ROTEIRO DE ESTUDOS DE GRAMÁTICA E REDAÇÃO
Nome: __________________________________ Nº____Série: 3a. ____
Data: ___ / ___ / 15
Nota: ______________
Professor(a): Bruno e Thais
3° Bimestre
OBJETIVOS:
1. Variedades Linguísticas
Ao final do bimestre, pretende-se que o aluno:
1.1 Seja capaz de identificar, em textos de diferentes gêneros, as variedades linguísticas sociais - registro formal e
informal -, geográficas – regionais - e históricas, por meio do reconhecimento das marcas linguísticas que
singularizam as diferentes variedades.
1.2 Relacione os preconceitos sociais aos usos de determinados registros da língua, a fim de construir uma visão
crítica por meio do estudo das variedades linguísticas.
1.3 Escolha com critério a variedade adequada à situação de comunicação, inclusive nas produções textuais,
reconhecendo os efeitos de sentido resultantes do uso dos recursos linguísticos.
2. A dimensão discursiva da linguagem
Ao final do bimestre, pretende-se que o aluno:
2.1 Reconheça os diferentes elementos em que se baseia a teoria da comunicação.
2.2 Identifique as diferentes funções da linguagem.
2.3 Compreenda o papel da interlocução no uso da linguagem e aplique esse conhecimento ao produzir os próprios
textos.
2.4 Explique como cada uma dessas funções atua na criação de efeitos de sentido.
2.5 Reconheça marcas de autoria em textos de diferentes gêneros discursivos.
2.6 Analise textos literários e não-literários observando o emprego das funções da linguagem.
3. Recursos estilísticos: figuras de linguagem
Ao final do bimestre, pretende-se que o aluno:
3.1 Explique o que são as figuras de linguagem.
3.2 Compreenda por que o uso das figuras de linguagem decorre de um trabalho com o estilo.
3.3 Identifique ocorrências de figuras sonoras, de palavras, de sintaxe e de pensamento em textos de diferentes
gêneros.
3.4 Recorra a figuras de linguagem para criar efeitos de sentido no momento da produção de texto.
3.5 Analise textos literários e não-literários utilizando as figuras de linguagem.
3.6 Analise as figuras de linguagem em textos literários e não-literários, observando que efeitos de sentido elas
produzem.
4. Sintaxe de Regência Nominal e de Regência Verbal
Ao final do bimestre, pretende-se que o aluno:
4.1 Reconheça a natureza da relação estabelecida entre os termos de um sintagma.
4.2 Utilize adequadamete as preposições quando elas forem exigidas por um termo que as rege.
4.3 Reconheça os casos de múltiplas regências de alguns verbos e atente ao importante efeito de sentido resultante
de cada uma das possíveis construções.
5. Crase
Ao final do bimestre, pretende-se que o aluno:
5.1 Domine as regras de utilização do acento grave.
5.2 Seja capaz de aplicá-las corretamente no momento da produção textual.
5.3 Aplique corretamente as regras no momento da resolução de exercícios.
6. Produção de texto: dissertação - modelo Enem
Ao final do bimestre, espera-se que o aluno:
6.1 Reconheça as características da dissertação solicitada pelo Enem.
6.2 Aplique esses recursos nas próprias produções.
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Redação: Reescreva a redação bimestral. Para isso, utilize uma das folhas do bloco de rascunho.
Gramática: Resolva os exercícios abaixo:
1. (FUVEST) Leia atentamente este texto:
“Dos púlpitos dessa igreja, o padre Antônio Vieira pronunciara com sua voz de fogo os sermões mais
célebres de sua carreira”, escreveu Jorge Amado, protestando [contra o projeto de demolição da igreja da Sé].
Conta Jorge que correu na época [decênio de 1930] a notícia de que o arcebispo embolsou gorjeta grande para
permitir que a Companhia Linha Circular de Carris da Bahia abatesse o templo. Não há provas do suborno, é certo,
mas o fato é que o arcebispo, em documento assinado por ele mesmo, deu a sua “inteira aquiescência” à obra
destrutiva. A irritação anticlerical de Jorge Amado subiu então ao ponto de ele fazer o elogio dos “índios patriotas”
que, nos primeiros dias coloniais, haviam realizado uma “experiência culinária” com o bispo Sardinha.
Acrescentando ainda que, naquela década de 1930, baiano já não gostava de bispo nem como alimento.
Antonio Risério, Uma história da cidade da Bahia. Adaptado.
a) As expressões “inteira aquiescência” e “índios patriotas”, citadas no texto, procedem, ambas, da mesma fonte
(autor que utilizou tais expressões)? Justifique sua resposta.
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b) Tendo em vista o contexto, é correto afirmar que a expressão “experiência culinária” é usada com sentido irônico?
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2. (UNICAMP) “Os turistas que visitam as favelas do Rio se dizem transformados, capazes de dar valor ao que
realmente importa”, observa a socióloga Bianca Freire-Medeiros, autora da pesquisa “Para ver os pobres: a
construção da favela carioca como destino turístico”. “Ao mesmo tempo, as vantagens, os confortos e os benefícios
do lar são reforçados por meio da exposição à diferença e à escassez. Em um interessante paradoxo, o contato em
primeira mão com aqueles a quem vários bens de consumo ainda são inacessíveis garante aos turistas seu
aperfeiçoamento como consumidores.”
No geral, o turista é visto como rude, grosseiro, invasivo, pouco interessado na vida da comunidade,
preferindo visitar o espaço como se visita um zoológico e decidido a gastar o mínimo e levar o máximo. Conforme
relata um guia, “O turismo na favela é um pouco invasivo, sabe? Porque você anda naquelas ruelas apertadas e as
pessoas deixam as janelas abertas. E tem turista que não tem „desconfiômetro‟: mete o carão dentro da casa das
pessoas! Isso é realmente desagradável. Já aconteceu com outro guia. A moradora estava cozinhando e o fogão
dela era do lado da janelinha; o turista passou, meteu a mão pela janela e abriu a tampa da panela. Ela ficou uma
fera. Aí bateu na mão dele.”
(Adaptado de Carlos Haag, Laje cheia de turista. Como funcionam os tours pelas favelas cariocas. Pesquisa FAPESP no. 165, 2009, p.90-93.)
a) Explique o que o autor identifica como “um interessante paradoxo”.
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b) O trecho em itálico, que reproduz em discurso direto a fala do guia, contém marcas típicas da linguagem coloquial
oral. Reescreva a passagem em discurso indireto, adequando-a à linguagem escrita formal.
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3. (FUVEST) Leia o texto.
Ditadura / Democracia
A diferença entre uma democracia e um país totalitário é que numa democracia todo mundo reclama, ninguém vive
satisfeito. Mas se você perguntar a qualquer cidadão de uma ditadura o que acha do seu país, ele responde sem
hesitação: “Não posso me queixar”.
Millôr Fernandes, Millôr definitivo: a bíblia do caos.
a) Para produzir o efeito de humor que o caracteriza, esse texto emprega o recurso da ambiguidade? Justifique sua
resposta.
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b) Reescreva a segunda parte do texto (de “Mas” até “queixar”), pondo no plural a palavra “cidadão” e fazendo as
modificações necessárias.
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4. (UFPE) “Muitos imaginam que os que “falam errado” falam de qualquer jeito. Mas é bastante fácil mostrar que, de
fato, os que “erram” apenas seguem outras regras. O problema é que essas regras não são aceitas ou são
consideradas desvios. Vejamos um exemplo: É comum que crianças digam “Mamãe fazeu um bolo gostoso!” e “Eu
também sabo abrir esse pacote de bolacha”. O que estão fazendo? É simples: tratando verbos irregulares como se
fossem regulares.”
(Adaptado de POSSENTI, Sírio. Questões de linguagem. São Paulo: Parábola, 2011, p.33.)
Com base no texto acima, escreva um comentário em que você explique “a regra” que seguem os usuários da
língua portuguesa quando falam ou escrevem um enunciado como o seguinte:
Nos últimos meses, subiu os preços de vários produtos e, consequentemente, diminuiu os lucros do mercado.
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5. (UNICAMP) Leia, a seguir, um poema de Carlos Drummond de Andrade.
Passagem da noite
É noite. Sinto que é noite
não porque a sombra descesse
(bem me importa a face negra)
mas porque dentro de mim,
no fundo de mim, o grito
se calou, fez-se desânimo.
Sinto que nós somos noite,
que palpitamos no escuro
e em noite nos dissolvemos.
Sinto que é noite no vento,
noite nas águas, na pedra.
E que adianta uma lâmpada?
E que adianta uma voz?
É noite no meu amigo.
É noite no submarino.
É noite na roça grande.
É noite, não é morte, é noite
de sono espesso e sem praia.
Não é dor, nem paz, é noite,
é perfeitamente a noite.
Mas salve, olhar de alegria!
E salve, dia que surge!
Os corpos saltam do sono,
o mundo se recompõe.
Que gozo na bicicleta!
Existir: seja como for.
A fraterna entrega do pão.
Amar: mesmo nas canções.
De novo andar: as distâncias,
as cores, posse das ruas.
Tudo que à noite perdemos
se nos confia outra vez.
Obrigado, coisas fiéis!
Saber que ainda há florestas,
sinos, palavras; que a terra
prossegue seu giro, e o tempo
não murchou; não nos diluímos!
Chupar o gosto do dia!
Clara manhã, obrigado,
o essencial é viver!
a) Explique o sentido metafórico da "noite" e o uso do verbo "sentir", na 1a estrofe.
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b) Explique o sentido metafórico do "dia" e o sentimento a ele associado, na 2 a estrofe.
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6. (FGV) Leia os versos de Carlos Drummond de Andrade.
"Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se veem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos."
a) Reescreva os dois versos iniciais, passando-os para a primeira pessoa do plural.
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b) Reescreva os dois últimos versos, substituindo UM por EU.
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c) Indique a função da linguagem predominante no texto e justifique sua resposta.
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Texto para as duas próximas questões.
Diz Alfredo Bosi a respeito de Guimarães Rosa: "'Grande Sertão: Veredas' e as novelas de 'Corpo de Baile'
incluem e revitalizam recursos da expressão poética: células rítmicas, aliterações, onomatopeias, rimas internas,
ousadias mórficas, elipses, cortes e deslocamentos de sintaxe, vocabulário insólito, arcaico ou de todo neológico,
associações raras, metáforas, anáforas, metonímias, fusão de estilos, coralidade".
(Alfredo Bosi, História Concisa da Literatura Brasileira, p. 430.)
7. (UFSCAR) Levando-se em conta as associações raras, mencionadas por Bosi,
a) explique o significado da expressão "alto rio", logo no início do texto.
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b) Qual a base analógica para a criação dessa expressão?
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8. (UFSCAR)
a) De qual dos recursos enumerados Guimarães Rosa faz uso no trecho "Eu disse isso. E o canoeiro me
contradisse"? Explique.
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b) Com qual desses recursos pode ser associada a frase "Até fosse crime, fabricar dessas, de madeira burra!"?
Explique.
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9. (UFF)
A prática da gramática não deve estar desvinculada da percepção das diferenças na produção de sentido,
encaminhadas pela língua no processo de comunicação.
Explique as diferentes regências do verbo "combater" e as decorrentes produções de sentido no contexto
em que se inserem: "Combateremos a sombra. Com crase e sem crase."
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3ª série