ECONOMIA MUNDIAL
TARCÍSIO MINETTO
Economista –
Assessor da Fetag
PRINCIPAIS “MONSTROS” DA
GEOPOLÍTICA E ECONOMIA
PIB mundial - estimativa 2004
1º lugar - U E
2º lugar - E U A
4º lugar - CHINA
6º lugar - ÍNDIA
11º lugar - BRASIL
12º lugar - RÚSSIA
- US$ 51,48 trilhões
- US$ 11,05 trilhões
- US$ 10,99 trilhões
- US$ 6,44 trilhões
- US$ 3,03 trilhões
- US$ 1,375 trilhões
- US$ 1,28 trilhões
PRINCIPAIS “MONSTROS” DA
GEOPOLÍTICA E ECONOMIA
PIB PER CAPITA MUNDIAL
PIB PER CAPITA - E U A
PIB PER CAPITA - U E
PIB PER CAPITA - RÚSSIA
PIB PER CAPITA - BRASIL
PIB PER CAPITA - CHINA- US$
PIB PER CAPITA - ÍNDIA
- US$ 8,2 mil
- US$ 37,8 mil
- US$ 25,7 mil
- US$ 8,9 mil
- US$ 7,6 mil
5,0 mil
- US$ 2,9 mil
PRODUÇÃO DA RIQUEZA MUNDIAL
CHINA
ÍNDIA
BRASIL
RÚSSIA
TOTAL
-
12,56% do PIB mundial
5,89%
2,67%
2,49%
23,58%
UNIÃO EUROPÉIA - 21,46%
ESTADOS UNIDOS- 21,24%
PAÍSES “MONSTROS”
São Cinco - com vantagens comparativas naturais (população,
território e recursos naturais) que necessitam de uma economia
avançada e diversificada:
1) E U A
2) RÚSSIA
3) CHINA
4) ÍNDIA
5) BRASIL
Estes 5 países reúnem mais da metade da população mundial e
produzem cerca de 43,6% da riqueza mundial.
O CENÁRIO INTERNACIONAL ECONOMIA
Economia Mundial cresceu cerca de 5% em 2004.
A mais alta taxa de crescimento nos últimos 30 anos
Economia Americana cresceu 4,5%
Economia Européia cresceu 1,8%
Emergentes da Ásia (China cresceu entre 4 e 9%)
Brasil cresceu 4,2% em 2004
A Economia Mundial está crescendo em ritmo mais lento.
OS DESAFIOS DA ORDEM MUNDIAL
Disputa pelos Blocos Econômicos
Geoeconômicas do Mundo;

nas
Regiões
Cada Região buscando protecionismo oficializado e
generalizado para manter ou ampliar fatia de Mercado;


Estancamento das negociações sobre a ALCA;

Polarização com a criação do G- 20;
OS DESAFIOS DA ORDEM MUNDIAL
Acirramento das contradições em futuras negociações
internacionais;

Países emergentes exigem a abertura dos mercados para
seus produtos agrícolas e o fim dos subsídios diretos e
indiretos praticados pela UE e os EUA;

Estratégia Defensiva – E U A partindo para acordos
bilaterais para garantir mercado nas Américas

OS DESAFIOS DA ORDEM MUNDIAL
Os objetivos estratégicos e globais dos EUA na política
internacional são:

- Recuperar a dinâmica de crescimento de sua economia;
- Reafirmar e consolidar, se necessário, por ações
militares, sua hegemonia militar e econômica;
- Reforçar e radicalizar as pressões visando a integração ,
pela entrada em vigor da ALCA.
- Vencer as resistências internas, criminalizando as
oposições sob o rótulo de “ terroristas”.
OS DESAFIOS DA ORDEM MUNDIAL
A China conquistou o respeito internacional por seus
resultados econômicos;
 A União Européia dividida - Plebiscito;
 MERCOSUL sem ordenamento;
 Ásia interesse do mundo pela perspectiva futura de
mercado;

OS DESAFIOS DA ORDEM MUNDIAL
A ordem mundial continua numa dinâmica concentradora
e excludente;
 Não consegue apontar alternativas de rompimento tendência de sociedades centrais e periféricas;
 O mundo continua legitimando as barbaridades
cometidas em nome do “mercado”;
 Abstraem da dinâmica social e política e não enxergam
os germes da revolta popular por mudanças econômica e
sociais.

BLOCOS ECONÔMICOS

Com economia mundial globalizada, há tendência
comercial de formação de blocos econômicos;

Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas
alfandegárias e buscam soluções em comum para
problemas comerciais;

Muitos economistas afirmam que ficar fora de um
Bloco Econômico é viver isolado do mundo comercial.
UNIÃO EUROPÉIA




Fundação: 1957 por seis países (CEE) - sede em Bruxelas
Tratado de Maastricht, assinado por representantes dos
países da Comunidade Européia, em fevereiro de 1992.
Objetivo – unificar a ação econômica, política e social
dos países da Europa.
O GRANDE DESAFIO: convencer os interessados de que
é conveniente abrir mão de certas vantagens particulares
em benefício do conjunto.
UNIÃO EUROPÉIA

PRINCIPAIS PROBLEMAS:
- dificuldade de união, sobrepor às tradições de cada país;
- eliminação de dispositivos protetores das indústrias
nacionais, a unificação monetária;
- a permissão do acesso de contigentes de desempregados
provenientes de países menos desenvolvidos da CEE;
- elaboração de dispositivo constitucional único – rejeição
da França e da Holanda
UNIÃO EUROPÉIA

PONTOS POSITIVOS:
- Fortalecimento político e econômico dos países
membros;
- Supressão de tarifas aduaneiras;
- Livre circulação de mercadorias, serviços capitais e
pessoas;
- Criação de moeda única
UNIÃO EUROPÉIA

SUA RELAÇÃO COM O BRASIL:
- Em 1995, assina tratado com o MERCOSUL, prevê a
criação de uma área de livre-comércio entre os dois
blocos até 2005;
- Juntos, estes dois blocos têm quase 600 milhões de
habitantes e a soma de seus PIBs superam US$ 7
trilhões.
NAFTA - ACORDO NORTE AMERICANO DE
LIVRE COMÉRCIO

Mercado de 440,5 milhões de pessoas

PIB superior a US$ 10 trilhões
Fundação – 1988 - iniciativa dos EUA e CANADÁ assinaram tratado de livre comércio entre ambos entrada MÉXICO, posteriormente.

NAFTA - ACORDO NORTE AMERICANO DE
LIVRE COMÉRCIO

PROBLEMAS:
- Imposição norte-americana, não respeitando regras
comuns, tensão em relação aos efeitos na economia,
emprego, circulação de pessoas e transporte,
principalmente com o México.
NAFTA - ACORDO NORTE AMERICANO DE
LIVRE COMÉRCIO

RELAÇÃO COM O BRASIL:
- Interesse dos EUA criarem uma zona de livre comércio com
todos os países americanos (fora CUBA);
- constituição da ALCA (Área de livre comércio das Américas);
- Início das negociações em dezembro de 1994;
- Objetivo era implementar acordo até 2005;
- EUA tentando fazer acordos bilaterais;
- Brasil resistindo ao acordo;
- Difícil entendimento e finalização do acordo
- ALCA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS





Surge em 1994
com objetivo de eliminar barreiras
alfandegárias entre 34 países americanos, exceto CUBA.
Prazo de instalação final: 7 anos
Tornar-se o maior bloco econômico do mundo
PIB total de US$ 11,4 trilhões
uma população de 783,6 milhões de pessoas
- ALCA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS

PROPÓSITOS:
- Desregulamentação comercial e financeira que vai além da
eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias;
- Não leva em conta as disparidades existentes entre os países
da região, assumindo compromisso de superá-las;
- É um acordo desigual, que tende a perpetuar a condição
periférica e subordinada da América Latina no mundo
globalizado;
- Configura iniciativa de caráter financeiro comercial;
- Corresponde aos interesses de grupos econômicos;
- Visa garantir a hegemonia desses grupos
- ALCA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS

PROPOSTA PRINCIPAL:
- Criar Área de Livre Comércio e ao Investimento entre
os países das Américas;
- Prevê a troca de bens e serviços, de produtos
agrícolas e liberação dos fluxos de investimentos,
compras governamentais e comércio eletrônico;
- Maximizar abertura de mercado
- ALCA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS

FRAGILIDADES:
-
Submissão dos Governos Latino-americanos às políticas
ditadas pelos EUA / FMI e Banco Mundial;
- Não prevê sustentação de políticas sociais e produtivas;
- Poderá apresentar impactos socialmente regressivos para
sociedade com: aumento do desemprego, diminuição dos
salários, aumento do setor informal, eliminação de direitos
sociais e ameaça permanente aos direitos sindicais
- ALCA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS

FRAGILIDADES:
- Poderá ter restrição em relação à mão-de-obra;
- Tendência dos EUA, como grande potência, aumentar seu
controle sobre decisões econômicas e políticas do bloco;
- Haverá dificuldade na adaptação de suas economias na me
integração com o MERCOSUL.
- ALCA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS

RELAÇÃO COM O BRASIL:
- O Brasil é o país que mais interessa aos EUA;
- Por ter um setor industrial mais desenvolvido;
- Por ter recursos naturais abundantes;
- Por ter mais de 180 milhões de habitantes para consumo.
- MERCOSUL Mercado Comum do Sul

1985 - Início do acordo de cooperação econômica CRIADO EM 1º DE JANEIRO DE 1995;

OBJETIVO – estabelecer uma União Aduaneira, Área
de livre circulação de bens, serviços, mão-de-obra e
capital e liberação gradativa de tarifas alfandegárias e
restrições tarifarias.
- MERCOSUL Mercado Comum do Sul

Hoje, muitos produtos permanecem com taxas de
importações e/ou funcionam como tarifas de proteção
nacional

Finalidade de promover a integração econômica das
nações do Cone Sul do Continente Americano, com
Mercado Comum Europeu, Nafta, Tigres Asiáticos.
- MERCOSUL Mercado Comum do Sul

Para isso era preciso eliminar direitos alfandegários
favorecendo a livre circulação de bens e serviços;

Criar condições para surgimento de um mercado regional na
América Latina, frente às demais economias do mundo;

A cooperação entre os países membros do MERCOSUL tinham
como meta modernizar as estruturas produtivas, a
especialização e a complementaridade de setores econômicos e
garantir inserção competitiva na América Latina no cenário
mundial – GLOBALIZAÇÃO
- MERCOSUL Mercado Comum do Sul

TRATADO DE ASSUNÇÃO PRÉVIA:
- Livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos;
- Eliminação dos direitos alfandegários e tarifa;
- O estabelecimento de um tarifa externa comum;
- Coordenação política macroeconômica e setoriais entre os
estados-partes:
- de comércio exterior: agrícola, industrial, fiscal, monetário,
cambial
- de capitais: de serviços, alfandegária, de transportes,
comunicações e outros, a fim de assegurar as condições de
concorrência;
- MERCOSUL Mercado Comum do Sul

TRATADO DE ASSUNÇÃO PRÉVIA:
- Harmonizar legislações visando integração total (hoje
existe a Tarifa Externa Comum-TEC para 85% dos
produtos, mas há uma lista de exceções ) - em 2006
pretende-se não tê-la mais

DESAFIOS:
- Harmonizar interesses de cada país membro;
- Superar entraves como estabilidade na economia
- MERCOSUL Mercado Comum do Sul

MERCADO POTENCIAL:
- 220 milhões de consumidores
- PIB de 1,1 trilhão de dólares
- Possui a maior bacia hidrográfica do planeta (a do Prata e a
da Amazônia.
- Água - questão estratégica - presente e futuro
DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
ECONÔMICA NO MUNDO




Harmonia de ação entre as grandes economias e blocos
econômicos;
Controle operacional administrativo dos blocos
econômicos;
Dificuldade de determinados países em adaptar-se à
globalização, devido às suas fragilidades;
Controle sanitário – controle de qualidade - traçabilidade
de alimentos – certificação de animais, e produtos
vegetais
DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
ECONÔMICA NO MUNDO

O mundo não aceita mais maquiagens e mentiras;

Respeito às regras de sustentabilidade ecológica e social.

O Brasil tende a ser o maior produtor mundial de alimentos
nos próximos 10 anos segundo a FAO;

Apresenta-se neste cenário, ameaças e oportunidades ao
agronegócio brasileiro
DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
ECONÔMICA NO MUNDO

Destino das exportações agrícolas brasileiras:
- 41% para União européia
- 18% para Ásia
- Restante, às demais regiões como Oriente Médio, Norte
da África , EUA e Canadá.
DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
ECONÔMICA NO MUNDO




Conflito ambiental - equilíbrio com manejo - com técnicas e
formas de convivência da agricultura com floresta, solo,
clima e água;
Brasil precisa inovar mais - investir em inovação - sair de
1% do PIB para 2 a 3% em Ciência e Tecnologia;
As barreiras técnicas podem ser um perverso instrumento
de protecionismo de mercado;
Brigas na OMC por contencioso – por exemplo: algodão e
açúcar
DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
ECONÔMICA NO MUNDO



OCDE (Cooperação para Desenvolvimento Econômico)
comprovou que brasil não subsidia produção agrícola
Uso de terras nos EUA, nos 40 anos: 174 milhões de ha19% da área total
No Brasil, uso de 44 milhões - 5% de sua área total, com
potencial de uso de mais 177 milhões ha de pastagem
DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
ECONÔMICA NO MUNDO





Dificuldade nos acordos setor agrícola
Não há ameaça real para agricultura familiar nas atuais
frentes de negociações
ALCA e MERCOSUL estão parados
Tarifas brasileiras na OMC variam entre 35% e 55% - média
fica em 11%
65% das importações agrícolas brasileiras entram com
tarifa zero ou baixa devido aos acordos do MERCOSUL
DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO
ECONÔMICA NO MUNDO

UNIÃO EUROPEIA em estado de confusão e na defensiva
- mantendo subsídios agrícolas

ESTADO UNIDOS na ofensiva para abrir mercado

Em dezembro, nova rodada de negociação em HONG
KONG
COMPARATIVOS DE PREÇOS E
ALGUNS INDICADORES











ITENS
ALHO ( KG ) *
BATATA ( saca 60 kg)
CEBOLA ( saca 20 kg)
ARROZ ( saca 50 kg)
FEIJÃO ( saca 60 kg)
MILHO ( saca 60 kg )
SOJA ( saca 60 kg)
SORGO ( saca 60 kg )
TRIGO ( saca 60 kg)
FUMO ( BO1 ARROBA) **
FUMO ( TO2 ARROBA) **
JUL/94
1,35
12,63
6,6
10,32
33,2
7,32
11,76
4,81
8,32
29,25
23,7
JUN/05
5,10
42,83
7,40
18,65
82,04
19,65
28,12
14,88
19,63
83,85
67,35
Variação no Período em %
277,78
239,11
12,12
80,72
147,11
168,44
139,12
209,36
135,94
186,67
184,18
COMPARATIVOS DE PREÇOS E
ALGUNS INDICADORES
ITENS
JUN/05
Variação no Período em %

BOI GORDO ( kg vivo)
0,69
SUÍNO T. CARNE (kg vivo) 0,67
LEITE ( preço por litro)
0,21
1,67
2,11
0,52
142,03
214,93
147,62

CAPÃO P/ ABATE ( kg vivo) 0,86
2,32
169,77

FRANGO ( kg vivo )
ADUBO ( preço por ton.)
UREIA ( preço por ton.)
COLHEITADEIRA
TRATOR MÉDIO
CUSTO SOJA / R$/60 KG
CUSTO MILHO/ R$/60 KG
CUSTO TRIGO / R$/60 KG
1,6
768,00
950,00
315.000
82.500
29,59
17,04
29,87
185,71
265,71
295,83
414,90
291,63
156,86
129,34
165,51









JUL/94
0,56
210,00
240,00
61.177
21.066
11,52
7,43
11,25
COMPARATIVOS DE PREÇOS E
ALGUNS INDICADORES
ITENS









IGP-DI (FGV)
SALÁRIO MÍNIMO
DÓLAR
ÓLEO DIESEL R$/LITRO
PREÇO MINIMO MILHO
PRÇO MÍNIMO TRIGO
PREÇO MÍNIMO SOJA
PREÇO MÍNIMO ARROZ
CESTA BASICA - DIEESE
JUL/94
JUN/05
Variação no Período em %
100
334,17
64,79
2,4430
1,79
13,5
24,00
14,00
20,00
189,12
234,17
300,00 363,03
163,25
371,05
113,61
176,82
71,99
99,60
180,59
0,928
0,38
6,32
8,67
8,14
10,02
67,4
* preço na entressafra
** preço de tabela
FONTE: Fecoagro/RS- FGV- Banco Central-Emater/RS- Dieese-Emater/RS- Mapa- Conab
Download

Apresentação Bloco Economico Mineto