INCENTIVO À CULTURA > pág. 13
Fundação CSN recebe
doação de acervo com
519 peças de cerâmica
sustentabilidade > pág.14
Certificação da Whirlpool
reconhece boas práticas
ambientais da CSN
matéria-prima
Nº 26 k ano 4 k março_abril | 2014 k www.csn.com.br
SEGURANÇA
jornal da csn
Proteção e
saúde para todos
Iniciativas da Companhia e participação dos empregados
propiciam redução dos acidentes de trabalho ® pág. 4
editorial
O uso de equipamentos
de proteção adequados é
decisivo para a segurança.
O valor da segurança
Cuidar de nossos empregados é mais do que um dos valores da CSN:
é uma prática enraizada no dia a dia da Companhia. Nesta edição
do Matéria-Prima você poderá conferir o sucesso das políticas e ações
de segurança do trabalho que vêm sendo adotadas. Elas contemplam
um mix de iniciativas individuais, de investimentos focados
e de campanhas institucionais. Com isso, conseguimos envolver
operários e gestores na busca por um ambiente de trabalho mais seguro.
E os resultados são inquestionáveis: de 2012 para 2013
o número de acidentes de trabalho caiu quase 10% nas unidades
de siderurgia. Na mineração, a diminuição foi de quase 50%
no mesmo período. São números que nos orgulham, pois,
mais do que aço, minério e cimento, as pessoas
que trabalham na CSN é que são nossa principal “matéria-prima”.
Hoje, a Companhia conta com mais de 22 mil
empregados em suas unidades no Brasil e no exterior. Gerenciamos
nosso modelo de Recursos Humanos orientados para performance
e desenvolvimento de lideranças. Sempre com a participação
ativa das pessoas em todos os processos. Afinal, são elas que
vêm impulsionando a Companhia nessa trajetória de sete décadas
de sucesso e que nos ajudarão a superar os desafios que virão.
Benjamin Steinbruch
Diretor-Presidente da CSN
Expediente
capa
Acidentes diminuem
©2
4
gente
a vitrine dos nossos talentos
sumário
Siderurgia
Alto-Forno 3 bate recorde de
produção de ferro-gusa ................................... 3
Logística
Terminal de carregamento de Casa de
Pedra é um dos mais seguros do país ... 11
Responsabilidade social
Apoio da CSN às categorias de base do
Voltaço beneficia 150 garotos.......................12
Incentivo à cultura
Fundação recebe doação de vasto
acervo de obras de arte em cerâmica .......13
7
Coisa de cinema
©3
2
Empregado da CSN faz réplica
da armadura do ‘Iron Man’
Sustentabilidade
Compromisso da CSN com meio ambiente
ganha reconhecimento da Whirlpool........ 14
Recursos Humanos
Programa RH Fácil agiliza prestação de
serviços aos empregados................................14
Por dentro da operação
Conheça as atividades extraordinárias
existentes na CSN e quem as exerce ........15
matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014
Diretor-Presidente: Benjamin Steinbruch
Diretores-Executivos: David Salama,
Enéas Garcia Diniz, Luis Fernando Martinez
matéria-prima
jornal da csn
Nº 26 • Ano 4 • março_abril • 2014
Direção Editorial: Luiz Paulo Barreto e Fabio Schivartche
Editor: Helton Fraga [email protected]
Coordenação Editorial Stefan Gan
Editor Adjunto: Alexandre Agabiti Fernandez
Projeto Gráfico: Fabio Silveira Direção de Arte: Lúcia de Menezes Farias
Reportagem: Paulo Talarico
Revisão: Roberto Alves Conselho Editorial: Adriana Costa,
Alexandre Campbell, Carlos Lima, Eglantine Cavalcante Pearce,
Flávia Rodrigues, Graciela Wang, Márcio Lins,
Marx Fernandes, Paulo Milleu, Raphael Koch Turri, Rafael Lara,
Roberto Germano, Rodrigo Uchoa, Rosana Lovato.
Jornalista Responsável: Stefan Gan ( MTB 35401)
Preparação e Impressão: Ipsis
Tiragem desta edição: 25.000 exemplares
fale com a redação [email protected]
O jornal matéria-prima
é produzido pela editora
www.yupik.com.br
Online
Você já pode ler o jornal Matéria-Prima no computador,
em versão PDF na home da intranet ou também através do nosso
site www.csn.com.br em Destaques Matéria Prima.
© fotos: 2, 3, 4 e capa – WALLACE FEITOSA; 2 – pedro silveira
siderurgia
A
todo
vapor
Equipe diante
do Alto-Forno 3:
aceso em 1976,
equipamento é o
que mais produziu
ferro-gusa na
história do país.
Alto-Forno 3 alcança recorde
de 100 milhões de toneladas
de ferro-gusa
A
CSN registrou uma marca inédita
em siderúrgicas da América Latina:
a produção de 100 milhões de toneladas de ferro-gusa por um único
alto-forno, o maior da Companhia,
de número 3. Saem do equipamento cerca de 70% do ferro-gusa produzido na Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta Redonda
(RJ). Feito de chapas de aço revestidas internamente com materiais refratários, o equipamento
é um colosso de 108 metros de altura e 13,5 metros de diâmetro do cadinho, que pode ser visualizado dos principais pontos da Cidade do Aço.
“Essa marca importantíssima é um trabalho
de várias gerações, que começou com os pioneiros no início do projeto, na década de 1970”,
destaca Fabiam Franklin, gerente-geral de Altos-Fornos. “O recorde também é dos que colaboraram arduamente no processo de produção e na manutenção durante todos esses anos.”
O equipamento passou por três grandes “campanhas”, que correspondem ao primeiro acendimento do forno e a dois desligamentos totais para grandes revisões. Depois de ser aceso em 1976,
ele parou pela primeira vez em 1984, quando uma
empresa japonesa reviu o projeto e aumentou a capacida de produção de 6 mil para 7,2 mil toneladas
diárias. Em 2001 foi iniciada a terceira campanha,
feita por um conglomerado inglês, que executou as
atualizações mantidas até hoje, e aumentou a capacidade para 9,4 mil toneladas/dia. A previsão é
que a próxima revisão ocorra em 2021.
“É o segundo maior alto-forno em tamanho
no país, mas é o que mais produz no Brasil, foi
uma marca de ousadia e pioneirismo da CSN”,
enfatiza Franklin. A marca de 100 milhões de
toneladas, alcançada em 8 de dezembro do ano
passado, reflete o crescimento da CSN no mercado brasileiro, lançando produtos para a área
automobilística e o aço pré-pintado. “Como há
uma demanda cada vez maior, buscamos novos
mercados e produzimos um aço com maior valor agregado”, comenta.
©4
O alto-forno é muito diferente do instalado inicialmente, pois recebeu atualizações e possui as
principais tecnologias de operação disponíveis. O objetivo atual é alcançar menores níveis de custo sem perder a produtividade. Desde 2001 foram feitas melhorias na sala de corrida, no sistema
de limpeza de gás e nas tecnologias relacionadas à preservação ambiental. “Além disso, fizemos investimentos para reduzir os impactos ambientais, com maior recirculação interna, utilizando menos água e produzindo menor emissão de material particulado na atmosfera,” explica Franklin.
Operação
O pleno funcionamento exige cerca de 190 pessoas diretamente –entre técnicos, engenheiros, operadores, mecânicos, eletricistas e refrataristas, que se revezam em quatro turnos, 24 horas por dia.
Quando somamos os 190 empregados aos terceirizados envolvidos indiretamente na operação, chegamos a mais de 300 profissionais. José Maria Reinaldo, gerente de operação, ressalta a necessidade de uma equipe capacitada para realizar as funções. “Além do conhecimento que o equipamento
requer, é preciso ter muita garra e vontade para fazer as coisas acontecerem”, afirma.
O equipamento é um dos principais atores de um processo integrado que começa na mineração,
em Congonhas (MG). A cadeia do aço na UPV inicia-se no pátio de matérias-primas, de onde o minério é enviado para a sinterização, antes de chegar aos altos-fornos. Lá, o sinter é carregado com
o coque produzido pela coqueria. No alto-forno ocorre a redução e a fusão do minério. “O equipamento realiza o inverso que a natureza faz em bilhões de anos. Gastamos energia para separar o
ferro do oxigênio, transformando-o em ferro-gusa”, explica Franklin.
2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima
3
capa
Compromet
Cristiano Paixão, na
Aciaria da UPV: exemplo
de iniciativa que gerou
ganhos de segurança.
4
matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014
CONSIDERAMOS A CULTURA CSN
O ALICERCE DA NOSSA ATUAÇÃO
t imento
Multiplicação de
ações para
tornar mais
seguro o ambiente
de trabalho
mobiliza
empregados
e apresenta ótimos
resultados
com a
segurança
C
om o objetivo de aumentar a segurança de seus empregados e reduzir o número de acidentes de trabalho, a CSN vem adotando uma série
de estratégias e ações em suas plantas nos últimos anos. São desde atos
simples, como a construção de banheiros, vestiários e restaurantes junto às áreas operacionais para
reduzir deslocamentos, até projetos mais complexos, como as campanhas de conscientização de riscos e de prevenção à saúde. Esses todos são exemplos de ações e investimentos na hora certa e nos
lugares certos –sempre com o envolvimento direto
dos empregados. Esse esforço vem dando resultado: os índices de acidentes de trabalho diminuíram
consideravelmente nos últimos anos. Na área de siderurgia (Usina Presidente Vargas, CSN Porto Real e CSN Paraná), a queda do número de acidentes
foi de quase 10% em 2013, numa comparação com
o ano anterior. Em Casa de Pedra, principal ativo
de mineração da CSN, a diminuição de acidentes
no mesmo período foi de mais de 50%.
O sucesso da política de prevenção e a redução dos acidentes são consequências das ações implementadas pela Companhia nos últimos anos e
do engajamento dos empregados. Cristiano Luiz
da Paixão, técnico de programação e controle da
Gerência de Suporte Operacional da área da Metalurgia do Aço em Volta Redonda, ilustra bem
a importância dessa participação ativa nas ações
Na siderurgia (UPV, CSN
Porto Real e CSN Paraná),
os acidentes diminuíram
em quase 10% no
ano passado; em Casa
de Pedra, a redução foi
superior a 50%
de segurança. Ele propôs uma melhoria no transporte de hastes metálicas, que servem para verificar a altura do aço líquido dentro dos conversores
(tipo de reator revestido de refratário, onde o gusa é transformado em aço). Paixão idealizou um
tambor feito com material próprio da usina para
que as hastes pudessem ser transportadas até os
conversores por uma empilhadeira, reduzindo o
risco que existia no trajeto manual.
“Nós, que estamos na área executando o
trabalho, temos mais condições de identificar melhorias. Hoje, eu e meus colegas estamos mais seguros”, diz. “A base que eu tenho para a minha
segurança é a minha família. Se eu praticar segurança, estou fazendo bem para minha mulher e minha filha. É nelas em quem eu penso. Quero voltar
para casa da mesma forma como saí: bem”, afirma
Paixão, que está na empresa há 5 anos e 10 meses
e foi premiado no último Top Segurança. Fernando Tondella, supervisor de Paixão, diz que a importância do comprometimento dos empregados
é enorme e avalia que, hoje, as iniciativas do técnico o transformaram num “multiplicador” de boas
práticas de segurança.
Mas é preciso ir além das iniciativas individuais. A adoção de práticas coletivas, como as de
reuniões relâmpago, ajuda a conscientizar os trabalhadores dos riscos que poderão enfrentar durante o dia. A Gerência de Encruamento e Preparação da UPV é uma das que mais usam esse tipo
de reunião. O supervisor Volnei Bertuci Emerick
explica: “O objetivo principal é chamar a atenção do empregado que está saindo de seu ambiente normal e entrando num ambiente de trabalho,
onde ele precisa estar 100% comprometido com
segurança. É também uma oportunidade de troca de informações entre a equipe”. O supervisor Maxwell Cezar Batista Júnior concorda: “Na
reunião, o líder tem a oportunidade de olhar e
avaliar cada pessoa da equipe, se ela tem condi-
2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima
5
capa
A Gerência de
Saúde e Segurança
no Trabalho
investe
na evolução
da cultura
de segurança dos
empregados por
meio de ações das
lideranças junto
aos empregados
O comprometimento dos empregados é decisivo para a segurança na UPV (à esq.)
e em Casa de Pedra (acima).
ções de trabalhar e se identificar algo de diferente pode chamar o empregado para conversar e até
mesmo deslocá-lo para outra atividade naquele
dia. Uma pessoa com um problema pessoal grave
pode se desconcentrar no trabalho e correr risco.”
Casa de Pedra
Na mina Casa de Pedra, em Congonhas (MG), as
ações de segurança no trabalho passam também
por investimento em infraestrutura. Só em 2013
houve a construção de dez novas instalações, como
escritórios, vestiários, banheiros, copa e restaurante em diferentes lugares. Isso serviu para diminuir
a necessidade de movimentação dentro da área da
mina e deu mais conforto para os empregados.
A Gerência de Saúde e Segurança no Trabalho (GSST) atua no fortalecimento da cultura de
segurança dos empregados através da formação
e do desenvolvimento em gestão comportamental para líderes operacionais e executivos, com
ações focando a gestão comportamental e com
treinamentos sobre percepção de riscos. Os resultados são promissores.
Em algumas áreas as estatísticas indicam que
não há acidentes há cerca de 1.200 dias –o equivalente a mais de três anos. “Só houve um acidente por aqui nos últimos 8 anos”, conta Rodrigo Fabiano Alves, da Gerência de Infraestrutura
de Distribuição de energia elétrica. “Isso é resultado das análises de risco feitas periodicamente
na área, cujos empregados trabalham com cargas elétricas de até 138 mil volts.
Na NAMISA, as campanhas internas de prevenção de doenças e acidentes auxiliam na conscientização dos empregados. Em 2013, as áreas
da barragem e mina receberam orientações sobre
DST/Aids, além de informações sobre comportamentos seguros no trânsito e quanto aos riscos do uso de drogas. A campanha fez parte da
conscientização de Carnaval e teve a adesão de
6
matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014
150 empregados. Foram distribuídos 1.900 preservativos, além de vários panfletos educativos.
Os empregados ainda participaram da campanha de vacinação contra a hepatite B, febre amarela, tríplice viral e dupla adulto.
Certas atitudes podem ser simples, mas são
muito significativas, como a proibição do uso de
crachás de cordão, evitando que ocorra prensamentos, aprisionamentos ou estrangulamentos.
Houve também a implantação do procedimento
sobre restrição quanto ao uso de celulares particulares e corporativos em áreas de riscos na empresa. “Temos evoluído muito”, afirma Ronald
Vasconcelos Sena, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da NAMISA. “É um processo de
evolução cultural com foco na prevenção. As estatísticas dos três primeiros meses de 2014 indicam uma redução de quase cinco vezes no número de acidentes em relação aos anos anteriores.”
A diretora de Finanças, Rosana Passos de Pádua, que é responsável pela área de riscos da CSN,
afirma que as gerências de Saúde e Segurança do
Trabalho de todas as unidades da Companhia estão trabalhando para fortalecer a cultura de segurança e a consciência dos empregados para a prevenção. “Segurança é um valor que cada pessoa
precisa incorporar em sua vida, em cada gesto, seja no trabalho, seja no trânsito ou mesmo em casa. A nossa empresa se tornará mais segura à medida que todas as pessoas incorporarem o conceito
da atitude segura em suas vidas”, afirma Rosana.
Para Antídia Juncal, diretora de Recursos
Humanos da CSN, esse conjunto de medidas
corporativas e de ações individuais e coletivas
está trazendo resultados concretos. “As campanhas e os investimentos em infraestrutura são
pensados justamente para reduzir a ocorrência
de acidentes. Quando vemos resultados positivos como os alcançados em 2013, temos certeza de estar no caminho certo”, afirma Antídia.
© fotos: WALLACE FEITOSA e pedro silveira
Suplemento do Jornal Matéria-Prima Nº 26 | Ano 4 k março_abril | 2014 k www.csn.com.br
a vitrine dos nossos talentos
gente
O ‘Iron
Man’
da CSN
Edilton Guimarães, líder
de manutenção elétrica
e eletrônica na Usina
Presidente Vargas, fabricou
uma réplica da armadura do
Homem de Ferro® págs. 8 e 9
Edilton em sua
armadura: semelhança
entre réplica e original
se deve ao elaborado
sistema de construção.
< MARÇO_ABRIL < matéria−prima
2014
CONHEÇA EMPREGADOS DA CSN QUE PRATICAM ESPORTES E se dão
bem
em competições® pág.710
gente
‘Iron Man’ no pátio
de sucata da aciaria,
onde são manuseadas
80 mil toneladas
de sucata usadas
nos conversores
a vitrine
dos nossos
talentos
O ‘Homem de
Ferro’ na
usina do aço
Empregado da CSN se inspira no cinema e cria armadura do ‘Iron Man’
D
esde o fim do ano passado, é possível dizer que
Edilton Guimarães, de 40 anos, tem uma segunda identidade. Líder de manutenção elétrica
e eletrônica na Gerência de Sistemas de Operações Industriais (GSO) da Usina Presidente Vargas
(UPV), em Volta Redonda (RJ), Guimarães usou
toda a sua habilidade para fabricar uma armadura idêntica à do
Homem de Ferro, célebre personagem de história em quadrinhos.
Criado por Stan Lee no começo da década de 1960, Tony Stark,
o Homem de Ferro, é um cientista e empresário genial. O personagem ganhou vida nos cinemas em 2008, interpretado por Robert Downey Jr., em um filme de grande sucesso.
Para entender a história de Guimarães é necessário voltar
um pouco no tempo. Há cinco anos, ele decidiu fazer um curso de luthieria em São Paulo, uma capacitação para construir
e reparar instrumentos musicais de cordas, como violões, guitarras e contrabaixos. Depois de aprender a técnica, ele já começou a inovar criando instrumentos pouco convencionais, como um contrabaixo com três braços. Mas queria ir mais longe.
“Estava começando a ficar sem graça fazer instrumentos.
Foi quando decidi fazer o capacete do Homem de Ferro, que
abrisse e fechasse na frente”, explica. Começava a nascer a réplica. “Depois que o capacete ficou pronto, resolvi fazer o restante da armadura, uma cópia fiel para impressionar quem visse o resultado”, comenta.
Para concretizar a ideia, Guimarães aprendeu novas técnicas. “Tive de fazer moldes, mexer com mecatrônica e com os
motores. Comecei a partir do zero, porque não tinha nada a
ver com o que eu sabia”, conta. Foram sete meses de trabalho.
Sofisticação
Engana-se quem pensa que a escolha do Iron Man foi motivada por
Guimarães apreciar o filme. “Eu passei a gostar mais depois que
comecei a construção”, comenta. A perfeita semelhança entre a réplica da armadura e aquela vista nos cinemas se deve a um elaborado sistema de construção. O capacete é programado por computador e há um controlador dentro de cada braço. Com isso, é possível
monitorar a abertura e o fechamento automático, ou acender as luzes. Há uma bateria ligada em cada mão, assim como sob as botas.
Mas o “Homem de Ferro de Volta Redonda” já está incrementando a armadura. “Comprei vários equipamentos para
colocar mais peças automatizadas”, diz sobre os estabilizadores de voo utilizados pelo herói. “Quando estiver andando, o
dispositivo ficará em movimento nas costas.”
© fotos: wallace feitosa
Edilton Guimarães não
esconde o orgulho que
sente por sua criação.
O único aspecto negativo da empreitada foi a diminuição do tempo dedicado à família. “Minha mulher reclamou um pouco”, reconhece Guimarães. Mas ele ressalta que à medida que o projeto ganhava corpo, ela passou a torcer pelo sucesso. Tanto que ela o ajuda a vestir a armadura, pois
não é possível realizar a tarefa sozinho. “Levo de meia hora a 40 minutos,
é meio complicado mesmo”. Já os colegas do trabalho não levaram a iniciativa a sério no início. “Eles brincavam, só passaram a acreditar de fato
quando eu mostrei fotos dela pronta”, recorda.
Guimarães passou a ser chamado por famílias para participar de festas
de aniversário em Volta Redonda. Ele já foi a cinco delas. “Se alguém faz
uma festa do Homem de Ferro ou dos Vingadores, me chama para fazer
parte”, afirma. O disfarce também faz a alegria de suas duas filhas, Nicole, de 4 anos, e Nathalia, de 2.
O líder de manutenção elétrica entrou na CSN aos 19 anos e está há 21
na Companhia. Começou na empresa depois de estudar na Escola Técnica Pandiá Calógeras (ETPC). Sua experiência na área ajudou. “Para fazer
o desenho e construir as peças, foi importante o que fiz durante todos esses anos de CSN”, diz.
Por enquanto, Guimarães pretende se concentrar no Homem de Ferro,
aperfeiçoando ainda mais a armadura. “Comecei a fazer uma armadura do
Batman, mas resolvi parar porque percebi que acabaria me confundindo”,
explica. Ele também leva a sério a questão da interpretação, tanto que manteve o cavanhaque de Tony Stark e tenta atuar transmitindo a personalidade do personagem. Mas garante que ambos já tinham semelhanças. “Nosso humor é bem parecido.”
2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima
9
gente
a vitrine
dos nossos
talentos
Barcellos (no centro)
venceu a Primeira Corrida
do Aço, que também
premiou Edmilson,
Anderson, Elias e Leandro.
Suor e vitórias
Cada vez mais empregados se dedicam à prática esportiva e conseguem destaques nas suas modalidades
S
eis vezes por semana, George Anderson
Caballero Melão, de 31 anos, coordenador de Integração e Riscos da Transnordestina Logística (TLSA), reserva parte
da manhã para treinamentos de corrida, natação e ciclismo. Ele se prepara para participar do duríssimo ironman, que inclui 3,8 km
de natação, 180 km de ciclismo e 42,1 km de corrida. Haja disposição física!
“Como bom brasileiro, comecei pelo futebol,
que pratiquei da infância até três anos atrás”, explica. Depois experimentou hóquei, judô, jiu-jítsu,
mountain bike e ciclismo de estrada. “Por influência
de amigos que pedalavam comigo, comecei a praticar triatlo em 2011”, comenta. Para conseguir terminar o ironman, Mellão considera “fundamental
estar muito bem preparado física e mentalmente”.
A meta do atleta é melhorar as marcas pessoais. Ele vai competir no ironman de Fortaleza (CE),
em novembro, e pretende participar de mais cinco
provas das outras categorias (além do ironman, no
triatlo existem as categorias sprint, olímpica e meio
ironman, com distâncias menores). “O bacana do
triatlo é que as pessoas enxergam um exemplo legal”, afirma. “Já consegui transmitir para colegas
da empresa a importância de praticar um esporte
e de ter uma alimentação saudável.”
Válvula de escape
Em dezembro, cerca de 300 empregados da CSN
participaram da Primeira Corrida do Aço pela Cidadania, organizada pela empresa em Volta Re-
10
matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014
donda (RJ). O vencedor na categoria masculina
foi o operador de pontes rolantes Eraldo Nonato Barcellos, que trabalha na Gerência Geral de
Folhas Metálicas (GGFM). “Muitos corredores
bons estiveram presentes. Gostei bastante da iniciativa da CSN e fiquei muito feliz em ganhar.”
Barcellos começou a correr em 2001 e já participou de dezenas de competições, como a tradicionalíssima São Silvestre, em São Paulo, e a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, prova em que
terminou entre os 200 primeiros em 2007. Na Corrida do Aço pela Cidadania ele baixou sua marca pessoal para a distância de 5 km, cravando 18 minutos.
O operador treina de segunda-feira a sábado.
Quando decide participar de alguma prova, faz
uma preparação mais intensa ao menos dois meses antes. Sua próxima competição é a Corrida
da Ponte, com largada em Niterói e chegada no
Rio de Janeiro, em maio. “O esporte é uma válvula de escape, é o momento em que reflito sobre minha vida”, ressalta.
No feminino, a vencedora foi a educadora física Joyce da Silva Fernandes, de 29 anos, que trabalha no Clube Recreio do Trabalhador. “Não esperava vencer, apenas completar a prova”, afirma
Joyce, que na infância fez balé clássico e natação.
Começou a correr há um ano e sete meses, para participar da Corrida da Paz de Volta Redonda
–prova de 10 km que completou em uma hora. E
não parou mais. “Participo de várias competições
na região de Volta Redonda e no Rio de Janeiro”,
comenta. Desde então, Joyce perdeu 18 kg. “O es-
porte é lazer e trabalho para mim. Em todos os aspectos, é na corrida que me encontro”, comenta.
Campeão
A Namisa tem um campeão brasileiro de muay thai (arte marcial tailandesa), o técnico de garantia da qualidade Rafael Vinicius Vieira e Silva, 25 anos. Ele conquistou o título na categoria
até 75 kg em novembro ao bater Pedro Marciano
por nocaute técnico. A conquista é fruto de um
árduo treinamento que dura cinco horas diárias,
de segunda-feira a sábado. “As vitórias são apenas consequência da minha dedicação e de toda
minha equipe e amigos”, afirma.
A relação do lutador com o esporte começou
com o mountain bike, seguido pelo jiu-jítsu. “Fiquei apaixonado por esta arte suave e larguei a
bike”, lembra Silva, que se dedica às artes marciais há quase seis anos.
Sua passagem para o muay thai aconteceu por
acaso. Depois de uma cirurgia no ombro, Silva
fez fisioterapia em um centro de treinamento especializado na luta tailandesa. “Assim que pude
voltar aos treinos, comecei a fazer muay thai para depois retornar ao jiu-jítsu”, relata.
Silva quer brigar agora pelo título sul-americano de muay thai, além de disputar o mineiro e
o brasileiro de jiu-jítsu. A principal dificuldade do
atleta é conseguir patrocínio. “O esporte requer
muitos gastos com material, fisioterapia, nutrição
e as viagens para participar de campeonatos”, enumera. “O apoio é de extrema importância.”
© foto: jair de assis
logística
Valorizamos a gestão integrada
e o trabalho em equipe
O terminal de Casa
de Pedra bateu o recorde
de carregamento de
minério em 2013.
Terminal seguro
Trabalho desenvolvido pela CSN e pela MRS faz do terminal de carregamento
da Mineração Casa de Pedra um dos mais seguros e produtivos do país
Alinhamento
fundamental
parceria de sucesso entre as operações da CSN e da MRS fez com
que os carregamentos de minério de ferro batessem importantes recordes no ano passado. Em
setembro, a MRS carregou 14,6
milhões de toneladas de minério, o maior da história da companhia –naquele mês, a CSN contribuiu com 3
milhões de toneladas. Além dos resultados operacionais, há conquistas na área de segurança. Casa de Pedra foi considerado o terminal de minério
mais seguro de Minas Gerais pela MRS, empresa
na qual a CSN tem participação acionária e que gerencia a antiga Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) no eixo Rio de Janeiro–
São Paulo–Belo Horizonte.
Os números expressivos são resultado de um
trabalho minucioso de conexão entre mineração
e logística. A atual parceria entre as empresas
A segurança do terminal de carregamento de
Casa de Pedra é fruto de uma verdadeira
mudança de cultura implementada nas
operações de mineração da CSN. A grande
quantidade de material disponível nos pátios
da mineração requer cuidados específicos e
muita atenção durante a execução dos
procedimentos de carga. Reuniões periódicas
de desempenho se tornaram primordiais para o
alinhamento prévio das equipes de mineração e
logística e para realizar a primeira etapa do
processo de escoamento da produção até a
Usina Presidente Vargas (UPV), em Volta
Redonda (RJ), e para o Porto de Itaguaí (RJ).
O sucesso no trabalho de carregamento que
acontece no terminal de Casa de Pedra
desmistifica a ideia de que produtividade e
segurança tornam o processo de carga mais lento.
A parceria entre a MRS e a CSN é a verdadeira
prova de que segurança traz produtividade.
A
© ilustração:
bruno algarve
© fotos:
banco de imagens
da csn
foi alcançada por meio de um processo de cinco
anos de sincronia operacional.
Ao longo desses anos e das experiências adquiridas com o trabalho em conjunto, as duas empresas
sentiram a necessidade de se conhecer melhor para
entender quais eram as expectativas e dificuldades
de cada negócio. E criaram uma imensa sinergia.
É o que conta o gerente de operação de carregamento de Casa de Pedra, Flávio Luis Pereira.
O engenheiro de minas explica que houve uma
grande aproximação entre as equipes de operação de carregamento e de operação de trens. Foram criadas ações de intercâmbio entre os empregados da CSN e da MRS para que as equipes
conhecessem os procedimentos de cada operação. “Trouxemos os maquinistas para eles saberem como funciona uma mina e levamos os
nossos técnicos para saber como é o trabalho realizado em uma ferrovia. Um passou a entender
as dificuldades do outro”, diz Pereira.
2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima
11
RESPONSABILIDADE SOCIAL
INCENTIVAMOS O RESPEITO ÀS
PESSOAS E A CONFIANÇA MÚTUA
André Leonardi, da Fundação CSN,
e garotos da base do Voltaço:
apoio na formação de craques.
Celeiro de craques
CSN firma apoio as categorias de base do Volta Redonda FC, visando a formação de novos atletas
O
sonho de quase todo menino é ser
jogador de futebol. Aos 17 anos,
Gilberto Silva está realizando esse
sonho nas divisões de base do Voltaço. Uma das revelações do time
de juniores, ele participa do Campeonato Carioca Sub 20. A formação de jovens como Gilberto pelo Voltaço ganhou
um reforço em dezembro do ano passado, quando a CSN destinou R$ 750 mil para as divisões
do clube, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O projeto tem o aval do Ministério dos Esportes e apoio da Fundação CSN.
“Comecei jogando em campeonatos na minha
cidade, com o incentivo da minha família”, conta
o jogador, que é natural de Arapeí (SP), na divisa
com o Rio de Janeiro. Quando mais novo, ele era
atacante, mas percebeu que se saía melhor na defesa. Como muitos jovens jogadores, Gilberto sonha em crescer no time, chegar a um grande clube
brasileiro e atuar fora do país. “O futebol mudou
muito a minha vida. Não me imagino longe dele.
É meu sonho e vou até o fim”, ressalta.
O patrocínio da CSN ao Voltaço foi celebrado
pelo clube, que homenageou a Fundação CSN com
a comenda Ronald Jarbas, no dia em que comemo-
12
matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014
rava 38 anos de existência, no início de fevereiro.
“É um reconhecimento ao trabalho que temos desenvolvido na área esportiva em Volta Redonda”,
diz o gerente-geral da Fundação CSN, André Leonardi, que ressalta a importância do apoio para o
desenvolvimento dos jovens na cidade. “O esporte é muito benéfico na formação, educação e saúde dos garotos”, completa.
No caso das categorias de base do Voltaço, o trabalho se dá em cinco divisões: pré-mirim, mirim, infantil, juvenil e juniores. Os recursos da CSN estão
sendo usados na formação de 150 garotos, cerca de
30 por divisão, na faixa de idade entre 10 e 20 anos.
Gerente das divisões de base do Voltaço, Vanderlei José de Almeida Silva explica que todas as
categorias possuem uma equipe completa para
o acompanhamento dos atletas, com treinador,
preparador físico, treinador de goleiros, massagista e roupeiro. Além do campeonato Sub 20,
o Voltaço deve participar, a partir de abril, do
Campeonato Carioca das demais categorias da
base. Em função do apoio da CSN, Silva espera revelar uma nova safra de talentos. “Nosso
grande objetivo é levar mais jogadores das categorias de base para o time profissional”, aposta.
Todos os meses acontece uma “peneira” na ci-
dade, abrindo espaço para os garotos mostrarem
suas habilidades. Silva explica que a formação de
atletas também é fundamental no âmbito social.
Por conta disso, o clube busca inserir no trabalho
questões como disciplina e respeito. “Sabemos da
nossa importância no processo de formação, não
só no aspecto de torná-los jogadores, mas também no sentido de formá-los como homens”, diz.
Recreio
O apoio da CSN às categorias de base do Voltaço também terá uma contrapartida técnica para a
Fundação CSN. O clube fará um acompanhamento técnico na escolinha de futebol do Clube Recreio
do Trabalhador. “Como a FCSN ajuda a formação
dos times de base, é natural que a escolinha do Recreio passe a ter essa parceria”, explica Leonardi.
Assim, os garotos que se destacarem poderão ter
acesso às “peneiras” do clube. Alguns talentos começaram na escolinha, como Caio, atacante que
deu os primeiros passos no Recreio, integrou as categorias de base do Volta Redonda, chegou ao Botafogo e joga atualmente no Internacional, de Porto
Alegre (RS). “O mais significativo é a possibilidade dos jovens mais talentosos poderem ser incorporados aos times de base do Voltaço”, conclui.
© fotos: WALLACE FEITOSA
INCENTIVO À CULTURA
CONSIDERAMOS A CULTURA CSN
O ALICERCE DA NOSSA ATUAÇÃO
Generosidade
para o
História
modelada
no barro
bem
comum
A primeira exposição
das obras atraiu
grande público ao
Centro Cultural.
Fundação CSN recebe doação de acervo com mais de
500 peças de cerâmica que traçam um retrato do Brasil
D
urante mais de 60 anos, a paixão por peças de cerâmica moveu a vida do casal Serge e Stella
Daniel. Professora de história e geografia, Stella, de 83 anos, só começou a gostar dos objetos
quando se casou com o químico Serge, um entusiasta dessa arte. “Todo fim de semana viajávamos para algum local onde houvesse cerâmica”, conta. De acordo com Stella, o marido queria
conhecer todas as cidades do Brasil e, em cada uma delas, comprava uma recordação. “Ele queria ter ao
menos uma peça de cada ceramista que houvesse. É uma concepção um pouco diferente.”
O casal formou um acervo com 519 peças de diversas regiões, produzidas pelos principais mestres
brasileiros. Extremamente representativa da variedade de técnicas e motivos usados pelos artistas, a
coleção foi doada por Stella à Fundação CSN.
Parte do acervo integrou a exposição “Grandes Mestres: a cultura popular brasileira modelada no
barro”, que ficou em cartaz em março no Centro Cultural da Fundação CSN, em Volta Redonda (RJ).
O restante do acervo ficará exposto em um espaço permanente no mesmo local e outras exposições serão organizadas no futuro.
Para Stella, a doação é a realização de um sonho e uma bela homenagem ao marido, que, antes de morrer, manifestou o desejo de mostrar essas preciosidades ao público, principalmente aos mais jovens. “Agradeço à CSN a
possibilidade de transformar este sonho em realidade e à Fundação pelo cuidado e carinho ao montar a exposição.”
Um gesto como esse, que transforma um acervo privado em público, é algo raro, segundo a presidente da Fundação CSN, Monica Fogazza. Entre os artistas da coleção está o pernambucano Mestre
Vitalino (1909-1963), considerado o maior ceramista do Brasil. Ao lado dele, estão outros grandes nomes como Manoel Eudócio, Zé do Carmo, Zé Caboclo, Ulisses, Adalton, Zezinho de Tracunhaém,
Mestre Galdino e Ana das Carrancas.
Inovação na técnica
Além da primeira exposição, a sala permanente, que receberá
o nome do casal, procura reconstituir o ambiente da residência de Stella. Foram quase oito meses de trabalho para coletar informações e planejar o transporte das delicadas obras.
Produtora cultural da FCSN, Giane de Carvalho avalia que o
destaque do acervo está nas características dos mestres, como Vitalino, que inventaram uma nova forma de expressão. “Vitalino começou a criar cenas sobre o cotidiano. Algumas peças têm pinturas, cenas de retirantes, do cangaço, cenas de casamento”, afirma.
Como o acervo é vasto e variado, novas exposições devem
ocorrer. O objetivo é fazer ao menos uma por ano, além da sala permanente. “Multiplicar as mostras é importante para realizar um trabalho educativo, para oferecer a Volta Redonda
e região a história do Brasil contada por meio desses mestres”,
destaca Helder Oliveira, coordenador cultural da Fundação.
Cangaceiros produzidos
por Manoel Eudócio.
Esta coleção de cerâmicas é o
retrato de uma história de vida.
Stella e Serge Daniel, os
colecionadores e doadores do
acervo, tiveram sensibilidade e
um olhar cuidadoso para reunir,
ao longo de décadas, cada uma
destas obras em viagens que
realizaram pelo Brasil. As peças
retratam a vida do povo simples,
seu dia a dia, sua lida, suas festas
e dificuldades.
A coleção, que reúne grandes
mestres ceramistas, foi
trabalhada cuidadosamente,
assim como cada peça que a
compõe. Stella e Serge tiveram o
mesmo carinho e atenção que
cada artesão dedicou a sua obra.
São 519 peças que passam a
fazer parte do acervo da
Fundação CSN e marcam um ato
de oferta e de generosidade para
com o bem comum. As peças
fizeram parte, por mais de 60
anos, da casa, da sala, do quarto
dos nossos doadores. Saem do
mais particular, que é a
intimidade de uma vida, e
ganham o espaço público. Essa
doação sintetiza o
desprendimento do apego
pessoal para o amor
compartilhado, uma bela
demonstração de contribuição
para um mundo melhor.
Recebemos a coleção com alegria
e cientes da responsabilidade e
compromisso de dar o acesso a
crianças, jovens e idosos, de toda a
comunidade, a esse Brasil profundo
moldado em barro.
Tal espírito voltado ao bem
comum é o mesmo que a CSN
demonstra com o Brasil e com as
comunidades onde esta inserida
ao manter sua Fundação
compromissada e atuante em prol
de uma sociedade mais justa.
Monica Fogazza
Presidente da Fundação CSN
2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima
13
SUSTENTABILIDADE
DEFENDEMOS UMA ATUAÇÃO SOCIAL
E AMBIENTAL RESPONSÁVEL
Mais
rápido,
mais fácil
Programa do RH agiliza prestação
de serviços para empregados na CSN
Da esq. para a dir., Flavia Andreoti, Laércio Olinger Júnior,
Rachel Ávila, Sander Eskes, Raphael Turri, Richard Boarin
e Dênis de Almeida, na cerimônia de certificação
Compromisso
Ambiental
A
CSN recebe certificação da Whirlpool,
prova dos resultados obtidos
s práticas sustentáveis da
CSN repercutem fora da
empresa, que recebeu mais
uma certificação comprovando o compromisso em
questões socioambientais.
Dessa vez, o reconhecimento veio de um dos principais clientes. Dona de marcas como Brastemp, Consul e KitchenAid, a Whirlpool avaliou e aprovou
os processos internos da CSN por meio do
“Programa de Auditoria e Certificação da
Cadeia do Aço”. O certificado foi recebido no final do ano passado pelo diretor de
Meio Ambiente da CSN, Sander Eskes; pelo gerente-geral de Sustentabilidade e Políticas Ambientais, Raphael Turri; e pelo
gerente-geral Comercial, Richard Boarin.
A Whirlpool é líder no segmento de linha
branca e a CSN fornece cerca de 95% do
aço consumido pela cliente. A certificação
garante a entrega de produtos sustentáveis
desde a origem da matéria-prima e foi concedida depois de uma auditoria realizada pela Fundação Vanzolini, da Universidade de
São Paulo (USP), por meio de visitas às minas de Casa de Pedra e de Arcos, em Minas
Gerais. “A certificação reforça o compromisso que a CSN estabeleceu com práticas
do dia a dia guiadas por valores que respeitam o meio ambiente com responsabilidade
social”, destaca Raphael Turri.
Esta foi a primeira vez que a CSN recebeu
de um cliente uma certificação relacionada
14
matéria−prima > MARÇO_ABRIL > 2014
à sustentabilidade. A auditoria mapeou riscos, como trabalho forçado e infantil, violação dos direitos dos povos indígenas e inconformidades na gestão ambiental.
O reconhecimento evidencia avanços nos
processos da Companhia. Na primeira avaliação, em 2010, a CSN não teve problemas na maioria dos itens. Contudo, a auditoria detectou oportunidades de melhorias
na manutenção de licenças ambientais e
controle dos resíduos sólidos, quesitos que
foram aperfeiçoados e justificaram a certificação agora obtida.
Tendências globais
Outro ponto forte é a empresa possuir
uma diretoria específica para tratar da redução dos impactos ambientais. “Ao reformular a Diretoria de Meio Ambiente,
a CSN alinhou-se com tendências globais,
valorizando sua importância e potencial
para o desenvolvimento sustentável do país”, completa o gerente.
Para aperfeiçoar a gestão ambiental e
de resíduos sólidos, foi feito um trabalho
de conscientização de todos os atores que
participam da cadeia, incluindo fornecedores de insumos e empresas terceirizadas.
“Não existia nada pronto, foram três anos
de trabalho que permitiram o aprimoramento de processos. A sustentabilidade é
importante em todos os setores da empresa, pois podemos capitalizar uma imagem
ainda melhor”, ressalta Richard Boarin.
Q
uem precisar dos serviços da área de Recursos Humanos –como programação de
férias, frequência, demonstrativos de pagamentos, entre outros– terá uma novidade nos próximos meses. Trata-se do RH Fácil,
que no segundo semestre do ano passado foi implementado como piloto na CSN em Porto Real
(RJ) e será levado às demais empresas da Companhia ao longo deste ano.
Atrelado ao novo sistema de RH, SAP-HCM,
o programa de autoatendimento melhora a velocidade no acesso e aprimora procedimentos de gestão de pessoas. “Os empregados terão mais autonomia, praticidade e acessibilidade à informação,
além da maior elasticidade no horário de atendimento”, explica o gerente Administrativo de Processos de RH, Carlos Alberto Ribeiro.
O acesso ao serviço é feito pela intranet, através de login e senha próprios, na estação de trabalho do empregado ou em computadores disponibilizados para o RH Fácil, evitando o atendimento
presencial. O programa também permite o acompanhamento online da solicitação no novo sistema.
Confiança
Primeira unidade a receber o serviço, a CSN Porto
Real teve ótimos resultados com a novidade. “Uma
das principais melhorias foi o aumento da confiança
entre RH e empregado”, destaca Ribeiro. “A unidade foi escolhida para o lançamento devido ao número de empregados e à boa adesão a modelos inovadores de gestão, com total apoio da liderança.”
O técnico de desenvolvimento Alison Lage Nobre, de 36 anos, já usou o programa. Ele não teve
dificuldades para resolver questões como a solicitação de cesta básica e de empréstimo. “Fui bem atendido, o sistema é prático e simples de usar”, afirma.
Apesar de não funcionar com o contato pessoal, o projeto RH Fácil busca aproximar os empregados da área de Recursos Humanos. Para isso, o
sistema terá mais informações de RH. “A expansão do autoatendimento procura garantir boas
práticas de maneira uniforme em todas as empresas da CSN”, diz Ribeiro. “E a iniciativa firma o
nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável da empresa, reduzindo o uso do papel.”
Nas próximas unidades, a implantação será feita de forma sistematizada. Haverá apresentação
da metodologia aos gestores e empregados e, posteriormente, a inauguração das células. A ideia é
superar vários desafios do RH. “Pretendemos reduzir cada vez mais o tempo de resposta ao usuário e aumentar a produtividade”, diz o gerente.
© foto: banco de imagens da csn
Por dentro da operação
Conheça as atividades extraordinárias exercidas pela nossa gente
Raphael Silva Carvalho
acompanha a corrida
do gusa na UPV.
PROFISSÃO: FORNEIRO
“A função do forneiro
é acompanhar
a corrida do gusa,
controlar
a temperatura
e monitorar a vazão
do alto-forno.
É responsável por
escoar o forno para
continuar a produção”
© foto: wallace feitosa
Quando as pessoas perguntam a Raphael da Silva Carvalho, ele costuma dizer que trabalha “no coração
da CSN”, no Alto-Forno, em que exerce uma atividade fundamental
para a produção do ferro-gusa, que será transformado em aço. Empregado na CSN desde 2009,
Raphael é forneiro. Entre as suas atividades estão confecção de bicas
de corrida do gusa líquido, coleta de amostra de gusa e escória, retirada de pó do coletor,
sempre com o objetivo de assegurar as condições de operacionalidade do equipamento.
“A função do forneiro é acompanhar a corrida do gusa, controlar a temperatura e monitorar a vazão
do alto-forno. É responsável por escoar o forno para continuar a produção e, quando necessário,
tem de fechá-lo por alguma questão técnica”, diz Carvalho.
São dois forneiros em cada um dos dois altos-fornos da CSN, que trabalham em conjunto
com um operador responsável pela rota do ferro-gusa. Para desempenhar seu trabalho, é necessário
um equipamento de proteção individual especial. O forneiro trabalha o tempo todo com uma roupa
antichamas e, quando vai executar atividades próximas ao forno, usa uma roupa aluminizada especial.
2014 < MARÇO_ABRIL < matéria−prima
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Os dias
com ele
O mestre
e o divino
2013
2013
Maria Clara Escobar
Tiago Campos
O prólogo
Balões, lembranças
e pedaços
de nossas vidas
2013
2013
Gabriel F. Marinho
Frederico Pinto
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