Novo Acordo Ortográfico
Assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990.
Países lusófonos
Angola / Brasil / Cabo Verde / GuinéBissau / Moçambique / Portugal / São
Tomé e Príncipe / Timor Leste (CPLP)
TERCEIRA MUDANÇA OFICIAL
• 1° Reforma Ortográfica – 1943;
• 2° Reforma Ortográfica – 1971;
• 3° Reforma Ortográfica – 1990 (entrou em
vigor no Brasil somente em 2009).
Orto do grego “Ortho”= correto
Grafia do grego “Graphia” = escrita
• Calcula-se que, no Brasil, 2 mil palavras
sofreram alteração, ou seja 0,5% do total.
• O governo brasileiro definiu que as mudanças
entrariam em vigor no dia 1° de janeiro de
2009, porém, o uso da grafia antiga (em livros
e outras publicações, vestibulares, provas e
concursos públicos) será permitido até o fim
de 2012.
Quase 20 anos de discussão antes
do consenso
• Foram 18 anos de muito trabalho para chegar
a um acordo que permitisse à Língua
Portuguesa ter apenas uma grafia (era o único
idioma a ter duas normas oficiais).
PRINCIPAIS MUDANÇAS
• O alfabeto era formado por 23 letras e passa a
ter 26. Passam a fazer parte do alfabeto as
letras k, w e y;
• O Trema (¨) é eliminado em palavras
portuguesas e aportuguesadas. O trema
permanece apenas em nomes próprios
estrangeiros e seus derivados (ex.: Müller,
mülleriano);
Acentuação
• Não se acentuam mais os ditongos abertos ei
e oi nas palavras paroxítonas
Ex.: plateia, ideia, assembleia, heroico...
• Não se acentua o hiato oo
Ex.: enjoo, perdoo, coroo, voo, abençoo...
• Não se acentua o hiato ee dos verbos crer, dar,
ler, ver e seus derivados
Ex.: creem, deem, leem, veem, releem...
• Não se acentuam as palavras paroxítonas que
são homógrafas, com exceção para pode e
pôde e para as oxítonas por e pôr
Ex.: para, pela, pelo, pera...
• Não se acentua o u tônico nas formas verbais
rizotônicas (acento na raiz) quando precedido
de g ou q e seguido de e ou i (grupos que/qui
e gue/gui)
Ex.: argui, apazigue, enxague, oblique...
• Não se acentuam o i e o u tônicos das palavras
paroxítonas quando precedidas de ditongo
Ex.: baiuca, feiura, cheiinho, boiuna...
Uso do Hífen
• Não se emprega o hífen nos compostos em
que o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por r ou s, devendo essas
consoantes se duplicarem
Ex.: antessala, autorretrato, antissocial,
extrasseco, ultrassonografia, suprarrenal,
contrarregra, arquirromântico...
• O uso do hífen permanece nos compostos em
que os prefixos super, hiper, inter, terminados
em r, aparecem combinados com elementos
também iniciados por r
Ex.: hiper-rancoroso, hiper-realista, interracial, inter-regional, hiper-requisitado, interrelação, hiper-requintado...
• Não se emprega o hífen nos compostos em
que o prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por vogal diferente
Ex.: autoafirmação, autoajuda, autoescola,
neoimperialista, semiaberto, semiautomático,
contraindicação, neoexpressionista,
supraocular, semiárido, infraestrutura...
• O uso do hífen permanece nos compostos
com prefixo em que o segundo elemento
começa por h
Ex.: anti-herói, anti-higiênico, antihemorrágico, super-homem, extra-humano...
• Emprega-se o hífen nos compostos em que o
prefixo termina em vogal e o segundo
elemento começa por vogal igual
Ex.: anti-ibérico, arqui-inimigo, microorgânico, micro-ondas, anti-imperialismo...
• No caso de co, em geral, não se usa o hífen,
mesmo que o segundo elemento comece pela
vogal o
Ex.: cooperação, coordenar...
• Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hífen
deve ser empregado no caso do prefixo re
quando seguido de mesma vogal (ex.: reescrever, re-equilibrar, re-embolsar...) porém,
logo após a assinatura do acordo, por pressão
de alguns gramáticos e linguistas, a ABL
(Academia Brasileira de Letras) validou o uso
do referido prefixo sem o emprego de hífen.
Será possível, portanto, encontrar os dois
empregos já que oficialmente a revogação
ainda não ocorreu.
• Não se emprega o hífen em certos compostos
em que se perdeu, em certa medida, a noção
de composição
• Ex.: mandachuva, paraquedas, paraquedista,
paralama, parabrisa, parachoque...
• O uso do hífen permanece nas palavras
compostas que não contêm um elemento de
ligação e constituem uma unidade
sintagmática e semântica, mantendo acento
próprio, bem como naquelas que designam
espécies botânicas e zoológicas
Ex.: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião,
conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira,
couve-flor, erva-doce, bem-te-vi...
• Não se emprega o hífen nas locuções de
qualquer tipo (substantivas, adjetivas,
pronominais, verbais, prepositivas, ou
conjuncionais)
Ex.: cão de guarda, fim de semana, café com
leite, pão de mel, sala de jantar, cor de vinho,
abaixo de, acerca de, a fim de que...
São exceções algumas locuções já consagradas
Ex.: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa,
pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa...
• Emprega-se o hífen na maioria dos
substantivos e adjetivos compostos
Ex.: guarda-chuva, guarda-roupa, conta-gotas,
luso-brasileiro, arco-íris, couve-flor...
• São escritas aglutinadamente palavras que
não conservam a noção de composição
Ex.: girassol, mandachuva, paraquedas,
paraquedista, madressilva...
IMPORTANTE
• Ter um dicionário com a nova ortografia
• Consultar tabela de prefixos
• Revisar os textos e reforçar as mudanças
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