FEDRO
Considerado um dos mais belos diálogos de
Platão, Fedro trata da retórica e da escrita, do amor
e da alma. A cena se passa num ambiente
bucólico, longe do bulício da cidade. A partir da
leitura de um discurso de Lísias, admirado por
Fedro, Sócrates inicia uma reflexão sobre a
natureza da retórica, a arte de bem falar, e sua
necessária relação com a filosofia, em que deve
fundamentar-se.
se. Por sua vez, a compreensão da
filosofia, como fruto do amor, implica a conversão
do amante, que parte da beleza
eleza dos corpos para a
beleza ideal, a Sabedoria e a Verdade,
reconhecendo-as na hierarquia da realidade. A
partir dessa dialética do amor, o filósofo é capaz
de gerar discursos verdadeiramente belos e
edificantes. Este diálogo, agora em edição bilíngue e revista, conta com Introdução do
próprio tradutor, Carlos Alberto Nunes, que situa Fedro na “questão platônica”, traçando as
linhas mestras de sua argumentação e relacionando-o
relacionando aos diálogos afins.
Coleção Diálogos de Platão, vol. 3. Edição bilíngue
Editora:
ora: Editora da Universidade Federal do Pará – ed.ufpa
Tradução: Carlos Alberto Nunes
Coordenação: Benedito Nunes e Victor Sales Pinheiro
Editor Convidado: Plinio Martins Filho
Texto grego: John Burnet
Sobre o tradutor:
Médico, literato, poeta e tradutor, Carlos Alberto Nunes nasceu em São Luís,
Maranhão, em 18 de janeiro de 1897. Titulou-se
Titulou se em Medicina pela Faculdade da
Bahia, e, em 1921, mudou-se
mudou se para São Paulo. Em 1956, passou a ocupar a cadeira
número cinco da Academia
Academia Paulista de Letras. Publicou o poema épico nacional Os
Brasileidas (1938), assim como os dramas Moema (1950), Estácio (1971),
Adamastor ou O naufrágio de Sepúlveda (1972) e Beckmann ou A tragédia do
General Gomes Freire de Andrade
Andrade (1975); mas foi como tradutor
tr
que Carlos
Alberto Nunes deixou um vasto legado. Entre inúmeros clássicos, traduziu do
alemão Clavigo e Stella (1949), de Goethe, e Judith (1964), de Hebbel; do inglês, o
teatro completo de Shakespeare (1955); do grego antigo, a Ilíada e a Odisseia (1962), bem como a obra
completa de Platão; e do latim, a Eneida,
Eneida, de Virgílio (1975). Faleceu em Sorocaba, em 9 de outubro de 1990.
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