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Anos
Bioengenharia
Recuperação e Proteção do Leito e Margem de Curso
D’Água Sobre Passagem de Duto
NOTA TÉCNICA - N.° 003 - MARÇO 2007
www.deflor.com.br
Aloisio Rodrigues Pereira*
Fig. 1 - Corte do leito original erodido. Técnicas e produtos
a serem utilizados: colchão reno e as bermas artificiais a
montante.
Fig. 2 - Foto mostrando o nível de degradação do curso
d’água, a exposição do duto e as margens erodidas.
Fig. 3 - Foto mostrando a recuperação e proteção do leito e
taludes da margem, após a aplicação do Colchão Reno,
biomantas antierosivas e construção das bermas
artificiais com uso de Bermalonga® e Capim Vetiver.
Fig. 4 - Foto do serviço executado, três meses após o
término, mostrando o nível da proteção e recuperação,
não apresentando focos erosivos e com a vegetação
exuberante.
Introdução: O problema foi causado pela escavação
abaixo do leito do curso d'água, para a passagem de um
duto. A escavação foi feita a 2,00 metros abaixo do leito,
mas não houve a proteção de fundo e nem das margens.
Após as primeiras chuvas houve escavação pelo curso
d'água, deixando exposto o duto, e ainda as margens foram
erodidas pela força de arraste. Para proteger o duto foram
executados dois muros de gabiao de cada lado do duto,
mesmo assim a escavação continuou, e o duto ficou
suspenso, apresentando risco de rompimento.
O problema então se constituiu de erosões das margens e
leito do curso d'água e exposição ao risco do duto e do muro
de gabião.
Metodologia: A solução proposta foi a recuperação e
proteção das margens erodidas, elevando o leito do curso
d'água, protegendo-o, retirando o muro de gabião com
aproveitamento das pedras no Colchão Reno.
A primeira etapa foi a elevação do leito erodido, constituindo
de escavação, regularização e compactação.
Após a construção dos taludes e elevação do leito,
executou-se a proteção do leito e taludes com Colchão Reno
(gabião tipo colchão) de 23 cm de espessura, ao longo de
toda extensão trabalhada, até o nível d'água máximo.
Acima do Colchão Reno os taludes foram protegidos com
biomanta antierosiva tipo Tela Sintemax® 400TF, com
utilização de sementes de gramíneas e leguminosas, e
fixação com 5 grampos de aço/m², tipo CA-50, com
Ø3.4mm e L=20cm.
Para garantir maior proteção dos taludes (margens) e
melhorar a estabilidade, construiu-se bermas artificiais
compostas de Capim Vetiver e retentores de sedimentos
(Bermalonga®) com Ø40cm, ao longo das margens do
curso d'água, aplicados transversalmente à declividade dos
taludes, formando uma barreira viva à base de 6
plantas/metro linear. As bermas artificiais foram instaladas
a cada 2 m de desnível.
Resultados: Os resultados obtidos foram surpreendentes,
pois após vários eventos pluviométricos não houve
formação de focos erosivos, nem sequer recalques,
permanecendo intacto o leito e as margens.
Acima da proteção com Colchão Reno foi feita a proteção
com biomantas antierosivas e Capim Vetiver, e a vegetação
apresenta excelente desenvolvimento, impedindo a
formação de focos erosivos e recuperando o ambiente
degradado, que além da proteção obtida apresenta
excelente aspecto visual.
Após freqüentes chuvas, não houve carreamento de
sedimentos, o que mostra a eficiência da metodologia
empregada. Com o passar do tempo, as raízes do Capim
Vetiver estarão desenvolvidas e profundas, garantindo
maior proteção e melhoria da estabilidade das margens.
KEY WORDS: Revitalização de Curso D’Água; passagem de duto; proteção de margens; Colchão Reno.
*Eng.° Civil; Eng.° Florestal e Eng.° Ambiental, Doutor em Solos e Diretor da DEFLOR Bioengenharia
Rua Major Lopes, 852 - São Pedro - CEP: 30330-050 - Belo Horizonte, MG - www.deflor.com.br
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029-07 - COREL - Nota Técnica 003