Protozoários do
sangue
Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium malariae,
Plasmodium knowlesi e Babesia spp
Disciplina de Parasitologia Clínica
Profª Ana Paula Becker
• Sintomas descritos na era pré-Critã
• 1880 – Charles Louis Alphonse Laveran (FRA) observou
organismos em movimento ao examinar a fresco o sangue
de um paciente
• 1885 – Descrito o ciclo assexuado do parasito por Golgi e
cols.
Malária
• É um dos principais problemas de saúde pública no
mundo
• Afeta mais de 300 milhões de pessoas nas áreas
subtropicais e tropicais do planeta (85% nas áreas de
savana e floresta equatorial da África)
• No Brasil as principais áreas endêmicas encontram-se na
Amazônia
Malária
• Atualmente são conhecidas cerca de 150 espécies
causadoras de malária em diferentes hospedeiros
vertebrados
• 4 parasitam o homem: Plasmodium falciparum, P. vivax
P. malariae e P. ovale
• Plasmodium falciparum predomina na África, no sudeste
asiático e Oceania.
Malária
• P. malariae é a segunda espécie mais prevalente
• P. ovale é relativamente incomum, encontrado somente
no continente africano.
• P. vivax inexiste na África Ocidental e é raro na África
Oriental. Nas Américas, P. vivax tornou-se a espécie
predominante. No Brasil, onde se registra cerca da
metade dos casos de malária das Américas, P. vivax
produz quase 80% das infecções maláricas no país; as
demais espécies prevalentes são P. falciparum e P.
malariae.
Plasmodium
• Para completar seu ciclo precisam de uma hospedeiros
vertebrado (homem) e de um hospedeiro invertebrado
(fêmea do mosquito Anopheles)
Plasmodium
Hipnozoítos
P. vivax e P. ovale
Febre
terçã
Febre quartã
Febre
terçã
Febre
terçã
• A maioria dos achados patológicos da malária é devida à
destruição de eritrócitos.
• O parasita rompe os eritrócitos após a liberação dos
merozóitos
• O baço sequestra e destrói hemácias infectadas
Patogênese
• A malária causada pelo P. falciparum é mais severa do
que a causada por outros plasmódios.
• Infecção de mais eritrócitos e oclusão de capilares com
agregados de hemácias parasitadas
• Hemorragia e necrose
• P. falciparum infecta eritrócitos de todas as idades
• P. vivax infecta somente reticulócitos
• P. malariae infecta somente hemácias maduras
Patogênese
• Apenas o ciclo eritrocítico assexuado é responsável pelas
manifestações clinicas e patologia da malária – a
passagem do parasita pelo fígado não é patogênica.
Patogênese
• Febre, calafrios e dor de cabeça duas semanas após a
picada do mosquito (ruptura das hemacias ao final da
esquizogonia), frequentemente acompanhada por náusea,
vômito e dor abdominal
• Esplenomegalia – maioria dos pacientes
• Hepatomegalia – 1/3 dos pacientes
• Anemia
• Aumento nos níveis de bilirrubina direta e indireta
• Aumento das concentrações séricas das enzimas hepáticas
• 2 a 10x acima do normal
Sintomas
Após a penetração do
esporozoíto no hepatócito,
ocorre a perda das
organelas do complexo
apical e o parasito se torna
arredondado –
TROFOZOÍTO –
sucessivas divisões
celulares - ESQUIZONTE
Esporozoíto:
núcleo central
único, membrana
dupla
Merozoítos:
arredondados,
membrana
tripla
Morfologia Plasmodium –
forma exo-eritrocitária
Morfologia formas
eritrocitárias
Trofozoitos
Esquizontes
Macrogametocitos
(femininos)
Micorgametocitos
(masculinos)
• Resistência inata ao parasita
• Anemia falciforme – nível de potássio intracelular está
diminuído pela baixa afinidade da hemoglobina S pelo
oxigênio
• Talassemias (cadeias gama ou delta, substituindo a cadeia
beta)
• Resistência adquirida
• Mecanismos não estão totalmente elucidados
• Imunidade dependente de exposição contínua ao parasito,
sendo perdida por indivíduos imunes após 1 anos sem
exposição
Imunidade
• O diagnóstico de certeza da infecção malárica só e
possível pela demonstração do parasito
• Achado de estágios intra-eritrocitários do parasita em
amostras de sangue periférico examinadas ao microscópio
óptico com objetiva de imersão.
• Método da gota espessa
• Esfregaço sanguíneo
Diagnóstico
• P. falciparum é resistente aos antimaláricos usuais
• Diferenciação específica dos parasitos tornou-se
importante para a orientação ao tratamento
• P. falciparum completa o seu ciclo eritrocítico assexuado
aderido ao endotélio capilar – a sua detecção no exame do
sangue perifério é suspeitada quando apenas trofozoítos e
gametócitos são visualizados.
• Visualização de todos os estágios de desenvolvimento de
ciclo sanguíneo = P. vivax, P. malariae ou P. ovale.
Diagnóstico
• P. vivax, P. malariae ou P. ovale = cloroquina
• Interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela
patogenia e manifestações clínicas da infecção.
• Erradicação de formas latentes – hipnozoítos
• P. falciparum = quinina + tetraciclina (ou doxiciclina) –
recomendação do MS desde 1987
• Mefloquina – dose única
Tratamento
• Combate ao vetor adulto
• Borrifação das paredes com inseticidas de ação residual anofelinos costumam repousar nas paredes após o repasto
sanguíneo.
Medidas de controle
• Primeiros experimentos na década de 70
• Mosquitos infectdos com P. falciparum e irradiados
• Proteção conferida estágio e espécie específica e
dependente de altas doses do imunógenos IMPRATICÁVEL
Vacinação
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Protozoários do sangue Plasmodium falciparum