Companhia Brasileira
de Vidros Planos
Demonstrações financeiras de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil e
relatório dos auditores independentes em
31 de Dezembro de 2014
Relatório dos auditores independentes
sobre as demonstrações financeiras
Aos Administradores e Acionistas
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia Brasileira de Vidros Planos ("a Companhia")
que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do
resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data,
assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração
sobre as demonstrações financeiras
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras
livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em
nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas
normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e
executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de
distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito
dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos
selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante
nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro.
Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e
adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de
auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia
desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das
políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem
como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
2
PicewaterhouseCoopers Auditores Independentes, Rua Padre Carapuceiro 733, 8º andar, Recife, PE, Brasil CEP 51020-280
T: (81) 3465-8688, F: (81) 3465-1063, www.pwc.com/br
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anteriormente referidas apresentam adequadamente, em
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Brasileira de Vidros Planos
em 31 de dezembro de 2014, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício
findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Recife, 10 de março de 2015
PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5 "F" PE
José Vital Pessoa Monteiro Filho
Contador CRC 1PE016700/O-0
3
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Balanço patrimonial em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6)
Contas a receber de clientes
Estoque (Nota 8)
Tributos a recuperar (Nota 9)
Partes relacionadas (Nota 17)
Despesas antecipadas
Outros Ativos
2014
2013
16.665
5.968
95.677
58.314
3.706
214
2.596
183.140
40.059
2.591
95.361
44.603
227
1.403
184.244
Não circulante
Realizável a longo prazo
Tributos a recuperar (Nota 9)
Tributos diferidos (Nota 10)
Títulos e valores mobiliários (Nota 7)
Outros ativos
Imobilizado (Nota 11)
Intangível (Nota 12)
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Fornecedores (Nota 13)
Empréstimos e financiamentos (Nota 14)
Adiantamento de clientes
Salários e encargos sociais (Nota 15)
Tributos a pagar (Nota 16)
Partes relacionadas (Nota 17)
Outros passivos
61.866
108.715
991
12.239
2.780
10.483
161
197.235
115.571
58.200
744.694
140.257
122
885.073
702.689
201.026
122
903.837
6.775
2.313
11.038
559
194.456
Empréstimos e financiamentos (Nota 14)
Partes relacionadas (Nota 17)
Outros passivos
33.607
71.887
48.502
376
154.372
56.625
31.214
37.973
390
126.202
Total do Passivo
1.082.308
1.098.293
984.519
9.023
993.542
923.993
5.521
929.514
Patrimônio líquido (Nota 18)
Capital social
Prejuízos acumulados
396.227
(147.481)
211.757
(70.090)
248.746
141.667
1.331.054
1.239.960
1.331.054
1.239.960
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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2013
Não circulante
Total do patrimônio líquido
Total do Ativo
2014
Total do passivo e patrimônio líquido
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Demonstração do resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2014
2013
Operações continuadas
Receita de vendas (Nota 19)
Custo das vendas (Nota 20)
230.332
(206.535)
191.779
(186.236)
Lucro bruto
Despesas gerais e administrativas (Nota 21)
Outras receitas operacionais, líquidas
23.797
(102.150)
1.204
5.543
(69.510)
753
Prejuízo operacional
(77.149)
(63.214)
Despesas financeiras (Nota 22)
Receitas financeiras (Nota 22)
Despesas financeiras, líquidas (Nota 22)
(49.875)
8.960
(40.915)
(12.270)
7.415
(4.855)
(118.064)
(68.069)
40.673
22.938
(77.391)
(45.131)
(5,05)
(3,80)
Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social
Imposto de renda e contribuição social (Nota 23)
Prejuízo do exercício
Prejuízo por ação atribuível aos acionistas da Companhia durante
o exercício (expresso em R$ por ação)
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Companhia Brasileira de Vidros Planos
Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Em milhares de reais
Capital
social
Prejuízos
acumulados
Total
Em 31 de dezembro de 2012
166.830
(24.959)
141.871
Aumento de capital (Nota 18)
Prejuízo do exercício
44.927
(45.131)
44.927
(45.131)
Em 31 de dezembro de 2013
211.757
(70.090)
141.667
Aumento de capital (Nota 18)
Prejuízo do exercício
184.470
(77.391)
184.470
(77.391)
Em 31 de dezembro de 2014
396.227
(147.481)
248.746
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Companhia Brasileira de Vidros Planos
Demonstração dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
2014
2013
(118.064)
(68.069)
47.433
41.167
182
(193)
1.567
279
Contas a receber
Títulos e valores mobiliários
Estoque
Tributos a recuperar
Despesas antecipadas
Partes relacionadas
Outros ativos
Fornecedores
Adiantamento de clientes
Salários e encargos sociais
Tributos a pagar
Outros passivos
Caixa gerado (aplicado) nas atividades operacionais
(3.377)
(10.529)
(316)
9.307
13
(6.176)
(1.179)
68.117
991
5.464
467
(397)
32.910
(1.570)
62.909
(75.566)
(62.139)
(587)
2.335
(840)
(53.678)
4.065
235
(1.197)
(192.157)
Juros pagos
Caixa líquido aplicado nas atividades operacionais
(40.423)
(7.513)
(42.695)
(234.852)
(225.298)
(328.811)
(3.953)
(332.764)
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Prejuízo do exercício antes do imposto de renda e da contribuição social
Ajustes
Depreciação e amortização
Juros variações monetárias e cambiais, líquidas
Custo de captação
Ganhos (perdas) com valor justo de instrumentos financeiros derivativos
Ajuste a valor presente
96
3
Variação no capital circulante operacional
Fluxo de caixa das atividade de investimentos
Adições ao imobilizado
Adições ao intangível
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos
Fluxo de caixa das atividade de financiamento
Partes relacionadas
Captação de empréstimos e financiamentos
Amortização do principal
Amortização custo de captação
Amortização de debêntures
Caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento
Caixa e equivalentes de caixa, no início do exercício (Nota 6)
Caixa e equivalentes de caixa, no final do exercício (Nota 6)
Redução (aumento) de caixa e equivalentes de caixa
(225.298)
123.701
126.153
(40.077)
(360)
209.417
(200.000)
604.956
40.059
16.665
(23.394)
2.719
40.059
37.340
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
4 de 26
245.953
559.003
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1
Informações gerais
(a)
Atividades operacionais
A Companhia Brasileira de Vidros Planos – CBVP (“Companhia”) é uma empresa integrante do Grupo
Cornélio Brennand, e tem seu parque industrial à margem da Rodovia BR 101 – Norte, KM 1, no
município de Goiana, localizado na mata norte do Estado de Pernambuco.
A Companhia é controlada pela ICAL Participações S.A., a qual é detentora de 100% das ações emitidas.
A Companhia foi inaugurada em 2 de abril de 2014, porém o processo de aquecimento do forno
iniciou-se em 14 de janeiro de 2014 e o processo de produção iniciou no dia 17 de fevereiro de 2014.
A Companhia é a primeira fábrica de vidros planos do Nordeste do Brasil, de capital 100% nacional, com
capacidade para produzir 900 toneladas de vidros planos por dia, que atenderão aos mercados da
construção civil e moveleiro de todo o Brasil.
(b)
Capital circulante líquido
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possui excesso de passivos circulantes sobre ativos circulantes
no montante de R$ 14.095 (2013 - R$ 10.212). Eventuais necessidades de recursos financeiros serão
supridas pela própria geração de caixa da Companhia e, caso necessário, pelo acionista controlador.
A emissão dessas demonstrações financeiras foi aprovada pela diretoria da Companhia em 10 de março
de 2015.
2
Resumo das principais políticas contábeis
As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil
incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão
definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados,
salvo disposição em contrário.
2.1
Base de preparação e apresentação
As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, que,
no caso de ativos financeiros disponíveis para venda e outros ativos e passivos financeiros (inclusive
instrumentos derivativos) é ajustado para refletir a mensuração ao valor justo.
A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e
também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação
das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior
complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as
demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3.
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Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(a)
Mudanças nas políticas contábeis e divulgações
OCPC 07 - "Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-financeiros de Propósito Geral", trata
dos aspectos quantitativos e qualitativos das divulgações em notas explicativas, reforçando as exigências
já existentes nas normas contábeis e ressaltando que somente as informações relevantes para os usuários
das demonstrações financeiras devem ser divulgadas.
2.2
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curto
prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de
mudança de valor.
2.3
Ativos financeiros
2.3.1
Classificação
A Companhia classifica seus ativos financeiros, no reconhecimento inicial, sob as seguintes categorias:
mensurados ao valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da
finalidade para a qual os ativos e passivos financeiros foram adquiridos.
(a)
Ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado
Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para
negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins
de venda no curto prazo. Os ativos dessa categoria são classificados como circulante ou no não circulante
se estiver vinculado a garantias.
Os derivativos também são caracterizados como mantidos para negociação, a menos que tenham sido
designados como instrumentos de hedge, quando aplicável.
(b)
Empréstimos e recebíveis
Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou
determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresentados no ativo circulante, exceto
aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são
classificados no ativo não circulante).
2.4
Instrumentos financeiros derivativos
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos
é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo.
(a)
Derivativos mensurados ao valor justo por meio do resultado
Os instrumentos derivativos da Companhia não se qualificam para a contabilização de hedge. As
variações no valor justo de qualquer um desses instrumentos derivativos são reconhecidas
imediatamente na demonstração do resultado em "Despesas financeiras, líquidas".
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Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2.5
Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber pela venda de mercadorias ou
prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é
equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário,
estão apresentadas no ativo não circulante.
As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,
mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a provisão para
créditos de liquidação duvidosa ("PDD" ou impairment), se necessária.
2.6
Estoques
Os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor. O estoque é
composto de mercadorias para revenda, e seu custo médio é determinado pelo método de avaliação de
estoque "custo médio ponderado".
Os estoques são avaliados quanto ao seu valor recuperável nas datas de balanço. Em caso de perda por
desvalorização (impairment), esta é imediatamente reconhecida no resultado.
2.7
Tributos a recuperar
São avaliados pelo custo e não excedem ao valor esperado de realização.
2.8
Títulos e valores mobiliários
Conforme cláusula prevista no contrato de financiamento, a Companhia mantém investimento em quota
de fundo de renda fixa, equivalente a 3 vezes ao valor da prestação junto à Instituição Financeira. Esses
investimentos apenas podem ser resgatados após a liquidação da dívida.
2.9
Imobilizado
Os itens do imobilizado são demonstrados ao custo histórico de aquisição menos o valor da depreciação e
de qualquer perda não recuperável acumulada. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis
necessários para preparar o ativo para o uso pretendido pela administração. O custo histórico também
inclui os custos de financiamentos relacionados com a aquisição de ativos qualificados. Durante o
exercício findo em 31 de dezembro de 2014 o montante de R$6.278 (2013 – R$ 41.961) foi capitalizado
no ativo imobilizado.
Os valores residuais, a vida útil e os métodos de depreciação dos ativos são revisados e ajustados, se
necessário, quando existir uma indicação de mudança significativa desde a última data de balanço.
Os terrenos não são depreciados e a depreciação dos ativos é calculada pelo método linear considerando
os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada, como segue:
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Anos
Edificações
Instalações
Benfeitorias Imóveis de Terceiros
Maquinas e Equipamentos
Máquinas e Equipamentos Forno
Móveis e Utensílios
Equipamentos de Informática
Veículos
2.10
Intangível
(a)
Softwares
10-40
6-25
5-10
2-40
13 meses -25
2-10
5
5
As licenças de softwares são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os softwares e
fazer com que eles estejam prontos para serem utilizados. Esses custos são amortizados durante a vida
útil estimada dos softwares de três a cinco anos. Os custos associados à manutenção de softwares são
reconhecidos como despesa, conforme incorridos.
(b)
Bens reversíveis
Com vistas a possibilitar o suprimento de energia elétrica à nova unidade fabril da Companhia, a mesma
requereu da CELPE uma ligação na tensão de 69 KV com dupla alimentação para o fornecimento de
energia elétrica à sua nova unidade fabril.
As instalações elétricas construídas pela CELPE foram incorporadas ao patrimônio e ao sistema elétrico
de distribuição da referida Companhia, revertendo à união Federal, nos termos da Lei 8.987 de 13 de
fevereiro de 1995, e da Lei 9.427 de 26 de dezembro 1996. Considerando que os investimentos feitos pela
Companhia no referido ativo serão revertidos ao sistema de distribuição do setor elétrico Brasileiro, a
Companhia efetuou o reconhecimento contábil destes valores como ativo intangível iniciando a
amortização do mesmo no exercício de 2014 pelo prazo de 31 anos (vida útil média dos equipamentos da
Companhia)
2.11
Fornecedores
As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no
curso normal dos negócios, sendo classificados como passivos circulantes se o pagamento for devido no
período de até um ano. Caso contrário as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.
As contas a pagar aos fornecedores são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente,
mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva.
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financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2.12
Empréstimos
Os empréstimos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na
transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os
valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor total a pagar é reconhecida na
demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando o
método da taxa efetiva de juros.
Os empréstimos são classificados no passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito
incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.
Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um
ativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para
ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte do custo do ativo quando
for provável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a Companhia e que tais custos
possam ser mensurados com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa
no período em que são incorridos.
2.13
Capital social
As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido.
2.14
Reconhecimento de receita
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida pela comercialização de produtos e está
apresentada líquida de impostos, devoluções, abatimentos e descontos.
A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) é
provável que benefícios econômicos futuros fluam para a Companhia e (iii) quando critérios específicos
tiverem sido atendidos para as atividades da Companhia.
2.15
Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido
As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os impostos corrente e
diferido. Os tributos são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que
estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido.
O encargo de imposto de renda e contribuição social corrente é calculado com base nas leis tributárias
promulgadas. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas
declarações de impostos de renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá
margem a interpretações e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de
pagamento às autoridades fiscais.
O imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método do passivo
sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e
seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. O imposto de renda e contribuição social diferidos
são determinados, usando alíquotas de imposto (e leis fiscais) promulgadas, na data do balanço, e que
devem ser aplicadas quando o respectivo tributo diferido ativo for realizado ou quando o tributo diferido
passivo for liquidado.
O imposto de renda e contribuição social diferidos ativo são reconhecidos somente na proporção da
probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias
possam ser usadas.
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
3.
Estimativas e julgamentos contábeis
As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência
histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as
circunstâncias.
Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as
estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas
e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos
valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir.
(a)
Imposto de renda, contribuição social e outros impostos
A Companhia está sujeita ao imposto de renda e contribuição social com base nas alíquotas vigentes. A
Companhia também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores
adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessa avaliação é diferente dos valores
incialmente estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos
no período em que o valor definitivo é determinado.
(b)
Vida útil do ativo imobilizado
A vida útil econômica dos bens integrantes do Ativo Imobilizado da Companhia foi estabelecida pela sua
equipe técnica interna, especificamente os profissionais responsáveis pela produção e pela manutenção
das instalações da empresa.
Para isso, foram utilizadas as seguintes premissas:






(c)
Especificações técnicas da fabricação: projeto, origem, material empregado, garantias
operacionais;
Planejamento de gastos com o imobilizado: política de substituição de máquinas, defasagem
tecnológica dos bens e comparativos com a tecnologia utilizada pela concorrência, nível de
obsolescência, etc;
Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto derivado do ativo;
Condições de uso: instalações, umidade no ambiente, calor, poeira, sujeira;
Avaliação do histórico e comparativo dos bens semelhantes, inclusive comparações com
empresas do mesmo setor;
Política de manutenção da empresa – visando salvaguardar os ativos.
Recuperabilidade do imposto diferido
A Companhia mensura a recuperabilidade do imposto diferido através da projeção de resultados
tributáveis futuros, descontados a valor presente conforme descrito na Nota 10.
(d)
Impairment ativo imobilizado
Quando há indícios de perda de recuperabilidade do ativo, a Companhia realiza o teste de impairment,
utilizando as projeções do fluxo de caixa operacional e a demonstração do resultado do exercício.
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Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
4
Gestão do risco financeiro
4.1
Fatores de risco financeiro
As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado e risco de liquidez.
O programa de gestão de risco global da Companhia se concentra na imprevisibilidade dos mercados
financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro da Companhia.
Em dezembro de 2014 a Companhia celebrou um contrato considerado como instrumento derivativo,
cujas características se enquadram na definição de Swap. A Companhia manteve o contrato celebrado
em dezembro de 2013, cujas características também se enquadram na definição de Swap.
A gestão de risco é realizada pelo setor financeiro da Companhia, segundo as políticas aprovadas pela
diretoria. O setor financeiro da Companhia identifica, avalia e protege a Companhia contra eventuais
riscos financeiros. A diretoria estabelece princípios para a gestão de risco global, bem como para áreas
específicas.
(a)
Risco de mercado
A Companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a
eventual necessidade de contratação de operações para proteger-se contra o risco de volatilidade dessas
taxas.
(b)
Risco de liquidez
É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos
financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e os
pagamentos previstos.
Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional e estrangeira, são estabelecidas premissas de
desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área financeira, considerando
o fluxo de pagamentos não descontados.
A tabela abaixo analisa os passivos financeiros da Companhia.
Menos de
um ano
Entre um e
dois anos
Entre dois e
cinco anos
Acima de
cinco anos
Em 31 de dezembro de 2014
Empréstimos e financiamentos (Nota 14)
Fornecedores (Nota 13)
157.292
61.866
306.582
391.471
281.703
Em 31 de dezembro de 2013
Empréstimos e financiamentos (Nota 14)
Fornecedores (Nota 13)
80.973
115.571
299.379
316.520
356.653
11 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
4.2
Gestão de capital
O objetivo da gestão de capital da Companhia é assegurar que se mantenha uma classificação de crédito
forte perante as instituições e uma relação de capital ótima.
A definição da estrutura de capital atual teve como base um endividamento compatível, em termos de
prazo e custo, com a capacidade de pagamento do plano de negócios elaborado para a implantação do
projeto de construção da fábrica de vidros planos e de beneficiamento de matéria-prima. Não houve
alterações quanto aos objetivos, políticas ou processos durante os exercícios findos em 31 de dezembro
de 2014 e 2013.
5
Instrumentos financeiros por categoria
2014
2013
16.665
5.968
48.502
71.135
40.059
2.591
37.973
80.623
97
97
(96)
(96)
71.232
80.527
(853.506)
(61.866)
(150.740)
(1.066.112)
(760.793)
(115.571)
(212.064)
(1.088.428)
Empréstimos e recebíveis
Caixa e equivalentes (Nota 6)
Contas a receber de clientes
Títulos e valores Mobiliários (Nota 7)
Mensurados ao valor justo
Instrumentos financeiros derivativos (Nota 14)
Outros passivos financeiros
Empréstimos e financiamentos (Nota 14)
Fornecedores (Nota 13)
Partes relacionadas (Nota 17)
6
Caixa e equivalentes de caixa
Recursos em bancos e caixa (i)
Depósitos bancários de curto prazo (ii)
12 de 26
2014
2013
15.663
1.002
13.796
26.263
16.665
40.059
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(i)
saldo de recursos em banco e em caixa compreende a depósitos em conta corrente disponíveis para uso
imediato.
(ii)
Os Certificados de depósitos bancários estão indexados pela variação do CDI (Certificado de Depósito
Interbancário) e podem ser resgatados imediatamente em um montante conhecido de caixa sem
penalidade de juros, e estando sujeito a um insignificante risco de mudança de valor, cuja intenção da
administração é fazer uso desses recursos no curto prazo. Referidos saldos decorrem da estratégia e do
fluxo normal das operações da Companhia.
7
Títulos e valores mobiliários
2014
2013
Certificado de depósitos bancários
48.502
37.973
Não circulante
48.502
37.973
As aplicações financeiras identificadas pela administração como não destinadas ao atendimento de
atividades operacionais, mas comprometidas com a compra de ativos fixo e outras atividades de
investimento.
Conforme cláusula prevista no contrato de financiamento, a Companhia mantém investimento em quota
de fundo de renda fixa (Nota 14).
8
Estoque
Matérias-primas (i)
Produtos em elaboração
Vidros planos para venda (ii)
Vidros planos para revenda (iii)
Adiantamento para fornecedores de estoques (iii)
Importações em andamento
Outros
2014
2013
6.350
5.818
46.905
18.324
13.314
18.348
46
4.966
31.922
45.246
14
(215)
95.677
95.361
(i)
O saldo refere-se à aquisição de matérias primas para a produção de vidros planos.
(ii)
O saldo refere-se ao estoque de produtos acabados para venda.
(iii)
O saldo refere-se ao estoque de mercadoria adquirida para revenda.
(iv)
O saldo refere-se à adiantamentos aos fornecedores de mercadoria importada para revenda e à
adiantamentos aos fornecedores de produtos e/ou serviços nacionais utilizados para a produção do vidro
plano.
13 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
9
Tributos a recuperar
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS (i)
Programa de Integração Social - PIS (i)
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS (ii)
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Imposto de renda pessoa jurídica- IRPJ
IRRF s/aplicação financeira
Outros
(-) Circulante
Não circulante
2014
2013
66.238
14.395
10.500
68.111
14.696
15.275
1.020
2.055
777
11
71
91.921
101.228
(58.314)
(44.603)
33.607
56.625
(i)
Os tributos a recuperar de PIS e COFINS do ativo circulante são provenientes de energia elétrica, locação
do Centro de distribuição, importação para revenda de mercadorias , frete de armazenagens, aquisição
de bens do imobilizado e sobre serviços prestados para a construção do parque fabril. No não circulante
refere-se ao PIS e COFINS sobre aquisição de bens do imobilizado e sobre os serviços prestados para a
construção do parque fabril.
(ii)
Os créditos a recuperar de ICMS são provenientes basicamente de operações com venda e revenda.
10
Tributos diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto
de renda e a base negativa de contribuição social. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente
para determinação dos tributos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a
contribuição social.
O saldo em 31 de dezembro de 2014 no montante de R$ 71.887 (2013- R$ 31.214) refere-se ao imposto de
renda e contribuição social diferidos relativos ao prejuízo fiscal e base negativa acumulados pela
Companhia (Nota 23).
14 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Ativo Não Circulante
Resultado
31 de Dezembro de 2014
Base Cálculo
Diferido
Descrição
Prejuízo Fiscal Acumulado
206.863
Base Negatiiva da CSLL
206.863
Diferenças Temporárias
206.863
Despesas Provisionadas
Amortização Despesa Fase PréOperacional
Variação Cambial Provisionada
Despesa Depreciação/Amortização
Critérios - IFRS
Instrumentos Financeiros - CPC 39
Subtotal
Total
IRPJ
CSLL
51.716
2013
2012
TOTAL
IRPJ/CSLL
IRPJ/CSLL
8.277
51.716
19.682
18.618
18.618
7.085
51.716
18.618
70.333
26.767
6.457
1.614
581
2.195
4.226
3.340
835
301
1.136
2.969
742
267
1.009
(8.479)
282
(2.120)
70
(763)
25
(2.883)
96
4.569
1.142
411
1.553
4.447
211.432
52.858
19.029
71.887
31.214
8.276,55
221
8.277
A Companhia adota o Regime Tributário de Transição (RTT) que se tornou obrigatório no anocalendário 2010 conforme disposto no Art. 15; § 3o da Lei 11.941/09 e terá vigência até a entrada em
vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade
tributária.
A administração elaborou, em 31 de dezembro de 2014 a projeção de resultados tributáveis futuros,
inclusive considerando seus descontos a valor presente, demonstrando a capacidade de realização desses
créditos tributáveis nos períodos indicados. Essas estimativas são periodicamente revisadas, de modo
que eventuais alterações nas perspectivas de recuperação desses créditos possam ser tempestivamente
consideradas nas demonstrações financeiras. Consequentemente, as estimativas estão sujeitas a não se
concretizar no futuro, tendo em vista as incertezas inerentes a essas previsões.
Baseado no estudo técnico das projeções de resultados tributáveis computados de acordo com as
melhores práticas adotadas no Brasil, a Companhia estima recuperar o crédito tributário não circulante
nos seguintes exercícios:
Recuperação Tributos Diferidos - IRPJ/CSLL
2017
2018
2019
2020
2.900
6.092
8.871
11.952
2021
2022
2023
Total
13.663
15.189
13.220
71.887
15 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
11
Imobilizado
(a) Composição do saldo
Terrenos
Em 31 de dezembro de 2013
Saldo inicial
Transferências
Aquisições
Reclassificações
Depreciação
Edificações
1.398
Benf. Imóveis
de terceiros e
instalações
Máquinas e
equipamentos
Móveis
Utensílios e
ferramentas
Equip. de
Informática
Veículos
Total em
operação
695
4.270
19
483
330
7.195
6
19
(132)
1.649
15
(885)
(2)
(119)
1
52
(72)
1.675
67
(1.210)
Adiant. a
Fornecedor
Imobilizado
Obras em
Andamento
176.426
(88)
(55.189)
288.652
88
507.783
(8)
Total
Subvenção
Governamental
Líquido
472.271
(1.398)
470.873
454.271
59
(1.210)
454.271
59
(1.210)
Saldo contábil, líquido
1.398
563
5.049
23
383
311
7.727
121.149
796.515
925.391
(1.398)
923.993
Em 31 de dezembro de 2013
Custo
Depreciação acumulada
1.398
787
(224)
6.315
(1.266)
26
(3)
605
(222)
414
(103)
9.545
(1.818)
121.149
795.515
927.209
(1.818)
(1.398)
925.811
(1.818)
Saldo contábil, líquido
1.398
563
5.049
23
383
311
7.727
121.149
795.515
925.391
(1.398)
923.993
563
53.258
5.049
368.404
23
2.159
383
4.790
311
58
7.727
907.861
121.149
925.391
(1.398)
923.993
Em 31 de dezembro de 2014
Saldo inicial
Transferências
Aquisições
Reclassificações (i)
Depreciação
1.398
479.192
(49)
(46.175)
(110.724)
796.515
(907.861)
233.365
(15.891)
233.365
(126.664)
(46.175)
233.365
(126.664)
(46.175)
(15.077)
(2.209)
2
(27.784)
(159)
(864)
(51)
(82)
Saldo contábil, líquido
1.398
464.115
51.612
345.671
2.023
4.309
236
869.364
10.425
106.128
985.917
(1.398)
984.519
Em 31 de dezembro de 2014
Custo
Depreciação acumulada
1.398
479.192
(15.077)
54.045
(2.433)
374.721
(29.050)
2.185
(162)
5.395
(1.086)
421
(185)
917.357
(47.993)
10.425
106.128
1.033.910
(47.993)
(1.398)
1.032.512
(47.993)
Saldo contábil, líquido
1.398
464.115
51.612
345.671
2.023
4.309
236
869.364
10.425
106.128
985.917
(1.398)
984.519
4%
13%
14%
10%
20%
20%
Taxas anuais médias de
depreciação
(i) O saldo refere-se essencialmente à compensação financeira de adiantamentos aos fornecedores.
16 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Depreciação
A depreciação dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 foi contabilizada como custo, no montante
de R$ 40.840, e despesas gerais e administrativas no montante de R$ 7.744 (2013 - R$ 1.743). Deste
montante, R$ 2.418 (2013 - R$ 559) refere-se ao rateio da depreciação do imobilizado de uso em comum
entre as empresas do Grupo Cornélio Brennand.
Obras em andamento
O custo das obras em andamento em 31 de dezembro de 2014 refere-se substancialmente aos custos
incorridos na construção das novas linhas de produção de vidros espelhados e laminados.
(c)
Capitalização de custos de empréstimos
Durante 2014 a Companhia capitalizou custos de empréstimos no valor de R$ 6.278 (2013 - R$ 34.524)
(Nota 14). Os custos dos empréstimos foram capitalizados até o término da construção do parque fabril.
(d)
Subvenção governamental
O terreno onde foi construída a planta industrial da Companhia, em Goiana – PE compreende uma área de
91 mil metros quadrados. O mesmo foi doado pelo Governo do Estado de Pernambuco através de escrituras
públicas de doação. A doação foi condicionada à implantação da unidade industrial.
(e)
Análise impairment
No exercício de 2014 a administração efetuou a análise de recuperabilidade dos ativos e não houve
indicação, seja por fontes externas ou internas de informações, de que algum ativo tenha sofrido
desvalorização ou de que não seja recuperável por meio dos resultados obtidos de sua realização. Dessa
forma, o valor contábil líquido registrado dos ativos é recuperável.
17 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
12
Intangível
Software
Exercício findo em 31 de dezembro de 2013
Saldo inicial
Aquisições
Reclassificação
Amortização
(11)
(471)
3.953
Total
2.050
3.953
(11)
(471)
Saldo contábil, líquido
1.568
3.953
5.521
Em 31 de dezembro de 2013
Custo
Amortização acumulada
2.336
(768)
3.953
6.289
(768)
Saldo contábil, líquido
1.568
3.953
5.521
1.568
4.769
(1.162)
3.953
(105)
5.521
4.769
(1.267)
5.175
3.848
9.023
7.105
(1.930)
3.953
(105)
11.058
(2.035)
5.175
3.848
9.023
Exercício findo em 31 de dezembro de 2014
Saldo inicial
Reclassificação
Amortização
Saldo contábil, líquido
Exercício findo em 31 de dezembro de 2014
Custo
Amortização acumulada
Saldo contábil, líquido
13
2.050
Bens
Reversíveis
Fornecedores
Fornecedores de vidros
Fornecedores de ativos imobilizados
Fornecedores de logística e armazenagem
Fornecedores de gás natural e energia elétrica
Fornecedores de outros materiais e/ou serviços
2014
2013
33.521
15.392
5.968
955
6.030
9.348
83.419
11.308
789
10.707
61.866
115.571
Referem-se a valores a pagar basicamente decorrentes de aquisições de vidros planos para comercialização,
compra de materiais e serviços necessários para produzir vidros planos e para a conclusão da construção
do parque fabril, gastos com fretes e logística.
18 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
14
Empréstimos e Financiamentos
Não circulante
BNB (a)
Debêntures (b)
BNDES (c)
Circulante
BNB (a)
Debêntures (b)
BNDES (c)
FINIMP (d)
FRN- Floating Rate Note (e)
Provisão perda (ganho) swap (f)
Total dos empréstimos
(a)
(a.1)
2014
2013
530.473
183.693
30.528
478.708
199.931
24.050
50.240
20.000
2.736
15.842
19.994
(97)
40.763
3.028
124
14.189
853.409
760.889
96
Banco do Nordeste do Brasil (BNB)
Banco do Nordeste do Brasil (BNB)
O financiamento contratado com o Banco do Nordeste do Brasil – BNB, mediante abertura de crédito no
montante de R$ 521.000, tem juros de 2,94% a.a. (antes do bônus de adimplência de 15%; com o bônus, os
juros são reduzidos para 2,5% a.a.) e vencimento em 2024.
Os recursos obtidos foram destinados a obras civis e demais itens de investimentos para o projeto de
construção do parque industrial.
Durante o período de carência, findo em março de 2014, os juros foram calculados e capitalizados
mensalmente e exigidos trimestralmente no dia 11 de cada mês. As despesas financeiras incorridas foram
capitalizadas até a data de entrada em operação da Companhia. Após o período de carência os pagamentos
dos juros são mensais.
A amortização do principal ocorrerá em 130 prestações mensais e sucessivas, sendo que a primeira
prestação venceu em 11 de março de 2014.
(a.2)
Banco do Nordeste do Brasil (BNB)
O financiamento contratado com o Banco do Nordeste do Brasil – BNB, mediante abertura de crédito no
montante de R$ 100.000, tem juros de 8,24% a.a. (antes do bônus de adimplência de 15%; com o bônus, os
juros são reduzidos para 7% a.a.) e vencimento em 2025.
Os recursos obtidos foram destinados a obras civis e demais itens de investimentos para o projeto de
construção do parque industrial.
Durante o período de carência, que se estenderá até maio de 2016, os juros são calculados e capitalizados
mensalmente e exigidos trimestralmente.
Conforme cláusula prevista no contrato de financiamento, a Companhia mantém investimento em quota de
fundo de renda fixa (Nota 7).
19 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Debêntures
No exercício de 2013, a Companhia efetuou o resgate de 200 debêntures e aditou a escritura de emissão de
debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única da espécie quirografária, passando a
remunerá-las a taxa de 121,5% do CDI, com data de vencimento em maio de 2018. Os recursos obtidos pela
Companhia por meio da emissão das debêntures foram destinados à realização de investimentos no projeto
de implantação da fábrica.
(c)
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social- BNDES
O montante em 31 de Dezembro de 2014 de R$ 33.264 (2013 - R$ 24.174) foi captado no âmbito do
programa BNDES de Sustentação do Investimento – BNDES PSI e são providos de repasse da Agência
Especial de Financiamento Industrial – FINAME, deferidos pelo BNDES através do Banco Itaú BBA.
Sobre o principal da dívida incidem juros entre 2,5% a.a. e 6% a.a.
(d)
Financiamento à importação - FINIMP
O montante em 31 de dezembro de 2014 R$ 15.842 (2013 - R$ 14.189) refere-se a recursos captados no
mercado externo (Lei 4.131), com proteção cambial através de operação de swap e vencimento em
novembro de 2015.
Sobre o principal da dívida incidem juros a taxa efetiva de 108,7% do CDI.
(e)
FRN- Floating Rate Note
O montante em 31 de dezembro de 2014 – R$ 19.994 refere-se a recursos captados no mercado
externo (Lei 4.131), com proteção cambial através de operação de swap, com vencimento em
dezembro de 2015.
Sobre o principal da dívida incidem juros a taxa efetiva de 113% do CDI.
Os montantes de não circulante têm a seguinte composição por ano de vencimento:
31 de
dezembro de
2014
2016
2017
2018
2019
A partir de 2020
99.482
133.337
137.099
63.337
311.439
744.694
20 de 26
Companhia Brasileira de Vidros Planos
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
15
Salários e encargos sociais
Provisão Gratificação
Salários
Férias
INSS
FGTS
16
2013
5.379
331
4.133
1.691
705
1.970
2.038
2.217
550
12.239
6.775
Tributos a pagar
Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços – ICMS
Imposto sobre produtos Industrializados - IPI
Imposto de renda retido na fonte - IRRF
Imposto sobre serviços - ISS
Outros
17
2014
2014
2013
601
1.306
814
33
26
1.475
2.780
2.313
588
168
82
Transações e saldos com partes relacionadas
A Companhia é controlada pela Ical Participações S.A., que detém 100% das ações.
(a)
Remuneração do pessoal-chave da administração
O pessoal-chave da administração inclui os diretores. A remuneração paga ou a pagar ao pessoal-chave da
administração, por seus serviços, está representada a seguir:
Remuneração total do pessoal-chave da administração
2014
2013
2.033
1.680
A Companhia é parte integrante de um grupo de empresas, denominado Grupo Cornélio Brennand, que
atua de forma integrada e os custos das estruturas operacional e administrativa são atribuídos a cada
empresa, segundo a dimensão das suas operações.
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(b)
Empréstimos entre partes relacionadas (Mútuo)
Passivo circulante
Atiaia Energia S.A.
Acionistas - Pessoas Físicas
LFB Participações S.A.
(c)
Passivo não circulante
2014
2013
2014
2013
1.923
7.076
353
7.437
18.175
118.352
3.730
195.874
5.152
9.352
7.437
140.257
201.026
Outras transações
Ativo
circulante
2014
Atiaia Energia S.A.
Ical Participações S.A.
Iron House Empreendimentos Imobiliários S.A.
Iron House Desenvolvimento imobiliário S.A.
Atiaia Comercializadora de Energia S.A.
Companhia Agrícola e Ind. S.A.
Rio Verde Energia S.A.
Ical Energia S.A.
Rio Sucuriú Energia S.A.
Rio do Sangue Energia S.A.
Pedra Furada Energia S.A.
Paranatinga Energia S.A.
Empresa Energética Porto das Pedras S.A.
Indústria de Azulejos S.A.
Terrenos e Construções S.A.
Vento Sul Participações Ltda.
Passivo
circulante
2014
2013
63
40
965
121
28
187
353
18
283
300
46
294
304
168
400
136
21
1.053
14
3.706
1.131
3.256
345
1
2
4
28
8
3.601
Os valores referem-se ao rateio das despesas administrativas com as demais empresas do Grupo de acordo
com os critérios e parâmetros estabelecidos em laudo técnico elaborado por empresa especializada.
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Patrimônio líquido
Capital social
No mês de março de 2014, a Companhia aumentou o capital social ,no montante de R$ 38.526 (2013-R$
44.927) mediante a capitalização de adiantamentos para futuro aumento de capital, com a emissão de
3.427.607 (2013- 3.164.523) novas ações, todas ordinárias, nominativas e sem valor nominal, subscritas e
integralizadas pela única acionista da companhia. No mês de dezembro a Companhia realizou um novo
aumento de capital social no montante de R$ 145.944, mediante a capitalização de adiantamentos para
futuro aumento de capital.
O capital social subscrito e totalmente integralizado em 31 de dezembro de 2014 é de R$396.227 (2013 R$ 211.757) dividido em 15.313.818 (2013 - 11.886.211) ações, todas ordinárias, nominativas e sem valor
nominal.
19
Receita de vendas
Venda bruta de produtos
Revenda bruta de produtos (i)
Devoluções e tributos incidentes sobre vendas (ii)
(i)
2014
2013
132.627
157.787
(60.082)
227.906
(36.127)
230.332
191.779
Revenda de produtos
O saldo refere-se à revenda de vidros planos.
(ii)
Subvenção Governamental
Do montante de R$ (60.082), R$ 6.344 refere-se ao incentivo do PRODEPE. O saldo restante, R$ (66.426),
refere-se aos tributos incidentes sobre as vendas e revendas e às devoluções de vendas e revendas.
Em janeiro de 2014 a Companhia passou a usufruir do incentivo do PRODEPE concedido pelo Governo do
Estado de Pernambuco. A fruição deste incentivo está condicionada à implantação da unidade fabril e à
produção de vidros planos. A Companhia reconhece este incentivo no resultado, como uma receita de
subvenção e irá constituir a reserva de incentivo fiscal nos exercícios subsequentes quando a Companhia
passar a apurar lucro.
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Custo das vendas
Custos com pessoal
Custos com viagens
Consultoria, assessoria e outros
Aluguéis
Telefone e outras comunicações
Custos com fretes e armazenagens
Despesas comerciais
Despesas com avarias
Custos com energia elétrica
Custos com Gás Natural
Despesa com manutenção
Depreciação e amortização
Impostos e taxas
Custo da mercadoria revendida
Outros
21
2014
2013
18.849
122
2.067
1.400
9
3.344
655
4.866
1.796
20.000
7.014
31.925
34
110.971
3.482
186.270
( 34)
206.535
186.236
Despesas gerais e administrativas
Despesas com pessoal
Despesas com viagens
Consultoria, assessoria e outros
Aluguéis
Telefone e outras comunicações
Despesas com fretes e armazenagens
Despesas comercial
Despesas com avarias
Despesa com energia elétrica
Despesa com manutenção
Depreciação e amortização
Impostos e taxas
Outros
24 de 26
2014
2013
29.845
2.912
9.238
6.300
1.782
24.510
4.253
7.829
277
199
8.852
315
5.838
24.604
1.841
6.497
9.469
1.181
17.583
231
2.258
157
456
2.167
430
2.636
102.150
69.510
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Resultado financeiro
Rendimentos de aplicações financeiras
Variação cambial
Outros
Receitas financeiras
2014
2013
4.378
3.766
816
7.269
146
8.960
7.415
Despesas bancárias
Variação cambial
Juros sobre empréstimos e financiamentos
Outros
(2.781)
(6.801)
(36.596)
(3.697)
(2.856)
(8.898)
Despesas financeiras
(49.875)
(12.270)
Despesas financeiras, líquidas
(40.915)
(4.855)
23
Imposto de renda e contribuição social
(a)
Conciliação da despesa do imposto de renda e da contribuição social
(516)
A conciliação entre a despesa de imposto de renda e a contribuição social pela alíquota nominal e pela
efetiva está demonstrada a seguir:
Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social
2014
2013
(118.064)
(68.069)
(+) Despesa fase pré-operacional
(+) Despesa Depreciação em virtude de novas práticas contábeis
(+) Despesa com ajuste a valor justo
(+) Despesa com AVP
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social ajustado
94
250
96
3
(118.064)
(67.626)
Despesas indedutíveis e outros
Receitas não tributáveis
31.135
(41.202)
17.054
(61)
Prejuízo fiscal
(128.131)
(50.633)
71.887
31.214
IRPJ/CSLL Diferido 34%
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Cobertura de seguros (Não auditado)
A Companhia possui um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitar os riscos,
buscando no mercado coberturas compatíveis com seu porte e suas operações. As coberturas foram
contratadas pelos montantes a seguir indicados, considerados suficientes pela administração para cobrir
eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a
orientação de seus consultores de seguros.
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía as seguintes principais apólices de seguro
contratadas com terceiros:
Limite Máximo de
Indenização (LMI)
Coberturas
Responsabilidade civil – Obras civis, instalação e montagem
Compreensivo empresarial
*
26 de 26
*
*
86.445
608.852
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