O Seareiro
Edição bimestral
julho - agosto/2011
ano XVIII - nº 96
Separação e divórcio
na página 3
Kardec e Amelie
na página 5
Festa Junina do Seareiros
na página 7
A família na visão espírita
E
ntão, um doutor da lei,
tendo se levantado, disselhe para o tentar: Mestre,
o que é preciso que eu
faça para possuir a vida eterna?
Jesus lhe respondeu: Que é o
que está escrito na lei? Que ledes
nela? Ele lhe respondeu: Amareis
o Senhor vosso Deus de todo
o vosso coração, de toda vossa
alma, de todas as vossas forças e
de todo o vosso espírito, e vosso
próximo como a vós mesmos.
Jesus lhe disse: Respondestes
muito bem; fazei isso e vivereis
(E.S.E. , cap. XV – ítem 2)
Ainda hoje encontramos dificuldades para compreender
as palavras de Jesus. Buscamos
respostas distantes, quando na
realidade a misericórdia Divina nos permite o exercício do amor e da caridade, no
próprio convívio familiar, junto daqueles que
nos cercam.
Somente a Doutrina dos Espíritos consegue
nos explicar as verdadeiras necessidades de
aprendizado que fazem parte da nossa bagagem espiritual, e que, pela reencarnação,
nos é permitido esse exercício através do
relacionamento familiar.
Quantas reencarnações teriam sido melhor
aproveitadas por nós, pelo simples cumprimento do planejamento que acreditávamos
poder realizar enquanto encarnados.
Se ainda habitamos um mundo de Provas e
Expiações, é porque grandes são as nossas
dificuldades de trabalharmos as nossas relações com os nossos desafetos; pendências
muitas vezes seculares, que somente próximos e no meio familiar, poderemos avançar
no nosso aprendizado.
Nossos benfeitores espirituais aguardam de
nós aquele “sinal verde” que permite recebermos as inspirações
e os eflúvios benéficos
que nos auxiliariam
nos momentos difíceis,
mas nada conseguem
se mantivermos uma
“muralha” em nossos
corações.
Somente o exercício do amor e da caridade,
em substituição ao ódio, ao orgulho, poderá
fazer de nós, criaturas melhores.
De extrema importância e responsabilidade
a presença dos pais na educação dos filhos,
espíritos que dependem da qualidade dos
ensinamentos recebidos desde seus “nascimentos”, para que as virtudes recebidas,
possam transformar as dificuldades por
eles trazidas. Infelizmente nem sempre isso
ocorre.
Dificuldades recíprocas entre familiares
impedem muitas vezes que um equilíbrio
seja mantido no relacionamento, quando
não temos forças suficientes para controle
e domínio do mal que ainda trazemos em
nós. Nesses casos, não conseguimos compreender que a dificuldade que “o outro”
apresenta, na realidade, é a ferramenta que
“precisamos” para corrigir nossas próprias
imperfeições e fraquezas.
Somos seres milenares
e ainda vivenciaremos
muitas outras encarnações nessa jornada
redentora para a nossa
transformação moral.
Mas alguns poderão
perguntar: de quantas encarnações ainda
precisaremos?
A resposta se encontra em cada um de nós,
pois somos os únicos responsáveis pelos
nossos próprios atos e pensamentos, definindo dessa forma a velocidade da nossa
trajetória de crescimento espiritual.
Para os que perseveram no erro, a dor e o
sofrimento são os antídotos que recebemos
para a cura do mal gerado.
Deus jamais abandona nenhuma de Suas
criaturas pois, Sua obra é perfeita, e, por
maiores que possam ser as nossas dificuldades, um dia nos tornaremos espíritos puros; quanto ao tempo, ele é irrelevante, pois
somos imortais e temos toda a eternidade
disponível.
Paz e muita luz a todos!
Carlos Cristini
Editorial
“Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”
Evangelho Segundo o Espiritismo, Capitulo 14, Item 5
C
om
toda
simplicidade
e toda verdade características de Jesus, ele
nos lança uma reflexão
que nos leva ao centro
da composição familiar.
Convido a você que me
lê agora a entrar neste ambiente reflexivo,
sentir o amor de Jesus
perto de cada de um
nós e buscarmos juntos,
na nossa memória, os
momentos que outrora
tivemos do carinho familiar. De pronto pensaríamos: E os
órfãos? Os filhos únicos? E tantas
adversidades que fazem a estrutura familiar se romper? Importante
termos em mente nesta hora que
cada um de nós tem seu planejamento reencarnatório e ele está
de acordo com nossas necessidades e potencialidades como espírito. Não busco com isto justificar
a dor alheia, mas exercitar o olhar
observador sobre qual seria a necessidade daquele irmão de passar por tais dificuldades. Ao fazer
isto vejo que constantemente sou
remetido por minhas lembranças
a olhar para mim. Nasci num lar
simples, minha Mãe órfã de pai e
mãe, chegada há poucos anos na
cidade grande. Meu Pai vindo para
cidade grande para estudar e tra-
O SEAREIRO
É uma publicação editada sob a responsabilidade da área
doutrinária de “Os Seareiros”,
para distribuição aos seus frequentadores e amigos
balhar. Aos dois anos de idade um
rompimento e ficamos somente
eu e minha Mãe na grande cidade. Com poucos recursos, sem
familiares a quem recorrer e com
um filho de colo só lhe restava
acionar a vontade e ir em frente.
Sei que foram momentos difíceis
para ela, mas com certeza valorosos para cada um dos envolvidos.
Num dia uma porta fechava, mas
no dia seguinte uma porteira se
abria. Sempre alguém nos estendia
a mão e quando esta partia, logo
outra mão nos apoiava. A religião
alimentava o espírito de minha
mãe e os valores de Jesus foram
pouco a pouco sendo passados a
mim. Um número incontável de
espíritos encarnados e desencarnados me apoiaram ano após ano.
Aos 20 anos de idade conheci
Casa de Jesus: Rua João Alves dos Santos, 770
Fone (19) 32529194 - Jardim Paineiras - Campinas
Núcleo José Esteves: Avenida General Carneiro, 225
Campinas - Fone (19) 3234-4398
Núcleo Mãe Maria: Rua Francisco Mesquita, 335
Vl. Brandina - Campinas - Fone (19) 3253-2646
www.seareiros.org.br
minha esposa e
com seu auxílio
reencontrei meu
Pai, tios, avós
paternos, enfim
mais uma parte
da minha família
carnal tornouse
conhecida.
Alguns anos se
passaram e chego a Casa Espírita; novamente
apoio, assistência e pessoas
com ideal de
auxiliar o próximo.Agora, parando para escrever
estas linhas, refletindo sobre minha história, olhando para os anos
passados e vendo tantos espíritos
que me deram sua mão, às vezes
mesmo sem o saber, vejo a aplicação prática do que Jesus nos mostra com a pergunta que intitula
este texto. Todas essas pessoas
no meu caminho fazem a construção da Família Espiritual Universal
e me fizeram sentir o verdadeiro
carinho familiar. Desejo a você
meu irmão e minha irmã, que possam, assim como eu, ver e sentir a
grande Família que somos. Como
Jesus e o Pai de bondade, sabedoria e amor assim o desejam, jubilemos então.
Um forte e caloroso abraço,
Claudio M. Chaves
Colaboraram nesta edição:
Claudio M. Chaves, Doralice Magalhães, Carlos Cristini, Sandra
Martins, Maria Márcia C. Barillari,Teresa Kawabata, Leda Siqueira
Camargo, Amilton da Costa Lamas e Conselho Doutrinário.
Jornalista responsável: Sirlene Nogueira (Mtb 15.114)
Projeto Gráfico e editoração: Felipe Teixeira
Revisão e Diagramação: Mariana Dorigatti (Mtb 60.341)
Separação e divórcio
N
a visão espírita, o casamento, na maioria dos casos, é compromisso selado
no mundo espiritual, por
escolha, assentimento aos ditames cármicos, ou por determinação de Espíritos Superiores antes da encarnação
do casal, mas que, em muitos casos,é
preferível ser interrompido – não
rompido – aqui na Terra. Isso, porém,
não significa“uma atitude de complacência ou de estímulo à separação dos
casais em dificuldades”.
Conflitos entre os pais afetam profundamente os filhos, desencadeando muitos males que contaminam a
todos dentro do lar e prejudicando a
concretização dos projetos espirituais
estabelecidos para a família. Influências
funestas e maus exemplos do casal
são, em geral, causas de transtornos
psíquicos, morais e espirituais dos
filhos, especialmente daqueles que lhes
estão vinculados por processos cármicos mais difíceis.
Quando viver lado-a-lado torna-se
perigoso para a família, em razão de
ódios, conflitos e possibilidades de tragédias, a separação ou o divórcio deve
ser tomado como um “dar um tempo”
para a recuperação de forças e preparação para a retomada do compromisso em algum momento no futuro
encarnatório. Pois, ninguém foge ou
suborna a lei divina, que coloca todos
os homens em processo de retificação
espiritual pela inexorável lei de causa
e efeito, sob a qual, mais cedo ou mais
tarde, a Providência reaproxima adversários, especialmente em se tratando
de algozes ou vítimas inconformadas.
“A separação e o divórcio constituem,
assim, atitudes que não devem ser
assumidas antes de profunda análise e
demorada meditação que nos levem
à plena consciência das responsabilidades envolvidas.”Por essa razão,
antes de se tomar qualquer decisão a
respeito, é imprescindível “atentar para
todos os aspectos da questão” – dores
morais de todos os envolvidos e todos
os demais problemas decorrentes –,
de modo a “não ceder precipitadamente ao primeiro impulso passional,
ou solicitação do comodismo ou do
egoísmo”.
A liberdade proporcionada pelo
divórcio possibilita, sim, uniões mais
felizes com outros parceiros, pois, sob
um clima mais tranquilo os divorciados
podem desenvolver virtudes que não
fizeram desabrochar no ambiente hostildo relacionamento anterior. Portanto, até que o compromisso espiritual
rompido seja retomado em outra encarnação, o aprendizadoque se adquire
junto a outro cônjuge ou a outra família
equilibradatorna-se
fator importante,
pois certamente irá
contribuir para melhor relacionamento
do casal divorciado e
facilitar, futuramente,
a conclusão do compromisso pendente.
Entretanto, essa mesma liberdade pode
levar a uniões tão
ou mais infelizes que
antes, pois, “Dificul-
dades de relacionamento são mesmo
de esperar-se na maioria das uniões
que se processam em nosso mundo
ainda imperfeito.”
Lembremos que a família tem por objetivo reunir, pelos laços consanguíneos, espíritos amigos ou inimigos. É no
seio do lar que os amigos fortalecem
seus laços afetivos e os adversários
amenizam os rancores e desentendimentos do passado. A atenção, o carinho, os pequenos ou grandes favores,
as trocas mútuas, tudo contribui para
que os adversários se reconciliem e
desenvolvam entre si, mais facilmente,
o respeito e a fraternidade.
Apesar de todos os conflitos ou situações infelizes que possam existir, a
vida em família, aqui no plano terreno,
pode, no mínimo, significar uma “trégua” nas lutas odiosas entre adversários. Por isso, e por muitas outras boas
razões, quem vive conflitos no lar deve
apelar para todas as forças do coração,
buscando exercitar-se na paciência,
tolerância, perdão, renúncia, solidariedade e cooperação, ao máximo de
sua capacidade, de modo a atender ao
sábio ensinamento de Jesus:
- “Reconcilia-te com teu adversário
enquanto estás a caminho com ele.”
(Destaques: palavras de Deolindo
Amorim e Hermínio C. Miranda, no
texto “A Família Como Instrumento
de Redenção Espiritual”.)
Doralice Magalhães
3
Kardec e Amelie
A
o sair das mãos benfazejas a Doutrina Espírita, sempre
e amorosas de Pestalozzi, o contando com o apoio de
jovem Hippolyte Leon De- Amelie. Era preciso cumprir
nizard Rivail, com apenas 21 a missão confiada a ele pelo
anos, partiu da Suíça e foi para Paris, Espírito Verdade, mas o pão
onde fundou uma escola nos moldes de todo dia, que sustentasse
dos conceitos de seu mestre, e cha- os dois, precisava caminhar
mou-a de Instituto Educacional Técni- em paralelo.
co. Pelos próximos seis anos, além de Amelie participou ativalecionar e dirigir a escola publicaria vá- mente da Codificação, catarios livros. Tão jovem e já era um tra- logando os textos para ele,
balhador incansável. Foi na sua escola ajudando-o a organizar as
que conheceu a senhorita Amelie-Ga- comunicações por assunto,
brielle Boudet, uma moça muito culta a classificá-las. E auxiliava-o,
e competente, professora de letras e ainda, a cuidar de sua enorbelas-artes, poetisa e pintora. Ela chama me correspondência. Lema atenção de Rivail rapidamente.
bremo-nos que naquela époPara ele o ano fora muito produti- ca cuidar de uma casa não
vo, pois havia publicado três livros era tarefa fácil, e lavar, passar,
naquele 1831! Já havia proposto um cozinhar eram tarefas complano de reformulação da educação plexas e exaustivas.
pública francesa. Enfim, um moço Quando a Sociedade Espirita
encantandor!Apaixonaram-se, Amelie e de Paris foi criada, em 1858,
Hippolyte, e casaram-se em 1832, ape- o trabalho aumentou muito, Amelie e Kardec
nas alguns meses depois de se conhece- porque as publicações eram
rem. Ele tinha 28 anos e
mensais e
Ele parte para o plano espiritual antes
ela 36. O fato de Ameexigiam análise e revi- dela, com as forças físicas exauridas
lie ser oito anos mais
são de textos e mais pelo trabalho da Codificação, fechanvelha que ele não foi
textos. Amelie estava do assim um ciclo de 37 anos de união
motivo que os impecom ele, firmemente conjugal. Ao ser interrogada, alguns
dissem de construírem
presente nesse mo- anos depois, num inquérito que visava
juntos uma história de
mento.
atacar o Espiritismo, Amelie afirmaria
amor e dedicação múEm 1867 Kardec e do alto de seus oitenta e tantos anos:
tua.
Amelie fazem uma via- “considero inatacável (...) o direito de
Foram morar nas degem de divulgação do ter feito construir um túmulo para meu
pendências da própria
Espiritismo para Bor- companheiro de provações, para o esescola de Hippolyte,
deux, Orleans e Tours, poso estimável e honrado por homens
e enfrentaram suas
e nessa última cidade do mais alto valor.”
grandes lutas juntos.
conhecem Leon De- Os verdadeiros laços de família não são
O caminho reservounis, então com apenas os da consanguinidade, mas os da simlhes duas falências fi- Amelie-Gabrielle Boudet
21 anos. Quando Hi- patia, da comunhão de ideias e do amor.
nanceiras, e para pagar
ppolyte afirma que o Sem filhos, essa família a quem tanto
as dívidas e as contas
mais difícil não era en- devemos, formada por um casal apenas,
do dia-a-dia, ele lecionava de dia e fa- frentar os inimigos de fora do Espiritis- marca os rumos da recuperação das
zia a contabilidade de casas comerciais mo, mas os companheiros de dentro do ideias cristalinas do Cristianismo, sonas horas vagas. Os apertos financeiros movimento, quando surgem vaidades, bretudo porque, além de muito se amanão o impediram de dar aulas em casa, competição, criticas infundadas, Amelie rem e serem cúmplices comprometidos
gratuitamente, para estudantes mate- estava ao seu lado, amparando-o, sendo entre si, não eram apenas dois. O lar de
rialmente carentes de Paris. E Amelie seu ouvido e sua conselheira.
Hippolyte e Amelie, nas várias casas físiestava ali, ao seu lado, compartilhando A união madura e o profundo compa- cas em que habitaram, era densamente
suas experiências, dando-lhe estrutura nheirismo entre ambos deu base de povoado de espíritos protetores, pesno lar, sustentação e apoio.
sustentação racional e sentimental para soais e da missão que desempenhavam.
Quando começou a estudar os fenôme- os textos do ESE sobre a indissolubili- Amorosos, acolhedores e previdentes,
nos espíritas, mais ainda estreitaram-se dade do casamento, com a grande cla- faziam daquele ninho um porto de luz
seus laços. Ele dormia poucas horas, dei- reza que Kardec discorre sobre a afir- na Terra, a iluminar a Humanidade intava-se tarde e acordava de madrugada, mação de Jesus “não se deve separar o teira.
escrevia à luz de lampiões, priorizando que Deus juntou”.
Sandra Martins
4
Filhos do coração
A
família no passado, era vista como um agrupamento
de pessoas, hoje o conceito se ampliou e podemos
aceitar como família um casal com
ou sem filhos ou até mesmo pessoas
que se unem por afinidade.
Este conceito se aproxima da ideia
espírita, pois aprendemos no Evangelho que os verdadeiros laços não são
da consanguinidade, mas os laços de
afinidade espiritual.
O espírito tem a necessidade da
constituição familiar terrena, pois é
através deste instrumento que teremos a construção da família espiritual.
Portanto temos dois tipos de família: a
corporal e a espiritual. Esta primeira está
ligada pelos laços de sangue, são frágeis
como a matéria que nos reveste e se extinguem com a morte do corpo físico. Já a
espiritual é duradoura, pois amamos pelo
espírito e os sentimentos não acabam, mas
se perpetuam na vida espiritual.
Quando encontramos pessoas que não
são parentes carnais, mas que pertencem a
nossa família espiritual, é uma adoção, pois
escolhemos por afinidade.
A mais linda adoção é receber filhos
alheios, como nossos, pois são filhos escolhidos por amor. Não importa se são
difíceis ou não. O importante é dar-lhes
compreensão mais profunda, para que sua
existência seja menos difícil, pois já trazem
a insegurança da vida passada. São oportunidades de se perdoar ódios e vinganças
do passado
Em existências pretéritas, muitos de nós,
agimos com crueldade, com ingratidão, em
famílias bondosas, que muito fizeram para
ajudar, ocasionando aflições e por vezes
sacrifícios.
Com o desencarne, percebe-se a extensão desses erros e a consciência mostra
estas faltas cometidas.
A oportunidade aparece
em reencarnar nesta mesma família para reparação.
Mas a experiência mostra
que nestas circunstâncias
só é permitido ter a convivência na posição de filhos
alheios, a fim de aprender o
verdadeiro amor em alicerces da humildade.
Estes pais precisam ter o
diálogo com estes filhos,
para o conhecimento da verdade, mostrando que agora são filhos do coração e
que buscam o reajuste afetivo neste lar.
Para o filho do coração este aprendizado
ao encarnar em uma família mais evoluida
espiritualmente, pode trazer pertubações
ao meio, mas ao receber bons exemplos
e conselhos, se for bem conduzido, conseguirá cumprir sua missão em se elevar
e ofertar a outros também novas oportunidades.
Somos todos filhos de Deus!
Lúcia Ribeiro
Uma linda descoberta
“Sou do tempo,” em que as pessoas
se reuniam após o jantar, nas varandas agradáveis das casas, nas cidades
interioranas.
Fazia parte da hospitalidade servir
o café fresquinho, sequilho caseiro
e doce de leite de corte, receitas da
família.
Conversar, trocar ideias e informações, partilhar experiências e contar
“causos”, sempre foi a tônica maior
destes encontros.
Deixando minha cidade ainda jovem,
pedi a Deus para encontrar, onde
quer que eu fosse, um pouco desse
acolhimento. Cheguei à Campinas e
me encantei pela cidade... tão linda...
tão movimentada... oferecendo a todos tantas oportunidades.
Fiz muitas descobertas aqui: conhecer “Os Seareiros” foi a mais rica e
incrível delas. Nesta família abençoada
fui acolhida com amor, orientada com
atenção e curada pela Misericórdia Divina. Participar dos
cursos, palestras e grupos de
estudo, a especial possibilidade de ganhar conhecimento
sobre nossa querida Doutrina.
No trabalho voluntário fiz
amigos e pela troca constante com as pessoas, me senti
“rica”. Aprendi também que
a ajuda aos necessitados só é
válida quando junto se oferece a instrução e o estudo que
“liberta e valoriza o ser humano.”
Nas festas organizadas com tanto
carinho, momentos maravilhosos de
confraternização!
A família Seareira é um presente de
Deus, fruto do trabalho responsável,
dedicado e corajoso de pessoas que
se doam, buscando o entendimento
no difícil exercício das relações humanas, comum na nossa vivência terrenal.
Hoje, este grupo se transformou
numa “grande família”, como uma
árvore bem cuidada que cresceu e
se fez adulta, de raiz profunda e copa
exuberante... Pertencer de fato a ela,
é tomar para si, a responsabilidade de
reconstruí-la todos os dias, alimentando-a de “amor que tudo pode”.
Obrigada.
Maria Márcia C. Barillari
5
Cursos
Cursos no 2º semestre de 2011
CURSOS ANUAIS DE AGOSTO 2011
A JUNHO 2012
LOCAL
1o MÓDULO - Marco
Salão
2o MÓDULO - Paula
85 a b
5a FEIRA
3o – MÓDULO - Silvia/Luciana
84
59
4 a FEIRA
O céu e o inferno - Cláudia Barbieri
A Gênese - Os milagres e as predições segundo o
espiritismo - Fausto
O Ícaro redimido - Sandra e Sílvia Bellucci
(Para quem já fez todos os cursos da casa)
DIA
HORA
20:00
DIA
20:00
HORA
2ª FEIRA
14:00
3ª FEIRA
20:00
5ª FEIRA
20:00
5ª FEIRA
20:00
04/08
63
64
CURSOS SEMESTRAIS DE AGOSTO
A NOVEMBRO 2011
LOCAL
O Passe - Dirce
83
O Passe - Nicéia
59
O Passe - Luis Rodriguez
86 A
Diálogo com os espíritos - Cláudia Cortez
83
Os cursos que tiveram início em fevereiro terão sequência normal até novembro
6
INÍCIO
03/08
INÍCIO
01/08
02/08
04/08
04/08
Eventos
Festa Junina da Casa de Jesus
F
oi um sucesso a festa junina da
Casa de Jesus que aconteceu no
dia 18 de junho com a presença
de cerca de 3 mil pessoas.
Em ritmo de alegria e festejos, o arraiá
contou com muita música, danças típicas e diversas barracas de bebidas e
comidas, como cachorro-quente, pastel, sanduíche de pernil e doces.
Além disso, os presentes puderam
contribuir com o trabalho dos artesãos, que expuseram seus trabalhos
em barracas.
Para as crianças, muita diversão com
a barraca de pesca e outras brincadeiras.
“Tudo o que foi oferecido aos presentes foi vendido em tempo recorde. Às
23 horas já não tinha mais nada para
ser oferecido. Sucesso total em mais
uma edição da Festa Junina da Casa de
Jesus”, destaca a colaboradora Malu
Machado.
14ª Noite do Pijama
Na noite do dia 11 de junho, aconteceu
a a tradicional Noite do Pijama, que já
está em sua 14ª edição, cumprindo o
papel de promover integração entre as
crianças e seus pais em uma noite de
muita diversão.
Nas atividades com os pais foi trabalhado o tema “família”, reforçaram a
importância que esse laço tem na evolução do ser humano em todos os sentidos da vida.
A 14ª Noite do Pijama foi, portanto,
uma experiência repleta de estímulos para todos que tiveram a
oportunidade de vivenciá-la.
“A Noite do Pijama sempre é especial para nós, mas este ano, com
a junção das Evangelizações da
Brandina e da Casa de Jesus, teve
um sabor de sonho realizado. O
resultado, como sempre, foi de
muito amor e muita alegria”, comemora a colaboradora da casa
de Jesus, Teresa Kawabata.
7
Palestras de Agosto 2011
Dia 3 – quarta-feira, às 20horas
Palestrante:Augusto Cantusio Neto
Tema: Plenitude
Informações: Engenheiro Civil e Diretor de Doutrina da Seara Espírita Joanna de Ângelis, em Campinas - SP.
Dia 14 – domingo, às 10 horas
Palestrante: Leida Lúcia de Oliveira
Tema:Arigó, décimo terceiro profeta
Informações: Advogada aposentada, filha de Arigó e divulgadora de seu trabalho; colaboradora do Grupo Espírita Caminheiros como diretora social e coordenadora dos trabalhos
de passe.
Dia 24 – quarta feira, às 20h
Palestrante: Leila Mendes da Rocha
Tema: Materialização de espíritos: Realidade ou Farsa?
Informações: Psicóloga, expositora espírita e presidente do
Centro Espírita Casa do Caminho.
Dia 31 – quarta feira, às 20h
Palestrante: Beth Lamas
Tema: Por que comigo?
Informações: Colaboradora da Casa de Jesus
EDITAL DE COMUNICAÇÃO
“OS SEAREIROS”, Instituição Beneficente, de utilidade pública federal, estadual e municipal, CNPJ 44.596.666/0001-20, sediada à Rua Dr.
João Alves dos Santos, nº 770, Jd. das Paineiras, nesta cidade de Campinas, comunica que:
a) No período de 27/06/2011 à 20/07/2011 estará recebendo autoindicação de interessados em compor a Diretoria Executiva ou o
Conselho Fiscal, para a próxima gestão;
b) A próxima gestão, de ambos os órgãos, conforme o Estatuto que
rege a Entidade, terá duração de 03 (três) anos, a contar de 1º de
agosto de 2011;
c) Poderão se candidatar todos os voluntários de quaisquer departamentos de “Os Seareiros”;
d) Cada interessado deverá se dirigir à Assembléia Geral de “Os Seareiros” por intermédio de carta, informando: nome, idade, departamento/função que desempenha, tempo de atividade na Instituição,
endereço completo, telefone para contato e o cargo desejado;
e) Caberá à Assembléia aprovar, conforme seus próprios critérios, os
nomes apresentados;
f) Caso vários nomes sejam aprovados para um mesmo cargo, com
base nos critérios acima mencionados a Assembléia decidirá pelo
nome da pessoa que considerar mais apta;
g) A Diretoria Executiva é composta dos seguintes cargos: Presidente,
Vice-Presidente, 1º Secretário, 2º Secretário, 1º Tesoureiro, 2º Tesoureiro;
h) O Conselho Fiscal é composto de até 05 (cinco) membros, entre
os quais serão eleitos 01 (um) Presidente, 01 (um) Vice-Presidente e
01 (um) Secretário.
O presente Edital de Comunicação será afixado em lugares bem visíveis, nas dependências da sede e de todos os departamentos de
“Os Seareiros”. Além disso, será publicado no jornal de Campinas, e
poderá ser consultado também pelo site da Entidade www.seareiros.
org.br.
Campinas, 24 de Junho de 2011
Amilton da Costa Lamas
Presidente da Diretoria Executiva eleito em 14/07/2008
8
Campanha Nota Fiscal Paulista
Queremos agradecer aos frequentadores e amigos da Casa de Jesus, pela
receptividade à participação no Projeto Nota Fiscal Paulista.
No período relativo ao 2º semestre de 2010, fomos contemplados pelo
programa com o valor de R$ 6.326,70, sendo R$ 5.536,70 correspondentes aos créditos e R$ 790,00 correspondentes aos sorteios. No período,
registramos 11.654 cupons doados por um grupo de pessoas espíritas e
não espíritas, trabalhando unidos em torno de um objetivo comum.
Nosso projeto é assim vitorioso, tanto pela quantia arrecadada, como pelo
congraçamento dos doadores/arrecadadores de cupons e pela dedicação
dos voluntários cadastradores.
Esperamos continuar contando com esta colaboração para que esse projeto se solidifique cada vez mais.
Deus abençoe a todos.
Leda Siqueira Camargo
Relatório de receitas e despesas
VENDAS
Venda de lasanhas
Venda de tortinhas
Venda massa/queijo/presunto
RECEITAS
R$ 32.100,00
R$1.631,00
R$ 234,00
Vendas posteriores
R$ 1.952,72
DESPESAS
Atacadão
R$ 1.303,50
A Isidoro P Impressos - ME
Sérfrios- (pago via secretaria)
R$ 36,00
R$ 11.111,19
Maura O da Anunciação
R$ 90,00
Leroy
Massa
R$ 99,80
R$ 5.073,95
Casa do Papel
R$ 231,52
Casa da sobremesa
Wyda Embalagens
R$ 543,40
RS 737,10
TOTAL DE LUCRATIVIDADE
R$ 36.257,77
R$ 19.226,46
LUCRO
R$17.031,31
Passes na Casa de Jesus
Dia Locais / Horários
Paineiras
Magnético/Cura Seg Magnético/Cura Magnético /Cura
Palestra
Magnético Ter Magnético Qua
Magnético/Cura
Qui
Magnético/Cura Magnético Sex Magnético Magnético Sáb Cura
Magnético General Carneiro
8 às 10 h 14 às 16 h
20 às 21 h
19h30
8 às 10 h 14 às 16 h
8 às 10 h
14 às 16 h
8 às 10 h 14 às 16 h
8 às 11 h
8 às 11 h
14 às 16 h
Magnético 8 às 10 h
Magnético 8 às 10 h
Magnético 8 às 10 h
Passes domiciliares para doentes im­pos­si­bi­li­ta­dos de se locomoverem
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Edição 96 - Os Seareiros