 ENCONTRO COM OS ALUNOS DO 10º ANO
 “Numa relação com... Não invoquem o amor em vão”.
 As muitas linguagens do amor…
Rui Veloso – Não invoquem o Amor em vão
Rui Veloso – Não invoquem o Amor em vão
Amar é o verbo revelado
pela boca da divindade!
Só deve ser invocado
em caso de necessidade.
Esse verbo não se explica
à luz crua da razão!
Ele é a joia mais rica
da arca da criação.
Rui Veloso – Não invoquem o Amor em vão
Podem-no pôr
no altar frívolo duma canção
Praticá-lo até gastar
Mas não o invoquem em vão
Não invoquem o amor em vão
Não invoquem o amor em vão
Podem-no usar com rendas
Ou enfeites de algodão
para tapar bem as fendas
por onde sopra a solidão!
Rui Veloso – Não invoquem o Amor em vão
Podem dá-lo ao desbarato,
podem-no até vender!
Metê-lo no guarda-fato,
e dá-lo à traça a comer
Podem-no usar no chão
como capacho dos pés!
Mas não o invoquem em vão
Não o sujem com clichés
Não invoquem o amor em vão
É pecado como deitar fora o pão!
I. A Desvalorização do Amor na Cultura atual
Quando a palavra «amor» sai da boca para fora,
sem nenhuma ligação com a realidade:
“podem-no pôr no altar frívolo de uma canção”;
“não o sujem com clichés”…
Quando o sentido da palavra «amor»
é reduzido a «sexo» e esquece a importância
da relação: “Podem praticá-lo até gastar”…
I. A Desvalorização do Amor na Cultura atual
Quando a palavra amor é apenas
sintoma de uma ilusão,
de um mundo cor de rosa, irreal,
sem ligação nem compromisso entre pessoas:
“podem-no usar com rendas
ou enfeites de algodão”…
I. A Desvalorização do Amor na Cultura atual
Quando a palavra «amor» é comercializada,
usada e abusada na publicidade:
“podem dá-lo ao desbarato,
podem-no até vender,
metê-lo num guarda fato”…
Quando a palavra «amor»
é pretexto para violência e exploração:
“podem-no usar no chão, como capacho dos pés”
I. A Desvalorização do Amor na Cultura atual
Amor = Sexo? Prazer? Produto comercial?
“A harmonia de sentimentos, estados de ânimo e de emoções
parece mais importante que a partilha de um projeto de vida.
Na nossa cultura vive-se uma aparente exaltação do corpo,
que, na realidade, banaliza a sexualidade
e tende a fazê-la viver
fora de um contexto de comunhão de vida e de amor”
(Bento XVI, Encontro com os namorados, 11.09.2011).
II. O Amor, um problema de linguagem!
“A linguagem é uma fonte de mal-entendidos”.
Unidade corpo-alma:
Quem toca o corpo toca a alma.
1. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos
Sujeito do amor: uma pessoa
Objeto do amor: outra pessoa
O amor:
comunhão de espírito, de coração, do corpo
Aqui, o amor proporciona
o encontro profundo entre pessoas,
a construção de uma intimidade,
a alegria libertadora da comunhão.
2. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos
Unidade corpo-alma
“Nem o espírito ama sozinho, nem o corpo:
é a pessoa, que ama, no seu todo,
de que fazem parte o corpo e a alma.
Somente quando corpo e alma se fundem numa unidade,
é que a pessoa se torna plenamente ela própria”
(Bento XVI, DCE 5).
III. A palavra amor e os seus muitos significados
O vasto campo semântico da palavra “amor”
Um corpo que fala: o olhar e a carícia
O olhar: “Eu olho para ti pelo rabinho do olho
e tu não dizes nada”
A carícia (beijo, abraço, dança...):
“Mas todos os dias te podes sentar mais perto”
Um beijo profundo é um ato profundo….
Do «boca a boca»… ao «corpo a corpo»…
IV. Os mal-entendidos da linguagem do amor
a) A pornografia: droga do sexo:
“Demasiado sexo mata o sexo”
(Tony Anatrella, psiquiatra)
b) A brejeirice: fazer amor pode fazer mal
c) A imaginação individual:
sentir não é consentir
d) A mercantilização do sexo,
Não ir na onda…
V. Exigências éticas do diálogo heterossexual
1. Descoberta do «TU» como interlocutor do
amor heterossexual: consciência, respeito, atenção
2. Abertura de intercomunicação pessoal:
intensa, gradual e verdadeira, num amadurecimento
contínuo.
2.1. O caráter progressivo da
intercomunicação heterossexual: devagar
se vai ao longe… intensidade, gradualidade e verdade
V. Exigências éticas do diálogo heterossexual
2.2. A segunda condição moral na abertura
da intercomunicação pessoal
é a eliminação do egoísmo:
Aceitação, doação.
Passar do «sentir-se bem» ao «querer bem»!
3. Uma norma ética geral para os
comportamentos sexuais:
V. Exigências éticas do diálogo heterossexual
3.1. “Vive de tal modo a sexualidade
que os teus gestos sejam expressão
do teu amor benevolente
e nunca uma procura do teu interesse
mediante o corpo do outro:
do desejo ao dom”.
V. Exigências éticas do diálogo heterossexual
3.2. “Trata o teu semelhante de tal modo
que as manifestações de afeto
o (a) gratifiquem e elevem
enquanto pessoa
e nunca utilizes
o seu corpo como meio de prazer,
mas antes como corpo pessoal”.
V. Exigências éticas do diálogo heterossexual
3.3. “Vive de tal modo
que não instrumentalizes o teu próprio corpo
por atos, pensamentos ou desejos
que sejam contrários uma correta higiene
da fantasia e dos desejos”:
Da paixão à razão:
“O cérebro, primeiro órgão sexual”
Paul Chauchar, biólogo
Algumas conclusões
1. Nem o espírito ama sozinho,
nem o corpo:
é a pessoa, que ama, no seu todo,
de que fazem parte o corpo e a alma.
2. A «castidade»
é o amor de mãos dadas com a verdade:
condição para uma sexualidade de qualidade
Algumas conclusões
3. A harmonia de todo o nosso ser,
implica que todas as palavras e gestos
da nossa afetividade
“devam ser orientados, elevados e
integrados pelo amor,
que é o único
a torná-los verdadeiramente humanos”.
Algumas conclusões
E isso supõe um caminho
paciente e gradual de amadurecimento,
desde o domínio de si ao dom de si.
Fim
Obrigado pela vossa atenção!
Pe.Amaro Gonçalo Ferreira Lopes
[email protected];
www.paroquiasenhoradahora.pt
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