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JB NEWS
Informativo Nr. 804
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Loja Templários da Nova Era nr. 91 (GLSC)
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Florianópolis (SC) 8 de novembro de 2012
Edição desta quinta-feira,
25 páginas em PDF
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Almanaque
Opinião: Liberdade – Ir. Almir de Araújo Oliveira
A Espiritualidade e a Maçonaria – Ir. Luiz Sérgio Cunha
Escola Mística, Escola Oculta
Academia Catarinense Maçônica de Letras – posse Ir. Walter Celso de Lima
Perguntas e Respostas – Ir. Pedro Juk (Quem instrui os Aprendizes)
Destaques JB
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem a opinião deste informativo, sendo de plena responsabilidade
de seus autores.
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Livros Maçônicos
O Ir. Hercule Spoladore pesquisou para que você seja conhecedor
da História da Maçonaria Paranaense do Século XIX.
Contato: [email protected]
Hoje, 08 de novembro de 2012, é o 313º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 53 para acabar o ano.
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Para aprofundar-se no conhecimento clique nas palavras sublinhadas.
Eventos Históricos
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1519 - Moctezuma encontra Hernán Cortés, a quem acreditava ser o deus Quetzalcoatl.
1588 - Inundações nas Velas, ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores
1793 - Primeira abertura do Louvre ao público como museu
1799 - Fim mal sucedido da Conjuração Baiana: seus principais líderes - João de Deus Nascimento,
Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga, Lucas Dantas do Amorim Torres e Manoel Faustino dos Santos
Lira - são condenados e executados.
1881 - Em Paris, ocorre o primeiro voô de um balão dirigível, Le Victoria, por Júlio César Ribeiro
de Sousa.
1884 - José Maria Lisboa e Américo de Campos fundam o jornal "Diário Popular", em São Paulo.
1887 - Emile Berliner patenteia o Gramofone (Gira-discos).
1889 - Montana torna-se o 41º estado norte-americano.
1895 - Descoberta dos Raios X por Röntgen
1903 - Assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla que cria a Zona do canal do Panamá
1920 - Legalização do aborto na União Soviética.
1923 - "Putsch da Cervejaria", na Alemanha.
1926 - Polícia fascista prende Gramsci
1939 - Segunda Guerra Mundial - Primeiro atentado contra Hitler, matou oito pessoas e causou
ferimentos em outras 63.
1942 - Segunda Guerra Mundial - Forças dos Estados Unidos e Reino Unido desembarcam no
norte da África
1946 - Criação da cidade de Miranorte, município do estado do Tocantins.
1960 - John Kennedy vence, por uma margem apertadíssima, Richard Nixon na eleição para
presidente dos Estados Unidos.
1965 - Estabelecimento do Território Britânico do Oceano Índico.
1971 - Led Zeppelin lança o álbum Led Zeppelin IV.
1995 - O jornal britânico The Independent publica matéria elogiando o racionalismo crítico de
Ernest Gellner.
1995 - A inauguração do Shopping Grande Rio.
2003 - Publicação do jogo Mario Power Tennis.
2004 - Lançamento do DVD do concerto Live Aid.
2011 - Previsto a aproximação e passagem com a Terra do asteroide 2005 YU55 com 400 metros e
a 0,85 distância lunar – menos que os cerca de 384 mil quilômetros que separam a Terra da Lua,
considerado do mais próximo do nosso planeta até hoje.
ncipação política). ia
Feriados e Eventos cíclicos:
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Dia do Aposentado
Dia do Profissional do Consórcio
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Dia Mundial do Urbanismo
Dia dos Profissionais das Técnicas Radiológicas
Dia Feliz. - Comemorado em Diversos locais e países.
Dia da Beata Isabel da Trindade, monja carmelita francesa.
Dia de Gwynn Ap Nudd, lorde do País das Fadas, na Mitologia gaulesa.
Aniversário do Município de Jaguaribe, no Ceará do Brasil.
Feriado municipal da Padroeira Nossa Senhora do Patrocínio (Campo Belo do Sul/SC).
ncipação política). ia
Históricos maçônicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” 16ª. edição e arquivo pessoal)
(Fonte: “o Livro dos Dias” 16ª. edição e arquivo pessoal)
1828
1904
Simon Bolívar todas as sociedades e fraternidades secretas na Colômbia,
estabelecendo pena de 200 pesos para quem ceder instalações para reunião e
100 pesos aos que lá se reunirem.
O deputado Syventon misteriosamente aparece morto em sua própria casa.
De outra parte, Jean Bidegain, o secretário do Grande Oriente de França,
responsável pelo roubo das fichas que causaram o famoso escândalo, morre
envenenado, na mesma data, em 1926.
Academia Maçônica de Letras do Brasil.
Arcádia Belo Horizonte
www.academiamaconicadeletrasdobrasil.blogspot.com
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Liberdade
Ir Almir de Araújo Oliveira
Correio Filosófico – Nr. 49 - outubro/2012
[email protected] – João Pessoa PB
Liberdade é o direito de fazer tudo o que a lei permite.” (Barão de Montesquieu)
A Maçonaria não é de ninguém e sim de todos nós. Este postulado é
uma realidade, apesar de algumas lideranças se acharem donas de
certos entes maçônicos. Por ser responsável pelos destinos da
Instituição, esta prerrogativa não assegura a nenhum Obreiro o
direito de descumprir as normas legais adotadas nas Lojas ou
Obediências.
Na vida civil, ou como chamamos no jargão maçônico, no mundo
profano, todos os Maçons devem cumprir rigorosamente seus
deveres. Ninguém gosta de prestar contas anualmente ao “leão”,
entretanto, todo cidadão livre e de bons costumes declara seus
rendimentos e bens a Receita Federal, concordando ou não com as
disposições legais em vigor. Assim se faz necessário a
conscientização que não é legal, sob todos os aspectos, a adoção de
postura unilateral com o fito de inadimplir um normativo ou estimular terceiros a
descumpri-lo. Infelizmente, observo que na Maçonaria alguns Companheiros relutam
em não cumprir algumas determinações administrativas e/ou ritualísticas e, em alguns
casos, pregam a desobediência civil.
O Maçom deve se modelar em princípios como legalidade, impessoalidade, prudência,
tolerância e respeito.
Portanto, ao discordar de qualquer procedimento o Trabalhador não deve adotar, no
ambiente de seu ente maçônico, postura ostensiva contra uma conduta controversa. Na
verdade deve, utilizando-se dos mecanismos legais, buscar dispositivos para que sua
opinião seja analisada e, se for o caso, implantada. Se eventualmente sua avaliação não
for seguida, deve se pautar como manda a doutrina maçônica.
O diálogo leva os homens a refletir sobre os atos e fatos em que estão envolvidos ou
tenham sido partícipe. A compostura do Maçom deve ser pautada na contemporização,
ou seja, no respeito às normas legais com observância a soberania decisória de uma
legítima assembleia de Franco-maçons.
Alguém certa feita afirmou: “um aprendiz bem instruído será um Mestre competente”. Se
algum Mestre Maçom adota o procedimento enfocado nesta prancha e reluta em mudar
sua posição, ratifica a máxima que todo
ensinamento é deficitário, devendo as autoridades mudarem a abordagem adotada nas
instruções ministradas nos graus universais.
Obedecer aos normativos legais e os poderes constituídos do País, de sua Obediência e
de sua Loja são deveres de todo homem iniciado nos augustos mistérios da Arte Real.
O Maçom, pela sua qualidade, jamais deve se furtar ao cumprimento de suas obrigações
nos diversos campos da atividade humana.
“O que em um profano seria uma qualidade rara, não passa, no Maçom, do cumprimento
dos seus deveres”.
(Instrução contida no primeiro grau do Rito Escocês Antigo e Aceito)
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Ir Luiz Sergio Cunha MM.
Loja Hermann Bkumenau
Blumenau - SC
A Maçonaria é uma Ordem Universal, formada por homens livres e de bons costumes, não
importando sua raça, sua cor, seu credo e sua nacionalidade.
Nela, os seres são acolhidos por suas diversas qualidades com a finalidade de evoluírem, física
e espiritualmente.
Essa Ordem foi fundada sob o Amor incondicional, na esperança da construção de uma
sociedade humana mais justa e perfeita e por isso mesmo, é Investigadora da verdade e
combate a ignorância.
Seus princípios são a Tolerância, a Virtude, a Justiça e a Sabedoria, sob a tríade Liberdade,
Igualdade e Fraternidade.
Além de combater a ignorância sob todos os aspectos, ela impõe aos seus membros:
I — Obedecer às leis democráticas do país;
II — Viver segundo os ditames da honra;
III — Praticar a justiça;
IV — Amar o próximo;
V — Trabalhar pelo progresso do homem.
Os LANDMARKS, codificados por Albert Gallatin Mackey, estabelecem entre outros, os
seguintes princípios:
I — Amar a Deus, a pátria, a família e a humanidade;
II — Praticar a beneficência, de modo discreto, sem humilhação;
III — Praticar a Solidariedade Maçônica, nas causas justas, fortalecendo os laços de
fraternidade;
IV — Defender os direitos e as garantias individuais;
V — Considerar o trabalho lícito e digno como dever do Maçom;
VI — Exigir de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, lutando de forma
consistente pelo aperfeiçoamento dos bons costumes;
VII — Exigir a tolerância para com toda a forma de manifestação de consciência, de religião ou
de filosofia cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social;
VIII — Lutar pelo princípio da equidade, dando a cada um aquilo que for justo, de acordo com
sua capacidade, suas obras e seus méritos;
IX — Combater o fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios.
Há dois tipos de pessoas, as que acreditam que com a morte tudo se encerre e as que
acreditam que exista vida após a morte,
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Quanto as primeiras, sua materialidade não comporta a existência de um Criador, a quem
denominamos como o Grande Arquiteto do Universo e como tal, não se enquadram nos
preceitos maçônicos e assim, não gastaremos vela com defunto barato, mesmo porque não há
ou pelo menos não deveria ter um só maçom que possua essa convicção.
Além do mais, diante da concepção que a vida se encerra com a morte, a ideia do prazer em
gozar a mesma sem qualquer restrição ética ou moral seria determinante na busca em saciar
desejos e vontades e perguntamos: porque não fazermos então da vida uma permanente festa?
Quando admitimos vida ou existência após a morte, adentramos no mundo espiritual, ou seja, na
espiritualidade.
Tomando como pressuposto que exista uma espiritualidade fundamentada por razões de fé, de
carácter esotérico ou por razões de temor, essa de carácter exotérico, existe também uma
terceira visão de espiritualidade de carácter totalmente individual, não solitária, porem solidária e
libertária na sua essência, que chamaremos de maçônica.
A espiritualidade maçônica se fundamenta na crença em Deus, mas se posiciona numa linha de
laicismo, pois como citamos anteriormente, a mesma soma a essa convicção, o fato de ser
cultivada por homens livres e de bons costumes, ou seja, que apliquem seus discernimentos
tanto no plano material como no espiritual, dentro da ética e da moral.
É de conhecimento geral a origem cristã da Maçonaria Operativa e apesar da descristianização
que ocorreu na Maçonaria Especulativa, parte por parte da maçonaria inglesa, pela deliberação
de criação de uma porta para inserção dos judeus no seu seio, parte também pela concepção
iluminista da maçonaria francesa e parte ainda pelos ranços de uma cruel perseguição
promovida pela Inquisição que se estendeu pela Europa e alcançou o Novo Mundo.
Será possível uma espiritualidade laica?
Acredito que sim, pois a mesma independe de crenças.
Será necessário acreditar em Deus para que viva um espírito em nós?
Acredito que não, pois crentes ou ateus, somos essencialmente espíritos.
Dessa forma cabe posicionarmos os ensinamentos maçônicos com as interfaces de um mundo
material restrito em que vivemos, com o irrestrito mundo espiritual em que viveremos e ao qual
denominamos por Oriente Eterno.
Quando iniciamos nossa caminhada maçônica, desbastando a pedra bruta para podermos nos
alçar ao primeiro degrau da Escada de Jacó, nossa tarefa consiste em levantar templos às
virtudes e cavarmos masmorras aos vícios, o que em termos de espiritualidade, significa nos
reformarmos no sentido de absorvermos qualidades éticas e morais e nos desprendermos da
efêmera materialidade que nos cerca e sufoca nesse mundo profano de consumismo irrefletido
em que estamos envolvidos e interrompermos a ávida procura por prazeres momentâneos,
aparentemente despidos de responsabilidades, pelos quais tantos anseiam.
Ao refletirmos sobre a espiritualidade, imbuídos da certeza de sua existência, temos que ter a
noção de que estamos vivenciando um estado hipotético, pois ninguém sabe com absoluta
certeza como se processa a vida nessa dimensão, mas nos conforta também a certeza de que
nela o merecimento é o fiel da balança.
Não podemos falar de espiritualidade, sem considerarmos o merecimento como bússola de seu
cenário e por isso que ao iniciarmos nossa jornada no objetivo de desvendar e conhecer os
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segredos reais, nos é exigida à crença em Deus, sermos livres e de bons costumes,
estabelecendo assim a condição” sine qua non”, para que o processo individual de mudança de
postura diante da vida, quer material no presente ou espiritual no futuro, seja pautada por
atitudes que contemplem o respeito pelo semelhante em qualquer circunstância que se nos
apresente.
Essa passagem da atual vida material que estamos vivenciando para a espiritual que a segue,
se dá através da mistificada figura da morte, que tanto horror causa a tantos em sua realidade e
desdobramentos e cuja cultura relegamos quase que ao ostracismo e na prática teimamos em
lhe varrer para debaixo do tapete.
A morte é um designo de Deus e como tal não pode ser horripilante, pois do Criador emana
somente bondade.
Além do mais não podemos querer conceder a uma existência de 90 / 100 anos, na realidade
um hiato temporal ínfimo dentro da eternidade, uma importância exagerada e tão pouco a ter
como uma perda irreparável, quando na verdade não existe nenhuma perda, mas apenas uma
breve separação entre os que aqui permanecem em relação àqueles que partiram face uma
transformação dentro de um contexto físico para um espiritual.
Assim como a lagarta se extingue para dar vida à borboleta, a morte nos permite a passagem da
materialidade para a espiritualidade.
Do rastejar automotivo e a aparente repugnância de uma ao voo etéreo e de graciosa beleza da
outra, existe um casulo adequado para essa metamorfose e por analogia também podemos
perceber que a Maçonaria, assentada em sua laica espiritualidade, também é um casulo
transformista do ser material no espiritual e mesmo não sendo uma religião, colhe em seu cerne
de forma holística, homens humanistas e livres pensadores, mesmo que circunstancialmente
estejam confinados e/ou acorrentados.
Nosso Irmão Fernando Pessoa, mestre em tantas lições, nos diz forma simples e objetiva; a
morte é a curva da estrada; morrer é só não ser visto.
“Construir Templos às Virtudes e cavar Masmorras ao Vício” é o primeiro aprendizado
professado pela nossa Instituição e nele está contido o fundamento determinístico de nossa
existência, pois a virtude é o espírito e o vício é a matéria, ou seja, desde o primeiro momento,
na ação de darmos o passo para nos alçarmos ao primeiro degrau da Escada de Jacó, alegoria
utilizada pela Maçonaria para representar a caminhada do plano material no sentido de
alcançarmos a perfeição do plano espiritual, o objetivo de se elevar em direção ao Grande
Arquiteto do Universo se define.
A Maçonaria não reconhece a espiritualidade como propriedade de nenhuma religião, pois não é
baseada em crenças ou dogmas pré-determinados, nem é estipulada por atos normativos ou
decretos-leis.
Para a Maçonaria a espiritualidade é uma realidade transcendental e diante dessa certeza,
estuda suas leis nas Escolas de Aperfeiçoamento e por isso, muitos de nossos Irmãos a
frequentam e nelas se dedicam a avançados estudos com o objetivo de entenderem sua
complexidade, auto-aplicando os conhecimentos lá adquiridos e encontrando assim uma forma
mais consistente no caminho em direção a Deus.
Encerramos esse trabalho com uma mensagem psicografada de Victor Hugo, retirada do livro “A
reencarnação através dos séculos” de autoria de Lair Lacerda, que nos parece adequada ao
tema e a nos ajudará a entender o que vem a ser a morte.
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“Quando observamos, na praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar a dentro,
impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez
menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e
indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi".
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava
próximo de nós.
Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.
Mas ele continua o mesmo.
“E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a
afirmar: "lá vem o veleiro".
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir
na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi".
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu.
Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.
Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde a não ser o corpo físico de que não
mais necessita no outro lado.
“E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi”, no mais além, outro alguém dirá
feliz: "já está chegando".
Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá
saltos.
Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por
desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o
espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós”.
Pensamentos de Victor Hugo (Espírito)
Do livro “A reencarnação através dos séculos” - Lair Lacerda
BLUMENAU, 06 DE NOVEMBRO DE 2012,
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ESCOLA MISTICA – ESCOLA OCULTA.
Fonte de pesquisa: Jornal – Arca da Aliança,
Revista A Verdade e Artigos de Hermes de Amarna, Jeronimo José Ferreira de Lucena
A Maçonaria como Escola Mística: Encara os mistérios da Ordem de um outro ponto de vista,
vendo neles um plano para despertar espiritual do homem e seu desenvolvimento interno. Os graus
da Ordem são simbólicos de certos estados de consciência, que devem ser despertados no iniciado
individual para ganhar o tesouro do espírito.
A meta do místico é a união consciente com o GADU, e para um maçom desta escola a Ordem
objetiva representa o caminho para essa meta. Oferecer um mapa por assim dizer para buscar
passos do buscador do GADU.
A Maçonaria como Escola Oculta: Um de seus principais postulados é a eficácia sacramental do
cerimonial maçônico , podendo ser chamada de escola sacramental ou oculta.
O Termo ocultismo tem sido mal interpretado, por ser definido como o estudo e conhecimento do
lado interno da natureza por meio dos poderes existentes em todos os homens mas ainda não
despertos na maioria deles. Esses poderes podem ser acordados e treinados no estudante ocultista,
por meio de longa e cuidadosa disciplina e meditação.
O objetivo do ocultista, da mesma forma que o místico, é a união consciente com o GADU, porém
seus métodos de busca são diferentes.
Com o emprego da magia cerimonial ele cria um veiculo através do qual se pode atrair a Luz
Divina e espalha-la para o mundo. Ao passo que o místico utiliza-se da prece e da oração. Na
verdade ambos os caminhos conduzem ao GADU.
As palavras bonitas podem impressionar temporariamente o indivíduo, mas só a vivência interior,
o contato direto com o Ser Supremo e suas Leis é que levará uma verdadeira alquimia, quando o
Eu Superior começará a reger a sua vida em todos os sentidos, pois ele é a Luz da Vida.
A verdade absoluta não está em nenhuma escritura ou livro, mas sim dentro de nós mesmo,
sabemos que o Criador usa a linguagem do espírito que é percebida através do próprio silencio
interno.
A única inspiração legitima, originaria do coração do Universo, ou do Ser Supremo, somente será
conseguida através do isolamento, do silencio interior, quando abandonarmos o pensamento
analítico, as emoções originarias do mundo exterior e nos alicerçarmos na energia pura do
pensamento universal, a fonte divina disponível à todos aqueles que a ela se unirem.
"O Eu superior é primordialmente o ser essencial do homem, o todo-importante resíduo que sobra
com a eliminação do pensamento de identificação com o corpo físico e com o intelecto. Aquilo
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que existe no interior do ser humano na qualidade de centro do Eu Superior, existe também fora
dele no Espírito Universal, do qual é um fragmento" – Paul Brunton
Comparando Maçonaria com Budismo:
Maçonaria: - Vencer minhas paixões, submeter minha vontade.
Budismo: - Abandonar os cinco sentidos ao sabor dos seus caprichos é como deixar um cavalo
indômito sem rédeas. Tal cavalo às pessoas derruba e arrasta dentro do buraco. A mente é senhora
dos cinco sentidos, mas é mais perigosa que uma cobra venenosa, uma fera ou um salteador, por
isso deveis disciplinar vossa mente.
Maçonaria: - A Câmara de reflexões leva o neófito ao mundo da introspecção. Mais tarde, pelo
V.’.M.’. fica sabendo: "Os símbolos que ali existem vos levaram, certamente, a refletir sobre a
instabilidade da vida, lição trivial sempre ensinada, e sempre desprezada".
Budismo: - Eliminai as trevas da ignorância com a Luz da sabedoria. O mundo é algo perigoso e
incerto, sem nada de estável.
Maçonaria: - Os três passos formando cada um e a cada junção dos pés um ângulo reto, significa
que a retidão é necessária para quem deseja vencer na ciência e na virtude.
Budismo: - Qual é o caminho da salvação? É a Retidão, é a Meditação, é a Sabedoria. Penetrada
pela retidão, a meditação se torna fecunda, penetrada pela meditação, a sabedoria se torna fecunda.
Penetrada pela sabedoria, a alma se liberta totalmente do apego qualquer, apego aos desejos,
apego ao erro e a ignorância.
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O Ir Walter Celso de Lima (foto) da Loja Maçônica Cavaleiros da Luz nr. 3647
(GOB/SC) foi empossado na noite de ontem na Cadeira nr. 27, da Academia
Catarinense Maçônica de Letras, cujo Patrono é Manoel José de Souza França.
A cerimônia foi presidida pelo Acadêmico Alaor Francisco Tissot, no Templo da
A.R.B.C.L.S. Ordem e Trabalho, n° 03, do GOSC/COMAB/CMI e contou com a
presença de inúmeras autoridades maçônicas, amigos e parentes do novel
acadêmico, cujo discurso é transcrito a seguir.
Manoel José de Souza França
Panegírico em louvor a Manoel José de Souza França, patrono da Cadeira n o 27 da Academia
Catarinense Maçônica de Letras, pronunciado em 7 de novembro de 2012, posse do
Acadêmico Walter Celso de Lima.
Senhores Acadêmicos:
A cadeira no 27, que passo a ocupar nesta Academia, além do significado cultural,
moral e maçônico, ilustra as glórias imortais do Conselheiro Manoel José de Souza França.
Há um detalhe particular não menos tocante: o encontro de gerações que, fora da
contemporaneidade, explica o mistério das aproximações entre maçons. Manoel José de
Souza França nasceu há 232 anos, portanto, há 9 gerações.
Conhecendo suas ideias, lendo seus trabalhos, manuseando seus manuscritos e
estudando sua vida, senti-me como que dialogando com um Irmão
que
expôs
suas
opiniões há 200 anos. A Academia Catarinense Maçônica de Letras permite que estas
aproximações, entre gerações distantes, possam ocorrer, suprimindo e ultrapassando as
diferenças impostas pelo tempo. Subsistem, então, afinidades. E, já iguais pela vocação de
construir o ser interior, robustecem o grande encontro na exploração da mesma temática. E
esses valores estabelecem convergências. Esta é a primeira das distinções que me confere
esta Academia e que agradeço: a confluência de gerações.
A ideia de ingressar nesta Academia chegou à superfície de minhas aspirações
conscientes há, aproximadamente, dois anos. A generosidade do acolhimento que tive pelos
Irmãos Acadêmicos superou as minhas expectativas. Quero, neste momento, apenas
conjugar, aos meus confrades, o verbo agradecer e os que enriquecem a sinonímia:
reconhecer, recompensar, retribuir e penhorar.
Com esta afirmação, encerro este exórdio e passo ao panegírico, narrando algo sobre
o tutor da cadeira, meu patrono Conselheiro Manoel José de Souza França. Esta narração é
um resumo do trabalho completo, já entregue à Secretaria da Academia, e que contém a
bibliografia comprovativa.
Inicio com uma história, quase lenda. Em meados do século XVIII, um veleiro
naufragou próximo à ilha de São Miguel, arquipélago dos Açores. Pereceram todos, exceto
um menino loiro de olhos azuis. Este menino foi salvo por um cão que o levou até o mais
próximo habitante micaelense: o pescador Souza. O náufrago falava uma língua estranha.
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Souza, posteriormente, adotou o menino náufrago que dizia chamar-se François. O menino de
olhos azuis falava o francês. Foi batizado (ou re-batizado) com o nome de Francisco (de
François) de Souza França, por ser filho adotivo do pescador Souza e por ter nascido na
França. Assim, nasceu a família Souza França, nos Açores. Francisco de Souza França foi o
pai de Manoel José de Souza França, meu Patrono.
Francisco casou-se nos Açores, na Ilha do Faial, com a faialense Dona Isabel Roza de
Proença. Francisco e Isabel, já com filhos, emigraram para o Brasil em torno de 1750,
instalando-se na vila de Laguna. Francisco logo se dedicou às atividades mercantis. Prosperou
rapidamente; era letrado e inteligente. Consta que era um dos poucos, na região de Laguna,
que falava francês. Explorava o negócio de importação e exportação.
De seu casamento com Isabel, nasceram oito filhos varões e cinco mulheres. Manoel
José de Souza França era um dos filhos mais novos, nascido em Laguna em 1780. Verdadeiro
patriarca dos Souza França, Francisco tornou-se chefe político lagunense. Faleceu em 1813,
com mais de 80 anos.
Era costume, que o primogênito cuidasse dos negócios do pai; um seguiria a carreira
eclesiástica e outro, a carreira militar. Dizia-se: “um a Deus outro ao demo”. O primogênito,
Francisco José, cuidou dos negócios do pai e foi um dos filhos que seguiu a carreira militar.
Sobrou para Manoel José, meu Patrono, seguir a carreira eclesiástica. O pai mandou-o,
então, para o Rio de Janeiro; matriculando-o no Seminário São José. No Seminário, Manoel
José teve esmerada educação.
Quase ao ordenar-se sacerdote, Manoel José visitou Laguna. Numa noite, seu pai
convocou-o para rezarem o terço em família. Manoel José ficou numa agitada e movimentada
pândega com companheiros de infância. Uma farra. O devoto pai, educado na rude e arcaica
escola açoriana, castigou-o diante de estranhos. Envergonhado e humilhado, Manoel José
abandonou a casa paterna, caminhando em direção a Porto Alegre. Enfrentou caminhos
silvestres; rústicas e intermináveis praias; com fome, sede e frio. Chegou à casa de seu
irmão Vicente José, que trabalhava como advogado provisionado e que o acolheu. Manoel
José desfez-se da batina e trabalhou, então, com seu irmão, aprendendo jurisprudência e
direito administrativo.
Em 1808, Manoel José retornou ao Rio de Janeiro e foi procurar trabalho.
Constrangido, não quis procurar conterrâneos ou antigos amigos. Nessa época, chegava ao Rio
D. João VI com toda nobreza, que vinha fazer da colônia a sede do governo real. Depois de
trabalhar como guarda-livros e auxiliar de escrita, Manoel José foi admitido como secretário
do Conselho da Fazenda. Após 4 anos, em 1812, seu pedido para efetivação como Oficial foi
recusado, por ser brasileiro. Os brasileiros, considerados plebeus, ganhavam menos do que
os portugueses que eram considerados nobres e que exerciam o mesmo cargo na mesma
repartição. Souza França sentia, como todo patriota, a desilusão dos prometidos benefícios
com a estada da corte portuguesa no Brasil.
Paralelamente, Souza França passou a atuar no foro, cuidando de pequenas causas,
defendendo acusados. Depois de algum tempo, conseguia sua profissão de advogado
provisionado. Aos poucos, alcançou, nos tribunais da Corte, as vitórias que lhe deram fama.
É muito difícil obter dados sobre a vida maçônica dos Irmãos que viveram àquela
época. A cada perseguição, a cada movimento que provocava o adormecimento de Lojas,
todos os documentos eram, então, destruídos por motivo de segurança.
Joaquim Gonçalves Ledo, que seria grande amigo de Manoel José de Souza França, foi
iniciado maçom, provavelmente, em torno de 1800, em Coimbra, onde estudava. Sabe-se que,
em 1821, participou do seu trabalho pela emancipação do Brasil na Loja Comércio e Artes.
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Gonçalves Ledo e Souza França eram amigos e compartilharam o mesmo ideal pela
emancipação política brasileira. Infere-se que, provavelmente, Manoel José de Souza França
tenha sido iniciado, por esse amigo, na Loja Comércio e Artes, muito provavelmente em 1821.
Não existe documentação dessa Loja nesse período.
Na maçonaria, nessa época, formaram-se duas tendências políticas distintas. Uma,
capitaneada por Gonçalves Ledo, com participação de Souza França. Era a corrente liberal.
Propunha o rompimento total com Portugal, a formação de uma monarquia (ou uma república)
parlamentar democrática onde o rei (ou presidente) representasse apenas o estado, não
participando das ações governamentais. A outra corrente, liderada por José Bonifácio de
Andrada e Silva e os irmãos Andrada e Silva, propunha uma independência numa monarquia
parlamentar, com a união luso-brasileira; algo como um reino unido com a manutenção das
soberanias de Portugal e do Brasil. Argumentava José Bonifácio que, somente assim, a
integridade territorial brasileira se manteria inalterada, evitando a proliferação de pequenas
repúblicas independentes, como ocorria na América espanhola e como já se propunha no Pará,
no Maranhão e em Pernambuco. O príncipe regente D. Pedro usou dessa dicotomia em seu
próprio proveito, optando ora por um, ora por outro, conforme as conveniências do momento.
As atividades da Loja maçônica, em 1821 e 1822, foram dedicadas, exclusivamente, à
emancipação brasileira. Decisões importantes foram aprovadas e feitas em Loja, com efetiva
participação de Souza França: o manifesto que resultou no Dia do Fico, 9 de janeiro de
1822; a aclamação de D. Pedro de Alcântara, Príncipe Regente do Brasil, como “Defensor
Perpétuo do Brasil”, em 13 de maio; a convocação de uma constituinte feita em 3 de junho e a
própria independência, decidida em Loja, alguns meses antes de 7 de setembro de 1822. Foi
o trabalho da maçonaria que levou, às diversas províncias brasileiras, a semente da
independência e a unificação do país. Souza França participou de todas essas ações. Em
especial, Souza França contribuiu com a divulgação das ideias de emancipação brasileira na
Província de Santa Catarina. Manoel José de Souza França foi, portanto, um dos Pais da
Pátria.
Outra ação importante, que contou com a participação de todos os maçons da Loja
Comércio e Artes, com a participação de Souza França, foi a formação do Grande Oriente
Brasiliano, em 17 de junho de 1822. Souza França participou da primeira administração do
GOB. Em 2 de agosto de 1822, o Príncipe D. Pedro de Alcântara foi iniciado no GOB, em
sessão magna presidida por José Bonifácio. Por proposta de Gonçalves Ledo, D. Pedro foi
exaltado em 5 de agosto e, também, por proposta de Gonçalves Ledo, D. Pedro foi eleito
Grão Mestre do Grande Oriente Brasiliano, em 4 de outubro. Em 12 de outubro, D. Pedro foi
proclamado Imperador do Brasil: D. Pedro I. Motivado pelas desavenças entre liberais e
conservadores, o Grão Mestre D. Pedro I suspendeu, por decreto, o Grande Oriente
Brasílico, em 27 de outubro de 1822. Então, o GOB foi reerguido em 1830. Mas, desde 1823
algumas Lojas maçônicas trabalharam na clandestinidade.
Jerônimo Francisco Coelho, nascido em Laguna, estava vivendo no Rio de Janeiro, em
1814, quando seu pai faleceu, deixando a família em dificuldades financeiras. Nessa época, é
provável que Manoel José de Souza França tivesse tido contato com a família de Jerônimo
Coelho, pois, conterrâneos, eram poucos os lagunenses que viviam no Rio. Jerônimo Coelho
fez sua educação na Escola Militar e, em 1824, com 18 anos, alcançou o posto de capitão,
formando-se engenheiro militar. Não se sabe quando Jerônimo Coelho foi iniciado na
maçonaria, mas infere-se que seja entre 1824 e 1830, provavelmente, na Loja Comércio e
Artes. Nunca se saberá, mas é provável que Manoel José de Souza França tenha sido seu
padrinho. Isso é uma inferência lógica, pois, sabemos que poucos lagunenses se encontravam
15
no Rio, coincidem a ideologia política liberal de Jerônimo e Manoel José e existem
documentos de que Manoel José auxiliou, pouco tempo depois, Jerônimo Coelho.
Em novembro de 1830, houve manifestações em todo o império, pelos liberais e contra
os conservadores e portugueses, em prol da liberdade de imprensa. Jerônimo Coelho era, no
Rio, um dos líderes dessas manifestações. Os liberais, para serem identificados, usaram um
chapéu de palha com uma fita verde e amarela. Jerônimo Coelho distribuiu esses chapéus que
foram financiados por Manoel José de Souza França. Em 13 de março de 1831, os liberais
com chapéu de palha foram afrontados pelos conservadores e pelos portugueses com
lançamento de garrafas vazias, acontecimento que ficou conhecido como “noite das
garrafadas”. As manifestações liberais contra D. Pedro I continuaram. A perda de
popularidade de D. Pedro I, agravada com a perda da Província Cisplatina, a falência do Banco
do Brasil, as dificuldades financeiras do Império e seu relacionamento prioritário com
assuntos internos de Portugal, levaram à abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831.
Após a partida de D. Pedro para Portugal, a maçonaria restabeleceu-se oficialmente, no
Brasil, saindo da semi-clandestinidade que se encontrava. Devo afirmar que D. Pedro I ou D.
Pedro IV, em Portugal, foi um grande e ativo maçom quando retornou à Europa.
A maçonaria já tinha feito, em 1822, contatos com a Província de Santa Catarina. Em
setembro de 1822, chegou ao Desterro, a serviço do governo, o maçom cel. Alexandre José
Tinoco que objetivava, extraoficialmente, conseguir adeptos catarinenses para a causa da
emancipação política e para a maçonaria. Foi orientado, então, por José Bonifácio, Grão
Mestre do GOB. Na segunda investida, Jerônimo Coelho foi norteado por Manoel José de
Souza França. Jerônimo chegou ao Desterro em junho de 1831, designado para o 2º Corpo de
Artilharia, com a incumbência adicional de fundar uma Loja maçônica e um jornal liberal.
Jerônimo Coelho trouxe consigo um prelo e material tipográfico para impressão do jornal,
financiados por Souza França e pelas Lojas maçônicas do Rio de Janeiro. O primeiro número
de O Catharinense saiu em 28 de julho de 1831, data da instituição da imprensa catarinense.
A Loja maçônica Concórdia foi fundada por Jerônimo Coelho, provavelmente, em fevereiro de
1832.
A vida pública de Manoel José de Souza França teve início em 1822, quando foi eleito
membro da Assembleia Constituinte; foi atuante e aclamado Secretário da Constituinte.
Propôs, e foi aceita, a anistia geral aos que tinham se envolvido em movimentos políticos.
Souza França defendeu, na constituinte, a libertação dos escravos. Defendeu a liberdade de
imprensa e a liberdade de crença no Império, onde o catolicismo era a religião oficial do
Estado.
Sua mais importante preocupação foi com a educação pública. É, ainda da época de D.
João VI, uma das primeiras manifestações de Souza França, sobre educação, que chega a
nossos dias. Ele protestava contra a educação básica inexistente em Laguna. Argumentava
que os colonizadores portugueses provocavam a falta de instrução na colônia “para que seus
filhos não tivessem ideias subversivas no domínio de El-Rei, Nosso Senhor.” Dizia Souza
França: “Eu tenho exemplo desta miséria na minha própria pátria, em que sendo a Laguna uma
vila notável, e das mais antigas do Brasil, nunca teve um só professor público. E no decurso
de quase um século apenas se podem contar cinco naturais que tiveram educação das
primeiras letras, das quais sou eu o último, que para este efeito houve de sair do seio de
minha família em tenra idade e com grandes despesas para vir ao longe mendigar com grave
incômodo a escassa instrução que ali se negam a todos os meus conterrâneos.” Guardando as
proporções, entendo ser atual essa sua crítica à educação básica no Brasil.
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As críticas dos liberais culminaram com o decreto imperial de dissolução da
Constituinte. Logo em seguida, D. Pedro compôs um Conselho de Estado que elaborou nova
constituição, a de 1824, que era a mesma elaborada pela Constituinte, com pequenas
modificações, especialmente, a interferência do Poder Moderador no Poder Legislativo.
Em maio de 1826, foi instalado o Parlamento Nacional. Souza França foi eleito
deputado, sendo reeleito até 1848. Sua participação no legislativo expõe suas ideias e
opiniões. Exemplo: ao combater o peculato, disse, em 1827, palavras que podem ser
apresentadas, hoje, no Parlamento Brasileiro:
“As prevaricações são diárias; a impunidade faz com que os empregados públicos se
locupletem com rendas da nação e é mister pôr cobro nisso, executando-se a lei à risca.”
Em 1831, D. Pedro I entregou a pasta da Justiça a Manoel José de Souza França.
Souza França foi o primeiro catarinense a ser nomeado ministro. Em maio de 1831, o ministro
da Justiça nomeou Feliciano Nunes Pires para a presidência da Província de Santa Catarina.
Ao nomeá-lo, determinou a Nunes Pires que criasse a Polícia de Santa Catarina. Souza
França foi, pois, o responsável indireto pela formação junto a Feliciano Nunes Pires, da atual
Polícia Militar do Estado de Santa Catarina.
Com a abdicação de D. Pedro I, a regência trina provisória governou a nação. A
regência manteve Souza França no ministério da Justiça. Ainda, em abril, Souza França
acumulou a pasta do Ministério de Negócios do Império. O gabinete propôs uma anistia e
coube a Souza França referendar o decreto de perdão aos presos políticos.
A regência permanente, empossada em junho, manteve o mesmo gabinete.
Posteriormente, por divergências políticas, Souza França demitiu-se do ministério.
Após sua saída do ministério, Souza França voltou às altas funções de oficial maior do
Conselho da Fazenda, buscando, também, refazer a sua banca de advocacia. Em 1832, por
indicação da maçonaria, ocupou a provedoria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro. Foi o primeiro catarinense a ocupar a provedoria de uma Santa Casa de
Misericórdia.
Em julho de 1840, foi declarada a maioridade de D. Pedro II que, em agosto, entregou
ao Conselheiro Souza França, a presidência da Província do Rio de Janeiro que permaneceu
presidente até março de 1841.
Souza França elegeu-se, em 1845, à Câmara dos Deputados. Nessa época, foi
emocionante o reencontro com seu conterrâneo e Irmão Jerônimo Francisco Coelho, eleito
deputado por Santa Catarina.
Outras ideias de Souza França, dessa época: faz pesadas críticas à magistratura em
razão das ausências de desembargadores, conselheiros e juízes que não cumpriam com seus
deveres, ausentando-se e deixando acumular processos. Disse Souza França: “Por que há de
a Câmara estar a rogar-lhe que cumpra com seus deveres? Faço referência a uma ideia de
Voltaire, quando disse que o melhor governo é aquele em que há o menor número de homens
inúteis e desocupados.”
Manoel José de Souza França pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro desde 1841 até sua morte, em 1856.
As ideias e opiniões de Manoel José de Souza França estão expostas em seu livro,
publicado em Niterói, em 1848, cujo título é esclarecedor: “Retrospecto dos Erros da
Administração do Brasil desde a sua Descoberta como Causa principal do Atraso de sua
Prosperidade Política”. Há um exemplar desse livro na Biblioteca do Exército. Suas ideias
sobre o atraso político brasileiro são bastante atuais. Poder-se-ia reproduzir suas opiniões
no Parlamento brasileiro atual, sem perda de vigor nas circunstâncias do momento presente.
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Souza França critica o nepotismo no Parlamento do Império e entre a nobreza. Critica a
troca de favores e benefícios em proveito próprio ou da nobreza de então. Diz da conduta de
certos representantes e servidores públicos, visando a satisfação de interesses ou
vantagens pessoais em detrimento do bem comum. Afirma que essas condutas tiveram
origem em 1500, durante o descobrimento do Brasil. Ao lê-lo, senti-me dialogando com meu
Patrono sobre o Brasil atual. Encontrei uma notável semelhança de fatos, 164 anos após essa
publicação.
Manoel José de Souza França nunca se casou. Teve um relacionamento amoroso
estável com uma Senhora, conhecida apenas pelo seu apelido: “Ana dos Gatos”, por possuir
muitos felinos. Ana deu-lhe uma filha: Maria Isabel de Souza França, a quem Manoel José
muito amava, legitimando-a com seu nome. Em janeiro de 1856, Manoel José sofreu uma
congestão cerebral que o deixou paralítico. Faleceu, no Rio de Janeiro, um mês depois.
Deixou de herança uma pequena e modesta propriedade em Mata-Cavalos, Rio de Janeiro,
onde morou.
Manoel José de Souza França foi culto, sábio, honesto, homem virtuoso e de bons
costumes, excelente advogado e administrador; sempre coerente com seus princípios: ativo,
trabalhador, humilde, bondoso, justo e digno. Foi, verdadeiramente, um bom maçom em
todas as horas de sua vida. Foi, certamente, um dos primeiros maçons catarinenses. Apesar
de ter ocupado importantes cargos na Corte imperial, viveu modesta e humildemente.
Isto posto, reafirmo o meu orgulho em ocupar a cadeira cujo Patrono foi tão ilustre,
sábio e virtuoso maçom catarinense.
Finalizo com palavras de gratidão e reconhecimento. Manifesto minha gratidão pela
oportunidade e ensejo de conhecer a vida e as ideias de tão importante personalidade de
Nossa Pátria. Senti-me dialogando com um Grande Irmão, um dos Pais da Nossa Pátria.
Gratidão aos acadêmicos, agora confrades, pelo incentivo, apoio e ideias. Em especial,
aos meus padrinhos, sábios orientadores: Acadêmico Ir.’. Eleutério Nicolau da Conceição,
Acadêmico Ir.’. Paulo Henrique Simon e Acadêmico Ir.’. Walmor Backes. E, cumprimentando
todos os acadêmicos, cumprimento meu Professor, Acadêmico Ir.’. Julio Doin Vieira. E last
but not least, à minha querida esposa Maria Angelina Martins, pelo incentivo, pelo apoio e
pela paciência. Minha gratidão e meu carinho, que estendo a meus queridos filhos e netos.
Acesse o link para visualizar alguns registros da posse do Ir. Walter Lima:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/101NIKON?authke
y=Gv1sRgCMCQhv-ez4XtkQE#
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O presente bloco,
a cargo do Ir. Pedro Juk,
está sendo apresentado às
quartas-feiras, sábados e domingos.
quem instrui os aprendizes
Questão que faz o Irmão Perílio Barbosa Leite da Silva, Aprendiz Maçom, Obreiro da Loja Arte
e Virtude, 4.376, REAA, GOB-MG, Oriente de Lajinha, Estado de Minas Gerais.
[email protected]
Praticamos o REAA, e no ritual datado de 2009 diz que o Irmão Segundo
Vigilante é o responsável pela orientação dos Aprendizes, entretanto, em uma breve pesquisa,
pude verificar que antes o Irmão Segundo Vigilante era responsável pela orientação dos
Companheiros.
Poderia me dizer se realmente ocorreu essa mudança. Se sim, poderia me explicar à razão de
tal mudança?
CONSIDERAÇÕES.
Na verdade não houve mudanças, todavia uma volta à tradição que envolve muitos anos da
história. Nesse sentido, segue o texto abaixo que dei como resposta em outra ocasião, pelo que
espero lhe seja útil e possa auxiliá-lo no entendimento do fato, inclusive o escrito aborda práticas
da Iniciação onde pode parecer que aparentemente haja existência de contradição.
A pergunta na ocasião:
Em nosso ritual (REAA), na página 18 informa que o Primeiro Vigilante é
responsável pela instrução e orientação dos Companheiros, e o Segundo
Vigilante a dos Aprendizes.
Primeira pergunta: por que então que na iniciação o Venerável manda o
Aprendiz ir até o Primeiro Vigilante e pede que ele o ensine a trabalhar na
Pedra Bruta?
Tenho o Instrucional Maçônico do GOB edição 1996 (Tito Alves), e na pág.
22 (2.8 aprendizagem), ele fala que o responsável pela instrução dos
Aprendizes é o Primeiro Vigilante.
A resposta naquela oportunidade:
Quem instrui os Aprendizes e Companheiros.
Em síntese, pelo aspecto tradicional, no passado operativo, quando não existiam ritos, era
o 2° Vigilante que recebia o candidato, instruía-o nos procedimentos e o encaminhava para o 1°
Vigilante para que esse procedesse a uma oração em favor do iniciando. Posteriormente o
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Mestre da Loja trazia o Livro da Lei e, auxiliado pelo 2° Vigilante, fazia com que o candidato se
ajoelhasse para prestar a obrigação, receber a Luz, assim como as vestimentas de ofício que
consistiam em um avental de pele e um par de luvas para trabalhar no desbaste da pedra.
Terminado o juramento, o 2° Vigilante instruía o Aprendiz recém-iniciado nas antigas obrigações
do ofício (Old Charges).
Guardando essa tradição, o Rito Escocês Antigo e Aceito revive essas reminiscências
conservando o 2° Vigilante na instrução dos Aprendizes e do 1° na dos Companheiros,
mantendo tradicionalmente o 2° Vigilante na Coluna do Sul e o 1° na Coluna do Norte, fato que
não implica em qualquer desordem já que quem dirige à Loja, portanto todos os Obreiros
presentes é o Venerável Mestre, auxiliado pelos Vigilantes. É falsa a obrigatoriedade de que o
obreiro precise tomar assento na respectiva Coluna do Vigilante para ser por ele instruído, daí no
Rito Escocês Antigo e Aceito o 2° Vigilante do meridiano do Meio-Dia, ou Sul instrui os
Aprendizes que se localizam no topo da Coluna do Norte e o 1° Vigilante do Ocidente, na Coluna
do Norte instrui os Companheiros que ocupam o topo da Coluna do Sul.
A questão controversa da Iniciação. Com o surgimento dos Ritos a partir do século XVIII,
não raras vezes estes acabariam por assumir feitios próprios urdidos de costumes e conceitos
regionais e que daria origem a dois formatos distintos de práticas litúrgicas e ritualísticas. Uma
de vertente inglesa e outra de ilharga francesa. Além desses propósitos apareceriam as
“revelações”, ou “obras espúrias” que delatavam os trabalhos maçônicos daquela época. No
intuito de enfrentar esses acontecimentos, houve por parte do grupo intitulado como “modernos”
a tentativa de se inverter palavras de passe, sinais, colunas, etc., para confundir os delatores.
Isso até prevaleceu na Inglaterra o que geraria as escaramuças entre os “modernos” (da
Primeira Grande Loja – 1.717) e os rotulados como “antigos” (Segunda Grande Loja – 1.751). Da
união dessas duas Grandes Lojas em 1.813 resultaria a Grande Loja Unida da Inglaterra
acomodando a maioria das antigas tradições e costumes.
Já na França, o formato “moderno” acabaria influenciando como base (Rito Francês, ou
Moderno). Os franceses decidiam então por optar pelo formato da primeira Grande Loja, com as
colunas invertidas, inversão dos Vigilantes, palavras sagradas inversas, etc. (embora essas
mudanças, os Aprendizes se manteriam sempre no Norte, assim como os Companheiros no
Sul). No Rito Escocês Antigo e Aceito que embora de origem francesa não aderisse esse
costume, conservou-se no formato antigo (daí o nome “antigo” incluso no seu título),
prevalecendo assim as Colunas dispostas na forma inglesa antiga, palavras sagradas conforme
a tradição, 1° Vigilante no Norte e o 2° no Sul, etc. (na Europa o Rito Escocês é mais conhecido
como Rito Antigo e Aceito).
A despeito de tantos acontecimentos que compõem o mosaico da história da Ordem, está
o de que ao longo dos anos, dezenas e dezenas de rituais foram escritos conforme a
contemporaneidade dos fatos, não fugindo à regra resultante de inúmeras contradições, como é
o caso da instrução do 1° Vigilante durante a Iniciação. À bem da verdade, no ato da cerimôn ia
iniciatica, em se tratando do Rito Escocês, não é propriamente o Vigilante que ensina o primeiro
trabalho, porém o Mestre de Cerimônias que conduz o iniciando até a Pedra Bruta para nela ele
exercer o seu primeiro trabalho simbólico – isso pode ser comprovado mais tarde durante
Elevação quando o Aprendiz pratica seu último trabalho sob o comando do Mestre de
Cerimônias. Para reforçar a tese, há que se notar quem ensina ao Aprendiz a Marcha do Grau é
também o Mestre de Cerimônias.
A rigor, assim também deveria exarar o ritual do Grau de Companheiro quando da
cerimônia de Elevação, pois também tradicionalmente é o Mestre de Cerimônias que ensina a
Marcha do Grau ao Companheiro e não o 2° Vigilante. Um fato importante também a ser
considerado e que corrobora com esse arrazoado é que o Venerável durante a Iniciação e
Elevação tem como seu auxiliar imediato para ensinar os segredos do Grau o Mestre de
Cerimônias e, em raras vezes, o Experto. Já os Vigilantes normalmente conferem o que fora
ensinado para dar o devido reconhecimento. É bem verdade que os rituais não esclarecem
esses fatos e se enforquilham em instruções e procedimentos que resultam às vezes mais em
dúvida do que esclarecimento.
Antes de finalizar esse tópico, seguem outros aspectos importantes que, antes de se emitir
uma opinião laudatória, deve ser levada em consideração:
a)
Na antiga tradição e nos arremedos dos primeiros catecismos que dariam origem
aos rituais, a Pedra Bruta era colocada da Coluna do Sul junto ao 2° Vigilante;
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b)
Mesmo estando a Pedra Bruta tradicionalmente no Sul, os Aprendizes sempre
tomam assento no lado Norte – se bem observado, por exemplo, os Trabalhos de
Emulação (inglês), a Pedra Bruta está no Sul e os Aprendizes no canto Nordeste
da sala da Loja. A inversão das pedras (bruta e cúbica) teve origem nos ditos
“modernos”, o que acabou influenciando também o Rito Escocês.
c)
As Instruções ministradas pelos Vigilantes estão diretamente ligadas à Tábua de
Delinear (sistema inglês) e ao Painel do Grau (sistema francês).
d)
A dialética aplicada durante as Instruções entre o Venerável e os Vigilantes
deveria estar de acordo com o Grau. O 2° Vigilante para o Aprendiz e 1° Vigilante
para o Companheiro.
e)
Na Moderna Maçonaria as instruções ministradas no Ritual implicam no período
de aprendizagem. Dentre outras, a solicitação de peças de arquitetura,
explanações sobre o conteúdo do Painel do Grau, verificação do entendimento
dos segredos do Grau, etc. Sintetiza a intuição para o Aprendiz e a análise para
o Companheiro.
f)
Ao longo dos tempos as instruções inseridas nos rituais têm sido
acompanhadas de enxertos oriundos dos dois principais sistemas doutrinários
(inglês e francês). No caso do Rito Escocês que é de origem francesa, não raras
vezes encontramos doutrinas hauridas das Lições Prestonianas da Tábua de
Delinear Inglesa (Tracing Board). Exemplo: a alegoria das Colunas Jônica, Dórica
e Coríntia; visualização do Volume da Lei Sagrada, do Esquadro e do Compasso
no instante do “Fiat Lux”; a alegoria da Escada de Jacó; virtudes teologais, etc.
Embora essas situações possam até parecer sem importância elas são
inquestionavelmente conflitantes no tocante às suas explicações, como é o caso de quem
ministra instrução para os Aprendizes e Companheiros. Obviamente e embora o objetivo da
Moderna Maçonaria seja o mesmo independente do sistema doutrinário, se faz cogente o
conhecimento de que as mensagens se diferem uma da outra. A questão é: reconstruir um novo
Homem.
Finalizando esse tópico, a referência feita ao Livro da Lei no primeiro parágrafo dessas
considerações na época da Maçonaria Operativa, a Bíblia sob a influência da Igreja aparecia nas
Guildas dos Construtores Medievais. Nesse sentido antes da reforma protestante os exemplares
dos Livros Sagrados ficavam sob a tutela da Igreja. Também é motivo de consideração o fato de
que não existia imprensa e os textos eram escritos à mão sobre um papel de gramatura
grosseira, o que impunha à Bíblia um volume bastante avantajado e incômodo, inclusive para o
seu manuseio e transporte. É por esse feitio que o uso do Livro Santo era partilhado (bíblia é um
conjunto de livros) e, no caso das confrarias de construtores que usualmente se reuniam nos
períodos solsticiais, destacava-se apenas o Evangelho de São João, relativo ao solstício de
verão no hemisfério Norte, o que seria um dos motivos de se rotular mais tarde as Oficinas como
as Lojas de São João.
Em sendo essa resposta útil,
T.F.A.
PEDRO JUK
[email protected] - OUT/2012
Na dúvida pergunte ao JB News ( [email protected] )
que o Ir Pedro Juk responde ( [email protected] )
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GLSC no Interior do Estado
Desde segunda-feira uma equipe da Grande Loja de Santa Catarina percorre o
Interior do Estado catarinense levando confraternização, informações e
ensinamentos.
A peregrinação começou na segunda-feira e terminará hoje ao Oriente de Xaxim,
sede do 20º. Distrito onde, às 20h00, será aplicado Seminário para as Lojas
“Obreiros de Hiram” nr. 18; “Obreiros da Liberdade” nr. 37 e “Liberdade e
Justiça” nr. 45.
A comitiva retorna sexta-feira para Florianópolis
“Los Hermanos Paraguayos” estão chegando
Está prevista para a manhã desta quinta-feira a chegada dos Irmãos paraguaios a
Florianópolis. A cada semestre renovam-se as visitas de cunho cultural e de
confraternização, entre a Loja Alferes Tiradentes de Florianópolis e Loja Unión Y
Progresso de Encarnación. Março e outubro de cada ano são épocas em que as duas
Lojas, em seu quinto ano consecutivo, trocam essas gentilezas.
À noite desta quinta-feira haverá recepção dos irmãos catarinenses com
oferecimento de um jantar, na sede da Associação dos Funcionários do DEINFRA
em Cacupé.
Para sexta-feira está previsto almoço ao meio-dia na residência do Ir. Carlos
Alberto Tavares da Silva e, às 20h00, Sessão Especial conjunta com palestra do Ir.
Eleutério Nicolau da Conceição que falará sobre as “Constituições de Anderson”
e do Irmão Juan José Gimenez que abordará o tema “Los Latmar”. Após, haverá
um ágape de confraternização.
No sábado a programação inclui visita à Cachaçaria Scherer, em Antonio Carlos,
com almoço no local.
A visitação da delegação paraguaia encerra-se com jantar de despedida na sede do
Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina, com retorno
rodoviário ao Paraguai, logo após.
Rádio Sintonia 33 e JB News. Eles se completam.
Música e informação 24 horas/dia, o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da
Maçonaria Universal. www.radiosintonia33.com.br
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Henry Ford. (origem: Samaúma)
Iniciado na Loja Palestina Nº 357, de Detroit, Michigan em 7/11/1894. Exaltado
alguns dias depois, dia 28, Henry Ford, foi um dos grandes nomes da indústria
automobilística. Nasceu em 1863, Greenfield Townshi - Michigan faleceu em
1947, Dearborn, Michigan. Fundou a Henry Ford Company. Pioneiro: lançou a
construção em série integralmente do seu primeiro automóvel, com um motor de
4cv, a água. Um carro simples a 850 dólares. Acessível e fácil de usar. O Modelo
T foi um sucesso. Vendidos 15 milhões em 20 anos.
http://www.samauma.biz/site/samauma/0000opine.htm
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Informativo nr. 0804