AS ESTRATEGIAS DE COPING FAMILIAR NA NEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA (NEM2A)
Margareth da Silva Oliveira** (Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, RS)
Carolina Ribeiro Seabra** (Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos,
São Leopoldo, RS)
Dhiordan Cardoso da Silva* (Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, RS)
Tânia Rudnicki** (Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa, Portugal)
**
Cristiano Oliveira (Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, RS)
Ana Luiza Silva Maia (Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, RS)
Introdução: O carcinoma medular da tireoide (CMT) corresponde a 5 a 8% das neoplasias malignas da tireoide.
Apresenta-se da forma esporádica ou genética, podendo variar inclusive o grau de acometimento da glândula. A
NEM 2A têm sua incidência na terceira e quarta geração e caracteriza-se por CMT em 95% dos casos. Tendo por
objetivo a avaliação e intervenção psicológica clínica nesse diagnóstico, a identificação precoce do CMT ajuda a
estabelecer efetivos planos de tratamento e resultados mais positivos na doença. O comportamento familiar em torno
da doença deve ser compreendido dentro de um quadro transgeracional, podendo haver relações significativas
quanto aos recursos cognitivos e comportamentais no percurso da doença. Objetivo: Caracterizar o perfil e as
estratégias de coping de pacientes com NEM2A e do seu grupo familiar. Método: Análise descritiva dos dados
sociodemográficos (SD) de 21 sujeitos de uma mesma família, os quais representam a segunda (10sujeitos) e
terceira (11sujeitos) geração de portadores NEM 2A acompanhados no ambulatório do HCPA. Para o mapeamento
do perfil SD utilizou-se um protocolo de entrevista estruturada e os instrumentos Whoqol-breef e o Inventário de
Coping. Resultados: Os resultados apontam características distintas entre as gerações estudadas. Quanto às
estratégias de coping observou-se diferença significativa entre a 2º geração: Afastamento, Aceitação, Fuga,
Resolução e na 3º geração: Afastamento, Aceitação, Fuga, Resolução. É possível identificar padrões
comportamentais transgeracionais, observando as diferenças entre gerações nos resultados do Coping. Quanto a QV,
os escores demonstraram estar associados às diferenças de faixa etária entre grupos e não entre os grupos em si.
Discussão: Os domínios da QV se mantiveram dentro dos parâmetros estabelecidos para a população geral, dessa
forma, o estudo apontou que o comportamento adaptativo observado no caso de uma doença transgeracional
apresenta características significativas que poderão subsidiar intervenções psicológicas que visem minimizar o
impacto do diagnóstico, criar novas estratégias de manejo e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida do
paciente.
Apoio Financeiro: CAPES/ PROSUP; Produtividade CNPq
Palavras-chave: Neoplasia endócrina múltipla, Coping, qualidade de vida
Área temática: Intervenções na área da saúde
C749 Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (10. : 2015 : Porto de Galinhas)
Programa e resumo do X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas / Carmem Beatriz Neufeld, Aline Sardinha e Priscila de Camargo Palma
(organizadoras). – Porto de Galinhas: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015.
ISBN 978-85-66867-01-5
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(NEM2A) Margareth da Silva Oliveira