Proteção Das Máquinas
Medidas De Prevenção
O equipamento é o principal meio de produção em uma fábrica. A inovação simplificou os processos de
manufatura e aprimorou o projeto e a qualidade de produção. As inovações na engenharia em equipamentos
diminuíram o grau de especialização necessário às operações ainda executadas manualmente. Além disso, as
máquinas e equipamentos tornaram-se mais avançados e o número de peças também aumentou, dificultando a
manutenção da eficiência do equipamento e a prevenção de avarias.
Portanto, é imprescindível garantir que as peças sejam projetadas para serem confiáveis, evitando as
falhas e quebras, principalmente com equipamentos automatizados onde houver envolvimento direto dos
operadores.
Nas indústrias, um número significativo de acidentes é causado por falhas humanas. Alguns acidentes
resultam de medidas em relação à necessidade de treinamento em equipamentos de produção (independente
das melhorias feitas nos equipamentos) e outros resultam da falta de conhecimento sobre o funcionamento do
equipamento. Outros acidentes podem ser provocados por mau funcionamento dos mecanismos de segurança
das próprias máquinas que, em contrapartida, são provocados por vibrações, peças ou componentes soltos e
acúmulo de poeira e sujeira.
Entretanto, esses mecanismos não são imunes a avarias. Em momentos críticos, problemas com os
componentes desses dispositivos provocam acidentes. Por exemplo, há casos em que o mau posicionamento de
uma célula fotoelétrica, ou uma instalação mal feita provoca um mau funcionamento do dispositivo de segurança,
resultando em um acidente.
Daí conclui-se a necessidade de estabelecer um check-list para verificação dos pontos críticos da
máquina.
Proteção Das Partes Móveis
A fonte mais freqüente de acidentes com máquinas são as suas partes que se movimentam. A proteção destas partes, com
finalidade de evitar o contato acidental do trabalhador, é o aspecto mais importante da proteção de máquinas e equipamentos.
Poderemos dividir as partes móveis das máquinas em duas categorias:
1 – Os mecanismos de transmissão de força, que são as engrenagens, correias, alavancas, etc., que transmitem a força
mecânica gerada pelos motores;
2 – As ferramentas que executam suas operações sobre a peça que está sendo trabalhada.
Do ponto de vista preventivo, a importância desta classificação das partes móveis está em que os mecanismos de
transmissão de força, quase sempre, podem ser isolados do contato com o operador da máquina através do uso de anteparos
adequados ou enclausurados (isto é, colocados em um recipientes que os isole do ambiente ao redor). Isto pode ser feito sem
grande dificuldade técnica e sem que atrapalhe ou prejudique a operação da máquina.
Já não é o que acontece em relação aos pontos de operação das máquinas onde as ferramentas executam seus movimentos.
Isto porque o trabalhador precisa, pelo menos, colocar e retirar as peças que estão sendo trabalhadas, como é o caso das máquinas
semi-automáticas.
As medidas preventivas em relação aos pontos de operação são as mais diversas possíveis e dependem de cada tipo
de máquina. Podem variar desde a automação completa da máquina, dispensando o trabalhador de qualquer contato manual com o
ponto de operação, até a redução do ritmo de trabalho de modo que a diminuição da velocidade dificulte o aparecimento de erros na
operação da máquina, causa importante de acidentes.
Outro tipo de risco importante que surge nos pontos de operação é o arremesso e projeção de partículas e fagulhas,
especialmente naqueles em que as ferramentas ou peças são submetidas a movimentos rotatórios.
Em máquinas como o esmeril isto é muito comum, e o perigo maior é o dos olhos serem atingidos.
Menos comuns, porém de maior gravidade, são os acidentes em que se quebra um pedaço da peça que está sendo
trabalhada ou da ferramenta utilizada e estes objetos são arremessados contra o operador da máquina ou alguém que esteja
passando por perto. Pela velocidade com que são projetados, estes pedaços de material tornam-se verdadeiros projetis e, se
atingem alguém, as conseqüências podem ser graves. Há casos de morte que são conseqüência de tais acidentes.
A proteção contra este tipo de risco pode ser feita através da instalação de
anteparos ou do enclausuramento do ponto de operação. Outro cuidado é a
utilização de ferramentas sem defeitos e de boa qualidade, além de
dispositivos de fixação adequados para o aprisionamento da peça que será
trabalhada.
Resumindo, para a avaliação das condições de segurança de
determinada máquina, é indispensável:
1 – Observar todas as partes móveis da máquina e verificar se os
dispositivos de proteção estão corretamente posicionados, ou mesmo
instalados, para evitar o contato acidental com essas partes, seja do
operador seja de alguém que esteja passando.
2 – Identificar a possibilidade de haver risco de arremesso de objetos e
partículas do ponto de operação e as medidas preventivas necessárias
para evitar ou reduzir este risco.
Este esmeril tem dois tipos de Proteção:
1 – Uma coifa que envolve o rebolo parcialmente e;
2 – Um visor colocado sobre o campo de operação.
Ambos impedem os espalhamento de fagulhas ou
fragmentos de peças.
As correias de transmissão de motores devem ser protegidas. O desenho
mostra o seu enclausuramento utilizando-se de grades.
Várias maneiras de Proteção de uma Máquina
A prensa a pedal sem proteções é uma máquina onde o risco de acidentes
com as mãos é muito grande.
Aqui, a utilização de uma pinça para colocar e retirar a peça que será
trabalhada ajuda a proteger as mãos do trabalhador.
Para acionar esta prensa, é preciso que o trabalhador aperte
simultaneamente dois botões. Desta maneira reduz-se o risco que esteja
com a mão no ponto de operação quando houver o golpe do estampo.
DISPOSITIVOS DE ACIONAMENTO E PARADA
Ligar acidentalmente uma máquina pode causar um acidente quando o acionamento ocorrer no momento
em que o operador estiver realizando alguma atividade no ponto de operação. Outra situação em que o
acionamento acidental da máquina pode gerar um acidente ocorre quando se está realizando a sua limpeza ou
manutenção.
Por estes motivos, os mecanismos de acionamento que ligam a máquina devem ser construídos de modo
a evitar que a máquina seja ligada acidentalmente. É evidente que as características desses dispositivos
protetores irão variar de acordo com o tipo de equipamento.
Quanto à parada da máquina, os cuidados devem ser dirigidos no sentido de existirem dispositivos que a
desliguem e parem o seu movimento, quando surgir alguma falha em seu funcionamento ou ocorrer algum
acidente. É importante assinalar que não basta a máquina ser desligada; é necessário que existam mecanismos
que brequem imediatamente os seus movimentos.
A existência de mecanismos de acionamento e parada voltados para a prevenção de acidentes é
especialmente importante em máquinas que funcionam com o acionamento repetitivo, como é o caso de prensas
e guilhotinas. O grande perigo destas máquinas é elas serem colocadas ou entrarem em movimento
acidentalmente, quando o seu operador estiver colocando, ajustando ou retirando peças de seus pontos de
operação.
A serra circular é uma máquina muito perigosa. Neste desenho são mostrados alguns
dispositivos que ajudam a prevenir acidentes. A coifa é ajustada sobre a serra, quando a
máquina está em funcionamento.
MANUTENÇÃO E OPERAÇÃO
O funcionamento correto das máquinas e equipamentos é um requisito importante na prevenção de
acidentes do trabalho. A sua limpeza e manutenção contribuem de modo significativo neste sentido. Em relação à
manutenção, é preciso salientar que ela deve ser feita periodicamente, independente de a máquina apresentar
defeito ou não. Esta manutenção preventiva é importante porque em algumas máquinas ou equipamentos não se
pode esperar que se surja algum defeito para então consertá-lo (manutenção corretiva); quando alguma falha
ocorrer, poderá ser tarde demais para se evitar um acidente.
RISCOS COM ELETRICIDADE
Choques elétricos são perigosos para trabalhadores que operam máquinas e equipamentos que utilizam
eletricidade para seu funcionamento.
Os problemas causados por choques elétricos são de dois tipos:
O primeiro é provocado pelo choque em si que, dependendo da intensidade da corrente elétrica, pode
causar queimaduras graves ou até mesmo a morte por parada cardíaca;
O segundo é devido à reação do indivíduo quando leva o choque; por exemplo, o choque elétrico pode
assustar o trabalhador, levando-o à perda de controle momentânea de seus movimentos e causando um
acidente; ou então o trabalhador pode perder o equilíbrio e sofrer uma queda.
Atualmente, a maioria das máquinas, equipamentos ou ferramentas manuais é fabricada com duplo
isolamento, para evitar que a corrente elétrica, mesmo no caso de defeito no isolamento interno, passe pela
carcaça do aparelho, energizando-a e provocando choques no operador.
Quando for usar a máquina, certifique-se de que ela tem duplo isolamento. Caso contrário, será
necessário providenciar o seu aterramento. Isto é feito pela conexão da máquina à rede elétrica, usando-se
plugue de três pinos, sendo um deles o fio terra.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
Deve ser usado como complemento, quando outros recursos de
ordem geral não trouxerem resultado satisfatório, quando não houver
outras medidas aplicáveis ou enquanto se aguarda uma solução
definitiva para determinados riscos.
EPI`S UTILIZADOS PELOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA:
PROTEÇÃO PARA O CRÂNIO
Capacete


PROTEÇÃO PARA O ROSTO
-
Protetor facial
Máscara para soldador

-
PROTETOR PARA OS OLHOS
Óculos ampla visão
Óculos para soldador

PROTEÇÃO AURICULAR
-
Tipo Plugue de inserção
Tipo concha

PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES
-
Luvas
Mangas

PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORES
-
Sapato
Bota
Perneiras

PROTEÇÃO PARA O TRONCO
-
Avental

PROTEÇÃO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS
-
Máscaras (facial e semifacial)
Conclusão
É PRECISO FICAR ATENTO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA E COMUNICAR AO
ENCARREGADO TODA SITUAÇÃO DE POTENCIAL DE RISCO NO LOCAL DE
TRABALHO.
PREVENIR ACIDENTE É O COMPROMETIMENTO DE TODOS COM A ORDEM E A
LIMPEZA NOS AMBIENTES DE TRABALHO.
Bibliografia
Revista Proteção – MPF Publicações LTDA.
Manual de Segurança e Saúde no Trabalho – Márcio dos Santos Melo – FUNDACENTRO - 1997
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