 00032 1708-05-21 Carta Português, 2 fólios Maço 5, 00033 1711-08-25 Alvará Real Português, 2 fólios Maço 4, 00028 1712-06-10 Monitória contra João Faria Cabral, da Vila de Setúbal Português, 5 fólios Maço 5, 00002 Sequestro dos bens de João Faria Cabral, morador em Setúbal, sucessor dos bens da capela que instituiu Mexia Lopes, com o encargo de porem retábulo com friso de ouro na Capela-Mor deste convento ...134 133 ESTUDOS ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão documentação existente no Arquivo Distrital de Beja 133... Ano, mês e dia Título 134 Emissor, língua e dimensão Coleção factícia Português, 9 fólios Maço 4, 00024 1712-06-11 Papéis da Demanda 1712-11-22 Carta Precatória contra Vasco Borralho Português, 4 fólios Maço 6, 00007 1713-05-04 Declaração de pagamento de Capela Português, 2 fólios Maço 7, 00006 1713-07-16 Carta Precatória para sequestro dos bens de Vasco Borralho Português, 4 fólios Maço 1, 00015 1713-07-16 Monitória contra João Cardim por dívida de dezoito mil e quinhentos reis e 50 alqueires de trigo Português, 4 fólios Maço 1, 00016 1713-08-16 Monitória contra Vasco Borralho Villa Lobos Português, 2 fólios Maço 5, 00022 1713 a 1713-12-09 Monitória com cláusula a favor dos religiosos deste convento contra as pessoas no mesmo declaradas Português, 8 fólios Maço 3, 00019 1715-07-31 Treslado da provisão que isenta os religiosos do convento de pagarem os novos impostos Português, 3 fólios Maço 2, 00031 1715-10-10 Escritura de trespasse Português, 4 fólios Maço 3, 00029 1715-08-02 Sequestro Português, 2 fólios Maço 3, 00017 1722-01-26 Carta Português, 1 fólio Maço 3, 00002 1725-04-23 Breve do Papa Benedito XIII Português, 4 fólios Maço 3, 00015 1727-01-04 Aviso de Indulgência plenária concedida pelo Papa Benedito XIII Latim, 1 fólio Maço 4, 00015 1727-09-11 Petição Português, 8 Fólios Maço 2, 00001 1727-09-18 Patente do Comissário Geral Frei João de Sotto Português, 1 fólio Maço 2, 00038 1727-10-… Breve Latim, 6 fólios Maço 3, 00007 1727-10-07 Breve do Papa Benedito XIII Latim, 2 fólios Maço 3, 00027 1727-10-07 Breve do Papa Benedito XIII Latim, 2 fólios Maço 4, 00014 1731-10-24 Extrato do Breve Apostólico do Papa Clemente XII Latim, 1 fólio Maço 2, 00027 1735-03-07 Sentença Português, 5 fólios Maço 4, 00009 1737 Certidão Português, 1 fólio Maço 4, 00003 1737-10-15 Certidão das Fazendas do Património Português, 2 fólios Maço 2, 00035 1740-05-27 Carta de Embargo Português, 8 fólios Maço 1, 00007 1740-09-20 Monitória contra várias pessoas devedoras ao convento Português, 8 fólios Maço 1, 00006 1740-11-22 Certidão do testamento de Josefa Maria Enxoa Português, 16 fólios Maço 5, 00009 1741 Monitória contra João António Parreira da Lança Português, 6 fólios Maço 5, 00012 1744-12-06 Certidão de “Sacro Habitu” Latim, 3 fólios Maço 3, 00021 1745-01-03 Escritura pela qual a comunidade emprestou à Ordem Terceira deste Convento duas imagens de São Francisco e de Santo António para colocarem em dois nichos da sua Capela Português, 3 fólios Maço 3, 00020 1746-01-11 Sequestro dos bens de João Cardim Torres por capela do seu irmão António Português, 1 fólio Maço 2, 00022 1746-04-01 Edital Português, 1 fólio Maço 3, 00014 1749-03-07 Auto de sequestro contra Vasco José Cardim de Villa Lobos Português, 3 fólios Maço 3, 00036 1749-03-19 Carta de sequestro dos bens de Vasco José Cardim Borralho, administrador da capela de Vasco Borralho Português, 2 fólios Maço 1, 00019 1749-08-24 Sequestro dos bens de que é administrador Vasco José Cardim de Villa Lobos Português, 2 fólios Maço 1, 00011 1749-09-27 Letras Apostólicas Português e Latim, 6 fólios Maço 2, 00016 1750-03-16 Declaração de recebimento de quatro mil reis de Miguel Carlos do Amaral Português, 2 fólios Maço 2, 00019 online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 Assunto Letras Apostólicas do Papa Benedito XIV mandadas imprimir e divulgar por Dom Frei Miguel de Távora, Arcebispo de Évora ...135 ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão documentação existente no Arquivo Distrital de Beja 134... Ano, mês e dia Título Emissor, língua e dimensão Coleção factícia Assunto Reinado D. José (1750-07-31 a 1777-02-24) 1755-01-22 Acórdão da Câmara [do Torrão] Português, 4 fólios Maço 4, 00016 1755-02-07 Certidão de dívida do funeral a Margarida Josefa de Santa Ana Português, 2 fólios Maço 3, 00011 1757 Sentença contra o Prior Estevão Delgado Português, 26 fólios Maço 7, 00010 1757-12-22 Sentença contra o Prior Estevão Delgado Português, 15 fólios Maço 7, 00009 Sentença contra o Prior Estevão Delgado por querer impedir os religiosos de aceitar as ofertas declaradas pelos testadores nos seus testamentos. 1758-01-19 Patente Português e Latim, 8 fólios Maço 2, 00037 Contém selo maior do ofício do Convento de Santa Maria de Jesus de Xabregas. 1759-03-09 Confissão de dívida de José dos Santos de Alvito ao Convento Português, 1 fólio Maço 1, 00017 1759-05-16 Sentença Português, 4 fólios Maço 3, 00037 1763 Sentença Português, 3 fólios Maço 4, 00021 1765 Registos de pagamento da Décima Português, 18 fólios Maço 5, 00028 1765-04-29 Treslado da provisão para pastar o gado miúdo Português, 2 fólios Maço 2, 00034 1766 Certidão do testamento do desembargador Diogo da Silva Português, 51 fólios Maço 5, 00003 1766 Rol do pagamento da Décima Português, 14 fólios Maço 3, 00006 1766-04-22 Certidão da verba do testamento do desembargador Diogo da Silva de Gouveia Português, 6 fólios Maço 5, 00026 1767-02-14 Requerimento Português, 2 fólios Maço 5, 00004 1767-05-27 Petição para se mandar fazer a obra de restauro da capela-mor a expensas do Padroeiro Português, 9 fólios Maço 2, 00006 1773-10-16 Declaração de pagamento de dez moedas de ouro Português, 2 fólios Maço 2, 00024 Reinado D. Maria I (1777-03-24 a 1816-03-20) 1779-10-13 Carta de Encomenda para a Freguesia de Santo Estevão de Odivelas Português, 1 fólio Maço 4, 00005 1779-12-12 Certidão de Provisão Português, 2 fólios Maço 4, 00013 1781-01-14 Convento de Santo António do Torrão Português, 1 fólio Registo Geral de Alvará. Esmola de uma arroba de cera no Merces de D. Maria I, Rendimento de um por cento e Obra Pia liv. 10, f. 149 (Arquivo paga pela Folha do Guarda. Torre do Tombo) 1781-01-27 a 1784-07-18 Carta de Mercê ao Guardião e mais Religiosos do Convento de Santo António da vila do Torrão de uma cadeira de gramática Latina por 13 anos Português, 2 fólios Maço 1, 00005 1784 a 1789-07-24 Carta Régia Português, 2 fólios 1788-03-10 Carta Precatória contra Vasco Borralho Português, 6 fólios Maço 6, 00008 1791-05-16 Requerimento de António Bayão Português, 4 fólios Maço 5, 00011 1791-06-19 Parecer do Requerimento que fez António Bayão Parreira Português, 2 fólios Maço 5, 00016 1791-06-19 Relação das Capelas deste Convento Português, 19 fólios Maço 5, 00017 1799-07-15 Carta Precatória Português, 8 fólios Maço 6, 00003 1804-01-18 Treslado da Escritura de compra de 90 alqueires de trigo por Luís Henriques da Costa da Capela de Diogo da Silva Português, 9 fólios Maço 1, 00003 1806-06-23 Sentença civil a favor dos Religiosos de São Francisco contra António Baião da Lança Parreira Português, 55 fólios Maço 6, 00004 Carta de sua Majestade Rainha Dona Maria ao guardião e mais religiosos do Convento de Santo António da vila do Torrão, de uma cadeira de Gramática Latina por 13 anos anuais com ordinária anual de 60 mil reis. Carta pela qual sua Majestade a Rainha Dona Maria concede ao guardião do Convento de Santo António uma escola de ler e escrever pelo tempo de três anos. ...136 135 ESTUDOS ANEXO – O convento franciscano de Santo António do Torrão documentação existente no Arquivo Distrital de Beja 135... Ano, mês e dia Título Emissor, língua e dimensão Coleção factícia Reinado D. João VI (1816-03-20 a 1826-03-10) 1819-12-03 a 1820-04-19 Cópia de Sentença Português, 1 fólio Maço 6, 00002 1820-01-09 Confissão de dívida de Joaquim Rodrigues Bicho ao Convento Português, 1 fólio Maço 1, 00018 1820-07-20 Declaração de recebimento de 20 350 Réis Português, 1 fólio Maço 2, 00032 1821-03-26 Sentença Civil a favor dos Religiosos de São Francisco contra João Alexandre Baião Parreira de Sande Salema Português, 193 fólios Maço 6, 193 fólios 1823-08-06 Patente do Comissário Geral Frei João de Sotto Português, 1 fólio Maço 3, 00001 Reinado D. Pedro IV (1826-03-10 a 1826-05-28) Reinado D. Miguel (1828-07-11 a 1834-05-26) 1828 Livros das Patentes Reinado D. Maria II (1834-05-26 = 1853-11-15) 1843 Arquivo Histórico do Ministério da Economia Venda de Objectos existentes no extinto Convento de S. Francisco do Torrão -1843 Código de Referência - PT/AHMOP/MR-002/MR 2 D 1R/2/133-223/MR 2D 2R 1 - Lº 1 - nº 148. Português, 1 Livro Assunto Livro para se lançarem as Patentes. Documentação elaborada e guardada no Cartório do Convento e que, por razões diversas, não apresenta a data de produção 136 Sem data Memória de todos os papéis que se encontram no cartório deste Convento Português, 2 fólios Sem data Contra Brancanistas Português, 4 fólios Maço 2, 00002 Sem data Sentença Português, 11 fólios Maço 2, 00004 Sem data Escritura de aforamento Português, 10 fólios Maço 2, 00005 Sem data Apontamentos Português, 1 fólio Maço 2, 00020 Sem data Petição que fez o Prior da matriz da vila para qualquer pessoa a sepultar no Convento Português, 1 fólio Maço 2, 00021 Sem data Carta Português, 1 fólio Maço 2, 00023 Sem data Sumário dos embargos para o conservador por parte do Convento Português, 4 fólios Maço 2, 00025 Sem data Cópia dos embargos recebidos Português, 4 fólios Maço 2, 00026 Sem data Privilégios Português, 14 fólios Maço 3, 00010 Sem data Declaração Português, 4 fólios Maço 3, 00012 Sem data Moratória contra o Prior da Matriz da vila para que se entregue a esmola do ofício Português, 2 fólios Maço 3, 00013 Sem data Requerimento Português, 1 fólio Maço 3, 00026 Sem data Requerimento Português, 1 fólio Maço 3, 00032 Sem data Demanda Português, 4 fólios Maço 4, 00004 Sem data Testamento Português, 12 fólios Maço 4, 00006 Sem data Petição Português, 6 fólios Maço 4, 00026 Sem data Certidão Português, 11 fólios Maço 4, 00031 Sem data Rol Português, 8 fólios Maço 4, 00032 Sem data Capela Instituída por Josefa Maria Português, 1 fólio Maço 5, 00005 Sem data Requerimento Português, 1 fólio Maço 5, 00020 Sem data Lembrança de João Cabral para a capela-mor Português, 2 fólios Maço 5, 00021 Sem data Provisão Régia Português, 4 fólios Maço 5, 00027 Sem data Obrigantes da Capela de Vasco Borralho Português, 2 fólios Maço 5, 00030 Sem data Carta Português, 2 fólios Maço 6, 00001 Sem data Administração dos Conventos Masculinos da Ordem dos frades Menores, Província do Algarve Português Maço 95, n. s 11 (Arquivo Nacional da Torre do Tombo) online II SÉRIE (19) Tomo 1 JULHO 2014 Maço 5, 00014 [travessa luís teotónio pereira, cova da piedade, almada] [212 766 975 | 967 354 861] [[email protected]] [http://www.caa.org.pt] [http://www.facebook.com] ... contacte-nos Educação Patrimonial Ano Letivo 2013-2014 mais de 150 ações 3150 alunos e respetivos professores 30 escolas • campo de simulação arqueológica • aldeia pré-histórica • escavação lúdica • romanos no vale do Tejo • à procura da janela da carochinha • batalha da Cova da Piedade • ... [http://www.almadan.publ.pt] [http://issuu.com/almadan] uma edição [http://www.caa.org.pt] [http://www.facebook.com] [[email protected]] [212 766 975 | 967 354 861] [travessa luís teotónio pereira, cova da piedade, almada]