PSICOLOGIA SOCIAL
LICENCIATURA EM GESTÃO DE RECURSOS
HUMANOS
Luis Miguel Neto
2ª AULA
2012
ISCSP
GRH, Psicologia Social
2ª aula
5,6 e 9 Março
SUMÁRIO, OBJECTIVOS, RECURSOS E FORÇAS/’COMPETENCIAS’
1. Verificação das Tarefas de Teste Para Progredir em Contínuo Crescimento Científico (TTPPCCC) da
ultima aula ( ‘bens, produtos e serviços positivos’; vídeo YouTube sobre Psicologia Social; reflexão sobre
laboratório experiencial).
2. Time Line de autores, acontecimentos e conceitos da história da Psicologia Social com vista à execução
de um RPG (Role Playing Game).
3. Dicionário de conceitos e mapa conceptual.
4. Lista exemplificativa de questões empíricas verificadas pela investigação da Psicologia Social.
5. Laboratórios experienciais: Queixas como jogo de linguagem; Arquipélago das competências em GRH;
É possível construir perguntas significativas e objectivas?
6. ‘TPC’ (Testar Paradigmas Científicos – neologismo sobre conceitos, autores ou métodos da Psicologia
Social).
7. Reflexão sobre a aula utilizando a ‘questão escala’ como metodologia de avaliação.
TPCEs Testar Paradigmas Científicos
Experiencialmente # 1
Da Aula de 27.02.2012
1. ‘ainda que seja simples, não é fácil’ BEM, PRODUTO e/ou
SERVIÇO POSITIVO (descrição breve 500 palavras); ou
2. Seleção YOUTUBE vídeo sobre Psicologia Social,
particularmente se efectuado por estudante(s). Comentário
breve (500 palavras) ou
3. Reflexão sobre o laboratório experiencial (500 palavras)
FORÇAS CONHECIDAS:
Energizantes, desempenho
competente; generalizar a
utilização
FORÇAS NÃO CONHECIDAS:
Desempenho competente
quando ‘verificadas’;
Energizantes; dar-se conta
FRAQUEZAS: Desempenho
pobre, absorvem energias;
minimizar o uso
COMPORTAMENTOS
APRENDIDOS: Desempenho
competente (‘competencias
classicas’),absorvem a energia;
moderar o uso
A partir de Linley, Willars e Biswas-Diener (2010)
MÉTODOS PSICOLOGIA SOCIAL
(adaptado, Elliot Smith, 2000 in Encyclopedia of Psychology, ed. A. Kazdin, p.357)
ESTUDOS LABORATORIAIS: (Experiencias de laboratório)
Exemplo A : Estudar a influencia social e o conformismo (scenario and impact
studies)– associados do experimentador dão informações falsas sobre os
comprimentos relativos de linhas; Encenar a ocorrência de uma emergência
para verificar a ocorrência de comportamento pro social e/ou altruísta. ‘A
experiencia torna-se real para os sujeitos’.
Exemplo B: Estudar os estereótipos e preconceito pedindo aos sujeitos
opiniões sobre situações complexas que envolvam julgamentos sobre pessoas
de diferentes grupos étnicos e/ou sociais; (Judgmental studies).
Exemplo C: Estudar a cognição social de maneira indireta, por exemplo depois
de ler um texto recordar palavras ou pressionar butões com palavras indicadas,
de forma a confirmar/infirmar hipóteses sobre preconceito e estereótipo,
mesmo que o sujeito infira a questão em estudo; (performance studies)
ESTUDOS NÃO LABORATORIAIS
2.1. Experiencias de campo: manipulação de condições em ambiente natural, por
exemplo, automobilista a mudar pneu à beira da estrada.
2.2. Quasi-experiencias: Utilizar condições naturais sem as manipular directamente.
Por exemplo um estado/cidade faz campanha sobre uso dos cintos de segurança outro
não. No final compara-se os resultados.
2.3. Investigação com inquéritos. Comuns com outras áreas como Sociologia e
Ciência Política.
2.4. Observação naturalística. Por exemplo, verificar o lugar em que as crianças se
sentam no refeitório da escola primária.
2.5. Analise de dados de arquivo. Por exemplo, analise de conteúdo das palavras
positivas utilizadas nos relatórios de contas de empresas.
ESTUDOS COM DADOS NÃO PRIMÁRIOS: Meta-analises da literatura numa dada área
QUESTÕES PRATICAS DA VIDA E INVESTIGAÇÃO EM
PSICOLOGIA SOCIAL (e outras áreas das ciências
sociais e humanas)
Antecedentes: Antrolopogia (aplicada) durante a II Guerra Mundial
Gregory Bateson (UK); antropólogo, como militar aquartelado na Birmania.
Objectivo: desacreditar os serviços de propaganda japoneses. Como?
Exagerar a um ponto paradoxal as noticias de guerra fazendo-se passar por
fonte de informação japonesa (função de desinformação); mais tarde:
founding father da terapia familiar, conceito de double bind, interação e
formação do carácter (Balinese character, com Margareth Mead)
Albert Sheflen (USA); antropólogo aquartelado no Reino Unido. Missão
perceber porque as relações entre militares norte americanos e população
local britânica não eram as melhores; Mais tarde: ’os homens são de marte
as mulheres de vénus’, muitos anos antes.
LABORATORIO EXPERIENCIAL #4
“Jogo de linguagem”: Obrigatório queixar-me!
‘João’ – Queixa-se durante 2 minutos (pode escolher queixa ‘real’
– para si – ou inventada);
‘Manuela’ – ouve ‘empaticamente’ (só pode acenar com a cabeça)
Fim de 2 minutos sinal do ‘felicitador’, ‘João’ para.
‘Manuela’ respira muito fundo (‘respiração feliz’) e ...
Diz FRAZAC (frase apoiante com efeitos secundários equivalentes
ao medicamento com sonoridade parecida).
2ª parte
Inverter papéis, ie, ‘Manuela’ queixa-se ‘João’ ouve.
3º parte: reflexão sobre laboratório experiencial
Foi fácil queixar-me? (Sim/não)Porquê? Ouvir sem dizer nada? (Sim/não) Porquê?
Como consegui produzir a FRAZAC? Com que efeito(s)?
Qual o efeito da FRAZAC que ‘recebi’?
A ‘respiração feliz’ foi útil? Como?
A ‘queixa como jogo de linguagem’ é um padrão natural em mim? Na minha
família/grupo/organização? Em que circunstâncias? Como reajo habitualmente e que
possibilidades alternativas?
Há FRAZACS ‘naturais’ i.e. na conversação corrente e comum (cfr. Comunicação
capacitante/empowerment)?
Qual a utilidade deste laboratório para os meus contextos (cfr. questão escala de
avaliação)?
LABORATORIO EXPERIENCIAL #5
Titulo: Conversas Com Consequências
Objetivo: Introdução à psicologia social discursiva e ao RPGpv (Role Playing Game –
pedagogical version)
1. Diálogo Sónia e Luis (Pearce, 1994, p. 17, trad. Literal)
Sonia e Luis acabaram de ver um filme. O Luis está a conduzir em direção a casa. Estão em
silencio até que a seguinte troca de palavras se dá:
Sónia – Tens fome?
Luis – Não.
- Breve pausa.
Sónia- És tão egoísta!
Luis – O quê? De que é que estás a falar?
Sónia – Estou com tanta fome e tu não te interessas nada!
Luis – Claro que me interesso! Se querias comer porque não disseste logo?
Sónia – Mas eu disse! Porque não ouves bem?
Luis – Na esquina há um restaurante italiano. Vou estacionar lá.
Sónia – Não te preocupes. Passou-me a fome. Leva-me a casa.
Verosímil? Pura ficção? Que consequências? Que categorias de analise utilizo para entender
este intercâmbio? Que outras são necessárias?
2. Madalena para Afonso
“Afonso, eu sei que não percebes nada da cadeira de XYZ, mas eu não me
importo de te ajudar nos trabalhos para teres uma boa nota”
No lugar de Afonso como responderia a Madalena? Porquê e com que
consequências?
3. Numa sessão de terapia familiar ( a partir de Palazzoli et al. 1978)
Mãe (para o terapeuta) – Eu sei que o pai não gosta que a Joana (filha) use mini
saia. Por isso proíbo-a de a usar.
Pai – Concordo sempre com o que a minha esposa proíbe em meu nome.
Como continuaria a comunicação se fosse terapeuta? Como se sentiria se fosse a
Joana? Que avaliação faz desta troca comunicacional?
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