Ano III - Número 42
26 de fevereiro a 11 de março/2007
Calouros aprovam Trote Solidário
Integração, animação e muito trabalho marcam as primeiras semanas do ano letivo
Fotos: Ricardo Lima
Comunidade universitária não economiza energia na reforma de praça e o professor José Roberto Merlim capricha na enxadada
Pelo menos 180 crianças das creches
Menino Jesus de Praga e Bom Pastor
foram beneficiadas pelo trote aplicado
em novatos de quatro faculdades. Desde 1999, o Trote Solidário vêm afugentado as brincadeiras de mau gosto e
constrangimentos e conquistando as
comunidades interna e a externa. Na
Menino Jesus de Praga, alunos e professores das Faculdades de Arquitetura
e Urbanismo, de Engenharias Civil e
Ambiental construíram um playground
com tanque de areia, mobiliário, brinquedos lúdicos e ainda revitalizaram
uma praça situada em frente à creche.
Já na Bom Pastor, a garotada ganhou
lanches e participou de brincadeiras durante uma tarde animada pela equipe da
Faculdade de Direito. Os alunos da
Universidade deram banho de cidadania, pintaram o sete com a molecada e
se acabaram no trabalho braçal.
Página 05
Ousadia marca vida de novata
Lorena Oliveira e Silva tem apenas 18 anos de
idade, mas esbanja segurança, equilíbrio e sensatez para traçar seu caminhos. A 'bixete' trocou
Manaus por Campinas, a culinária tradicional
composta pelo Pirarucu à milanesa da avó por
um cardápio duvidoso e uma vaga em Medicina,
curso de seus sonhos, por outra em Fonoaudiologia na PUC-Campinas. Para minimizar a
saudade dos amigos, da família e dos costumes,
que ficaram a 3.880 quilômetros de distância,
Lorena trouxe na bagagem seu saxofone, seu
sapo Michelângelo, farinha de Uarini e muita fé
para trilhar o início de uma longa trajetória, na
qual estão previstos outra graduação, mestrado
e doutorado no exterior.
Página 04
Lorena Oliveira e Silva cursa Fonoaudiologia, toca saxofone e quer rodar o mundo
Esportes de aventura
levam Faefi à Ilha Grande
Aluno do 4º ano Carlos Santalena entrevista moradores mirins
Alunos e professores do Grupo de Estudos em
Esportes e Atividades de Aventura (GEEAA), da
Faculdade de Educação Física (Faefi), pesquisam essas
modalidades na Ilha Grande (RJ). A equipe entrevista moradores, turistas e agentes de viagens em busca
da definição e da socialização de informações pertinentes aos esporte de aventura. No roteiro das pesquisas de campo estão previstas orientações esportivas à comunidade fluminense.
Página 08
Marina Silva
ministra
aula magna
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, confere a aula magna da PUCCampinas no dia 1º de março, às 10h, no Auditório
Dom Gilberto, Campus I,
sobre o tema Amazônia e
Fraternidade - Vida e Missão
neste Chão. Em parceria
com Chico Mendes, fundou em 1984 a Central Única dos Trabalhadores (CUT)
do Acre. Marina foi eleita
senadora em 1994 com a
maior votação da história
naquele Estado. Em sua gestão no Executivo, o desmatamento da Amazônia foi
reduzido em 50%. Recentemente, foi indicada para
receber um prêmio da
Organização das Nações
Unidas (ONU). O evento
é aberto à comunidade e terá
transmissão simultânea pelo
portal (www.puc-campinas.edu.br)
e por telões instalados nos
campi.
Página 02
02
26 de fevereiro a 11 de março/2007
Jornal da PUC-Campinas
Editorial
'Lembra-te que és pó'
C
om a quarta-feira de cinzas a Igreja começa sua preparação para a
Páscoa. Tempo litúrgico marcado pelo espírito de penitência e conversão. Duas atitudes de vida, dois sentidos de existir no mundo, quase
sempre esquecidos em favor de um gesto significativo, a imposição das cinzas, reduzido a um ritual mágico. Ligado, de um lado, à permissividade carnavalesca, associada à idéia de pecado; de outro, à lembrança de uma condição humana, presente desde o livro do Gênesis. Lembrar ao homem que veio do pó e a este retornará.
Restrita a esse campo de percepção, a Quaresma obscurece quase que por completo a luz que lhe dá sentido: a Páscoa,
Num dos editoriais referi-me ao futebol como forma de compreender a cultura brasileira e mesmo sua destruição quando transformado em mercadoria. Roberto
da Matta faz o mesmo com o carnaval, cujos passos, ao mesmo desordenados e
harmoniosos, opõem-se à rigidez das paradas militares e no conjunto formam uma
espécie de "alma" brasileira. Quando a Igreja instituiu as penitências quaresmais
antecipava, de certo modo, a alegria da vida nova trazida pelo Ressuscitado, e, ao
mesmo tempo, as duras contingências do viver histórico, marcado por rupturas e
atitudes que dessorem o viver pleno. Recordação da vida como plenitude, mas a
ser alcançada em meio à fragilidade, à dor, à separação, à desarmonia, numa palavra, ao pecado. E para lembrar que penitência e sofrimento não são sinônimos e
menos ainda do agrado de Deus, fazia do carnaval, a lembrança da alegria de
viver, iluminada pela luz da ressurreição.
Quem pode nos iluminar na compreensão profunda desse tempo carregado de
densidade significativa, além da linguagem religiosa, é a poesia. E ninguém melhor
que os profetas pedia que se rasgassem não as vestes, mas os corações; que se transformasse, pela graça de Deus, os corações de pedra, em corações de carne, marcados pela compaixão e solidariedade com as dores e alegrias humanas. Deus que
pede misericórdia e não sacrifício. E no "lembra-te que és pó" a Bíblia quer lembrar a unidade de destino entre humanidade e natureza e não a "nulidade" humana. A concepção básica liga o homem à dignidade de imagem e semelhança de Deus.
E a poesia de Adélia Prado enxerga a plenitude que nos habita, nas nossas fragilidades e grandezas. É esse mistério oculto, presente na alegria carnavalesca (não
mercantilizada - é possível?) e nas macerações penitenciais, que se manifesta o sentido de estar no mundo: "Eu não sei o que é,/mas sei que existe um grão de salvação/ escondido nas coisas deste mundo". Na sua poesia ela se referia à calça azul
pavão de seu Raul, que todas as manhãs atravessava a rua para dar risada com
seu vizinho. Uma calça diferente - "mais uma cor que uma calça". Mas esse grão
de salvação não está inerte: "Eu sempre sonho que uma coisa gera,/ nunca nada
está morto./ O que não parece vivo, aduba./ O que parece estático, espera".
Reitor da PUC-Campinas
Padre Wilson Denadai
Ministra Marina Silva dá aula no Campus I
Divulgação/Jefferson Rudy/MMA
Em sua gestão no ministério, o desmatamenAbrindo oficialmente o período letivo de
to da Amazônia foi reduzido em 50%. Recen2007, a PUC-Campinas recebe a Ministra do
temente, Marina foi indicada para o prêmio
Meio Ambiente, Marina Silva para uma aula
Champions of the Earth (Campeões da Terra)
Magna no dia 1º de março, às10 horas, no
da Organização das Nações Unidas (ONU)
Auditório Dom Gilberto, Campus I da
por seu trabalho em defesa do ambiente. A preUniversidade. A aula terá o mesmo tema da
miação ocorrerá em abril em Cingapura.
Campanha da Fraternidade 2007, Amazônia e
Fraternidade - Vida e Missão neste Chão, além
de questões ambientais, como o aquecimento
Calendário
global, um assunto constantemente divulgaPara não perder o bonde, os alunos devem
do pela imprensa e que preocupa a humanidaficar atentos a uma série de datas e eventos
de. Aberto ao público interno, a aula contará
que ocorrerão em março. Essas informações
com transmissão simultânea pelo Portal PUCestão disponibilizadas no Calendário
Silva fala sobre Amazônia,
Campinas e por telões instalados nos campi. Marina
Acadêmico, no portal da Universidade e nas
meio ambiente e fraternidade
Maria Osmarina Silva Souza, a ministra do
direções de centros e faculdades. No mês de
Meio Ambiente do governo de Luiz Inácio Lula da Silva sempre março, os calouros devem ficar ligados também aos prazos para
chamou a atenção pelo contraste entre sua personalidade forte e a confecção da carteirinha que garante o acesso aos terminais dos
determinada e sua aparência frágil. Ganhou destaque nacional em alunos, postos de atendimento, entre outros. Para quem pensa
1994 ao eleger-se senadora com a maior votação da história do em pleitear uma bolsa de estudo, o Departamento de Serviço
Acre, eleita aos 36 anos de idade e com 42,77 % dos votos válidos, Social ao Aluno (DSSA) informa que entre os dias 5 e 9 de marMarina foi a senadora mais jovem da história da República. Em ço estarão abertas as inscrições para o Programa de Bolsa
parceria com Chico Mendes, em 1984, fundou a Central Única Restituível (Aplub).
dos Trabalhadores (CUT) no Acre. Ela é reconhecida pelos seus
projetos, entre eles o de regulamentação do acesso aos recursos da >> Serviços
Portal PUC-Campinas - www.puc-campinas.edu.br
biodiversidade, sempre ligados ao meio ambiente e à cidadania.
DSSA - www.puc-campinas.edu.br/servicos/dssa.asp
Avaliação da Medicina
Pelo segundo ano consecutivo, alunos da Faculdade de
Medicina da PUC-Campinas participaram do exame de
avaliação realizado pelo Conselho Regional de Medicina
(Cremesp), ocorrido no final de 2006. Cerca de 94% dos alunos
do sexto ano participaram, espontaneamente, do exame. Além
da grande participação, esses alunos tiveram uma das mais altas
médias de acerto: cerca de 73%. O exame do Cremesp é
opcional, sem valor oficial e contou com a participação de 23
escolas de Medicina do Estado de São Paulo.
Iniciação Científica
Notas
As inscrições para bolsas de Iniciação Científica (IC) da
PUC-Campinas podem ser feitas até o dia 19 de março. Os alunos interessados devem procurar os coordenadores de Núcleos de Pesquisa e Extensão de seus centros para obter informações sobre as vagas e grupos de
pesquisa, assim como os procedimentos de inscrições
que podem ser feitas apenas pelos professores envolvidos em projetos de pesquisa. Este ano, serão oferecidas
130 bolsas Fapic/Reitoria e 62 bolsas Pibic. Podem se
inscrever alunos de todos os anos desde que completem o período inteiro dos projetos de IC, de agosto de
2007 a junho de 2008.
Agenda
26/02
Fim do período de inscrições para o
curso de extensão Língua Espanhola
e Culturas Espanhola e HispanoAmericanas
Informações: (19) 3756-7663 e
[email protected]
04/03
Fim das inscrições para o Programa
de Bolsas da Fundação Carolina, na
Espanha, voltado para
especialização, pós-graduação,
pesquisa e formação de professores.
Informações:
www.fundacioncarolina.es
09/03 e 12/03
Fim do período de inscrição para o
curso de extensão Língua Inglesa
Elementary 1.
Informações: (19) 3756-7663 e
e-mail [email protected]
10/03
Início 2ª fase das atividades de
Práticas de Formação.
Informações: Site do Aluno
(www.puc-campinas.edu.br/aluno/),
[email protected] e
(19) 3756-7145
Doação de sangue
Para evitar a queda de 62% nas doações de sangue durante o período de Carnaval, que marcou os últimos anos, o Hemocentro da
Unicamp procura doadores para manter o estoque de sangue. Na
Unidade do Hemocentro, localizada no Hospital e Maternidade
Celso Pierro (HMCP), no Campus II, a queda chegou a 60%,
cerca de 20 doadores por dia, o ideal para manter o estoque seriam
70. Para ser um doador basta ter entre 18 e 65 anos, pesar no mínimo 50 quilos, não estar em jejum e levar um documento com
foto. Informações: (19) 3729-8382 e 3729-8423.
Expediente
Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Denise Tavares, Wagner José de Mello e Sílvia Regina Machado de Campos;
Coordenador de Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Editora - Eunice Gomes (MTB 21.390); Repórteres - Adriana Furtado, Crislaine Gava, Du Paulino,
Eunice Gomes e Renata Rondini; Revisão - Marly Teresa G. de Paiva; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica
- Neo Arte Gráfica Digital; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 37567147 e 3756-7674. E-mail: [email protected]
03
Jornal da PUC-Campinas
26 de fevereiro a 11 de março/2007
Opinião
De adolescente a jovem responsável
Wimer Bottura Jr
É
comum o jovem crescer ouvindo que
a universidade irá prepará-lo para
uma carreira de sucesso. O sonho,
não raro, se mostra uma ilusão. Se a
expectativa é muito alta, a passagem pelo
vestibular pode causar euforia. E ansiedade,
pelo desejo de iniciar logo o curso, conhecer
gente nova e se auto-afirmar.
A euforia tende a ser muito boa, mas
pode implicar a noção equivocada de estar
acima de tudo. Aproveitar positivamente o
sentimento requer a capacidade de ser construtivo e motivar-se para o desenvolvimento
como ser humano. Porém, se o jovem é perfeccionista e cria altas expectativas sobre a
universidade, há o risco de se decepcionar.
Nem sempre a universidade cumpre as
expectativas que, afinal, não são criadas por
ela e sim elaboradas por cada um. Entre
meus alunos vejo isso se repetir. Muitos deles
vêm de cursinhos nos quais os professores
são showmen, profissionais competentes que
dão aula com maestria. E muitas vezes o
aluno entra na faculdade esperando ter o
mesmo tipo de aula.
O contexto é outro. A universidade traz
Espaço leitor
“Saber ser é o
grande ganho que
se pode obter com
a universidade”.
informação, gera fóruns de debate e oportunidade de trocas, mas prescinde de professores showmen, postura que pode tornar o aluno muito dependente. Cabe a ele deixar o
papel de adolescente, que espera tudo dos pais
– e dos professores –, para se tornar um jovem
responsável. Ele demonstrou responsabilidade
estudando e se apossando de seu espaço na
universidade, agora a tendência é a responsabilidade aumentar. Isso não é um peso ou ameaça, e sim um caminho para a autonomia.
Espera-se que ele desenvolva uma relação muito mais de troca com os professores, sem a
noção de autoridade imposta a uma criança.
Os professores respondem pela qualidade das
aulas. Os alunos são co-responsáveis.
Nem sempre a transição é tranqüila. Podem
quem adote o discurso científico de modo
sectário, rígido, não criterioso, o que não é
desejável. Saber ser é o grande ganho que se
pode obter com a universidade. Para isso o
jovem precisa viver a universidade, aproveitando todas as oportunidades de troca de
informação e experiência que ela propicia.
A idéia de competitividade, comum nas
universidades, nem sempre é pertinente. O
colega não é apenas um concorrente. Pode
ser o futuro parceiro, sócio, ou aquele que
vai encaminhá-lo para outras atividades e
lhe abrir caminho. Daí a relevância de desenvolver vínculos, com os professores, com os
colegas e com a universidade.
Wimer Bottura Jr., psiquiatra, psicoterapeuta,
escritor, presidente do Comitê Científico de
Adolescência da Associação Paulista de Medicina e
membro do Conselho Científico do Instituto Zero a
Seis e do Grupo de Professores de Psicologia
OS CALOUROS DEVEM SE PREOCUPAR COM
O QUÊ NESSE INÍCIO DE ANO LETIVO?
Galeria
Fotos: Ricardo Lima
"O calouro tem de atentar para
todas as atividades, além de sala
de aula. A Universidade tem
atléticas, ações artísticas, práticas
de formação, museu, Iniciação
Científica, trabalhos comunitários,
entre outros. A palavra chave é
viver a vida universitária, não se
limitar apenas à sala de aula".
Emilse Merlin Servilha,
professora da Faculdade de
Fonoaudiologia
Qual sua opinião sobre o
Jornal da PUC-Campinas?
Quer sugerir uma pauta? Divulgar
o que você está fazendo? Participe!
Mande uma mensagem para a redação.
@
[email protected]
RETRATO
As edições têm sido excelentes com
informações diversificadas para a
comunidade interna ou não, abrindo
espaço para que os funcionários
exponham suas idéias. Gostei
também da edição que publicou o
rosto do nosso fotógrafo Ricardo
(Ricardo Lima, do Departamento de
Comunicação), que enche de belas
imagens todas as edições.
Ana Paula Simioli,
funcionária da Gerência de
Recursos Humanos
surgir críticas e resistências à universidade e
aos professores, paralelas à dificuldade em
abandonar o papel do adolescente. Isso é
comum, uma vez que o adolescente necessita, para crescer, destruir as imagens idealizadas, entre elas as dos pais e professores, e construir imagens reais. Se isso não ocorre, permanece subdesenvolvido como ser. Os professores também já foram jovens e aqueles que não
conseguiram derrubar suas idealizações internalizadas podem lidar muito mal com esse processo do aluno.
A destituição de símbolos, ídolos e ícones
abre espaço para relações mais iguais, nas
quais o professor, em tese, só sabe mais que o
aluno a matéria que ensina.
Há nesse contexto três características
importantes: o aprender a saber, o conhecimento; o saber fazer, a práxis; e o saber ser.
Conhecimento e prática são evidentemente
importantes, mas não mutáveis, e se renovam
com rapidez, conseqüência da evolução contínua da informática e de tantas outras tecnologias. Saber ser – médico, jornalista, psicólogo etc. – é o mais importante e também se
renova, com a superação de modelos e a destruição dos mitos. Esse saber dinâmico depende de atitude e postura. Há, por exemplo,
"Conversar bastante com
os veteranos para saber
sobre os melhores livros e
esquema de estudo, e
conhecer as linhas de
pesquisas que os docentes
desenvolvem são bons
caminhos para descobrir as
ofertas da Universidade e
se integrar mais rápido".
Felipe Ikeda, aluno da
Faculdade de Medicina
Ricardo Lima
Imagem
Nelson Chinalia
"Os calouros devem sugar esta Universidade, pois
ela dispõe de um acervo de biblioteca
maravilhoso, oferece atividades de monitoria,
Iniciação Científica e outras ações que vão
proporcionar uma vivência acadêmica
diferenciada. O canal do calouro no portal é um
bom meio para se informar sobre o que acontece
na PUC-Campinas".
Amanda Galofaro da Silva, funcionária da
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
“Apenas 9%
DOS jovens
ESTÃO EM
alguma
FACULDADE.
A META do
governo É
AUMENTAR ESSE
ASTRO E ESTRELA - O cometa Mcnaught pôde ser visto no céu brasileiro a partir do dia 15 de janeiro. O fotógrafo e professor
do Centro de Linguagem e Comunicação (CLC) Nelson Chinalia não desperdiçou a oportunidade e clicou, com uma Nikon D70 e lente
objetiva de 300mm, o cometa, considerado pelos estudiosos como o mais brilhante visto pela Terra nos últimos 30 anos. Agora, quem
brilhou no Pátio dos Leões, Campus Central, neste início de ano letivo foi a estudante da Faculdade de Letras Priscila Lopes, que
emprestou seu talento musical ao Projeto Inter'Arte, aberto à participação da comunidade universitária.
ÍNDICE para 40%
EM 2010”.
Ronaldo Teixeira, secretário-adjunto do
Ministério da Educação
04
26 de fevereiro a 11 de março/2007
Jornal da PUC-Campinas
Fotos: Ricardo Lima
Entrevista
Caloura esbanja
CORAGEM
para vida nova
Lorena Oliveira e Silva trocou
Manaus por Campinas, o Pirarucu à
milanesa da avó por um cardápio
duvidoso e uma vaga na Medicina
por outra na Fonoaudiologia
Estudante procura
calma e equilíbrio na
sua religiosidade
Renata Rondini
[email protected]
Até o mês passado, a família, os amigos e o peixe Pirarucu à milanesa da avó integravam o cotidiano. Agora, um mar de desafios a serem enfrentados, a solidão de
morar sozinha pela primeira vez e apenas a companhia constante do sapo de pelúcia Michelangelo, presente da mãe no Dia das Crianças, formam a nova realidade
da caloura da Faculdade de Fonoaudiologia Lorena Oliveira e Silva,
18 anos. A novata protagoniza essa reviravolta sem receio, afinal o
que ela mais quer é explorar o mundo e nada melhor do que começar em uma cidade localizada a 3.880 quilômetros de Manaus, onde
nasceu e sempre viveu.
Nas malas, além de Michelangelo, o saxofone, que toca há mais
de dois anos e muitos artesanatos de Manaus, a caloura trouxe seu
kit budista, composto por incenso, juzu (rosário budista) e o
Gohonzon (oratório). "Sigo o budismo desde criança. É algo que me
fortalece, acalma e equilibra", garantiu. A estudante assume seu
fanatismo pelo Boi Garantido, símbolo da tradicional Festa de
Parintins (a 320 quilômetros de Manaus).
A mãe Sônia Oliveira, que deu suporte
à filha mais velha na primeira semana de
aulas, acredita na garra e determinação da
garota, mas confessa algumas preocupações. "Meu maior medo é com as pessoas
que ela vai se envolver e também com a solidão até ela montar seu novo grupo de amigos. Sei que ela vai comer muita besteira,
pois não sabe cozinhar nada", entregou a
mãe. Mas a falta de experiência para comandar a cozinha do apartamento onde vai morar sozinha,
não assusta Lorena. "Nada que um ovo com farinha de
Uarini (região de Manaus), não resolva. Qualquer coisa com
farinha fica bom", argumentou. Na entrevista a seguir, a estudante conta um pouco sobre sua mudança para Campinas e as expectativas da fase universitária.
Jornal da PUC-Campinas - Por que você decidiu
estudar fora de Manaus?
Lorena Oliveira e Silva - Resolvi estudar fora do
Amazonas para realmente aprender a controlar a
minha vida sozinha. Ainda sou muito dependente dos meus pais. A decisão de morar fora foi minha,
mas com total apoio deles. Desde a minha adolescência falava que queria estudar fora do meu Estado,
e por isso tentei o vestibular em São Paulo. Além
da PUC-Campinas, prestei outra universidade de
São Paulo, capital e também nas universidades estadual e federal do Amazonas. Em todas elas prestei
Medicina e a Fonoaudiologia foi minha segunda
opção na PUC-Campinas. O mundo é tão grande para morar a vida toda em uma única cidade. É
preciso aproveitar o mundo. Depois da faculdade,
planejo fazer mestrado e doutorado fora do Brasil.
JP- Sua meta é a faculdade de Medicina, por que
começou a cursar Fonoaudiologia?
Lorena - Passei em Medicina em uma universidade particular de Manaus, mas minha mãe não queria que eu cursasse qualquer faculdade. Se é para
ser uma particular, que seja boa e de qualidade.
Então, resolvi cursar a PUC-Campinas. Porém,
ainda vou perseguir o meu sonho. Farei a faculdade pela manhã e à tarde freqüentarei cursinho, para
no final do ano tentar Medicina novamente. A
Fonoaudiologia oferece um campo muito amplo
de trabalho, uma das principais razões por ter decidido cursar, mesmo não sendo minha primeira
opção. Tem uma grade curricular interessante.
Acredito ser apaixonante.
JP- Por que escolheu a PUC-Campinas?
Lorena - Escolhi universidades fora do Amazonas
que as datas de vestibular não coincidissem com a
federal de lá. Quando cheguei aqui e conheci a estrutura da PUC-Campinas gostei bastante. Fiquei maravilhada com o Laboratório de Anatomia.
JP- O que ficou em sua terra natal que você sentirá mais falta?
Lorena - Minha família e meus amigos. Porque sei
que com eles posso contar sempre. Conheço o pessoal desde criança, estudamos muitos anos juntos.
Me formei no Ensino Médio em 2005, e, mesmo
no ano passado, quando cursei Enfermagem na
Perfil
A
Universitária na sala de aula no Campus II; primeiro passo para desbravar seu mundo
NOME: Lorena Oliveira e Silva
IDADE: 18 anos
MÚSICA: Chicleteira, adoro
Chiclete com Banana. Gosto de
tudo, de forró a psy.
HOBBY: Malhar e tocar saxofone
LIVRO: Sempre gostei de ler
todos do Machado de Assis
ESPORTE: Corrida
TIME DE FUTEBOL : Fluminense
(RJ) e o São Paulo (SP)
LUGARES QUE AINDA QUER
CONHECER: Tantos, mas entre
as prioridades Cancún, Egito e
Inglaterra
SONHO: Medicina
Lorena com a mãe, Sônia
Oliveira, e o fiel escudeiro,
sapo Michelangelo
Ufam (Universidade Federal do Amazonas), nunca me afastei deles.
JP- Quais serão seus maiores desafios nesta nova
etapa?
Lorena - O principal será começar uma vida em São
Paulo. Ainda não tenho nenhuma amiga, sou tímida. Tenho receio de como serão os relacionamentos por aqui, venho de outro estado, tenho descendência indígena, não sei ao certo como as pessoas
vão me recepcionar.
JP- A escolha de uma profissão aos 18 anos gerou
preocupação?
Lorena - Meu sonho sempre foi a Medicina, é uma
meta que ainda vou atingir. A Enfermagem e a
Fonoaudiologia foram aparecendo no decorrer da
minha procura. Sei que para muitos jovens este
momento é muito difícil, encarar esta nova fase da
vida é complicado, mas sempre tive na cabeça que
a Medicina é o meu objetivo. Esta vida de caloura
não me assusta tanto. É mais questão de adaptação
num novo local. Ainda falta muito para conhecer
sobre a PUC-Campinas e fazer amizades.
05
Jornal da PUC-Campinas
26 de fevereiro a 11 de março/2007
Trote Solidário
Brincadeiras de mau
gosto cedem espaço
para atividades que
melhoram a vida de
pelo menos 180
crianças carentes
D
Ação EXTRAPOLA
muros da Universidade
Fotos: Ricardo Lima
Du Paulino
[email protected]
Depois de meses de estudos e dedicação, a recompensa: o
ingresso na faculdade. Alegria, expectativa e sensação de dever
cumprido são alguns dos sentimentos que invadem o calouro.
Para muitos, soma-se a esses a preocupação com o trote, atividade que objetiva a recepção e integração entre alunos novatos e
veteranos. Até poucos anos atrás, ele resumia-se a cabelos raspados, rostos pintados, pedágios nos semáforos, brincadeiras de mau
gosto e constrangimentos. Os calouros que não estivessem a fim
de encarar as brincadeiras dos veteranos simplesmente não iam à
faculdade nos primeiros dias de aula. Assim fez Jussara Corsi,
'bixete' da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), que só
foi à aula no terceiro dia e para participar do Trote Solidário.
Na PUC-Campinas, desde 1999, o Trote Solidário se apresenta como uma alternativa eficaz de integração entre ingressantes e veteranos. Isso porque troca as brincadeiras, nem sempre
benquistas pelos 'bixos', por ações de solidariedade em favor de entidades e comunidades carentes de Campinas. Em 2007, pelo menos duas
creches da cidade foram beneficiadas pelo trabalho de calouros, veteranos e professores da
Universidade.
Na creche Menino Jesus de Praga, que atende 60 crianças no bairro Cambuí, no dia 7 de
fevereiro, cerca de cem alunos, entre veteranos
e novatos, das Faculdades de Arquitetura e
Urbanismo, a pioneira no Trote Solidário da
Universidade, de Engenharias Ambiental e Civil
se desdobraram na construção de um playground, que incluía tanque de areia, mobiliário e brinquedos lúdicos, e na revitalização de
uma praça situada em frente à creche. "Eu fiquei
sabendo antes que ia ter o Trote Solidário e escolhi vir só hoje para participar", explicou Jussara,
feliz por ter escapado das tintas que insistiram
em sujar o primeiro dia de aula.
Já na creche Bom Pastor, na região do Ouro Verde, cerca de 30 alunos
da Faculdade de Direito, no dia 15 de fevereiro, participaram de uma tarde
divertida com as 120 crianças atendidas pela entidade. Na bagagem, disposição e lanches, comprados com a venda de canetas alusivas ao Trote
Solidário e recolhimento de doações entre os alunos do Campus Central.
"O trote é um ato de cidadania que provoca a preocupação com as questões
sociais desde os primeiros dias de aula", argumentou a aluna do 3º ano da
Faculdade de Direito e uma das organizadoras das ações Larissa Detomini.
A intervenção na creche Menino Jesus de Praga também não começou
e nem acabou no dia do trote. As transformações propostas foram elaboradas na Atividade de Verão-2007 do Laboratório do Habitat (L'Habitat) do
Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias (Ceatec). Alunos
dos três cursos que participaram do projeto passaram o mês de janeiro debruçados sobre as pranchetas na concepção do playground e de um projeto
arquitetônico para um salão de esportes a ser construído em terreno anexo
à creche. "A idéia é que o trote tenha continuidade e não seja apenas uma
ação isolada", afirmou o professor e coordenador da atividade, Fábio de
Almeida Muzetti.
"Esse é o melhor tipo de trote, porque deixa de fazer coisas que podem
não agradar para ajudar crianças. Todas as faculdades deveriam adotar", comemorou Thiago Brandão, um dos mais dedicados na construção do novo
espaço de lazer para a garotada da creche e aluno da Engenharia Ambiental.
Mas os calouros não eram os únicos empolgados. As veteranas Camila Castro
Nogueira e Karina Kubo, alunas do 3º ano da Engenharia Ambiental e do
4º da FAU, respectivamente, observavam o trabalho braçal dos 'bixos' cheias
de inveja. "Queria voltar no tempo para poder passar por isso também", suspirou Karina, que, desde o 2º ano, participa das ações da FAU. "Quem está
entrando pode conhecer o outro lado da arquitetura que não é só fazer projetos. Para todo mundo é a oportunidade de ter experiências práticas que não
são vistas em sala de aula", completou.
Já Camila é marinheira de primeira viagem no Trote Solidário. Quando
caloura, ela também fugiu do tradicional trote e mesmo como veterana nunca aplicou brincadeiras de mau gosto. Envolvida com o trote deste ano, des-
Estudantes da FAU e das Engenharias Ambiental e Civil aplicam
suas tintas em caixas que mexerão com a imaginação da garotada
Acima, calouro de Engenharia Ambiental Thiago Brandão participa da
limpeza da praça; ao lado, alunos de Direito com as crianças da Bom Pastor
de a Atividade de Verão, também lamentou não ter participado enquanto
'bixete'. "A ação é boa tanto para 'bixos' quanto para veteranos que se aproximam e fazem algo útil para a sociedade", avaliou.
E não foram só os alunos que puseram a mão na massa para concretizar o projeto lúdico da creche. Era só olhar para os lados para ver o coordenador do L'Habitat, José Roberto Merlim, e o professor Muzetti de enxada nas mãos, ora para ensinar como se manuseia o instrumento, ora para
garantir que o traçado do projeto fosse seguido à risca. "Além de garantir
o entrosamento entre calouros, veteranos e professores, esse trabalho de
serviço à comunidade serve para que os alunos entendam, desde o início, a sua função social enquanto profissional", refletiu o coordenador do
Trote Solidário.
PERCEPÇÃO
SOCIAL - A
própria creche
Menino Jesus de
Praga é um
exemplo da
percepção de
função social. O
projeto
arquitetônico da
recém-inaugurada
instalação foi
doado pelo
diretor da FAU,
Ricardo Badaró, e
pelo seu sócio e aluno de mestrado em Urbanismo Caio de Souza Ferreira. Para
a coordenadora da entidade, Maria Aparecida Carneiro Cintra, a intervenção do
trote foi a complementação de todo o projeto. "Não tem como conceber a
educação infantil sem o brincar, por isso essa área externa é fundamental",
comemorou. Em visita ao local, o pró-reitor de Graduação, Germano Rigacci
Júnior (ao centro), salientou que a solidariedade é parte importante da missão da
PUC-Campinas de formação integral do aluno.
06
26 de fevereiro a 11 de março/2007
Jornal da PUC-Campinas
Rescaldo
Especialistas debatem
Copa do Mundo
O
Marcelo Sacrini
[email protected]
cenário é a cidade de Antália, sudoeste da
Turquia, fundada no século 2º a.C. às margens do Mar Mediterrâneo. Junto com uma
equipe de pesquisadores de Educação Física, o professor da PUC-Campinas Jefferson Eduardo Hespanhol
apresentou uma série de estudos sobre o rendimento
físico de jogadores de futebol no 6º Congresso Mundial
em Ciência e Futebol, que aconteceu em janeiro na
universidade daquela cidade.
O congresso é considerado o principal evento
internacional para a apresentação de trabalhos de pesquisa sobre futebol e acontece sempre no ano seguinte à realização da Copa do Mundo, que em 2006 foi
na Alemanha. Nesse ano, também foram apresentados estudos sobre rugby, futebol americano, futebol
galês (esporte com uso das mãos e dos pés e regras próprias daquele país), futebol australiano (similar ao
galês) e futsal.
Além de Hespanhol, outros quatro pesquisadores
representaram a PUC-Campinas no evento: o professor de Educação Física Alexandre de Almeida e os
ex-alunos Joel Moreira Prates, Thiago Santi e Norberto
Andrade do Nascimento Filho. Também integraram
a equipe de brasileiros o pesquisador da Unicamp
Miguel de Arruda, o diretor técnico da Ponte Preta
Cristiano Nunes e o coordenador científico da mesma equipe Leonardo Gonçalves Silva Neto.
Dentre as pesquisas apresentadas pelos brasileiros,
Hespanhol participou de sete delas, sobre os seguintes assuntos: treino e força máxima; diferenças da força máxima em cada posição do futebol; desempenho
físico dos atletas da categoria sub-15; mudanças da
preparação física de profissionais; e mudança da potência aeróbica.
Preparação física
Professores da
PUC-Campinas
participam de evento
na Turquia que discute
o desempenho dos
times no campeonato
De acordo com o professor, em relação à preparação física dos atletas, os trabalhos selecionados para
Fotos: Ricardo Lima
Jefferson Eduardo Hespanhol apresentou uma série de estudos sobre os rendimentos dos atletas
o congresso seguiram duas linhas: a de desempenho
aeróbio, ainda predominante entre os estudiosos na
Turquia, e a de desempenho anaeróbio e força, predominante nos outros países da Comunidade
Européia e no Brasil.
"A primeira tendência prioriza o controle sobre
o uso da energia do oxigênio, com atenção para o
esforço prolongado e para a capacidade de recuperação do atleta, enquanto que a segunda prioriza esforço dos músculos e outras fontes imediatas de energia física", explicou. Hespanhol afirmou ainda que a
preparação física da equipe italiana, campeã da última Copa do Mundo, esteve associada à corrente do
segundo grupo. "Por ser uma vitrine do que há de mais
avançado no futebol mundial, o evento discutiu os
aspectos táticos da última copa. No entanto, muito
se comentou entre os participantes de que o bom
preparo físico dos italianos foi fundamental para que
vencessem o torneio".
Sobre a participação da Seleção Brasileira em 2006,
o professor acha que a falta de identidade tática do time
foi conseqüência das falhas na preparação física. "O
tempo de treinamento foi muito curto, o que resultou na organização deficiente dos componentes técnico, físico e tático", acrescenta.
As pesquisas estão publicadas na revista científica
Journal of Sports Science & Medicine (www.jssm.org),
e o próximo congresso acontecerá somente em 2011
na Universidade de Nagoya, no Japão, após a Copa
do Mundo da África do Sul.
Integração
Acompanhamento Acadêmico amplia atuação
e a Instituição. "Participando do prograNeste ano letivo, o Acompanhamenma o estudante passa a ter pleno conheto Acadêmico ao Aluno abrange os alucimento do que é a PUC-Campinas e
nos, veteranos e calouros, dos 39 cursos
descobre todas as características do
de graduação. O projeto, promovido pela
ambiente universitário. Para quem está
Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad),
entrando na faculdade, é um auxílio que
está dividido em três etapas que proporsuaviza as dificuldades de integração alucionam, respectivamente, o acolhimenno/professor, e, para os alunos de uma
to aos alunos, acompanhamento pedaforma geral, ajuda a descobrir os servigógico e apoio à transição da vida acadêços que a Universidade presta à comumica para o mundo do trabalho. A ativinidade e todas as ações que ela oferece.
dade, que iniciou em 2005 como um
O estudante entende o que é uma conprojeto piloto, desenvolve-se como uma
duta independente em seus estudos e
Prática de Formação, sendo assim, cada
comprometida com sua formação profase do projeto é executada em 17
fissional", afirmou.
horas/aula, que corresponde a um créO Acompanhamento Acadêmico
dito no currículo do aluno.
A primeira etapa é direcionada para Aluno Diego José de Freitas, no Campus Central, aprova projeto que apoia calouros e veteranos do Aluno 2007 se iniciará em abril e
cumprirá seu objetivo de oferecer aos
os calouros e discute o papel do aluno
alunos condições para uma efetiva participação na
na Universidade, assim como o do professor na sua
sões focam a inserção no mundo do trabalho e a
vida universitária.
formação e os objetivos do curso freqüentado. Na
educação continuada.
fase seguinte, os estudantes têm um suporte para o
Renata Rondini ([email protected])
Segundo o aluno do 3º ano da Faculdade de Direito
desempenho acadêmico, ou seja, encontrar soluDiego José de Freitas, que já participou das duas pri>> Serviços
ções para eventuais dificuldades de aprendizagem
meiras fases do Acompanhamento Acadêmico, o proCoordenadoria de Graduação (Cograd) - (19) 3756-7322
e [email protected]
e organizar os estudos. Na última etapa, as discusjeto promove uma eficiente integração entre o aluno
Jornal da PUC-Campinas
exposição com fotos que ilustram o livro Uma
História, Muitas Vidas 1941-2006, que registra os
principais fatos dos 65 anos de trajetória da
Universidade, circulará pelas bibliotecas setoriais
a partir de março. Além de conhecer os
momentos marcantes das últimas seis décadas
por intermédio dos retratos, alunos, funcionários
e professores podem consultar o livro dos 65
anos que está disponível nas bibliotecas.
classificados
O CCA promoverá uma
intervenção artística de saxofone
no dia 28 de fevereiro, às 12h30, no
Prédio Administrativo (vão livre)
do Campus II; nos dias 1º de
março, às 12h30, na Igreja Nossa
Senhora da Esperança (Campus II),
e no dia 2 de março, às 20h40, no
prédio do Centro de Ciências
Exatas, Ambientais e de
Tecnologias (Ceatec), haverá
intervenções do Coral
Universitário.
CCA
procura
talentos
DANÇA - Ana
Christina Chaib
dos Reis aproveita
qualquer espaço
para alongar o
corpo
Renata Rondini
[email protected]
D
urante a faculdade, parece
que o tempo se torna escasso. Porém, mesmo com a rotina
atribulada das tarefas acadêmicas e a agenda lotada de festas
não é preciso abandonar aquela
paixão pela dança, música e teatro. O período oficial de inscrições da temporada 2007 para os
grupos artísticos (Banda, Música
de Câmara, Coral Universitário,
Dança e Teatro) do Centro de
Cultura e Arte (CCA) encerrou
no dia 16 de fevereiro, contudo
os interessados em integrar as
turmas podem preencher o formulário na página www.puccampinas.edu.br/cca para integrar uma lista de espera.
Os ensaios dos grupos, formados por alunos de vários cursos da Universidade, bem como por funcionários, ex-alunos
e pessoas da comunidade em geral, são realizados semanalmente e a programação anual inclui participação em eventos
acadêmicos, realização de oficinas e performances artísticas.
Os veteranos são unânimes quando o assunto é a integração com os demais estudantes da Universidade proporcionada pela arte. "As pessoas ligadas à arte são mais receptivas,
e o melhor de fazer parte do CCA é ter contato com estudantes de outros cursos com os quais dificilmente teria",
comentou Ana Christina Chaib dos Reis, aluna do 4º ano de
Relações Públicas, que desde do primeiro ano do curso integra o grupo de Dança.
Outro que também não perdeu tempo foi o aluno do 3º
ano de Letras Ricardo Pereira Maciel. No Ensino Médio já praticava teatro e continuou com a dedicação à arte no ambiente
universitário. Até 2006, integrava o grupo de Teatro e o Coral
Universitário, mas os estágios profissionais o forçaram a ficar
apenas com a música nesta temporada. "É muito interessante
estar em uma turma na qual todos gostam de arte, porém as
pessoas são oriundas de diversas faculdades, o que proporciona avaliações diferenciadas sobre o assunto. Estar em contato
com arte me permite ver o mundo de uma outra forma e até
mesmo me conhecer melhor", explicou. Os alunos que integram os grupos do CCA recebem uma bolsa estímulo.
>> Serviços
Centro de Cultura e Arte: (19) 3756-7281 e [email protected]
MORADIA
Vagas para moça
Próximo ao Campus II
(19) 3242-4712 e (11) 9447-8188
MORADIA
Vaga para moça - próximo ao Campus I
[email protected]
(11) 9873-6867 e (19) 9686-2752
TRANSPORTE
Martinho Transportes
Campinas - Campus I
(19) 3276-1284 e 125-2027
MORADIA
Vaga para estudantes
Próximo ao Campus Central
(19) 3255-1461 e 9746-9100
TRANSPORTE
Elaine Transportes
Campinas - Campus II
(19) 3278-0611 e 9714-1177
TRANSPORTE
Transporte Universitário
Campinas - Campus I
(19) 9201-0110
As ofertas acima são de responsabilidade dos anunciantes
CORAL - Ricardo Pereira
Maciel descobriu seus dons
artísticos ainda na adolescência
universitária estão invadindo os espaços dos campi. A
programação do Projeto Inter'Arte começou na
primeira semana de fevereiro e continuará durante
todo o ano. No mês de março, haverá diversas
apresentações de bandas, violão e vozes pela
Universidade. Confira a programação no Portal PUCCampinas (www.puc-campinas.edu.br). Informações:
(19) 3756-7216 e [email protected]
Retratos de uma história Uma
Fotos: Ricardo Lima
Inter'Arte Os talentos musicais da comunidade
MURAL
Divulgação
Fique de olho
26 de fevereiro a 11 de março/2007
07
26 de fevereiro a 11 de março/2007
08
Jornal da PUC-Campinas
Ilha Grande
Fotos: Arquivo Pessoal
Esportes de
AVENTURA na
mira da Faefi
Alunos e professores da Faculdade de
Educação Física realizam trabalhos científicos
e orientam atividades no litoral carioca
S
Adriana Furtado
[email protected]
Situada a cerca de 11 milhas náuticas dos portos do continente do Rio de Janeiro,
Ilha Grande tem sido nos últimos anos um destino muito procurado por turistas
que buscam sossego e uma exuberante natureza e por aqueles que procuram praias
e matas que permitem a prática de esportes de aventura. Essa modalidade chamou
a atenção de alunos e professores da Faculdade de Educação Física (Faefi) da PUCCampinas em 2005, quando formaram o Grupo de Estudos em Esportes e Atividades
de Aventura (GEEAA) e criaram o Projeto Ilha Grande, que realiza naquele local
pesquisas com moradores, turistas e agências de viagens. De acordo com o professor da Faefi e um dos coordenadores do projeto Roberto da Silva Júnior, o objetivo da pesquisa, ainda em fase de coleta de dados, é socializar as informações relacionadas aos esportes de aventura. O fato daquela comunidade sofrer pouca influência do progresso tecnológico e as condições favoráveis da ilha às atividades esportivas definiram a escolha do grupo de estudos.
Com 14 alunos e dois professores, o grupo já viajou nove vezes para a ilha
em busca de novas informações e consegue aliar o trabalho científico ao ser-
Diversidade
cultural, belezas
naturais e
condições
favoráveis às
modalidades
radicais justificam
a escolha
do local pelos
pesquisadores;
veleiro divulga
o nome da
Universidade e
do GEEAA
Ricardo Lima
Giovani Riva e
Helaine Lima
integram o
grupo,
constituído
por 14 alunos
e dois
professores
viço à comunidade com orientações sobre as práticas esportivas, encaradas por
eles como uma atividade rotineira, como por exemplo remar até o continente transportando turistas. "O que para a comunidade é uma atividade cotidiana, para nós é considerado um esporte de aventura. Talvez para eles, um esporte de aventura fosse passar um dia numa grande cidade. É justamente a definição do que são, de fato, os esportes de aventura que estamos pesquisando",
explicou Giovani Riva, aluno do 2º ano da Faefi.
A bordo de um veleiro identificado com os logos da PUCCampinas e do GEEAA, a equipe navega pela costa da ilha em busca
de material que subsidie o trabalho. Segundo o professor, já foram entrevistadas cerca de 300 pessoas entre moradores e turistas e até o final
do primeiro semestre os dados serão tabulados para análise. "Acredito
que essa vivência dos alunos com os moradores, os turistas e a natureza traga experiências inimagináveis. A cada saída nos deparamos
com pessoas e acontecimentos que nunca poderíamos esperar e de
todos eles tiramos grandes ensinamentos", afirmou o professor.
Em meio a natureza e cultura tão diversificadas, não faltam relatos de alunos que justifiquem o esforço do grupo para a realização
da pesquisa. Entre eles, um grupo de crianças de uma comunidade
que pratica canoagem havaiana, que utiliza duas canoas interligadas
por duas traves e acomoda doze remadores. " As crianças da comunidade ficavam no final das tardes saltando de um píer entre os barcos ancorados, numa situação de risco. Hoje, praticam a canoagem
havaiana de forma segura", acrescentou Giovani. "Nossos alunos
EVOLUÇÃO - O sincronismo das remadas determina a canoagem havaiana. Os alunos e
professores contribuíram para garantir essa harmonia. Uma simples lição sobre
extrapolaram as atividades de pesquisa e colocaram em prática as
inclusão, permitiu que uma criança com deficiência auditiva participasse do esporte,
lições aprendidas em sala de aula, orientando as crianças sobre presem prejuízo para o grupo. Com apenas uma batida no casco, o líder da canoa avisa à
garota que é hora de mudar o lado de remar.
paração física", comemorou o professor.
Download

Calouros aprovam Trote Solidário - PUC