UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
DISCIPLINA: SEMINÁRIOS APLICADOS
ESTUDOS INTRODUTÓRIOS SOBRE FLEBOTOMÍNEOS
Thiago Souza Azeredo Bastos
Orientador: Guido Fontgalland Coelho Linhares
GOIÂNIA
2012
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THIAGO SOUZA AZEREDO BASTOS
ESTUDOS INTRODUTÓRIOS SOBRE FLEBOTOMÍNEOS
Seminário apresentado junto à disciplina Seminários
Aplicados, do programa de Pós-Graduação em Ciência
Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da
Universidade Federal de Goiás.
Nível: Mestrado
Área de Concentração:
Sanidade Animal, Higiene e tecnologia de Alimentos
Linha de Pesquisa:
Parasitos e doenças parasitárias dos animais
Orientador:
Prof. Dr. Guido Fontgalland Coelho Linhares-EV/UFG
Comitê de Orientação:
Profª. Dra Ligia Miranda Ferreira Borges-IPTSP/UFG
Profª. Dra Valéria de Sá Jaime-EV/UFG
GOIÂNIA
2012
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................................ 3
2.1 Histórico ....................................................................................................................................... 3
2.2 Morfologia .................................................................................................................................... 5
2.3 Aspectos biológicos dos flebotomíneos .................................................................................. 8
2.4 Distribuição geográfica dos flebotomíneos .......................................................................... 13
2.5 Importância vetorial dos flebotomíneos ................................................................................ 16
2.6 Estratégias de controle vetorial .............................................................................................. 22
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 26
1 INTRODUÇÃO
Os flebotomíneos são insetos dípteros, psychodídeos, de pequeno porte, corpo
piloso, delgado e diferem-se dos demais dípteros por, principalmente, desenvolverem
todo seu estágio larvar em matéria orgânica contida no solo e não em água. Quando
adultos, apresentam dimorfismo sexual, alimentam-se de seiva para manter a
homeostase, mas as fêmeas precisam de uma dieta sanguínea para maturação ovariana
e assim prosseguir com a oviposição e manutenção do ciclo vital.
O período compreendido entre sua descoberta em 1786 até a comprovação
como vetor de uma importante zoonose, a leishmaniose, foi um período de lento
progresso no estudo destes insetos. No entanto, seu papel vetorial que também é
atribuído ao flebovírus, harara e bartonelose, foi o que lhe atribuiu uma grande prioridade
para realizar estudos. Os quais, revolucionaram o modelo de classificação deste gênero
na década de 1940, e que até os tempos atuais vêm identificando e atribuindo
competência vetorial para outras espécies, cuja presença em um foco de leishmaniose
era vista como irrelevante.
Quando falamos em leishmaniose, estamos tratando de uma doença
reemergente e grave, disseminada em 88 países, de difícil tratamento e que por muito
tempo vem contornando todos os esforços realizados pelos sistemas de saúde, que visam
sua contenção.
O Brasil, país de proporções continentais, com clima tropical e densa área
silvestre, possui condições ideais para abrigar diversas espécies de flebotomíneos. Das
927 espécies já conhecidas, no Brasil pode encontrar 260 espécies. Isso é um valor tão
expressivo, que pesquisadores do velho mundo relutam para acreditar que em uma única
armadilha luminosa colocada durante uma noite na floresta amazônica, é capaz de
capturar 30 espécies diferentes.
Tamanha riqueza, atribui ao Brasil grandes responsabilidades. Dentre todas
espécies catalogadas nesta nação, 19 delas são vetores de leishmaniose. Duas espécies
portanto, recebem uma atenção especial por transmitirem a Leishmania (Leishmania)
infantum chagasi, causadora da leishmaniose visceral, são elas Lutzomyia longipalpis e
Lutzomyia cruzi.
Assim como ocorre com o Phlebotomus papatasi no velho mundo, o L.
longipalpis é uma espécie que está disseminada por todo território brasileiro, podendo ser
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encontrado em regiões frias e quentes, altas e baixas, úmidas e secas. Esta sua grande
capacidade de adaptação é o maior desafio que as secretarias de saúde devem superar
para conseguir conter o vetor, e assim obter bons resultados no combate à leishmaniose.
Portanto, de forma global, será apresentado nesta revisão as principais
características já consagradas sobre os estudos dos flebotomíneos. Estudos estes, que
muito evoluíram nestes anos, e ainda estão agregando novos conhecimentos, e
futuramente podem ser a solução para o controle do vetor, consequentemente resultando
no controle das doenças vetoriadas por eles.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Histórico
Admite que a primeira descrição de um flebotomíneo ocorreu na Itália, em 1786
por Scopoli, quando reportou a espécie Bibio papatasi, que anos depois alterou sua
nomenclatura para Phlebotomus papatasi (DEDET et al., 2003), espécie de amplo
interesse em medicina veterinária e que causa problemas sanitários pela Europa, Ásia e
África (COLACICCO-MAYHUGH et al., 2010).
Este gênero representa os insetos corcundas com asas lanceoladas que se
mantêm sempre estendidas no dorso do animal (Figura 1). Até 2003, o número de
espécies de flebotomíneos descritas no mundo era 464, e destas, pelo menos 229 eram
encontradas no Brasil (GALATI, 2003). Em apenas nove anos após esta publicação, os
números de flebotomíneos no mundo praticamente dobrou, atingindo o quantitativo de
927 espécies conhecidas, sendo que 260 delas ocorrem no Brasil (SHIMABUKURO &
GALATI, 2011).
FIGURA 1: Inseto fêmea de P. papatasi. Imagem capturada durante sua
alimentação. Fonte: Sciencephotolibrary.com
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Os flebotomíneos estão divididos em seis gêneros pelo mundo: Lutzomyia,
Brumptomyia e Warileyia que são encontrados no novo mundo; e os gêneros
Phlebotomus, Sergentomyia e Chinius, encontrados no velho mundo (SHIMABUKURO et
al., 2011).
As espécies encontrados no novo mundo são predominantemente do gênero
Lutzomyia,
que
apresentam
características
biologicamente
diferente
do
gênero
Phlebotomus, predominante no velho mundo (ALEXANDER & YOUNG, 1992; DESJEUX,
2004).
Os primeiros flebotomíneos americanos foram descritos por COQUILLETT
(1907), sendo que no Brasil os responsáveis pela primeira descrição de flebotomíneos
foram LUTZ & NEIVA (1912).
Durante mais de 30 anos de conhecimento deste gênero, apenas 33 espécies
americanas tinham sido registradas. No entanto esta realidade mudou com a observação
de que estes delicados insetos são capazes de transmitir doenças a animais e humanos
como:
arboviroses,
bartonelose,
Harara,
tripanossomíases
e
principalmente
as
leishmanioses (leishmaniose visceral – LV ou a leishmaniose tegumentar – LT) (ADLER E
THEODOR, 1957; ALEXANDER, 2000; DANTAS-TORRES, 2009; RASSI et al., 2012).
Estas descobertas, consideravelmente acelerou os estudos sobre estes insetos à partir da
década de 1940 (GALATI, 2003).
Diferentemente das outras, a leishmaniose é uma das enfermidades que
recebem dedicada atenção pela Organização Mundial da Saúde (WHO, sigla em inglês),
pois é prevalente nos 4 continentes, onde encontra-se endêmica em 88 países (QUEIROZ
et al., 2012).
MAURICIO et al. (2000) indicaram que a Leishmania infantum (causadora da
leishmaniose visceral) tenha chegado à América do Sul, através de cães infectados
vindos do continente europeu durante os eventos de colonização no século XVI. Para
demonstrar o grande potencial de disseminação que este agente tem, QUEIROZ et al.
(2012) nos apresentou a preocupante informação que no Brasil esta enfermidade,
veiculada pelos flebotomíneos, já atinge as 5 regiões do país, com ocorrência de casos
humanos em 24 estados.
Contudo, quando relacionamos a grande diversidade de vetores com
reservatórios e agentes etiológicos, concluímos que o conhecimento ainda é insuficiente
sobre vários desses aspectos. Então, fica perceptível a complexidade para se estabelecer
5
um controle das enfermidades vetoriadas por flebotomíneos. Para contornar esta
situação, é preciso estabelecer estratégias de controle específicas e localizadas,
conforme a situação epidemiológica focal. Se não for realizado a identificação do agente
etiológico circulante na área, o conhecimento dos vetores circulantes na áreas de
transmissão e dos biótipos que circundam, não será possível definir medidas profiláticas
adequadas para a redução da incidência de enfermidades causadas pelos flebotomíneos.
É por isso que as medidas de prevenção e de controle estão diretamente relacionadas
com a redução do contato homem-vetor, com adoção de medidas de proteção individual,
controle de reservatórios e aplicação de inseticida, quando possível (QUARESMA, 2011).
2.2 Morfologia
A morfologia dos flebotomíneos objetiva a identificação e diferenciação entre as
espécies existentes, e tem por base o estudo das estruturas visíveis do inseto após a
montagem dele em lâmina e observação com auxílio de microscopia (YOUNG &
DUNCAN, 1994).
Foi de grande dificuldade a classificação dos flebotomíneos no início do século
passado, pois seu tamanho reduzido e poucas diferenças entre as espécies
impossibilitavam o progresso nesta área, até que as publicações de ADLER & THEODOR
(1926) chamaram a atenção para detalhes morfológicos encontrados na espermateca e
cibário das fêmeas de flebotomíneos (Figura 2). Tendo este evento como um momento
marcante na identificação de flebótomos, os estudos desde então foram se intensificando,
até que se alcançou destaque com o papel que estes vetores tem na transmissão de
doenças (DANTAS-TORRES, 2009).
Para se ter uma avaliação morfológica mais profunda, podendo visualizar
órgãos internos como o cibário e espermateca, antes da montagem do inseto em lâmina é
utilizada a técnica de diafanização do espécime, o que torna translúcidas as estruturas
córneas, e permite uma maior facilidade de avaliar as estruturas internas com o auxílio de
microscopia (YOUNG & DUNCAN, 1994).
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FIGURA 2: A:Fêmea de Lutzomyia termitophila diafanizada; B: Cabeça de
Lutzomyia neivai com seta apresentando os dentes no cibário;
C: Porção final do abdômen de uma fêmea de Lutzomyia
intermedia, com cetas apontando para as espermatecas.
Fonte: Arquivo pessoal, 2012
Compilando os resultado de muitos trabalhos desenvolvidos desde então,
permitiu-se a produção de duas chaves de identificação dos flebotomíneos das Américas.
A primeira chave de classificação é a obra de YOUNG & DUNCAN (1994) intitulada “Guia
para identificação e distribuição geográfica de Lutzomyia no México, America do sul e
central e oeste da Índia”. Neste trabalho, o autor, subdivide o gênero Lutzomyia em 15
subgêneros e 11 grupos, sendo que apenas o grupo Verrucarum possui subdivisões
(CACERES, 1993). Esta chave de identificação é bastante prática e prioriza a
classificação a partir da observação de poucas estruturas essenciais, que são por
exemplo: a relação entre o tamanho dos segmentos da antena, morfologia dos ascóides,
dos palpos, do lábio, extensão da sutura interocular, cibário em fêmeas, presença ou não
de espinhos femurais, genitália masculina, genitália feminina e espermateca (Figura 3).
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A segunda e mais atual fonte de consulta para a classificação de flebótomos do
novo mundo, foi divulgada por GALATI (2003). Ela utilizou 88 caracteres morfológicos na
tentativa de resolver a caracterização dos flebotomíneos do novo mundo, valorizando o
uso das cerdas ao longo do corpo do inseto, além das outras estruturas para uma melhor
distribuição entre os grupos. O resultado deste estudo propõe a relação evolutiva mais
substancial entre os flebotomíneos do gênero Lutzomyia. Ela subdividiu Phlebotominae
em duas tribos: (1) Hertigini, que inclue o gênero Warileya, Hertigia, e Chinius e (2)
Phlebotomini, que foi subdividido em seis subtribos: (1) Phlebotomina (Phlebotomus), (2)
Australophlebotomina, (3) Brumptomyiina, (4) Sergentomyiina, (5) Lutzomyina (Lutzomyia)
e (6) Psychodopygina. A subtribo Psychodopygina possuia muitos subgêneros, que foram
elevados a um rank de gênero (Psathyromyia, Viannamyia, Nyssomyia, Trichophoromyia
e Psychodopygus), resultando por este fato, em uma radical alteração organizacional.
Alguns grupos e subgêneros anteriores à classificação foram elevados a gênero, o grupo
Verrucarum, foi incuido no gênero Pintomyia, subgênero Pifanomyia, mas a maior
mudança ficou na segregação do gênero antes conhecido como Lutzomyia (BEATI et al.,
2004). Esta recente classificação publicada em “Flebotomíneos do Brasil” (RANGEL &
LAINSON, 2003), traz alterações na classificação de quase todas as espécies em relação
com a publicação anterior.
Além destes método tradicionais de identificação, outros estão sendo
aprimorados. O projeto CIPA (Computer-aided indentification of phlebotomine sandflies of
América) é um exemplo. Está hospedado online no endereço eletrônico: http://
http://cipa.snv.jussieu.fr (DEDET et al., 2003), e ele foi desenvolvido a partir da
digitalização e disponibilização on-line de dados morfológicos para servir de auxílio. Desta
forma, foi possível reunir uma grande quantidade de dados e mantê-los atualizados.
Outras técnicas que também podem ser utilizadas para a identificação, são os estudos
isoenzimáticos, onde se pesquisa indiretamente polimorfismo nos genes codificadores de
enzimas que afetam os fenótipos dos insetos, (REMY-KRISTENSEN et al., 1996) e por
fim a biologia molecular que através da pesquisa de sequências de DNA conhecidas,
pode avaliar o genótipo de cada indivíduo ajudando na identificação taxonômica
(TERAYAMA et al., 2008; MANONMANI et al., 2010).
Com todo esse suporte disponível, é possível chegar à classificação específica
de cada flebotomíneos. Mas devido à coexistência de duas classificações de
flebotomíneos, e por elas discordarem entre si. Para melhor entendimento, será utilizado
8
neste trabalho apenas a classificação de YOUNG & DUNCAN (1994), pois os dados
consagrados na literatura sobre os flebotomíneos, tratam eles como pertencentes ao
mesmo gênero: Lutzomyia, que confere com a identificação sugerida pelo autor acima.
FIGURA 3: Ilustrações que acompanham a chave de classificação de
flebotomíneos. Adaptado de YOUNG & DUNCAN (1994)
2.3 Aspectos biológicos dos flebotomíneos
Além de conhecer as estruturas do inseto adulto, é preciso conhecer seus
aspectos biológicos gerais. Só assim será possível, por exemplo, elucidar o
comportamento das diversas espécies ou até estabelecer medidas de controle deste
vetor, que dependem de um conhecimento ainda mais aprofundado (ANDRADE et al.,
2012).
Popularmente, os flebotomíneos são conhecidos como “mosquito palha”, “asa
dura” ou “birigui” entre outras denominações comuns. São insetos de pequeno porte (1 a
3 milímetros), com dois pares de asas que lhes permitem deslocamento por saltitos
9
(LEWIS, 1974), são frágeis, pilosos, de atividade crepuscular ou noturna (uma exceção
ocorre com Lutzomyia wellcomei, que permanece ativa durante o período diurno), baixa
capacidade de bater asas e naturalmente silvestres (BRAZIL & BRAZIL, 2003).
Seu ciclo de vida envolve uma fase de ovo, quatro estágios larvários, seguindo
de pupa e o estágio final de adulto alado, permitindo classificá-los como holometábolos
(MONTEIRO, 2012).
Os adultos diferem dos demais dípteros psycodídeos, por possuírem um corpo
mais delgado e pernas mais longas e delgadas. Durante o dia, se escondem em
rachaduras de rochas, madeiras ou parede de casas. O período de maior atividade
considerado para flebotomíneos, baseia-se nos dados de Lutzomyia flaviscutellata, que
demonstrou pico entre às 22:00h até 01:00 hora, pois é neste momento que buscam
alimento (ALEXANDER, 2000). Tanto as fêmeas como os machos se alimentam de fontes
de açúcar para produzir energia e manter a homeostasia (AZEVEDO et al., 2011), no
entanto as fêmeas também necessitam de sangue na alimentação, para possibilitar a
maturação de seus ovos (MONTEIRO, 2012).
Os ovos são depositados em micro-habitats terrestres ricos em matéria
orgânica (ALEXANDER, 2000), possuem forma elipsoide, de cor negra, medindo de 300 a
500 micrometros de comprimento por 70 a 150 micrometros de largura (FERRO et al.,
1998; BRAZIL & BRAZIL, 2003). Cada fêmea adulta de flebotomíneos é capaz de realizar
uma postura de 2 a 80 ovos, com média em 28 ovos por fêmea (MORALES et al., 2005),
e levam em média 8,5 dias para eclodirem (FERRO et al., 1998).
Em geral, são quatro estágios e as larvas possuem aspecto vermiforme, sendo
pequenas, brancas e ao nascer já se alimentam de matéria orgânica em decomposição.
Seu corpo é dividido em cabeça, 3 seguimentos torácicos e 9 seguimentos abdominais. A
cabeça é recoberta de espinhos, possui um par de antenas e as peças bucais são do tipo
triturador. O tórax, apesar de menos desenvolvido, é recoberto por cerdas, o que pode ser
utilizado para identificação da espécie. Os dois últimos segmentos do abdômen são
diferenciados dos demais, possuindo falsas patas abdominais que se dedicam à
locomoção. É também no último segmento, que existem estruturas responsáveis pela
fixação da larva no momento da muda (LEITE & WILLIAMS, 1997). O número médio em
dias observado para cada estagio larvar de Lutzomyia shannoni, foi de 9,6 dias para L1,
9,2 dias para L2, 11,8 dias para L3 e 19,9 dias para L4 (FERRO et al., 1998). Ainda, caso
a situação climática seja desfavorável ao seu desenvolvimento, as larvas tem a
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capacidade de entrar em diapausa, o que faz com que quando o clima se torne favorável
o desenvolvimento larvário progride (TESH, 1988).
Os estágios larvares de flebotomíneos também diferem dos demais
psycodídeos, pois ocorrem fora da água, sendo saprófagas, anfipneusticas, do tipo
eruciforme (BRAZIL & BRAZIL, 2003). No entanto, se ovos ou larvas de primeiro estágio
ficarem imersos em água, são capazes de sobreviver por cinco dias, e as larvas de quarto
estágio conseguem sobreviver por 14 dias. Contudo, se forem removidas da água antes
desse prazo, continuam o desenvolvimento normalmente (ADLER & THEODOR, 1957).
A pupa possui tonalidade branco-amarelado, é dividida em cefalotórax e
abdômen, fica aderida a um substrato endurecido até o momento da eclosão após uma
média de 15 dias (FERRO et al., 1998),quando sua coloração assume um tom mais
escuro (BRAZIL & BRAZIL, 2003).
Os adultos de uma mesma espécie, apresentam dimorfismo sexual e diferemse também pelo hábito alimentar, onde as fêmeas são hematófagas. Morfologicamente,
as principais diferenças entre sexo estão nos últimos segmentos abdominais, que são
modificados para constituir a genitália, e nas probóscides, em que a fêmea à possui longa
e adaptada para picar e sugar (BRAZIL & BRAZIL, 2003). De acordo com FERRO et al.
(1998), a expectativa de vida varia entre quatro a quinze dias para um adulto de L.
shannoni.
Ao quantificar o número de dias necessários para que um ovo de flebotomíneo
complete o ciclo até se tornar inseto adulto, MONTEIRO (2012) relata que a eclosão do
ovo ocorre de 7 a 17 dias, BRAZIL et al. (1997) observaram que os valores do ciclo
completo médios diferentes entre três espécies L. longipalpis (com valor de
aproximadamente 29 dias), L. intermedia (com cerca de 32 dias) e Lutzomyia lenti (levou
pouco mais de 40 dias), já MORALES et al. (2005) na Colômbia, observaram que o
período para se completar um ciclo de vida de Lutzomyia spinicrassa mantidos em
laboratório varia de 58 a 78 dias, desde que se tenha condições controladas de
temperatura e umidade, estas de acordo com FERRO et al. (1998) devem estar entre 22
ºC a 30 ºC e 87 a 99% de umidade relativa do ar. Este mesmo ciclo de vida pode ter sua
duração aumentada para além de 90 dias se não houver controle das condições
ambientais, mas ainda permanece desconhecido as mesmas informações da espécie em
condições naturais (MORALES et al., 2005).
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Voltando à alimentação, é a saliva que possibilita o repasto sanguíneo
realizado pelas fêmeas. Assim como ocorrem em outros insetos, ela possui substâncias
anticoagulantes e indutoras de vasodilatação. As fêmeas iniciam sua alimentação
sanguínea entre 24 e 48 horas após a sua emergência da pupa, e como possuem peças
bucais relativamente curtas, acabam realizando um procedimento diferenciado dos
demais insetos para conseguir alimentar. Inicialmente as fêmeas laceram a pele e os
capilares sanguíneos ali presente, isso faz com que se forme um coágulo subcutâneo,
onde a fêmea é capaz de sugá-lo. Este exercício pode custar para a fêmea cerca de um a
cinco minutos para atingir um repasto completo (BRAZIL & BRAZIL, 2003).
O sangue ingerido pela fêmea, consome entre 24 e 48 horas para completar o
processo de digestão (MONTEIRO, 2012). Ele irá favorecer o desenvolvimento ovariano,
e já foi revelado que existe uma relação direta entre o número de ovos produzidos e o
volume de sangue ingerido (READY, 1979). Mas, com o intuito de fornecer informações
complementar, é importante ressaltar que foram observados casos de autogenia, onde
fêmeas de P. papatasi, Lutzomyia gomesi e Lutzomyia cruciata realizaram a postura sem
previa ingestão sanguínea (ADLER & THEODOR, 1957; TESH, 1988; BRAZIL & BRAZIL,
2003), e ainda curiosamente, foram observados machos alimentando de sangue em
condições laboratoriais (TESH, 1988).
Sobre a preferência alimentar, estudos demonstraram que algumas espécies
podem ser ecléticas quanto à fonte sanguínea, entretanto outras possuem preferência
restrita a uma espécie de hospedeiro (ADLER & THEODOR, 1957; TESH, 1988). Como
exemplo, temos L. longipalpis, L. intermedia, Lutzomyia migonei e Lutzomyia fischeri
considerados menos seletivos quanto à fonte, podendo picar o homem, cães, gatos, aves
e outros animais com muita avidez no mesmo ecótopo, e exemplificando a situação
oposta, a espécie Lutzomyia quinquefer alimenta-se de sangue de répteis (DANTASTORRES & BRANDAO-FILHO, 2006; ALVES, 2008).
Com relação à dispersão, estudos em área de floresta tropical no Panamá,
revelavam que a dispersão de flebotomíneos limitava-se a 200 metros ou menos
(CHIANOTIS et al., 1974), por outro lado ALEXANDER & YOUNG (1992) apresentaram
dados mostrando as distâncias de recuperação de cinco espécies do gênero Lutzomyia
após a metodologia de captura, marcação com talco fluorescente, soltura e recaptura em
uma área de cafezal, onde houve um foco de leishmaniose, vão além dos 200 metros. Os
números variaram de valores menores que cinco a 960 metros em até 96 horas, com
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valores médios máximos de 320 metros em 24 horas. Quando a soltura de L. longipalpis
ocorreu em área peridomiciliar, foi possível recuperar insetos a uma distância próxima de
500 metros (BRAZIL & BRAZIL, 2003). Resultados bem diferentes quando relacionados
com um estudo de P. papatasi no Uzbequistão, onde a distância limite foi de pelo menos
quatro quilômetros, servindo dualmente de exemplo para confirmar a grande diferença
existente entre as espécies e as condições do local onde se encontram (ALEXANDER &
YOUNG, 1992).
A densidade populacional sofre grande interferência pela variação das
estações do ano (OLVEIRA et al., 2003; ANDRADE, 2010). Em áreas tropicais, a
densidade populacional de flebotomíneos aumenta durante ou após períodos chuvosos,
pois é a alta umidade resultante das primeiras chuvas que proporciona a eclosão das
pupas, outrossim é o fato indicativo para previsão de maior atividade destes insetos fora
de seus abrigos (ALMEIDA et al., 2010). Por outro lado, usualmente se registra uma
redução populacional durante longos períodos secos (TESH, 1988), resultando um
complexo dependente de fatores bióticos, físicos e ambiental (LEWIS, 1974).
Sobre o acasalamento dos flebotomíneos, admite-se que em natureza ocorra
durante o período noturno, devido à maior atividade destes insetos neste momento, e foi
relacionado a este comportamento o ato de vibrar as asas e a presença de glândulas
abdominais para promover a atração entre os insetos (BRAZIL & BRAZIL, 2003).
Os locais considerados criadouros naturais são de extrema dificuldade para
serem encontrados (ALEXANDER & MAROLI, 2003), e como possui grande importância o
conhecimento das características deste ambiente, sem a identificação destes criadouros
não é possível, por exemplo, desenvolver medidas de controle focadas nas formas
imaturas do vetor (DANTAS-TORRES & BRANDAO-FILHO, 2006). O pouco que se tem
conseguido estudar sobre as formas imaturas é através da formação de colônias em
ambiente laboratorial, a partir de insetos adultos capturados vivos com armadilhas
luminosas tipo CDC (Center of Disease Control) (BRAZIL et al., 1997) (Figura 4).
Em resumo, o manejo de uma colônia mantida em laboratório segue os
seguinte procedimentos após a captura: os flebotomíneos são transferidos para gaiolas
de tecidos em um local com temperatura e umidade controlada. As fêmeas são
alimentadas com dieta sanguínea via hamster previamente anestesiado ou aves
(codornas ou galinha). Após 48 horas, ocorre o início da postura, que normalmente marca
o final da vida de uma fêmea. A eclosão dos ovos ocorre por volta de cinco a oito dias,
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aceitando algumas variações entre as espécies. Após passar por quatro estágios larvares,
transforma-se em pupa e a pupa em adulto, que copula, oviposição e assim reinicia o
ciclo (MORALES et al., 2005).
FIGURA 4: Armadilha tipo CDC preparada para captura de
flebotomíneos. Fonte: Arquivo pessoal
2.4 Distribuição geográfica dos flebotomíneos
Os flebotomíneos estão dispersos em quase todos os habitats no mundo, com
seu predomínio em áreas neotropicais. Eles sobrevivem em regiões onde a temperatura
média varia de 16 ºC a 44 ºC, em altitudes que vão desde o nível do mar até 1500 metros
acima (COLACICCO-MAYHUGH et al., 2010), e são encontrados tanto em áreas remotas
e isoladas como grutas (GALATI et al., 1997) ou então em áreas urbanas como resultado
do avanço humano sobre o meio ambiente (ANDRADE et al., 2012).
Em condições naturais, estes insetos existem em comunidades estáveis
distribuídas ao longo dos diversos biótopos. Assim sendo, ACEVEDO & ARRIVILLAGA
(2008) sugerem que a ocorrência de epidemias vetoriadas pelos flebotomíneos, como é o
caso da leishmaniose, esteja diretamente ligado a problemas de ecologia humana que
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ocorre pela introdução acidental ou planejada do homem em regiões onde os
flebotomíneos habitam.
Os biótopos onde podem ser encontrados flebótomos adultos, variam de
acordo com fatores ambientais (OLIVEIRA & CUNHA, 2010). Sua estrutura orgânica
delicada, os afugentam das alterações bruscas do clima, e para maior comodidade
buscam abrigos em locais úmidos, sem luminosidade, com baixa corrente de ar e com
matéria orgânica em decomposição. A umidade é o fator determinante à manutenção
destes insetos nos abrigos, porém abrigos excessivamente úmidos são abandonados.
Como exemplo de abrigos que possuem as condições adequadas temos: troncos de
árvores, tocas de tatu, folhas caídas no solo, grutas, fendas nas rochas, anexos de
animais domésticos e até paredes externas e internas de domicílio (AGUIAR &
MEDEIROS, 2003).
A floresta tropical é o ambiente que mais oferece estes abrigos aos insetos. O
principal biótopo escolhido por 111 espécies (42%) de flebótomos encontradas no país,
são os troncos de árvores. Sendo assim, no Brasil a floresta amazônica se destaca frente
aos demais biótopos (AGUIAR & MEDEIROS, 2003). É por isso que na Amazônia existe a
possibilidade de encontrar em uma pequena área, mais de 30 espécies diferentes de
flebotomíneos. Então, é necessário realizar a captura e identificação para catalogar quais
insetos ocorrem ao longo dos diversos micro-habitats que o país possui (ALEXANDER,
2000).
É importante ressaltar que para ocorrer mais de uma espécie numa
comunidade local, é fundamental que todas elas estejam adaptadas às condições e
recursos disponíveis e também às interações competitivas interespecíficas. Esse
processo de seleção de espécies pode explicar a ausência de L. longipalpis em
municípios com casos de leishmaniose visceral, onde foi encontrada apenas a espécie L.
cruzi. Pois elas são espécies muito próximas filogeneticamente, o que nos leva a pensar
que ambas devem utilizar os mesmos recursos ecológicos, e por competição, ocorre a
eliminação de uma delas (ANDRADE et al., 2012).
AGUIAR & MEDEIROS (2003), sugeriram categorizar as 260 espécies de
flebotomíneos brasileiros em três grupos de acordo com seu atual comportamento:
silvestres, semi-domésticos e domésticos. Para realizar esta distribuição ele observou que
algumas espécies ainda vivem exclusivamente em áreas florestais ou até não florestais,
mas só encontram associadas a homens e animais domésticos acidentalmente, e assim
15
as denominou silvestres, estas envolvem 147 (56% de acordo com os dados de
SHIMABUKURO & GALATI, 2011) das espécies relatadas no Brasil. As semi-domésticas,
foram assim classificadas pois vivem fora das habitações humanas e animais, mas
adentram estes ambientes para o repasto sanguíneo. Por sua vez, as espécies
classificadas como domésticas (24% de acordo com os dados de SHIMABUKURO &
GALATI, 2011) vivem associadas ao homem e aos animais, no interior ou muito próximo
de suas habitações.
Baseando em estudos anteriores, AGUIAR & MEDEIROS (2003) relacionaram
no Brasil, 17 espécies que se distribuem por todo o território nacional: Brumptomyia
brumpti, Brumptomyia cunhai, Lutzomyia aragaoi, Lutzomyia christenseni, Lutzomyia
evandroi, Lutzomyia hirsuta hirsuta, L. intermedia, L. lenti, Lutzomyia micropyga, L.
migonei, Lutzomyia misionensis, Lutzomyia monticola, Lutzomyia oswaldoi, Lutzomyia
sallesi, L. shannoni, Lutzomyia sordellii e Lutzomyia whitmani. Entre estas, apenas L.
aragaoi não demonstra processo de domiciliação.
No estado de Goiás, entre os anos de 1999 a 2002, foram capturados e
identificados 21 espécies de flebotomíneos em focos de leishmaniose notificadas pelas
secretarias de saúde de 38 municípios (MARTINS et al., 2002). De acordo com a revisão
apresentada por AGUIAR & MEDEIROS (2003), já existem registros de 47 espécies
identificadas em Goiás.
No estado de Mato Grosso do Sul já foram identificados 59 diferentes espécies,
com predomínio de L. cruzi (37,95%) e L. longipalpis (56,32%). Na cidade de Campo
Grande, um estudo conduzido por OLIVEIRA et al. (2003) entre os anos de 1999 e 2000,
identificou 28 espécies de flebotomíneos. Em Três Lagoas, identificou 14 espécies
(OLIVEIRA et al., 2010) e em Ponta Porã, divisa com Paraguai, foi identificado apenas 8
espécies de flebotomíneos (ANDRADE et al., 2012).
SHIMABUKURO & GALATI (2011), registram no estado de São Paulo 22
gêneros de flebotomíneos, que se traduzem em 75 espécies de flebotomíneos
identificados, incluindo três espécies vetoras da leishmaniose tegumentar (L. intermedia,
L. neivai e L. whitmani) e uma espécie vetor da leishmaniose visceral americana (L.
longipalpis).
Apenas na cidade de Barra do Garças ,estado de Mato Grosso, QUEIROZ et
al. (2012) identificaram 27 espécies de flebotomíneos. ALVES (2008) pesquisando em
16
apenas uma propriedade rural do município de Carmo, no estado de Rio de Janeiro,
capturou 16 espécies diferentes.
JONES et al. (2010) no Equador, demonstraram o quanto é dinâmico os
estudos de identificação das espécies de ocorrência em uma área geográfica de país. Em
1960, estavam listadas apenas 16 espécies para todo o país. Em 1979, houve um
incremento para 39 espécies, que em 1984 adicionou mais sete espécies, completando
46. Em 1992 o total era de 60 e por fim em 2010 listava-se 63 espécies.
No Iran, um total de 54 espécies de Phlebotomus foram identificadas. Entre
elas, duas espécies (Phlebotomus kandelakii e P. perfiliewi transcaucasicus) foram
comprovadas como vetor de L. infantum no nordeste do país. E outras três espécies
(Phlebotomus alexandri, Phlebotomus major e Phlebotomus keshishianii) foram
consideradas suspeitas de transmitirem leishmaniose visceral no sul do Iran (RASSI et al.,
2012).
Em Andorra, um país com apenas 468 Km² de área geográfica, e que está
situado em região montanhosa (altitudes variam de 840 a 2946 metros acima do nível do
mar) na divisa da França com a Espanha, foram capturados 21 espécies diferentes de
flebótomos (BALLART et al., 2012).
Todos estes dados nos levam a concluir que a grande variabilidade específica
encontrada em todo o mundo certamente é reflexo da alta heterogeneidade espacial, com
a presença de vários biomas e ecótopos (ANDRADE et al., 2012).
2.5 Importância vetorial dos flebotomíneos
Mais de 33 espécies de flebotomíneos estão relacionados com a transmissão
de doenças a humanos (CÁCERES, 1993). Por este fato, os estudos sobre a competência
vetorial dos flebotomíneos estão bem avançados para doenças como a febre dos
flebotomíneos, leishmaniose e a doença de Carrión. Mas apesar de já esclarecido,
permanece pouco divulgado que eles também estão envolvidos no ciclo de outras
enfermidades como a reação de urticaria local denominada Harara, e a competência para
transmitir tripanossomatídeos para répteis e anfíbios (ADLER & THEODOR, 1957).
Lutzomyia verrucarum é uma espécie peridomiciliar de flebotomíneo, cujo
presença está relacionada com as áreas de ocorrência da doença de Carrión. Também
17
conhecida como febre de Oroya ou verruga peruana, esta doença é causada pela bactéria
Bartonella baciliformis e cursa com casos de severa hemólise, que pode gerar severa
infecção secundária e levar a morte. Tanto o vetor como a doença podem ser
encontrados no Peru, Equador e Colômbia. Sendo assim, estudos que demonstram a
distribuição vetorial do L. verrucarum, são importantes para se correlacionar com as áreas
de distribuição da enfermidade (CÁCERES, 1993).
Harara é uma reação alérgica à picada de flebotomíneos, com ocorrência maior
em Israel, e possui uma distribuição sazonal dependente da quantidade de vetor no
ambiente. Os sinais aparecem entre 8 a 14 dias após a picada do inseto, formam-se
papulas e pequenas bolhas no local, podendo persistir por muitas semanas e os sinais
clínicos evoluem caso não haja prevenção a novas picadas. Casos de Harara e de febre
de flebotomíneos não foram mais reportados após o tratamento para eliminação de P.
papatasi das habitações humanas (ADLER & THEODOR, 1957).
Como citado, os flebotomíneos também são vetores de tripanossomatídeos. Na
ilha de Malta, três exemplares de Sergentomyia minuta se infectaram intensivamente com
Trypanossoma platydactylis após alimentarem em um lagarto da espécie Tarentola
mauritanica. Na Índia, Trypanossoma phlebotomi foi encontrado sendo transmitido por
Sergentomyia babu shorttii; e na China Sergentomyia squamirostris é a espécie vetor de
Trypanossoma bocagei, que é um parasito do anfíbio Bufo bufo gargarisans (ADLER &
THEODOR, 1957).
A febre dos flebotomíneos é uma arbovirose (do inglês Arthopod borne viruses)
conhecida desde 1909, quando foi descoberta por causar quadros febris em uma
comissão armada australiana durante uma incursão à Iugoslávia. Seu quadro clínico é
bastante variável, podendo causar desde um breve quadro febril ou avançar até
meningoencefalite. Os principais gêneros relacionados na transmissão são os dípteros
psicodideos, principalmente dos gêneros Lutzomyia e Phlebotomus. Esta doença afeta
não apenas o homem, mas os animais vertebrados em geral e sua sintomatologia clínica
se confunde com outras arboviroses (ADLER & THEODOR, 1957).
Existem cerca de 55 sorotipos de Phlebovírus (pertencem à família
Bunyaviridae) causadores da febre do flebotomíneos no mundo, e cada um possui sua
área de distribuição, sendo poucos os casos onde pode se encontrar dois sorotipos na
mesma região. Este fato está relacionado com a biologia de cada vetor existente em cada
área de ocorrência da doença. Também, já esta comprovado a ocorrência de transmissão
18
trans-ovariana, o que torna um excelente mecanismo de sobrevivência do flebovírus
durante períodos desfavoráveis ao vetor, como ocorre nos invernos rigorosos da Europa,
em que as fontes alimentares são escassas para os insetos (ADLER & THEODOR, 1957).
Nas Américas, os flebotomíneos identificados como vetores de flebovírus são:
Lutzomyia trapidoi, Lutzomyia ylephiletor, L. flaviscutellata, Lutzomyia umbratilis,
Lutzomyia panamensis e Lutzomyia sanguinaria, e uma característica que chama muito a
atenção, é o isolamento de cepas virais a partir de flebótomos coletados em áreas
endêmicas de leishmaniose, principalmente do tipo cutânea, que ainda não está esta
esclarecido (ADLER & THEODOR, 1957).
A febre do flebotomíneo também já foi diagnosticada na China, local onde P.
papatasi (único vetor ainda comprovado) não ocorre, mas já se conhece que as espécies
Phlebotomus chinensis e Phlebotomus mongolensis são incriminadas por alimentarem em
humanos, entretanto estas duas espécies ainda não conseguiram ser comprovadas como
vetores (ADLER & THEODOR, 1957).
Em geral, entre as doenças transmitidas por flebotomíneos, a leishmaniose
assume um destaque impar. Por volta de 1950, quando ainda desconheciam o real vetor
da leishmaniose, os pesquisadores procuraram nos insetos, a habilidade deles cumprirem
com duas exigências: a primeira é que o vetor deveria estar presente na área de
prevalência da doenças, e a segunda é que o vetor proposto deveria possuir um trato
alimentar estéril, pois a leishmania não sobrevive na presença de bactérias (ADLER &
THEODOR, 1957). Mais tarde, novas características ajudaram a sedimentar este
inquérito, pois identificaram capacidade parasitária de resistir às atividades das enzimas
digestivas do inseto, capacidade parasitária de escapar do bolo alimentar e aderir ao
epitélio intestinal durante à excreção do mesmo, completar seu ciclo de vida e serem
inoculados em um hospedeiro vertebrado (PIMENTA et al., 2003).
Até 2004 foram relacionadas mundialmente à leishmaniose humana 20
espécies de Leishmanias patogênicas vetoriadas por 30 espécies de flebotomíneos
(DESJEUX, 2004).E estes dados estão sujeitos a progressão, pois a expansão do vetor
está cada vez maior e descontrolada. Temos como exemplo os dados do estado de São
Paulo, onde o vetor estava restrito a transmitir casos rurais da doença na década de
1970, então passou a ser encontrado na área urbana em 1997, um ano após surgiu o
primeiro caso canino de leishmaniose e em 1999 o primeiro caso humano. Após isso,
casos autóctones da doença estão distribuídos em pelo menos 54 municípios do estado.
19
Ainda, casos de LV que ocorrem na ausência da identificação do vetor, estão sendo
observados em alguns municípios do estado, portanto se avalia com auxilio de técnicas
como o PCR (RASSI et al., 2012) a capacidade de outras espécies serem potenciais
vetores (OVALLOS, 2011).
São quatro formas clínicas de leishmaniose humana conhecidas no mundo:
visceral, muco-cutâneo, cutâneo-difusa e cutânea (DESJEUX, 2004). No entanto, apenas
duas denominações são utilizadas no Brasil: Leishmaniose Visceral Americana e
Leishmaniose Tegumentar Americana, onde esta última engloba as diferentes formas
clínicas causadas pelas Leishmanias dermotrópicas (ALVES, 2008).
A forma de expressão clínica de leishmaniose no animal vertebrado, vai
depender do tipo de leishmania infectante, de fatores genéticos do hospedeiro, e da
espécie vetorial, pois os flebotomíneos possuem distribuição, hábitos alimentares e outros
aspectos individuais (REYES-URIBE et al., 2012).
A leishmaniose visceral na América, causada pela Leishmania (Leishmania)
infantum chagasi, tem o L. longipalpis como o principal vetor sobretudo pela sua
adaptação às áreas urbanas, podendo ser encontrado desde o México à Argentina. Ao
norte da Colômbia e Venezuela, Lutzomyia evansi é quem atua como o principal vetor.
Em Mato Grosso do Sul, nas cidades de Corumbá e Ladário, L. cruzi foi apontado como o
principal vetor e Lutzomyia forattinii com papel secundário na transmissão. Ainda neste
estado, na Serra da Bodoquena, juntamente com L. longipalpis, a espécie Lutzomyia
almerioi também parece atuar na transmissão (OVALLOS, 2011). No estado de Goiás, L.
longipalpis já foi demonstrado sua ocorrência (MARTINS et al., 2002), não havendo
relatos de L. cruzi. No entanto, este já foi identificado em região limítrofe do estado, como
é o caso da cidade de Barra do Garças (QUEIROZ et al., 2012), na divisa com o estado
de Mato Grosso. Em área endêmica de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais,
Lutzomyia cortelezzii foi encontrada com infecção natural por este parasita; mas ainda
não existem evidências que tenha importância na transmissão para o homem, por fim em
Pernambuco, L. migonei foi encontrada naturalmente infectada por esse parasita
(OVALLOS, 2011)
Com relação às leishmanioses tegumentar, esta possui diversas espécies de
leishmanias comprovadas como agente: Leishmania (Leishmania)
major, Leishmania
(Leishmania) tropica e Leishmania (Leishmania) aethiopica no Velho Mundo e Leishmania
(Leishmania) mexicana, Leishmania (Leishmania) amazonensis, Leishmania (Leishmania)
20
venezuelensis, Leishmania (Viannia) braziliensis, Leishmania (Viannia) panamensis,
Leishmania (Viannia) guyanensis, Leishmania (Viannia) peruviana, Leishmania (Viannia)
colombiensis¸ Leishmania (Viannia) lainsoni, Leishmania (Viannia) naiffi e Leishmania
(Viannia) shawi no Novo Mundo (QUARESMA, 2011; MONTEIRO, 2012). Cada uma tem
sua área de ocorrência restrita, e consequentemente relaciona com vetores encontrados
nos habitats específicos em cada uma destas áreas (OLIVEIRA et al., 2003).
Nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, L. intermedia é incriminada como
principal vetor, enquanto em Minas Gerais e Espírito Santo compartilha esse papel com
Lutzomyia whitmani (ALVES, 2008), e estas duas espécies se repetem por todo o país,
assim como L. migonei e L. neivai em uma menor escala (SHIMABUKURO & GALATI,
2011; ANDRADE et al., 2012). Já entre as espécies com áreas de ocorrência mais
delimitadas, temos: L. gomezi, L. wellcomei, Lutzomyia anduzei, Lutzomyia antunesi,
Lutzomyia tuberculata, Lutzomyia olmeca bicolor, Lutzomyia ubiquitalis, Lutzomyia
paraensis, L. umbratilis, L. flaviscutellata, Lutzomyia ayrozai, Lutzomyia pessoai, L.
olmeca nociva e Lutzomyia squamiventris squamiventris (CAMARGO-NEVES et al., 2002;
AGUIAR & MEDEIROS, 2003) e por último, as espécies do complexo cortelezzii foram
recentemente
encontradas
naturalmente
infectadas,
e
também
merecem
mais
investigações (ANDRADE et al., 2012).
A transmissão da leishmaniose a partir dos flebotomíneos, ocorre após a
ingestão de sangue contaminado com as formas amastigotas deste protozoário. Essa
forma é rapidamente direcionada ao intestino médio do inseto e envolta pela matriz
peritrófica junto ao o bolo sanguíneo. Após um período de doze a vinte horas, as
amastigotas diferenciam-se em promastigotas. As promastigotas iniciam o processo de
metaciclogênese, transformando-se na forma promastigota matecíclica, forma infectante
ao vertebrado. Além da forma infectante, no trato digestivo do vetor são encontradas
outras formas como as promastigotas nectomonas, promastigotas paramastigotas e
promastigotas haptomonas (Figura 5). O inseto encontra-se apto a transmitir o parasito ao
hospedeiro vertebrado após a formação das promastigotas metacíclicas (MONTEIRO,
2012). As formas promastigotas dentro do trato alimentar do inseto, migram para a porção
inicial do trato gastro intestinal causando um bloqueio esofagiano e proventricular no
vetor, que durante a picadura em algum mamífero afim de realizar o repasto sanguíneo,
acaba por regurgitar as promastigotas no hospedeiro (ADLER & THEODOR, 1957). Após
a inoculação na pele do hospedeiro das formas promastigotas metacíclicas, essas são
21
fagocitadas pelos macrófagos, ou primeiramente por neutrófilos, que são rapidamente
recrutados para o sítio da picada (MONTEIRO, 2012). Além deste modelo tradicional,
SHERLOCK (2003) expos a possibilidade de transmissão através das fezes de
flebotomíneos contaminadas e até mesmo a partir da ingestão por completa do vetor
infectado.
FIGURA 5: Desenho esquemático do desenvolvimento completo do parasito
Leishmania dentro do vetor (MONTEIRO, 2012)
MONTEIRO (2012) cita que a realização da técnica de PCR em tempo real da
orelha do hospedeiro vertebrado após picadura por um P. papatasi infectado com L. (L.)
major, pode inocular no ato da picada de 100 a 100.000 parasitos. Cerca de 75% dos
flebotomíneos liberaram 600 ou menos promastigotas enquanto os demais liberaram mais
de 1.000 células. Sendo que as altas doses de infecção foram associadas a intestinos
fortemente infectados, com mais de 30.000 parasitos.
Ainda, existem diferenças na infectividade de flebotomíneos da mesma espécie
à partir de cepas de leishmania que possuem distribuições geográfica diferentes. Por isso
não é seguro aplicar resultados de uma investigação em foco endêmico, em outro foco.
Isso já foi demonstrado experimentalmente com cepas de Leishmania isolada em Creta, e
em Jericó, onde a cepa de Jericó causou baixa infectividade dos P. papatasi de Creta
(ADLER & THEODOR, 1957).
22
A infecção do vetor flebotomíneo com leishmanias pode persistir por 15 dias, e
alguns fatores são incriminados por ADLER & THEODOR (1957) como determinantes
para afetar este prazo: quantidade de soro sanguíneo ingerido e tempo de digestão do
alimento sanguíneo.
Os primeiros estudos indicavam anteriormente, que no intestino médio o
sangue por ser envolvido pela matriz peritrófica, composta de quitina, proteínas e
glicoproteínas, secretadas pelas células do intestino médio permanecia estéril. Pois entre
as funções da matriz peritrófica pode-se citar: (a) proteção do epitélio contra elementos
constituintes do bolo alimentar ; (b) compartimentalização do bolo alimentar; (c) proteção
contra patógenos; (d) controle do fluxo de pequenas moléculas como enzimas digestivas
e produtos da digestão; (e) detoxificação e sequestro do “heme” produzido pela quebra da
hemoglobina. Complementarmente, foi demonstrado que o divertículo esofagiano de P.
papatasi apresenta atividade anti-bacteriana e postulado que o intestino médio do inseto é
livre de bactérias devido ao efeito destes inibidores presentes no divertículo (MONTEIRO,
2012).
Mas mesmo com todos os estudos iniciais que foram demonstrados, dados
citados por MONTEIRO (2012) demonstram a presença de uma microbiota intestinal em
flebotomíneos. Um estudo pioneiro ainda demonstrou a lise causada por bactérias sobre
Leishmania, neste caso, observaram este fenômeno com Serratia marcescens atuando na
parede celular de L. (L.) infantum chagasi e L. (V.) braziliensis. Os estudos que visaram
caracterizar a microbiota intestinal de flebotomíneos, têm encontrado uma maior
quantidade de bacilos Gram negativos, com destaque para as bactérias Providência sp. e
Acinobacter soli que já foram identificadas. Entretanto, a presença de Peptídeos
antimicrobianos (AMPs) no organismo dos insetos, têm se mostrado importantes
moléculas de proteção no intestino de invertebrados, sendo essenciais na imunidade
contra bactérias e fungos.
2.6 Estratégias de controle vetorial
Na tentativa de barrar a expansão dessas doenças emergentes, o controle de
flebotomíneos iniciou inconscientemente no Brasil a partir do uso do inseticida DDT contra
o vetor da malária (LEWIS, 1974). Em 1954, já com a finalidade direcionada aos
23
flebotomíneos, este tratamento foi utilizado no Rio de Janeiro (DANTAS-TORRES &
BRANDAO-FILHO, 2006), seguindo de Ceará e Minas Gerais em 1964.
Em alguns casos, o resultados possibilitaram a ausência de L. longipalpis por
cinco anos, em outro por oito meses. Após o DDT, utilizou-se o BHC até 1992, quando
por razões de impacto ambiental, uso descontrolado e aparecimento de resistência e
tolerância em três espécies de flebotomíneos no velho mundo (P. papatasi, Phlebotomus
argentipes e Sergentomyia shorttii), a Organização Mundial da Saúde (WHO) proibiu sua
utilização dos organoclorados na maioria dos países. Foi então que se iniciou o uso de
piretróides, buscando causar menor impacto ambiental (ALEXANDER & MAROLI, 2003).
Estas falhas nos programas de controle de vetores, resultaram na emergência
e reemergência de enfermidades, como as arboviroses e a leishmaniose (ADLER &
THEODOR, 1957) que reapareceu num cenário onde se detectou uma nova doença
infecciosa, a AIDS. Esta doença viral causadora de imunodeficiência, estava geralmente
associadas a outras doenças recorrentes, foi então que esta associação entre agentes
infecciosos tornou-se o mais importantes problema sanitário naquele momento (GRATZ,
1999).
De acordo com o ministério da Saúde, as recomendações para conseguir bons
resultados no controle do vetor são dependentes de estudos epidemiológico e
entomológico em cada localidade, juntamente com o controle químico realizado nas áreas
de transmissão e no período em que a população de flebotomíneos tende a crescer
(PRADO et al., 2011).
No estudo epidemiológico em zonas urbanas, os cães são identificados como
principais reservatórios domésticos de leishmaniose visceral, então a vigilância canina é
crucial para o controle da doença (ANDRADE et al., 2012). Deve ser lembrado ainda, que
mesmo se os animais não apresentarem sinais clínicos, eles podem estar infectados e
atuarem como fonte de infecção para flebotomíneos (PRADO et al., 2011).
Estudos de identificação e dispersão espacial e temporal das populações de
flebotomíneos, sejam em nível nacional, estadual ou municipal, são fundamentais para
demarcar áreas vulneráveis ou propícias à transmissão da leishmaniose e para uma
melhor compreensão da epidemiologia das outras doenças (COLACICCO-MAYHUGH et
al., 2010).
ANDRADE et al. (2012) demonstraram que L. longipalpis foi mais encontrada
após o período de fortes chuvas, por isso se recomenda que sejam aplicadas as medidas
24
de controle contra o vetor neste momento. No entanto, mesmo que se capture espécies
de flebotomíneos não associadas à transmissão de leishmaniose, sua identificação não é
menos importante, porque elas podem ser transmissoras de outras doenças como as
arboviroses.
São todos estes dados que permitirão uma organização do serviço público para
preparar programas de prevenção e controle da saúde pública (OLIVEIRA, 2010).
Portanto, as medidas de profilaxia e controle se voltam ao vetor, que pela falta de
informação dos sítios de reprodução, só resta a opção do controle dos insetos na fase
adulta (ACEVEDO & ARRIVILLAGA, 2008).
O uso de bactérias transgênicas da microbiota dos organismos é uma
possibilidade para o controle de doenças (MONTEIRO, 2012). Mas este controle biológico
de flebotomíneos ainda não é viável, pois poucos inimigos naturais são conhecidos
(LEWIS, 1974).
A interrupção do ciclo deste parasito pelo controle de vetores, desde que seja
com uso de inseticidas permitidos, pode ser a opção mais barata e aplicável neste novo
século (ALEXANDER & MAROLI, 2003), contudo, é preciso associar ao controle do
agente, para obter bons resultados (DANTAS-TORRES, 2009).
Por fim, as medidas de saneamento ambiental e o afastamento dos animais
domésticos do peridomicílio podem servir como métodos auxiliares para o controle de
flebotomíneos, pois constatou ser capaz de atenuar a transmissão de Leishmania para o
homem em áreas endêmicas de leishmaniose tegumentar (TEODORO et al., 1999).
25
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O incentivo ao estudo de flebotomíneos motivou-se por tratar de um inseto
vetor de doenças de importância em saúde pública e sanidade animal, com destaque à
leishmaniose, cujo tratamento humano é difícil e prolongado, e o tratamento animal é
legalmente proibido.
No Brasil já somam 260 espécies identificadas, algo que tornou-se possível
após o estudo aprofundado da morfologia deste gênero. Além do estudo morfológico para
a identificação, é essencial o estudo biológico para possibilitar o manejo das espécies e a
condução de pesquisas laboratoriais.
Quando tratamos da distribuição geográfica destes animais, é possível
encontrar eles habitando diferentes condições ambientais, o que sugere uma eficiente
capacidade de adaptação ao meio, e distribuição espacial.
Com a reemergência da leishmaniose, ficou esclarecido que os vetores não
estão controlados, e ao contrário do que se esperava, estes insetos estão cada vez mais
próximos do ser humano e suas residências.
O sucesso do controle da leishmaniose, está direcionado ao controle de seu
vetor. Mas esta medida não está bem definida ainda, e os estudos já realizados são
preocupantes, pois demonstram resistências e adaptações dos insetos à principal medida
de controle, que pensam ser a aplicação de inseticida com alto poder residual.
Muitas variáveis ainda devem ser esclarecidas sobre este assunto. É preciso
de mais estudos para obter resultados promissores, enquanto isso, as organizações de
saúde batalham sem um sólido conhecimento.
26
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