APLICAÇÃO PRÁTICA DAS
DRIs
Dietary Reference Intakes
Thabata Koester Weber
Patrícia da Graça Leite Speridião
Mauro Batista de Morais
Ulysses Fagundes Neto
Setembro / 2005
Setembro / 2005
Histórico
1860: Inglaterra – Estabelecimento dos padrões de referência
nutricionais → Energia e proteína
1940: Governo Federal dos EUA – Formação do Comitê de
Alimentação e Nutrição (Food and Nutrition Board – FNB)
1941: Tabela de RDA (Recommended Dietary Allowances) →
Energia, proteína, cálcio, ferro, vit A, tiamina, riboflavina, ácido
nicotinamínico, ácido ascórbico e vit D
1943: 1° impressão das RDA
1974: 8° edição FND → RDA é definida nível de ingestão de nutrientes
essenciais para cobrir as necessidades de nutrientes específicos de
praticamente todos os indivíduos saudáveis
Setembro / 2005
Dwyer J. Nutrition,16(7/8):488-492, 2000
Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Feltrin C et al. The Eletronic Journal of Pediatric, 8:1-8, 2004
Histórico
1989: 10° edição das RDAs
1993: FNB + Canadá – “Worshop” para discussão dos aspectos
das RDAs → prevenção de doenças crônicas
1995: FNB + Canadá – Formação do Comitê da DRIs (Dietary
Referencas Intakes)
Prevenção: deficiências nutricionais, doenças crônicas não
transmissíveis + Limite para ingestão de nutrientes + 10° ed. RDA
1997:
Setembro / 2005
Dwyer J. Nutrition,16(7/8):488-492, 2000
Fisberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Feltrin C et al. The Eletronic Journal of Pediatric, 8:1-8, 2004
DRIs - Dietary Reference Intakes
Ingestões Dietéticas de Referência
Conjunto de valores de referência
correspondentes às estimativas quantitativas da
ingestão de nutrientes, estabelecidos para
serem utilizadas no planejamento e avaliação
das dietas de indivíduos saudáveis em um
grupo, segundo seu estágio de vida e gênero
DRIs = EAR + RDA + AI + UL
Setembro / 2005
Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001
Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002
DRIs - Dietary Reference Intakes
Ingestões Dietéticas de Referência
Considerações:
• Balanço e metabolismo de nutrientes em
diferentes faixas etárias
• Diminuição do risco de doenças crônicas não
transmissíveis
• Biodisponibilidade dos nutrientes e erros
associados aos métodos de avaliação
• Estruturada para atender as necessidades
nutricionais da população norte americana e
canadense
Setembro / 2005
Food and Nutrition Board, 1997
Ingestões Dietéticas de Referência
EAR – Estimated Average Requeriment
Necessidade Média Estimada
Valor médio da ingestão de 1 nutriente estimado
para cobrir as necessidades de 50% dos
indivíduos saudáveis de determinada faixa
etária, estado fisiológico e sexo
Setembro / 2005
Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001
Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004
Ingestões Dietéticas de Referência
RDA – Recommended Dietary Allowances
Quotas Dietéticas Recomendada
A RDA para cada nutriente é estabelecida com base em
valores que podem ser adequados para 97 a 98% de
todos os indivíduos de um determinado grupo etário,
considerando-se a definição de adequação
RDA = EAR + 2 DP EAR (desvio padrão)
RDA = 1,2 a 1,3 X EAR (coeficiente de variação)
Setembro / 2005
Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001
Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004
Ingestões Dietéticas de Referência
AI – Adequat Intake
Ingestão Adequada
É baseado na média do consumo de nutrientes observada
ou experimentalmente determinada, por uma população
definida ou um subgrupo, que parece ser suficiente para
manter um estado nutricional definido em uma população
específica
Indivíduos saudáveis com um consumo igual ou acima
do AI podem ter um baixo risco de consumo
inadequado para um estado de nutrição definido
Setembro / 2005
Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001
Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004
Ingestões Dietéticas de Referência
UL – Tolerable Upper Intakes Levels
Nível de Ingestão Máxima Tolerada
Se refere ao nível mais alto do consumo diário de
nutrientes que não exerce riscos de efeitos adversos
para quase todos os indivíduos da população geral.
Conforme o consumo ultrapassa a UL, o risco de efeito
adverso também aumenta
↑ da prática de fortificação de
alimentos e suplementos
Setembro / 2005
Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001
Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004
Determinação da UL:
LOAEL (Lowest observed adverse effect level) –
Menor dose oral experimental da ingestão de um
nutriente na qual o efeito adverso não tenha sido
identificado.
NOAEL (No observed adverse effect level) –
Maior nível de ingestão de um nutriente que não
resultou em nenhum efeito adverso observado
nos indivíduos estudados. (+ seguro do que LOAEL)
Setembro / 2005
Amaya-Farfan J; Domene SMA; Padovani RM. Rev Nutr,14(1):71-78, 2001
Fiberg RM et al, Rev Bras Nutr Clin, 18(2):81-86, 2003
Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002
Avaliação do Risco:
Requer a organização de informações disponíveis
geradas por estudos epidemiológicos e
toxicológicos;
Definição das incertezas relacionadas com os
dados e com as interferências feitas (estudo com
animais);
Definição do limiar
Por exemplo: os efeitos adversos associados ao chumbo
são conhecidos, mas não há dados em relação ao
magnésio.
Cozzolino
SMF; Colli
C. Uso e aplicações das DRIs: Novas recomendações de nutrientes e interpretação e
Setembro
/ 2005
utilização. 4-15p, 2001
Biodisponibilidade
Risco de interação nutriente X nutriente:
Há aumento do risco quando há desequilíbrio na
ingestão de 2 ou mais nutrientes
Por exemplo:
• Fitatos, fosfatos e taninos → podem ser
depressores da biodisponibilidade de nutrientes;
• Ácido cítrico e ácido ascórbico → podem
promover aumento da biodisponibilidade de
alguns minerais e elementos traços.
Cozzolino
SMF;/ Colli
Setembro
2005C. Uso e aplicações das DRIs: Novas recomendações de nutrientes e interpretação e
utilização. 4-15p, 2001
Biodisponibilidade
2.
Outros fatores
• Estado nutricional do indivíduo (absorção,
distribuição e biotransformação)
• Interação fármaco - nutriente
• Alteração no efeito da excreção (proteína,
fósforo, sódio e cloreto → excreção do cálcio)
• Forma de ingestão (por ex: vit. lipossolúveis)
Cozzolino
SMF;/ Colli
Setembro
2005C. Uso e aplicações das DRIs: Novas recomendações de nutrientes e interpretação e
utilização. 4-15p, 2001
Aplicação da UL
Suco de 49 laranjas
pequenas
Vitamina C – 2000 mg/dia
Baseada no efeito adverso
da diarréia osmótica
(exemplos):
3,33Kg de
margarina vegetal
α tocoferol – 1000 mg/dia
Baseada no efeito adverso
da hemorragia
Selênio – 400 μg/dia
Baseada no efeito da adverso da selenose
14g de Castanha do Pará
NRC (National
Setembro
/ 2005Research Council). - Dietary Reference Intakes: for Vitamin C, Vitamin E, Selenium and
Carotenoids. Washington, D.C., National Academy Press, 2000, 506 p.
Aplicação da DRIs
São mais detalhadas do que a RDA e
contemplam:
• Avaliação e planejamento de dietas para
grupos e indivíduos
• Rotulagem de alimentos
• Programas de avaliação alimentar
• Desenvolvimento de novos produtos
Dwyer J. Nutrition, 16(7/8):488-492, 2000
Setembro / 2005
Sachs A. Uso e aplicações das DRIs: O que mudou das recomendações de nutrientes. 16-21p, 2001
Rotulagem dos Alimentos
por 31 g / 31,5 G - FRAÇÃO SUFICIENTE PARA O
PREPARO DE 200ML)
Quant % VD
Valor Calórico
110Kcal 4%
Carboidratos
16g 4%
Proteínas
8g 16%
Gorduras Totais
1g 1%
Gorduras Saturadas
0,5g 2%
Colesterol
5mg 2%
Fibra Alimentar-frutooligossacarídeos e inulina
2g 7%
Cálcio
277mg 35%
Ferro
6,3mg 45%
VD: Valores Diários de referência com base em uma dieta
de 2.500 calorias
Setembro / 2005
Valores referente ao produto Nutren Active sabor morango da Nestlè
Programas para Avaliação Nutricional
Programas de computador para
avaliação e planejamento
dietético existentes no mercado:
• Diet Pro
• Nut Win (UNIFESP/SP)
• Virtual Nutri (USP)
• Diet Win
• Brand Brasil
• Outros...
Setembro / 2005
RECOMENDAÇÕES DIÁRIAS DE ÁCIDO FÓLICO
Faixa Etária
EAR
RDA
0 a 6 meses
AI 65mcg
-----
7 a 12 meses
AI 80mcg
-----
1 a 3 anos
120mcg
150mcg
4 a 8 anos
160mcg
200mcg
Adolescentes 9 a 13 anos
250mcg
300mcg
Adolescentes 14 a 18
anos
330mcg
400mcg
Adultos > 18 anos
320mcg
400mcg
Gestantes 14 a 50 anos
520mcg
600mcg
Lactantes 14 a 50 anos
450mcg
500mcg
Setembro / 2005
Food and Nutrition Board, 2002
UL PARA ÁCIDO FÓLICO
Faixa Etária
UL
0 a 12 meses
Não determinado
1 a 3 anos
300mcg
4 a 8 anos
400mcg
9 a 13 anos
600mcg
Adolescentes 14 a 18 anos
800mcg
Adultos > 18 anos
1000mcg
Gestantes 14 a 18 anos
800mcg
Gestantes 19 a 50 anos
1000mcg
Lactantes 14 a 18 anos
800mcg
Lactantes 19 a 50 anos
1000mcg
Setembro / 2005
Food and Nutrition Board, 2002
Toxicidade para uso do Folato
Não há evidências científicas de efeitos adversos
com o consumo de alimentos fortificados
Os efeitos estão relacionados ao consumo
excessivo de suplementos
Desordens neurológicas em indivíduos deficientes em
cobalamina
Hipersensibilidades na administração parenteral
Chanarin, I. Deacon, R. Lumb, M. Perry, J. Cobalamin-folate interrelations. Blood Rev, 3: 211-215, 1989.
Setembro / 2005
Sparling, R. Abela, M. Hypersensitivity to folic acid therapy. Clin Lab Haematol, 7:181-185, 1985.
Desenvolvimento de Novos Produtos
Regulamentação da fortificação de alimentos
• 1998 FDA
1.4mg de ác. Fólico / Kg de grão integral
• 2002 Anvisa
150mcg de ác. fólico / 100g de farinha de trigo e milho
4,2 mg de Fe / 100g de farinha de trigo e milho
1997 - Estudo Multicêntrico sobre consumo alimentar
Recordatório de 24 h + F alimentar
↑ consumo de farinha de trigo e milho
(http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernosespecial.pdf)
Resolução - RDC nº 344, de 13 de dezembro de 2002. Disponível em www.anvisa.gov.br
Green
NS. /Folic
Setembro
2005acid supplementation and prevention of birth defects. J Nutr, 132: 2356S-2360S, 2002.
Galeaze MAM; Domene SMA; Schieri R. MS, 1997
Ferro e Anemia Ferropriva
Prevalência da anemia no Brasil
• 20% em adolescentes
• 15 a 30% em gestantes
• até 50% em crianças de 6 a 60 meses
Folato e defeitos no tubo neural
• Cerca de 3 a 4% dos recém-nascidos apresentam defeitos do tubo neural
Green NS. Folic acid supplementation and prevention of birth defects. J Nutr, 132: 2356S-2360S, 2002.
Ministério
Setembro
/ 2005 da Saúde. Coordenação geral da política de alimentação e Nutrição, 2005. Disponível
em:http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/deficiencia_ferro.php
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Ver Nutr, 17(2):207-216, 2004
Aplicação Prática das DRIs
Necessidades de
Nutrientes
Planejamento
de Dietas
Ingestão de Nutrientesa
a=
Avaliação de Dietas
Grupo
Indivíduos
Grupo
EAR (AI)
UL
RDA
(AI)
UL
EAR
UL
Distribuição do nutriente
de interesse
Grau de risco tolerável (2
a 3%)
Avaliação da intervenção
alimentos + suplementos
Prevalência de indivíduos < EAR
• Aproximação probabilística
• EAR como ponto de corte
Indivíduos
EAR (AI)
UL
Grau de risco
Dados clínicos, bioquímicos,
antropométricos
Fonte: Adaptada de Beaton (1994).
Setembro / 2005
Murphy SP; Poos MI. Public Health Nutrition, 5(6A): 843-849, 2002
Instrumentos para Avaliação Dietética
• Questionário Freqüência Alimentar
• Recordatório de 24h
• Registro diários
Influências Pessoais:
• Variação do consumo
alimentar para cada dia
• Preferência alimentares
• Impulsão para seleção
dos alimentos
•
•
•
•
•
Setembro / 2005
Outras Influências :
Sazonalidade
Dias atípicos
Seqüência da aplicação
Entrevistador e
informante
Outros
Slater B; Marchioni DL; Fisberg RM. Rev Saúde Pública, 38(4):599-605, 2004
Avaliação Dietética
Ingestão de nutriente
Média verdadeira
do consumo
Variância intrapessoal
Erro
Questionário de
freqüência alimentar:
• Indicado para estudos
epidemiológicos, relação
de Dieta X Doença
Recordatório de 24h e
Registros Alimentares
• Indicado para
avaliação da adequação
de ingestão de
nutrientes
Setembro / 2005
Slater B; Marchioni DL; Fisberg RM. Rev Saúde Pública, 38(4):599-605, 2004
CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs
Vitaminas B1,B2, B3, B6 e Magnésio

DPd =
DP2EAR + DP2int
n
DP EAR = Variância da necessidade média estimada que
D
Z=
DPd
adota de 10% a 15% da EAR para a maioria dos nutrientes
DP int = Variância intrapessoal
n = Número de dias do registro alimentar
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
Exemplo de Cálculo para
Adequação de Magnésio
Menino de 12 anos com ingestão média de 390,48 mg
Média da ingestão alimentar para magnésio
D = I - EAR
D
DPd
D = 390,48 – 340
D= 50,48
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
Exemplo de Cálculo para
Adequação de Magnésio

DPd =
DP2EAR + DP2int
n
DP AER = 10% de 340 = 34
D
DPd
DP int = 109 X 109 / 4 (dias) = 2970,25

DPd =
342 + 2970,25 = 4126,25
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
DPd = 64,24
Exemplo de Cálculo para
Adequação de Magnésio
D
DPd
D
DPd
D = 50,48
DPd = 64,24
= 0,79

50,48
64,24
70% provável de
adequação
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
Valores para a razão D/DPd e correspondente
probabilidade de conclusão correta de que o consumo
usual está adequado ou inadequado
Vitaminas B1,B2, B3, B6 e Magnésio
Critério
D/DPd > 2
D/DPd> 1,65
D/DPd> 1,5
D/DPd > 1
D/DPd > 0,5
D/DPd > 0
D/DPd < - 0,5
D/DPd < - 1
D/DPd < - 1,5
D/DPd < - 1,65
D/DPd < - 2
Conclusão
Consumo usual ADEQUADO
Consumo usual ADEQUADO
Consumo usual ADEQUADO
Consumo usual ADEQUADO
Consumo usual ADEQUADO
Consumo usual ADEQUADO
Consumo usual INADEQUADO
Consumo usual INADEQUADO
Consumo usual INADEQUADO
Consumo usual INADEQUADO
Consumo usual INADEQUADO
Probabilidade de
conclusão correta
0,98
0,95
0,93
0,85
0,70
0,50
0,70
0,85
0,93
0,95
0,98
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs
CÁLCIO
Não possui EAR estabelecida estando disponível
somente a AI (ingestão adequada)
Z = (Mi – AI) / (Dpi/n)
Mi = média de ingestão observada
AI = 1000 mg/dia
DPi = desvio padrão da ingestão de cálcio obtido em estudos
populacionais nos EUA que se refere a variação intrapessoal
n = número de dias de avaliação da ingestão
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs
Menina de 18 anos com ingestão média de 855,20 mg
Z = (Mi – AI) / (Dpi/n)
Mi = 855,20 mg
AI = 1000 mg/dia
DPi = 505 mg
n = 4 dias
Z = (855,20 – 1300) / (505/4)
Z = (-144,80) / (126,25)
Z = - 3,5
Adequação de ingestão
não pode ser determinada
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs
Menino de 20 anos com ingestão média de 2141,77 mg
Z = (Mi – AI) / (Dpi/n)
Mi = 2141,77 mg
AI = 1000 mg/dia
DPi = 492 mg
n = 4 dias
Z = (2141,77 – 1000) / (492/4)
Z = (1141,77) / (123)
Z = 9,28
Ingestão média provavelmente
adequada
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
INTERPRETAÇÃO QUALITATIVA DA
INGESTÃO DE CÁLCIO EM RELAÇÃO A
ADEQUATE INTAKE (AI)
Adequate Intake (AI)
Interpretação Qualitativa
Ingestão média
> AI
provavelmente adequada
(Baixa prevalência de adequação)
< AI
Adequação de Ingestão
não pode ser determinada
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs
Vitaminas A, E, B12, Ácido Fólico, Ferro e Zinco
Válido para esses nutrientes por apresentar coeficiente de
variação de ingestão menor que 60%
< EAR = INADEQUADO
Entre EAR e o RDA = Incerteza de adequação ou inadequação
> RDA = ADEQUAÇÃO
Setembro / 2005
Marchiini DML; Slater B; Fisberg RM. Rev Nutr, 17(2):207-216, 2004
CÁLCULO ADEQUAÇÃO – SEGUNDO DRIs
Menina 2 anos consumo médio de 5mg de ferro/dia
Faixa Etária
EAR
RDA*
0 a 6 meses
AI 0,27mg
-----
7 a 12 meses
6,9mg
11mg
1 a 3 anos
3mg
7mg
4 a 8 anos
4,1mg
10mg
Meninos 9 a 13 anos
5,9mg
8mg
Meninas 9 a 13 anos
5,7mg
8mg
Meninos 14 a 18 anos
7,7mg
11mg
Meninas 14 a 18 anos
7,9mg
15mg
6mg
8mg
8,1mg
18mg
Mulheres > 50 anos
5mg
8mg
Gestantes 14 a 18 anos
23mg
27mg
Gestantes 19 a 50 anos
22mg
27mg
Lactantes 14 a 18 anos
7mg
10mg
Setembro
Lactantes
19/ 2005
a 50 anos
6,5mg
9mg
Homens > 18 anos
Mulheres 19 a 50 anos
Food and Nutrition Board, 2002
Aplicação das DRIs em Pediatria:
Estágios de Vida
• Primeira infância
0 – 6 meses
7 – 12 meses
↓ Ca
AME
AIs
RDA
Fe
Zn
• Infância
1 – 3 anos
Velocidade de EAR
crescimento + RDA
• Pré-escolar
4 – 8 anos
≠ velocidade de crescimento
• Puberdade
9 – 13 anos
Sexo: F e M
• Adolescência
14 – 18 anos
Sexo: F e M
Puberdade
precoce
↑ Ca
Setembro / 2005
Sachs A. Uso e aplicações das DRIs: O que mudou das recomendações de nutrientes. 16-21p, 2001
Estudo
Determination of vitamin B6 Estimated Average Requirement and
Recommended Dietary Allowance for children aged 7-12 years using
vitamin B6 intake, nutritional status and anthropometry
Amostragem:168 crianças
Avaliação consumo dietético: registro alimentar 3 dias (1 fds; 2 sem.) – 2x no
início de um semestre e no seu final
Antropometria das cç + exames laboratoriais –marcadores diretos e indiretos
para piridoxina foram mensurados no plasma, eritrócitos e urina.
Forte relação dos marcadores bioquímicos p/ B6 e consumo alimentar de B6
Determinação da EAR (RDA) para vitamina B6:
• Meninos: 0,8 (1,01) mg/d
• Meninas: 0,75 (0,89) mg/d
Setembro / 2005
Chang SJ. et al, Am Soc Nutrit Scien, 132:3130-3134, 2002
Estudo
A comparison of nutrient intake between infants and toddlers with
and without cystic fibrosis
Amostragem: 35 cç c/ FC X 34 cç s/ FC
7 dias de pesagem e registro de todos os alimentos consumidos
Treinamento do responsável pela cç e acompanhamento de monitoração por
2 pesagens
Sem diferenças estatisticamente significantes entre os 2 grupos
O consumo de energia p/ cç com FC não alcança 120 -150% RDA conforme
preconizado
O consumo de proteína excede nos dois grupos
Setembro / 2005
Powers SW; Patton SR. J Am Diet Assoc, 103(12):1620-25, 2003
Estudo
Ingestão de nutrientes e estado nutricional de
crianças em dieta isenta de leite de vaca e
derivados
Amostragem: 26 cç dieta isenta de LV e derivados ; 30 cç grupo
controle
Dia habitual alimentar (registro fotográfico + modelos de utensílios)
Valores do consumo de nutrientes 2 grupos foram comparados com
as DRIs:
No grupo em dieta isenta de leite de vaca, há maior número de
crianças com ingestão inferior à recomendação para energia, cálcio,
fósforo e vitamina D, indicando que a fórmula contribui de forma
importante para a ingestão alimentar dessas crianças
Setembro / 2005
Medeiros LC. et al, J Pediatr, 80(5):363-70, 2004
Obrigada!!!
Setembro / 2005
Download

Aplicação Prática das DRIs - The Eletronic Journal of Pediatric