BANCO ITAÚ BBA INTERNATIONAL, SA Relatório e Contas 31 de Dezembro de 2012 BANCO ITAÚ BBA INTERNATIONAL, SA Relatório e Contas 31 de Dezembro de 2012 CONTEÚDO • Relatório do Conselho de Administração • Demonstrações Financeiras Individuais • Notas às Demonstrações Financeiras Individuais • Certificação Legal de Contas • Relatório e Parecer do Conselho Fiscal RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dezembro de 2012 1. INTRODUÇÃO O Conselho de Administração do Banco Itaú BBA International, S.A. (anteriormente denominado Banco Itaú Europa, S.A.) (“Banco”) apresenta neste documento o Relatório de Gestão referente ao exercício de 2012, que contém informações acerca da história, estrutura de governo interno e enquadramento regulamentar da sua actividade, bem como acerca do seu controlador, o Itaú Unibanco Holding S.A. (“Itaú Unibanco”). Segue-se também uma análise financeira detalhada da operação do Banco em termos individuais, assim como uma descrição da estratégia de actuação e do sistema de controlo interno e de gestão dos riscos inerentes à actividade desenvolvida em 2012. O desempenho do IBBAInt em 2012 Passando agora aos principais factos que influenciaram o desempenho do IBBAInt ao longo de 2012, iniciamos pela envolvente macroeconómica. Apesar dos esforços em curso por parte das autoridades europeias para conter a crise, as preocupações de sustentabilidade da dívida soberana, os esforços de consolidação orçamental, a desalavancagem bancária e a tensão no mercado de financiamento para bancos e soberanos continuam a pesar sobre as perspectivas de crescimento na Europa. Embora o mundo tenha começado a emergir da crise económica, as condições dos mercados de capitais permanecem difíceis e a pressão sobre o sector bancário traduziu-se na proposta do reforço do nível de capitalização, tendo sido acordados requisitos mais rigorosos de capital (Basileia III) que, embora não sendo ainda obrigatórios, começaram já a ser utilizados pelo mercado como parâmetros para a avaliação da robustez financeira dos bancos. Apesar deste cenário extremamente desafiante, a operação do IBBAInt apresentou, mais uma vez, um desempenho positivo, beneficiando do comportamento da economia brasileira, cujo dinamismo propiciou um aumento do fluxo de negócios cross-border (reforçando a importância estratégica das actividades conduzidas pelo IBBAInt nos segmentos de Corporate & Investment Banking e de Private Banking internacional), bem como de maior integração das equipas e operações internacionais do Conglomerado Itaú Unibanco dedicadas ao segmento Corporate & Investment Banking. O modelo de negócio e a visão estratégica do IBBAInt permaneceram substancialmente inalterados em 2012, o que significou manter o foco na actividade cross-border entre a Europa e os Estados Unidos da América e o mercado latino-americano – sobretudo os países onde o Conglomerado Itaú Unibanco possui presença efectiva, como é caso do Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e, naturalmente com muito maior destaque, o Brasil. Neste contexto, o IBBAInt tem procurado, em cada um dos segmentos em que actua, aprimorar-se no apoio ao fluxo internacional de negócios dos seus clientes e contrapartes. Apesar dos tempos difíceis, é importante assinalar que o IBBAInt encerrou o ano de 2012 com um total consolidado de 17 mil milhões de euros de activos, garantias, compromissos e AuM, registando um crescimento de 4,9% face a 2011. O índice de solvabilidade atingiu 14,2%. Em termos consolidados, a estratégia adoptada permitiu ao IBBAInt obter níveis satisfatórios de performance em todos os segmentos. Reflectindo o ajustamento do seu apetite ao risco, o produto bancário atingiu 126,3 milhões de euros, representando uma redução de 15,5% face ao ano anterior. O Conselho de Administração do IBBAInt, através da sua Comissão Executiva, e seguindo as directrizes traçadas para todo o Conglomerado Itaú Unibanco pela respectiva holding, manteve a postura destacadamente conservadora na gestão dos riscos, não tendo, mais uma vez, apresentado perdas operacionais dignas de nota no decorrer do exercício. A diferenciada situação de liquidez do balanço do IBBAInt foi amparada pelo contínuo suporte dos clientes, investidores e demais contrapartes de mercado, que contribuíram para uma adequada diversificação das fontes de recursos. Por sua vez, a carteira de crédito continuou a demonstrar elevada qualidade, liquidez e diversificação, tanto em termos de risco sectorial, quanto em termos de concentração e risco regional. Tal perfil, somado a uma maior selectividade do risco de crédito, resultou na inexistência de qualquer situação nova de crédito vencido relevante. 1.1. PERSPECTIVAS FUTURAS Os anos de 2013 e seguintes prenunciam-se como particularmente desafiantes devido à instabilidade gerada pela crise da dívida soberana e à necessidade dos países, sobretudo os europeus, assegurarem a execução de difíceis medidas de ajuste orçamental a fim de enquadrarem adequadamente os seus rácios de endividamento. Esta situação tem trazido e continuará a trazer muitas incertezas e limitará o potencial de crescimento dessas economias, tanto pela via do investimento (público e privado), como pela via do consumo e do restabelecimento de níveis aceitáveis do emprego. O Brasil, contudo, tem evidenciado nos últimos anos uma estabilidade do seu ambiente macroeconómico, apesar do impacto que a incerteza no quadro interno e internacional tem vindo a reflectir nas suas taxas de crescimento económico. O Brasil superou rapidamente os efeitos da crise financeira internacional e reforça a confiança nas perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos. Neste contexto, conforme já acima referido, a liderança que o Conglomerado Itaú Unibanco possui no mercado brasileiro e a sua estratégia de crescente penetração nos demais mercados da América Latina, em particular naqueles em que já está presente, promoverão um progressivo aumento do fluxo de negócios cross-border para o IBBAInt. Em termos de cobertura geográfica, planeamos a expansão do segmento Corporate & Investment Banking – Itaú BBA – em mercados como os EUA e a Ásia, mantendo-se porém o foco nas actividades e investimentos relacionados ao Brasil e demais países do Cone Sul. Devido à importância estratégica e geográfica do mercado financeiro de Londres e aos esforços de expansão e consolidação do Grupo Itaú Unibanco na Europa, no dia 1 de Fevereiro de 2 2013 o IBBAInt foi incorporado através de uma fusão transfronteiriça no Itau BBA International Limited (Itau BBA UK), uma empresa inglesa autorizada e regulada pelo Financial Services Authority (“FSA”). A fusão tornou-se efectiva por ordem do High Court concedida no dia 10 de Janeiro de 2013 de acordo com a legislação inglesa e portuguesa que transpuseram a Directiva Europeia 2005/56/EC de 25 de Outubro de 2005 sobre fusões transfronteiriças. Como resultado da fusão, (i) as permissões regulatórias do Itau BBA UK estabelecidas no registo do FSA tornaram-se activas; (ii) todos os activos e passivos do IBBAInt foram automaticamente transferidos, por operação de lei, para o Itau BBA UK; e (iii) o IBBAInt deixa de ser uma entidade jurídica separada. Estas iniciativas visam permitir ao IBBAInt melhorar o seu desempenho, ampliar a sua base de clientes, reforçar o seu posicionamento como plataforma internacional do Conglomerado, alcançar maior diversificação do risco e atingir crescentes indicadores de rentabilidade. Por fim, reafirmamos nesta oportunidade o comprometimento do Conselho de Administração em gerir o IBBAInt com base em práticas de governo interno que permitam uma gestão de risco conservadora, o rigoroso cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis, a adesão às determinações das autoridades de supervisão e, finalmente, a consolidação de uma cultura organizacional marcada por fortes valores éticos e motivada para o contínuo desenvolvimento do nosso capital humano. Temos, desta forma, a inequívoca convicção de que as acções acima descritas nos conduzirão a níveis cada vez maiores de performance sustentada e à crescente satisfação dos nossos clientes. 3 2. O GRUPO BANCO ITAÚ BBA INTERNATIONAL 2.1. ÓRGÃOS SOCIAIS Mesa da Assembleia Geral Presidente Adriano de Carvalho Secretário José Manuel Lopes Castelo Branco Conselho de Administração Presidente Alfredo Egydio Setubal Vogais Alberto Fernandes Almir Vignoto Cândido Botelho Bracher Daniel Luiz Gleizer Henri Penchas João Luiz de Medeiros José Francisco Claro Paulo Jorge dos Santos Lopes Renato Lulia Jacob Sérgio Ribeiro da Costa Werlang Comissão Executiva do Conselho de Administração Presidente Almir Vignoto Membros José Francisco Claro Paulo Jorge dos Santos Lopes Renato Lulia Jacob Conselho Fiscal Presidente José da Mata de Sousa Mendes Membros João Manuel Ricardo Catarino Manuel Carlos Teixeira de Abreu Telmo Francisco Salvador Vieira (Suplente) ROC Independente PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. Jorge Manuel Santos Costa (Suplente) Secretário da Sociedade Efectivo Margarida Castelo Branco Suplente Filipa Parada 4 2.2. ENQUADRAMENTO REGULAMENTAR Em 31 de Dezembro de 2012, o IBBAInt é uma Instituição de crédito com sede e administração em Lisboa. Como tal, está sujeito à supervisão do Banco de Portugal, tanto em base individual como em base consolidada – isto é, englobando todas as suas filiais, nacionais e estrangeiras, de natureza financeira. A entidade do Grupo Itaú BBA International responsável pela situação financeira consolidada, bem como pela informação necessária ao exercício da supervisão prudencial por parte do Banco de Portugal, é a Itaúsa Europa Investimentos, SGPS, Lda. (Itaúsa Europa). Nos termos da regulamentação europeia aplicável, a Itaúsa Europa qualifica-se como “empresa-mãe”, uma vez que, através da Itaúsa Portugal, SGPS, S.A. – accionista única do IBBAInt –, é a entidade que exerce, em última instância, o domínio sobre as filiais do IBBAInt abrangidas pelo perímetro de consolidação. Desta forma, a Itaúsa Europa e o IBBAInt estão obrigados ao cumprimento de toda a regulamentação bancária vigente na União Europeia e em Portugal, nomeadamente o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro – RGICSF. Neste contexto regulamentar, o IBBAInt está igualmente sujeito ao cumprimento dos standards prudenciais, de governo interno, de gestão de risco, de planeamento de capital e de divulgação de informação ao mercado previstos nas Directivas Comunitárias que disciplinam a actividade das instituições de crédito europeias, como é o caso das Directivas 2006/48/CE e 2006/49/CE – que incorporam as regras e os princípios de Basileia II –, transpostas para o Direito interno português em Abril de 2007, através dos Decretos-Lei n.º 104/2007 e n.º 103/2007. Em resumo, os mencionados Decretos-Lei (i) definem o modelo de cálculo dos montantes de requisitos de fundos próprios para cobertura de risco (crédito, mercado e operacional); (ii) estabelecem os requisitos de elegibilidade a serem satisfeitos pelas instituições que pretendam, mediante aprovação da Autoridade de Supervisão, adoptar, em alternativa ao modelo regulamentar, modelos próprios para o cálculo do capital necessário para cobertura dos riscos (Pilar 1); (iii) obrigam as instituições a implementarem um processo permanente de auto-avaliação da adequação do capital aos principais riscos incorridos (ICAAP) – incluindo riscos não abrangidos pelo modelo regulamentar, tais como o risco de compliance, o risco de estratégia, o risco dos sistemas e o risco de reputação; (iv) submetem o processo de planeamento de capital adoptado pelas instituições a um modelo mais exigente de acompanhamento e revisão por parte da Autoridade de Supervisão, cujos poderes são reforçados, podendo inclusive impor ad hoc requisitos de capital superiores aos que são estabelecidos pela regulamentação geral (Pilar 2); e (v) impõem às instituições acrescidos deveres de informação acerca da sua solvabilidade, devendo a informação a divulgar ao mercado contemplar os riscos incorridos, atendendo aos objectivos estratégicos e aos respectivos sistemas de avaliação e gestão (Pilar 3). Este conjunto de obrigações a que estão sujeitas as instituições de crédito europeias tem vindo a sofrer alterações em função dos desafios colocados pela crise financeira mundial, assistindo- 5 se a um recrudescimento das exigências, não apenas quanto aos standards prudenciais, mas também em termos de risk governance, com repercussões ao nível dos três Pilares em que assenta Basileia II, e ainda em termos de práticas de governo interno – como é o caso das normas promulgadas em Portugal no que se refere à política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização das instituições de crédito. 1 Após a conclusão da supramencionada incorporação, que transferiu a sede do IBBAInt de Portugal para o Reino Unido, a Financial Services Authority tornou-se a autoridade competente para a supervisão em base consolidada, e o Banco de Portugal tem agora apenas poderes limitados de supervisão sobre a sucursal do IBBAInt em Portugal. Quer em razão da sua forte base de capital, quer em razão da qualidade do sistema de controlos internos implementados, quer ainda pelo facto de adoptar uma política de risco conservadora, estamos convictos de que o IBBAInt se encontra em condições de se ajustar a quaisquer alterações que venham a ser implementadas no que se refere ao ambiente regulamentar em que a sua actividade se insere. Apresenta-se de seguida o organograma que reflecte a estrutura societária actual do Grupo Banco Itaú BBA International: 1 Cf. Lei n. 28/2009. 6 Itaú Unibanco Holding, S.A. - Brasil 10 0 % Itaú Unibanco, S.A. - Brasil - 10 0 ,0 0 % 10 0 % ITB Holding Brasil Participações Ltda. - Brasil - IItau International Investment LLC - Delaware - USA- 9 ,5 5 % 6 9 ,11% 2 1,3 4 % ITAÚSA EUROPA INVESTIMENTOS SGPS, Lda 9 9 ,9 9 9 2 % Itau BBA International Ltd. (United Kingdom) 10 0 % ITAÚSA PORTUGAL SGPS, S.A. 10 0 % BANCO ITAÚ BBA INTERNATIONAL, S.A. 4 9 ,0 0 % (a) IPI - Itaúsa Portugal Investimentos SGPS, Lda 10 0 % Banco Itaú Europa International (Miami) 10 0 % 9 9 ,9 9 % Itaú Europa Securities, Inc (Miami) Banco Itaú Europa Luxembourg, S.A. 9 9 ,9 9 % Madeira Off-Shore Branch - SFI - London Branch Representative Office Bogotá Representative Office Frankfurt Representative Office Paris Representative Office Madrid Itaú Europa SGPS, Lda (Madeira) 10 0 % 10 0 % 10 0 % Itau BBA International (Cay man) Ltd. Banco Itaú (Suisse) S.A. Itau Bank & Trust (Bahamas) Ltd. 10 0 % 10 0 % Bay State Corporation Limited (Bahamas) 10 0 % Federal Director International Services, SA (Bahamas) ( a ) Os restantes 51% são detido s pela A finco M adeira, SGP S, Lda , uam subsidiária do Itaú Unibanco , S.A . BIE Caym an Ltd. (Cayman Islands) 3. MODELO DE GOVERNO INTERNO 3.1. ESTRUTURA O IBBAInt é a plataforma internacional do Conglomerado Itaú Unibanco voltada para mercados desenvolvidos. A sua estrutura societária e de gestão contempla a segmentação do negócio corporate & investment banking face ao negócio de private banking. Em 31 de Dezembro de 2012, o negócio corporate e investment banking é desenvolvido pelo IBBAInt (com presença física em Lisboa (headoffice), Madeira e Londres (sucursais), Madrid, Frankfurt, Paris e Bogotá (representações)) e pelo Itau BBA International Cayman Ltd. (Ilhas Caimão), estando a actividade de private banking afecta fundamentalmente às subsidiárias no Luxemburgo (BIEL), Miami (BIEI), Nassau (BBT – Bahamas) e Zurique (BIS). 2 É ao nível do IBBAInt que se dá a coordenação estratégica da actividade do Grupo a partir de Portugal, e é também a este nível que estão implementados os mecanismos de gestão e de controlo (em base consolidada) dos principais riscos. 3 A seguir, descreve-se a forma como estão estruturadas as funções de fiscalização e de administração do IBBAInt, ambas subordinadas, nos termos legais, à Assembleia Geral. a) Fiscalização A estrutura orgânica do IBBAInt adopta o modelo de administração e de fiscalização previsto na alínea a) do n. 1 (“a”) c/c n. 3 do art. 278º do CSC, “modelo monista complexo”, que se organiza através de um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Revisor Oficial de Contas (ROC), ao qual compete emitir a certificação legal das contas. Esta estrutura de fiscalização atende às exigências introduzidas pelo Decreto-Lei n. 225/2008 no que se refere à fiscalização das chamadas “entidades de interesse público”, um conceito que abrange, indistintamente, as instituições de crédito, ainda que, como é o caso do IBBAInt, não sejam emitentes de acções admitidas à negociação em mercado regulamentado. De acordo com este figurino, a estrutura de fiscalização implementada no IBBAInt compreende uma clara segregação de funções. De um lado, (i) a fiscalização em geral da sociedade (incluindo a fiscalização da eficácia do sistema de controlo interno), atribuída ao Conselho Fiscal; de outro lado, (ii) a revisão de contas, atribuída ao ROC (ou, como é o caso, a Sociedade de Revisores Oficiais de Contas), constituído à parte e de forma independente do Conselho Fiscal. Desta forma, ao Conselho Fiscal compete, em geral, fiscalizar a administração do Banco, o que inclui, entre outras atribuições, verificar a observância da lei e dos Estatutos, a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação e acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelo ROC, zelando pela sua independência e pronunciando-se, em parecer anual dirigido aos accionistas, 2 3 V. Organograma, item 2.2 acima. V. Capítulo 5 – Controlo Interno e Gestão de Risco. 8 acerca do relatório de gestão, contas e propostas apresentados pela administração. Adicionalmente, ao Conselho Fiscal compete fiscalizar a qualidade e integridade do sistema de controlo interno, aí incluído o sistema de gestão de riscos e o processo de auditoria interna, procedendo à revisão da sua adequação e eficácia e elaborando para o efeito um parecer fundamentado que é submetido anualmente à Autoridade de Supervisão, nos termos da regulamentação em vigor. Ao ROC, além de proceder à certificação legal das contas, nos termos legalmente exigidos, compete ainda, em complemento à actuação do Conselho Fiscal, emitir um parecer anual sobre a adequação e a eficácia dos mecanismos de controlo interno subjacentes, especificamente, ao processo de preparação e de divulgação de informação financeira (relato financeiro), incluindo a verificação (i) da regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; (ii) da extensão da caixa e das existências de qualquer espécie dos bens ou valores pertencentes à sociedade ou por ela recebidos em garantia, depósito ou outro título; (iii) da exactidão dos documentos de prestação de contas; e (iv) da fiabilidade e consistência das políticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos adoptados pela sociedade, de forma a assegurar que os mesmos conduzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados. b) Administração O Conselho de Administração está investido dos mais amplos poderes de gestão e representação, competindo-lhe efectuar todas as operações que se enquadrem no objecto social do IBBAInt. Em 31 de Dezembro de 2012, Conselho de Administração é composto por 11 membros 4 efectivos , dos quais cinco desempenham funções executivas, compondo a sua Comissão Executiva. O Presidente do Conselho é designado dentre os administradores não-executivos. Os seis administradores não executivos integram o Conselho de Administração do Itaú Unibanco e/ou sua Directoria Executiva, o que assegura o comprometimento da Administração ao mais alto nível do Conglomerado com a gestão do IBBAInt, além de naturalmente garantir um fluxo de informação permanente e o mais qualificado possível entre o IBBAInt e o centro de decisão do Conglomerado no Brasil. Todos os membros do Conselho de Administração do IBBAInt dispõem da qualificação necessária ao exercício das funções que desempenham, nomeadamente a habilitação académica e a experiência profissional adequadas atendendo às características e à dimensão do Banco. Ao longo dos anos, a composição do Conselho de Administração tem mantido um conveniente grau de estabilidade, sobretudo no que se refere aos administradores não executivos. 5 4 Estatutariamente, o Conselho de Administração poderá ter de 5 a 15 membros. Com efeito, a rotatividade tem estado predominantemente concentrada nos administradores membros da Comissão Executiva e, dentre estes, naqueles que respondem pelas áreas comercial e financeira. Trata-se de áreas para as quais o alinhamento da estratégia negocial com o Itaú Unibanco e com o Banco Itaú BBA S.A. (Itaú BBA) é especialmente importante, daí a conveniência em designar administradores que possuam profundo conhecimento acerca não apenas do mercado brasileiro e latino-americano, mas também acerca, especificamente, do Itaú Unibanco e do Itaú BBA, de cujos quadros são destacados. 5 9 3.2. REGRAS APLICÁVEIS À DESIGNAÇÃO E À SUBSTITUIÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO Os membros do Conselho Fiscal, assim como o ROC, são eleitos, reconduzidos e destituídos pela Assembleia Geral, que constitui o órgão soberano da sociedade. A 31 de Dezembro de 2012, o Conselho Fiscal tinha a seguinte composição: Conselho Fiscal Presidente José da Mata de Sousa Mendes Membros João Manuel Ricardo Catarino Manuel Carlos Teixeira de Abreu Membro Suplente Telmo Francisco Salvador Vieira Como ROC, actua a PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda., representada por Aurélio Adriano Rangel Amado, ROC (efectivo), tendo como suplente Jorge Manuel Santos Costa, ROC. A duração do mandato do ROC é de um ano, sendo permitida a sua renovação. A duração do mandato dos membros do Conselho Fiscal é de três anos, podendo ser reeleitos, uma ou mais vezes, dentro dos limites previstos em lei. Quer os membros efectivos do Conselho Fiscal, quer o suplente, dispõem de qualificação académica e profissional adequada ao exercício das funções que legal e estatutariamente lhes são atribuídas. De mesma forma, os membros do Conselho de Administração são eleitos, reconduzidos e destituídos pela Assembleia Geral, que designa o respectivo Presidente. A 31 de Dezembro de 2012, a composição do Conselho de Administração era a seguinte: Conselho de Administração Presidente Alfredo Egydio Setubal Membros Alberto Fernandes Almir Vignoto Cândido Botelho Bracher Daniel Luiz Gleizer Henri Penchas João Luiz de Medeiros José Francisco Claro Paulo Jorge dos Santos Lopes Renato Lulia Jacob Sérgio Ribeiro da Costa Werlang 10 A duração do mandato dos membros do Conselho de Administração é de um ano, mantendo-se tais administradores em funções até à designação de novos membros nos termos legais e estatutários, inexistindo restrições à sua reeleição. Aplicam-se à designação e à substituição dos administradores as regras gerais legalmente previstas. 3.3. REGRAS APLICÁVEIS À ALTERAÇÃO DOS ESTATUTOS A competência para proceder à alteração dos Estatutos, quer por modificação ou supressão de alguma das suas cláusulas, quer por introdução de nova cláusula, é da Assembleia Geral, nos termos da lei. Os Estatutos não discriminam regras específicas para as deliberações dos accionistas que tenham por objecto a sua alteração. A cada acção corresponde um voto, sem quaisquer limites ao exercício do direito de voto ou à titularidade das acções representativas do capital social. 3.4. PODERES DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E O SEU MODO DE FUNCIONAMENTO a) Conselho de Administração Como já referido, o Conselho de Administração tem os mais amplos poderes de gestão e representação, competindo-lhe efectuar todas as operações que se enquadrem no objecto social do IBBAInt, definindo a sua orientação estratégica e supervisionando a actividade da Comissão Executiva, à qual é delegada a gestão corrente da sociedade. Sem prejuízo das competências próprias do Conselho Fiscal, cabe igualmente ao Conselho de Administração assegurar que o IBBAInt dispõe de um sistema de controlo interno adequado e eficaz. Assim é que, nos termos da lei e dos Estatutos, compete ao Conselho de Administração deliberar sobre qualquer assunto pertinente à gestão do IBBAInt, de forma a orientar efectivamente a actividade do Banco, estando subordinado apenas às deliberações da Assembleia Geral ou às intervenções do órgão de fiscalização, conforme legalmente previsto. No exercício destes seus poderes, o Conselho de Administração delegou numa Comissão Executiva a gestão corrente do Banco, investindo esta Comissão de todos os poderes cuja delegação é legalmente permitida. Entre outros, detêm poderes para: • Definir a estrutura orgânica e as áreas departamentais em que se agrupam os serviços do IBBAInt, estabelecendo as respectivas funções e nomeando os colaboradores responsáveis pela sua coordenação; • Implementar a política comercial, financeira e de gestão de riscos e de capital do IBBAInt; • Aprovar as despesas e os investimentos necessários à concretização dos fins e objectivos do IBBAInt; • Atribuir poderes representativos aos colaboradores do IBBAInt e a terceiros, dentro dos limites da lei e dos Estatutos; 11 • Aprovar as normas e os regulamentos internos relativos às actividades do IBBAInt; • Planear a actividade anual do IBBAInt, enquadrada pela estratégia geral e objectivos definidos pelo Conselho de Administração; • Definir e aplicar a política de gestão de recursos humanos. Dentre as matérias que são da exclusiva competência do Conselho de Administração estão: a) relatórios e contas anuais a submeter à aprovação da Assembleia Geral; b) prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pelo Banco; c) mudança de sede e aumentos de capital; e d) projectos de fusão, de cisão e de transformação do Banco. A actividade do Conselho de Administração encontra-se sujeita ao controlo do órgão social eleito para este efeito pela Assembleia Geral, o Conselho Fiscal. Ademais, nos termos da lei, a própria Assembleia Geral, como órgão social soberano, procede anualmente à apreciação geral da administração (e da fiscalização) da sociedade, sendo que lhe compete ainda a determinação da remuneração dos membros quer do órgão de administração, quer do órgão de fiscalização (v. infra item 3.6 – Política de Remuneração). O Conselho de Administração reúne pelo menos uma vez a cada três meses, ou sempre que convocado pelo seu Presidente ou por dois administradores. A validade das deliberações depende de que esteja presente ou representada a maioria dos seus membros, sendo que qualquer administrador poderá fazer-se representar por outro mediante carta dirigida ao Presidente. As deliberações são tomadas por maioria de votos dos administradores presentes (sendo admitido o uso de recursos telemáticos) ou representados, com voto de qualidade atribuído ao Presidente. b) Comissão Executiva O Presidente da Comissão Executiva, nomeado pelo Conselho de Administração, é responsável por assegurar que seja prestada aos demais membros do Conselho de Administração toda a informação relativamente à actividade e às deliberações da Comissão Executiva, além de garantir que no exercício da gestão corrente da sociedade sejam cumpridos os limites legais da delegação realizada pelo Conselho. Em 31 de Dezembro de 2012, a Comissão Executiva apresentava a seguinte composição: Presidente Almir Vignoto Membros José Francisco Claro (CFO) Paulo Jorge dos Santos Lopes (CRO) Renato Lulia Jacob 12 Os membros da Comissão Executiva são responsáveis pelos seguintes pelouros e segmentos de negócio: Internal Organisational Chart Almir Vignoto Renato Lulia Auditoria Interna Products and Sales AML & Compliance Officer Plataformas Comerciais Compliance UK Sindicação Tesouraria - ALM/Banking LATAM Tesouraria - Trading IBD Tesouraria - Financial Institutions Tesouraria - Economic Research Crédito José Francisco Claro Jurídico Finanças Recursos Humanos Serviços Administrativos CRO Secretária das Sociedades Governance and Consultancy Paulo Lopes Sistemas de Informação Operations Risk Information Area 13 As mesmas regras de funcionamento que regem a actuação do Conselho de Administração aplicam-se igualmente à Comissão Executiva, mas esta, conforme imposição estatutária, deve reunir no mínimo uma vez por mês. O Presidente do Conselho de Administração poderá sempre tomar parte nas reuniões da Comissão Executiva ou fazer-se representar por outro administrador não executivo. 3.5. COMITÉS ESPECIALIZADOS No âmbito da delegação de competências efectuada pelo Conselho de Administração, a Comissão Executiva nomeou Comités Especializados que, ocupando-se de matérias específicas, constituem estruturas de apoio para melhor desempenho das suas atribuições. Trata-se de comités não previstos estatutariamente, mas cuja composição, atribuições, objectivos e modo de funcionamento são descritos em norma interna aprovada pela Comissão Executiva. Da mesma forma, normas internas definem as melhores práticas que devem orientar a participação nas reuniões, bem como as atribuições dos presidentes, secretários e demais membros dos Comités. A actividade dos Comités Especializados visa, de um modo geral, (i) disseminar a estratégia e a cultura da organização; (ii) legitimar e formalizar as decisões cuja importância ou natureza assim o recomendem; e/ou (iii) reforçar o directo envolvimento da Administração na gestão do negócio e dos riscos que lhe são inerentes. Os Comités Especializados são constituídos por membros da Comissão Executiva e pelos responsáveis das áreas com responsabilidades sobre as matérias objecto de análise, acompanhamento e deliberação do Comité em causa. O responsável pela Área de Auditoria Interna, além de ser o secretário do Comité Sectorial de Auditoria, é convidado permanente para participar de todos os demais Comités Especializados. Os objectivos dos Comités Especializados mais importantes são descritos a seguir. a) Comité de Administração de Riscos Financeiros (CARF) Objectivo: Monitorizar de forma centralizada os principais riscos a que o Grupo (Banco e filiais incluídas no perímetro de supervisão) está ou pode vir a estar exposto, nomeadamente, risco de crédito, risco de mercado (incluindo taxa de juro e taxa de câmbio da carteira bancária), risco de liquidez e risco operacional (na vertente das perdas financeiras associadas a eventos de risco operacional). b) Comité de Controlo Económico (CCE) Objectivo: O CCE tem por objectivo acompanhar a evolução da posição de solvabilidade do Grupo, definindo medidas a implementar em função da política de gestão de capital adoptada e das exigências regulamentares em vigor, bem como analisar matérias relacionadas às premissas utilizadas na elaboração das informações e relatórios financeiros e do planeamento orçamental. 14 c) Comité de Controlos Internos, Compliance e Risco Operacional (CCICRO) Objectivo: o CCICRO tem como objectivos avaliar e assegurar o cumprimento das normas internas, regulatórias e legais, de forma a reduzir os riscos de compliance, operacional e de reputação do IBBAInt. d) Comité Sectorial de Auditoria (CSAud) Objectivo: o CSAud tem por objectivo acompanhar o andamento dos assuntos relativos à actuação da Auditoria Interna no Banco e nas suas filiais. f) Comité de Crédito (CC) Objectivo: o CC tem por objectivo proceder à tomada de decisões de crédito com base nas análises da Área de Crédito, atendendo à demanda das áreas comercial e financeira. g) Comité de Produtos (CProd) Objectivo: o CProd tem por objectivo deliberar sobre propostas de novos produtos, operações ou serviços, analisar o impacto operacional, regulatório e os demais riscos envolvidos, bem como acompanhar a sua evolução. h) Comité de Sistemas (CSis) Objectivo: o CSis tem por objectivo gerir o risco dos sistemas de informação e acompanhar a evolução do Plano Director de Sistemas. 3.6. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO 3.6.1 OBJECTIVOS E PRINCÍPIOS GERAIS DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO São objectivos gerais da política de remuneração: a) Fomentar uma cultura organizacional assente na meritocracia, o que se traduz pelo foco em performance (resultado e crescimento sustentáveis) e pela observância de critérios retributivos uniformes, consistentes, mensuráveis e equilibrados; b) Valorizar o desempenho e o contributo individual para o resultado global do Banco e do Grupo, tendo em conta factores como a competência técnica, a iniciativa, a performance diferenciada, o esforço, o compromisso com os valores éticos e humanos, a responsabilidade no cumprimento da política de gestão de risco adoptada, as normas aplicáveis à actividade e a lealdade aos interesses de longo prazo do Banco e do Grupo. 15 c) Permitir a atracção, a retenção e a fidelização dos talentos com maior potencial de contribuição para a realização dos objectivos do Banco e do Grupo, nas diversas funções a desempenhar, assegurando um pacote retributivo competitivo, tendo em conta a prática dos respectivos mercados de referência onde as actividades são desenvolvidas. Para além dos objectivos gerais atrás referidos, a presente política de remunerações visa também dar integral cumprimento às regras e princípios sobre remunerações estabelecidos no D.L. 88/2011 e no Aviso n.º 10/2011 do Banco de Portugal (Aviso n.º 10/2011), relativamente às remunerações dos membros dos órgãos de administração e dos colaboradores nos termos definidos no art. 2.º, alínea a) do Aviso n.º 10/2011, tal como atrás definidos. Na aplicação destes princípios, de acordo com o previsto no D.L. 88/2011 e no Aviso n.º 10/2011, deve levar-se em adequada consideração a dimensão, organização interna e a natureza, âmbito e complexidade das actividades de cada instituição (principio da proporcionalidade). Considerando da maior relevância o princípio atrás enunciado, na sua aplicação no âmbito da presente política, dada a convergência dos princípios regulatórios em matéria de remuneração que se observa juntos aos estados membros da União Europeia, e uma vez que actualmente uma parte significativa e crescente da actividade directa do Banco é realizada através das estruturas e recursos humanos afectos à sucursal do Banco no Reino Unido (UK), na elaboração desta política, são tidas em elevada consideração, com as convenientes adaptações, as orientações sobre esta matéria já emitidas pela FSA, autoridade de supervisão bancária do Reino Unido. Para efeitos de sujeição às regras estabelecidas no D.L. 88/2011 e no Aviso n.º 10/2011, definem-se, em seguida, os colaboradores que nos termos definidos no art. 2.º, alínea a) do Aviso n.º 10/2011 estão abrangidos pela disciplina do D.L. 88/2011: a) b) Responsáveis por assunção de riscos: • Responsável pela Coordenação da Actividade Comercial na Europa • Responsável pela Área de Estruturação e Vendas de Produtos Derivados • Responsável pela Área de Syndicate • Responsável pela Área de Sindicação • Responsável pela Área de Tesouraria, Banking e Trading • Responsável pela Área de Análise de Crédito Responsáveis por funções de controlo: • Responsável pela Área de Controlos Internos, Compliance e Risco Operacional da Sede • Responsável pela Área de Controlos Internos, Compliance e Risco Operacional da Sucursal de Londres 16 c) • Responsável pela Área de Auditoria Interna • Responsável pela Área de Controlo de Riscos Quaisquer colaboradores, além dos atrás referidos, cuja remuneração total os coloque no mesmo escalão de remuneração que os membros da Comissão Executiva e os responsáveis pela assunção de riscos e cujas actividades tenham um impacto significativo no perfil de risco do Banco e do Grupo. A Comissão Executiva, mediante decisão a tomar no seio do Comité de Recursos Humanos do Banco, previamente ao inicio de cada processo de avaliação tendente à atribuição da eventual remuneração variável aos colaboradores, divulga a lista nominativa actualizada dos colaboradores que são incluídos no âmbito das anteriores alíneas a), b) e c). Relativamente aos órgãos sociais e colaboradores nos termos definidos no art. 2.º, alínea a) do Aviso n.º 10/2011, abrangidos pela disciplina do D.L. 88/2011, são estabelecidos os seguintes poderes de decisão e competências no âmbito da política de remunerações: a) A aprovação desta Política de Remuneração, bem como das remunerações fixas da totalidade dos membros dos órgãos sociais do Banco, Mesa da Assembleia Geral, Conselho de Administração (incluindo os membros da respectiva Comissão Executiva) e Conselho Fiscal é da competência exclusiva da Assembleia Geral do Banco. b) A definição e a elaboração de recomendações sobre a política de remunerações do Banco, bem como a definição da metodologia e critérios de atribuição de uma eventual remuneração variável aos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração, conforme o caso, assim como a avaliação do seu desempenho e atribuição efectiva da eventual remuneração variável, tendo em conta os princípios e regras enunciadas neste documento, é da competência do Comité de Remunerações do Conselho de Administração (Comité de Remunerações do CA), o qual é composto por membros independentes da Gestão Corrente do Banco, incluindo no mínimo dois membros do Conselho de Administração que não exercem funções executivas e até dois membros que não façam parte dos quadros, tampouco dos órgãos sociais do banco, com capacidade para o exercício desta função, nos termos definidos no art. 7.º, n.º 2 e 3 do Aviso n.º 10/2011. O Comité é eleito anualmente pelo Conselho de Administração. c) O Comité de Remunerações do CA deve reunir com a periocidade mínima anual, devendo elaborar actas das respectivas reuniões, competindo-lhe ainda os deveres enunciados no art. 7.º n.º 4 do Aviso n.º 10/2011, a saber: 17 • Preparar propostas e recomendações sobre a determinação da remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, bem como dos colaboradores com a remuneração total mais elevada da instituição; • Prestar todo o apoio necessário e efectuar recomendações, para efeitos da aprovação da política geral de remuneração da instituição; • Ter o poder de recorrer a serviços de consultoria externa, de forma adequada e proporcional à dimensão e complexidade da instituição em causa, ou interna relativamente a matérias da sua competência; • Rever as conclusões dos serviços de consultoria externa, que o órgão societário competente tenha decidido contratar nos termos da alínea anterior; • Testar a capacidade de reacção do sistema de remuneração implementado face a eventos externos e internos recorrendo a um conjunto de possíveis cenários bem como promover o teste retroactivo do modelo utilizado para esse efeito; • Assegurar que é realizada uma revisão, com periodicidade mínima anual, da política de remuneração da instituição e da sua implementação, de modo a garantir que a mesma (i) é efectivamente aplicada, (ii) que os pagamentos efectuados são adequados e que o perfil de risco do Banco e os seus objectivos a longo prazo estão a ser assegurados e que (iii) está de acordo com a legislação e regulamentação em vigor. d) O Comité de Remunerações do CA, na qualidade de responsável pela política de remuneração do Banco, deve informar anualmente a Assembleia Geral sobre o exercício das suas funções. e) A implementação da política de remuneração dos colaboradores do Banco, nos termos definidos no art. 2.º, alínea a) do Aviso n.º 10/2011, abrangidos pela disciplina do D.L. 88/2011, é da competência da Comissão Executiva que poderá exercê-la no âmbito das actividades do Comité de Recursos Humanos (Comité de RH) do Banco, devendo estar em conformidade com os princípios e regras estabelecidos neste documento e ser submetida à competente aprovação pelo Comité de Remunerações do CA, nos termos definidos nesta política. f) A presente política será objecto de revisão sempre que necessário, no mínimo com a periodicidade anual. A definição das políticas de remuneração e quaisquer outros benefícios com carácter regular aplicáveis aos funcionários do Banco não abrangidos pelo D.L. 88/2011 são da competência da Comissão Executiva, em conformidade com as competências que à mesma foram delegadas pelo Conselho de Administração. 18 3.6.2 REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO Remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, dos membros da Mesa da Assembleia Geral e dos membros sem funções executivas do Conselho de Administração: a) A remuneração auferida pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, pelos membros do Conselho Fiscal do Banco e pelos membros não-executivos do Conselho de Administração, é constituída exclusivamente por uma remuneração fixa em dinheiro, sendo paga doze vezes durante o ano, em montante determinado tendo em conta a situação do Banco e as práticas de mercado, de modo a assegurar a sua conformidade com os níveis retributivos normais para o desempenho de funções similares. b) Os membros não-executivos do Conselho de Administração que sejam membros de órgãos de administração de sociedade em relação de domínio ou de grupo podem ser remunerados pelas referidas sociedades, caso em que poderão não ser remunerados pelo exercício das suas funções no Banco. c) A remuneração do secretário da Mesa da Assembleia Geral é constituída por um montante fixo devido por cada uma das suas participações em Assembleias Gerais determinado tendo em conta a situação do Banco e as práticas de mercado. d) Os Membros do Conselho Fiscal gozam de benefícios similares aos atribuídos aos colaboradores do Banco no que se refere ao plano de seguro de saúde. Remuneração dos membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração: a) Os membros da Comissão Executiva, auferem uma remuneração fixa em dinheiro aprovada pela Assembleia Geral do Banco, que poderá ser diversa entre eles, paga doze vezes durante o ano, e uma eventual remuneração variável, a qual não poderá exceder 15% do resultado consolidado operacional recorrente do exercício (Resultado Consolidado Operacional). O Resultado Consolidado Operacional (RCO) não incluirá os resultados decorrentes de eventos extraordinários não ligados à exploração corrente do Banco e das suas filiais, assim como os resultados quer correntes quer extraordinários apurados directa ou indirectamente relativamente a sociedades participadas que não sejam consideradas filiais, ou seja, a associadas e outras participações minoritárias. b) O montante da remuneração fixa atribuída a cada membro da Comissão Executiva deve ser suficientemente adequada e equilibrada, a fim de permitir a aplicação de uma política 19 plenamente flexível das componentes variáveis da remuneração, incluindo a possibilidade de não pagamento de qualquer remuneração variável. c) Ainda que dentro do limite definido na alínea a) anterior, a remuneração variável a atribuir aos membros da Comissão Executiva não poderá afectar significativamente o rácio de solvabilidade do Banco nem de alguma forma contribuir para por em causa a continuidade e sustentabilidade da actividade futura do Banco. d) Os membros da Comissão Executiva que desempenhem funções executivas em sociedade em relação de domínio ou de grupo podem ser remunerados apenas por essa sociedade, caso em que poderão não ser remunerados pelo exercício de funções executivas no Banco. e) Os Membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração gozam de benefícios similares aos atribuídos aos colaboradores do Banco no que se refere ao plano de seguro saúde e ao plano de seguro de vida. f) A remuneração variável dos membros da Comissão Executiva está sujeita a uma avaliação individual do respectivo desempenho, aprovada pela Comissão de Remunerações do CA, a qual leva em consideração os seguintes critérios e factores: (i) a capacidade de liderança e de gestão de pessoas; (ii) a gestão sã e prudente visionando o cumprimento de resultados financeiros e objectivos não financeiros, os quais incluem a prática de uma visão de longo prazo e alinhada com os interesses dos accionistas, o compliance com as normas aplicáveis à actividade, a implementação de recomendações elaboradas pelas funções de controlo (Gestão de Risco, Compliance e Auditoria Interna) e a aderência a altos padrões éticos e cultura do Grupo Itaú Unibanco. g) A atribuição de uma remuneração variável é meramente eventual na medida em que está condicionada pelo alcance de resultados sustentáveis, podendo não ser atribuída, nomeadamente: (i) no caso do resultado global (Resultado Consolidado Operacional) evidenciar uma deterioração substancial do desempenho do Banco face à média dos últimos 3 anos. (ii) no caso de ser expectável uma deterioração substancial do referido Resultado Consolidado Operacional no exercício subsequente, ainda que tal expectativa seja fundada num juízo acerca das condições de mercado, sem guardar relação com a forma como o Banco é gerido. h) O montante a atribuir a cada administrador executivo a título de remuneração variável será fixada consoante o resultado da avaliação de desempenho individual, conforme metodologia 20 acima referida, podendo a avaliação e respectiva atribuição de remuneração variável, por decisão da Comissão de Remunerações do CA, ser feita com a periodicidade semestral, caso em que o respectivo calendário e restantes condições aplicáveis serão idênticas às estabelecidas para o mesmo processo relativos aos colaboradores. Divulgação da remuneração auferida pelos membros do órgão de administração e de fiscalização: A Lei 28/2009 estabelece que as sociedades consideradas “entidades de interesse público” (Decreto-Lei 225/2008), como é o caso das instituições de crédito, devem divulgar publicamente o montante anual da remuneração auferida pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, de forma agregada e individual. Em relação aos membros do Conselho Fiscal, conforme já referido, a sua remuneração é constituída exclusivamente por uma componente fixa, conforme valores abaixo discriminados. Montantes auferidos em 2012 pelos membros do Conselho Fiscal: Conselho Fiscal Em euros IBBAInt Remunerações Fixas Anuais Total Anual Líquido de Imposto José da Mata de Sousa Mendes 20.880 15.206 João Ricardo Catarino 13.680 10.662 Manuel Carlos Teixeira de Abreu 13.680 11.251 Total 48.240 37.119 Em relação aos membros do Conselho de Administração, aí incluídos os que integram a Comissão Executiva, esclarece-se que os montantes apresentados abaixo são os auferidos no decorrer de 2012 pelos membros da Comissão Executiva. Em consonância com a política de remuneração para expatriados adoptada pelo Conglomerado Itaú Unibanco, administradores transferidos beneficiam de um adicional à sua remuneração fixa, pago aquando da sua transferência. Os demais administradores não auferiram qualquer remuneração em 2012, nos termos da Política de Remuneração do IBBAInt, segundo a qual os administradores que exerçam cargos em órgãos da administração de sociedades do Conglomerado Itaú Unibanco, como já se disse, podem não ser remunerados pelas funções que exercem como administradores do IBBAInt. 21 Montantes auferidos em 2012 por membros da Comissão Executiva do Conselho de Administração: Conselho de Administração IBBAInt Almir Vignoto Em euros Remunerações Remunerações Fixas Anuais Variáveis Pagas Pagas 323.490 580.936 Remuneração Variável Diferida 497.318 Total Anual 1.401.744 José Francisco Claro 138.207 249.340 190.000 577.546 Paulo Jorge dos Santos Lopes 156.000 197.385 155.000 508.385 Renato Lulia Jacob 294.082 545.137 419.203 1.258.421 Total 911.778 1.572.798 1.261.521 3.746.097 3.6.3 REMUNERAÇÃO DOS COLABORADORES A componente fixa das remunerações e outros benefícios de carácter permanente (remunerações fixas) dos colaboradores do Banco são aprovados pela Comissão Executiva, no âmbito das actividades do Comité de RH, em conformidade com os objectivos gerais, mercado e princípios contidos na política de remunerações. 1. As remunerações fixas dos colaboradores são atribuídas tendo em conta as funções desempenhadas e as respectivas capacidades técnicas e relacionais exigidas para o seu desempenho e levando ainda em conta as práticas dos respectivos mercados de referência e a necessidade de desenvolver e reter os talentos necessários ao desenvolvimento das actividades do Banco e do Grupo, de forma sustentável, ética e conformes com os respectivos objectivos de curto, médio e longo prazos. 2. As remunerações fixas são constituídas por um salário mensal, pago nos termos da legislação laboral em vigor, por outros benefícios de carácter permanente previstos na lei e ainda por benefícios regulares atribuídos voluntariamente pelo Banco conforme normativa interna, nomeadamente (i) Seguro de saúde a favor dos colaboradores e respectivos agregados familiares directos. (ii) Seguro de vida. (iii) Para os colaboradores que exercem a sua actividade em território português, são concedidos em condições especiais financiamentos destinados à aquisição ou construção de habitação própria permanente, de acordo com regulamentação específica constante de Circular Normativa Permanente aprovada pela Comissão Executiva, na qual se estabelecem condições semelhantes às que vigoram no sector bancário português para as instituições sujeitas à respectiva regulamentação colectiva de trabalho. 22 3. Os colaboradores podem ainda beneficiar de uma eventual remuneração variável, condicionada ao alcance de resultados adequados sustentáveis pelo Banco e/ou pela área de actividade a que o colaborador estiver afecto e ainda ao desempenho e contribuição individual do respectivo colaborador para o atingimento dos referidos resultados. 4. Sendo a atribuição de remuneração variável meramente eventual, as remunerações fixas dos colaboradores deverão ser estabelecidas em montante adequado, de modo que a atribuição de eventual remuneração variável seja totalmente flexível, incluindo nomeadamente a possibilidade de não ser atribuída qualquer remuneração variável quer à totalidade dos colaboradores do Banco, em decorrência da insuficiência ou não sustentabilidade dos resultados obtidos, quer individualmente a cada dos colaboradores em decorrência dos mesmos não terem atingido o nível de contribuição considerado para tal adequado após aplicados os respectivos processos de avaliação de desempenho instituídos. 5. A definição dos métodos, critérios e processos de avaliação do desempenho dos colaboradores com vista à eventual atribuição da remuneração variável, assim como a aprovação dos respectivos resultados e correspondente atribuição da eventual remuneração variável, é da competência da Comissão Executiva por intermédio do Comité de RH e encontra-se sujeita a aprovação pelo Comité de Remunerações do CA. 6. Para efeito de estabelecimento de limites e avaliação geral da performance financeira do Banco a considerar nos processos de avaliação dos colaboradores, considera-se como resultado do Banco, o Resultado Consolidado Operacional, sendo os resultados departamentais ou de segmentos de actividade usados nos processos de avaliação, apurados de forma equivalente, isto é, excluindo os resultados decorrentes de eventos extraordinários não ligados à exploração corrente do Banco e das suas filiais, assim como os resultados quer correntes quer extraordinários, apurados directa ou indirectamente relativamente a sociedades participadas que não sejam consideradas filiais, ou seja, a associadas e outras participações minoritárias. 7. Os processos de avaliação são definidos tendo em vista avaliar diversos factores do desempenho, agrupados em torno dos seguintes dois vectores: a. Indicadores de performance, medidos pelos resultados alcançados, quer estes sejam de ordem financeira quer de ordem quantitativa e de nível e qualidade do serviço. b. Avaliação de competências, nas quais se mede o alinhamento e aderência à cultura, ética, princípios e objectivos de longo prazo do Banco e do Grupo. 8. Os processos de avaliação são definidos em função do tipo de actividades desenvolvidas pelos colaboradores, sendo definidos dois grandes grupos de funções, o primeiro composto pelas 23 actividades directamente associadas à realização dos negócios e consequente à assunção de riscos e o segundo, composto pelas actividades de controlo e suporte técnico e operacional às primeiras. 9. Os modelos de avaliação dos diferentes grupos funcionais, para apuramento dos resultados finais da avaliação ponderam em geral entre 60% e 80% o primeiro grupo de factores I – Indicadores de performance e entre 20% e 40% o segundo grupo de factores II – Avaliação de competências. 10. No que respeita ao primeiro grupo de factores – Indicadores de performance, as medidas a incluir nos processos de avaliação dos grupos funcionais associados à realização dos negócios e à assunção de riscos, serão predominantemente de natureza económica e financeira, mediante uma adequada ponderação de resultados globais e de resultados mais directamente induzidos pelas respectivas unidades departamentais, medidos de forma eventualmente diferenciada, ajustada às respectivas actividades. No que respeita às restantes actividades, nomeadamente as actividades de controlo, os factores a considerar serão predominantemente associados à qualidade e efectividade dos controlos, ao cumprimento dos prazos, inovação, melhoria e eficiência dos processos que gerem valor para os negócios. Os resultados financeiros a considerar na avaliação dos colaboradores das áreas de controlo e suporte operacional, deverão ser apenas os resultados globais, não devendo depender a sua avaliação dos resultados individualizados das áreas que controlam ou às quais dão suporte técnico e operacional. 11. A composição dos factores a incluir no grupo – Avaliação de competências, deverá ser semelhante para a totalidade dos grupos funcionais sujeitos a avaliação. 12. Os montantes das remunerações pagas aos colaboradores em 2012, segregando entre as remunerações fixas e variáveis e o número de beneficiários respectivos são os seguintes: Colaboradores Em euros IBBAInt Remunerações Fixas Anuais Total Anual Número de Beneficiários Remunerações Variáveis Total Anual Número de Beneficiários Total Anual Total Anual Líquido de Imposto Áreas de Controlo* 1.557.656 25 302.802 20 1.860.458 1.229.167 Áreas de Negócio 6.129.858 41 3.650.102 30 9.779.960 5.345.528 4.967.931 117 1.720.777 86 6.688.708 4.505.008 12.655.445 183 5.673.681 136 18.329.126 11.079.704 Áreas de Suporte e Outras Total * Consideram-se como Áreas de Controlo: Área de Controlo de Risco, Área de Controlos Internos e Compliance e Área de Auditoria Interna. 13. Em 2012 foram realizadas 35 contratações. 14. Em 2012, o montante dos pagamentos efectuados em virtude da rescisão antecipada do contrato de trabalho com colaboradores foi de EUR 1.117.672. 24 3.6.4 FORMA E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO DAS REMUNERAÇÕES VARIÁVEIS Considerando os objectivos gerais da política de remunerações acima definidos e as disposições do D.L. 88/2011 e do Aviso n.º 10/2011, as regras do pagamento da componente variável das remunerações são as seguintes: 1. As remunerações variáveis dos colaboradores que não são abrangidos pela disciplina do D.L. 88/2011 e do Aviso n.º 10/2011 serão pagas na totalidade em dinheiro no mês em que forem aprovadas ou, se tal não for conveniente, durante o mês seguinte. 2. As remunerações variáveis dos membros da Comissão Executiva, são pagas nos termos seguintes: a) Nos casos das remunerações pagas em Portugal se o montante de remuneração variável atribuída em termos anuais não for superior a 25% da respectiva remuneração total anual ou a 27.500,00 Euros, o pagamento será feito nos termos definidos no nº 1 anterior. b) Ainda no caso das remunerações serem pagas em Portugal se a remuneração variável atribuída em termos anuais for superior a 25% da respectiva remuneração total anual ou a 27.500,00 Euros, 50% da respectiva remuneração variável será diferida durante 3 anos, nas condições definidas no capítulo seguinte na parte relativa ao pagamento diferido. c) No caso do montante da respectiva remuneração variável anual ser superior a 33% da remuneração total anual ou o valor desta remuneração total anual ser superior a valor na moeda de pagamento correspondente a 500.000,00 Libras Esterlinas, o pagamento de no mínimo 50% da remuneração variável será diferido durante 3 anos, sendo que pelo menos 50% do valor total da remuneração variável deverá ser paga em acções ou instrumentos financeiros equivalentes nos termos definidos no capítulo seguinte relativo ao pagamento diferido e em instrumentos financeiros. 3. As remunerações variáveis dos colaboradores nos termos definidos no art. 2.º, alínea a) do Aviso n.º 10/2011, abrangidos pela disciplina do D.L. 88/2011, são pagas nos termos seguintes: a) No caso do montante da respectiva remuneração variável anual ser superior a 33% da remuneração total anual ou o valor desta remuneração total anual ser superior a valor na moeda de pagamento correspondente a 500.000,00 Libras Esterlinas, o pagamento de no mínimo 50% da remuneração variável será diferido durante 3 anos, sendo que pelo menos 50% do valor total da remuneração variável deverá ser paga em acções ou instrumentos financeiros equivalentes nos termos definidos no capítulo seguinte relativo ao pagamento diferido e em instrumentos financeiros. b) Caso não sejam atingidos os limites atrás referidos, o pagamento será feito nos termos definidos no nº 1 anterior. c) Nos casos de novas contratações, os colaboradores estarão isentos dos limites estabelecidos acima na alínea a durante os primeiros doze meses a contar da data da contratação. 25 Não haverá pagamento da componente variável da remuneração se nas datas previstas para tal ou no fecho do exercício imediatamente anterior à data em que os pagamentos seriam devidos, os Fundos Próprios Consolidados do Banco não forem suficientes para dar cumprimento ao valor minímo do Rácio de Solvabilidade então estabelecido pela Autoridade de Supervisão bancária respectiva, ou se for previsível que, em função do nível de resultados previstos para o ano em causa, seja espectável que tal valor minímo venha a não ser atingido. A componente variável da remuneração poderá ser objecto de redução ou suspensão, em percentual e por prazo a definir pela Comissão de Remunerações do CA, caso as seguintes condições não forem cumpridas: (i) Apuramento no período de referência imediatamente anterior à data de vencimento de cada parcela da remuneração variável diferida, de um Resultado Consolidado Operacional (RCO), conforme anteriormente definido, inferior a 70%, 60% ou 50% nos casos da parcela vencível ao fim de 1, 2 ou 3 anos respectivamente. (ii) A variação do RCO atrás referida é aferida com relação ao RCO do período que serviu de referência à atribuição da componente variável da remuneração, à qual se refere a componente variável da remuneração diferida em causa. 3.6.5 PAGAMENTO DA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL DE FORMA DIFERIDA E EM INTRUMENTOS FINANCEIROS Considerando que o Banco não possui acções cotadas em bolsa de valores e dado que a sua actividade é desenvolvida em total alinhamento com a estratégia e objectivos do Itaú Unibanco Holding S.A., seu controlador último (Holding), para realização dos pagamentos de remunerações variáveis que, de acordo com o estabelecido no capítulo anterior, devam ser feitos em instrumentos financeiros equivalentes a acções, serão utilizados instrumentos indexados a acções preferenciais da Holding (Instrumentos), nas condições abaixo referidas. O Instrumento atrás referido trata-se de promessa de pagamento em dinheiro efectuada por parte do Banco aos respectivos beneficiários, devendo ser entregue aos beneficiários na mesma data em que a componente da remuneração variável correspondente à parcela em dinheiro não sujeita a diferimento for paga. Os beneficiários deverão receber valor em dinheiro, no primeiro dia útil ao fim de 1, 2 e 3 anos contados da data da entrega do respectivo Instrumento (Aniversários), correspondente em cada um dos três períodos a 1/3 do valor-base constante do Instrumento, na moeda em que foi aprovada a respectiva 26 remuneração, ajustados pelo índice de variação do preço de uma acção da Holding (ITUB4) durante o período de vigência da parcela em causa. O índice será apurado pelo quociente entre a cotação média simples da acção referente a cada respectivo Aniversário, acrescida dos dividendos unitários pagos durante o período em causa, e a cotação média simples da referida acção referente à data da entrega do Instrumento. Em todos os casos, a cotação média simples da ação será definida pela média simples da ação no período de 15 dias imediatamente anterior ao respectivo evento em causa. 3.6.6 CRÉDITO AOS MEMBROS DE ÓRGÃOS SOCIAIS DO BANCO OU DE COLIGADAS É proibida a concessão de crédito, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, quer directa quer indirectamente, aos membros dos Orgãos Sociais do Banco, ou a pessoas a estes relacionadas, nos termos de política corporativa específica do Grupo. 3.6.7 PENSÕES DE REFORMA A Assembleia Geral pode, a qualquer momento, conceder direito de reforma aos membros do Conselho de Administração, estabelecendo o respectivo regime. 4. MODELO DE NEGÓCIO E VISÃO ESTRATÉGICA O IBBAInt gera os seus resultados através de operações de crédito, prestação de serviços, produtos estruturados (principalmente derivados), actividades de banco de investimento, tesouraria e private banking. O modelo de negócio do IBBAInt estrutura-se a partir de dois principais segmentos de actividade, entendidos como áreas de negócio destinadas, cada uma, a oferecer um conjunto de produtos ou serviços inter-relacionados e que implicam riscos e benefícios semelhantes entre si. A seguir são descritos suscintamente o modelo de negócio e a estratégia subjacentes a estes segmentos, quais sejam: (i) Corporate & Investment Banking e (ii) Private Banking. 4.1. CORPORATE & INVESTMENT BANKING O Conglomerado Itaú Unibanco segmenta toda a actividade de Corporate & Investment Banking e Tesouraria Institucional na sua subsidiária Banco Itaú BBA S.A. (Itaú BBA) – o maior e melhor banco grossista do Brasil segundo várias publicações especializadas. O Itaú BBA é especializado no atendimento aos maiores grupos económicos estabelecidos no Brasil, contando com cerca de 3000 27 clientes, muitos dos quais têm a sua casa mãe na Europa. A estratégia do Itaú BBA é conhecer a fundo as empresas com que trabalha, de forma a lhes servir de maneira completa e diferenciada, oferecendolhes uma grande variedade de produtos financeiros com valor agregado, dos mais simples aos mais estruturados. Em 2009, na sequência da aprovação da fusão Itaú – Unibanco pelo Banco Central do Brasil, a área Corporate do Unibanco uniu-se ao Itaú BBA, e este assumiu o desafio de ser o melhor banco grossista e de investimento da América Latina. O modelo de negócio que orienta a actuação do IBBAInt no segmento Corporate & Investment Banking integra-se, portanto, ao modelo de negócio do Itaú BBA. Com efeito, num mundo cada vez mais globalizado, em que a gestão das actividades financeiras – especialmente os riscos inerentes às mesmas – tende a ser feita cada vez mais de forma centralizada, é estrategicamente decisivo que a cobertura comercial tenha também um âmbito global. Concretamente, este modelo de negócio estrutura-se por meio de uma cobertura geográfica que compreende, no espaço europeu, plataformas de negócios localizadas em Lisboa, Madrid, Frankfurt, Paris (que atende a todos os clientes francófonos) e Londres. Através destas estruturas e pela via da livre prestação de serviços, o Banco, por se tratar de uma instituição de crédito autorizada e supervisionada por entidades de supervisão europeia, desfruta, com base no Direito Comunitário, da possibilidade de oferecer serviços e produtos bancários e de investimento a clientes estabelecidos em qualquer Estado Membro da União Europeia, desenvolvendo desta forma a sua actividade de Corporate & Investment Banking o mais próximo possível dos seus clientes e mercados. Este acompanhamento activo e próximo (física e culturalmente) das matrizes europeias, para além de maximizar retorno, implica ainda a vantagem de reduzir os riscos, na medida em que propicia ao Conglomerado Itaú Unibanco uma avaliação do risco de crédito mais completa e apurada. Dentre os produtos e serviços oferecidos a empresas latino-americanas que buscam viabilizar negócios nos mercados desenvolvidos ou a empresas multinacionais que desejem realizar operações na América Latina, destacam-se: • Produtos de crédito em geral, garantias, compromissos etc., em formato bilateral ou em regime de sindicato com outras instituições; • Instrumentos financeiros derivados, com foco, especialmente, na cobertura de exposição cambial e de taxa de juro das subsidiárias na América Latina; • Assessoria em processos de investimento/desinvestimento na América Latina; • Assessoria no processo de contratação, junto das unidades do Conglomerado Itaú Unibanco, de financiamento local para as subsidiárias de clientes europeus na América Latina; • Assistência em relação a produtos e serviços oferecidos a subsidiárias de clientes europeus na América Latina (v.g. cash management, FX etc.) No que se refere à actividade de tesouraria, o modelo de negócio do IBBAInt baseia-se na centralização, a partir da Área de Tesouraria em Lisboa, das actividades de tesouraria de todas as 28 unidades: Lisboa, Londres e Madeira (IBBAInt); Cayman (IBBAInt Cayman); Miami (BIEI); Nassau (BBT Bahamas); Luxemburgo (BIEL) e Suíça (BIS). A Área de Tesouraria, além de consolidar a posição de liquidez do Grupo, actua na gestão diária desta posição e no seu planeamento a médio e longo prazo, mantendo um montante de fundos disponíveis adequados às necessidades do Grupo e implementando as políticas de risco definidas pela Administração. Para tanto, a Área de Tesouraria mantém uma permanente interacção com as contrapartes de mercado, tanto na aplicação quanto na captação de recursos, além de actuar em coordenação estreita com a Área de Controlo de Risco. A criação do Itaú Unibanco implicou desde logo a diversificação da base de clientes e o crescimento dos activos sob gestão do canal private banking. Estes factores são determinantes para o aumento, a um ritmo sustentável, da procura de produtos de tesouraria estruturados. Efectivamente, a colocação de produtos estruturados tem desempenhado e continuará a desempenhar um papel importante na diversificação do passivo do IBBAInt, contribuindo para uma maior autonomia da instituição quer em relação ao mercado de dívida, quer em relação ao mercado monetário, além de ser um factor relevante de diversificação dos resultados do Banco, tornando-os mais sustentáveis. O IBBAInt oferece estruturas que permitem operar com alguns produtos disponíveis no mercado brasileiro, tais como NDF’s, Swaps, FX Swaps, dispondo hoje de uma vasta gama de produtos especialmente desenvolvida para atender às necessidades dos investidores com interesses neste mercado. A actividade de originação beneficia directamente das sinergias e cross-selling com a actividade de private banking e com a Área de Produtos Derivados do IBBAInt. De facto, verifica-se uma procura crescente por produtos derivados por parte de investidores institucionais e por parte de clientes private que carecem de estruturas de cobertura de riscos de mercado. De referir também que a Tesouraria do IBBAInt, por sua vez, efectua a cobertura dos riscos de mercado resultantes da oferta destes produtos junto de contrapartes de mercado, contribuindo assim para um activo fluxo de negócios com tais agentes financeiros. Também as actividades na área de mercado de capitais demonstraram um relevante acréscimo no presente exercício, beneficiando do aumento do fluxo de negócios decorrente da sustentada melhoria da percepção de risco das empresas latino-americas em geral e, em particular, das brasileiras. Com efeito, a actividade de Debt Capital Markets teve um crescimento significativo, alinhado com a estratégida de diversificação das fontes de receita do IBBAInt. Em 2011, uma série de acções foram desenvolvidas no sentido de o IBBAInt actuar de forma cada vez mais integrada e complementar ao Itaú BBA no que se refere, sobretudo, ao atendimento das demandas internacionais dos clientes, acompanhando in locu – isto é, junto dos respectivos centros de decisão – as empresas com investimentos no Brasil e nos demais países da América Latina onde entidades integrantes do Itaú Unibanco têm presença efectiva e exercem full banking activity. Uma das etapas mais representativas desta almejada integração estratégica e operacional do segmento de Corporate & Investment Banking ocorreu já no início de 2011: a alteração da denominação social do anteriormente denominado “Banco Itaú Europa, S.A.” para “Banco Itaú BBA International, S.A.” 29 (IBBAInt) e da sua subsidiária BIE – Bank & Trust Ltd. (também dedicada a este mesmo segmento) para Itaú BBA International (Cayman) Ltd.. Assim é que, com base numa visão consistente e integrada das necessidades e expectativas do cliente do segmento de Corporate & Investment Banking, os produtos e serviços oferecidos neste âmbito por diferentes entidades do Conglomerado, no Brasil e no mundo, passaram a estar unificados sob uma insígnia única: Itaú BBA. No que se refere ao Banco e à sua subsidiária em Cayman, por se tratar de plataformas internacionais do Conglomerado Itaú Unibanco para os mercados desenvolvidos, a nova denominação social, exprimindo esta estratégia, incorpora ainda a expressão inglesa “international”. Esta alteração representa muito mais do que uma mudança de denominação social, e por isso a assumimos em toda a sua dimensão constitutiva de um fundamental alinhamento cultural. De facto, estamos convictos de que sob uma marca única – Itaú BBA – aperfeiçoaremos a nossa estratégia comercial, teremos equipas internacionais mais integradas e desenvolveremos uma relação mais forte e próxima com o nosso cliente, onde quer que ele esteja. 5. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCO 5.1. O SISTEMA DE CONTROLO INTERNO E DE GESTÃO DE RISCO DO ITAÚ BBA INTERNATIONAL O Conselho de Administração do Itaú BBA International considera que o sistema de controlo interno, atendendo aos riscos a que o Grupo está ou pode vir a estar exposto, é, de um modo geral, adequado e eficaz, cumprindo substancialmente os seguintes objectivos: a) Um desempenho eficiente, rentável e sustentável da actividade; b) A existência de informação financeira e de gestão completa, pertinente, fiável e tempestiva; e c) O estrito cumprimento das disposições legais, regulamentares e estatutárias, bem como das normas éticas, deontológicas e das normas internas (incluindo políticas corporativas estabelecidas ao nível da matriz). O ambiente de controlo interno do Grupo Itaú BBA International, implementado ao nível do Banco, assenta, inter alia, no estabelecimento de padrões éticos difundidos por todos os colaboradores, no seu nível de competência, numa estrutura organizativa clara e coerente e na definição precisa de responsabilidades e de linhas de reporte, sendo que as três funções de controlo (compliance, auditoria interna e risco) desenvolvem as suas actividades de forma independente e autónoma. A gestão de risco no Itaú BBA International é realizada por meio de um conjunto integrado de processos de carácter permanente que visam assegurar uma compreensão apropriada da natureza e da magnitude dos riscos subjacentes à actividade desenvolvida, permitindo o crescimento sustentável do negócio. Entre estes processos, destacam-se os seguintes: 30 • Identificação, avaliação, acompanhamento e controlo dos principais riscos a que o Grupo está ou pode vir a estar sujeito; • Estabelecimento de limites de exposição ao risco consistentes com as estratégias de negócio do Grupo; • Aprovação de políticas, procedimentos e metodologias consistentes com os limites de risco estabelecidos; • Gestão do portfólio de risco do Grupo face às melhores relações risco-retorno; • Determinação da alocação de capital interno em nível adequado aos riscos incorridos. O histórico de mais de 20 anos de actividade em Portugal (inicialmente, em 1989, através de uma sociedade de investimento, e, a partir de 1994, através do Banco) permite afirmar, com objectividade, que o processo de gestão de risco do Grupo tem alcançado óptimos resultados. De facto, a trajectória do Grupo demonstra uma atitude perante o risco marcada por uma política efectiva de rigor e austeridade, a qual por todos os meios – em especial, por meio da solidez financeira –, procura garantir um nível elevado de segurança à operação. Três factos, pela sua relevância, merecem destaque: (i) Em primeiro lugar, nestes mais de 20 anos de actividades, o Grupo nunca registou quaisquer perdas, dignas de referência, decorrentes da ineficiência dos seus controlos internos e da gestão dos riscos intrínsecos à sua actividade. A manutenção deste histórico torna-se ainda mais expressiva considerando as notórias perdas que, nos últimos anos, afectaram significativamente o sector financeiro. (ii) Em segundo lugar, não obstante os bons e sustentáveis resultados que o negócio tem vindo a propiciar, nunca houve distribuição de dividendos à casa-mãe no Brasil. (iii) Em terceiro lugar, desde 1994, ano de fundação do Banco, o nível de fundos próprios manteve-se sempre confortavelmente elevado, consubstanciado num rácio de solvabilidade que sempre se situou bem acima do mínimo exigido pelo Banco de Portugal e que em Dezembro de 2012 alcançou, em termos consolidados, os 14,2%. Com efeito, nestes últimos anos, não obstante a crise financeira, os fundamentos nos quais assenta a estratégia de gestão de risco do IBBAInt têm sido consistentemente reafirmados, tanto em termos de posição de liquidez e de solvabilidade, como, ainda, em termos de risco de crédito, de mercado, taxa de juro e taxa de câmbio. Os indicadores relevantes demonstram que a situação financeira do Grupo se manteve em níveis bastante seguros, não tendo sido significativamente alterada apesar das expressivas perdas sofridas pelo sistema financeiro de um modo geral. 31 5.1.1. ESTRATÉGIA E GOVERNO INTERNO Os riscos da actividade económica e, muito particularmente, da actividade financeira, são não apenas inevitáveis como inerentes à própria natureza deste negócio. No entanto, por meio da implementação de um sistema de controlo interno adequado e de uma prudente gestão, os riscos podem ser controlados e, desta forma, mitigados. É justamente o que se tem verificado no caso do IBBAInt. A inexistência de perdas torna patente, nomeadamente em períodos de instabilidade como o que se verificou na sequência da eclosão da crise financeira em 2007, a eficácia do sistema de controlo interno implementado e da gestão dos riscos inerentes às suas actividades. Tal eficácia assenta na qualidade e solidez do governo interno do Grupo e num efectivo envolvimento da Administração na definição da estratégia de gestão dos riscos e no estabelecimento de políticas, metodologias e procedimentos que a suportam. Com efeito, a definição estratégica do perfil de risco do Grupo é da responsabilidade do Órgão de Administração, em linha com as directrizes fixadas pela casa-mãe no Brasil, cujas comissões superiores de risco determinam limites de exposição para cada Unidade de Negócio, como é o caso do IBBAInt. O Conselho de Administração delega na sua Comissão Executiva poderes para detalhar os objectivos e princípios subjacentes ao sistema de gestão de riscos, incorporando-os na estratégia e políticas da instituição. Conforme descrito acima (Capítulo 3 – Modelo de Governo Interno), o Órgão de Administração está representado em todos os comités especializados existentes no Banco, assegurando que a ponderação dos riscos tenha uma efectiva influência na tomada de decisão relativamente a todos os produtos, actividades, processos e sistemas da instituição. Dos comités especializados, destacam-se os seguintes: a) Comité de Administração de Riscos Financeiros – CARF Tendo por objectivo monitorar de forma centralizada os principais riscos a que o Grupo Itaú BBA International está ou pode vir a estar exposto, o CARF analisa tais riscos com base numa metodologia de avaliação alinhada à da Holding no Brasil e consistente com os requisitos regulamentares europeus. O CARF reúne pelo menos mensalmente, dele participando, conforme descrito no Capítulo 3 acima (Modelo de Governo Interno), Administradores com funções executivas, os gestores responsáveis pelas respectivas áreas de risco, além dos gestores das áreas originadoras dos riscos. b) Comité de Crédito O risco de crédito, considerado como o principal risco subjacente à actividade do IBBAInt, é gerido, conforme já mencionado, no âmbito do CARF. Em complemento à função de gestão do risco de crédito e como forma de o mitigar, as operações individuais são previamente analisadas sob o ponto de vista da probabilidade de o tomador ou a contraparte falharem no cumprimento da obrigação a ser contratada. 32 No IBBAInt, a decisão de crédito é da competência de órgãos necessariamente colegiados e nos quais membros da Administração têm assento permanente. O Comité de Crédito, conforme já descrito no Capítulo 3 (Modelo de Governo Interno), é Presidido pelo Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração e secretariado pelo titular da Área de Crédito. O Comité de Crédito reúne, ordinariamente, uma vez por semana ou sempre que convocado pelo seu Presidente, pelo titular da Área de Crédito ou pela Área de Negócios que, de forma fundamentada, invocar a urgência da deliberação. c) Comité de Controlos Internos, Compliance e Risco Operacional O Comité de Controlos Internos, Compliance e Risco Operacional reúne mensalmente sob a Presidência do Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração, tendo por finalidade, entre outras, definir as directrizes para a gestão do risco operacional e analisar os resultados da actividade da área de Controlos Internos, Compliance e Risco Operacional. O Comité é secretariado pelo titular da função de Compliance e dele participam Administradores com funções executivas e os representantes de todas as áreas do Itaú BBA International. Além do risco operacional, este comité analisa especificamente o risco de compliance, definido como o risco associado à violação, ainda que não intencional, de leis, regulamentos, obrigações contratuais, códigos de conduta, princípios éticos e normas internas, capaz de dar ensejo à aplicação de sanções ou à inibição do exercício de direitos ou faculdades que de outra forma poderiam ser exercidos. Para tanto, uma das funções do comité consiste em analisar o impacto das alterações no regime regulamentar ou legal das actividades do Banco, determinando as medidas necessárias para assegurar o seu cumprimento. As actividades da função de Compliance instituída ao nível do Itaú BBA International são tecnicamente supervisionadas pela Área de Risco Operacional e Eficiência do Itaú Unibanco. O Itaú BBA International jamais foi alvo de qualquer sanção imposta pelas autoridades de supervisão, nem sequer citado em processos administrativos, de natureza disciplinar, ou litigiosos, de qualquer natureza, o que se deve à existência de um apropriado ambiente de controlo interno e à observância por parte da Administração e da gestão de topo de elevados padrões éticos de comportamento, orientados para o cumprimento das leis, regulamentos, normas internas e códigos de conduta aplicáveis às actividades desenvolvidas pelo Banco. d) Comité Sectorial de Auditoria Presidido pelo Presidente da Comissão Executiva do Conselho de Administração e secretariado pelo titular da função de Auditoria Interna, este Comité reúne trimestralmente e é integrado por Administradores com funções executivas e titulares das funções correlatas à Auditoria Interna. O objectivo do Comité Sectorial de Auditoria, entre outros, é dar a conhecer os riscos dos processos e negócios do Itaú BBA International que sejam identificados pela função de auditoria interna e estipular e acompanhar as providências e planos de acção respectivos. 33 De notar que, conforme pormenorizadamente descrito acima (Capítulo 3 – Modelo de Governo Interno), a Auditoria Interna do Itaú BBA International está inserida na estrutura de governo interno do Conglomerado Financeiro Itaú Unibanco, e é uma função independente da gestão, execução e controlo das actividades diárias do Itaú BBA International. e) Comité de Controlo Económico Presidido pelo Chief Financial Officer e secretariado pelo titular da Direcção de Controlo Económico, este comité reúne no mínimo trimestralmente, dele fazendo parte Administradores com funções executivas e o titular da função de risco. Compete a este comité a definição de políticas, critérios e metodologias subjacentes à elaboração das informações e relatórios financeiros destinados ao cumprimento das obrigações legais de prestação de informações às autoridades de supervisão bancária, autoridades fiscais, assim como à elaboração e à divulgação de informações para apoio ao processo interno de decisão e para divulgação pública. Compete ainda a este Comité analisar a situação financeira e patrimonial do Itaú BBA International, acompanhando a elaboração e o controlo do orçamento, em especial, no que toca aos níveis de capital e solvabilidade, propondo as medidas correctivas que se mostrem necessárias a fim de assegurar a adequação do capital à evolução do negócio e dos riscos aí implicados. Em suma, os comités acima descritos permitem à Administração recolher elementos de informação numa base contínua e sistemática, assegurando que o processo de decisão seja 34 devidamente informado e esclarecido, de acordo com procedimentos de governo interno objectivos e transparentes. 5.1.2. PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E DE CAPITAL INTEGRADO À AVALIAÇÃO DO PERFIL DE RISCO Com base em juízos fundamentados acerca da respectiva materialidade e do seu potencial impacto negativo nos resultados ou no capital, todos os riscos – financeiros e não financeiros – são levados em consideração pela Administração para fins de aprovação de novos produtos ou realização de novas actividades, sendo que produtos ou actividades que impliquem novos factores de risco são necessariamente submetidos à aprovação prévia da Comissão Executiva do Conselho de Administração após parecer do Comité de Produtos. O processo de planeamento de capital, objecto de acompanhamento permanente em sede de Comité de Controlo Económico, está devidamente integrado na gestão de risco, de modo a permitir que o capital interno do Grupo se mantenha num patamar adequado à sua estratégia de crescimento e aos riscos que esta implique. Tratam-se de medidas consistentes com os princípios e regras de boas práticas em termos de gestão de riscos, tal como estabelecidos pelo Direito bancário português, nomeadamente por meio do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, do Decreto-Lei n. 103/2007 e do Decreto-Lei n. 104/2007, e ainda por meio de diversos Avisos e Instruções do Banco de Portugal, elaborados ou revistos na sequência da transposição para o ordenamento jurídico português das Directivas Europeias que incorporam Basileia II. No essencial, este conjunto normativo veio a acolher os princípios do chamado Pilar 2 do novo Acordo de Capital de Basileia, sujeitando os bancos a adoptarem um processo de auto-avaliação que lhes permita identificar o nível de capital interno ajustado aos riscos emergentes da respectiva actividade – ICAAP (Internal Capital Adequacy Assessment Process). Nestes quadros, a adopção pelas instituições bancárias de processos de avaliação, medição e controlo dos riscos inerentes à actividade ganha ainda maior relevância. Pela mesma razão, é também enfatizada a necessidade de as instituições disporem de estruturas de governo interno, que favoreçam uma gestão mais segura e responsável do negócio. Acima de tudo, ressalta-se a importância do rácio de solvabilidade das instituições – o que, no caso do IBBAInt, que sempre se pautou por uma política de manutenção de níveis de solvabilidade muito superiores ao mínimo regulamentar, só vem a confirmar o acerto da sua estratégia. 35 5.1.3. ESTRUTURA ORGANIZATIVA Em termos de estrutura, o sistema de controlo interno e de gestão de riscos assenta em diversas Direcções e Sub-Direcções, as quais, em consonância com as melhores práticas de risk governance, nomeadamente as que são prescritas no quadro de Basileia II, observam os seguintes princípios: • As funções de controlo – gestão de risco, auditoria interna e compliance – são exercidas em carácter permanente e de forma objectiva e autónoma, não estando dependentes das áreas funcionais objecto da sua avaliação, como sejam as áreas comerciais; • Os titulares das funções de controlo são nomeados formalmente pela Administração, a quem reportam directamente e por quem lhes é conferida autoridade suficiente para o desempenho das suas competências, sendo-lhes assegurado o acesso livre a toda a informação relevante e dispondo do estatuto funcional de “Director”; • Os métodos de determinação da remuneração das equipas responsáveis pela realização das tarefas associadas à função de gestão de riscos, compliance e auditoria interna não comprometem a necessária objectividade e independência no exercício das suas funções, sendo que a remuneração variável a que podem fazer jus a título de participação nos lucros está condicionada por metas qualitativas, consistentes com as funções desempenhadas, não sendo influenciada pelas metas de resultado das áreas comerciais; Nestes quadros, a estrutura organizativa do IBBAInt permite assegurar uma adequada segregação de funções e responsabilidades no processo de gestão de risco. A gestão de riscos é, com efeito, um instrumento essencial para optimizar o uso do capital, pois constitui um critério de classificação e hierarquização das oportunidades de negócios em função da relação risco versus retorno. Assim sendo, o IBBAInt continua a investir nas competências das equipas de risco e na elaboração e implementação de uma série de sistemas, técnicas e modelos de gestão dos principais riscos a que a sua actividade está sujeita. Como descrito acima, a Administração assume a gestão centralizada e permanente das diferentes categorias de risco, integrando os comités formados por representantes de todas as áreas envolvidas. 5.1.4. CONTROLO INTERNO E GESTÃO DE RISCO RELATIVOS AO PROCESSO DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA Em 8 de Junho de 2006, o então Banco Itaú Holding Financeira S.A. (ora Itaú Unibanco Holding S.A. (Itaú Unibanco)) tornou-se o primeiro banco não norte-americano com acções listadas na Bolsa de Nova Iorque a cumprir todos os dispositivos da secção 404 da Lei Sarbanes-Oxley (SOX), relativos aos 36 controlos internos sobre as demonstrações financeiras consolidadas, antecipando-se em um ano à data estabelecida pela U.S. Securities and Exchange Commission (SEC). A certificação das contas do Itaú Unibanco em conformidade com as exigências da SOX representou um marco decisivo, posicionando-o dentre as instituições que, em termos mundiais, se caracterizam pela importância que o respectivo modelo de corporate governance dá à transparência e à eficácia dos controlos internos, incluindo os que são especificamente vocacionados para o processo de divulgação de informação financeira. No contexto da SOX e, mais especificamente, das normas estabelecidas pelo Public Company Accounting Oversight Board ("PCAOB"), o IBBAInt, como filial do Itaú Unibanco, está sujeito a uma avaliação por parte do Conselho de Administração da matriz acerca do sistema de controlo interno no que diz respeito especificamente à preparação da informação financeira. Esta avaliação é realizada pela empresa de Auditoria Externa do Conglomerado no Brasil, de acordo com as normas e os parâmetros do PCAOB. Ao integrar o Conglomerado Itaú Unibanco e, mais especificamente, ao ser considerado uma filial abrangida pelo perímetro de revisão do sistema de controlo interno relativamente à preparação da informação financeira submetida à SEC, o IBBAInt deve, portanto, cumprir as exigências que, ao nível da holding e observados certos critérios de materialidade, impõem procedimentos e controlos especialmente concebidos e executados a fim de garantir o máximo de rigor e fiabilidade aos registos contabilísticos e financeiros, assegurando que as suas contas reflictam a sua situação financeira. A avaliação acerca do cumprimento destas exigências e, especificamente, a adequação e eficácia do sistema de controlos existentes com relação à preparação de informação financeira, é objecto de análise e opinião da empresa de Auditoria Externa do Itaú Unibanco, que reporta as suas conclusões ao Comitê de Auditoria do Grupo. O mencionado Comitê de Auditoria, instituído em 2004 e integrado à estrutura do Itaú Unibanco, actua de forma abrangente, sujeitando às suas orientações e instruções todas as entidades que compõem o Conglomerado - incluindo, pois, as unidades externas, como é o caso do IBBAInt e de suas filiais. Tal comité, que reporta directamente ao Conselho de Administração da holding, atende integralmente às determinações da SOX e dos normativos regulamentares aplicáveis. Ao nível, especificamente, do IBBAInt, o processo de preparação e divulgação da informação financeira assenta em políticas escritas, cujo cumprimento e alinhamento com as políticas corporativas são controlados a vários níveis e através de variadas estruturas, internas e externas. Assim é que, no âmbito do Comité de Controlo Económico do IBBAInt (v. Capítulo 3 - Modelo de Governo Interno) são definidos os critérios e as metodologias inerentes à elaboração das informações e relatórios financeiros destinados ao cumprimentos das obrigações legais de prestação de informações às autoridades de supervisão bancária, autoridades fiscais e ao mercado, assim como à elaboração e divulgação de informações para apoio ao processo interno de decisão. À função de Auditoria Interna do IBBAInt - cuja actividade é supervisionada directamente pelo já mencionado Comitê de Auditoria da holding - compete verificar a adequação e o cumprimento destes critérios e metodologias, além do alinhamento com as políticas corporativas, isto é, políticas definidas ao nível da holding com abrangência para todo o Conglomerado Itaú Unibanco. 37 Com efeito, desde 2008, o IBBAInt possui uma estrutura de Auditoria Interna permanente, localmente fixada, a qual é reforçada por equipas especializadas enviadas pela casa-mãe, no Brasil, de forma a permitir a melhor cobertura dos processos e riscos da organização. Na execução dos seus trabalhos, a Auditoria Interna do IBBAInt adopta a metodologia corporativa da Auditoria Interna do Conglomerado Itaú Unibanco, alinhada às normas internacionais para o exercício da profissão de auditor interno, divulgadas pelo instituto norte-americano de auditores internos ("IIA" - The Institute of Internal Auditors). A actuação da Auditoria Interna está sujeita à observância das regras estatuídas pelo Código Sectorial de Conduta, consistente com as directrizes do Código de Ética Corporativo e com o Código de Ética do IIA. Em 2008 a actividade desenvolvida pela Auditoria Interna do Itaú Unibanco foi avaliada de acordo com os princípios de qualidade do IIA ("QA" - External Quality Assessment"), sendo que o resultado alcançado - "generally conforms" - representa a aderência às melhores práticas de auditoria (maior nível possível de ser atingido na referida avaliação). A verificação da efectividade dos controlos relacionados à produção de relatórios financeiros é objecto de avaliação por parte da Auditoria Interna, bem como a avaliação do nível de aderência das políticas e procedimentos locais às políticas corporativas. O planeamento, os resultados dos trabalhos e a gestão das situações pendentes são acompanhados nas reuniões trimestrais do Comité Sectorial de Auditoria (v. Capítulo 3 - Modelo de Governo Interno). De modo a assegurar a sua independência, os auditores internos do IBBAInt exercem a função de forma autónoma, estando integrados à estrutura de governo interno da Auditoria Interna da holding, à qual reportam tecnicamente, e não sendo envolvidos na rotina diária dos procedimentos de controlos, por forma a evitar conflitos de interesses e assim conduzir suas avaliações com objectividade. Para tanto, a Auditoria Interna realiza exames, análises e levantamentos estruturados metodologicamente e com base na observação de factos para avaliar a integridade, adequação, eficácia, eficiência e economia dos processos dos sistemas de informação e dos controles internos associados à gestão contabilística. Finalmente, a Auditoria Externa é responsável por, nos termos legais e regulamentares, ao exercer a função de ROC, proceder à certificação legal das contas e emitir um parecer anual sobre a adequação e a eficácia dos mecanismos de controlo interno subjacentes, especificamente, ao processo de preparação e de divulgação de informação financeira (relato financeiro), incluindo a verificação (i) da regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; (ii) da extensão da caixa e das existências de qualquer espécie dos bens ou valores pertencentes à sociedade ou por ela recebidos em garantia, depósito ou outro título; (iii) da exactidão dos documentos de prestação de contas; e (iv) da fiabilidade e consistência das políticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos adoptados pela sociedade, por forma a assegurar que os mesmos conduzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados. De modo a assegurar a necessária independência dos auditores externos, o Conglomerado Itaú Unibanco define, em políticas devidamente documentadas, os procedimentos a observar para a sua 38 contratação, impondo restrições à prestação de certos serviços que, se contratados, poderiam vir a afectar esta independência. No exercício da sua competência para aprovar a contratação de qualquer serviço adicional a ser prestado pelo auditor externo responsável pela auditoria das demonstrações financeiras, o Comitê de Auditoria do Itaú Unibanco baseia-se nos três princípios básicos que fundamentam a regra de independência do auditor: a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho; b) o auditor não deve exercer funções gerenciais na entidade auditada; e c) o auditor não deve promover interesses da entidade auditada. Face ao exposto, o processo de controlo da consistência, exactidão e fiabilidade da informação financeira divulgada pelo IBBAInt obedece a um sistema de controlo desenhado em conformidade com as mais exigentes práticas internacionais, sendo as funções de auditoria (interna e externa) integradas ao governo interno da holding e globalmente alinhadas aos exigentes requisitos impostos ao Conglomerado Itaú Unibanco nos quadros da sua sujeição à SOX. 6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS Nos termos da lei e dos estatutos do Banco, propomos que o resultado líquido da nossa Instituição apurado no seu balanço individual correspondente a um prejuízo de 2.757.055,07 euros (no consolidado o lucro foi de 17,2 milhões de euros) seja aplicado na sua totalidade em resultados transitados. Lisboa, 29 de Janeiro de 2013 O Conselho de Administração 39 Banco Itaú BBA International, S.A. Balanço individual em 31 de Dezembro de 2012 (Montantes expressos em milhares de Euros) 31.12.2012 ACTIVO Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Derivados de Cobertura Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Nota Valor bruto de provisões, imparidade e amortizações 31.12.2011 Provisões, imparidade e amortizações Valor líquido de provisões, imparidade e amortizações Valor líquido de provisões, imparidade e amortizações 5 6 7 1.441 36.085 440.052 1.441 36.085 440.052 5.233 83.087 572.138 9 10 11 12 8 13 14 81.473 131.512 471.429 1.839.935 804 10.130 2.043 81.473 131.512 471.429 1.830.918 804 5.773 349 76.535 49.373 526.418 1.964.431 5.570 487 15 16 16 17 508.629 3.281 4.119 91.850 (144.372) 364.257 3.281 4.119 91.850 428.388 3.470 29.438 3.622.783 (159.440) 3.463.343 3.744.568 435.298 625.901 282.456 1.541.845 24.977 40.517 554.967 1.498.955 61.538 974.185 3.197 25.151 3.923 59.924 48.703 2.950.994 3.230.543 535.624 (299) (20.219) (2.757) 535.624 (1.380) 91.770 (111.989) Total do Activo (9.017) (4.357) (1.694) PASSIVO Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Recursos de Bancos Centrais Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Derivados de Cobertura Provisões e imparidade Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Passivos subordinados Outros passivos 18 19 20 21 8 25 22 22 23 24 Total do Passivo 435.298 625.901 282.456 1.541.845 24.977 40.517 2.950.994 - CAPITAIS PRÓPRIOS Capital Reservas de reavaliação de justo valor Outras reservas e resultados transitados Resultado líquido 535.624 (299) (20.219) (2.757) 26 27 28 Total dos Capitais Próprios Total do Passivo e dos Capitais Próprios 512.349 - 512.349 514.025 3.463.343 - 3.463.343 3.744.568 125.952 562.211 204.236 116.495 654.388 417.061 RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Garantias prestadas e outros passivos eventuais Compromissos Responsabilidades por prestação de serviços 29 29 29 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas, A Administração, 1 Banco Itaú BBA International, S.A. Demonstração individual de resultados para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 (Montantes expressos em milhares de Euros) Nota Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Margem financeira 30 Rendimentos de instrumentos de capital Comissões recebidas Comissões pagas Comissões líquidas 31 Rendimentos e receitas operacionais Encargos e gastos operacionais Outros impostos Ganhos e perdas não correntes 32 Resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados Resultados de activos financeiros disponíveis para venda Resultados de alienação de outros activos Outros resultados em operações financeiras Resultados em operações financeiras 33 Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Depreciações e amortizações 34 35 13/14 Custos de estrutura Imparidade e outras provisões líquidas Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 25 25 Resultado antes de impostos Impostos sobre os lucros Impostos correntes Impostos diferidos 36 36 Resultado após impostos Resultados por acção (expressos em Euros): 31.12.2012 31.12.2011 74.395 (55.016) 71.653 (39.159) 19.379 32.494 6.122 11.803 10.086 (4.013) 20.115 (4.165) 6.073 15.950 5.521 (5.157) (2.865) 2.788 (899) (2.984) (2.501) (1.095) 2.074 (161) (574) - 16.185 (1.275) (396) - 1.339 14.514 30.412 73.666 (24.722) (8.477) (1.197) (20.285) (7.785) (830) (34.396) (28.900) 200 - (1.718) (144.372) (3.784) (101.324) (23) 1.050 (10.839) 174 (2.757) (111.989) (0,03) (1,05) As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas, A Administração, 2 Banco Itaú BBA International, S.A. Dem onstração de rendim ento integral para os períodos findos em 31 de Dezem bro de 2012 e 2011 (Montantes expressos em milhares de Euros) Resultado do Exercício 31.12.2012 31.12.2011 (2.757) (111.989) 1.481 (134) Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda: Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda Impacto fiscal Resultado não incluído na dem onstração de resultados Rendim ento integral (400) 16 1.081 (118) (1.676) (112.107) As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas, A Administração, 3 Banco Itaú BBA International, S.A. Dem onstração de alterações do capital próprio para os períodos findos em 31 de Dezem bro de 2012 e 2011 (Montantes expressos em milhares de Euros) Saldos em 31 de Dezem bro de 2010 Incorporação em resultados transitados do resultado líquido de 2010 Pagamento de Dividendos Rendimento integral do exercício de 2011 Saldos em 31 de Dezem bro de 2011 Incorporação em resultados transitados do resultado líquido de 2011 Pagamento de Dividendos Rendimento integral do exercício de 2012 Saldos em 31 de Dezem bro de 2012 Capital Reservas de reavaliação justo valor Outras reservas e resultados transitados Resultado do Exercício Total de Capitais Próprios 535.624 (1.262) 64.985 28.392 627.739 - (118) 26.785 - (26.785) (1.607) (111.989) (1.607) (112.107) 535.624 (1.380) 91.770 (111.989) 514.025 - 1.081 (111.989) - 111.989 (2.757) (1.676) 535.624 (299) (20.219) (2.757) 512.349 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico Oficial de Contas, A Administração, 4 Banco Itaú BBA International, S.A. Demonstração individual dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 (Montantes expressos em milhares de Euros) 31.12.2012 31.12.2011 Fluxos de caixa das actividades operacionais Juros e comissões recebidos Juros e comissões pagos Pagamentos a empregados e fornecedores Resultados operacionais antes de alterações nos fundos operacionais (Aumentos)/diminuições dos activos operacionais Activos financeiros detidos para negociação e disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Depósitos em bancos centrais Créditos sobre clientes Outros activos operacionais Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de Bancos Centrais Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Derivados de Cobertura de Justo Valor Outros passivos operacionais Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais antes do pagamento de impostos sobre os lucros Impostos pagos sobre os lucros 76.528 ( 32.807) ( 33.464) 90.150 ( 36.169) ( 32.427) 10.257 21.554 71.416 53.595 3.789 131.620 ( 51.068) (118.859) 1.071.968 ( 1.474) ( 395.159) 2.102 ( 99.102) ( 850.318) 220.813 472.167 ( 4.001) ( 14.496) 200.719 ( 1.207.352) 48.195 439.138 1.564 10.493 ( 55.328) 72.889 ( 7.201) ( 9.199) ( 62.529) 63.690 6.122 70.446 ( 1.263) 1 ( 1) 11.803 54 ( 4.163) 61 75.306 7.754 Dividendos pagos Emissões de Dívida Subordinada Amortizações de Dívida Subordinada Aquisições e vendas de Dívida Subordinada Própria Juros pagos das actividades de financiamento Aumento de capital social ( 60.020) ( 962) - ( 1.607) ( 9.350) ( 1.350) - Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento ( 60.982) ( 12.307) Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais Fluxos de caixa das actividades de investimento Compra/reforço de participações Dividendos recebidos Valores recebidos na venda de participações Compra de imobilizações Valores recebidos na venda de imobilizações Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento Fluxos de caixa das actividades de financiamento Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes 1.200 2.612 Aumento/(diminuição) em caixa e seus equivalentes ( 47.005) 61.749 Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período Caixa (Nota 5) Disponibilidades em outras Instituições de Crédito (Nota 6) 83.105 36.100 15 36.085 ( 47.005) 21.356 83.105 18 83.087 61.749 As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras O Técnico Oficial de Contas, A Administração, 5 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (Valores expressos em milhares de euros) NOTA 1 - ACTIVIDADE E ESTRUTURA O Banco Itaú BBA International, SA (IBBAInt ou Banco), anteriormente denominado Banco Itaú Europa SA, foi constituído em 28 de Outubro de 1994 e tem como único accionista a Itaúsa Portugal, SGPS, SA (Itaúsa Portugal), sociedade que integra o Grupo Itaú Unibanco (Brasil). Em 31 de Dezembro de 2012 o capital do Banco, integralmente subscrito e realizado, ascende a €535.624 milhares (ver Nota 26). O Banco está autorizado, pelo Ministério das Finanças, a desenvolver actividade bancária nos termos das directrizes reguladoras vigentes em Portugal. A actividade do Banco orienta-se, preferencialmente, para a realização de operações no mercado interbancário, no mercado de capitais e para o financiamento de operações de comércio externo. A partir de Fevereiro de 1995, o Banco passou a desenvolver a generalidade das operações envolvendo não residentes através da sua Sucursal Financeira Exterior (SFE), situada na Zona Franca da Madeira. Em Junho de 1999 iniciaram-se as operações na Sucursal Financeira Internacional (SFI), também situada na Zona Franca da Madeira. Em Janeiro de 2003, o Banco passou a operar em Londres através de uma Sucursal. A 31 de Outubro de 2012 procedeu-se ao encerramento da SFE. Em 31 de Dezembro de 2012, a dotação de capital atribuída à SFI e à Sucursal de Londres são de €5.660 milhares e de €180.623 milhares, respectivamente. Em 3 de Novembro de 2008, a Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. (Itaúsa) e o Unibanco Holdings S.A. (Unibanco Holdings) assinaram contrato de associação visando à unificação das operações financeiras do Banco Itaú S.A. (Itaú) e do Unibanco – União de Bancos Brasileiros S.A. (Unibanco), de modo a formar o maior conglomerado financeiro privado do Hemisfério Sul. Deste modo, o Itaú Unibanco é actualmente detentor (indirecto) de praticamente a totalidade do capital social do Banco Itaú BBA International. 6 Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco detém as seguintes participações em empresas subsidiárias e associadas: Itaúsa Europa Investimentos, SGPS, Lda 99,999% 100% Itaú BBA International Ltd. (Reino Unido) Itaúsa Portugal, SGPS, SA 100% 49% IPI - Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, Lda Banco Itaú BBA International, SA 99,99% 100% Banco Itaú Europa Luxembourg, SA Banco Itaú Europa International 100% Itaú Europa Securities, Inc 99,99% Itaú Europa, SGPS, Lda. - Madeira 100,0% 100% 100% Banco Itaú Suisse S.A. - Suiça 100% Itau BBA International (Cayman) Ltd. Itaú Bank & Trust Bahamas Ltd. 100% 100% BIE - Cayman, Ltd Bay State Corporation Limited (Bahamas ) 100% Federal Director International Services, SA 7 I. A sociedade Itaú Europa, Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda (Itaú Europa SGPS), com sede na Zona Franca da Madeira. A 21 de Dezembro de 2012 procedeu-se a uma redução do capital social da sociedade no valor de €60.000 milhares. Em 31 de Dezembro de 2012 o capital social da sociedade ascende a €8.126 milhares, integralmente subscrito e realizado, encontrando-se representado por 2 quotas, de valor nominal de €8.125.983,35 e €16,65, detidas pelo Banco e pela Itaúsa Portugal, respectivamente. A actividade desta subsidiária consiste na gestão de participações financeiras do Banco no estrangeiro. A Itaú Europa – SGPS detém a 100% a seguinte sociedade com sede nas Ilhas Caimão: I.1. O Itaú BBA International (Cayman) Ltd., constituído em Julho de 1996 com a denominação BIEBank&Trust Ltd.. Em 27 de Maio de 2003, o capital social, que totalizava USD 80 milhões, foi redenominado de USD para EUR, tendo sido atribuído o valor de €67.200 milhares, com base no câmbio indicativo do Banco de Portugal da referida data. A 21 de Dezembro de 2012, o Itau BBA International (Cayman) Ltd. procedeu à recompra de 65.714.286 acções no valor de €55.200.000,24. Em 31 de Dezembro de 2012, o capital social do Itaú BBA International (Cayman) Ltd. está representado por 14.285.714 acções de €0,84 cada, integralmente subscrito e realizado pela Itaú Europa – SGPS. Este banco está licenciado para praticar todos os actos e negócios próprios das instituições bancárias e de “trust” nos termos da “Banks and Trust Companies Law” das Ilhas Caimão e posiciona preferencialmente a sua actividade na realização de operações de comércio externo. O Itaú BBA International (Cayman) Ltd. detém a 100% as seguintes subsidiárias com sede nas Ilhas Caimão: I.1.1. A sociedade BIE - Cayman Ltd, constituída em Abril de 1996 com um capital social de USD 1, representado por 1 acção. Em 2004, o seu capital social foi aumentado para USD 600.000, representado por 600.000 acções. Em 31 de Outubro de 2007, a sociedade procedeu à redenominação do seu capital de USD 600.000 para EUR 415.311,14 à taxa de câmbio de EUR/USD 1,4447. O seu objecto social consiste na administração de fundos de investimento do Private Banking. Em 31 de Dezembro de 2012, as Demonstrações Financeiras preliminares dos referidos fundos apresentam activos líquidos totais no montante de USD 613 milhões (31.12.2011: USD 558 milhões). Em Fevereiro de 2012, a BIE – Nominees, Ltd. e a BIE – Directors, Ltd., foram vendidas a outra empresa do grupo Itaú Unibanco pelo seu valor contabilístico. II. O Banco Itaú Europa Luxembourg, SA (BIE Luxemburgo), com sede no Luxemburgo, tem como principal actividade a realização de operações nas áreas do Private Banking, mercados de capitais e interbancários. O BIE Luxemburgo pode ainda realizar todas as demais operações que sejam ou possam vir a ser permitidas no âmbito das directrizes reguladoras emitidas pelas entidades reguladoras competentes. Em 27 de Março de 2003, a Itaúsa Portugal entregou a sua participação de 99,95% no capital do BIE Luxemburgo ao IBBAInt para realização do aumento de capital em espécie desta última entidade, tendo-lhe atribuído um valor de €27,3 milhões. Em Maio de 2007, o BIE Luxemburgo aumentou o seu capital social em USD 40 milhões, passando a USD 60 milhões integralmente subscrito e realizado, representado por 6.000 acções ordinárias de USD 10.000 cada. Em Agosto de 2009, realizou-se a fusão entre o Banco Itaú Europa Luxembourg S.A. (BIEL) e o Unibanco – União de Bancos Brasileiros (Luxembourg) S.A. (UBB Lux), mediante a incorporação deste último pelo primeiro e a consequente transferência global do património do UBB Lux para o BIEL e atribuição aos sócios do UBB Lux de acções do BIEL. Os Conselhos de Administração dos dois Bancos acordaram realizar a fusão com base no Net Asset Value apurado nas demonstrações financeiras dos mesmos à data de 31 de Maio de 2009. 8 Consequentemente, com a fusão, os Capitais Próprios do BIEL aumentaram em USD 85.451.815 (Net Asset Value do UBB Lux a 31 de Maio de 2009) através da emissão de 3.767 acções com valor nominal unitário de USD 10.000 que constituíram a participação da Unipart Participações Internacionais Ltd. (Unipart, único accionista do UBB Lux) no valor de USD 37.670.000. Os restantes USD 47.781.815 entraram como prémio de emissão. A 16 de Novembro de 2009, a Unipart vendeu a sua participação no BIEL ao IBBAInt pelo valor de USD 85.451.815. A 31 de Dezembro de 2012, o capital do BIEL encontrava-se integralmente subscrito e realizado, ascendendo a USD 97.670.000, representado por 9.767 acções ordinárias de USD 10.000 cada, das quais 9.766 são detidas pelo IBBAInt e 1 por entidades terceiras. A actividade e os principais accionistas das subsidiárias do BIE Luxemburgo são como segue: II.1. O Itaú Bank & Trust Bahamas Limited, com sede em Nassau, Bahamas, tem como principal actividade a realização de operações na área do Private Banking. Foi adquirido em 31 de Maio de 2007 através de um acordo com o Bank of America Corporation. O seu capital social de USD 1 milhão encontra-se representado por 1 milhão de acções de USD 1 cada, integralmente subscritas e realizadas pelo BIE Luxemburgo. Em Maio de 2008, foi efectuado um aumento de capital nesta sociedade, no valor de USD 5 milhões, totalmente subscrito e realizado pelo BIE Luxemburgo. Não se verificou emissão de novas acções por via deste aumento de capital. A actividade das subsidiárias desta entidade resumem-se como segue: II.1.1. A Bay State Corporation Limited, com sede em Nassau, Bahamas, é uma sociedade financeira de serviços auxiliares que tem como principal actividade a prestação de serviços de accionista de sociedades por conta e em nome de terceiros. O seu capital social de USD 10 milhares encontra-se representado por 10.000 acções de USD 1 cada, totalmente subscritas e realizadas pelo Itaú Bank & Trust Bahamas Limited. II.1.1.1. A Federal Director International Services, SA., com sede em Nassau, Bahamas, é uma sociedade financeira de serviços auxiliares que tem como principal actividade a prestação de serviços de accionista de sociedades por conta e em nome de terceiros. O seu capital social de USD 2 encontra-se representado por 2 acções de USD 1 cada, totalmente subscritas e realizadas pela Bay State Corporation Limited. II.2. O Banco Itaú Suisse S.A., com sede em Zurique, Suíça, tem como principal actividade a realização de operações na área do Private Banking. Foi criado em 15 de Setembro de 2010. Em Maio de 2012, o Banco Itaú Suisse aumentou o seu capital social em CHF 46 milhões, totalmente subscrito e realizado pelo BIE Luxemburgo. O seu capital social de CHF 146 milhões encontra-se representado por 14.600 acções de CHF 10.000 cada, integralmente subscritas e realizadas pelo BIE Luxemburgo. III. O Banco Itaú Europa International, com sede em Miami, tem como principal actividade a realização de operações na área do Private Banking. Foi adquirido em 31 de Maio de 2007 através de um acordo com o Bank of America Corporation. O seu capital social de USD 7 milhões encontra-se representado por 70.000 acções de USD 100 cada, integralmente subscritas e realizadas pelo IBBAInt. IV. A Itaú Europa Securities, Inc., com sede em Miami, constituída em Setembro de 2008, tem como principal actividade a prestação de serviços de corretagem. O seu capital social de USD 1.000 encontra-se representado por 100.000 acções de USD 0,01 cada, integralmente subscrito e realizado pelo IBBAInt. V. A sociedade IPI - Itaúsa Portugal Investimentos – SGPS, Lda (IPI), sedeada na Zona Franca da Madeira, foi constituída em 22 de Fevereiro de 2000 e tem por objecto a gestão de participações sociais, como forma indirecta de exercício de actividades económicas, em conformidade com os 9 Decretos-Lei nº 495/88 e nº 318/94, de 30 de Dezembro e 24 de Dezembro, respectivamente. Na data da sua constituição, o seu capital social foi subscrito em 60% pela Itaúsa Portugal e em 40% pela Afinco Américas Madeira – SGPS, Lda (Afinco)(Grupo Itaúsa Brasil). Em 31 de Dezembro de 2003, a sócia Itaúsa Portugal entregou a participação de 51% detida a essa data no capital da IPI ao IBBAInt para a realização do aumento de capital em espécie desta última entidade, tendo-lhe sido atribuído um valor de €137,9 milhões. Em Fevereiro de 2006 a IPI aumentou o seu capital social em €60 milhões e em 29 de Dezembro de 2010, o IBBAInt vendeu 2% da sua participação na IPI à Afinco. Em 20 de Abril, 2012, a IPI vendeu a sua participação de 18.873% no Banco BPI, S.A. à CaixaBank, S.A. pelo preço de €0,50 por acção, ascendendo a €93.420.300. Em 10 de Dezembro de 2012, a empresa reduziu o seu capital social em €200 milhões para absorção de prejuízos e libertação de excesso de capital. Em 31 de Dezembro de 2012, o capital social realizado e subscrito pelos sócios ascendia a €29.844 milhares e era detido em 51% pela Afinco e em 49% pelo IBBAInt. NOTA 2 - BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras individuais do Banco foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e definidas nas Instruções nº 9/2005 e nº 23/2004. As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia (EU) no âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, excepto quanto às seguintes matérias, aplicáveis ao nível do Banco: - Valorimetria dos créditos a clientes e outros valores a receber – Na data do reconhecimento inicial são registados pelo valor nominal, sendo a componente de juros, comissões e custos externos imputáveis às respectivas operações subjacentes reconhecida segundo a regra de pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês; - Provisionamento de créditos a clientes e outros valores a receber – O provisionamento para esta classe de activos financeiros encontra-se sujeito a um quadro mínimo de referência para constituição de provisões específicas, gerais e risco-país, nos termos definidos no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelos Avisos n.º 8/2003 e n.º 3/2005; e - Activos tangíveis – Serão mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias daí resultantes serão incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta "Reservas legais de reavaliação”. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 29 de Janeiro de 2013. Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco apresentou em separado as demonstrações financeiras consolidadas, preparadas segundo as IAS/IFRS. 10 2.2. Principais Políticas Contabilísticas As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras individuais do Banco. 2.2.1. Participações financeiras em subsidiárias e associadas O Banco detém, directa e indirectamente, participações financeiras em empresas subsidiárias e associadas. São consideradas empresas subsidiárias aquelas em que o Banco assume controlo sobre as suas actividades até ao momento em que o controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando o Banco detém o poder de exercer a maioria de voto. Existe também controlo quando o Banco detém o poder, directa ou indirectamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%. Empresas associadas são aquelas em que o Banco exerce, directa ou indirectamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas não detém o controlo da empresa. Presume-se que o Banco exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto da associada. Mesmo quando os direitos de voto sejam inferiores a 20%, o Banco pode exercer influência significativa através da participação na gestão ou na composição dos Conselhos de Administração com poderes executivos. Nas demonstrações financeiras individuais do Banco, as empresas subsidiárias e associadas são valorizadas ao custo histórico. O Banco regista as participações em subsidiárias em moeda estrangeira ao câmbio histórico, excepto no que diz respeito às participações designadas pelo Banco como itens cobertos em operações de cobertura de risco cambial (ver Nota 2.2.5.). Os dividendos de empresas subsidiárias e associadas são reconhecidos nos resultados individuais do Banco na data em que são atribuídos ou recebidos. Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por imparidade é reconhecida em resultados. 2.2.2. Activos e Passivos Financeiros Os activos e passivos financeiros são reconhecidos no balanço do Banco na data de negociação ou contratação, salvo se decorrer de expressa estipulação contratual ou de regime legal ou regulamentar aplicável que os direitos e obrigações inerentes aos valores transaccionados se transferem em data diferente, casos em que será esta última a data relevante. No momento inicial, os activos e passivos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis, excepto para os activos e passivos ao justo valor através de resultados em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos em resultados. Entende-se por justo valor o montante pelo qual um determinado activo ou passivo pode ser transferido ou liquidado entre contrapartes de igual forma conhecedoras e interessadas em efectuar essa transacção. Na data de contratação ou de início de uma operação, o justo valor é geralmente o valor da transacção. O justo valor é determinado com base em: - preços de um mercado activo; ou - métodos e técnicas de avaliação (quando não há um mercado activo), que tenham subjacente: 11 - cálculos matemáticos baseados em teorias financeiras reconhecidas; ou, - preços calculados com base em activos ou passivos semelhantes transaccionados em mercados activos ou com base em estimativas estatísticas ou outros métodos quantitativos. Um mercado é considerado activo, e portanto líquido, se transacciona de uma forma regular. Em geral, existem bons preços de mercado para títulos e derivados (futuros e opções) negociados em bolsa. Em determinadas circunstâncias, o justo valor inicial de um instrumento financeiro, pode diferir do valor de transacção, nomeadamente pela existência de uma margem de intermediação, dando origem a um day one profit. O Grupo reconhece em resultados os ganhos decorrentes da margem de intermediação (day one profit) gerados fundamentalmente na intermediação de produtos financeiros. O justo valor desses instrumentos e consequentemente a margem de intermediação é apurado na data do seu reconhecimento inicial e é determinado com base em técnicas de valorização cujas variáveis são baseadas apenas em observações de mercado. a) Activos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados e Passivos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados Os activos financeiros de negociação e ao justo valor através de resultados incluem essencialmente: - títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável classificados como detidos para negociação, ou seja, que foram adquiridos com objectivo de venda num futuro próximo; - títulos de rendimento fixo e títulos de rendimento variável transaccionados em mercados activos e que o Banco optou, no reconhecimento inicial, por registar e avaliar ao justo valor através de resultados (opção de justo valor); - derivados de negociação; e - derivados embutidos (bifurcados dos Instrumentos Financeiros Compostos). Os passivos financeiros de negociação e ao justo valor através de Resultados incluem essencialmente: - passivos financeiros suportados com o objectivo de venda ou de recompra num futuro próximo; - passivos financeiros que o Banco optou, no reconhecimento inicial, por registar e avaliar ao justo valor através de resultados; - derivados de negociação; e - derivados embutidos (bifurcados dos Instrumentos Financeiros Compostos). Apenas podem ser designados na opção de justo valor os activos ou passivos financeiros que cumpram um dos seguintes requisitos: - eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento (por vezes denominada “uma falta de balanceamento contabilístico”); - um grupo de activos financeiros, passivos financeiros ou ambos é gerido e o seu desempenho avaliado numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia documentada de gestão do risco ou de investimento, e a informação sobre o grupo é fornecida internamente ao pessoal chave da gerência da entidade nessa base; ou - se um contrato contiver um ou mais derivados embutidos, que segundo a IAS 39 têm de ser bifurcados. 12 Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados e apresentados em derivados de negociação. A avaliação destes activos e passivos é efectuada diariamente com base no justo valor. No caso das obrigações e outros títulos de rendimento fixo, o valor de balanço inclui o montante dos juros corridos e não cobrados. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor são reconhecidos em resultados, tal como o rendimento de juros e dividendos. Os juros dos activos financeiros de negociação e ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e rendimentos similares. No que se refere aos instrumentos financeiros derivados e aos passivos financeiros de negociação, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados. b) Activos financeiros disponíveis para venda Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) o Banco tem intenção de manter por tempo indeterminado; (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial; ou (iii) não se classificam como: empréstimos concedidos ou contas a receber, investimentos detidos até à maturidade ou activos financeiros ao justo valor através de resultados. Os activos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor. Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor são reconhecidos directamente nos capitais próprios na rubrica reservas de reavaliação de justo valor, excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais de activos monetários, que são reconhecidos directamente em resultados. No momento em que os activos sejam vendidos, os ganhos ou perdas ainda reconhecidos no capital próprio são removidos e registados em resultados. Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados na rubrica de juros e rendimentos similares, de acordo com o método da taxa de juro efectiva. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção. No que se refere à análise de perdas por imparidade, esta é efectuada de forma periódica no sentido da identificação de potenciais situações de imparidade, utilizando como indicadores (i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, a existência de um evento que tenha impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade. 13 Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida em resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminuir, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas. Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco não dispõe de activos financeiros disponíveis para venda designados como activos cobertos. c) Créditos e outros valores a receber Esta rubrica abrange os créditos concedidos pelo Banco a Clientes e a Instituições de Crédito e participações em empréstimos sindicados. Em 31 de Dezembro de 2012, o Grupo não dispõe de créditos designados como activos cobertos. Valorimetria, reconhecimento inicial e subsequente O crédito e outros valores a receber compreende todos os activos financeiros correspondentes ao fornecimento de dinheiro, bens ou serviços a um devedor. Este conceito abrange a actividade típica da concessão de crédito a clientes, bem como as posições credoras resultantes de operações com terceiros realizadas no âmbito da actividade da instituição e exclui as operações com instituições de crédito. No momento inicial, os créditos e valores a receber são registados ao justo valor. Em geral, o justo valor no momento inicial corresponde ao valor de transacção e inclui comissões, taxas ou outros custos e proveitos associados às operações de crédito. Posteriormente, são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva. O rédito referente a comissões por serviços prestados que não sejam directamente associadas a operações de crédito é reconhecido ao longo do período da execução do serviço. O Banco procede ao abate de créditos ao activo (write-offs) de operações que considere irrecuperáveis e cujas provisões estejam constituídas pelo valor total da operação. Desreconhecimento O crédito e outros valores a receber é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos aos respectivos fluxos de caixa expiraram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os activos foi transferido. Provisionamento O regime de provisionamento do crédito e outros valores a receber corresponde ao definido no Aviso nº 3/95, de 30 de Junho, do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro e pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro, e inclui as seguintes provisões para riscos de crédito: - risco específico de crédito – crédito vencido e créditos de cobrança duvidosa; - riscos gerais de crédito; e - risco-país. (i) Provisão específica para crédito concedido A provisão específica para crédito concedido é baseada na avaliação dos créditos vencidos, incluindo os créditos vincendos associados, e créditos objecto de acordos de reestruturação, destinando-se a cobrir riscos específicos, sendo apresentada como dedução ao crédito concedido. 14 A avaliação desta provisão é efectuada periodicamente pelo Banco, tomando em consideração a existência ou não de garantias reais, o período de incumprimento e a actual situação financeira do cliente. Em 31 de Dezembro de 2012, os saldos de crédito e juros vencidos encontram-se devidamente provisionados pelo Banco de acordo com o definido no Aviso nº 3/95. (ii) Provisão para Riscos Gerais de Crédito As provisões para riscos gerais de crédito são apresentadas no passivo, e equivalem a 1% do total de crédito concedido e não vencido, incluindo aquele representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga, mas excluindo o relativo a operações com instituições de crédito das Zonas A e B ou por elas garantidas e, no caso de países da Zona B, com prazo de vencimento residual inferior a um ano. (iii) Provisões para Risco-País As provisões para risco-país são constituídas para fazer face ao risco imputado aos activos financeiros e elementos extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco. Na sequência da Carta Circular 07/12/DSBDR, emitida pelo Banco de Portugal em 07 de Março de 2012, o nível de provisionamento aplicado ao Brasil manteve-se em 0%. A 31 de Dezembro de 2012, não existiam provisões para risco-país constituídas. d) Activos cedidos com acordo de recompra Os títulos vendidos com acordo de recompra (repos) são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificado o valor de juros. Os títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) não são registados na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na data de liquidação, como um crédito, sendo periodificado o valor de juros. 2.2.3. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações. 2.2.4 Dívida emitida titulada pelo Banco As emissões de obrigações do Banco estão registadas nas rubricas passivos subordinados, responsabilidades representadas por títulos e passivos financeiros de negociação. Exceptuando as Structured Linked Notes (registadas na rubrica de Passivos financeiros de negociação) as obrigações emitidas são relevadas, na data de emissão, pelo justo valor (valor de emissão), incluindo despesas e comissões de transacção, sendo posteriormente valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva. Os derivados embutidos em Instrumentos financeiros compostos (apresentados na rubrica de Responsabilidades representadas por títulos), são registados separadamente e reavaliados ao justo valor através de resultados. 15 Caso o Banco recompre dívida emitida, esta é registada como redução ao passivo (dívida readquirida). A diferença entre o montante liquidado e a redução do passivo é registada em resultados. Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco não dispõe de obrigações designadas como passivos cobertos. 2.2.5. Contabilidade de cobertura Pela IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, uma relação de cobertura existe quando: - à data de início da relação existe documentação formal da cobertura; - se espera uma cobertura altamente eficaz; - a eficácia da cobertura pode ser fielmente mensurada; e - a cobertura é altamente efectiva ao longo do período de relato financeiro. Os relacionamentos de cobertura são de 3 tipos: - cobertura de justo valor – numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (fair value hedge), o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos passivos cobertos, atribuíveis ao risco coberto. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva. - cobertura de fluxos de caixa – numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte efectiva das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afectar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efectuará, os montantes ainda registados em capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação. - cobertura de investimento líquido em unidade operacional estrangeira – as coberturas de investimento líquido em operações estrangeiras são registadas da mesma forma que as coberturas de fluxos de caixa. Ganhos ou perdas no instrumento de cobertura relacionados com a parte eficaz da cobertura são reconhecidos em reservas; a ineficácia da cobertura é reconhecida imediatamente em resultados. Os ganhos ou perdas acumuladas em reservas são incluídos em resultados quando a unidade operacional estrangeira é vendida. Em 31 de Dezembro de 2012, o Banco efectua nas suas contas individuais uma cobertura de justo valor do risco cambial do investimento efectuado em três das suas filiais em moeda estrangeira. Os testes de eficácia de cobertura são devidamente documentados numa base regular, assegurando-se a existência de comprovativos durante a vida das operações cobertas. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos pela contabilidade de cobertura, esta deverá ser descontinuada prospectivamente. 2.2.6. Activos e Passivos financeiros em moeda estrangeira Os activos e passivos financeiros em moeda estrangeira são registados de acordo com os princípios do sistema multi-currency, isto é, nas respectivas moedas de denominação. 16 Os proveitos e custos apurados nas diferentes moedas são convertidos para euros ao câmbio do dia em que são reconhecidos. Os procedimentos contabilísticos diferem em função do efeito que as operações têm sobre a posição cambial: - Posição à vista A posição à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos expressos nessa moeda, acrescido dos montantes das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base nos câmbios indicativos do dia divulgados pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional), por contrapartida de resultados. - Posição a prazo (Forward) A posição cambial a prazo em cada moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam dentro dos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nos diferenciais de taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. As diferenças entre os respectivos contravalores em euros às taxas contratadas e às taxas de reavaliação a prazo, que representam o proveito ou o custo de reavaliação da posição a prazo, são registadas numa conta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de resultados. 2.2.7. Activos tangíveis Os activos tangíveis estão contabilizados ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que serão incorporadas em Reservas Legais de Reavaliação. A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem, correspondente ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso: Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio Mobiliário e material Equipamento informático Instalações interiores Material de transporte Outro equipamento 50 8 3 5 - 10 4 3 - 12 2.2.8. Activos intangíveis O Banco regista nesta rubrica essencialmente o custo de aquisição de software. Os activos intangíveis são amortizados pelo método das quotas constantes, ao longo do período de vida útil estimado do bem o qual, em geral, corresponde a um período de três anos. 17 2.2.9. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos da demonstração de fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras Instituições de Crédito. 2.2.10. Impostos sobre os lucros O Banco está sujeito ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC) e no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF). A Sucursal Financeira Internacional (SFI), situada na Zona Franca da Madeira, beneficia, nos termos do artigo 36º do EBF, de um regime especial de tributação até 31 de Dezembro de 2020. Os impostos correntes são calculados com base nas taxas de imposto legalmente em vigor, para o período a que reportam os resultados. Os impostos diferidos activos e passivos correspondem ao valor do imposto a recuperar e a pagar em períodos futuros, resultante de diferenças temporárias entre o valor de um activo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os prejuízos fiscais reportáveis e os créditos fiscais são também registados como impostos diferidos activos. Os impostos diferidos activos são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que acomodem as diferenças temporárias dedutíveis. Os impostos diferidos activos e passivos foram calculados com base nas taxas fiscais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Os impostos correntes e os impostos diferidos são relevados em resultados excepto os que se relacionam com valores registados directamente em capitais próprios (nomeadamente activos financeiros disponíveis para venda). 2.2.11 Rendimentos de Serviços e Comissões Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma: (i) os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; (ii) os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem; (iii) os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva. 2.2.12. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas Na elaboração das demonstrações financeiras do Banco, são utilizadas estimativas e valores futuros esperados, nomeadamente nas seguintes áreas: a) Justo valor de derivados e de activos e passivos financeiros não cotados O justo valor dos derivados e dos activos e passivos financeiros não cotados é estimado com base em métodos de avaliação e teorias financeiras, cujos resultados dependem dos pressupostos utilizados. b) Impostos diferidos O reconhecimento de impostos diferidos pressupõe a existência de resultados e matéria colectável futura. Os impostos diferidos activos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal 18 actualmente em vigor para o Banco, ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos. 2.2.13. Provisões para outros riscos e encargos Esta rubrica inclui as provisões constituídas para fazer face a outros riscos específicos, nomeadamente contingências fiscais, processos judiciais e outras perdas decorrentes da actividade do Banco. 2.2.14. Responsabilidades com pensões de reforma Em virtude de não ter aderido ao Acordo Colectivo de Trabalho do sector bancário, o Banco não tem responsabilidades relativas a pensões de reforma dos seus empregados e administradores, os quais estão abrangidos pelo regime de segurança social. 2.2.15. Plano de remuneração baseado em acções A política de remunerações dos Administradores Executivos do Banco prevê que, sob determinadas condições, o mínimo de 50% da remuneração variável anual será paga de forma diferida durante 3 anos, sendo que pelo menos 50% do valor total da remuneração variável deverá ser paga em ações ou instrumentos financeiros equivalentes. Considerando que o Banco não possui ações cotadas em bolsa de valores e dado que a sua atividade é desenvolvida em total alinhamento com a estratégia e objetivos do Itaú Unibanco Holding S.A. (Holding), para a realização dos pagamentos de remunerações variáveis que devam ser feitos em instrumentos financeiros equivalentes a ações, serão utilizados instrumentos indexados a ações preferenciais da Holding (Instrumento). Este instrumento consiste numa promessa de pagamento em dinheiro efetuada por parte do Banco aos respetivos beneficiários, devendo o mesmo ser entregue aos beneficiários na mesma data em que a componente da remuneração variável correspondente à parcela em dinheiro não sujeita a diferimento for paga. Os beneficiários deverão assim receber o valor em dinheiro, no primeiro dia útil ao fim de 1, 2 e 3 anos contados da data da entrega do respetivo Instrumento (Aniversários), correspondente em cada um dos três períodos a 1/3 do valor-base constante do Instrumento, na moeda em que foi aprovada a respetiva remuneração, ajustados pelo índice de variação do preço de uma ação da Holding durante o período de vigência da parcela em causa. O pagamento da remuneração variável está sujeito a condições suspensivas, previstas na política de remuneração do Banco em vigor. Este plano de pagamentos de remuneração variável enquadra-se no âmbito do IFRS 2 - Pagamento com base em ações e corresponde a um pagamento em dinheiro baseado em ações (“cash-settled share-based payments”). O justo valor deste benefício, determinado na data da sua atribuição, é imputado a resultados, como custo com pessoal, de forma linear desde o início do ano do programa até a respetiva data de disponibilização (no primeiro dia útil ao fim de 1, 2 e 3 anos). O passivo resultante é reavaliado à data de cada balanço, sendo a variação de justo valor reconhecida em resultados. 19 2.3. Normas e interpretações recentemente emitidas Normas, alterações a normas existentes e interpretações com aplicação obrigatória em 2012 mas não relevantes para o Banco: As seguintes normas e interpretações são obrigatórias para períodos contabilísticos com início a partir de 1 de Janeiro de 2012 mas que não são relevantes para a actividade do Banco: • IFRS 7 (alteração), ‘Instrumentos financeiros: Divulgações – Transferência de activos financeiros’ A aplicação destas novas normas e interpretações não terão um impacto material nas demonstrações financeiras do Banco. (a) Normas, alterações a normas existentes e interpretações, que apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Julho de 2012 ou em data posterior O Banco optou por não aplicar antecipadamente as normas contabilísticas, alterações a normas existentes e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória no exercício de 2012: • • • • • • • • • • • • • • IAS 1 (alteração) – ‘Apresentação de demonstrações financeiras’ IAS 12 (alteração) – ‘Impostos sobre o rendimento’ IAS 19 (revisão 2011) – ’Benefícios aos empregados’ IAS 27 (revisão 2011) – ‘Demonstrações financeiras separadas’ IAS 28 (revisão 2011) – ‘Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ IAS 32 (alteração) – ‘Compensação de ativos e passivos financeiros’ Melhorias às normas 2009-2011, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013. Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. O processo de melhoria anual de 2009-2011 afeta as normas: IFRS 1, IAS 1, IAS 16, IAS 32 e IAS 34 IFRS 1 (alteração) – ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’ IFRS 7 (alteração) – ‘Instrumentos financeiros: Divulgações – Transferência de activos financeiros’ IFRS 9 (novo) – ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ IFRS 10 (novo) – ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ IFRS 11 (novo) – ‘Acordos conjuntos’ IFRS 12 (novo) – ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ IFRS 13 (novo) – ‘Justo valor: mensuração e divulgação’ A aplicação destas novas normas e interpretações não terão um impacto material nas demonstrações financeiras do Banco. NOTA 3 - GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO 3.1. Estratégia na utilização de instrumentos financeiros Pela sua natureza, as actividades do Banco estão principalmente relacionadas com o uso de instrumentos financeiros, incluindo derivados. O Banco aceita depósitos de instituições financeiras e de clientes, a taxas fixas e variáveis e por períodos diversos, e procura obter margens acima da média investindo estes fundos em activos de elevada qualidade. O Banco procura aumentar estas margens consolidando fundos de curto prazo e emprestando por períodos mais longos a taxas de juro mais elevadas, enquanto assegura liquidez suficiente para fazer face às responsabilidades. 20 O Banco também procura aumentar as suas margens através da concessão de crédito a clientes. Estas exposições envolvem também garantias e outros compromissos. O Banco transacciona instrumentos financeiros, incluindo derivados, para beneficiar de movimentos cambiais de curto prazo, variações de taxas de juro e de preços. A Comissão Executiva impõe limites ao nível de exposição ao mercado que pode ser assumido overnight e intraday. Registados ao justo valor 31 de Dezem bro de 2012 Opção Justo Valor Negociação Activos financeiros disponíveis para venda Créditos e valores a receber Cobertura Activos/ Passivos Não Financeiros Outros passivos financeiros Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Derivados de cobertura Outros activos 440.052 - - 1.441 36.085 - - - - - 81.473 - 804 - 471.429 1.830.918 - 131.512 - - 469.629 Total de Activos 440.052 81.473 804 2.339.873 131.512 - 469.629 Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Recursos de Bancos Centrais Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Derivados de cobertura Passivos subordinados Outros passivos 435.298 - - - - - 625.901 282.456 1.541.845 - 65.494 Total de Passivos 435.298 - - - - 2.450.202 65.494 3.2. Risco de Crédito O Banco assume exposição ao risco de crédito, ou seja, ao risco de incumprimento efectivo por parte da contraparte. Mudanças significativas na economia ou num determinado segmento em que esteja concentrado crédito concedido pelo Banco, poderão resultar em perdas distintas das provisões evidenciadas à data de balanço. Assim sendo, a Comissão Executiva regula criteriosamente a sua exposição ao risco de crédito e risco-país. Os activos financeiros que potencialmente expõem o Banco a concentrações de risco de crédito consistem essencialmente no crédito a clientes, nas aplicações em outras instituições financeiras, nas obrigações e outros títulos de rendimento fixo e nos derivados. Para além desta exposição de risco de crédito em balanço, o Banco assume exposição a risco de crédito em elementos classificados em rubricas extrapatrimoniais, garantias e compromissos irrevogáveis de concessão de crédito. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a concentração geográfica do risco de crédito do Banco (total de activos, garantias e compromissos com risco de crédito, excluindo essencialmente os investimentos em filiais, activos tangíveis e intangíveis), apresenta-se como segue: 21 País Alemanha Argentina Áustria Bélgica Brasil Canadá Chile Escandinávia2 Espanha EUA França Holanda Luxemburgo Portugal Reino Unido Suiça Outros 3 Rating S&P1 AAA BAA+ AA BBB AAA AAAAA BBB+ AA+ AA+ AAA AAA BB AAA AAA 31.12.2012 429.953 34.052 61.228 76.456 822.045 3.168 80.747 42.977 238.601 417.128 236.249 253.089 111.729 497.560 163.766 158.429 97.811 3.724.988 % 11,5% 0,9% 1,6% 2,1% 22,1% 0,1% 2,2% 1,2% 6,4% 11,2% 6,3% 6,8% 3,0% 13,4% 4,4% 4,3% 2,5% 31.12.2011 404.505 54.119 108.733 50.341 913.570 96.960 39.867 30.000 440.963 340.493 161.517 156.747 272.486 494.732 141.722 171.948 187.805 100,0% 4.066.508 % 9,9% 1,3% 2,7% 1,2% 22,5% 2,4% 1,0% 0,7% 10,8% 8,4% 4,0% 3,9% 6,7% 12,2% 3,5% 4,2% 4,6% 100,0% 1 Ratings Standard&Poor's actualizados a Fevereiro de 2013. Em 31.12.2012 e 31.12.2011, corresponde aos seguintes países: Dinamarca, Noruega e Suécia. 3 Em 31.12.2012, corresponde a operações com risco Singapura e também ao valor de mercado de derivados embutidos de Notas Estruturadas colocadas em múltiplos países. 2 O Banco estrutura os níveis de risco de crédito que assume através da colocação de limites ao risco aceite em relação a um cliente ou grupo de clientes, a um segmento de negócio e a instituições financeiras e clientes brasileiros. Estes riscos são acompanhados numa base recorrente e sujeitos a revisão periódica. A Comissão Executiva aprova limites ao nível de risco de crédito e risco-país. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o crédito e juros vencidos no Banco apresentam a seguinte decomposição por classe de incumprimento: 31.12.2012 Crédito e juros vencidos Classe I - até 3 meses Classe II - de 3 até 6 meses Classe III e IV - de 6 até 12 meses Classe V a IX - de 1 a 3 anos Juros vencidos a regularizar Provisões para crédito vencido Crédito com incumprimento líquido Crédito com incumprimento líquido / Crédito total líquido 31.12.2011 9.017 - 9.017 1 (9.017) (9.017) - 1 0,00% 0,00% A exposição ao risco de crédito é gerida através de uma análise regular da capacidade dos clientes para cumprir com as suas responsabilidades de pagamento de capital e juros, da alteração dos limites de financiamento sempre que necessário, e pela obtenção de colaterais e garantias. 3.3. Risco de Mercado O risco de mercado corresponde à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos financeiros que compõem as carteiras do Banco, como, por exemplo, o risco de oscilações nas taxas de juro e de câmbio ou no preço das acções. 22 O Banco assume exposição a riscos de mercado, ou seja, a riscos provenientes de posições em aberto em taxas de juro, moeda estrangeira e outros produtos expostos a movimentos gerais e específicos do mercado. O Banco estima as perdas potenciais que poderão advir de alterações nas condições de mercado. O Banco aplica a metodologia de VaR - value at risk - stress testing, que se baseia em modelos estatísticos que estimam o risco de perda através de padrões históricos de preços e volatilidade. A abordagem utiliza conceitos estatísticos que estimam a probabilidade do valor de um instrumento financeiro situar-se acima ou abaixo de determinado montante. A Comissão Executiva determina limites para o valor do risco que pode ser aceite, sendo monitorizado numa base diária. A maioria da exposição ao risco de mercado no Banco está concentrada na actividade da Mesa Proprietária, que se dedica a transaccionar instrumentos financeiros derivados e a gerir posições com o objectivo de beneficiar da evolução dos mercados financeiros. No cálculo dessa exposição, o Banco utiliza o VaR paramétrico com um intervalo de confiança de 99% e um holding period de 1 dia, assumindo-se uma distribuição de retornos normal (Daily Earnings at Risk). Este indicador é calculado pelo Departamento de Gestão de Risco e monitorizado pela Comissão Executiva numa base regular. Em 31 de Dezembro de 2012, os riscos de mercado da Mesa Proprietária em termos individuais apresentavam um DEaR (perda potencial esperada (VaR) para um dia, calculado com um intervalo de confiança de 99%), conforme segue em milhares de EUR: International Trading Desk DEaR 99% Interest Rate 1º Semestre 7,33 2º Semestre 2012 - 3,65 2011 10,75 3.4. Risco cambial O Banco assume exposição aos efeitos de flutuações cambiais nas suas posições financeiras e cash flows. Aplicações e recursos de instituições financeiras, títulos, crédito a clientes e derivados de moeda expõem o Banco a risco cambial. O Banco gere este risco colocando limites ao mismatch entre activos, passivos e extrapatrimoniais em cada moeda. A Comissão Executiva aprova os limites ao nível de exposição ao risco cambial. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os activos e passivos do Banco denominados em moeda estrangeira, apresentam-se como segue: 23 31.12.2012 Dólares americanos Activo líquido Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Outros activos tangíveis Activos intangíveis Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos por impostos correntes Activos por impostos diferidos Outros activos Passivo Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Recursos de Bancos Centrais Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Provisões e imparidade Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Passivos subordinados Outros passivos Posição global operacional Outras moedas estrangeiras 31.12.2011 Total Dólares americanos Outras moedas estrangeiras Total 5 31.939 193.967 8 2.338 238.651 13 34.277 432.618 3 70.559 287.945 13 9.197 264.448 16 79.756 552.393 49.478 391.401 900.356 - 81.473 30.925 8.781 66 - 81.473 80.403 400.182 900.356 66 - 11.513 470.729 1.053.734 - 76.535 8.484 4.847 - 76.535 11.513 479.213 1.058.581 - 307.015 27.648 375 1.194 307.015 375 28.842 300.700 26.116 1.756 300.700 27.872 1.901.809 363.811 2.265.620 2.221.299 365.280 2.586.579 423.384 532.777 182.082 1.442.371 27.348 159 2.697 2.720 26 6.959 423.543 535.474 182.082 1.445.091 26 34.307 547.655 915.141 47.232 966.554 235.688 446 61.165 447 1.635 (1.758) 548.101 976.306 47.232 967.001 1.635 233.930 2.607.962 12.561 2.620.523 2.712.270 61.935 2.774.205 (706.153) 351.250 (354.903) (490.971) 303.345 (187.626) No que diz respeito ao risco cambial a que o Banco se encontra exposto, este não poderá ser observado pelas posições líquidas de balanço, devido ao tipo de estruturas de produtos financeiros negociados. Desta forma, e com referência a 31 de Dezembro de 2012, as posições líquidas em moedas estrangeiras de exposição a risco cambial, bem como o impacto em resultados antes de impostos resultante de uma depreciação de 10% do Euro face a essas moedas, apresenta-se no quadro que se segue: Posição Longa Curta Impacto Dólares americanos Reais do Brasil Libra estrelina Outras moedas 2.607 748 - (2.025) (68) 261 75 (203) (7) Total 3.355 (2.093) 126 3.5. Risco de taxa de juro Risco de taxa de juro é o risco de flutuação a que estão sujeitos os cash flows de um instrumento financeiro, devido a alterações nas taxas de juro do mercado. Aplicações e recursos em instituições financeiras, crédito a clientes, obrigações e outros títulos de rendimento fixo e derivados de taxa de juro estão sujeitos a risco de taxa de juro (excluindo os activos e passivos de negociação). O Banco gere o seu risco de taxa de juro colocando limites no nível de mismatch de refixação de taxa de juro que pode ser suportado. A Comissão Executiva aprova limites ao nível de exposição a risco de taxa de juro. 24 O quadro seguinte resume a exposição do Banco ao risco de taxa de juro, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011. Estão incluídos no quadro seguinte os activos e passivos do Banco, ao valor de balanço, categorizados pela mais recente entre as datas de repricing de taxa de juro e de maturidade. Até 1 mês 31 de Dezembro de 2012 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos Mais de 5 anos Sem risco de taxa de juro Total Activos Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Outros activos 81.473 358.845 461.286 - 9.494 9.873 557.487 - 33.404 939 795.600 - 53.913 5.506 - 34.701 11.039 - 1.441 36.085 101.772 469.629 1.441 36.085 81.473 131.512 471.429 1.830.918 469.629 Total de activos 901.604 576.854 829.943 59.419 45.740 608.927 3.022.487 74.741 22.794 65.112 - 88.533 7.608 705.298 - 452.392 192.158 272.675 - 231.789 - - 10.235 59.896 266.971 65.494 625.901 282.456 1.541.845 65.494 402.596 2.515.696 Passivos Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Total de passivos 162.647 801.439 917.225 231.789 - 738.957 (224.585) (87.282) (172.370) 45.740 Total de activos 865.313 177.112 423.487 968.443 182.402 555.673 3.172.430 Total de passivos 409.628 600.038 1.296.280 227.220 - 139.213 2.672.379 455.685 (422.926) (872.793) 741.223 182.402 31 de Dezembro de 2011 Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as taxas de juro máxima e mínima, para activos e passivos (excluindo overnights) em EUR e USD, apresentam-se como segue: 31.12.2012 Taxa de Juro Taxa de Juro Máxima Mínima EUR Activos Passivos USD Activos Passivos 31.12.2011 Taxa de Juro Taxa de Juro Máxima Mínima 8,00% 4,20% 0,29% 0,25% 8,42% 3,31% 0,75% 0,25% 9,10% 4,48% 0,06% 0,01% 7,06% 4,48% 0,20% 0,45% Em relação aos activos e passivos de negociação, é de salientar que devido às características específicas de alguns destes produtos, estes podem atingir taxas de juro elevadas. Em substância, estas taxas não reflectem a rendibilidade efectiva das operações já que existem operações de derivados que proporcionam uma cobertura económica de parte dessa mesma rendibilidade. O Banco utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados e capitais próprios de um aumento imediato de 1% (100 basis points) em taxas de juro de mercado. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente. A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos: - - Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afectam os rendimentos ou despesas de juros em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos ao justo valor; Alterações nas taxas de juro de mercado afectam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros; 25 - Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros activos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores actuais líquidos, utilizando taxas de mercado do final do ano. Sob estes pressupostos, um aumento de 1% em taxas de juro de mercado para todas as moedas nas quais o Banco tem instrumentos financeiros a 31 de Dezembro de 2012, resultaria numa diminuição do lucro antes de imposto de aproximadamente €1.589 milhares e numa diminuição do capital próprio de €7.032 milhares. 3.6. Risco de liquidez O Banco está exposto a risco de liquidez. A Comissão Executiva estabelece limites à proporção mínima de fundos disponíveis para cobrir níveis inesperados de procura. A gestão do risco de liquidez é realizada pelo Banco segundo os parâmetros recomendados pelas Autoridades de Supervisão e em conformidade com as boas práticas emanadas pelo Bank for International Settlements – BIS. Desta forma, a análise do risco de liquidez é elaborada com base em projecções para diversos cenários, avaliando-se os respectivos planos de contingência e projectando-se, em função destes cenários, a evolução do índice de liquidez do Banco. Adicionalmente, com base num sistema de gestão financeira integrada, capaz de produzir diariamente informação sobre os fluxos de caixa, são devidamente monitorizados os limites que vinculam as actividades da instituição (v.g. limites máximos de mismatch por maturidades, limite mínimo de fundos disponíveis para cobrir níveis inesperados de procura, entre outros). O quadro seguinte analisa os activos e passivos financeiros e extrapatrimoniais do Banco por grupos relevantes de maturidade, sendo os montantes compostos pelo valor de activos, passivos e extrapatrimoniais tendo em conta a data em que será efectuado o pagamento, recebimento ou vencimento das operações. No que diz respeito a instrumentos financeiros derivados, estes têm em consideração todos os cash flows futuros líquidos existentes. 31 de Dezembro 2012 Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total Passivos Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de bancos centrais Recursos de outras Instituições de crédito Recursos de clientes Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros Passivos Total Passivos Financeiros Total Activos Financeiros 2.304 74.761 82.694 48.140 22.972 621 99.068 7.617 410.128 11.871 26.242 320.305 193.113 601.704 4.480 193.988 135.277 492.345 - 15.076 27.020 - 238.231 629.411 283.424 1.579.337 39.324 230.871 529.306 1.145.845 821.611 42.096 2.769.728 308.945 791.793 228.477 226.525 1.282.003 Gap de Liquidez por Intervalo 560.922 (300.829) (919.320) 460.393 266.850 Gap de Liquidez acumulado 560.922 260.093 (659.227) (198.834) 68.016 31 de Dezembro 2012 Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos Mais de 5 anos 2.837.744 68.016 Total Instrumentos Financeiros Derivados - Negociação Fluxo Positivo 326.185 459.613 187.237 141.577 27.346 1.141.957 Fluxo Negativo (326.679) (455.084) (175.844) (131.118) (24.360) (1.113.085) 26 31 de Dezembro 2011 Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total Passivos Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de bancos centrais Recursos de outras Instituições de crédito Recursos de clientes Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros Passivos 433 355.474 61.565 35.958 22.972 19.103 156.836 188.753 749 11.871 18.259 930.013 552.860 4.480 183.021 64.347 216.946 60.020 - 42.534 - 263.351 1.506.671 61.565 994.518 60.769 39.324 Total Passivos Financeiros 476.402 377.313 1.505.613 524.334 42.534 2.926.197 249.263 Total Activos Financeiros 1.088.652 185.524 430.588 1.067.086 (1.075.026) 542.752 206.729 (111.814) 94.916 Gap de Liquidez por Intervalo 612.250 (191.790) Gap de Liquidez acumulado 612.250 420.460 31 de Dezembro 2011 (654.565) De 1 a 3 meses Até 1 mês De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos 3.021.112 94.916 Mais de 5 anos Total Instrumentos Financeiros Derivados - Negociação Fluxo Positivo 1.071.434 104.071 86.567 77.748 Fluxo Negativo (1.068.286) (101.149) (80.594) (61.784) 2.982 - 1.342.801 (1.311.812) 3.7. Justo valor de activos e passivos financeiros O justo valor dos activos e passivos financeiros é estimado com base nos preços de mercado disponíveis. Na ausência de preços de mercado, o justo valor dos instrumentos financeiros é medido utilizando o método do Net Present Value (NPV) e modelos de cálculo do preço de opções que envolvem parâmetros verificados no mercado. 3.7.1. Activos e passivos financeiros não mensurados ao justo valor O justo valor dos activos e passivos financeiros que não se encontram mensurados ao justo valor nas demonstrações financeiras apresenta-se como segue, com as respectivas diferenças para o seu valor contabilístico: 31.12.2012 Justo Valor Valor Contabilístico 31.12.2011 Diferença Justo Valor Valor Contabilístico Diferença Activos financeiros Disponibilidades em Outras Instituições de Crédito Aplicações em Instituições de crédito Crédito a clientes 36.085 471.547 1.837.751 36.085 471.429 1.830.918 118 6.833 83.087 527.273 2.063.800 83.087 526.418 1.964.431 855 99.369 627.413 283.325 1.542.616 - 625.901 282.456 1.541.845 - 1.512 869 771 - 1.501.292 61.538 974.608 61.391 1.498.955 61.538 974.185 59.924 2.337 423 1.467 Passivos Financeiros Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados 27 a) Disponibilidades e Aplicações em instituições de crédito O justo valor de disponibilidades, aplicações a taxa variável e depósitos overnight é o seu valor de balanço. O justo valor estimado para os depósitos a taxa fixa é baseado nos cash flows descontados às taxas de mercado monetário prevalecentes para aplicações com risco de crédito e prazo residual semelhante. b) Crédito a clientes O crédito a clientes apresenta-se líquido de provisões específicas. O justo valor estimado do crédito representa o montante descontado dos cash flows futuros cujo recebimento é expectável. Os cash flows esperados são descontados a taxas actuais de mercado para determinar o justo valor. c) Recursos de instituições de crédito e de clientes O justo valor estimado dos depósitos sem maturidade definida, que incluem depósitos à ordem, é o montante de reembolso. O justo valor estimado dos depósitos a taxa fixa é baseado em cash flows descontados utilizando taxas de juro para novos recursos com prazo residual similar. d) Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados O justo valor estimado das emissões representa o valor descontado dos cash flows esperados a serem pagos. Os cash flows esperados são descontados a taxas actuais de mercado para determinar o justo valor. 3.7.2. Activos e passivos mensurados ao justo valor O quadro seguinte classifica as mensurações do justo valor do Banco, baseando-se numa hierarquia do justo valor que reflecte o significado dos inputs utilizados na mensuração, conforme os seguintes níveis: - Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados activos para activos ou passivos idênticos; - Nível 2: inputs diferentes dos preços cotados incluídos no Nível 1 que sejam observáveis para o activo ou passivo, quer directamente (i.e., como preços) quer indirectamente (i.e., derivados dos preços); e - Nível 3: inputs para o activo ou passivo que não se baseiem em dados de mercado observáveis (inputs não observáveis). 31.12.2012 Activos e passivos mensurados ao justo valor Total Nível 1 Nível 2 - 127.834 110.627 201.591 126.186 136.235 191 1.548 307.978 - 127.734 136.235 308.169 - - 81.473 76.535 - - 76.535 131.512 - - 131.512 37.860 11.513 - 49.373 451.762 201.275 - 653.037 377.007 321.039 - 698.046 Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados - Structured Linked Notes - Derivados 25.193 238.231 171.874 - 238.231 197.067 26.916 263.351 264.700 - 263.351 291.616 Total de passivos mensurados ao justo valor 25.193 410.105 - 435.298 26.916 528.051 - 554.967 Activos financeiros detidos para negociação - Títulos de dívida - Títulos de capital - Derivados Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - Títulos de dívida Activos financeiros disponíveis para venda - Títulos de dívida Total de activos mensurados ao justo valor Nível 1 Nível 2 127.834 110.627 316 201.275 81.473 31.12.2011 Nível 3 Nível 3 Total 28 NOTA 4 - RELATO POR SEGMENTOS O relato por segmentos apresentado, segue, no que respeita aos segmentos de negócio e geográficos, o disposto no IFRS 8. Os segmentos de negócio constituem a base de segmentação principal das demonstrações financeiras, coincidente com o primeiro nível de desagregação da gestão e da informação do Banco. Um segmento de negócio é uma componente identificável do Banco que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um conjunto de produtos ou serviços relacionados, e que está sujeita a riscos e benefícios diferenciáveis dos restantes segmentos de negócio. O Banco tem um único segmento de negócio, o Corporate&Investment Banking. Este segmento está fundamentalmente focado em empresas com relações comerciais e de investimento entre a América Latina e a Europa. Dentre os diversos serviços e produtos oferecidos destacam-se operações de financiamento estruturadas e de cobertura de risco (derivados cambiais e de taxa de juro), em especial envolvendo a casa mãe europeia de empresas estabelecidas na América Latina, o financiamento de exportações entre as melhores empresas clientes do Itaú Unibanco e empresas europeias, a prestação de serviços de consultoria e/ou financiamento a empresas europeias que investem na América Latina, assim como a empresas da América Latina no seu processo de internacionalização. A fim de suprir as necessidades de financiamento desse negócio, o Banco dedica-se à captação e aplicação de fundos nos mercados interbancários, à emissão de títulos de dívida e produtos estruturados de captação próprios, a intermediação (montagem e distribuição) de títulos de dívida por conta de clientes, sobretudo grandes empresas e grupos económicos clientes do Grupo Itaú Unibanco, ao investimento e negociação por conta própria de títulos, derivados e produtos estruturados, quer com investidores institucionais quer com empresas clientes. Um segmento geográfico é uma componente identificável do Banco que se destina a fornecer um produto ou serviço individual ou um conjunto de produtos ou serviços relacionados, dentro de um ambiente económico específico, e que está sujeita a riscos e benefícios diferenciáveis de outras que operem em ambientes económicos diferentes. O reporte de segmentos geográficos do Banco é baseado na localização geográfica dos clientes / activos e, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, reparte-se da seguinte forma: 31 de Dezembro de 2012 Portugal Resto da UE Resto da Europa América do Norte América Central e Caraíbas América do Sul Resto do Mundo Investimentos em associadas Activos / Passivos não alocados Total Total de activos 359.999 1.334.176 66.674 268.507 71.097 788.593 13.618 Total de passivos Extrapatrimoniais 101.633 433.329 76.069 179.838 293.004 1.780.076 (*) 364.257 196.422 87.045 3.463.343 2.950.994 Proveitos Investimento em Capital Fixo 44.000 292.335 37.896 212.217 101.715 - 13.719 33.450 1.986 9.173 1.141 24.374 639 1.263 - 688.163 84.482 1.263 (*) Este saldo corresponde essencialmente a títulos colocados em múltiplos países. 29 31 de Dezembro de 2011 Portugal Resto da UE Resto da Europa América do Norte América Central e Caraíbas América do Sul Resto do Mundo Investimentos em associadas Activos / Passivos não alocados Total Total de activos 400.058 1.333.992 142.330 200.059 101.024 935.473 380 Total de passivos Extrapatrimoniais 38.638 778.506 92.313 295.888 608.239 1.255 1.297.460 (*) 428.388 202.864 118.244 3.744.568 3.230.543 Investimento em Capital Fixo Proveitos 41.500 406.866 155.701 166.816 - 16.136 37.669 1.565 4.506 6.962 24.823 107 4.163 - 770.883 91.768 4.163 (*) Este saldo corresponde essencialmente a títulos colocados em múltiplos países. NOTA 5 - CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 15 1.426 18 5.215 1.441 5.233 Caixa Depósitos à ordem no Banco de Portugal A rubrica Depósitos à ordem em Bancos Centrais corresponde a depósitos de carácter obrigatório no Banco de Portugal, efectuados pelo IBBAInt, que têm por objectivo satisfazer os requisitos legais de disponibilidades mínimas de caixa. NOTA 6 - DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Quanto à sua natureza, as Disponibilidades em outras Instituições de Crédito analisam-se como segue: Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no País Depósitos à ordem Disponibilidades sobre Instituições de Crédito no Estrangeiro Depósitos à ordem 31.12.2012 31.12.2011 350 344 35.735 82.743 36.085 83.087 NOTA 7 - ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 Instrumentos de dívida Obrigações de emissores públicos estrangeiros Obrigações de outros não residentes 127.834 - 126.186 1.548 Acções e títulos de capital Acções 110.627 136.235 Intrumentos derivados com justo valor positivo (Nota 8) Derivados de Negociação Derivados Embutidos 104.421 97.170 138.212 169.957 440.052 572.138 Activos financeiros detidos para negociação 30 O detalhe dos activos financeiros detidos para negociação, que não instrumentos derivados, é apresentado de seguida: Natureza e espécie dos títulos Moeda original Quantidade Valor balanço/ justo valor Instrumentos de dívida Emitidos por não residentes De emissores públicos estrangeiros Obrigações TESOURO NACIONAL BRASILEIRO BRL 247 190 127.834 127.834 Instrumentos de capital Emitidos por não residentes Acções BOVESPA BRL 34 549 906 110.627 110.627 238.461 NOTA 8 - DERIVADOS O Banco contrata derivados financeiros no âmbito da sua actividade, gerindo posições próprias com base em expectativas de evolução dos mercados, satisfazendo as necessidades dos seus clientes ou cobrindo posições de natureza estrutural. O Banco transacciona derivados financeiros, nomeadamente sob a forma de contratos sobre taxas de câmbio, taxas de juro, acções ou índices de acções, sobre a inflação ou sobre uma combinação destes subjacentes. Estas transacções são efectuadas em mercados de balcão (OTC – Over-TheCounter) e em mercados organizados. A negociação de derivados em mercados organizados rege-se pelas normas e regulamentação própria desses mercados. A negociação de derivados no mercado de balcão (OTC) baseia-se, normalmente, num contrato bilateral standard, que engloba o conjunto das operações sobre derivados existentes entre as partes. Todos os derivados são reconhecidos contabilisticamente pelo seu justo valor. A evolução do justo valor dos derivados é reconhecida nas contas relevantes do balanço (Ver Notas 7 e 18) e tem impacto imediato em resultados. O valor nocional é o valor de referência para efeito de cálculo dos fluxos de pagamentos e recebimentos originados pela operação e é registado em contas extrapatrimoniais. 31 A rubrica de Derivados de Negociação analisa-se como segue: 31.12.2012 Valor Nocional 31.12.2011 Valor de Balanço Activo Passivo Valor Nocional Valor de Balanço Activo Passivo Contratos sobre taxa de juro Swaps Caps & Floors 4.042.585 61.613 (31.937) 1.836.582 46.561 (17.827) 58.955 560 (11) 22.683 267 (13) 316 (25.193) 191 (26.916) 825 (668) 2.025 (2.103) 31.847 (34.168) 13.279 (199) 11.975 (4.492) 29.438 (160.911) - - - - Futuros Compra Venda 96.066 121.725 (976.170) (2.637.815) Contratos sobre taxa de câmbio Opções - Mercado de balcão Opções de compra Compra 24.511 24.728 498 Venda (490) (19.866) (25.298) Opções de venda Compra 26.995 64.499 279 Venda (262) (27.416) (64.499) Forwards Compra 962.610 969.693 17.895 Venda (16.343) (960.194) (969.247) Swaps Compra 947.297 1.032.134 1.267 Venda (5.537) (951.479) (1.027.068) Contratos sobre cotações Opções - Mercado de balcão Opções de compra Compra 266.879 285.503 9.570 Venda (3.479) (223.812) (192.892) Opções de venda Compra 163.470 209.227 9.579 Venda (90.129) (732.023) (774.690) Contratos sobre outros Opções - Mercado de balcão Opções de venda Compra - - Venda - - (580) Contratos sobre Taxa de Juro Opções - Mercado de balcão Opções de compra Compra 3.373 3.439 - Venda - (76) - Cross Currency Swaps (377) 244 - - - - Equity Swaps 1.288 236 - - - - (370.818) 2.364 (2.136) (248.833) 1.804 (3.851) 104.421 (175.517) 138.212 (251.148) Contratos sobre outro tipo de subjacente Credit Default Swaps 32 A rubrica de Derivados Embutidos corresponde em 31 de Dezembro de 2012, a montantes referentes a operações de derivados embutidos destacados de instrumentos financeiros compostos, os quais são analisados como segue: 31.12.2012 Activo Cross Currency Swaps Credit Default Swaps Opções sobre Cotações Opções sobre Moedas Opções sobre Taxa de Juro 31.12.2011 Passivo Activo 1.555 2.123 93.471 21 - (157) (2.362) (19.012) (19) - 97.170 (21.550) Passivo 4.049 3.870 162.030 8 (622) (1.680) (38.043) (123) - 169.957 (40.468) - A rubrica de Derivados de cobertura, em 31 de Dezembro de 2012, corresponde ao justo valor de derivados Swaps de Moeda contratados para cobertura de justo valor do risco cambial do investimento efectuado em três das suas filiais em moeda estrangeira, os quais são analisados como segue: 31.12.2012 Valor Nocional 31.12.2011 Valor de Balanço Activo Passivo Valor Nocional Valor de Balanço Activo Passivo Derivados designados como instrumentos de cobertura de justo valor Swaps de moeda Compra 307.792 297.539 804 Venda - (307.015) - (3.197) - (3.197) (300.700) 804 - As variações do justo valor dos instrumentos de cobertura e as variações do justo valor dos activos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto são reconhecidas em resultados. NOTA 9 - OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Instrumentos de dívida Obrigações de emissores públicos estrangeiros 31.12.2011 81.473 76.535 81.473 76.535 33 O detalhe dos outros activos financeiros ao justo valor através de resultados é apresentado de seguida: Valores unitários Natureza e espécie dos títulos Moeda Quantidade Nominal original Cotação/Preço Valor balanço/ Mercado organizado justo valor relevante Instrumentos de dívida Emitidos por não residentes De emissores públicos estrangeiros Obrigações REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1-7-2014 BRL 58 000 370 89,94% 19.311 SAO PAULO REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 2-1-2014 BRL 180 000 370 93,29% 62.162 SAO PAULO 81.473 81.473 NOTA 10 - ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 1.769 1.828 1.419 2.334 124.043 30.199 3.872 11.513 3.908 131.512 49.373 Instrumentos de dívida Emitidos por residentes Outras Instituições de Crédito Nacionais Dívida não subordinada Dívida subordinada Emitidos por não residentes De dívida pública estrangeira De outros não residentes Dívida não subordinada Dívida subordinada Em 31 de Dezembro de 2012, os cupões mínimo e máximo observados na carteira de títulos disponíveis para venda são de 0,625% (UNITED STATES OF AMERICA – 30.11.2017) e 8% (CAIXA GERAL DEPÓSITOS – 28.09.2015). O detalhe dos activos financeiros disponíveis para venda é apresentado de seguida: 34 Valores unitários Natureza e espécie dos títulos Moeda original Quantidade Cotação/Pr eço Nominal Valor Aquisição Valor balanço/ justo valor Valias (+/-) Mercado organizado relevante Instrumentos de dívida Emitidos por residentes Outras Instituições de Crédito Nacionais Dívida não subordinada Obrigações CAIXA GERAL DEPOSITOS_LISBON 28-9-2015 EUR 1 600 1.000 108,46% 1.600 1.600 1.769 1.769 135 135 LUXEMBOURG Dívida subordinada Obrigações BANIF-LISBOA 30-12-2015 EUR 3 000 1.000 60,92% 3.000 3.000 1.828 1.828 (1.171) (1.171) LUXEMBOURG Emitidos por não residentes De dívida pública estrangeira Obrigações REPUBLIC OF FRANCE 25-9-2013 KINGDOM OF BELGIUM 30-9-2013 KINGDOM OF BELGIUM 5-3-2015 KINGDOM OF BELGIUM 28-3-2019 NETHERLANDS GOVERNMENT 24-2-2017 REPUBLIC OF FRANCE 13-7-2015 REPUBLIC OF FRANCE 26-10-2015 UNITED KINGDOM 7-9-2017 UNITED STATES OF AMERICA 15-8-2022 UNITED STATES OF AMERICA 31-10-2019 UNITED STATES OF AMERICA 29-11-2019 UNITED STATES OF AMERICA 30-11-2017 EUR EUR USD EUR USD EUR EUR GBP USD USD USD USD 5 000 000 10 000 000 5 000 000 10 000 000 5 000 000 5 000 000 10 000 000 2 500 000 000 50 000 100 000 200 000 200 000 1 1 1 1 1 1 1 0 76 76 76 76 101,42% 103,06% 104,19% 117,00% 100,88% 104,65% 107,85% 100,63% 99,51% 100,88% 99,09% 99,68% 5.014 10.248 3.850 11.328 3.821 5.060 10.725 30.879 3.769 7.656 15.027 15.121 122.498 5.098 10.416 4.034 12.006 3.836 5.280 10.841 30.925 3.794 7.662 15.033 15.118 124.043 Dívida subordinada Obrigações DEUTSCHE BANK AG 22-9-2015 EUR 4 000 1.000 96,77% 3.999 3.999 3.872 3.872 (128) (128) 131.097 131.512 (424) 56 59 98 372 2 173 60 (53) 2 (10) (7) (12) 740 MTS FRANCE EURONEXT-BRUSS FRANKFURT EURONEXT-BRUSS EURONEXT-AMSTER MTS FRANCE EURONEXT-PARIS LONDON DTC DTC DTC DTC FRANKFURT NOTA 11 - APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro Mercado Monetário Interbancário / Depósitos a prazo Juros a receber 31.12.2011 471.390 39 526.387 31 471.429 526.418 Em 31 de Dezembro de 2012, as aplicações em EUR do IBBAInt eram constituídas por overnights e aplicações de colateral que pagavam taxa 0%. Em 31 de Dezembro de 2012, a taxa de juro mínima e máxima, para aplicações em USD (excluindo overnights), é de 0,22% e de 3,17%, respectivamente. 35 NOTA 12 - CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 Crédito não titulado Crédito Interno Empréstimos a curto prazo Empréstimos a médio e longo prazo Crédito Titulado Crédito a Empregados Juros a receber Crédito ao Exterior Desconto de saque importação Juros antecipados - Desconto de saque importação Empréstimos a curto prazo Empréstimos a médio e longo prazo Juros a receber Crédito e Juros Vencidos Comissões associadas ao custo amortizado (líquidas) Valor bruto do crédito a clientes Provisões para crédito vencido Valor líquido do crédito a clientes 49.265 60.000 224.898 11.145 2.355 347.663 25.000 60.000 284.791 11.718 3.096 384.605 92.951 ( 444) 168.955 1.216.548 8.609 1.486.619 167.031 ( 1.949) 213.169 1.199.156 7.773 1.585.180 9.017 9.018 ( 3.364) ( 5.355) 1.839.935 1.973.448 ( 9.017) ( 9.017) 1.830.918 1.964.431 Em 31 de Dezembro de 2012, a estrutura sectorial da carteira de crédito a clientes do Banco (excluindo crédito e juros vencidos e provisões) é a seguinte: 36 31.12.2012 CONSTRUÇÃO PESADA TELECOMUNICAÇÕES METALURGIA E SIDERURGIA PETRÓLEO & GÁS AUTOPEÇAS AÇÚCAR E ÁLCOOL ENERGIA CELULOSE E PAPEL IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO BANCOS OUTROS IMOBILIÁRIO BENS DE CAPITAL INDUSTRIAIS SUPERMERCADOS PETROQUÍMICA BEBIDAS TRANSPORTE ELECTRÓNICA CARNES HOTÉIS, RESTAURANTES E LAZER ALIMENTOS CRÉDITO HABITAÇÃO MEIOS DE COMUNICAÇÃO MINERAÇÃO EMBALAGENS VEÍCULOS LEVES E PESADOS CALÇADOS E COURO SAÚDE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ADUBOS E FERTILIZANTES TEXTIL FARMACEUTICOS / COSMÉTICOS % 31.12.2011 % 353.694 249.275 176.414 138.093 133.855 112.166 88.115 74.536 63.048 61.470 49.849 47.409 39.877 35.111 33.622 30.337 29.973 23.686 23.160 17.197 11.283 11.145 9.581 6.215 5.787 5.099 761 160 - 19,4% 13,6% 9,7% 7,5% 7,3% 6,1% 4,8% 4,1% 3,4% 3,4% 2,7% 2,7% 2,2% 1,9% 1,8% 1,7% 1,6% 1,3% 1,3% 0,9% 0,6% 0,6% 0,5% 0,3% 0,3% 0,3% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 122.880 227.436 253.180 215.986 125.518 118.535 92.006 49.525 79.071 105.059 82.901 11.222 40.624 40.058 37.576 31.305 15.387 33.308 13.194 11.718 10.075 7.812 7.834 3.930 326 139.234 80.612 5.588 2.531 6,3% 11,6% 12,9% 11,0% 6,4% 6,0% 4,7% 2,5% 4,0% 5,3% 4,2% 0,6% 2,1% 2,0% 1,9% 1,6% 0,0% 0,8% 1,7% 0,7% 0,0% 0,6% 0,5% 0,4% 0,4% 0,0% 0,2% 0,0% 7,1% 4,1% 0,3% 0,1% 1.830.918 100,0% 1.964.431 100,0% 37 NOTA 13 - OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2012 foi o seguinte: Saldo em 31.12.11 Outros activos tangíveis ° Imóveis de serviço próprio ° Mobiliário e material ° Máquinas e ferramentas ° Equipamento informático ° Instalações interiores ° Equipamento de segurança ° Outro equipamento Activos tangíveis em curso ° Imobilizado em curso Total Aquisições Valor bruto TransfeVariação rências cambial 5.196 516 214 2.217 1.031 49 10 519 122 201 99 2 24 - 24 202 (24) 9.257 1.145 - Alienações / Abates - - (272) - (272) Saldo em 31.12.12 Saldo em 31.12.11 Amortizações do exercício Amortizações acumuladas TransfeVariação rências cambial Alienações / Abates Valor líquido Saldo em Saldo em 31.12.11 31.12.12 Saldo em 31.12.12 5.467 638 214 2.418 1.130 49 12 (1.404) (152) (108) (1.470) (499) (44) (10) (443) (68) (19) (337) (72) (2) - - - 271 - (1.576) (220) (127) (1.807) (571) (46) (10) 3.792 364 106 747 532 5 - 3.891 418 87 611 559 3 2 202 - - - - - - 24 202 10.130 (3.687) (941) - - 271 (4.357) 5.570 5.773 O movimento ocorrido nos outros activos tangíveis durante o exercício de 2011 foi o seguinte: Saldo em 31.12.10 Outros activos tangíveis ° Imóveis de serviço próprio ° Mobiliário e material ° Máquinas e ferramentas ° Equipamento informático ° Instalações interiores ° Equipamento de segurança ° Outro equipamento Activos tangíveis em curso ° Imobilizado em curso Total Aquisições Valor bruto TransfeVariação rências cambial 3.107 258 120 1.531 750 47 10 1.980 327 101 777 529 2 - 207 - 207 24 (207) 6.030 3.740 - Alienações / Abates - - (98) (69) (7) (91) (248) - (513) Saldo em 31.12.11 Saldo em 31.12.10 Amortizações do exercício Amortizações acumuladas TransfeVariação rências cambial Alienações / Abates Valor líquido Saldo em Saldo em 31.12.10 31.12.11 Saldo em 31.12.11 5.196 516 214 2.217 1.031 49 10 (1.211) (179) (103) (1.333) (648) (43) (10) (285) (39) (11) (229) (46) (2) - - - 92 66 6 92 195 1 - (1.404) (152) (108) (1.470) (499) (44) (10) 1.896 79 17 198 102 4 - 3.792 364 106 747 532 5 - 24 - - - - - - 207 24 9.257 (3.527) (612) - - 452 (3.687) 2.503 5.570 38 NOTA 14 - ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nos activos intangíveis durante o exercício de 2012 foi o seguinte: Saldo em 31.12.11 Aquisições Valor bruto TransfeVariação rências cambial Alienações / Abates Saldo em 31.12.12 Saldo em 31.12.11 Amortizações do exercício Amortizações acumuladas TransfeVariação rências cambial Alienações / Abates Saldo em 31.12.12 Valor líquido Saldo em Saldo em 31.12.11 31.12.12 Activos intangíveis ° Sistemas de tratamento automático de dados (software) 1.925 118 - - - 2.043 (1.438) (256) - - - (1.694) 487 349 Total 1.925 118 - - - 2.043 (1.438) (256) - - - (1.694) 487 349 O movimento ocorrido nos activos intangíveis durante o exercício de 2011 foi o seguinte: Saldo em 31.12.10 Aquisições Valor bruto TransfeVariação rências cambial Alienações / Abates Saldo em 31.12.11 Saldo em 31.12.10 Amortizações do exercício Amortizações acumuladas TransfeVariação rências cambial Alienações / Abates Saldo em 31.12.11 Valor líquido Saldo em Saldo em 31.12.10 31.12.11 Activos intangíveis ° Sistemas de tratamento automático de dados (software) 1.502 423 - - - 1.925 (1.220) (218) - - - (1.438) 282 487 Total 1.502 423 - - - 1.925 (1.220) (218) - - - (1.438) 282 487 39 NOTA 15 - INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Investimentos em Filiais, Associadas e empreendimentos conjuntos 31.12.2011 Custo da participação Imparidade 8.126 166.169 144.372 Valor de balanço Custo da participação Imparidade Valor de balanço 8.126 21.797 68.126 176.615 144.372 68.126 32.243 No país Itaú Europa, SGPS IPI - Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS No exterior BIE Luxembourg 122.401 - 122.401 124.275 - 124.275 BIE International 198.578 - 198.578 202.492 - 202.492 Itaú Europa Securities, Inc 13.355 - 13.355 1.252 - 1.252 508.629 144.372 364.257 572.760 144.372 428.388 Em Dezembro de 2012, deu-se a redução do capital social da IPI no valor de €200 milhões para absorção de prejuízos e libertação do excesso de capital tendo o Banco recebido €10.446 milhares de euros. NOTA 16 - ACTIVOS POR IMPOSTOS Esta rubrica analisa-se como segue: Activos por impostos correntes Pagamentos de IRC por conta Activos por impostos diferidos Por diferenças temporárias Activos por impostos diferidos - A recuperar dentro de 12 meses - A recuperar após mais de 12 meses 31.12.2012 31.12.2011 3.281 3.281 - 4.119 4.119 3.470 3.470 31.12.2012 31.12.2011 3.960 159 4.119 2945 525 3.470 40 NOTA 17 - OUTROS ACTIVOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Devedores e outras aplicações Sector Público Administrativo Outros Devedores Rendimentos a receber Por compromissos irrevogáveis assumidos com terceiros Por serviços bancários prestados Por operações sobre instrumentos financeiros Outros rendimentos a receber Comissões sobre garantias prestadas Reembolso de despesas Despesas com encargo diferido Compromissos irrevogáveis Rendas e alugueres Seguros Manutenção de sistemas e equipamentos Serviços de informações Outras despesas com encargo diferido Outras contas de regularização Operações Cambiais a liquidar Outras operações a regularizar Valores cobrados Títulos em negociação a liquidar Outras 31.12.2011 1.134 62.690 63.824 895 903 1.798 323 6.244 - 329 364 12 1 6.568 4 709 460 53 136 101 111 861 30 425 65 201 93 38 852 29 - 19.315 1.253 20.597 2.239 23.840 26.079 91.850 29.438 Em Dezembro de 2012, o valor da rúbrica de Outros Devedores inclui essencialmente o valor devido pela Itaú Europa SGPS, Lda. pela redução de capital no valor de EUR 60 milhões. Em Dezembro de 2012, o valor de Outras operações a regularizar corresponde a NDF’s que se encontram a aguardar liquidação. 41 NOTA 18 - PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO E AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 Structured Link ed Notes 238.231 263.351 Intrumentos derivados com justo valor negativo (Nota 8) Derivados de Negociação Derivados Embutidos 175.517 21.550 251.148 40.468 435.298 554.967 Passivos Financeiros Detidos para negociação Os Passivos Financeiros detidos para negociação incluem Structured Linked Notes emitidas pelo IBBAInt ao abrigo do Structured Medium Term Note Programme. O Grupo emite dois tipos de Structured Linked Notes: Credit Linked Notes (ou Pass-Through) que são cobertas por Obrigações do tesouro Brasileiro e Equity Participation Notes (ou P-Notes) cobertas por acções de empresas Brasileiras. As acções e obrigações referidas acima encontram-se registadas na carteira de Activos financeiros detidos para negociação. O detalhe das Structured Linked Notes é apresentado de seguida: Structured Linked Notes em 31 de Dezembro de 2012 Entidade emitente IBBAInt Londres IBBAInt Londres Tipo de Emissão Equity Participation Note Credit Linked Notes Moeda Emissão USD USD Montante da emissão em EUR'000 122.258 134.385 +/- Valias -11.858 -6.555 Saldo em 31.12.2012 110.401 127.830 238.231 Structured Linked Notes em 31 de Dezembro de 2011 Entidade emitente IBBAInt Londres IBBAInt Londres Tipo de Emissão Equity Participation Note Credit Linked Notes Moeda Emissão USD USD Montante da emissão em EUR'000 134.142 134.552 +/- Valias 1.462 -6.805 Saldo em 31.12.2011 135.604 127.747 263.351 42 NOTA 19 - RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Recursos de Instituições de Crédito no País Mercado Monetário Interbancário / Depósitos a Prazo Recursos de Instituições de Crédito no Estrangeiro Depósitos à ordem Mercado Monetário Interbancário / Depósitos a Prazo Empréstimos Sindicados Juros a pagar 31.12.2011 - 25.504 - 25.504 3 621.459 4.439 36 1.238.503 230.000 4.912 625.901 1.473.451 625.901 1.498.955 Em 31 de Dezembro de 2012, a taxa de juro máxima e mínima, para recursos de outras instituições de crédito em EUR (excluindo overnights), é de 1,924% e de 0,5%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2012, a taxa de juro máxima e mínima, para recursos de outras instituições de crédito em USD (excluindo overnights), é de 3,36% e de 0,01%, respectivamente. 43 NOTA 20 - RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica analisa-se como segue: Recursos de clientes no País Depósitos à vista Depósitos a prazo Juros de depósitos a prazo Recursos de clientes no Estrangeiro Depósitos à vista Depósitos a prazo Juros de depósitos a prazo 31.12.2012 31.12.2011 12.676 87.661 1 13.134 - 100.338 13.134 38 181.950 130 1.173 47.218 13 182.118 48.404 282.456 61.538 NOTA 21 - RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS Esta rubrica analisa-se como segue: Floating Rate Notes Certificados de depósito Instrumentos financeiros compostos Juros líquidos a pagar 31.12.2012 31.12.2011 109.895 408.374 988.326 6.715 74.653 884.510 35.250 8.307 1.541.845 974.185 O detalhe das responsabilidades representadas por títulos é apresentado de seguida: 44 Floating Rate Notes em 31 de Dezembro de 2012 Entidade emitente IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres Designação Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Data de emissão Moeda Set-09 Set-09 Nov-09 Dez-09 Dez-09 Jan-10 Dez-09 Fev-11 Out-11 Out-11 Fev-12 Ago-12 Ago-12 Ago-12 Ago-12 Ago-12 Ago-12 Out-12 USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD EUR EUR USD Montante da emissão em moeda Quantidade 1.100 200 1.470 1.963 300 200 600 341 200 200 453 570 250 5.000 10.000 75.000 10.000 10.000 1.100.000 200.000 1.470.000 1.963.000 300.000 200.000 600.000 341.000 200.000 200.000 453.000 570.000 250.000 5.000.000 10.000.000 75.000.000 10.000.000 10.000.000 Montante da emissão em EUR'000 Indexante Spread Taxa actual Periodicidade de pagamento de juros USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 6m USLibor 6m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 6m USLibor 6m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 6m USLibor 6m USLibor 6m Euribor 6m Euribor 6m USLibor 6m 2,20% 2,03% 1,77% 3,96% 3,19% 1,78% 2,11% 0,39% 1,68% 2,04% 1,34% 2,43% 2,16% 0,80% 0,80% 3,59% 1,90% 0,80% 3,19% 3,00% 2,65% 4,48% 3,70% 2,89% 2,97% 1,47% 2,30% 2,66% 2,41% 3,50% 2,79% 1,52% 1,52% 4,20% 2,51% 1,52% Anual Anual Anual Semestral Semestral Anual Anual Anual Semestral Semestral Anual Anual Semestral Semestral Semestral Semestral Semestral Semestral Taxa de Juro Saldo em 31.12.2012 Recompras 834 152 1.114 1.488 227 152 455 258 152 152 343 432 189 3.789 7.579 75.000 10.000 7.579 - 834 152 1.114 1.488 227 152 455 258 152 152 343 432 189 3.789 7.579 75.000 10.000 7.579 109.895 Maturidade Set-13 Set-13 Nov-13 Dez-14 Dez-13 Jan-13 Dez-13 Fev-13 Out-13 Out-14 Fev-14 Fev-14 Abr-13 Fev-13 Fev-13 Fev-13 Fev-13 Fev-13 Floating Rate Notes em 31 de Dezembro de 2011 Entidade emitente IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt IBBAInt - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres - Londres Designação Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Floating Rate Notes Data de emissão Moeda Set-09 Set-09 Dez-09 Jan-10 Nov-09 Dez-09 Dez-09 Jan-10 Jan-10 Dez-09 Fev-11 Out-11 Out-11 USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD Montante da emissão em Quantidade moeda 1.100 600 300 165 1.470 3.950 300 200 200 600 341 200 200 1.100.000 600.000 300.000 165.000 1.470.000 3.950.000 300.000 200.000 200.000 600.000 341.000 200.000 200.000 Montante da emissão em EUR'000 850 463 232 127 1.136 3.052 232 155 155 463 264 155 155 Taxa de Juro Recompras (724) Saldo em 31.12.2011 850 463 232 127 1.136 2.328 232 155 155 463 264 155 155 6.715 Indexante Spread Taxa actual Periodicidade de pagamento de juros USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 12m USLibor 6m USLibor 6m 2,35% 2,15% 1,84% 1,22% 1,72% 3,71% 2,89% 1,41% 2,11% 1,90% 0,68% 1,72% 2,08% 3,19% 3,00% 2,93% 2,00% 2,65% 4,48% 3,70% 2,20% 2,89% 2,97% 1,47% 2,30% 2,66% Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Semestral Semestral Maturidade Set-13 Set-13 Dez-12 Jan-12 Nov-13 Dez-14 Dez-13 Jan-12 Jan-13 Dez-13 Fev-13 Out-13 Out-14 45 Certificados de depósito em 31 de Dezembro de 2012 Tipo de Emissão Certificados de Depósito Certificados de Depósito Certificados de Depósito Moeda (a) (a) (a) Montante da emissão em EUR'000 EUR USD GBP Recompras 713 425.747 1.491 Saldo em 31.12.2012 (19.577) - 713 406.170 1.491 Taxa de juro Prazo médio de efectiva média emissão inicial 1,28% 1,45% 2,25% 299 454 410 408.374 (a) O montante global do Euro Certificate of Deposit Programme é de USD 2.000 milhões. Certificados de depósito em 31 de Dezembro de 2011 Tipo de Emissão Certificados de Depósito Certificados de Depósito Moeda (a) (a) Montante da emissão em EUR'000 USD GBP Recompras 76.241 450 Saldo em 31.12.2011 (2.038) 74.203 450 Taxa de juro Prazo médio de efectiva média emissão inicial 2,21% 2,54% 277 330 74.653 (a) O montante global do Euro Certificate of Deposit Programme é de USD 2.000 milhões. Instrumentos Financeiros Compostos em 31 de Dezembro de 2012 Tipo de Emissão Brazilian Foreign Exchange Equity Index Linked Note First To Default Credit Linked Note Knock In Reverse Convertible Note Phoenix Worst Of Autocall Note Worst Of Reverse Convertible Note Xs Up Note Phoenix Autocall Note Phoenix Autocall Note Cln Linked To Corporate Bonds Cln Linked To Corporate Bonds Phoenix Autocall Range Accrual Note Knock-In Reverse Convertible Note - European Ki Double Knock Out Straddle Note Cln Linked To Brazilian Sovereign Bonds Index Linked Interest And Credit Linked Note Fixed/Us Inflation Index Linked Interest And Credit Linked Note Uncapped Note With Contingent Minimum Coupon Uncapped Note With Contingent Minimum Coupon Fixed Rate Note Fixed Rate Note Capped Note With Contingent Minimum Coupon Fx Linked Note Step Up Note Cln Linked To Chile Sovereign Bonds Uncapped Note Phoenix Autocall worst of kicker Note Uncapped Twn Win Note Capped Twin Win Note Worst Of Reverse Convertible Note - European Ki Cln Linked To Israel Sovereign Bonds Step Up Quanto Note Worst Of Step Up Reverse Convertible Note Cln Linked To Euro Sovereign Bonds Capital Protected Note Capped Contingent Twin Win Note Dual Currency Note Dual Currency Note Fx Wedding Cake Note Us Inflation Linked Note Phoenix Autocall Memory Note Lock In Best Coupon Note Index Wedding Cake Note Moeda USD USD USD USD USD USD USD EUR USD EUR USD USD USD USD USD USD USD EUR USD GBP USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD USD CHF USD USD EUR USD USD Montante da emissão em EUR'000 1.001 2.258 8.962 110.324 972 1.451 15.850 1.145 246.565 4.188 96.834 20.704 3.697 5.429 62.639 1.735 44.534 401 3.205 835 69.352 21.806 96.761 13.686 5.786 758 987 3.208 18.639 2.869 67 12.942 27.773 327 69.757 846 415 4.207 748 3.992 451 494 Recompras (275) - Saldo em Taxa de juro 31.12.2012 efectiva média 1.001 2.258 8.962 110.324 972 1.451 15.850 1.145 246.565 3.913 96.834 20.704 3.697 5.429 62.639 1.735 44.534 401 3.205 835 69.352 21.806 96.761 13.686 5.786 758 987 3.208 18.639 2.869 67 12.942 27.773 327 69.757 846 415 4.207 748 3.992 451 494 2,67% 2,34% 3,37% 0,40% 3,13% 1,90% 0,40% 0,42% 2,64% 2,14% 1,16% 3,44% 3,41% 0,00% 1,83% 6,45% 2,50% 2,98% 2,87% 2,18% 3,08% 2,03% 3,70% 3,25% 2,90% 0,50% 2,78% 2,82% 4,09% 3,02% 3,58% 5,17% 2,68% 3,12% 2,59% 2,63% 0,00% 1,75% 7,55% 0,39% 3,81% 4,27% Prazo médio de emissão inicial 564 364 1.301 442 730 365 732 547 707 1.155 1.068 970 365 185 1.116 1.795 652 729 1.086 494 458 317 390 442 365 365 730 591 1.700 1.116 364 633 1.132 1.821 690 359 90 264 974 456 249 361 988.326 46 Instrumentos Financeiros Compostos em 31 de Dezembro de 2011 Tipo de Emissão Brazilian Foreign Exchange Equity Index Linked Note Dual Currency Notes Fx Basket Note Knock In Reverse Convertible Note Phoenix Switch Worst Of Autocall Phoenix Worst Of Autocall Note Wedding Cake Note Wedding Cake Note Xs Up Note Index Linked Interest And Credit Linked Notes Uncapped Notes With Contingent Minimum Coupon Uncapped Notes With Contingent Minimum Coupon Uncapped Notes Phoenix Autocall Note Step Up Notes Step Up Notes Cln Linked To Corporate Bonds Cln Linked To Corporate Bonds Fixed/Us Inflation Index Linked Interest And Credit Linked Notes Cln Linked To Spanish Sovereign Bonds Fx Linked Notes Phoenix Autocall Range Accrual Note Fixed Rate Notes Capped Notes With Contingent Minimum Coupon Step Up Knock-In Reverse Convertible Notes Double Knock Out Straddle Note Cln Linked To Brazilian Sovereign Bonds Cln Linked To Mexican Sovereign Bonds Capped Notes With Guaranteed Coupon Moeda USD USD USD USD USD USD USD EUR USD USD USD EUR USD USD USD EUR USD EUR USD EUR USD USD USD USD USD USD USD USD USD Montante da emissão em EUR'000 Saldo em Taxa de juro 31.12.2011 efectiva média Recompras 1.766 942 754 12.242 2.550 252.416 1.199 4.104 12.297 26.811 65.482 419 46.873 34.073 28.849 600 177.824 983 1.696 1.004 100.018 33.650 3.255 73.180 378 849 23.906 421 3.128 (4.955) (340) (1.111) (10.073) (6.031) (540) (600) (268) (3.241) - 1.766 942 754 12.242 2.550 247.461 1.199 4.104 11.956 25.700 55.409 419 40.843 33.533 28.250 600 177.824 983 1.696 1.004 100.018 33.382 3.255 69.938 378 849 23.906 421 3.128 2,39% 3,18% 2,75% 2,40% 0,27% 0,41% 2,60% 3,53% 1,86% 1,50% 3,53% 2,98% 2,20% 0,89% 3,85% 3,14% 2,98% 4,70% 3,75% 2,82% 2,11% 1,25% 2,87% 2,42% 2,96% 3,77% 3,11% 3,10% 1,24% Prazo médio de emissão inicial 1.134 361 1.092 275 365 380 316 362 365 1.076 655 729 372 875 398 183 460 398 1.795 398 208 1.087 1.086 421 366 367 389 365 182 884.510 A 31 de Dezembro de 2011 e 2012, não existiam responsabilidades representadas por títulos cotadas em bolsa. NOTA 22 - PASSIVOS POR IMPOSTOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 - 3.923 3.923 - - Passivos por impostos correntes IRC a pagar Passivos por impostos diferidos Por diferenças temporárias NOTA 23 - PASSIVOS SUBORDINADOS Esta rubrica analisa-se como segue: 47 Passivos Subordinados - Titulados Juros a pagar Encargos com as emissões 31.12.2012 31.12.2011 - 60.020 41 ( 137) - 59.924 48 A Dezembro de 2012, o IBBAInt exerceu a opção de pré-pagamento da dívida subordinada com maturidade em Dezembro de 2015 ao seu valor de principal mais juro corrido. O Banco de Portugal concedeu a sua autorização para o exercício da call option. O detalhe dos passivos subordinados é apresentado de seguida: Passivos Subordinados em 31 de Dezembro de 2011 Entidade emitente IBBAInt - SFI Designação Subordinated Floating Rate Notes (a) Data de emissão Moeda Dez-05 EUR Quantidade Montante da emissão em moeda Montante da emissão em EUR'000 100.000 100.000.000 100.000 Recompras (39.980) Saldo em 31.12.2011 Indexante 60.020 Euribor 3m Taxa de juro Spread TxActual + 1,05% 2,4680% Cupão Maturidade 1º ao último Dez-15 "Call Option" aos cupões 10º e seguintes Cotadas Luxemburgo 60.020 (a) Estes títulos foram colocados e tomados firme por um sindicato bancário constituído pelo Bayerische Hypo-Vereinsbank AG, BIE Bank & Trust Limited and Landesbank Baden-Württemberg 49 NOTA 24 - OUTROS PASSIVOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Credores e outros recursos Sector Público Administrativo Outros Credores Encargos a pagar Gastos com pessoal Gastos gerais administrativos Auditoria Consultoria Estruturação e suporte técnico Gastos com Serviços de Terceiros Outros Outros encargos a pagar Receitas com rendimento diferido Compromissos irrevogáveis assumidos perante terceiros Garantias prestadas e outros passivos eventuais Outras contas de regularização Outras operações a regularizar Posição Cambial/Operações Cambiais a liquidar Valores cobrados Títulos em negociação a liquidar Outras operações a regularizar 31.12.2011 494 1.582 2.076 557 504 1.061 8.654 8.510 124 33 9 521 6.912 16.253 86 33 1 16 719 2.002 11.367 704 176 880 2.015 306 2.321 20.083 1.225 21.308 7.945 23.467 2.411 131 33.954 40.517 48.703 50 NOTA 25 - PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões do Banco durante o exercício de 2012 foi o seguinte: Saldo em 31.12.2011 Dotações Utilizações Anulações / Reposições Saldo em 31.12.2012 Activo: Provisões: - Para crédito de cobrança duvidosa - Para crédito vencido - Para risco-país: - de crédito ao exterior - de participações financeiras Imparidade: - de participações financeiras 9.017 763 - (763) 9.017 - - - - - 144.372 - - - 144.372 153.389 763 - (763) 153.389 24.125 8.387 - (8.587) 23.925 Passivo: - Para risco-país: - de operações extrapatrimoniais - Para riscos gerais de crédito - Para outros riscos e encargos: - para contingências fiscais Total de Provisões e Imparidade 1.026 - 26 - 1.052 25.151 8.387 26 (8.587) 24.977 178.540 9.150 26 (9.350) 178.366 O movimento ocorrido nas provisões do Banco durante o exercício de 2011 foi o seguinte: Saldo em 31.12.2010 Dotações Utilizações Anulações / Reposições Saldo em 31.12.2011 Activo: Provisões: - Para crédito de cobrança duvidosa - Para crédito vencido - Para risco-país: - de crédito ao exterior - de participações financeiras Imparidade: - de participações financeiras 9.017 - - - 9.017 - - - - - - 144.372 - - 144.372 9.017 144.372 - - 153.389 22.407 14.300 - (12.582) 24.125 1.075 - (49) - 1.026 23.482 14.300 (49) (12.582) 25.151 32.499 158.672 (49) (12.582) 178.540 Passivo: - Para risco-país: - de operações extrapatrimoniais - Para riscos gerais de crédito - Para outros riscos e encargos: - para contingências fiscais Total de Provisões e Imparidade 51 NOTA 26 - CAPITAL Conforme deliberado em Assembleia Geral de 26 de Junho de 2009, foi efectuado em Junho de 2009 um aumento de capital no IBBAInt no valor de €152.700.000. O Banco passou a deter um capital social no valor de €535.624.345, representado por 107.124.869 acções com o valor nominal de €5 cada, totalmente subscrito e realizado pelo accionista único – Itaúsa Portugal. NOTA 27 - RESERVAS DE REAVALIAÇÃO DE JUSTO VALOR Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 Reservas de reavaliação de justo valor Reservas resultantes da valorização ao justo valor de activos financeiros disponíveis para venda Instrumentos de dívida Impostos diferidos (424) 125 (1.905) 525 (299) (1.380) NOTA 28 - OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Reserva legal Outras reservas Resultados Transitados 31.12.2011 15.802 74.951 (110.972) 15.802 74.951 1.017 (20.219) 91.770 A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector bancário (Artigo 97º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital. Os resultados do Banco referentes ao exercício de 2011, correspondentes a um prejuízo de €111.989 milhares foram transferidos para Resultados Transitados. 52 NOTA 29 - CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Garantias recebidas Garantias e avales Cartas de crédito "stand-by" Fianças e indemnizações Activos recebidos em garantia Outras garantias recebidas 31.12.2011 1.081.784 536.426 870.007 722.554 72.191 1.485.542 661.466 111.553 895.122 104.390 3.282.962 3.258.073 11.656 114.296 14.498 101.997 125.952 116.495 42.500 519.711 40.000 517.503 - 96.885 562.211 654.388 204.236 417.061 204.236 417.061 Garantias prestadas e outros passivos eventuais Títulos dados em garantia Garantias institucionais Compromissos perante terceiros Linhas de crédito irrevogáveis Residentes Não residentes Linhas de crédito revogáveis Não residentes Responsabilidades por prestação de serviços Valores administrados pela instituição Em 31 de Dezembro de 2012, os títulos dados em garantia correspondem a activos financeiros detidos para negociação (Ver Nota 7), estando depositados na Bolsa de Mercadorias e Futuros – São Paulo, Brasil, a título de margem para negociação de futuros, e encontram-se detalhados abaixo: 31.12.2012 Quantidade Títulos dados em penhor: - A outras entidades REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 2-1-2015 34.442 31.12.2011 Valor 11.656 11.656 11.656 Quantidade 34.442 Valor 14.498 14.498 14.498 53 NOTA 30 - MARGEM FINANCEIRA Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 31.12.2011 5 2 2.268 70.803 442 876 307 30 6.105 60.346 481 4.384 74.396 71.653 ( 26.372) ( 278) ( 979) ( 4.414) ( 21.914) ( 23.576) ( 814) ( 2.071) ( 991) ( 9.899) ( 1.058) ( 2) ( 1.539) ( 269) ( 55.017) ( 39.159) 19.379 32.494 Juros e Rendimentos Similares Juros Juros Juros Juros Juros Juros Juros Juros de disponibilidades em bancos centrais de disponibilidades em instituições de crédito de aplicações em instituições de crédito de crédito de crédito vencido de títulos detidos para negociação de títulos ao justo valor através de resultados de títulos disponíveis para venda Juros e Encargos Similares Juros de captações de bancos centrais Juros de captações de instituições de crédito Juros de depósitos de clientes Juros de emissão de obrigações Juros de emissão de certificados de depósito Juros de emissão de instrumentos financeiros compostos Juros de emissão de obrigações subordinadas - tituladas - não tituladas Outros juros e encargos similares 54 NOTA 31 - COMISSÕES LÍQUIDAS Esta rubrica analisa-se como segue: Rendimentos de Serviços e Comissões Por Garantias Prestadas Por Compromissos Assumidos Perante Terceiros Por Serviços Bancários Prestados Por Operações Realizadas por Conta de Terceiros Outras Encargos com Serviços e Comissões Por Garantias Recebidas Por Compromissos Assumidos por Terceiros Por Serviços Bancários Prestados por Terceiros Por Operações Realizadas por Terceiros Outras 31.12.2012 31.12.2011 575 3.806 5.072 633 635 4.944 13.959 577 10.086 20.115 ( 3.174) ( 358) ( 195) ( 286) ( 3.642) ( 4) ( 183) ( 223) ( 113) ( 4.013) ( 4.165) 6.073 15.950 31.12.2012 31.12.2011 914 1.605 3.002 2.788 5.521 2.788 ( 129) ( 5.028) ( 67) ( 832) ( 5.157) ( 899) ( 1.282) ( 1.583) ( 1.312) ( 1.672) ( 2.865) ( 2.984) ( 2.501) ( 1.095) NOTA 32 - GANHOS E PERDAS NÃO CORRENTES Esta rubrica analisa-se como segue: Rendimentos e receitas operacionais Proveitos pela prestação de serviços Reembolso de despesas Outros proveitos Encargos e gastos operacionais Quotizações e Donativos Outras perdas operacionais Outros Impostos Impostos indirectos Impostos directos 55 NOTA 33 – RESULTADOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS Esta rubrica analisa-se como segue: Resultados de Activos e Passivos ao justo valor através de resultados Resultados de activos financeiros detidos para negociação Resultados de passivos financeiros detidos para negociação Resultados de instrumentos derivados Resultados de reavaliação cambial 31.12.2012 31.12.2011 24.127 16.572 4.955 ( 43.580) 3.626 36.097 4.898 ( 28.436) 2.074 16.185 ( 161) ( 1.275) ( 161) ( 1.275) ( 574) ( 396) ( 574) ( 396) 1.339 14.514 Resultados de activos disponíveis para venda Títulos de dívida Outros resultados em operações financeiras Resultados de alienação de outros activos NOTA 34 - CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica analisa-se como segue: Remuneração orgãos gestão e fiscalização Remuneração empregados Encargos sociais Outros custos com pessoal 31.12.2012 31.12.2011 988 19.262 2.564 1.908 3.893 13.064 1.856 1.472 24.722 20.285 Os membros dos Órgãos Sociais e os empregados ao serviço do Banco distribuem-se como segue: Órgãos sociais Quadro de pessoal 31.12.2012 31.12.2011 14 14 158 152 172 166 56 NOTA 35 - GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica analisa-se como segue: 31.12.2012 Fornecimentos Serviços Rendas e Alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representações Publicações Conservação e reparação Transportes Fomação de pessoal Seguros Serviços especializados Outros serviços de terceiros 31.12.2011 358 281 1.485 801 1.146 25 228 160 41 4.201 32 8.119 1.209 646 1.527 35 207 229 31 3.562 58 7.504 8.477 7.785 NOTA 36 - IMPOSTOS SOBRE OS LUCROS O pagamento dos impostos sobre os lucros apurados em entidades com sede em Portugal é efectuado com base em declarações de auto liquidação, que ficam sujeitas a inspecções e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos contado a partir do ano a que respeitam os impostos apurados. No entanto, é convicção da Administração do Banco que não ocorrerão quaisquer liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras. O Banco tem reconhecido como dedução à base tributável de IRC, nas respectivas demonstrações de resultados individuais, os montantes calculados com base nos valores a pagar e/ou pagos em Portugal, os quais incluem o respectivo encargo do lucro gerado no período pela subsidiária sedeada nas Ilhas Caimão. Adicionalmente, o encargo acima referido incluía o efeito inerente às deduções fiscais reportáveis, as quais resultam de situações de dupla tributação. A análise do encargo com IRC é como segue: 31.12.2012 31.12.2011 ( 3.735) 3.735 ( 23) ( 23) ( 815) ( 8.684) ( 1.340) ( 10.839) ( 1.837) ( 697) 2.097 1.487 1.050 ( 1.495) ( 374) 2.043 174 1.027 ( 10.665) Impostos correntes Das Subsidiárias nas Ilhas Caimão Do resultado sujeito a Tributação no exercício em análise Outros Impostos diferidos Provisões não aceites fiscalmente Imputação Lucros da Subsidiária nas Ilhas Caimão Prémios a pagar aos empregados Crédito fiscal por prejuízos acumulados 57 NOTA 37 - PARTES RELACIONADAS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, não há qualquer montante de crédito concedido ou depósitos atribuído a membros do Conselho de Administração do Banco. Nestas datas, o Banco regista os seguintes saldos com partes relacionadas: 31.12.2012 Itaú Europa, SGPS Activos: Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Outros activos Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Proveitos Juros e rendimentos similares Lucros em operações financeiras Rendimentos de instrumentos de capital Comissões recebidas Outros proveitos Custos Juros e encargos similares Prejuízos em operações financeiras Comissões pagas Outros custos Extrapatrimoniais: Garantias recebidas Garantias prestadas e compromissos Operações cambiais e outros instrumentos derivados Compra Venda Itaú BBA Int (Cayman) BIE Luxembourg Entidades subsidiárias Banco Itaú Itau Bank & Europa Trust International Bahamas Entidades relacionadas Itaú Europa Securities, Inc Banco Itaú (Suisse) Itaúsa Europa Invest., SGPS Itaúsa Portugal, SGPS Grupo Itaú Unibanco (Brasil) (1) Grupo IPI Total - 433 612 541 - 1.507 - - - - 1.708 48.713 1.708 51.806 - - 8.076 - 78 - - 3.225 - - - - - - 11.379 - 8.126 60.011 68.137 433 122.401 131.089 198.578 199.197 - 4.732 13.355 13.355 21 21 21 21 21.797 6 21.803 6.405 56.826 364.257 66.464 495.614 5.802 5.802 110 94.254 94.364 27 64.799 64.826 113 131.957 17 132.087 5.317 5.317 517 21 538 - 566 566 1.254 154.992 156.246 47.832 47.832 28.797 139.444 42.823 130 211.194 30.818 430.454 252.015 5.485 718.772 - 399 4.445 967 5.811 148 4.206 4.354 108 3.325 3.433 - 34 411 445 58 9 67 - - 119 119 14 68.504 1.473 1.537 71.528 880 80.891 1.482 2.504 85.757 6 6 11.742 15.929 27.671 1.270 4.468 4 5.742 3.999 2.289 106 274 6.668 20 20 70 738 3 297 1.108 - 1 1 99 1.254 1.353 17 17 2.678 74.106 3.064 422 80.270 19.902 98.784 3.177 993 122.856 - - 1.500 - - - - - - - - 393.925 90.058 395.425 90.058 - 138.049 (137.327) 722 145.781 (145.511) 1.770 43.034 (43.696) (662) - 35.702 (36.866) (1.164) - - 151.584 (152.825) (1.241) - 1.908.968 (1.848.927) 544.024 2.423.118 (2.365.152) 543.449 (1) Inclui as empresas Afinco Américas Madeira, Banco Itaú BBA S.A., Banco Itaú BBA S.A. - Nassau Branch, Itaú Unibanco S. A., Itaú Unibanco S.A. Cayman Branch, Itaú Unibanco S.A. New York Branch, Itaubank Ltd.(Cayman) , Zux SGPS, Itaú Securities (UK), Itau Paraguai S.A., Itaú Chile, Itaú Argentina, Redecard. 58 31.12.2011 Itaú Europa, SGPS Activos: Disponibilidades em outras Instituições de Crédito Activos financeiros detidos para negociação Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Aplicações em Instituições de Crédito Crédito a Clientes Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Outros activos Passivos: Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Recursos de outras Instituições de Crédito Recursos de Clientes e outros empréstimos Responsabilidades representadas por títulos Passivos subordinados Outros passivos Proveitos Juros e rendimentos similares Lucros em operações financeiras Rendimentos de instrumentos de capital Comissões recebidas Outros proveitos Custos Juros e encargos similares Prejuízos em operações financeiras Comissões pagas Outros custos Extrapatrimoniais: Garantias recebidas Garantias prestadas e compromissos Operações cambiais e outros instrumentos derivados Compra Venda Entidades subsidiárias Banco Itaú Itau Bank & BIE Luxembourg Europa Trust Bahamas International Itaú BBA Int (Cayman) Entidades relacionadas Itaú Europa Securities, Inc Banco Itaú (Suisse) Itaúsa Europa Invest., SGPS Itaúsa Portugal, SGPS Grupo Itaú Unibanco (Brasil) (1) Grupo IPI Total - 13.650 15 3.173 646 - 436 - - - 344 - 5.349 42.548 5.708 60.453 - - - 27.805 - - - 11.613 - - 25.017 15.464 - 43.269 36.630 68.126 12 68.138 344 13.994 124.275 127.463 202.492 230.943 - 436 1.252 12.865 22 22 14 14 32.243 17 57.621 552 63.913 428.388 961 575.409 5.532 5.532 5.516 297.393 302.909 2.080 187.369 131 189.580 926 152.193 380 153.499 6.957 6.957 55.857 62 55.919 - 565 565 4.739 4.739 45.284 287 45.571 44.507 187.664 2.006 234.177 53.029 932.717 13.129 573 999.448 - 2.650 48.202 344 51.196 1.093 28.891 210 30.194 421 7.106 7.527 - 436 436 240 240 - - 810 810 594 193.842 766 195.202 5.808 278.477 766 554 285.605 6 6 6.371 36.405 42.776 1.669 19.182 140 20.991 3.271 7.901 11 11.183 211 211 109 62 171 - 1 1 5 5 350 1 351 1.718 191.785 2.979 196.482 13.711 255.273 2.980 213 272.177 - - 1.500 734 - - - - - - - 539.419 - 540.919 734 - 693.594 646.904 1.340.498 192.439 136.236 330.909 43.376 26.222 69.598 - 24.715 24.268 48.983 - - - - 2.033.802 1.991.496 4.564.717 2.987.926 2.825.126 6.354.705 59 NOTA 38 – EVENTOS SUBSEQUENTES A 1 de Fevereiro de 2013, o IBBAInt foi incorporado através de uma fusão transfronteiriça no Itau BBA International Limited (Itau BBA UK), uma empresa inglesa autorizada e regulada pelo Financial Services Authority (“FSA”), com endereço na Broadgate Tower, Level 20, 20 Primrose Street, London EC2A 2EW. A fusão tornou-se efectiva por ordem do High Court concedida no dia 10 de Janeiro de 2013 de acordo com a legislação inglesa e portuguesa que transpuseram a Directiva Europeia 2005/56/EC de 25 de Outubro de 2005 sobre fusões transfronteiriças. Como resultado da fusão, (i) as permissões regulatórias do Itau BBA UK estabelecidas no registo do FSA tornaram-se activas; (ii) todos os activos e passivos do IBBAInt foram automaticamente transferidos, por operação de lei, para o Itau BBA UK; e (v) o IBBAInt deixa de ser uma entidade jurídica separada. NOTA 39 – OUTRAS DIVULGAÇÕES • Honorários da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Os honorários facturados pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, durante o exercício de 2012, decompõem-se como segue: Revisão Legal de Contas Outros Serviços de Garantia e Fidelidade € 60.000 73.000 133.000 60 ANEXO – CARTA-CIRCULAR N. 58/2009/DSB, DE 05 DE AGOSTO, DO BANCO DE PORTUGAL (Adopção das Recomendações do Financial Stability Fórum (FSF) e do Committee of European Banking Supervisors (CEBS) relativas à Transparência da Informação e à Valorização dos Activos) I. MODELO DE NEGÓCIO - Descrição do modelo de negócio Na Nota 4, Anexa às Demonstrações Financeiras, são divulgados os segmentos de negócio do Banco, sendo que este opera num único segmento de negócio: Corporate & Investment Banking. - Estratégias e objectivos As estratégias e objectivos do Banco estão divulgados no ponto 4 do Relatório de Gestão. O Banco não desenvolve actividades de titularização. Os produtos estruturados que o Banco comercializa consistem, na sua grande maioria, conforme descrito no ponto 4.1 do Relatório de Gestão, em instrumentos financeiros derivados oferecidos através do canal de private banking (por via das subsidiárias localizadas no Luxemburgo, em Miami e nas Bahamas). - Actividades Desenvolvidas e Contribuição para o Negócio O ponto 4 do Relatório de Gestão descreve, de forma predominantemente qualitativa, a actividade desenvolvida pelo Banco no segmento Corporate & Investment Banking. II. RISCOS E GESTÃO DE RISCOS O ponto 5 do Relatório de Gestão é especificamente dedicado à identificação e à análise qualitativa dos principais riscos a que o Banco está ou pode vir a estar sujeito (incluindo riscos não financeiros) e à descrição do respectivo sistema de gestão, a começar pela estratégia assumida e pelo modelo de governo interno implementado em termos de políticas de risco, assim como a estrutura organizativa que dá suporte a tal sistema. Os dados quantitativos encontram-se descritos na Nota 3, Anexa às Demonstrações Financeiras. III. IMPACTOS DA CRISE DA DÍVIDA SOBERANA EUROPEIA 2012 foi marcado por desafios na área do euro, devido à instabilidade gerada pela crise da dívida soberana e à necessidade de os países implementarem medidas de ajustamento orçamental difíceis, a fim de estabelecerem uma base adequada para os seus rácios da dívida pública. Contudo, o Banco não foi directamente impactado por este ambiente. Tal deveu-se à sua reduzida exposição a títulos de dívida soberana europeia, e a contrapartes ibéricas, gregas ou irlandesas, bem como ao comportamento da economia brasileira, cujo dinamismo propiciou um aumento do fluxo de negócios cross-border (reforçando a importância estratégica, no contexto da expansão internacional do Conglomerado Itaú Unibanco, das actividades conduzidas pelo Banco). IV. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO - Produtos Estruturados A Nota 2, Anexa às Demonstrações Financeiras, descreve as bases de apresentação, principais políticas contabilísticas e métodos de valorização aplicados aos instrumentos financeiros. Além disso, o item 3.7. da Nota 3, Anexa às Demonstrações Financeiras, especifica os métodos utilizados no processo de atribuição do justo valor de activos e passivos financeiros assim valorizados. - Special Purpose Entities (SPEs) Não aplicável no contexto das contas individuais. - Justo Valor dos Instrumentos Financeiros V. Nota 2 (item 2.2.2 – Activos e Passivos Financeiros), Anexa às Demonstrações Financeiras, e Nota 3 (item 3.7 – Justo Valor de Activos e Passivos Financeiros), Anexa às Demonstrações Financeiras. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES NA DIVULGAÇÃO - Descrição das Políticas e Princípios utilizados no reporte das divulgações e no reporte financeiro Conforme detalhado na Nota 2, Anexa às Demonstrações Financeiras, as demonstrações financeiras individuais do Banco são preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, e definidas nas Instruções nº 9/2005 e nº 23/2004. As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia (EU) no âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, excepto quanto às seguintes matérias, aplicáveis ao nível do Banco: - Valorimetria dos créditos a clientes e outros valores a receber – Na data do reconhecimento inicial são registados pelo valor nominal, sendo a componente de juros, comissões e custos externos imputáveis às respectivas operações subjacentes reconhecida segundo a regra de pro rata temporis, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês; - Provisionamento de créditos a clientes e outros valores a receber – O provisionamento para esta classe de activos financeiros encontra-se sujeito a um quadro mínimo de referência para constituição de provisões específicas, gerais e risco-país, nos termos definidos no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal, com as alterações introduzidas pelos Avisos n.º 8/2003 e n.º 3/2005; e - Activos tangíveis – Serão mantidos ao custo de aquisição, salvo quando se verifiquem reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais-valias daí resultantes serão incorporadas em sub-rubrica apropriada da conta "Reservas legais de reavaliação”. A descrição acerca dos principais elementos do sistema de controlo interno e de gestão de risco relativos à elaboração e à divulgação da informação financeira estão descritos no Ponto 5, item 5.1.4.do Relatório de Gestão. Adicionalmente, a política de divulgação de informação, não apenas contabilística e financeira, mas igualmente de informação contemplando os riscos incorridos, os objectivos estratégicos e os processos e sistemas de avaliação e gestão implementados, adoptada pelo Banco, obedece aos mais exigentes standards do mercado impostos pela regulamentação que transpôs para o Direito interno Basileia II.