1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE/SOEBRAS ALESSANDRO DE CASTRO SILVA PROTOCOLO INFERIOR COM CARGA IMEDIATA: QUANTOS IMPLANTES UTILIZAR JI-PARANÁ 2015 2 ALESSANDRO DE CASTRO SILVA PROTOCOLO INFERIOR COM CARGA IMEDIATA: QUANTOS IMPLANTES UTILIZAR Monografia apresentada Especialização em ao Programa Implantodontia da ICS de – FUNORTE/SOEBRAS NÚCLEO DE JIPARANÁ RO, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista. ORIENTADOR: Robson Cordeiro JI-PARANÁ 2015 3 AGRADECIMENTOS A sabedoria suprema meu Deus, em sua benignidade me sustentou até o fim. Aos mestres, pelo conhecimento adquirido e dedicação. Aos amigos inseparáveis de todas as horas. A meus queridos Pais pela boa educação. A todos pacientes pela confiança e paciência. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família em especial a minha esposa Kelly Cristina S. M. Castro, ao meu saudoso tio e mentor Dr. Adenor de Castro Silva que me inseriu nesta profissão e minhas joias meus filhos Higor e Isabella pelo apoio e compreensão de horas afins ausentes e confiança nesta conquista o meu eterno agradecimento. 5 Epigrafe Eu admiro aqueles que conseguem sorrir com os problemas, reunir forças na angústia, e ganhar coragem na reflexão. É coisa de pequenas mentes encolher-se, mas aquele cujo coração é firme, e cuja consciência aprova sua conduta, perseguirá seus princípios até a morte. Thomas Paine 6 RESUMO O uso de implantes em função imediata em protocolo inferior está sendo muito utilizado para tratamento reabilitador em mandíbulas totalmente desdentadas, por ser um procedimento seguro e com alta previsibilidade. Todavia o sucesso e previsibilidade em tratamento reabilitador com implantes dentais osseointegrados em função imediata será definido por alguns fatores entre eles o número de implantes utilizados, este trabalho de conclusão de curso vem através, de uma minuciosa revisão de literatura citar e discutir a respeito da quantidade de implantes a ser utilizado em um protocolo em mandíbula. Palavras chave: Carga imediata em Implante dentário; prótese mandibular; Implantes Dentários 7 ABSTRACT The use of implants in immediate function in lower protocol is being widely used for rehabilitation treatment in completely edentulous jaws, as a safe and highly predictable procedure. However the success and predictability in rehabilitation treatment with osseointegrated dental implants in immediate function is defined by factors including the number of implants used, this course conclusion work comes through, a thorough literature review cite and discuss about the amount implants to be used in a protocol jaw. Keywords: Immediate Dental Implant Loading; mandibular prosthesis; Dental Implants 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 9 2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................................... 11 3. DISCUSSÃO................................................................................................................................... 21 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 24 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 25 9 1. INTRODUÇÃO A carga imediata em Implantodontia pode ser definida como a instalação de um elemento protético sobre um implante, sem que tenha ocorrido ainda a sua osseointegração (NARY FILHO, et al; 2004), surgindo como excelente opção terapêutica na Odontologia. Esse conceito de colocação de implantes dentários logo após extrair um dente tornou-se fato notório na implantodontia uma vez que é um procedimento rápido, demandando menos tempo ao profissional e ao paciente, melhorando assim a aceitação dos mesmos (STRUB, JURDZIK, TUNA, 2012). No início, era preconizada a instalação dos implantes e a espera por um período de cicatrização e osseointegração antes da confecção das próteses e consequente carga mastigatória (BRANEMARK, et al; 1969). Esse tratamento foi inicialmente aplicado a mandíbulas edêntulas. Já no início da década de 90, as pesquisas tinham como protocolo submeter alguns implantes à carga imediata por meio de próteses provisórias, enquanto outros implantes permaneciam submersos para cicatrização (SCHNITMAN, WOHRLE, RUBENSTEIN, 1990). Com o design atual dos implantes e a melhora do tratamento de sua superfície, o que se observa é uma melhora na qualidade da osseointegração e da biomecânica protética. O prognóstico e a manutenção em longo prazo da estabilidade para os implantes dependem principalmente, de fatores mecânicos, tais como o grau de ancoragem e as condições de carga, embora as infecções ao redor do implante possam também afetar a estabilidade (SENNERBY, 2000). O que se sabe é que para uma boa estabilidade, e para a redução da probabilidade de perda óssea e de implantes é importante que em reabilitações totais ou parciais a junção dos implantes esteja em forma de polígono. A adequação dessa forma em termos de força oclusal recebida, abertura bucal entre outros fatores irá proporcionar uma melhor ou pior estabilidade. Até agora, há pouca evidência de ensaios clínicos randomizados ou revisões sistemáticas sobre o preferencial ou melhor número de implantes a serem utilizados para o apoio de uma prótese fixa em pacientes desdentado em mandíbula, e há pouco consenso entre os autores (MERICSKE-STERN, WORNI, 2014). 10 Com base nisso esse trabalho teve como objetivo buscar na literatura bases científicas e relatos clínicos que fundamentem a escolha de um número de implantes colocados em mandíbulas para suportar com eficiência próteses totais fixas com carga imediata. 11 2. REVISÃO DE LITERATURA Após mais de trinta anos de aplicação clínica da osseointegração, alguns dos pré-requisitos originalmente postulados para se obter a osseointegração têm sido reexaminados. Por exemplo, a introdução da técnica de apenas um estágio, no início dos anos 70, demonstrou que a osseointegração poderia ser previsivelmente obtida quando os implantes eram intencionalmente deixados não submersos, sem o fechamento primário do local cirúrgico da cavidade oral. Similarmente, os implantes que recebiam carga durante o período de cicatrização podiam osseointegrar com previsibilidade, sob condições definidas (CORSO, et al. 1999). A popularização até mesmo de estudos com carga imediata veio nos anos 90, com o trabalho de Schnitman et al. (1990). Os autores instalaram cinco a seis implantes do sistema Brånemark, na região intermentual, e dois implantes adicionais, na região pós-forame. No ato cirúrgico, foram conectados os intermediários protéticos nos dois implantes distais ao forame e em um implante na região de sínfise. Foram selecionados 7 pacientes nos quais foram instalados 46 implantes, sendo que 26 permaneceram submersos por quatro meses e livres de carga, e 20 implantes foram submetidos à função. Após o período de avaliação, foi observada a perda de 3 implantes (15%) instalados na região de pré-molares e molares, demonstrando que os maiores índices de perda de implantes ocorreram na região posterior da mandíbula. Os autores concluíram que o tratamento não foi influenciado negativamente pela técnica. Os primeiros trabalhos publicados envolvendo implantes instalados em mandíbulas edêntulas preconizavam a instalação de cinco a seis implantes. Porém os altos custos envolvidos com a cirurgia de implantes, paralelo às altas taxas de sucesso, levantaram o questionamento sobre a necessidade real desse número de implantes. Assim, no ano de 1995, Branemark et al. realizaram um estudo retrospectivo com 156 pacientes reabilitados com quatro e seis implantes. Os implantes tinham entre 7 a 10mm de comprimento (90%). Na mandíbula, 13 e 59 pacientes receberam 4 e 6 implantes, e na maxila, 14 e 70, respectivamente. Ambos os grupos tinham pacientes com idades e gêneros variados. A escolha por quatro implantes ocorreu em razão da menor disponibilidade óssea. Embora houvesse um 12 maior número de fracasso em pacientes que receberam apenas quatro implantes, a taxa de sobrevivência (sucesso) para implantes e próteses foi semelhante após 10 anos. Os autores afirmaram que a instalação de muitos implantes em edêntulos totais deve ser questionada (Branemark et al. 1995). Davis, Zarb e Chao (1988) mediram o estresse em uma estrutura protética sob carga em função da alteração do número de pilares suporte (dois, três, quatro ou cinco pilares) a fim de verificar as melhores condições de carga em uma cagra imediata, utilizando extensometria in vivo e modelo de elemento finito. A maior mudança na deflexão da estrutura ocorreu quando somente dois pilares foram usados para suportar a estrutura. A distribuição do estresse foi similar quando cinco ou quatro pilares foram utilizados, tanto para forças axiais quanto para momentos fletores. Os autores concluíram que ambas as situações com quatro e cinco implantes poderiam ter uma resposta clínica favorável. A utilização de cinco implantes para o suporte de uma prótese total fixa, porém, geraria uma previsibilidade maior caso houvesse falha de algum implante ao longo do tempo. Sethi et al (2000) monitoraram 96 meses 2261 implantes em 467 pacientes que tinham componentes variando de 0 a 45 graus. A taxa de sucesso dos implantes foi de 98.6% em um período de 5 anos. Os resultados estéticos e funcionais foram bons e nenhuma prótese foi perdida. Não foram relatadas nenhuma perda de implante ou afrouxamento de parafuso devido ao uso de componentes angulados. Aparicio et al. (2001) avaliaram clinicamente em 25 pacientes parcialmente edêntulos a eficácia de implantes inclinados junto ao seio maxilar. Foram instalados 101 implantes, dos quais 42 inclinados, sendo esses últimos com comprimento mínimo de 15 mm. Após período de cicatrização média de 29 semanas, 29 próteses parciais fixas sem cantilevers, unindo os implantes inclinados e verticais, foram assentadas. Os resultados observados após um período médio de 37 meses revelaram sucesso de 100% das próteses, 91,3% dos implantes verticais e 95,2% dos implantes inclinados. Considerando apenas a sobrevivência dos implantes, a taxa foi de 96,5% para os implantes verticais e 100% para os inclinados. Problemas mecânicos estiveram presentes em 55,2% (16) das próteses, sendo o mais comum afrouxamento de parafuso do intermediário. A perda óssea marginal média foi de 1,21 mm para os inclinados e 0,92 mm para os implantes verticais, não sendo essa 13 diferença significativa. Os autores concluíram que a técnica é mais simples, previsível, barata e mais rápida que técnicas de enxerto com levantamento da membrana do seio maxilar, sendo uma boa alternativa para reabilitações em regiões posteriores de maxila atrófica. Duyck et al. (2000) mediram a distribuição e a magnitude das forças oclusais em 13 pacientes com próteses totais fixas implantossuportadas. Foram realizadas uma quantificação e qualificação destas forças, sendo registrados a magnitude e o tipo das cargas (força axial e momentos fletores) nos pilares com a utilização de extensômetros, durante a aplicação de uma carga controlada de 50 N em várias posições ao longo da superfície oclusal das próteses. O teste foi conduzido quando as próteses eram suportadas por todos (cinco ou seis) implantes e foi repetido quando as mesmas eram suportadas por quatro ou três implantes somente. As cargas nas extensões cantilever das próteses causaram um efeito dobradiça (hinging effect), o qual induziu consideráveis forças compressivas nos implantes próximos ao local de aplicação da carga e forças de tração e de baixa compressão nos outros implantes. Em média, as maiores forças foram observadas com a diminuição do número de implantes suporte. Os momentos fletores foram maiores quando somente três implantes foram utilizados. De Bruyn et al (2001) realizaram um estudo prospectivo multicêntrico avaliando as taxas de 1 e 3 anos de sucesso de implantes com carga imediata carregados dentro de 1 mês após a cirurgia em fase única com 10 a doze elementos em três partes, (1) as plataformas regulares do sistema Brånemark de implantes para a mandíbula, (2) o resultado do tratamento protético, e (3) a opinião dos pacientes sobre o processo de tratamento. Foram tratados 20 pacientes que receberam cinco implantes na mandíbula, dos quais três foram funcionalmente carregados imediatamente. Os implantes que receberam a carga foram inseridos em uma posição tripodal, um implante na sínfise e duas localizadas anterior do forame mental na área pré-molar. Dois adicionais implantes foram inseridos por razões de segurança, mas não se destinam a ser incluídos na prótese. Nos outros grupos os demais implantes receberam carga protética imediatamente a cirurgia. As radiografias foram tiradas no correspondente visitas de acompanhamento para calcular osso-implante para nível e reabsorção óssea marginal. Os resultados do tratamento usando três implantes pela plataforma regular de Brånemark fixa na 14 mandíbula foram menos favoráveis a reconstrução do arco do que o resultado que se pode esperar com um padrão de quatro a seis implantes com a cirurgia de uma fase. Hruska et al (2002) realizaram um estudo a fim de mostrar que é possível realizar carga imediata com sucesso com 4 implantes em mandíbulas. Nesse estudo 309 mandíbulas foram reabilitadas com 1.301 implantes. Somente implantes que satisfizeram a retenção primária foram imediatamente carregados. Fácies morfológicas como tipo de oclusão, tamanho e função da língua, da densidade óssea, número e comprimento dos implantes parecia ter uma influência sobre os resultados. As taxas de sucesso alcançado mais de 21 anos foram de 99,3% com a máquina de solda intraoral, 98,3% com a prótese de acrílico provisório com armação de metal, mostrando que é possível realizaram implantes com próteses provisórias imediatas com altos índices de sucesso. Kökat et al (2009) realizaram um estudo com o objetivo de qualificar e quantificar as tensões ósseas ao redor de implantes imediatamente carregados para a retenção de próteses fixas sobre implantes em mandíbulas. Medidores de tensão linear foram colocados sobre o osso vestibular de 5 implantes dentários Straumann colocados na região anterior da mandíbula de cadáveres humanos. Valor de binário de instalação de cada implante foi medida por uma chave de torque feitos sob medida e análise de frequência de ressonância foram realizadas. Uma peça completa de arco fixo prótese foi fabricado para cada cadáver e células de carga foram integrados em miniatura na região do cantilever das próteses para controlar os experimentos de carga foram utilizados os desenhos com 3, 4 e 5 implantes. A comparação entre grupos revelou que as maiores magnitudes de tensão foram registradas para o design com três implantes seguido pelos modelos de 4 e 5 implantes, embora tenha havido uma tendência para o particionamento de carga semelhante entre 4 e 5 implantes (P <0,05). Com isso os autores puderam concluir que implantes com carga imediata que podem resistir mais apoiando próteses fixas são os 4 e 5 implantes. As tensões ao redor dos implantes do sistema de 3 implantes foram significativamente maior do que aqueles em torno de projetos 4 e 5 de implantes, e isso pode levar ao fracasso de suportar implantes. Tanto quatro quanto cinco implantes podem ter resultado clínico semelhante. Kökat et al (2009) afirmam que a tensão no osso em prótese fixa suportada por três implantes é 15 significativamente maior do que quando suportadas por quatro ou cinco implantes. Em uma análise retrospectiva, mostrou que a quantidade óssea ao redor do implante diminui com o passar do tempo. A perda óssea ao redor do implante na mesial e distal não apresenta diferença significante no primeiro ano após carregado considerando o comprimento do cantilever até 12 mm. Porém, ocorreu maior perda óssea na face distal dos implantes posteriores do que nos anteriores. Ebadian et al (2013) avaliaram por meio de elemento finito a influência da inclinação do implante sobre o padrão de estresse no osso ao redor dos implantes que suportam overdentures mandibulares. Os modelos utilizados neste estudo foram overdentures mandibulares apoiadas em três implantes com uma barra e um clipe. Cada modelo foi modificado de acordo com a inclinação do implante distal (0 e 20 graus). A carga vertical unilateral foi aplicada unilateralmente para o primeiro molar e primeiro pré-molar da overdenture e a distribuição de tensões no osso foi analisada. A inclinação do implante diminuiu o padrão de distribuição de tensões no osso ao redor dos implantes quando a carga foi aplicada no molar, mas quando aplicado no local do pré-molar, alterações de valor estresse semelhantes não foram encontrados. Os autores concluíram que dentro da limitação deste estudo, parece que a inclinação dos implantes em overdentures mandibulares não tem qualquer efeito adverso sobre a distribuição de tensões valores padrão ao redor do implante. Pavan et al (2005) relataram um caso clínico onde o paciente foi submetido à carga imediata, utilizando-se implantes de estágio cirúrgico único e prótese total fixa. Seis implantes foram instalados na região interforaminal com o auxílio de guia cirúrgico. Posteriormente, foi realizada a moldagem de transferência para a confecção de uma barra metálica, que possibilitou a instalação da prótese total fixa 48 horas após a colocação dos implantes. Essa técnica permitiu a obtenção de satisfação do paciente e sucesso do caso com diminuição do tempo de tratamento em relação à técnica convencional. Já Ferraz et al (2010) relataram um caso onde foram colocados cinco implantes na mandíbula. A prova da prótese foi feita 48 horas após a cirurgia, quando foram avaliadas as relações intermaxilares. Pequenos ajustes oclusais foram feitos com o uso de fitas marcadoras de contato (Accufilm II, Parkell, EUA) e manipulação da mandíbula da paciente até atingir a posição de relação cêntrica com a dimensão vertical de oclusão previamente estabelecida. Os aspectos estéticos da prótese foram submetidos à aprovação da equipe 16 odontológica e da paciente e, em seguida, a prótese foi reenviada ao laboratório de prótese dentária para o processamento final. Após 72 horas da cirurgia foi realizada a instalação da prótese. Os autores concluíram que o protocolo de carga imediata sobre implantes em mandíbula edentada descrito neste relato de caso clínico proporcionou resultados estéticos e funcionais satisfatórios para a paciente, num período de tempo muito inferior ao do protocolo de tratamento convencional, proporcionou previsibilidade na execução do tratamento proposto, diminuiu o tempo clínico do profissional para ajuste das próteses e eliminou o longo período de cicatrização após a inserção dos implantes e a consequente utilização de próteses removíveis, além dos múltiplos procedimentos de reembasamento destas utilizados no tratamento convencional. Também em 2010, Jreige relataram um caso clínico onde se realizou a colocação de carga imediata por meio da colocação de cinco implantes na mandíbula anterior. Neste caso os autores atingiram o sucesso e obtiveram resultados semelhantes ao do caso anterior. Hosoume et al (2011) realizaram um relato de caso onde foi utilizada Carga imediata funcional utilizando barra de titânio com solda TIG. Neste caso a paciente apresentava os dentes da região anterior de mandíbula comprometidos pela doença periodontal e com a devida indicação após exames de imagem e dos procedimentos de moldagem se procedeu a cirurgia que foi feita por meio de uma guia cirúrgico. Neste caso foram colocados cinco implantes cone morse e instalada a carga imediata. Foi realizado o ajuste oclusal e a paciente dispensada com a prótese em função. Com isso os autores concluíram que o uso de carga imediata funcional em reabilitações totais em mandíbulas já é recorrente, na atualidade. Através de diversas técnicas cirúrgicas guiadas e métodos de confecção das próteses, das quais podemos citar as de barras pré-fabricadas que são uma opção favorável de tratamento, com níveis de adaptação e passividade previsíveis. Maló et al., (2003, 2005) introduziram o conceito de carga imediata “AllonFour” de implantes dentais na mandíbula, e mais tarde também na maxila. Nesta técnica, um guia cirúrgico especial foi desenvolvido (All-on-4, All-on-4 com NobelGuide - Nobel Biocare) para instalar dois implantes paralelos nas posições do incisivo lateral e um implante distal de cada lado apenas anterior ao forame mental em ângulo de 30 a 45 graus. Este conceito de inclinar os implantes distais em arcos desdentados melhora o suporte de prótese aumenta a distância interimplantes e 17 proporciona melhor fixação do implante no osso por meio de implantes mais longos (Khatami & Smith, 2008). Geremia et al., em 2009, avaliaram a magnitude e a distribuição de forças axiais e momentos fletores em pilares em função da extensão do cantilever e inclinação dos implantes. Para isto, dez barras metálicas que simulavam infraestrutura de próteses fixas implanto-suportadas foram confeccionadas sobre dois modelos mestres representando mandíbulas humanas fabricados em resina epóxi, cada um deles com 5 implantes: um com todos os implantes retos e paralelos com distância interimplantar de 1 cm e o segundo com os implantes distais inclinados a 27° e os implantes restantes como no modelo anterior. Sobre cada modelo 5 barras foram confeccionadas com uma distância de 1 mm de alívio sobre o modelo. O cantilever foi colocado do lado esquerdo começando no ponto de emergência do implante posterior. O ponto de aplicação de força foi padronizado em 10, 15 e 20 mm a partir da emergência posterior do implante distal, onde foi aplicado 50N de força estática durante os testes. Cada pilar recebeu 3 sensores de tensão presos a superfície do cilindro, 120° à parte. Cada barra foi parafusada sobre o respectivo modelo mestre com um torque de 10Ncm. Um jogo de parafusos foi usado para cada estrutura para evitar a fadiga do parafuso. Depois de os sensores de tensão serem calibrados a zero, uma força estática de 50N foi aplicada no cantilever. Este procedimento foi realizado em todas as barras. Os valores de deformação foram convertidos em força axial e momento fletor e analisados por ANOVA e teste de Tukey (α = 5%). Neste estudo os implantes distais foram inclinados com o fulcro de rotação na plataforma do implante, então a emergência dos implantes não foi deslocada distalmente. Os autores sugerem que a inclinação dos implantes distais não promoveu nenhum efeito deletério sobre os pilares nos modelos testados e pode reduzir o efeito do cantilever na magnitude da força. Fazi et al (2011) realizaram um estudo onde a distribuição das tensões no osso, nos implantes e próteses foram analisadas através de modelagem de elementos finitos tridimensionalmente em diferentes configurações de implantes para uma prótese fixa implanto-suportada em um desdentado mandíbular. Para o estudo um modelo de elementos finitos foi criado com dados obtidos a partir de tomografia computadorizada. Características anisotrópicos para osso cortical e esponjoso foram incorporadas ao modelo. Seis configurações diferentes de 18 implantes foram testadas, com o número de implantes variando de três a cinco, e os implantes distais inseridos paralelamente aos outros implantes ou inclinados distalmente por 17 ou 34 graus. A configuração de três implantes paralelos resultou em maior estresse no implante e osso do que configurações com quatro ou cinco implantes paralelos. Configurações com implantes inclinados para distal resultou em uma distribuição de tensões mais favorável em todos os níveis. Com isso os autores concluíram que as tensões tanto para quatro quanto para cinco implantes são similares e que a configuração "All-on-Four" proporcionou uma redução favorável de tensões no osso, na estrutura, e nos implantes. Rivaldo et al (2012) estudaram a reabilitação de pacientes desdentados tratados com prótese total fixa em carga imediata apoiada em três implantes. Neste estudo observacional, um total de 99 implantes foram colocados em 33 pacientes e foram avaliados após 18 meses de uso. As radiografias panorâmicas foram digitalizadas para medir a perda óssea nas superfícies mesial e distal de cada implante. A média de perda óssea peri-implante foi de 0,66 ± 0,51 milímetros para o implante esquerdo, 0,92 ± 0,61 mm para o implante central, e 0,82 ± 0,53 mm para o implante direito. A perda de massa óssea observada em torno dos implantes distais foi semelhante ao observado ao redor do implante central, e não houve diferenças estatisticamente significativas na perda óssea peri-implante entre os três implantes. Não houve correlação significativa entre o comprimento do implante e perda óssea. Os resultados foram compatíveis com a perda de osso peri-implante que foi descrito para próteses do mesmo tipo suportado por um maior número de implantes. Com isso os autores concluíram que o protocolo inferior apoiado em três implantes provou ser uma opção adequada para a reabilitação de pacientes desdentados. O protocolo permitiu simplificação do tratamento, mantendo a perda óssea de forma semelhante à descrita para o mesmo tipo de tratamento suportada por um maior número de implantes. Antoun et al (2012) realizaram um estudo retrospectivo, onde 44 pacientes receberam uma reabilitação do tipo protocolo com a instalação imediata de próteses de resina acrílica próteses provisórias aparafusadas conectados em 4 ou 6 implantes na mandíbula ou maxila, respectivamente. Com um seguimento médio de 17,6 meses, 3 de 205 implantes foram perdidos e substituídos com sucesso. Fraturas das próteses foram mostrados em seis pacientes, um afrouxamento pilar, 19 uma fratura do pilar, e uma fratura do implante também foram observados. Perda óssea marginal ocorreu em 13 implantes (6,4%). Os resultados confirmaram que a carga imediata com 4 implantes na mandíbula ou 6 na maxila com uma prótese de resina acrílica provisória é uma técnica confiável, a curto e médio prazo. Zheng et al (2014) estudaram o efeito do número de implantes e inclinação na distribuição de tensões no implante e em seu osso circundante, com análise tridimensional de elementos finitos. Uma prótese especial foi feita para uma mandíbula desdentada lançado para coletar dados tridimensionais de elementos finitos. Três modelos tridimensionais de elementos finitos foram estabelecidos como se segue. Modelo 1: 6 implantes paralelos; modelo 2: 4 implantes paralelos; modelo 3: 4 implantes, os dois implantes anteriores paralelos e os dois implantes distais foram inclinados 30° para distal. Os autores afirmam que dentro dos limites deste estudo, quando os implantes são colocados em paralelo, a tensão máxima do implante distal pode ser reduzida por aumento do número de implantes. Quando o número de implantes foi diminuído de seis para quatro, a tensão máxima em torno do implante pode ser reduzida pela inclinação do implante distal. Este projeto irá proporcionar um melhor efeito de próteses do que o projeto com seis implantes faz. Mericske-Stern, Worni (2014) realizaram uma revisão da literatura vigente a fim de visualizar a quantidade necessária de implantes para o sucesso de uma reabilitação inferior com prótese tipo protocolo imediata. Segundo os autores até o momento atual há pouca evidência de ensaios clínicos randomizados (ECR) ou revisões sistemáticas sobre o melhor número de implantes a serem utilizados para o apoio de uma prótese fixa em maxilas ou mandíbulas desdentadas e nenhum consenso foi alcançado. Os resultados desse estudo encontraram 222 artigos. Destes, 29 estudos que preenchiam os critérios de inclusão foram incluídos no estudo. A partir destes dados, a taxa média de sobrevivência foi de entre 90% e 100%. A análise dos artigos selecionados revelou uma clara tendência para planejar 4-6 implantes por prótese na mandíbula. Apesar de uma dispersão de resultados, resultados semelhantes são relatados em relação à sobrevivência e ao número de implantes por mandíbula. Desde os anos 1990, foi comprovado que não há necessidade de instalar quantos implantes quanto possível dentro do osso para se obter sucesso. A esmagadora maioria dos artigos que tratam de procedimentos cirúrgicos padrão para reabilitar mandíbulas desdentadas usam de 4 a 6 implantes. 20 Alguns problemas podem interferir na reabilitação do paciente. Dentre esses problemas a deflexão mandibular medial pode levar a problemas desafiadores com próteses convencionais e implanto-suportadas quando o planejamento do tratamento inclui conexão bilateral rígida na região posterior da mandíbula. Estudos clínicos e experimentais relataram possível associação da deflexão mandibular com o aumento do estresse em próteses dentárias e pilares, pobre ajuste de próteses removíveis fixos e parciais, distorção impressão, dor durante a função, fratura de parafusos e implantes, afrouxamento das próteses cimentadas, e fratura de porcelana (SHINKAI, et al. 2004). Muitos os pacientes apresentam uma diminuição da distância entre os molares em abertura máxima. Essa diminuição ocorre devido à deflexão mandibular e pode comprometer reabilitações com próteses parciais removíveis, próteses parciais fixas ou mesmo prótese implanto-suportadas (SESMA, et al. 1996). Manzi et al (2013) realizaram uma revisão de literatura a fim de relacionar as possíveis falhas biomecânicas das próteses implantossuportadas, com extensão distal ao forame mentual, tais como fratura de implantes, afrouxamento ou fratura de parafuso da prótese, falta de assentamento passivo da estrutura metálica, saucerização e, em alguns casos, dor muscular e limitação de abertura de boca, e propor o desenho dessas próteses. Os autores concluíram que quando o planejamento protético necessitar elementos de apoio na parte posterior ao forame mentual, a prótese deverá ser segmentada, principalmente em região de sínfise. Dessa forma, os efeitos deletérios causados pela deflexão mandibular medial na prótese e região peri-implantar serão minimizados. 21 3. DISCUSSÃO A confiabilidade do protocolo de prótese com carga imediata é um fator fundamental para o sucesso do procedimento cirúrgico e para o conforto que este procedimento pode representar para o paciente. Por estas razões, é de máxima importância limitar as situações de imprevisibilidade durante o processo e, em particular, na capacidade de garantir a colocação da prótese num tempo útil para ser considerada carga imediata dos implantes. Segundo Corso et al (1999) o que se pode observar após alguns estudos em ensaios clínicos era que os implantes que recebiam carga durante o período de cicatrização podiam osseointegrar com previsibilidade, sob condições definidas. E a partir daí se desencadearam muitos estudos a respeito a fim de comprovar essas afirmações. Protocolos com carga imediata tem atraído a atenção de clínicos e pesquisadores por inúmeras décadas e tem ganhado grande aceitação e relevância clínica (GALLUCCI, et al. 2009). O fator mais importante deste tipo de reabilitação é a possibilidade de adaptação imediata da prótese evitando o problema de deixar o paciente com uma prótese removível durante o período de espera pela cicatrização (MENASSA, et al. 2014). O que se tem visto é que a quantidade de carga sobre os implantes é dependente de diversos fatores como ao número e distribuição dos implantes e do tipo de material da prótese (OGAWA, et al. 2010). O que se viu inicialmente era uma instalação de cinco a seis implantes em protocolos inferiores com carga imediata, entretanto os procedimentos ficavam mais onerosos e muitas vezes pela falta de espaço e estrutura óssea de qualidade inviabilizados, sendo assim no ano de 1995, Branemark et al. realizaram um estudo retrospectivo onde contestaram essas versões dizendo que a instalação de muitos implantes em edêntulos totais deve ser questionada. O fator carga sempre foi determinante para o sucesso dos implantes, ainda mais se tratando de uma instalação com carga imediata. Mesmo antes desse conceito de carga imediata ser estabelecido Davis, Zarb e Chao (1988) já estudavam o estresse na estrutura protética e visualizaram que a instalação de 22 implantes seria ideal em um número de quatro a cinco implantes. Mais recente em 2009 os estudos realizados por Kökat et al, obtiveram resultados concordantes com os de Davis, Zarb e Chao (1988), mostrando que as tensões ao redor de 3 implantes foram significativamente maiores que sobre 4 e 5 implantes e mostraram ainda que clinicamente, tanto quatro quanto cinco implantes podem apresentar resultados semelhantes. Resultados semelhantes foram encontrados por Duyck et al. (2000). Apesar do aumento das tensões há um estudo de Rivaldo et al (2012) que utilizando uma prótese total fixa em carga imediata apoiada em três implantes obteve sucesso em 18 meses de controle com uma perda óssea semelhante à descrita por outros trabalhos com 4 ou 5 implantes. O autor afirma ainda que o protocolo permitiu simplificação do tratamento, mantendo a perda óssea de forma semelhante à descrita para o mesmo tipo de tratamento suportada por um maior número de implantes. Um estudo de Fazi et al (2011) demostra uma clara mudança de paradigmas estabelecidos pela ideia que se fez de que a colocação de implantes paralelos seria a forma ideal para se obter a estabilidade. Uma vez que nesse estudo o autor mostrou que a colocação de implantes na configuração "All-on-Four" proporcionou uma redução favorável de tensões no osso, na estrutura, e nos implantes. Baseado nesse sistema Zheng et al (2014) realizou um estudo com análise tridimensional de elementos finitos e mostraram que quando o número de implantes foi diminuído de seis para quatro, a tensão máxima em torno do implante pode ser reduzida pela inclinação do implante distal. Este projeto irá proporcionar um melhor efeito de próteses do que o projeto com seis implantes. Do ponto de vista do sucesso clínico De Bruyn et al (2001) mostram que os resultados do tratamento usando três implantes pela plataforma regular de Brånemark fixa na mandíbula foram menos favoráveis a reconstrução do arco do que o resultado que se pode esperar com um padrão de quatro a seis implantes com a cirurgia de uma fase. Já Hruska et al (2002) realizaram um estudo a fim de mostrar que é possível realizar carga imediata com sucesso com 4 implantes em mandíbulas e obtiveram resultados que demonstraram a veracidade da hipótese testada. Esse fator mostra ser um ponto interessante onde podemos observar que se diminuirmos a quantidade de implante a um número seguro e que dê previsibilidade clínica a 23 redução de intervenções cirúrgicas e de redução do número de implantes poderia ser considerado (DE BRUYN, et al. 2001; FERRAZ, et al. 2010; JREIGE, et al. 2010; HOSOUME, et al. 2011). Apesar disso pode-se observar muitos relatos clínicos de protocolos inferiores utilizando cinco ou até mesmo seis implantes, como o caso relatado por Pavan et al (2005) onde seis implantes foram instalados e foi realizada a instalação imediata da prótese. Essa técnica também permitiu a obtenção de satisfação do paciente e sucesso do caso com diminuição do tempo de tratamento em relação à técnica convencional de colocação da prótese tardiamente. Entretanto a maioria dos relatos clínicos encontrados se concentram em torno de cinco implantes, mostrando sucesso e estabilidade do procedimento (FERRAZ, et al. 2010, JREIGE, et al. 2010; HOSOUME, et al. 2011). Antoun, et al. 2012 em seu estudo mostrou que 4 implantes são o suficiente para suportar um protocolo inferior com sucesso clínico. O que se deve atentar é para novas alternativas de diminuição de custos e tempo clínico que onera tanto o paciente quanto o implantodontista. O ajuste dessas próteses torna-se ainda mais importante uma vez que micro movimentações podem induzir a afrouxamento dos parafusos. Esses afrouxamentos são vistos em diferentes tipos de reabilitação e segundo Weinberg nos dois trabalhos em que publicou em 2001 a inclinação das cúspides é um fator mecânico que influencia a sobrecarga sobre as próteses implanto-suportadas. 24 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ainda há muita discussão sobre o número ideal de implantes a se utilizar em uma mandíbula a fim de se reabilitar com uma próstese fixa sobre implantes. Mas os que foi encontrado nas buscas atuais é uma corrente a fim de reduzir o número de implantes. Apesar de alguns autores buscarem a redução para 3 implantes, o que se vê majoritariamente é que a esmagadora maioria dos artigos que tratam de procedimentos cirúrgicos padrão para reabilitar mandíbulas desdentadas usam de 4 a 6 implantes. Diante do exposto, consideramos que a reabilitação de mandíbulas com próteses do tipo protocolo caminha para um sistema novo de reabilitação servindose de quatro implantes com sucesso clínico e comprovação científica. 25 REFERÊNCIAS Antoun H, Belmon P, Cherfane P, Sitbon JM. Immediate loading of four or six implants in completely edentulous patients. Int J Periodontics Restorative Dent. 2012 Feb;32(1):e1-9. Aparicio C, Perales P, Rangert B. Tilted implants as an alternative to maxillary sinus grafting: a clinical, radiologic, and periotest study. Clin Implant Dent Relat Res. 2001;3(1):39-49. Branemark PI, Adell R, Breine U, Hansson BO, Lindstrom J, Ohlsson A. Intraosseous anchorage of dental prostheses. I. Experimental studies. Scand J Plast Reconstr Surg. 1969; 3(2): 81-100. Branemark PI, Svensson B, van Steenberghe D. Ten-year survival rates of fixed prostheses on four or six implants ad modum Branemark in full edentulism. Clin Oral Implants Res. 1995 Dec;6(4):227-31. 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