ILUMEXPO
Evento discute a transferência dos
ativos de iluminação pública e
evolução dos produtos.
JUNHO’2014
MULTÍMETROS
Setor avança sob o ponto de vista
tecnológico e produtos apresentam
novas funções e facilidades.
ANO 10 – Nº 103 • POTÊNCIA
Trabalho
PESADO
Indústria eletroeletrônica instalada no País sofre
com as variáveis que formam o Custo Brasil e
perde espaço na economia nacional. Queda no
nível de competitividade também abre caminho
para a entrada de fornecedores
estrangeiros, principalmente
asiáticos.
CADERNO
ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS
CADERNO EX Cuidados com áreas classificadas devem começar no desenvolvimento
de projetos, que podem reduzir e até eliminar os riscos dos ambientes industriais.
Capa Potência Jun’14 (D).indd 1
7/17/14 6:51 PM
NOSSO
PORTFÓLIO
DE PRODUTOS
AUMENTOU
NOVOS PRODUTOS E
UMA NOVA MARCA.
[email protected]
I N D Ú S T R I A
O F F SH O R E
Ó L E O ,
G ÁS
E
P E T R O L E O
C O N ST R U Ç ÃO
C O MUNI C AÇ ÃO
TR A NS MIS SÃO
E NE RG I AS
D E
D E
C I V I L
D AD O S
E N E R G I A
R EN O V ÁV EI S
www.generalcablebrasil.com
sumário
10
Outras seções
04 › Ponto de vista
06 › ao leitor
• Capa: Sérgio Ruiz • Foto: Dreamstime
10 Matéria de Capa
Afetada pela concorrência com empresas de
08 › Holofote
outros países, indústria eletroeletrônica perde
38 › espaço abreme
competitividade e participação na economia
42 › Vitrine
brasileira. Custo Brasil é o maior entrave.
44 › economia
46 › gtd
49 › link direto
50 › agenda
30
20Mercado
Segmento de multímetros avança sob o ponto de
vista tecnológico e soluções apresentam cada vez
mais funções e facilidades.
26Radar
Depois de investir pesado em várias áreas, Wago
registra altos índices de crescimento no Brasil.
Próximas ações incluem a construção de nova sede.
20
34
26
30Caderno Ex
Áreas classificadas podem ser reduzidas, e até
evitadas, com o desenvolvimento de projetos
dedicados.
34Evento
Transferência dos ativos de iluminação pública e
evolução tecnológica se destacam entre temas
discutidos durante a Ilumexpo.
potência
3
E X P E D I E N T E
ponto de vista
Uma nova bola
está em jogo
Diretores:
Habib S. Bridi (in memorian)
Elisabeth Lopes Bridi
ano
X
•
nº
103
•
junho
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, diri­gida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia
e insta­ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, trans­misso­ras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme
- Associação Brasileira dos Re­vendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.
A Copa acabou. A expectativa gerada,
fática. Por isso, este é um momento difícil. Tere-
agora, é fato passado. Ser o anfitrião trouxe ao
mos, muito em breve - calcula-se que logo após
Brasil pontos positivos em função, em grande
as eleições -, os reajustes de energia elétrica,
Redação
[email protected]
parte, da hospitalidade do povo brasileiro e dos
combustíveis e transportes públicos que estão
encantos naturais do País, coisas que nenhum
“congelados” pelo Governo Federal a fim de
brasileiro duvidava. Obras ficaram inacabadas,
conter a inflação. A incerteza sobre como e com
Diretora de Redação: Beth Bridi
Editor: Marcos Orsolon
Repórter: Paulo Martins
Fotos: Ricardo Brito
Colaborou nesta edição: Taís Augusto
Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)
superfaturamentos foram denunciados e a in-
qual velocidade esses reajustes serão liberados
cógnita sobre o futuro de alguns estádios que
agrava o quadro de apreensão do momento.
Conselho Editorial
[email protected]
Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro
Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e
Roberto Said Payaro.
podem não ter uso que justifique o investimen-
Apesar do cenário adverso, agora é hora
to são apenas alguns dos problemas a serem
de muito trabalho. O famoso jargão “acreditar
resolvidos no pós-festa. Existem outros, justa-
no seu negócio” pode realmente fazer a dife-
mente os mais antigos e profundos. Com o fim
rença. Há muitos exemplos de empresas que
da festa, a realidade parece ainda mais difícil.
permanecem investindo e se preparando para
O crescimento do PIB preocupa; juros altos
um 2015 muito melhor. Esse é o caminho. A
atrapalham a produtividade e competitividade;
Copa do Mundo se foi, muitos dizem que o ano
a infraestrutura continua à espera de soluções.
agora efetivamente começou, então que assim
A indústria brasileira continua em situação de-
seja! Que se enfrente as situações difíceis e se
licada. Cai cada vez mais o Índice de Confiança
planeje o futuro a médio prazo de forma a man-
Administração
[email protected]
do Empresário Industrial, levantado pela CNI –
ter a bola em jogo. E que os esforços visem a
Gerente: Edina Silva
Assistente: Bruna Franchi e Ana Claudia Canellas
Confederação Nacional da Indústria. Juntando
vitória sobre adversários difíceis, comandados
Impressão
isso ao quadro de corte de vagas constatado
pela inflação, preços, câmbio, sem deixar que
pela indústria paulista, chega-se perto de uma
a eleição presidencial traga mais incertezas do
situação de recessão no setor industrial.
que as já previstas.
Como todos sabem, a economia é muito
atrelada ao humor e muito sensível aos ru-
2014
Publicidade
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Diretor Comercial: Edvar Lopes
Coord. de Atendimento: Cléia Teles
Contato Publicitário: Silvana Ricardo e Marcos Ducatti
Produção Visual e Gráfica
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Prol Editora
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Fechamento Editorial: 17/07/2014
Circulação: 25/07/2014
mores. Todos os economistas não cansam de
afirmar que o ânimo do mercado interfere no
desempenho da economia de forma muito en-
Beth Bridi
diretora de redação
[email protected]
4
potência
Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e coFiliada ao
laboradores não refletem, necessariamente, a opinião
da revista e de seus editores. Potência não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios, informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço
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servados. Proibida a reprodução total ou parcial das
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INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa. ISSN 2177-1049
Foto: Daniel Coelho/Rioluz
Pronto para receber o mundo de braços abertos
O monumento ao Cristo Redentor, que já conta com um dos melhores sistemas de iluminação
do mundo, passou por uma manutenção e recebeu um novo sistema de proteção atmosférica,
monitoramento, cabeamento e eficiência energética, em um projeto viabilizado devido à
parceria entre as empresas Centelha, Embraarte, Nexans, Osram e Phoenix Contact.
A partir desta união, a Centelha modernizou as instalações elétricas; a Embraarte providenciou
o sistema de telecontrole e telesupervisão via internet; a Nexans contribuiu com os fios e
cabos; a Osram forneceu novos projetores de LED e uma série inédita de cenas de iluminação
programadas; e a Phoenix Contact garantiu os equipamentos para proteção elétrica contra
descargas atmosféricas.
Tudo para o maior símbolo brasileiro brilhar ainda mais.
precisamos da indústria
ao leitor
P
assada a Copa do Mundo de futebol que, aliás, foi um sucesso no Brasil,
o País volta a discutir temas relevantes ligados à política e à economia.
Num primeiro momento, as eleições entraram em pauta, com recentes pesquisas indicando que, provavelmente, teremos segundo turno na escolha para
presidente da República.
De outro lado, a economia também volta a ser discutida. A inflação continua
em patamar acima do desejado, o câmbio segue desfavorável para a produção
local, as taxas de juros, pelo menos por enquanto, pararam de subir, e, o pior
de tudo, mais uma vez teremos um crescimento medíocre no PIB.
Mas o que explica esse desaquecimento da economia nacional?
Não há um fator específico. Mas vários problemas que levam a economia
brasileira a avançar pouco. Problemas que não são novos e que, infelizmente,
passaram da hora de serem resolvidos.
Em nossa matéria de capa citamos os principais entraves. Nessa reportagem, mostramos como a indústria instalada no País, e em especial a eletroeletrônica, tem perdido espaço na participação do PIB. E não apenas em função
da crise internacional ou do avanço de outras áreas, como a de serviços. Mas
também, e principalmente, em função de velhos entraves, como a ineficiência
logística, a dificuldade de crédito e a alta carga tributária.
O fato é que estes aspectos tiram a competitividade da nossa indústria
frente a outros países, o que explica a invasão de importados nos últimos anos.
Nossa indústria está enfraquecida. E sem um setor produtivo forte, dificilmente
o país voltará a crescer em níveis mais elevados.
E para reverter o quadro, nossos governantes precisam agir, em todas as
esferas. Ano de eleição, é ano para celebrar a democracia. Mas também é o momento de discutir o que queremos para o futuro de nosso País. Mais que isso, é
uma oportunidade para pressionar nossos políticos, de todos os partidos, a se
posicionarem em relação aos planos e projetos para o Brasil.
Os que não têm projeto, ou não se posicionam, não merecem nossa confiança e nosso voto.
Boa leitura!
Marcos Orsolon, editor
6
potência
Nova
gerência
Foto: Divulgação
A Panduit anuncia a
contratação de uma nova
gerente para a região Sul do País.
Maria Elisa Ferreira Kienast assume
a gerência de Contas Territorial e
cuidará dos distribuidores, integradores,
instaladores e usuários finais no Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Profissional com 14 anos de
experiência na área comercial, dedicada
ao atendimento e relacionamento com
clientes finais e corporativos do varejo
e da distribuição, Maria Elisa reúne
11 anos de trajetória no mercado de
informática. No atual cargo, ela tem
como meta fomentar a relação com
parceiros da base atual da Panduit e
ampliar a participação da companhia
na região. “Quero reforçar ainda mais
a confiança entre os integradores
e instaladores, estreitando o
relacionamento, e mirar no incremento
dos resultados gerais da região”,
declara Maria Elisa.
O maior desafio, segundo ela, é a
especialização na linha de produtos de
comunicação de rede.
Programa de capacitação
A 1ª turma do Formare
Cummins, com 19 formandos,
celebrou dia 07 de julho a conclusão
do Programa de Capacitação em
Assistente de Produção e Serviços
da Indústria Mecânica, no Auditório
da Universidade de Guarulhos (SP),
com a presença de familiares e dos
principais diretores da empresa,
incluindo Luis Pasquotto, presidente
da Cummins América do Sul e vicepresidente da Cummins Inc.
Segundo Pasquotto, o projeto
Formare Cummins tem tudo a ver
com os valores e os princípios da
missão da companhia. “As primeiras
proposições nasceram a partir de um
grande levantamento feito em 2011,
que diagnosticou as necessidades
da comunidade onde está instalada
a Cummins, em Guarulhos.
Identificamos algumas plataformas
Cargos modificados
A Osram anunciou ao mercado que Sergio Costa e Rafael
Biagioni passaram a exercer novas funções na companhia. Ambos
trabalharam juntos no Canal P&S (Projetos & Soluções) da empresa,
responsável por projetos de iluminação grandiosos, como o da Arena
Corinthians, em São Paulo, e do monumento ao Cristo Redentor, no Rio de
Janeiro. Desde junho, Biagioni assumiu a gerência de P&S, enquanto Costa,
que ocupava o cargo anteriormente, passa a ser o gerente Nacional do
Canal Retail.
Voltado aos produtos destinados ao consumidor final, o Canal Retail atravessa
um momento de transição no qual as tradicionais lâmpadas incandescentes
estão sendo gradativamente banidas do mercado e as novas tecnologias
fluorescente, halógena e LED surgem como opções para substituí-las.
“Será um grande desafio elaborar estratégias para atender as expectativas
do consumidor brasileiro neste momento em que o mercado de iluminação
está se renovando, com tecnologias mais eficientes, mas também menos
conhecidas do público”, analisa Costa.
Já Biagioni espera por novas conquistas na área de Projetos & Soluções. “A
Osram atualmente é referência em iluminação de projetos, pela reconhecida
qualidade e eficiência dos seus produtos. A nossa meta é seguir à frente da
evolução tecnológica para continuar participando de grandes obras”, declara.
Fotos: Divulgação
8
potência
Foto: Divulgação
notícias do setor
de ensino e o Formare foi escolhido
por conter valores similares aos da
Cummins”, argumenta.
O programa de capacitação de
jovens de baixa renda para o
mercado de trabalho, iniciado
em 6 de agosto do ano passado,
foi liderado pela gerência de
Responsabilidade Corporativa da
Cummins América do Sul com o
time do Seis Sigma da empresa e
participação de 262 Educadores
Voluntários da própria Cummins,
que dedicaram mais de 3 mil horas a
esse programa.
Os alunos, de beca, produzida pelo
Pano Pra Manga, outra iniciativa
da empresa com mulheres da
comunidade que atuam no ofício
de corte e costura, formalizaram o
encerramento do curso em uma bela
cerimônia de formatura.
Mudança na
diretoria
Com larga experiência
no mercado de energia,
Daniel Burban foi promovido
a diretor de Vendas da
Cummins Power Generation
para América do Sul, exceto
Brasil. Desde 2011, o executivo está
atendendo o escritório da companhia, em
Buenos Aires, e tem participado de projetos
de geração de energia para atender os
segmentos comercial, residencial e industrial.
“A América do Sul é uma região com
diferentes cenários e tem experimentado um
crescimento incrível baseado em commodities,
como a soja, cobre, ouro, petróleo e gás, entre
outros. Isso levou a um fluxo de investimentos
maior para promover a renovação de toda a
infraestrutura”, diz Burban.
Foto: Divulgação
holofote
A EDP, empresa do Grupo Energias de Portugal, em parceria com
a Casa Redonda, abriu inscrições para a edição 2014 do Concurso Cultural
Energias do Mundo. Alunos e professores do 3º ao 7º ano das escolas públicas
municipais das cidades de Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Itaquaquecetuba
e Mogi das Cruzes (SP) podem se inscrever por meio do site www.
energiasdomundo.com.br até o dia 15 de setembro. A iniciativa tem como
objetivo estimulá-los a refletir sobre consumo e cidadania ambiental.
Depois da realização de encontros de sensibilização e formação de educadores,
grupos de dois a três alunos deverão elaborar trabalhos artísticos que poderão
explorar técnicas como colagem, pintura, desenho ou qualquer outra linguagem
ligada às artes visuais. Os quatro melhores trabalhos serão premiados da seguinte
forma: um notebook para o professor, uma bicicleta para cada aluno vencedor e um
troféu para a escola, que serão entregues em data a ser oportunamente agendada
entre a instituição de ensino e a organização do concurso.
Nova diretora A engenheira eletricista Paula Campos assume a diretoria executiva da
Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia), atuando ao lado do
presidente, Carlos Faria, no apoio aos consumidores industriais associados.
Com 14 anos de experiência no setor elétrico e de gás natural, além de vasto
conhecimento no ramo de regulação e legislação, Paula já trabalhou em empresas e
associações do segmento, como Andrade&Canellas, Comgás, Air Liquide e Abrace.
Mobilidade elétrica
Foi inaugurado no dia 18 de
junho o centro de operações do
Programa de Mobilidade Elétrica
Inteligente (Mob-i), desenvolvido por
Itaipu Binacional em conjunto com
o Centro de Excelência da Indústria
da Mobilidade (CEiiA, de Portugal), a
Fundação Parque Tecnológico Itaipu
(FPTI) e a Aliança Renault-Nissan.
O Mob-i foi lançado nacionalmente em
março deste ano, com a formalização
da parceria Itaipu-CEiiA, e prevê ações
até 2020. A primeira etapa contemplou
a implantação de sistemas de controle
e monitoramento de veículos elétricos
em Foz do Iguaçu, Curitiba e Brasília.
Nesta segunda fase, serão
desenvolvidos modelos de
compartilhamento de veículos e
bicicletas elétricas, além da instalação
de um laboratório com eletropostos
inteligentes, similar a sistemas já
implantados em Portugal.
Na terceira fase, o Mob-i pretende
fomentar a indústria para que
transforme essa nova tecnologia em
produtos para os mercados do Brasil,
Paraguai e de toda a América Latina.
Catálogos
de produtos
Foto: Divulgação
Concurso cultural e
tim
ms
rea
:D
o
Fot
Com objetivo de facilitar a
consulta e visualização de
suas soluções em iluminação, a
Avant reformulou seu catálogo
on-line de produtos de LED e
também está lançando um catálogo
específico de sua nova linha de
luminárias decorativas. Ambos estão
disponíveis no site da empresa na
internet (www.avantled.com.br).
De fácil visualização, o catálogo
de produtos de LED é organizado
de acordo com a aplicação, tipo
de lâmpada e potência. Cada item
traz, além do código comercial,
informações como potência, base,
temperatura de cor (K) e vida
mediana, no caso das lâmpadas,
e outras, como tensão, corrente e
metragem, relativas aos acessórios.
Outras novidades podem ser
conferidas nos folders destinados
a LEDs e iluminação profissional e
pública, também disponíveis no site.
O catálogo on-line de luminárias
decorativas, novo segmento de
atuação da Avant, apresenta cada
uma das linhas e suas informações
técnicas. Este catálogo é
complementado pelo folder da linha
luminárias, com as mais recentes
novidades exibidas na Expolux.
A ferramenta utilizada para o
catálogo on-line da Avant permite
imprimir, fazer download e visualizar
as páginas de modo geral ou tela
cheia. “Com os novos catálogos e
folders on-line esperamos facilitar
a consulta de revendedores,
profissionais especificadores e até
de consumidores finais, de nossas
soluções em iluminação, sem a
necessidade do catálogo impresso”,
diz Gilberto Grosso, CEO da Avant.
potência
9
matéria de capa
competitividade da Indústria Eletroeletrônica
Indústria
PERDE ESPAÇO
Diretamente afetada pela concorrência
com empresas de outros países, indústria
eletroeletrônica perde participação na
economia brasileira. E situação pode se
agravar ainda mais.
Q
uem acompanha os eventos e
coletivas de imprensa da Associação Brasileira da Indústria
Elétrica e Eletrônica (Abinee)
tem notado uma grande preocupação dos dirigentes do setor: a perda de
espaço da indústria, na comparação com o
restante da economia.
Ao analisar os dados disponíveis, confirmamos que o setor industrial tem perdido espaço ao longo dos anos, especialmente nas últimas duas décadas. E o pior:
a indústria segue perdendo expressividade
na economia, a ponto de alguns empresários alertarem que, se nada for feito, o País
pode caminhar para a desindustrialização.
Fábio Guerra, economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lembra
que a indústria já teve uma participação
bem mais expressiva no PIB (Produto Interno
Bruto) do Brasil. No começo da década de
10
potência
90, essa participação esteve perto de 40%.
Mas hoje ela representa cerca de 25%, ou
¼ da economia.
“Vemos uma redução mais drástica
quando falamos da indústria de transformação, que é a que está mais exposta à concorrência com os competidores de outros
países. Isso acontece tanto quando nossos
produtos são colocados para competir no
exterior e não conseguem atingir o mesmo
padrão de competição que eles têm lá fora,
quanto quando os produtos dos estrangeiros
são importados para competir no mercado
doméstico, seja ele um produto americano
ou vindo da China”, comenta Guerra.
Dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) confirmam a
percepção do economista, reforçando a ideia
de que a indústria nacional está numa rota
perigosa de queda da participação na economia. Em meados dos anos 1980, a indús-
Foto: Dreamstime
Por marcos orsolon
potência
11
competitividade da Indústria Eletroeletrônica
tria de transformação representava 27% do
PIB do País. Essa participação foi se reduzindo continuamente e desceu ao nível de
15,3%, em 2011.
O que mais preocupa é que a perda de
competitividade da indústria de transformação brasileira tem sido generalizada. Vide o
que temos observado no setor eletroeletrônico. Entre 2006 e 2013, o faturamento do
setor em relação ao PIB caiu mais de 1%,
descendo de 4,4% para 3,2%.
Mas como essa participação caiu, se
o faturamento do setor tem avançado ano
após ano?
Humberto Barbato, presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), explica que o aumento do
faturamento ocorreu em função também das
vendas dos produtos importados. Significa,
em outras palavras, que o produto brasileiro está sendo substituído pelo importado.
O saldo negativo da balança comercial
do setor eletroeletrônico, que era da ordem
de US$ 10,4 bilhões em 2006, chegou a
US$ 36,2 bilhões em 2013. No período, as
importações saltaram de US$ 19,6 bilhões
para US$ 43,6 bilhões, um avanço de mais
de 120%.
Gilberto Grosso, CEO da Avant, comenta
que a indústria de iluminação também tem
perdido campo para os importados. “No
segmento de iluminação essa desindustrialização vem ocorrendo desde meados
da década 2000-2010, com o fechamento
das fábricas brasileiras da Philips, Sylvania e
GE. Este fenômeno é de toda a América Latina, exceto o México. Essas multinacionais
passaram a importar massivamente suas
lâmpadas da China a
partir de 2000, mas outras marcas brasileiras
Valorização do real
frente ao dólar tirou
já eram importadoras
a competitividade de
das fábricas chinesas
indústrias que sempre
desde o início da décaforam fortes, como
da de 1990. Essa onda
as de GTD.
Humberto barbato
se deu no mercado da
abinee
iluminação devido aos
baixos custos dos produtos asiáticos, faltando competitividade
aos produtos brasileiros”, explica.
Fatores como a valorização do câmbio
e a própria crise financeira mundial agravaram o problema nos últimos anos. Como o
fletida diretamente nos resultados do setor.
Brasil figura entre as principais economias
“Os desafios são maiores se considerarmos
do mundo, muitas companhias têm se inteagravantes como a questão cambial, que
ressado no nosso mercado, aumentando a
desestabiliza a economia, e a inflação, que
concorrência.
voltou a ameaçar”.
Segundo Pedro Paulo Assumpção dos
Gilberto Grosso também fala sobre os
Santos, gerente Comercial da SIL, é nítida a
efeitos do câmbio: “Para o importador, o
queda da atividade econômica no País, reFoto: Ricardo Brito/Grau 10
matéria de capa
Indústria Eletroeletrônica
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
12
potência
Saldo Comercial (em bilhões de dólares)
4,4%
4,2%
4,1%
3,5%
3,3%
3,3%
3,3%
3,2%
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
-10,46
-14,72
-22,15
-17,91
-28,11
-32,54
-32,51
-36,23
Fonte: Abinee
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matéria de capa
competitividade da Indústria Eletroeletrônica
câmbio favorável ao real aumenta a competitividade dos produtos vindos da China.
Por outro lado, ainda hoje torna-se muito
difícil construir uma fábrica de lâmpadas no
Brasil, já que esse investimento necessitaria
de produção em grande escala para compensar o aporte financeiro. O que existem
são algumas marcas brasileiras importando
componentes de LED e montando por aqui
algumas luminárias ou lâmpadas. O principal
componente, que é o diodo, está nas mãos
de uns poucos fabricantes que detêm essa
tecnologia, todos no exterior”.
Humberto Barbato alerta que a valorização do real frente ao dólar tem tirado a
competitividade até mesmo de segmentos
que historicamente sempre foram fortes,
como a indústria de equipamentos para
GTD (geração, transmissão e distribuição
de energia), cujas importações subiram de
US$ 428,3 bilhões em 2006, para US$ 1,8
bilhão em 2013.
A direção da Abinee considera que esta
área, juntamente com a de equipamentos
industriais, são as mais expostas à perda de
espaço neste momento. “São áreas que têm
alto valor agregado nacional e que estão tendo a cadeia de produção literalmente destruída”, lamenta Barbato, que teme que ocorra
com estes setores o mesmo que aconteceu
com a área de componentes eletrônicos, que
no passado teve uma importante presença no
País, mas praticamente desapareceu.
Custo Brasil é principal causa do problema
Fábio Guerra, da CNI, observa que três
grandes fatores explicam a perda de espaço
da indústria no País: Custo Brasil, o avanço
de outros setores da economia, como a área
de serviços, e a nova geografia da produção
mundial. E, sem vacilar, ele aponta o Custo
Brasil como o mais grave. Porém, e esse é
lado ‘positivo’, é o fator que tem mais margem para mudanças positivas.
14
potência
O Custo Brasil é composto por diversas
variáveis. A começar pelo sistema tributário complexo, pouco transparente e oneroso, que se reflete em uma carga tributária
elevada.
Outro aspecto é a burocracia no País
em tudo o que diz respeito à gestão, administração pública, onde os agentes privados
têm que interagir e se relacionar com a má-
quina pública. “O processo é moroso e isso
incorre em custos. Por exemplo, o processo
de abertura de uma empresa no Brasil é muito mais demorado que em outros países”,
comenta Guerra, citando que a dificuldade
de acesso ao crédito também figura entre
os problemas. “O crédito em si é caro. E, de
certa forma, está associado a uma questão
conjuntural, de juros elevados”.
Foto: Divulgação
Foto: Dreamstime
Foto: Dreamstime
mão de obra também interfere na competitividade das indústrias. “Tanto, que quando
avaliamos os indicadores de produtividade
do trabalho, os nossos são mais baixos do
que os de países desenvolvidos e também
de muitos em desenvolvimento”, alerta o
economista da CNI.
Guerra chama a atenção ainda para o
déficit de infraestrutura no Brasil, tanto de
logística, como de telecomunicação e energia. Mas pondera que, nessa
parte, há sinais de possíveis
infraestrutura
avanços. “Nessa pauta até
Problemas logísticos,
temos uma expectativa mais
como as estradas ruins,
tiram a competitividade
positiva porque, nos últimos
da indústria nacional.
anos, especialmente em 2013,
foi sinalizada uma aceleração
nessa agenda, principalmente em razão da lei dos portos. E também a
concessão de algumas rodovias, aeroportos
e ferrovias. A expectativa é que essa agenda de melhorias da infraestrutura seja um
ponto em que vai haver avanço, com consequente redução do Custo Brasil nos próximos anos”, explica.
Pelo lado de quem produz, fica evidente
o efeito nefasto imposto pelo Custo Brasil.
Vide a observação de Roberto Karam Jr, diA legislação trabalhista é outro ponto
retor Comercial da KRJ: “Todos estes fatoa ser destacado, porque ela é de baixa fleres conjugados, falta de infraestrutura aeroxibilidade, o que implica em um custo de
portuária e de transporte rodoviário, elevatrabalho mais elevado na comparação com
da carga tributária, burocracia, excesso de
produtores de outros países. Aliás, ainda faencargos trabalhistas e baixa qualidade de
lando de trabalho, a baixa qualificação da
mão de obra, são fatores determinantes de
nossa baixa competitividade”.
Mesmo segmentos que têm apresentado crescimento nos últimos anos, como o de
energia eólica, sente os efeitos desses problemas. “Quanto ao Custo Brasil, a ABEEólica
tem interagido com os Ministérios de Minas
e Energia e dos Transportes, e também com
os órgãos associados a eles, com o intuito de
propor melhorias no sistema de transporte das
cargas do setor eólico. Os custos e atrasos nas
entregas destas cargas, devido às más condições das estradas e despreparo dos caminhoneiros em transportá-las é significativo”, afirma Élbia Melo, presidente Executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
Élbia cita ainda que a associação tem
atuado também junto ao Ministério da Fazenda com foco em melhoramentos nas condições tributárias e regulatórias em prol do
setor eólico brasileiro. “As melhorias nestes
dois aspectos (eficiência nos transportes e
redução da carga tributária) são fundamentais para a redução do Custo Brasil para o
setor”, completa.
Reivindicações não são novas
Fábio Guerra, da CNI, cita que as reivindicações para reduzir o Custo Brasil não
são novas. “Esse é um ponto grave, que gera
um custo elevado para a nossa indústria, e
que compõe a agenda que a CNI defende
há mais de 20 anos. A maior parte dessa
agenda é de caráter estrutural, ou seja, que demanda cerIndústria de
iluminação tem
to tempo para ser formulada e
registrado aumento
colocada em prática. Mas que
na entrada de
tem alguns pontos que podem
produtos chineses
ser implantados num período
no Brasil.
Gilberto grosso
mais curto, como as medidas
avant
para desonerar os investimen-
tos, tornando-os mais fáceis e baratos”, comenta o economista.
E ele completa: “Ainda que seja uma
agenda que demore para ser completamente
implementada, o mais interessante seria a sinalização do governo, seja ele qual for, de que
esses pontos serão melhorados, que é uma
agenda perene, que não serão medidas apenas pontuais ou com prazo de validade. Devem
ser implementadas medidas em definitivo”.
O economista concorda que algumas
ações pontuais são justificáveis por parte
do governo, especialmente em momentos
de crise, como eventuais desonerações e
potência
15
matéria de capa
competitividade da Indústria Eletroeletrônica
medidas com prazo mais reduzido para estimular pontualmente o setor produtivo. Ele
cita que isso é natural e não ocorre apenas
no Brasil. No entanto, o que o empresariado
industrial cobra é que a agenda mais geral,
estrutural, também seja identificada pelos
governantes e que eles estejam de acordo
que é preciso avançar nessa agenda. Inclusive para dar mais confiança ao empresário.
“Pelo lado do empresário da indústria,
uma vez que ele note que o governo também está pactuado com essa agenda e sinalize que ela será trabalhada e implementada
com medidas duradouras, a expectativa que
hoje é ruim, melhora. Quer dizer, os índices
de confiança do empresário e dos consumi-
dores tendem a melhorar. E
É nítida a queda
isso puxa os investimentos,
da atividade
que é o ponto chave para
econômica no
que a gente saia da situação
País, refletida
diretamente nos
de baixa atividade e dificulresultados do
dade da indústria”, explica
setor.
Guerra.
Pedro paulo
assuMPção
A questão fundamental é
sil
que as medidas têm de estar
voltadas para retomar a conFoto: Divulgação
fiança do empresário e, consequentemente,
para que ele se sinta estimulado a intensificar
que melhoram a produtividade, que é funos investimentos. “Porque o investimento redamental para conseguirmos competir com
sulta não somente na expansão da produção,
os principais players industriais do mundo”,
mas também em inovação, qualificação dos
completa Guerra.
funcionários e da operação, enfim, medidas
Brasil precisa entender novo quadro
produtivo mundial
vai proporcionar uma melhor qualidade de
serviço, e isso também é bom para a própria
indústria. Aliás, esse é um ponto importante.
Hoje, a interação entre indústria e serviços é
muito grande e a indústria depende bastante também do bom desempenho do serviço,
seja na parte de TI, logística, etc. Então, se
houver um setor de serviços eficiente, que
gere bons resultados, isso é positivo para a
indústria”, comenta Guerra.
Quanto à nova geografia da produção
mundial, ela tem muito a ver com a entrada
recente de grandes players no setor produtivo, com destaque para os chineses. Ocorre que a entrada expressiva da China como
um dos grandes produtores mundiais mudou
o cenário. E junto com ela veio um grande
número de países asiáticos que complementam a cadeia, por exemplo, fazendo partes
de produtos. E isso se configura numa nova
realidade que tem sido nomeada de “Cadeia
Global de Valor”.
“A ideia é que haja maior interação e
integração das indústrias colocadas em países diferentes,
gargalo Empresários
e que elas se complementem.
esperam que lei dos
E esse é mais um desafio, um
portos ajude a solucionar
parte dos problemas de
aspecto que o Brasil precisa
logística do País.
estar atento para saber como
avanço dos serviços”, relata Fábio Guerra.
A grande questão, de acordo com o
economista, é que o ‘timing’ talvez seja
mais desfavorável para o Brasil. Porque esse
processo ocorreu nos países desenvolvidos
quando eles já tinham uma indústria mais
madura, competitiva, com mais tecnologia
implementada e até um mercado de trabalho mais maduro, com mais qualificação da
mão de obra, o que proporcionou para eles
uma transição mais suave e favorável.
“Isso porque você tem uma qualidade
maior no setor de serviços. A mão de obra
deles, que já é mais qualificada que a nossa,
Foto: Dreamstime
Não é apenas o Custo Brasil que interfere na competitividade e na queda de
participação da indústria no PIB brasileiro.
Como citado anteriormente, o encolhimento na economia também se deve ao avanço
de outros setores, como a área de serviços,
e a nova geografia da produção mundial.
No caso do avanço dos serviços, trata-se
de um fenômeno inerente a uma nova realidade, e não só no Brasil. “Vemos que esse
processo ocorre em diversos outros países,
em especial os ricos e desenvolvidos, onde
a indústria foi perdendo espaço dentro da
composição da economia, em detrimento do
16
potência
Importação de Produtos para GTD
SenSoreS
de InclInação
em milhões de dólares
Falta de
infraestrutura,
carga tributária,
burocracia,
encargos
trabalhistas e
qualidade de
mão de obra são
determinantes
para a baixa
competitividade.
747,3
Monitoramento de inclinação de torre
1.626,8
1.818,8
Fonte: Abinee
1.414,8
As mudanças nas condições do vento causam alteração na distribuição de
cargas mecânicas sobre o conjunto aerogerador, modificando a acomodação estrutural do sistema. O Sensor de Inclinação Balluff oferece a
medição de ângulo absoluta da torre, permitindo o ajuste operacional do
sistema e evitando a fadiga do material. Conheça essa e outras soluções
do Sensor de Inclinação para o mercado de energia.
se posicionar nessa nova realidade”, ressalta
Guerra, acrescentando que a própria evolução na infraestrutura interna é fundamental
para essa inserção do País.
“Uma vez que a agenda, que é a raiz
de toda a mudança na situação da economia, avance, vamos conseguir melhores resultados. Seremos mais competitivos e isso
vai facilitar nossa inserção nessas cadeias
globais de valor. Um dos pontos que os
estudiosos dessa questão apontam como
fundamental para que se tenha a oportunidade de entrar e subir dentro dessa cadeia,
produzindo itens com maior valor agregado, é ter condições logísticas eficientes. Não
basta ganhar em produtividade e tecnologia,
se você não consegue colocar este produto
de forma rápida e eficiente no mercado”,
destaca Guerra.
eólicas
Foto: Divulgação
2006 428,3
2008
2010
2012
2013
roberto karam
krj
Sensores de Inclinação BSI
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grau de proteção IP 67
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potência
17
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matéria de capa
competitividade da Indústria Eletroeletrônica
Para estimar o valor de investimento, a ABEEólica utiliza o índice de R$ 4,5 milhões para
cada MW instalado”, explica Élbia Melo,
acrescentando que, com base nessa metodologia, foram investidos no setor, em 2013,
quase R$ 17 bilhões. Entre 2014 e 2018 são
projetados aportes de cerca de R$ 32 bilhões.
E não são apenas os ventos que explicam
o bom desempenho do setor. Nesse caso, a
própria atuação do governo tem ajudado,
principalmente com a implantação do Sistema Brasileiro de Leilões.
“Ao contrário do que ocorre em muitos
países, especialmente na Europa, a fonte
eólica no Brasil não possui os subsídios do
governo. O sistema brasileiro de leilões para
a contratação de potência é mundialmente
reconhecido por sua eficiência porque prioriza a concorrência entre as empresas para o
fornecimento de energia a preços competitivos”, comenta Élbia.
Mas a executiva da ABEEólica afirma que
é preciso melhorar algumas condições para
aumentar a competitividade das empresas. É
o caso, por exemplo, da infraestrutura logística e da adequação das empresas estrangeiras às regras de financiamento do FINAME.
Pelo lado das indústrias que conseguem
crescer, mesmo atuando em mercados que
passam por situação mais difícil, a definição
de investimentos e planejamento são pontos
fundamentais.
No caso da Avant, que atua do setor de
iluminação, Gilberto Grosso afirma que a empresa vem investindo fortemente em lançamentos para atender às necessidades e exigências do consumidor, principalmente na parte de LED. “Também
Melhorar a eficiência
nos transportes
apostamos na abertura de novos
e reduzir a carga
canais de vendas e em treinamentributária são medidas
tos, além de concentrar esforços
fundamentais para
no fortalecimento da marca por
a redução do Custo
meio da participação em feiras
Brasil.
élbia melo
setoriais e ações de marketing”,
abeeólica
destaca Grosso.
A KRJ é outro caso a ser observado. E o segredo é o investimento em
inovação. “O principal aspecto para o sucesFoto: Divulgação
Em meio aos problemas registrados e à
visível perda de força da indústria nacional
como um todo, há setores que têm conseguido se manter em alta nos últimos anos,
inclusive com crescimento. E também algumas empresas que atuam em mercados que
têm sofrido bastante.
Em relação aos setores ligados à indústria eletroeletrônica, a movimentação em
torno de áreas como a de energia limpa e
petróleo e gás tem gerado oportunidades. E
com elas surgem importantes investimentos,
que incluem a diversificação do portfólio, ampliação e inauguração de fábricas e instalação de laboratórios e centros de pesquisa e
desenvolvimento no Brasil.
No meio dessa movimentação, surgem
até novas cadeias produtivas, como a da energia eólica, por conta do grande potencial de
geração do País. O mercado de energia eólica
é um dos mais promissores. Com potencial
de geração da ordem de 143 gigawatts, essa
fonte segue em processo crescente de inserção na matriz elétrica brasileira e de atração
de indústrias de bens de capital. Segundo a
ABEEólica, há dez anos o Brasil tinha apenas
um fabricante em seu território. Hoje, existem
dez empresas instaladas no País.
“O movimento da cadeia eólica (indústria) representado pela potência instalada
produz grandes investimentos para o País.
18
potência
Foto: Dreamstime
Alguns segmentos conseguem crescer
so da empresa é estarmos voltados para a
inovação. Cumprimos a nossa missão como
empresa, de oferecer soluções diferenciadas,
que reúnam produtos, acessórios, ferramentas
dedicadas, forte assistência técnica e treinamento operacional de campo, visando a melhoria dos sistemas de conexões elétricas,
nos aspectos técnicos e econômicos”, explica
Roberto Karam Jr, destacando que a empresa também tem avançado nas exportações.
A proposta da KRJ é desenvolver e lançar ao menos dois produtos ao ano. “E isso
fugindo da briga predatória de preços, tendo
um efetivo e rigoroso planejamento financeiro e priorizando sempre o reinvestimento para
o crescimento da empresa como um todo”,
completa Karam.
A Sil, por sua vez, procura manter o foco
nos usuários de seus produtos e nos parceiros. “O mercado evolui, os consumidores
estão cada vez mais exigentes, por isso procuramos ouvir nossos clientes e desenvolver
ações comerciais, de marketing e apoio aos
revendedores”, destaca Pedro Paulo Assumpção dos Santos.
Ele afirma que a SIL visa a melhoria constante de seus processos. “A atualização tecnológica garante a crescente qualidade dos
produtos e o crescimento sustentável da empresa. Outro foco de investimentos é o desenvolvimento de ações voltadas aos canais de
distribuição, imprescindíveis para o sucesso
das vendas. Daí a importância do bom relacionamento com revendedores e a fidelização
de clientes”, completa.
Existem explosOes que nao
sAo possíveis de se evitar.
mercado
Multímetros
Um mercado
sem tamanho
Com enorme variedade disponível, o segmento
de multímetros avança sob o ponto de vista
tecnológico e apresenta a cada lançamento
novas funções e facilidades.
Reportagem: taís augusto
L
Foto: Drea
mstime
quisas, levantando dados mais precisos
onge de demonstrar sua grandeza
sobre esse mercado”.
e importância, o mercado brasiInstrumento de medida multifuncioleiro de multímetros padece de
nal, o multímetro agrega, entre outras, as
falta de informação. Sem uma
funções de voltímetro e de amperímetro.
entidade que congregue os fabricantes, fica
Atualmente, existe no mercado uma enorpraticamente impossível dar a dimensão do
me variedade deles, de tipo analógico ou
que representa a venda e a produção desdigital; de pequenas (bolso) ou grandes
ses itens no País. Cada qual fala por si. Não
dimensões; de baixa ou elevada precisão;
fosse uma conversa aqui, outra acolá, com
de reduzido ou elevado preço. É, de fato,
considerável dificuldade, chega-se a um núuma infinidade de informação para agremero: US$ 70 milhões. Neste montante, que
gar e talvez, por isso, tamanha dificuldade.
contempla, em verdade, o universo dos insRené Guiraldo, gerente nacional de
trumentos de teste de medição, estão inseVendas da Fluke, reforça a tese ao explicar
ridos os multímetros.
que o mercado de multímetros no Brasil é
Afora as informações sobre o funcionabastante variado, tanto em termos de quamento dos produtos e toda sorte de contelidade, como de funcionalidades, faixa de
údo técnico disponível – cuja importância
preços, marcas e modelos. Há exemplares
é indiscutível –, nada mais se sabe senão
disponíveis de dez a trinta mil reais, englofustigado à exaustão. Tamanho do mercabando os simples, vendidos em lojas do
do, seja em peças comercializadas, seja em
tipo home center, até os mais avançados,
faturamento, também não. Mas nem tudo
utilizados por laboratórios como padrões
está perdido, ao contrário. A boa notícia é
de referência para calibração e estabilidade
que de um e de outro se ouve a mesma
de frequência: “Por conta dos modelos de
conversa: “estamos trabalhando em pes20
potência
potência
21
Foto: Dreamstime
mercado
Multímetros
baixo valor, que vão de dez a cinquenta reais, estima-se que este mercado cresça mais
que o PIB brasileiro (estimado em 1,2%)”.
Como se vê, a faixa de valores e modelos é bastante grande. Os exemplares mais
simples contam com funcionalidades básicas
de medidas de tensão AC, tensão DC, resistência e alguns modelos com corrente AC e
DC. Normalmente não possuem qualquer
certificação independente de segurança e
podem oferecer algum risco se submetidos a
alguns tipos de medidas. Em se tratando de
padrões NR-10, não são recomendados para
uso, de acordo com o executivo da Fluke.
Já os modelos da faixa de valores de
cem a dois mil reais são os que provavelmente terão alguma garantia de proteção elétrica, certificação de normas internacionais e
indicação para uso em instalações elétricas
residenciais, comercias e industriais. São produtos que possuem alguma funcionalidade
extra. Como produto tecnológico que o é, o
multímetro também tem evoluído nos últimos tempos. Adicionou-se em alguns modelos comunicação wireless, registro de dados
no PC e velocidade de leitura. Além disso,
são mantidos e, muitas vezes ampliados, os
padrões de segurança e elétrica.
Thiago Vieira, gerente técnico da Ins-
trutherm, se aprofunda um pouco mais na
história do equipamento e conta que, inicialmente, os multímetros eram somente
analógicos. E assim se manteve por bom
período. Com o advento da tecnologia, o
segmento não ficou para trás e acompanhou os avanços inerentes ao seu crescimento e desenvolvimento e chegaram os
modelos digitais.
Trata-se, indiscutivelmente, de um mercado muito vasto, composto por multímetros
simples, que podem ser usados por alunos
de elétrica e eletrônica; por exemplares
para desenvolvimentos de projetos pequenos, que não necessitam de tanta precisão
(exatidão); pelos mais robustos e precisos,
destinados a grandes projetos que demandam maior precisão; e pelos top de linha,
utilizados como padrões primários em la-
boratórios e desenvolvimentos de projetos
com alta precisão.
É um segmento que evolui de acordo
com as tecnologias e com a concorrência, diz
Vieira. O que há de mais novo no mercado
são os multímetros com comunicação Wi-Fi
para visualização das medidas por meio de
celular, Ipad, tablets, entre outros, bem como
aplicativos Android e IOS, por exemplo, além
de multímetros com classificação IP67 à prova de água e poeira. “Há multímetros que
o cliente não necessita trocar a escala para
executar a medição, o mesmo possui um sistema que é capaz de identificar qual tipo de
grandeza que o usuário está medindo. São
mais de vinte opções dentro de um portfólio
que ultrapassa 500 itens. Na Instrutherm, os
multímetros representam sozinhos cerca de
10% do volume de vendas”, declara Vieira.
Normas versus informalidade
22
potência
e produzidos sem a segurança necessária e
das. Tudo isso é comprovado pelo fabricante
com certificações falsas. A questão é que cocom testes e certificações em laboratórios
locar no mercado um aparelho devidamenindependentes. Não basta um multímetro
ser projetado de acordo com a norma. Ele
deve ser aprovado pelo laboratório com um
selo. Inclusive, é importante destacar que em
virtude da ampla adoção da norma o volume
de vendas tem aumentado. Há uma maior
conscientização em relação aos perigos da
eletricidade”, ressalta.
Entretanto, na outra ponta
Por conta dos
– como ocorre em outros segmodelos de baixo
mentos –, há quem não trabavalor, que vão de dez
a cinquenta reais,
lhe com seriedade, colocando
estima-se que este
em risco a vida de usuários de
mercado cresça mais
multímetro. Não é incomum ver
que o PIB brasileiro.
equipamentos importados de
René Guiraldo
fluke
baixa qualidade, desenvolvidos
Foto: Divulgação
Se há falta de informação geral de mercado, sobra preocupação no quesito segurança. Com a implantação compulsória da
Norma Regulamentadora NR-10 há alguns
anos nas empresas que fazem algum tipo de
trabalho com eletricidade, o mercado mudou
bastante com relação ao uso de multímetros. Guiraldo conta que hoje há um grande
entendimento da indústria sobre o quanto
essa questão é importante, não somente em
procedimentos de trabalho, mas no que diz
respeito aos equipamentos usados – atualmente projetados, testados e certificados em
normas internacionais de segurança elétrica.
“Além disso, a NR-10 define que as ferramentas elétricas devem ser compatíveis
com a instalação existente e o isolamento
elétrico conciliável com as tensões envolvi-
e
tim
ms
rea
:D
o
Fot
tos de qualidade duvidosa e baixo custo. Os
concorrentes que vendem produtos de qualidade inferior fazem com que o consumidor
final generalize o segmento para o mal.
“Acredito que seja necessária divulgação
mais direcionada ao combate desses produtos. Temos que mostrar ao cliente que ele
pode, sim, adquirir multímetros de excelente
qualidade a preço competitivo”, destaca.
Um modelo para cada
necessidade
Tanto Fluke quanto Instrutherm oferecem
grande variedade de multímetros no mercado
brasileiro, para as mais diversas aplicações. A
primeira divide os equipamentos digitais em
cinco categorias: uso geral (atendem a mais
completa gama de aplicações, desde residenciais e comerciais até a manutenção elétrica
industrial); especializado (equipamentos para
atender requisitos específicos com grau de
Foto: Divulgação
te certificado, com selo e que siga todos os
padrões de segurança é dispendioso. Além
de os testes em laboratórios terem alto custo, o fabricante deve possuir uma equipe de
engenheiros, projetistas e de testes capacitada para desenvolver tais equipamentos.
Para o gerente Técnico da Instrutherm,
infelizmente, em qualquer mercado que envolva tecnologia, sempre haverá equipamen-
Temos que mostrar
ao cliente que ele
pode, sim, adquirir
multímetros
de excelente
qualidade a preço
competitivo.
proteção contra entrada de poeira, água, teste de isolamento
e geração de sinais 4 a 20mA);
Thiago vieira
instrutherm
avançado (contam com funções
avançadas a capacidade de registro); compacto (para o dia a
dia, são projetados e certificados em laboratórios independentes) e de bancada (para uso
em laboratório, possuem referência de esta-
Multímetros
Cuidados ao escolher e
utilizar um multímetro
Escolher um multímetro requer não somente verificar as especificações do produto, mas também analisar características, funções e também o processo de fabricação do equipamento, alerta René Guiraldo, da Fluke. Confiança, especialmente
em condições de trabalho difíceis é um dos pontos cruciais. Fornecer espaçamento adequado entre os componentes eletrônicos, duplo isolamento e proteção de
entrada ajuda a prevenir lesões e danos ao próprio instrumento quando usado de
forma inadequada.
Não há dúvida de que a segurança em medições elétricas é uma questão importante para eletricistas, engenheiros, funcionários, sindicatos e governo. Para maximizar a segurança para o usuário e a sua equipe, é necessário ter uma boa compreensão das regras e dos padrões que regem o trabalho seguro com eletricidade.
Basicamente no Brasil, as normas indiretas que regem o uso de multímetros estão
de acordo com a Norma Regulamentadora NR-10.
Tal diretriz estabelece os requisitos e condições mínimas para a implementação
de medidas de controle e sistemas preventivos, de modo a garantir a segurança
dos trabalhadores em serviços com eletricidade. Abrange, ainda, todas as fases da
transformação de energia elétrica, desde geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção
das instalações e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades. Em todas
essas fases o uso de multímetros é indispensável.
Hoje, a indústria respeita essas regras, porém, o mercado de prestação de
serviços ainda está absorvendo as mudanças e padronizações que a NR-10
exige. Em função disso, ainda é sensível a custos e a compra de equipamentos que atendam à norma.
“Segurança do usuário é uma consideração primária na concepção de
multímetros da Fluke. Por isso, projetamos nossos equipamentos seguindo
as mais exigentes normas. Além disso, os acessórios (pontas, clips) devem ser
projetados da mesma forma e devem suportar medições de corrente e tensão
compatíveis com o multímetro e também suportar algum nível de temperatura”.
Thiago Vieira, da Instrutherm, dá mais algumas dicas. Para escolher o multímetro correto a ser utilizado, deve-se atentar à classe de fabricação, que se divide
em: CAT I – equipamentos eletrônicos ligados à rede elétrica; CAT II – aparelhos e
ferramentas portáteis ligados às tomadas da rede elétrica que estão no mínimo
a 10m da CAT IV ou 30m de distância da CAT III; CAT III – equipamentos fixos
instalados dentro do prédio e protegidos por disjuntores ou fusíveis; e CAT IV
– origem da instalação – ponto de conexão com a rede elétrica pública e qualquer condutor de eletricidade ou equipamento ao ar livre.
Vieira pondera que a NR-10 prega que sejam usados equipamentos compatíveis com a instalação elétrica existente, “mas não é dela a responsabilidade
de determinar quais os requisitos que estes devem preencher para serem adequados”. E ele completa: “Para isso, existem normas internacionais que devem
ser respeitadas em relação a cada tipo de equipamento. No caso dos de teste
e medição, a norma a ser seguida é a IEC-61010-1 que, em linhas gerais, categoriza o nível de risco em cada ambiente e determina quais as características
eletrônicas e mecânicas que o equipamento deve ter para, usado corretamente,
ficar imune a esse risco”.
24
potência
bilidade e instrumento padrão para medidas
de tensão, corrente e resistência).
Já a Instrutherm oferece multímetros
para todas as classes de risco e todo tipo de
grandeza, portáteis (equipamentos menores, mais compactos e de melhor transporte)
ou de bancadas (maiores e geralmente utilizados em ambientes fixos e mais precisos).
Porém, a empresa atua com foco específico:
a classe popular de clientes, que utilizam o
produto para manutenção, desenvolvimento
de pequenos projetos etc.
Não por outro motivo, os últimos lançamentos contemplam equipamentos com
comunicação USB e botões de fácil acesso à
escala. No início deste ano, colocou no mercado o modelo MD-900, com display de cristal
líquido, contagem de 40.000, barra gráfica
e luz de fundo. Para este segundo semestre
está prevista a apresentação do MSMD-100,
multímetro com pinça para medir componentes SMD.
Os últimos lançamentos da Fluke foram
equipamentos com comunicação wireless
e sistemas de medidas integrados. Mais
novo, o CNX vem ao mercado para
integração de medidas elétricas
e capacidade de registro de
dados, enquanto os próximos
passos da empresa terão
como direção a integração
do sistema de medidas wireless, de modo a ampliar
a gama de grandezas de
medidas.
Foto: Dreamstime
mercado
radar
Negócios
Depois de uma série
de investimentos
envolvendo várias
Hora de colher
os frutos
P
aciência, ousadia e planejamento
são fatores que podem fazer a diferença em momentos de economia conturbada, como o que passamos agora no Brasil. E estes também são
alguns dos aspectos que explicam o avanço
da Wago no mercado nacional, especialmente a partir de 2013.
A multinacional alemã, que possui subsidiária no Brasil desde 2005, acelerou os
investimentos nos últimos anos e, agora,
começa a colher os frutos, traduzidos em
forte crescimento. Em 2013, a companhia
registrou incremento de 42%. E em 2014,
mesmo com a ansiedade gerada no mercado
26
potência
pela Copa do Mundo e as eleições, o bom
desempenho tem se mantido. Até o mês de
maio, o crescimento registrado superou a
marca de 50%.
“Nosso resultado até maio foi excelente.
Nossa meta para 2014 é crescer 20% e estamos muito otimistas, até pelo crescimento alcançado até agora. Claro que há uma
preocupação com os possíveis impactos das
eleições no segundo semestre, mas estamos
confiantes”, declara Marcos Salmi, diretor
geral da Wago no Brasil.
Salmi explica que um dos motivos que
explicam o avanço da empresa no País é a
abertura de mercado, ou melhor, a conquis-
áreas, Wago registra
altos índices de
crescimento no País.
E as ações não param.
Reportagem: marcos orsolon
ta de novos clientes. “Por mais que a situação econômica não esteja tão boa, quando
a empresa consegue aumentar seu market
share, abrir novos clientes, isso ajuda muito.
Pois se o cliente não está comprando tanto
quanto no passado, ele passou a comprar
da Wago, o que não fazia antes. Por isso
crescemos muito”, argumenta.
Este aspecto é tão importante para os
planos da companhia, que aumentar a base
de clientes continua sendo uma das principais metas. “E isso tem sido algo que medimos mensalmente na empresa. Temos uma
média de 5% a 10% do faturamento mensal
vindo de novos clientes. Isso realmente tem
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
Perfil Empresa é especialista nas áreas de
conexões e automação e estuda estabelecer
produção no Brasil.
Certificado
NBR ISO 9001
nos dado uma grande satisfação. Todo mês
temos clientes com o primeiro faturamento
com a Wago”, comemora Salmi.
Um ponto positivo nesse avanço, é que
a Wago tem registrado crescimento tanto
na parte de conexões, como na de automação. E isso na área industrial e na predial,
que tem se destacado. Hoje, em termos de
participação no faturamento, a área predial
ainda é pequena, respondendo por 10% a
15%. Mas é a área que mais cresce, já que
há dois anos ela não chegava a 2% do faturamento.
“Nessa área temos crescido tanto na
instalação predial com nossos conectores e
emendas, quanto com a automação predial,
que tem avançado muito no Brasil. Temos
acompanhado o mercado e muitas empresas
têm buscado a certificação LEED. O número
de certificações tem aumentado expressivamente. E as empresas têm entendido que
isso é importante pelo lado do marketing e
do retorno do investimento”, comenta Salmi.
Com a Plastibras, a Sustentabilidade entra em campo
Edson Rodrigues/SECOPA
35 quilômetros de PlastDuto HD na Arena Pantanal:
mais uma vitória para o meio ambiente.
Entrega
em todo
o Brasil
www.plastibras.ind.br
ABNT NBR 15715:2009
De 40 a 200mm
ABNT NBR 15073:2004
De 100 a 200mm
radar
Negócios
Marketing tem papel fundamental
nológicos, como ocorre com alguns itens de
conexão predial.
“Este ano, pela primeira vez participamos da Feicon, que é uma feira realmente
orientada para este mercado. E depois levamos um grupo de clientes para Hannover (Alemanha), sendo que metade dele era
de clientes voltados para a área predial.
Ilustração: Dreamstime
Todo o crescimento registrado pela
Wago tem sido suportado por um forte trabalho de marketing, que inclui participação
em feiras e eventos, anúncios em revistas especializadas e visitas de clientes a algumas
de suas unidades na Alemanha. O objetivo,
no caso, é demonstrar o amplo portfólio de
produtos da empresa e seus diferenciais tec-
Ações da empresa incluem participação
em feira e visita à matriz para estreitar
Temos uma média
de 5% a 10%
do faturamento
mensal vindo de
novos clientes.
marcos salmi
diretor geral
28
potência
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
relacionamento com clientes.
Porque temos uma tecnologia nova (para
o Brasil) e precisamos mostrar ao usuário
o custo-benefício da solução. E felizmente, no caso de grandes instaladoras, onde
o tempo, a confiabilidade e a segurança
são fatores críticos, o pessoal começa a
entender e comprar. Quando elas conhecem nossa solução, elas gostam. Por isso,
o crescimento dessa linha é muito grande”,
destaca Marcos Salmi.
Ainda no que tange aos investimentos
para os próximos anos, o principal deles,
que já foi aprovado, é a construção de uma
sede própria. A direção da companhia já
tem três opções de terrenos na região de
Itupeva (SP), onde a empresa está instalada
hoje. O plano é fechar o contrato até agosto para que, até o final de 2015 ou começo
de 2016, ocorra a mudança.
“Hoje, graças ao crescimento, não temos mais espaço na atual sede. Estamos no
limite da capacidade”, afirma Salmi, revelando que, com a unidade nova, há a possibilidade da Wago passar a produzir no Brasil.
“Já fizemos este estudo, mas num primeiro
momento a ideia é mudar e ampliar a área
de montagem de réguas de bornes que já
temos aqui. Pelo estudo inicial, não vamos
produzir aqui agora. Mas a nova área já
tem espaço para isso. O projeto considera
uma segunda fase, onde imaginamos que,
em cerca de cinco anos, poderemos começar alguma nova linha. Mas isso ainda não
foi definido”.
Quanto ao mix de produtos para o Brasil, a estratégia da empresa é manter o ritmo de lançamentos. “A Wago, no âmbito
global, definiu como estratégia há uns três
anos ampliar o portfólio de produtos de automação predial e industrial. E ela tem feito
isso. Hoje, já há mais engenheiros de desenvolvimento na área de automação do que
na área de conexão. E a empresa vem trabalhando para ampliar essas linhas. Nossa
ideia é inovar sempre, trazendo soluções que
não existem no mercado hoje. E tem muita
coisa no forno. Ano que vem teremos muitas novidades”, completa Salmi.
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf
Planejamento
Ação preventiva
Projeto bem desenvolvido pode
reduzir e até evitar a criação de
áreas classificadas.
Reportagem: Paulo Martins
caderno ex
A
indústria química, petroquímica e do petróleo surgiu no
Brasil por volta dos anos 30.
Em grande parte dessas empresas, por muitas décadas, o tema ‘atmosferas explosivas’ causou calafrios nos mais
diversos escalões.
Partia-se do pressuposto de que as áreas classificadas eram intrínsecas a esse tipo
de ambiente. O remédio consistia em instalar os então caros equipamentos à prova de
explosão. Sequer se cogitava a possibilidade de reduzir ou eliminar essa classificação.
Depois de muito tempo, a Norma Regulamentadora 20 - Segurança e Saúde no
Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
abriu um novo horizonte. O documento
determina às empresas que lidam com inflamáveis e combustíveis que façam uma
análise para identificar a probabilidade de
haver ou não riscos.
“Área classificada não é intrínseca à
indústria química, petroquímica e de petróleo. É provável que ela exista. Sendo assim,
também é provável que não exista”, entende Nelson López, presidente da Associação
30
potência
Brasileira para Prevenção de
Explosões (ABPEx).
Ele próprio reconhece que
é pretencioso falar em eliminar
completamente uma área classificada, mas observa que em muitos
casos dá para reduzi-la, o que pode
render uma significativa economia:
“Uma área com nível de risco menor
pode ser tratada com equipamentos
infinitamente mais baratos”.
Considerando que a possibilidade de minimizar a classificação de
áreas é concreta e vantajosa, é natural
que o cliente (empresa) queira partir logo
para a prática.
Entretanto, vale citar aqui uma recomendação feita pelos especialistas do setor: o ideal é que o planejamento das ações a serem
tomadas aconteça já na fase de projeto do
empreendimento que será objeto do trabalho.
Conforme especifica o engenheiro Ivo
Rausch, gerente de Projetos da Project-Explo, é importante que o estudo para classificação de uma área seja feito na fase
conceitual da planta - ou seja, juntamente
com o projeto
mecânico, durante
a confecção do layout
dos equipamentos e tubulações e até mesmo antes do projeto elétrico. “Esse é um assunto que começa na arquitetura, que é a base de um
projeto”, complementa López.
Foto: Dreamstim
e
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Antecipação
Planejamento
envolvendo a
classificação de
área deve ser
feito na fase de
projeto da planta.
Apoio Institucional:
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Construções, Consultoria
e Projetos de Engenharia
potência
31
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf
Planejamento
O especialista relata um recente case de
sucesso envolvendo uma empresa do setor
alimentício que programava a instalação de
uma nova unidade.
Seu trabalho incluiu a visita a uma
planta existente da referida companhia,
para identificar quais eram os
pontos onde havia atmosferas
Área classificada
explosivas.
não é intrínseca
Desde o início, a ideia foi proà indústria
por durante o projeto as soluções
química,
para que a nova unidade não tipetroquímica e
vesse a mesma característica da
de petróleo.
Nelson López
outra, ou seja, que apresentasse
abpex
uma área classificada reduzida.
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Esse seria o chamado mundo ideal. Na
prática, prossegue Rausch, normalmente a
classificação de área é solicitada quando a
instalação já está pronta. “O custo vai ser
muito mais elevado, se fizer esse trabalho
depois da planta estar operando”, alerta.
Além disso, dependendo do estágio em
que se encontra a instalação, pode não ser
mais possível fazer tudo aquilo que se conseguiria durante a fase de projeto. Para determinadas providências, pode até ser tarde demais.
“Numa instalação pronta existe um limite de onde se pode chegar. Esse limite poderia ser muito maior, se no projeto houvesse uma concepção diferente”, diz Rausch.
Providências simples trazem bons resultados
chado, a poeira gerada pela movimentação
irá ficar restrita a esse espaço, não se espalhando pelo ambiente.
“Já na etapa de projeto foi definida
uma concepção diferente para o processo
de transferência do produto. No detalhe do
equipamento mudou-se a condição de risco que aquela solução primitiva gerava”,
reforça o dirigente.
Ivo Rausch menciona outra situação,
desta vez envolvendo uma área destinada a
abrigar reatores que precisam receber líquidos inflamáveis. Ao abrir a tampa do tambor
que contém o produto já acontece a liberação de vapores no ambiente. Ao mesmo
tempo, tem-se o reator também com a boca
de carregamento aberta.
Considerando que haja vários reatores
no mesmo local, e que o processo descrito precise ser repetido nos demais equipamentos, todo o ambiente
acaba configurando uma área
É importante que
classificada.
o estudo para a
classificação de
Parte da solução para conuma área seja
tornar essa condição, explica
feito na fase
Rausch, consiste em manter o
conceitual da
tambor com líquido inflamável
planta.
dentro de uma cabine dotada
Ivo Rausch
project-explo
de sistema de exaustão.
caderno ex
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
São várias as soluções que podem ser
adotadas durante a fase de projeto de uma
instalação industrial ou armazém para minimizar a classificação de área.
É o caso da instalação de sistemas de
exaustão e de incineração de vapores. Mas
uma simples mudança no processo também
pode contribuir, conforme descrevem a seguir
os especialistas consultados nesta matéria.
Nelson López cita um exemplo em que
é necessário transferir um produto sólido
de um ponto para outro dentro da empresa. Mesmo que a opção seja a utilização de
uma fita transportadora aberta, desde que
esse processo ocorra dentro de um túnel fe-
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Construções, Consultoria
e Projetos de Engenharia
32
potência
Para completar, seria recomendável manter a boca de carregamento do reator fechada,
o que é possível fazendo a transferência do
produto para o equipamento por meio de tubulação. Ou seja, criou-se uma situação onde
se tem o processo todo fechado, praticamente
sem liberação de vapores para o ambiente.
É válido citar também determinados
contextos em que a própria construção adequada do local poderia proporcionar a redução da área classificada. Na Alemanha, certa
vez, um celeiro explodiu devido ao contato
entre o gás metano produzido pelos animais
e uma fonte de eletricidade estática.
“O metano é mais leve do que o ar. Se o
local tivesse teto com abertura para ventilação natural, ele iria se dispersando conforme
fosse sendo formado. Não haveria acúmulo
de gás”, explica Rausch.
O executivo lembra de outro fato parecido, desta vez envolvendo uma fábrica
de resinas, onde todo o processo era feito
em instalações fechadas. “A classificação
do produto que lá existe só ocorreu pelo
fato do prédio ser totalmente fechado. Para
aquele tipo de substância, que não gerava
tanto vapor, somente o fato de ter as paredes vazadas praticamente teria eliminado a
classificação do local”.
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Ganhos múltiplos
e gastos reduzidos
Claro que adotar as providências necessárias para reduzir a classificação de
área exige investimentos. Para convencer
quem tem dúvida sobre o assunto, os especialistas argumentam que essa é uma
maneira de evitar gastos desnecessários e
ainda economizar.
Afinal, não são poucas as empresas que
instalam sistemas de proteção superdimensionados - mais por medo, do que por conhecimento do assunto. Sem contar que o
seguro também pode cair, com a redução
das áreas classificadas.
De acordo com Ivo Rausch, é possível
até recuperar o montante do investimento,
em prazos bastante interessantes. “Montar
um sistema que possa desclassificar uma
área vai gerar um retorno muito grande.
Fazendo isso diretamente no início da montagem esse custo se pagará rapidamente”,
informa. Uma dica para quem está com o
caixa comprometido: já existem linhas de
crédito específicas para atender a esse tipo
de necessidade.
Além de reduzir as áreas classificadas,
a adoção de soluções criativas nos campos da arquitetura, engenharia ou processos pode gerar economia de matéria-prima
para a empresa e até proporcionar benefícios para o planeta.
Como exemplo do primeiro caso é possível citar o ocorrido em uma determinada
fábrica de embalagens. A ventilação no local onde o produto passava pelo processo
de impressão não era ideal, o que ajudou a
causar uma explosão.
A solução foi instalar trocadores de
calor no ambiente. Assim, a tinta passou
a ser utilizada em uma temperatura mais
baixa, insuficiente para criar uma atmosfera explosiva. Além da maior segurança, de
quebra, a providência proporcionou outro
ganho: a economia de tinta, que deixou
de evaporar.
Para falar sobre os benefícios gerados
para a comunidade onde a empresa está
inserida, e, porque não dizer, para a natureza como um todo, precisamos imaginar um
galpão onde haja tanques com sistema de
respiro, como válvula de alívio de pressão.
Em vez de permitir a liberação de qualquer substância para o ambiente, basta encaminhá-la via tubulação para um lavador
ou incinerador de gases. Além de reduzir as
áreas classificadas, o fato de não haver liberações atmosféricas representará um ganho
para o meio ambiente.
“Aquela liberação de vapor que era feita
no ambiente não acontece mais. Os gases
são queimados ou lavados em equipamentos adequados”, detalha Ivo Rausch.
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e Projetos de Engenharia
potência
33
Ilumexpo 2014
Foto: Dreamstime
Evento
34
potência
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
Transferência
dos ativos de
iluminação
pública e evolução
tecnológica se
destacam entre
temas abordados
durante o evento.
Iluminação pública
em discussão
Reportagem: Marcos Orsolon
A
ssim como ocorreu no ano passado, a terceira edição da Exposição e Fórum de Gestão de
Iluminação Pública (Ilumexpo),
realizada em São Paulo entre os dias 3 e 5
de junho, foi marcada pela qualidade dos debates em torno do futuro do setor.
O evento, que é organizado pela RPM
Brasil e tem apoio da Revista Potência, contou com palestrantes de renome no mercado nacional e com algumas apresentações
internacionais. Chamou atenção a variedade dos temas abordados no Fórum, com
apresentações sobre a evolução tecnológica e gestão dos sistemas de iluminação
pública, eficiência energética, Parcerias
Público-P­rivadas no setor e, claro, a transferência dos ativos de iluminação pública
das mãos das concessionárias de energia
para as prefeituras.
Relembrando, essa transferência é uma
exigência da Constituição Federal promulgada em 1988, que estabeleceu que compete aos municípios organizar e prestar os
serviços públicos de interesse local, incluindo a iluminação pública. Para atender à
Constituição, em 2010 a Aneel publicou a
Resolução Normativa nº 414, que, após algumas mudanças, definiu que a conclusão
da transferência de ativos deve ocorrer até
o dia 31 de dezembro de 2014.
No entanto, ficou claro durante o fórum
que ainda há muito trabalho pela frente.
Ricardo Vidinich, diretor da KV Consultoria, citou em sua apresentação que, no
momento, 2.358 municípios brasileiros, de
oito estados, ainda têm as concessionárias
cuidando da iluminação pública. Segundo
ele, a situação é mais crítica em São Paulo,
Minas Gerais e Paraná.
A complexidade da transição explica
o número elevado de cidades que ainda
não conseguiram se organizar para assumir a iluminação pública. O processo é difícil, visto que a prefeitura tem de assumir
uma nova responsabilidade, que envolve
aspectos técnicos e um serviço essencial
para a população. Sem contar os custos
potência
35
Evento
Ilumexpo 2014
ca (CIP). Este mecanismo permite a cada
município definir sua forma de arrecadação
de recursos, junto à população, para cobrir
os gastos com a iluminação
pública.
Enxergamos a ida
O problema é que, até o
dos ativos para
momento, apenas 67% dos
os municípios
5.570 municípios brasileicomo uma
oportunidade
ros implantaram a CIP, que
para melhorar.
depende de uma Lei MuniRicardo Carvalho
cipal para existir. E mesmo
Pinto Guedes
Governo de São
nas cidades que já criaram
Paulo
a contribuição há problemas.
Como relatou Vidinich, um
grande
entrave
envolve os consumidores
que o município passa a ter para manter
de baixa renda. Isso porque em alguns eso parque de iluminação.
tados esse consumidor tem a cobrança da
Para cobrir estes custos, em 2002 foi
CIP feita na fatura de energia. E, por ser de
aprovada uma emenda constitucional que
baixa renda, ele recebe um desconto nescriou a Contribuição de Iluminação Públi-
sa fatura. Com isso, há situações em que
a taxa de iluminação pública acaba sendo maior do que a própria tarifa cobrada
pelo distribuidor. “Quando o consumidor
recebe a conta de energia e vê que taxa
de iluminação pública é maior que a própria tarifa de energia, ele começa a questionar”, observou Vidinich.
Diante dos conflitos envolvidos na
transferência dos ativos, Vidinich defendeu
ao final de sua apresentação que este processo deveria ser interrompido. Mais que
isso, que seja trilhado o caminho inverso, com 100% da iluminação pública nas
mãos das concessionárias. “A expectativa
disso seria a maior transparência, melhor
qualidade de serviço, redução de custos e,
principalmente, um menor custo para a sociedade”, argumentou o consultor.
Transferência também traz oportunidades
36
potência
o levantamento e a verificação do cadastro
dos sistemas de iluminação pública, visandos ativos de iluminação e inventário de ardo a assunção efetiva, pelo município, da
borização interna.
gestão do sistema de iluminação pública.
“Podemos financiar até 100% do proNossa linha é uma alternativa. Os municíjeto e o município ainda retira suas cotas de
pios têm outras formas de fazer isso. Sei
ICMS e do fundo de participação municipal.
que há prefeituras buscando consórcios,
Nosso apoio está sempre voltado para que
outras discutindo PPPs, mas como somos
as cidades possam se desenvolver”, comuma instituição financeira, de crédito, e
pletou Themes Neto.
como podemos atuar no financiamento
O presidente do Fórum Latino-Ameriaos municípios, nosso propósito é oferecer
cano de Smart Grid e CEO da ECOee, Cyro
uma alternativa para todos que desejam
Vicente Boccuzi, trouxe para a discussão o
traçar este caminho”, enfatizou. Através
da LIP, é possível financiar equipamentos, como os conjuntos luminotécnicos
(luminárias, lâmpadas, soquetes, etc.);
rede exclusiva de IP (postes, condutores,
transformadores e acessórios); a possibilidade de ter um call center para atender
os munícipes; todo o processo de gestão com sofPrecisamos olhar
twares e equipamentos;
a iluminação
na parte de atendimento
pública
têm os veículos de carga,
dentro de um
contexto maior,
EPIs e EPCs.
abrangendo
Também pode ser fioutros serviços
nanciada a capacitação das
municipais.
equipes técnica e adminisCyro Boccuzzi
ECOee
trativa; o projeto, que inclui
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
Durante sua apresentação, Ricardo Carvalho Pinto Guedes, diretor de Eficiência
Energética da Secretaria de Energia do Governo do Estado de São Paulo, se posicionou
de forma um pouco diferente em relação à
transferência dos ativos. No caso, ele destacou que o momento oferece oportunidades
importantes para os municípios.
“Do ponto de vista do Estado de São
Paulo, analisando os dois lados da moeda, enxergamos a ida dos ativos para os
municípios como uma oportunidade para
melhorar e até mesmo ter soluções sob
medida para cada cidade. Por outro lado,
é claro que as distribuidoras têm um ganho de escala, com equipes de manutenção e tudo o mais. Mas insisto em dizer
que a transferência é uma oportunidade”, declarou.
Já o diretor de Fomento e Crédito da
Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve-SP), Júlio Themes Neto, relatou que
a agência oferece uma linha de financiamento para os municípios, específica para
iluminação pública (LIP), que pode ajudar
nesse momento de mudança.
“Essa linha visa financiar projetos de
implantação, ampliação ou adequação
Foto: Dreamstime
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
em tecnologias e processos essencialmente ultrapassados na maioria das atividades
que temos hoje. Essa tecnologia não consegue mais fornecer o serviço com os requisitos que
Nossa agência
precisamos. Por isso afirmo
oferece uma linha
que estamos à beira de uma
de financiamento
grande revolução tecnológique pode ajudar
municípios a cuidar
ca”, destacou Cyro.
da iluminação
E ele completou: “O sepública.
tor
elétrico
mundial chegou
Júlio themer neto
desenvolve-sp
a uma encruzilhada onde
novas tecnologias vão provocar a mais brutal e a maior
transformação da história na forma em que a
gente produz, consome e utiliza a energia. E
seu tema preferido: Smart Grid. E, no conserá uma transformação de grande impacto,
texto das redes inteligentes, ele falou sobre
porque ela irá criar novos paradigmas para
o desafio de integrar a iluminação com ououtras tecnologias que irão surgir”.
tros serviços púbicos.
Cyro lembrou que há muito investimenCyro começou a apresentação destacanto sendo feito em todo o mundo para que
do que a energia elétrica é a alavanca funas redes inteligentes venham a substituir as
damental da sociedade moderna no século
redes atuais. Com isso, os sistemas de teleXXI. E que todas as demais tecnologias que
comunicações, TI, controle e automação de
são fruto do avanço tecnológico nos últimos
sistemas elétricos já estão sendo colocados
anos estão alicerçadas, fundamentalmente,
em escalas diferentes, inclusive no Brasil. E a
na energia elétrica.
iluminação pública faz parte dessa realidade.
No entanto, ele lembrou que a energia
“A abordagem que empresas e preelétrica que temos hoje é baseada nas tecfeituras têm tido é segmentária e a gennologias do século passado, essencialmente precisa ampliar este enfoque e olhar a
te dos anos 50. “Diria que 90% das redes
iluminação pública dentro de um contexto
mundiais de eletricidade estão alicerçadas
maior, abrangendo outros serviços muni-
cipais. E considerando a urgente implantação de novas tecnologias compatíveis
com a sociedade atual”, afirmou Cyro.
O especialista lembrou ainda que a eficiência energética, não só na iluminação
pública, é uma prioridade mundial, de importância crescente, e é natural a sua integração com a segurança pública. Em outras
palavras, a eficiência energética é o grande
motor da mudança.
“Ela é uma prioridade mundial, de todos os governos sérios, porque viabiliza a
produção local, os equipamentos que fazem mais coisas com menos energia, os
sistemas de novas tecnologias, como automação, LED, microgeração, baterias, até
a iluminação cientifica”, comentou Cyro.
E ele acrescentou: “O Smart Grid integra essas infraestruturas de energia e telecomunicações, e as empresas de energia
estão avançando nisso. Elas são os vetores
tecnológicos das cidades do futuro. A implantação dessas novas tecnologias pelas
empresas traz uma oportunidade de compartilhar custos e, além desses serviços de
eletricidade e de telecomunicação, trazer à
mesma plataforma outros serviços públicos,
como a iluminação, a mobilidade (semáforos), a questão da segurança, gestão de resíduos, saúde e outros serviços públicos que
possam ser gerenciados de uma forma mais
eficiente e em tempo real”.
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espaço abreme
Editorial
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
Daniel Tatini
Diretor Colegiado Abreme - [email protected]
Q
Análise de crédito
e inadimplência
uando falamos em vendas, remetemos nossos esforços em faturamento e metas de crescimento, contudo
há um ponto relevante quando buscamos aumentar nosso faturamento e abrir
novos mercados: o crédito.
A análise de crédito é essencial para avaliar a possibilidade de concessão de crédito ou
aumento do crédito já disponibilizado, e tem
como premissa minimizar os risco da operação
financeira e otimizar a seguridade do recebimento a fim de buscar os resultados esperados.
Sabemos que no mercado atual a venda
a prazo representa um percentual considerável do faturamento, sendo assim, devemos assegurar que o capital investido retornará aos
ativos do credor de forma segura e rentável,
caso contrário, a operação poderá ser desvantajosa ou mesmo trazer um prejuízo a ser suportado pelo credor.
Neste momento de decisão sobre os créditos, o departamento financeiro é acionado
para validar e propor condições para que a
venda aconteça de forma segura e que atenda
as necessidades de nossos clientes e de nosso
setor comercial.
Portanto, devemos buscar todas as informações necessárias para que a análise do
crédito seja realizada de forma mais ampla e
ponderada possível.
O setor comercial e o financeiro trabalharão juntos neste processo. O primeiro trará todas as informações e o segundo fará as
análises pertinentes.
A análise de crédito, apesar de parecer
simples, engloba dentro de seu contexto outras análises: a Cadastral; de Idoneidade; Financeira; de Relacionamento; Patrimonial, e
de Sensibilidade.
Todas elas são realizadas pelo departamen-
to financeiro da empresa, objetivando identificar
os riscos e possíveis inadimplências decorrentes
de fatores internos e externos que de alguma
forma influenciarão na condição de liquidez e
garantia de pagamento dos clientes avaliados.
A análise Patrimonial e Financeira do cliente é fundamental para a liberação do crédito, porém, alguns pontos também influenciam direto
na decisão como, por exemplo, área de atuação;
situação macroeconômica do mercado; prospecção de negócios, entre outros.
Hoje temos um índice crescente de inadimplência e pedidos de prorrogação de títulos - no
mercado de distribuição em geral - decorrente
das oscilações em nossa macroeconomia, influenciada diretamente pelos grandes investimentos dos órgãos Federais.
O governo aqueceu o mercado com os investimos no setor de infraestrutura, contudo,
o retorno ainda é lento, afetado diretamente
pelo atraso nas obras e consequentes atrasos
nos repasses de pagamentos.
Muitos clientes estão com grandes atrasos
de repasses do governo, o que faz com eles
comecem a ter problemas de fluxo de caixa e,
neste momento, também começamos a sofrer
com os atrasos e inadimplências.
Neste contexto - quando um cliente atrasa
seus pagamentos - ressurge a figura do analista
de crédito, que efetuará nova análise a ser reportada ao departamento comercial, com a finalidade de fornecer informações sobre o cliente
em pauta e sua situação financeira no mercado.
Nem sempre um cliente com títulos em
atraso é um cliente inadimplente, com risco de
suspensão de créditos. Há algumas situações em
que, mesmo o cliente com títulos em aberto não
terá seu crédito suspenso no mercado, contudo
terá um acompanhamento individual por parte
do departamento financeiro do credor, o qual
sinalizará um possível risco de perda do crédito.
A venda só termina com a quitação do título. O lucro ocorre quando efetivamente o investimento retorna para o ativo do credor.
Assim podemos dizer que a análise de crédito e a redução ou inexistência da inadimplência é primordial para que as vendas continuem a
acontecer; para que possamos aumentar nosso
faturamento e, finalmente, abrir novos mercados
com saúde financeira e eficiência de resultados.
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde
04151-040 - São Paulo - SP
Telefone: (11) 5077-4140
Fax: (11) 5077-1817
e-mail: [email protected]
site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado
Francisco Simon
Portal Comercial Elétrica Ltda.
José Jorge Felismino Parente
Bertel Elétrica Comercial Ltda.
José Luiz Pantaleo
Everest Eletricidade Ltda.
Roberto Varoto
Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.
Paulo Roberto de Campos
Meta Materiais Elétricos Ltda.
Marcos Augusto de Angelieri Sutiro
Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado
Nemias de Souza Nóia
Elétrica Itaipu Ltda.
Carlos Soares Peixinho
Ladder Automação Industria Ltda.
Daniel Tatini
Sonepar
Secretária Executiva
Nellifer Obradovic
38
potência
Prêmio
Abreme
FORNECEDORES
A tradicional premiação que mobiliza os
revendedores e distribuidores de todo
o País chega à sua décima edição. A
pesquisa que apontará os premiados será
novamente conduzida pela NewSense,
empresa com mais de 30 anos no mercado
de pesquisa e consultoria. Os trabalhos
de campo começam em 28 de julho,
sob a coordenação do professor José
Paulo G. Hernandez docente da Escola
de Comunicação e Artes da Universidade
de São Paulo, diretor da NewSense e
responsável técnico pela área de Pesquisa
e Consultoria de Marketing.
Revendedor
Quando receber o questionário da pesquisa, responda-o, expresse sua opinião e nos ajude a
reconhecer os seus melhores parceiros. Sua opinião e participação são de fundamental importância
para a justiça e o sucesso do Prêmio Abreme Fornecedores.
Realização
Pesquisa
Apoio de Divulgação
espaço abreme
perfil do associado
Bertel
Diferenciação, qualidade e
confiabilidade
V
oltada a atender às necessidades
de seus clientes, a Bertel Comercial Elétrica é uma empresa especializada na distribuição e comercialização de materiais elétricos das
melhores marcas para o segmento industrial, entre eles, condutores elétricos, iluminação, automação industrial, painéis
elétricos e aterramento.
Entregar produtos de boa qualidade
e prestar serviços diferenciados que satisfaçam às necessidades e aos desejos dos
clientes é parte integrante da estratégia
dessa empresa. Assim, o empreendedorismo, a competência e a visão de futuro vêm
40
potência
marcando sua trajetória.
A Bertel passa por um momento de
renovação da sua identidade visual e deseja compartilhar com seus colaboradores,
clientes, fornecedores, parceiros e os demais stakeholders esse momento através
do novo site e do novo catálogo institucional. Essa renovação não está somente na
identidade visual, a empresa passa por uma
reorganização na sua estrutura e avança a
passos largos para conquistar novos mercados, oferecendo produtos e serviços em
todo o Brasil.
A diretoria da empresa elaborou um
plano de marketing para os próximos anos,
o qual tem como objetivo conquistar novos
mercados, investir em serviços ao cliente,
desde os serviços de pré-venda, passando
pelos de venda e chegando até o pós-venda. Esse plano inclui também investimentos
em tecnologia para controle de processos
e relacionamento com os colaboradores,
clientes e fornecedores.
Num mercado altamente competitivo e
pulverizado, o crescimento e a solidificação
da empresa são explicados em virtude de
seu principal foco, que é atender os clientes entregando produtos e serviços com
qualidade e confiabilidade. Para tanto, a
Bertel coloca uma equipe de colaborado-
Fotos: Divulgação
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
produtos. Durante a elaboração das propostas, os profissionais estão preparados
para orientar o cliente no caso de dúvidas,
além de trabalharem para oferecer as melhores opções técnicas
estrutura
de escolha dos produtos.
Além do foco no
atendimento aos
A empresa oferece também
clientes, a empresa
serviços de pós-venda que, senconta com grande
do realizados por profissionais
variedade de
muito competentes, incluem
produtos para
orientação técnica e de uso dos
entrega imediata.
produtos, entre outras instruções
que forem necessárias.
No que diz respeito à realização dos
res altamente qualificada para atender diserviços de proposta comercial e do serviço
reta e indiretamente às necessidades dos
de pós-venda, a Bertel conta com o suporte
clientes de acordo com uma política de
dos seus fornecedores, que oferecem prindiferenciação.
cipalmente orientação técnica para a escoLocalizada na cidade de São Bernardo
lha mais adequada dos produtos ofertados.
do Campo, em São Paulo, a empresa iniProporcionar ambiente harmonioso
cialmente direcionou o seu foco de atenentre os diretores, funcionários, clientes,
dimento para as indústrias, empresas de
fornecedores, concorrentes, fabricantes e
instalações elétricas, construtoras, eletridemais stakeholders é parte integrante da
cistas e outros clientes da própria região,
política de relacionamento dessa compae atualmente seus negócios avançam para
nhia, os quais são norteados pelos princíoutras regiões do Estado de São Paulo e
pios da ética, da moral, do respeito ao ser
outros estados.
humano, com transparência e compromeAlém do foco no atendimento aos clientimento nas suas relações, princípios contes, a empresa conta com grande variedasiderados pelos diretores como requisitos
de de produtos para entrega imediata para
importantes para o desenvolvimento e a
atender às mais diversas demandas por
prosperidade da organização.
produtos elétricos no mercado industrial.
Para continuar crescendo e prosperanNo quesito instalações elétricas, a Bertel
do no mercado e prestar serviços diferendisponibiliza em seu estoque uma ampla
ciados com qualidade, a Bertel é adminisdiversidade de produtos, são mais de 15
trada por três diretores que trabalham de
mil itens desde as peças mais simples até
forma sincronizada com foco no cliente:
equipamentos elétricos complexos e sofisticados, sendo todos de marcas consagradas.
Para garantir a rapidez e a pontualidade na entrega de suas mercadorias, dispõe diariamente, no período da manhã,
de uma frota própria de veículos para
levá-las aos clientes da cidade de São
Paulo e do Grande ABC, garantindo,
assim, entregas personalizadas feitas
por profissionais treinados e motivados
para essa missão.
As propostas de fornecimento de
materiais são elaboradas por uma equipe de profissionais especializados e instruídos pelos fabricantes de cada linha de
diretor-geral, diretor de materiais e logística e diretor comercial. O trabalho deles é
apoiado por profissionais responsáveis por
diversas atividades na companhia.
Valendo-se de instalações modernas
e tecnologia também moderna para transmissão de dados e conectividade, a Bertel
mantém uma estrutura de colaboradores
organizada para atender os clientes atuais e futuros.
Dentro do processo de modernização
pelo qual a indústria brasileira vem passando nos últimos anos, um requisito fundamental tem ganhado peso especialmente
para as empresas de ponta: a confiabilidade dos sistemas e das instalações elétricas,
requisito esse atendido pela Bertel.
Em um ambiente de produção marcado
cada vez mais pela automação e competitividade, escolher o produto ou equipamento adequado às necessidades, de fato, está
na ordem do dia. De olho nesse cenário,
a empresa tem se posicionado justamente
como parceira fiel de seus clientes, combinando a oferta dos melhores produtos e o
atendimento feito através de profissionais
comprometidos.
Esse atendimento diferenciado é garantido por uma equipe de colaboradores
especializados em suas atividades, atentos às tendências do mercado, devidamente capacitados para auxiliar os clientes na aquisição dos produtos e buscando
sempre a melhor solução em tecnologia
e eficiência.
Com foco no cliente, a empresa caminha a passos largos para conquistar novos
mercados ao aumentar sua base de clientes fidelizados, porque acredita que são
eles que contribuem para o crescimento
da empresa.
Assim, com muita seriedade, compromisso, competência, preços atraentes,
qualidade comprovada e melhores marcas é que Bertel Comercial Elétrica tem
condições de prestar um atendimento
diferenciado, serviço eficiente, pronta
entrega e suporte total, buscando excelência em tudo que realiza e a satisfação dos seus clientes.
potência
41
vitrine
produtos e soluções
Comando e sinalização
A Altronic amplia seu portfólio de produtos com o lançamento da linha de comando e sinalização. Desenvolvida para aplicações industriais, a linha de botões é produzida em material termoplástico, garantindo facilidade na montagem e confiabilidade nas instalações. A empresa também oferece botões de emergência, chaves comutadora (2 e 3 posições), sinaleiro sonoro, bloco
de contato e botão de comando duplo.
Refletor ultrafino
Uma das novidades da Lâmpadas Golden é o
Refletor FIT da linha Ultraled, que está 50% mais
fino. O produto é indicado tanto para iluminação
interna como externa, pois devido à proteção IP
65 pode ficar exposto ao tempo. Para dar mais recursos de aplicabilidade, está disponível em três
potências (10, 30 e 50W) e com temperatura de
cor verde, de 6.000K (luz branca fria) e 2.700K
(luz branca morna). Graças ao acabamento em
pintura eletrostática e ao ângulo de abertura de
135º, o refletor permite uniformidade na distribuição da luz. O vidro temperado garante mais
segurança em caso de possíveis quebras.
Novidades para áreas classificadas
A Tramontina Eletrik apresenta duas novidades para o mercado de áreas classificadas: as linhas CEEx de caixas de ligação e a PCEx de prensa-cabos. A linha CEEx (foto) está disponível com
caixas de ligação fabricadas em liga de alumínio copper-free e aço inox 316 L, e oferece opções de
caixas com proteção Ex e (segurança aumentada), Ex tb (poeiras combustíveis) e Ex i (segurança
intrínseca) para uso em ambientes com atmosferas explosivas. As peças, indicadas para as zonas
1 e 2 e 21 e 22, possuem entradas de 3/8” a 2” NPT e M16 a M75 e contam com tampa fixada
ao corpo com parafusos imperdíveis, conexões terra em aço inox, chapa interior fabricada em polímero e junta de vedação de neoprene que assegura o Grau de Proteção IP65. A linha também
tem caixas de ligação fabricadas em poliéster reforçado com fibra de vidro.
42
potência
Novos
termovisores
A Fluke Corporation apresenta os Termovisores Ti90 e Ti95, que oferecem ótima
qualidade de imagem, com resolução espacial até 84% melhor, permitindo que os
técnicos de HVAC/R, eletricistas e gerentes
de fábrica possam conduzir inspeções de
infravermelho a uma distância segura sem
comprometer a precisão. Os equipamentos
contam com tela colorida de LCD de 3,5”,
cartão de memória SD de 8 Gb e possuem
a tecnologia Fluke IR-Fusion® com Picturein-­Picture (somente Ti95) e visualização total
em ambos os termovisores, para fácil identificação e relação de problemas.
Luminária externa com LED
Porteiro
eletrônico
A HDL, marca especialista em soluções
de segurança do Grupo Legrand, acaba de
lançar o porteiro eletrônico F8-S. Trata-se
de uma solução compacta, leve e discreta
de interfones para residências, condomínios e espaços comerciais, que possui um
novo sistema de instalação, mais seguro,
prático e rápido, no qual não há a necessidade de abrir o painel externo para efetuar
a ligação, contando também com fonte automática bivolt (127/220Vac – 50/60Hz). O
modelo possui painel externo fabricado em
plástico ABS e acabamento frontal em alumínio escovado, permite instalação de até
quatro pontos internos, sendo um interfone
que acompanha o kit, mais três interfones
que podem ser adquiridos separadamente,
alarme antiviolação na unidade externa e
ainda aciona qualquer fechadura da marca de 12 volts.
Com IP67 e possibilidade de instalação em paredes ou postes, a linha LEX de luminárias da
Abalux é ideal para ruas de condomínios, estacionamentos, praças e áreas externas de uso comum.
Ela é equipada com 2, 3 ou 4 módulos de LED com facho tipo batwing, com potência de 80W e
fluxo de 7.200lm por módulo, temperatura de cor de 5.300K e IR70. Nas versões para poste, opções com 1 a 4 pétalas, com ou sem poste de 3 a 6 metros. Driver multitensão 90V~305V incluso,
vida útil acima de 50.000 horas e garantia de cinco anos. As peças têm corpo em alumínio com
pintura em preto fosco e alimentação de 90 a 305V.
Tomada com
bloqueio mecânico
A Sob-Brasil oferece ao mercado a linha de
tomada com bloqueio mecânico e disjuntor. As
peças estão à disposição com opções de disjuntor de 16 e 32A; com 3, 4 e 5 polos até 690V (5h);
grau de proteção IP44 e IP66/67; trava com cadeado; com e sem proteção (DIN-rail e janela). Os
produtos são indicados para aplicação em áreas
internas e externas.
Reatores eletrônicos
A Osram traz para o mercado as novas versões da linha de reatores eletrônicos EZ-TRONIC,
com alto fator de potência para lâmpadas fluorescentes tubulares T8 e T10, design renovado (caixa branca) e tamanho compacto. Os reatores estão disponíveis nas versões simples e dupla, para
uso com lâmpadas T10 20/40W e T8 16/18W e 32/36W. Todos atendem à certificação Inmetro, referente às normas de segurança e desempenho.
potência
43
economia
finanças e investimentos
Momento
de cautela
Uma sondagem da Abinee realizada
junto às suas associadas no mês de maio
registrou que o clima dos negócios da indústria eletroeletrônica continua em estado de cautela, assim como já havia sido
constatado nos meses de março e abril.
O levantamento observou aumento nas
respostas das empresas que indicaram
crescimento das vendas/encomendas, que
passaram de 37% para 43%, na comparação com igual mês do ano passado. Ao
comparar com o mês imediatamente anterior (abril de 2014), o estudo indicou
que permaneceu praticamente o mesmo
o percentual de empresas que informaram crescimento.
Foto: Divulgação
Foto: Dreamstime
Conforme estipulado pela Portaria Interministerial 1007,
publicada em 2010, desde o dia 30 de junho de 2014 não são
mais permitidas a fabricação e importação de lâmpadas incandescentes de 60W no Brasil. Para quem ainda tem o produto
em estoque, as lâmpadas poderão ser comercializadas até 30
de junho de 2015.
A decisão do governo federal em retirar este tipo de lâmpada do mercado foi motivada pela necessidade de reduzir o
consumo de energia no País. Em média, as fluorescentes gastam
quatro vezes menos eletricidade e duram cerca de oito vezes
mais do que suas similares incandescentes.
União de forças
A X LED do Brasil e a Orion do Brasil anunciam
a fusão das empresas a partir de junho de 2014, e
a criação de uma sociedade para atuar no mercado
de iluminação. O resultado desta associação é uma
empresa de capital brasileiro consolidada na fabricação de componentes para iluminação eficiente,
segura e sustentável e na comercialização de produtos com tecnologia LED.
A associação nasce a partir de uma visão convergente de futuro, particularmente relacionadas ao
meio ambiente e às políticas de sustentabilidade desenvolvidas para órgãos públicos e empresas privadas. O capital humano também representa um dos
principais fatores de competitividade na fusão das
empresas. A ideia é que o time de colaboradores seja
ampliado para cumprir o plano de expansão da produção e da linha de produtos, correspondendo às expectativas da rede de representantes e clientes. “Nosso objetivo é ampliar o quadro de funcionários em breve, com a criação do segundo turno no setor de produção”, afirma
Mari Pacheco, diretora geral da Orion do Brasil. Para Davi Teixeira, diretor geral da X LED do
Brasil, um dos aspectos mais significativos da fusão diz respeito à capacidade empreendedora das associadas. “Trata-se de duas empresas sadias economicamente e que, a partir deste
momento, passam a unir experiência como fabricante e distribuição dos produtos”, declara.
Vagas em queda
Ilustração: Dreamstime
Dados da Abinee apontam que, no mês de maio, as indústrias do setor eletroeletrônico demitiram 540 trabalhadores de seus quadros, reduzindo para 1.720 o
número de vagas abertas nos primeiros cinco meses deste ano. As demissões interromperam o processo de contratações que vinha sendo registrado nos quatro
meses anteriores. O levantamento da associação também indica que o setor encerrou o mês de maio com um total de 179.580 empregados diretos, montante 1%
superior ao número registrado em dezembro de 2013 (177.860).
44
potência
Foto: Dreamstime
Mercado de
incandescentes
Patrocínio Master:
Apoio
Institucional:
Realização:
Inscrições: Tel: 71 3113-2481 | [email protected] | www.acomac-ba.com.br
geração, transmissão e distribuição
Lixo útil
O lixo recolhido anualmente no País seria suficiente para gerar
cerca de 3.300MWh, ou 29GWh/ano. Esse valor corresponde a cerca de
75% da produção prevista de energia pela usina de Belo Monte - cujo
valor total esperado é de 4.500MWh. O cálculo foi feito pela Keyassociados, consultoria especializada
em negócios sustentáveis. “Essa é uma estimativa conservadora, pois
é possível que a quantidade de energia potencial a ser gerada seja
maior ainda. Influenciam nesse ponto o tipo de tecnologia utilizada
ou uma eventual ampliação no recolhimento e destinação correta dos
resíduos”, diz Ricardo Valente, diretor da Keyassociados.
Em relação à tecnologia capaz de gerar energia, existem algumas
delas, como plasma, pirólise ou incineradores. “No nosso cálculo,
considero o uso de tecnologia de incineradores, que são menos
eficientes, por gerar menos energia, porém, mais baratos e conhecidos,
assim sendo, mais viáveis do ponto de vista econômico e com menos
risco tecnológico”, afirma Valente.
Iniciativas como essa podem ser encontradas em países como
Estados Unidos, Canadá, Japão e Portugal. Somente nos EUA existem
87 usinas gerando aproximadamente 2.500MW.
Complexo eólico
A CPFL Energias Renováveis S.A. recebeu da Aneel o
reconhecimento de apto a operação comercial dos parques
eólicos do Complexo Macacos I. Localizado no município de João
Câmara (Rio Grande do Norte), o complexo é formado pelos
parques eólicos Pedra Preta, Costa Branca, Juremas e Macacos,
que somados totalizam 78,2MW de capacidade.
Os despachos de números 1.550, 1.614, 1.895 e 1.896 da
Aneel liberam como aptos a operação comercial, a partir de 1º
de maio, os parques eólicos Pedra Preta, Costa Branca, Juremas
e Macacos. Desta forma, os parques passaram a ter direito
ao faturamento da energia conforme previsto nos respectivos
contratos de comercialização de energia regulados.
O complexo eólico aguarda a conclusão da ICG João
Câmara III para sincronização ao Sistema Interligado Nacional e
consequente entrada em operação comercial de suas unidades
geradoras. A conclusão da ICG João Câmara III está prevista para
46
potência
Depois de cinco novos
reajustes autorizados pela
Aneel, o custo médio da
energia elétrica para a
indústria brasileira passou
de R$ 310,67 por MWh para
R$ 313,16. Com o aumento
de 0,8%, o País continua
ocupando a 11ª posição mais
cara no ranking internacional
que contempla 28 países. O
topo do ranking é ocupado
pela Índia, com custo de R$
596,96 por MWh.
Os dados foram
divulgados no dia 1º de
julho pelo Sistema Firjan
(Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro).
No ranking estadual
de custo médio industrial,
o estado do Rio Grande do
Sul passou da 17ª para a 13ª
posição mais cara, com o
aumento de 8,48% no custo
da energia após os reajustes
da RGE, Demei e Eletrocar.
O Rio de Janeiro se
manteve na 5ª posição, com
o aumento de 0,26% após
o reajuste da ENF, como
também o estado de Minas
Gerais, que se manteve na 8ª
colocação, após o reajuste de
0,15% da EMG.
Sistema
reforçado
A Light inaugurou no
dia 11 de julho a Subestação
Influência/José Marcondes
Brito de Carvalho, no município
de Carmo, a cerca de 200 km
do Rio de Janeiro. A empresa
investiu R$ 17,5 milhões na
nova unidade, que beneficiará
9,4 mil unidades consumidoras
e áreas industriais nas cidades
de Carmo e Sapucaia.
A subestação conta com
dois transformadores com tensão
de 138/25kV e potência total de
36MVA, além de três circuitos
de 25kV, sendo construída para
atender a demanda de crescimento
da região e oferecer maior
confiabilidade ao sistema elétrico.
Totalmente digitalizada,
com operação à distância
a partir de supervisão e
telecontrole, a Subestação
Influência/José Marcondes
Brito de Carvalho está
em conformidade com as
novas tecnologias adotadas
mundialmente. A subestação
também foi construída
com base em conceitos de
sustentabilidade e gestão
ambiental.
31 de outubro de 2014, conforme informações da concessionária
de transmissão responsável por essa implantação.
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SINDUSTRIAL 13
(14) 3366-5200
www.sindustrial.com.br
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STECK IND. ELÉTRICA
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(11) 2248-7000
www.steck.com.br
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agenda
Agosto/Setembro 2014
eventos
Construsul – Feira Internacional da Construção
Data/Local: 06 a 09/08 – Novo Hamburgo – RS
Informações: (51) 3225-0011 / www.feiraconstrusul.com.br
Seminário de Energia & Utilidades 2014
Data/Local: 13 a 15/08 – São Paulo – SP
Informações: (11) 5534-4333 / www.abmbrasil.com.br
IX CBPE – Congresso Brasileiro de Planejamento Energético
Data/Local: 25 a 27/08 – Florianópolis – SC
Informações: www.ixcbpe.com.br
Intersolar South América
Data/Local: 26 a 28/08 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3824-5300 / www.intersolar.net.br
ENIE – Encontro Nacional de Instalações Elétricas
Data/Local: 26 a 28/08 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3824-5300 / www.arandanet.com.br
cursos
Qualidade da Energia Elétrica – MG
Data/Local: 04 a 06/08 – Uberlândia – MG
Informações: (34) 3210-9088 / www.tllv.com.br
Qualidade de Energia Elétrica – SP
Data/Local: 04 a 07/08 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3579-8768 / www.engepower.com
Termografia Infravermelha
Data/Local: 11 a 13/08 – Itajubá – MG
Informações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br
Proteção de Geradores
Data/Local: 19 a 22/08 – Curitiba – PR
Informações: (41) 3361-6099 / www.sistemas.lactec.org.br
Gestão de Energia
Data/Local: 21/08 – São Paulo – SP
Informações: (11) 2344-1722 / www.abnt.org.br
Energia Solar II – Dimensionamento de Sistemas Termo Solares
Data/Local: 01 a 04/09 – Itajubá – MG
Informações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br
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Só quem está há mais de
40 anos no topo do mercado
sabe que o brasileiro exige
sempre o melhor. Por isso a
Nambei investe constantemente
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de fios e cabos elétricos para
qualquer tipo de instalação:
comercial, industrial ou
residencial, com a mais alta
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para sua obra. Nambei,
100% brasileira, produzindo
qualidade anos a fio.
VENDAS
0800 161819
[email protected]
Av. Ibirapuera, 2033 – 14º andar
CEP 04029-100 - São Paulo, SP – Tel (11) 5056.8900
Fax (11) 5051.0067 / 5051.4122