Protocolo de Cirurgia de Coluna Vertebral
Descrição do Procedimento Operacional Padrão
Objetivos:
- Definir as indicações e as características dos procedimentos a serem realizados para a correção das diversas patologias que geram
lesões degenerativas da Coluna Vertebral
- Diminuir a morbidade e mortalidade dos pacientes
- Melhorar a qualidade de vida e a diminuir custos
A intenção deste protocolo é de encorajar a uniformização de alguns serviços de saúde prestados.
Embora pretenda melhorar a eficácia e a qualidade dos serviços não é uma garantia absoluta sobre os resultados.
O protocolo constitui apenas um guia de condutas, cabendo ao médico responsável as decisões finais sobre o manuseio de
seus pacientes. Deve conter os requisitos mínimos aceitos para o manejo dos pacientes.
I. Este protocolo envolve: Cirurgias de Coluna vertebral (Eletiva ou Emergencial)
I. Tempo de permanência hospitalar prevista: 01 dia de CTI/USI e até 03 dias no quarto com total de até 05 dias de acordo com níve
Tabela I: Itens de Internação Hospitalar
Especificação
uração do Procedimento (
em horas)
Tempo de Indução
Anestesica
Tempo Limpeza de Sala
(em minutos)
Tempo Total do
Procedimento
ermanência em CTI (dias)
Permanência em USI PO
(dias)
Grupo I - Descompressão
Medular e Hérnia Discal
Dorsal e Lombar
Nivel I
Grupo I Descompressão Grupo Grupo Grupo
Grupo I - Descompressão
Medular e
II II II Medular e Hérnia Discal
Hérnia Discal Hérnia Hérnia Hérnia
Dorsal e Lombar
Dorsal e
Cervical Cervical Cervical
Lombar
Nivel II
Nivel I Nivel II Nivel III
Nivel III
4
6
8
3
4
5
1
1
1
1
1
1
30
30
30
30
30
30
05:30
07:30
09:30
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
04:30 05:30 06:30
Permanência em
Apartamento Privativo
(dias)
Total em Dias
2
3
4
2
3
4
3
4
5
3
4
5
III. Introdução:
A coluna é formada por ossos (vértebras) separados por amortecedores macios (discos). A pressão sobre os nervos que se ramificam da
medula espinal pode produzir dor, dormência, formigamento ou fraqueza que pode ser causada por:
• Discos lesionados que se projetam entre as vértebras (hérnia discal)
• Lesões ósseas (Fraturas)
• Estreitamento do espaço entre as vértebras (Estenose Espinal)
• Crescimentos (tumores), cavidades infectadas (Abscessos) ou cavidades de sangue (hematomas).
A cirurgia é realizada em anestesia geral. Para o pescoço (coluna cervical), na grande maioria dos casos, uma incisão é feita na parte
anterior do pescoço, o que permite um acesso direto para a coluna cervical. Para a coluna lombar, uma incisão é feita sobre a área
afetada. O osso, que se curva e cobre os nervos originados no final da medula espinhal, (lâmina) é removido (laminectomia) e o tecido
ue está causando pressão sobre o nervo é removido. O orifício através do qual o nervo passa pode ser alargado para evitar mais pressã
obre o nervo. Algumas vezes, hastes metálicas e parafusos podem ser utilizados para promover a estabilização do segmento e condiçõe
biológicas para a realização da fusão (consolidação) óssea.
IV. Critérios de Inclusão
Nessa Diretriz Assistencial estão descritas as características dos seguintes procedimentos de cirurgia de coluna vertebral:
• Artrodese de Coluna Vertebral Não Dinâmica (por via posterior);
• Descompressão Medular;
• Descompressão Medular com Artrodese Não Dinâmica (por via posterior);
• Hérnia Discal Dorsal ou Lombar Não Dinâmica (por via posterior);
• Hérnia Discal Cervical (por via anterior).
A correção prevista nestes procedimentos abrange até três (03) níveis intervertebrais.
V. Critérios de exclusão
Não estão incluídos os seguintes procedimentos e/ou patologias:
• Tumores de Coluna Vertebral (primários e/ou metastáticos);
• Escoliose;
• Lesões Traumáticas;
• Cirurgia Tóraco-Lombar por Via Anterior;
• Cirurgia Cervical por Via Posterior;
• Corpectomia;
• Lesões Degenerativas abrangendo 4 (quatro) níveis intervertebrais ou mais.
Nas tabelas a seguir encontram-se a previsão de utilização de materiais especiais para cada procedimento por nível:
Tabela I: Relação de Materiais Especiais para Artrodese de Coluna Vertebral, Descompressão Medular (com ou sem Artrodese) e Hérnia
Discal Dorsal ou Lombar. (GRUPO I):
Material (1)
Haste de Fixação
Parafusos Pediculares
Contra Parafusos
Sistema DTT com conectores
Cage (2) de PEEK
Hidroxiapatita Colágeno
Broca cortante
Broca diamantada
Cola de Fibrina
Espaçador Dinâmico (3)
I Nível
II Níveis
III Níveis
02 unid
02 unid
02 unid
04 unid
06 unid
08 unid
04 unid
06 unid
08 unid
01 unid
01 unid
03 unid
02 unid
04 unid
06 unid
10 g
15 g
30 g
01 unid
01 unid
01 unid
01 unid
01 unid
01 unid
10
15
15
0
0
0
(1) Todo material implantável será importado;
(2) Cage: dependendo do tipo de Cage esse número poderá ser dividido por 2.
) O espaçador dinâmico interespinhoso em 2 níveis deve sair do pacote, pois para 2 níveis praticamente dobra o preço que para 1 níve
diferente da artrodese que somente adicionamos mais parafusos.
Tabela II: Relação de Materiais Especiais para Hérnia Cervical (GRUPO II) Não Corpectomia:
Material
I Nível
II Níveis
III Níveis
Placa Cervical
01 (4 furos)
01 (6 furos)
01 (8 furos)
Parafusos para a Placa
04
06
08
Cage1
01
02
03
Hidroxiapatita Colágeno
10 g
15 g
30 g
Broca cortante
01
01
01
Broca diamantada
01
01
01
Cola de Fibrina
01
01
01
A utilização de materiais especiais como cola de fibrina, substituto de dura-máter e/ou hemostático estará condicionada à solicitação
prévia, ao Setor de Auditoria Médica da Casa de Saúde São José ou à justificativa médica pós-cirúrgica, no caso de intercorrências préoperatórias.
A utilização de Sistema de Fixação Dinâmico, Parafusos Dinâmicos, Espaçador Dinâmico, bem como Parafusos Pediculares estará
condicionada a avaliação prévia pelo setor de Auditoria Técnica da CSSJ.
Não está prevista nesta Diretriz Assistencial a utilização de proteína recombinante para aceleração do crescimento ósseo em nenhum
desses procedimentos.
A listagem de exames complementares, medicações e materiais de uso hospitalar encontram-se no anexo I deste documento.
Os materiais a serem utilizados serão fornecidos pelas empresas definidas em processo l próprio pela Casa de Saúde São José. As
Operadoras de Plano de Saúde deverão autorizar cada um dos procedimentos.
VI – Diagnóstico Principal
acientes portadores de hérnias discais da coluna cervical ou lombar levando a comprometimento, compressão neural e sintomatologi
correspondente (dor axial e ou radicular, parestesias e ou hipoestesias, déficit motor com sintomas altamente incapacitantes e que se
mostrem absolutamente refratários a todas as alternativas terapèuticas conservadoras tentadas por um período razoável de tempo. A
exceções são graves e progressivas perdas das funções motoras e síndromes medulares por compressão,as quais devem ser operadas
assim que diagnosticadas).
VII. CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA HOSPITALAR:
Cirurgias Eletivas
ADMISSÃO
Cirurgias Eletivas – admissão ocorre na unidade de internação, em geral 01 (um) dia antes do procedimento proposto.
Exames pré-operatórios: Rx de tórax, RX da coluna cervical ou lombar, RM, hemograma completo, coagulograma completo, glicose,
uréia, creatinina, sódio e potássio, EAS e ECG.
Pacientes com liberações clinicas para cirurgias (RISCO CIRURGICO)
ALTA
Paciente hemodinamicamente estável
Não necessita de medicamentos EV
Pacientes com condições de deambulação, curativo de bom aspecto, Sem febre e sem dor importante.
CRITÉRIOS DE ALTA DA UTI/SEMI - INTENSIVA:
ADMISSÃO
Sangramento importante no Intra-operatório
Complicações anestésicas ou clinicas no intra-operatório
ALTA
Estabilização das condições clinicas do intra-operatório
VIII. História e Exame Físico
História (Itens Mínimos)
LOCAL DA DOR
LADO COM DOR DE MAIOR INTENSIDADE
Exame Físico (Itens Mínimos)
Limitação dos movimentos em membros superiores ou inferiores
Dor a deambulação
IX – Projeto Terapêutico (Em anexo)
X. Instruções especificas por ocasião da alta:
INSTRUÇÕES
Dieta: Oral Livre
Atividade Física: Conforme orientação do medico assistente
Curativos/Incisões: Deverá ser trocado diariamente e avaliado pelo médico, no consultório no 07º dia. Apos a alta hospitalar
Medicamentos: Analgésico conforme orientação do MA
Exames Controle: Conforme orientação do MA
Material Especial: Conforme orientação do MA
Educação (Sinais, sintomas, equipamentos, etc.): Uso de equipamentos
Reconhecer sinais flogísticos sistêmicos e locais
Reavaliação/Emergência Dor importante, sangramento ou saída de secreção do curativo, queda.
Outros: Febre
XI. Abreviatura explicativas usadas
- PO: Pós-operatório
- EV: Endovenoso
- MA: Médico Assistente
- TEV: Tromboembolismo Venoso
- SF: Soro fisiológico
- UPP: úlcera por pressão
XII. Tabelas e Anexos
Anexo I – Plano terapêutico
Anexo II – Check List de Solicitação de materiais
XIII. Indicadores:
- Antibióticoterapia profilática
- Evento Sentinela (Tx de Infecção, Tx Reoperação, Tx de Mortalidade, Instabilidade Clínica/Intercorrência Anestésica)
- Tx de UPP
- Prevenção de TEV
- Reconciliação Medicamentosa
XIX. FLUXO:
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