FUNÇÃO DA CADEIA RESPIRATÓRIA NA PROLIFERAÇÃO E SENSIBILIDADE A ESTRESSES OXIDATIVOS NO FUNGO Paracoccidioides brasiliensis. Natalia M. Junqueira, Claudia B. L. Campos Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IP&D), Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) Faculdade de Ciências da Saúde – FCS – UNIVAP, Av. Shishima Hifumi, 2911 - Urbanova - 12244-000 - São José dos Campos – SP, [email protected], [email protected] Resumo- O fungo Paracoccidioides brasiliensis é o agente etiológico da paracoccidioidomicose, uma das principais micoses profundas prevalentes no Brasil. A infecção por esse fungo depende de sua capacidade adaptativa ao ambiente do hospedeiro, sendo que a mitocôndria exerce papel importante na adaptação metabólica a estresses ambientais. Em fungos, a cadeia respiratória mitocondrial é ramificada em cadeia clássica dos citocromos (inibida por antimicina A) e cadeia alternativa da enzima oxidase alternativa (inibida pelo ácido salicilhidroxâmico). Neste trabalho avaliamos o papel da cadeia respiratória na proliferação do P. Brasiliensis e sua sensibilidade ao agente oxidativo menadiona. Os resultados mostram que a inibição de cada ramo da cadeia respiratória tem efeito fungicida sobre o P. brasiliensis. Análises bioquímicas mostraram que 50 µM de menadiona gerou intensa produção de espécies reativas de oxigênio, porém, essa concentração gerou pouco efeito antiproliferativo, enquanto 100 µM matou o fungo. Nossos dados indicam a necessidade de ambos os ramos da cadeia respiratória ativos ao mesmo tempo para garantir a proliferação e que a cadeia respiratória do Paracoccidioides brasiliensis é relativamente resistente ao estresse oxidativo. Palavras-chave: Paracoccidioides brasiliensis, cadeia respiratória, estresse oxidativo e proliferação. Área do Conhecimento: Microbiologia Introdução O fungo Paracoccidioides brasiliensis é o causador da paracoccidioidomicose (PCM), uma doença granulomatosa sistêmica humana. É um fungo termodimórfico que se apresenta sob a forma miceliana à temperatura ambiente (23 a 28 °C) e de levedura à temperatura de 35 a 37 °C (LACAZ, 1994). Sua fase leveduriforme caracteriza-se pela presença de células esféricas ou ovais, com paredes bem definidas, aparentemente duplas, podendo apresentar multi brotamentos (SAN-BLAS; NIÑO-VEGA, 2001). A fase miceliana apresenta hifas delgadas e longas, dependendo das condições de cultivo. Dados epidemiológicos indicam uma larga distribuição do fungo Paracoccidioides brasiliensis nas Américas Central e do Sul, estendendo-se do México até a Argentina, ocorrendo principalmente na Colômbia, Venezuela e Brasil. (RESTREPO et al., 2001). A infecção pelo fungo P. brasiliensis se dá a partir de sua forma miceliana pela inalação de microconídeos propagados no ar. Uma vez no epitélio alveolar e à temperatura do hospedeiro o (37 C), os microconídeos sofrem transformação para a fase leveduriforme patogênica (RESTREPO et al., 2001). A doença (PCM) afeta principalmente homens, na proporção de ≈ 13 homens para 1 mulher (ARISTIZABAL et al., 1998), já que hormônios femininos como estrogênios, parecem bloquear a transição morfológica (ARISTIZABAL et al., 1998). O desenvolvimento da doença depende da interação entre o fungo e condições imunológicas e nutricionais do hospedeiro. Ao que parece, a patogenicidade do fungo está relacionada à transição dimórfica, pois isolados incapazes de se transformarem em leveduras são avirulentos (MARQUES, 2007). A conversão da forma miceliana para leveduriforme do fungo P. brasiliensis, depende da variação da temperatura. Porém fatores nutricionais também estão envolvidos. Apesar da importância da transição dimórfica de micélio para levedura para o estabelecimento da doença pelo fungo P. brasiliensis, pouco é conhecido a respeito dos mecanismos bioquímicos que promovem o dimorfismo. Goldman e colaboradores (2003) pesquisaram genes expressos na forma infectiva do P. brasiliensis (levedura) com similaridade a genes relacionados à patogenicidade e virulência de Candida albicans e, dentre os diversos transcritos descritos, o gene da oxidase alternativa (AOX) mostrou estar expresso em níveis altos. A AOX é uma enzima encontrada apenas em mitocôndrias de plantas e alguns eucariotos inferiores, responsável pela respiração definida como insensível a antimicina A (AA) e cianeto, dois conhecidos inibidores da cadeia clássica de transporte de elétrons. A via alternativa é inibida XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1 especificamente por agentes complexantes de ferro, como ácido salicilhidroxâmico (SHAM) (VANLERBERGHE; MCINTOSH, 1997), entre outros. Na via clássica dos citocromos, os elétrons são doados aos complexos III e IV da cadeia respiratória pela ubiquinona, enquanto na via alternativa, a ubiquinona doa os elétrons para a oxidase alternativa. A existência de uma cadeia respiratória ramificada confere aos fungos uma rápida e grande plasticidade metabólica que está associada à adaptação a estresses ambientais e proteção contra espécie reativa de oxigênio (EROs). Na planta Nicotiana tabacum, a inibição do ramo clássico da cadeia respiratória com antimicina A, inibidor do complexo III, bloqueia o transporte de elétrons através da cadeia clássica, porém sem gerar alteração de proliferação ou viabilidade (VANLERBERGHE et al., 2002). Nesse trabalho, os autores mostraram que a inibição da via clássica estimula a expressão da oxidase alternativa com conseqüente ativação da via paralela, e compensação do efeito inibidor da AA. Já no fungo Cryptococcus neoformans, a inibição da oxidase alternativa foi relacionada à perda de virulência e sua superexpressão protegeu este fungo contra estresses de origem externa, como também contribuiu para sua virulência e sobrevivência (BRAIDOT, et al., 1999). No Paracoccidioides brasiliensis, resultados não publicados deste grupo indicam que as formas micelianas apresentam a cadeia respiratória clássica e alternativa funcionais e que o fluxo forçado de elétrons através da via alternativa (obtido pela inibição da cadeia clássica principal com antimicina A) foi relacionado à diminuição da geração de espécies reativas de oxigênio. Esses dados sugerem que a AOX seja importante no processo de transição dimórfica e na fisiologia da forma leveduriforme do fungo Paracoccidioides brasiliensis. Não se conhece o comportamento da cadeia respiratória em leveduras do P. brasiliensis. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da inibição de cada ramo da cadeia respiratória sobre a proliferação de leveduras de P. brasiliensis, bem como a sensibilidade do fungo ao agente oxidante menadiona. Assim, via clássica dos citocromos foi inibida por antimicina A, e a cadeia alternativa da enzima oxidase alternativa, inibida pelo ácido salicilhidroxâmico – SHAM. Metodologia O isolado Pb18 do fungo foi cultivado em meio YPD líquido (1% extrato de levedo, 2% peptona, 2% dextrose) a 37ºC (para os que vão utilizar leveduras). Ao final de aproximadamente 5 dias de cultivo, os fungos (2-5% do volume final) foram inoculados em meio fresco e cultivados por mais 24-48 h. Ao final deste período, a cultura foi dividida nos diferentes grupos experimentais e as drogas adicionadas, o que marcará o início do experimento (tempo zero). Os fungos foram cultivados por até 6-8 dias e as análises foram realizadas diariamente. Para verificação de alteração morfológica, uma alíquota da cultura foi retirada diariamente até o término do experimento para observação e fotodocumentação sob microscopia optica. Para medida de proliferação, 1 ml da cultura foi retirada diariamente, os fungos foram mortos com hipoclorito e secos em estufa a 50ºC para terem seu peso seco estimado. A produção de EROs por fungos em cultura foi determinada em espectrofluorômetro utilizando-se compostos indicadores que emitem fluorescência quando oxidados permeáveis à membrana plasmática e a parede celular. Os compostos utilizados para a medida da produção de EROs foram: MitoTracker Red CM-H2XROs, com comprimento de onda de excitação em 579 nm e emissão em 599 nm; Amplex Red e peroxidase, com excitação em 563 nm e emissão em 587 nm. Para tal, estes compostos foram adicionados na cultura em diferentes condições e a fluorescência do sobrenadante foi medida após 10-30 min. Resultados Como a AOX está relacionada ao controle de geração de espécies reativas de oxigênio (EROs), testamos a sensibilidade de leveduras de P. brasiliensis ao agente complexante de ferro (SHAM) e ao inibidor do complexo III da cadeia respiratória, AA (não mostrado). A figura 1 mostra que leveduras do grupo controle tiveram um desenvolvimento morfológico característico ao longo do período de crescimento de 7 dias (mostrado até 4 dias), apresentando células esféricas com paredes bem definidas, aparentemente duplas e com presença de multi brotamentos (blastoconídeos em forma de roda de leme) no quarto dia de cultivo. Já leveduras tratadas com 0,5 mM de SHAM apresentaram desenvolvimento morfológico semelhante ao grupo controle. No entanto, leveduras tratadas com 2 mM de SHAM apresentaram um desenvolvimento morfológico alterado, com alguns pequenos brotos e com morfologia de células em degeneração; na qual a parede celular se apresentou irregular, mais fina e com citoplasma vacuolizado. Resultado semelhante foi observado com AA (não mostrado). XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 2 de cultivo. Grupo controle (▲),AA 0,001 µM (♦),AA 0,005 µM (-),AA 0,01 µM (●). Os grupos experimentais foram analisados com o objetivo de avaliar o efeito da inibição da cadeia respiratória clássica dos citocromos sobre a proliferação de leveduras de P. brasiliensis com diferentes concentrações de AA (figura 2). Nesse experimento, as leveduras ficaram expostas ao composto ao longo de 7 dias de cultivo. A figura 2 mostra que leveduras do grupo controle (CTR) apresentaram um crescimento lento durante o primeiro dia, crescendo bastante a partir daí atingindo seu pico de crescimento no quarto dia de cultivo, entrando em sua fase de declínio até o sétimo dia. As leveduras tratadas com a concentração de 0,001 uM de AA não tiveram seu crescimento inibido, porém apresentaram crescimento comparável ao grupo CTR, atingindo seu pico de crescimento no terceiro dia e entrando em sua fase de declínio até o sétimo dia de cultivo. 12 10 Massa (mg peso seco) Figura 1 - Morfologia celular de leveduras de P. brasiliensis em diferentes concentrações de SHAM. As concentrações de 0,005 e 0,01 uM de AA, as leveduras tiveram seu crescimento retardado, no qual continuaram crescendo mais lentamente até o último dia do cultivo. Na figura 3, os grupos experimentais foram analisados com o objetivo de avaliar o segundo ramo da cadeia respiratória, a cadeia alternativa da enzima oxidase alternativa. Foi avaliado a proliferação de leveduras de P. brasiliensis com diferentes concentrações de SHAM. Nesse experimento, as leveduras ficaram expostas ao composto durante os sete dias de cultivo. O grupo não tratado (CTR) cresceu gradativamente até o quarto dia de cultivo, atingindo aí seu pico de crescimento, entrando logo depois em sua fase de declínio até o sétimo dia. As leveduras cultivadas com 0,5 mM de SHAM, não teve sua proliferação inibida, porém obteve seu crescimento diminuido, onde no sétimo dia de cultivo a mesma ainda crescia bastante em relação ao grupo não tratado. Nas concentrações de 1 e 2 mM de SHAM, as leveduras não proliferaram, o que mostra que o inibidor da oxidase alternativa (SHAM) possui um efeito antiproliferativo sobre o fungo P. Brasiliensis. 8 6 4 2 12 0 Massa (mg peso seco) 10 0 1 2 3 4 7 Dias 8 Figura 3 – Gráfico de proliferação celular de leveduras de P. brasiliensis após tratamento com SHAM em diferentes concentrações por todo período de cultivo. Grupo controle (♦),SHAM 0,5 mM (▲), SHAM 1,0 mM (●), SHAM 2,0 mM (-). 6 4 2 0 0 1 2 3 4 7 Dias Figura 2 – Gráfico de proliferação celular de leveduras de P. brasiliensis após tratamento com diferentes concentrações de AA, por todo período Para testar a sensibilidade do fungo ao agente oxidante menadiona, foi realizado uma curva dose resposta para determinar uma concentração do composto com atividade antiproliferativa e sua capacidade de gerar EROs. XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 3 Massa (mg peso seco) 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 1 2 Dias 3 4 Figura 4 – Curva dose-resposta de leveduras tratadas com diferentes concentrações do agente oxidante menadiona. Grupo controle (♦),Menadiona 5µM (■), Menadiona 10µM (▲), Menadiona 50µM (-), e Menadiona 100 µM (•). Após testar o papel da cadeia respiratória na proliferação de leveduras de P. brasiliensis e sua sensibilidade a diferentes concentrações do agente oxidativo menadiona, definimos então, uma concentração de menadiona com atividade antiproliferativo e sua capacidade de gerar EROs. Análises bioquímicas mostraram que 50 uM de menadiona gerou intensa produção de espécies reativas de oxigênio, porém, essa concentração gerou pouco efeito antiproliferativo, enquanto 100 uM gerou muita espécies reativas de oxigênio atingindo mais rápido a saturação. 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 01:30:00 01:20:00 01:10:00 01:00:00 00:50:00 00:40:00 00:30:00 00:20:00 00:10:00 0 00:00:00 Unidades Atributárias de Fluorescência Para isto, demos inicio ao experimento, no qual avaliamos o papel da cadeia respiratória na proliferação de leveduras de P. brasiliensis através da sensibilidade a diferentes concentrações do agente oxidativo menadiona. As leveduras ficaram expostas ao composto durante quatro dias de cultivo. Cultivando as leveduras de P. brasiliensis, observamos que o grupo não tratado (CTR), obteve um ótimo crescimento até o terceiro dia, atingindo seu pico de crescimento e entrando em sua fase de declínio a partir daí (figura 4). Na presença do composto, observamos que os grupos tratados com concentrações de 5 a 50 uM de menadiona, cresceram comparável ao controle (CTR), no qual continuaram crescendo até o final do experimento. A concentração de 100 uM de menadiona, podemos observar que gera nenhum efeito proliferativo sobre o P. brasiliensis, impedindo o crescimento saudável do fungo. Esse resultado indica que a concentração de 100 uM do composto possui efeito antiproliferativo sobre o mesmo, apresentando morfologia de células em degeneração; na qual a parede celular se apresentou mais fina e com citoplasma vacuolizado (não mostrado). Tempo Figura 5 – Análise de geração de espécies reativas de oxigênio em leveduras de P. Brasiliensis ao agente oxidante menadiona. Grupo controle (♦), Menadiona 5µM (■), Menadiona 10µM (▲), Menadiona 50µM (-), e Menadiona 100 µM (●). Discussão Resultados anteriores do nosso grupo de pesquisa demonstram que o acido salicilhidroxâmico (SHAM), conhecido como inibidor da oxidase alternativa (AOX), bloqueou a proliferação de leveduras (37ºC) do fungo P. brasiliensis. Várias concentrações de SHAM, antimicina A e menadiona foram testadas na tentativa de avaliar um efeito antiproliferativo sobre o fungo. Na planta Nicotiana tabacum, a inibição do ramo clássico da cadeia respiratória com antimicina A estimula a expressão da oxidase alternativa em contrapartida, o efeito inibidor da AA, não gera efeito na proliferação (VANLERBERGHE, et al., 2002). Ao contrário, nesse trabalho, quando utilizado as mesmas concentrações, a antimicina inibiu por completo a proliferação do fungo (não mostrado). Contudo, quando foi utilizado uma concentração 100 vezes menor (0,01 uM de antimicina A) não houve inibição sobre a proliferação do fungo, mas retardou seu crescimento. Com relação a oxidase alternativa, no fungo Cryptococcus neoformans, a inibição da mesma foi relacionada à perda de virulência e sua superexpressão protegeu este fungo contra estresses de origem externa, como também contribuiu para sua virulência e sobrevivência (BRAIDOT, et al., 1999). Experimentos de outros membros desse grupo de pesquisa (não publicado), descrevem que o tratamento com 2 mM de SHAM por 24 horas inibe XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 4 a oxidase alternativa mas não gera um efeito antiproliferativo em leveduras do P. Brasiliensis. Os resultados neste trabalho mostra que concentrações de 1 e 2 mM de SHAM, inibiram o crescimento do fungo P. Brasiliensis, gerando um efeito antiproliferativo sobre o mesmo, indicando que a oxidase alternativa está relacionada com a proliferação do fungo. Os experimentos realizados com menadiona mostram que concentrações utilizadas de 5 a 50 uM do composto não inibiram a proliferação do P. brasiliensis gerando pouca espécies reativas de oxigênio (EROs). Quando aumentada a concentração para 100 uM inibiu totalmente a proliferação, na qual as leveduras geraram muito EROs atingindo rapidamente um pico de saturação. -GOLDMAN, G.H.; MARQUES E.R.; RIBEIRO, D.C.D.; BERNARDES, L.A.S.; QUIAPIN, A.C.; VITORELLI, P.M.; SAVOLDI, M.; SEMIGHINI, C.P.; OLIVEIRA, R.C.; NUNES, L.R.; TRAVASSOS, L.R.; PUCCIA, R.; BATISTA, W.L.; FERREIRA, L.E.; MOREIRA, J.C.; BOGOSSIAN, A.P.; TEKAIA, F.; NOBREGA, M.P.; NOBREGA, F.G.; GOLDMAN, M.H. Expressed Sequence Tag bAnalysis of the Human Pathogen Paracoccidioides brasiliensis Yeast Phase: Identification of Putative Homologues of Candida albicans Virulence and Pathogenicity Genes. Eukaryotic Cell. V.2, n.1, p.34–48, 2003. Conclusão -HELMERHORST, E.J.; MURPHY, M.P.; TROXLER, R.F.; OPPENHEIM, F.G. Characterization of the mitochondrial respiratory pathways in Candida albicans. Biochim. Biophys. Acta. V.1556, p.73–80, 2002. Esses resultados mostraram que a atividade da cadeia respiratória clássica e alternativa são importantes para a proliferação, e que existem mecanismos de proteção contra estresse oxidativo no fungo Paracoccidioides brasiliensis. -LACAZ, C.S. Historical evolution of the knowledge on Paracoccidioides brasiliensis In: Franco, M., Lacaz, C.S., Restrepo-Moreno, A.; Del Negro, G. Paracoccidioidomicosys. Boca Raton: CRC Press. p.1-4, 1994. Agradecimentos -MARQUES, S.A.; et al. Paracoccidioidomicose: freqüência, morfologia e patogênese de lesões tegumentares. An Bras Dermatol. V.82, n.4, p.41141, 2007. Agradeço a Universidade do Vale do Paraíba e a todas as pessoas que participaram direta e indiretamente deste projeto. Agradeço também a FAPESP pelo apoio financeiro. Referências -ARISTIZABAL, B.H.; CLEMONS, K.V.; STEVENS, D.A.; RESTREPO, A. Morphological transition of Paracoccidioides brasiliensis conidia to yeast cell: in vivo inhibition in females. Infect Immun. V.66, n.11, p.5587-5591, 1998. -BAGAGLI, E.; THEODORO, R.C.; BOSCO, S.M.G.; MCEWEN, J.G. Paracoccidioides brasiliensis: phylogenetic and ecological aspects. Mycopathologia. V.165, n.4-5, p.197-207, 2008. -BRAIDOT, E.; PETRUSSA, E.; VIANELLO, A.; MACRI, F. Hydrogen peroxide generation by higher plant mitochondria oxidizing complex I or complex II substrates. FEBS Lett. Amsterdam. V.451, n.3, p.347-50, 1999. -RESTREPO, A.; MCEWEN, J.G.; CATAÑEDA, E. The habitat of Paracoccidioides brasiliensis: how far from solving the riddle? Med. Mycol. V.39, p.233-241, 2001. -SAN-BLAS, G.; NIÑO-VEGA, G.; and Iturriaga, T. Paracoccidioides brasiliensis and paracoccidioidomycosis: molecular approaches to morphogenesis, diagnosis, epidemiology, taxonomy and genetics. Med Mycol. V.40, p.225242, 2002. -VANLERBERGHE, G.C.; MCINTOSH, L. Alternative oxidase: from gene to function. Annual review of Plant Physiology and Plant Molecular Biology. V.38, p.703-734, 1997. -CAMPOS, C.B.L.; BENEDETTE, J.P.T.; MORAIS, F.V.; OVALLE, R.; NÓBREGA, M.P. Potential role of calcineurin in morphogenesis, calcium homeostasis and energy production during mycelium to yeast dimorphism of Paracoccidioides brasiliensis. Eukaryotic Cell. V.7, n.10, p.18561864, 2008. XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 5