Geração “zap” – Novos Desafios na Escola:
Complementos Digitais para o Ensino da Química
Maria Luiza Almeida Alves da Costa
Dissertação de Mestrado em
EDUCAÇÃO MULTIMÉDIA
Orientador: Prof. Doutor João Carlos de Matos Paiva
1. O Problema
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Qual foi o problema investigado
 a escola tem cada vez mais dificuldade em vencer lazer;
 a escola já não é o espaço privilegiado de aprendizagem;
 a geração que começa a chegar às escolas secundárias cresceu
na era digital.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
O problema
 a escola tem cada vez mais dificuldade em vencer
lazer;
 a escola sempre teve de se bater com o lazer, mas hoje o fosso
alarga-se, pois as actividades que os nossos alunos têm à sua
disposição “lá fora” são cada vez mais diversificadas e mais
apelativas;
 a escola já não é o espaço privilegiado de aprendizagem;
 a geração que começa a chegar às escolas secundárias cresceu
na era digital;
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
O problema
 a escola tem cada vez mais dificuldade em vencer lazer;
 a escola já não é o espaço privilegiado de
aprendizagem;
 a escola agora tem também de se bater no seu próprio terreno,
pois já não é o espaço privilegiado de aprendizagem sendo até
cada vez mais fácil e agradável aprender fora dela;
 a geração que começa a chegar às escolas secundárias cresceu
na era digital;
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
O problema
 a escola tem cada vez mais dificuldade em vencer lazer;
 a escola já não é o espaço privilegiado de aprendizagem;
 a geração que começa a chegar às escolas
secundárias cresceu na era digital;
 cada vez menos os alunos dão atenção a sessões de quadro
negro, giz e professor a debitar matéria, pois começam a não
conseguir imaginar qualquer actividade que não seja
acompanhada de toda a tecnologia que usam naturalmente “lá
fora”.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
O problema
Jovens adolescentes não se revêem na escola que
frequentam, que lhes parece cinzenta e chata e que não os
consegue “agarrar”, que parece não ter nada de novo para
lhes ensinar e assim os perde quando eles regressam ao
exterior.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Onde está a origem do problema
SOCIEDADE
DA INFORMAÇÃO
TIC
altamente tecnológica
destruir de fronteiras
distâncias perdem importância
ritmo alucinante
quantidade imensa de informação
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A origem do problema
Escola não acompanha as mudanças trazidas pela
sociedade, ao ritmo que seria desejado e até necessário:
 a nível dos recursos técnicos;
 a nível dos recursos humanos;
 a nível de falta de visão.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A origem do problema
 a nível dos recursos técnicos:
Rácios sobre Equipamento Informático
ES/EB3
Rácio
Alunos/
Computador
23,3
Rácio Computador/
Estabelecimento
58,0
Rácio Computador/
Espaço escolar
1,0
Ensino básico e secundário, sector público, Portugal Continental, 2001/2002.
Fonte: Recenseamento escolar. Estatísticas Preliminares. DAPP – Ministério da Educação
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A origem do problema
 a nível dos recursos técnicos:
5,4
(EUA, 2001)
Rácios sobre Equipamento Informático
ES/EB3
Rácio
Alunos/
Computador
23,3
Rácio Computador/
Estabelecimento
58,0
Rácio Computador/
Espaço escolar
1,0
Ensino básico e secundário, sector público, Portugal Continental, 2001/2002.
Fonte: Recenseamento escolar. Estatísticas Preliminares. DAPP – Ministério da Educação
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A origem do problema
 a nível dos recursos técnicos:
Recursos Informáticos em Estabelecimentos ES/EB3
20%
PCs s/ Net
PCs c/ Net p/ Admin
54%
17%
PCs c/ Net p/ Inf
PCs c/ Net p/ Outros
9%
28-10-2003
Ensino básico e secundário,
sector
público,da
Portugal
Continental, 2001/2002.
Luiza
Alves
Costa
Fonte: Recenseamento escolar. Estatísticas Preliminares. DAPP – Ministério da Educação
A origem do problema
 a nível dos recursos técnicos:
3 PCs (1 GCN, 1 GFQ, 1 Admin s/Net)
ESEQ, 2003, Ciências
Recursos Informáticos em Estabelecimentos ES/EB3
20%
PCs s/ Net
PCs c/ Net p/ Admin
54%
17%
PCs c/ Net p/ Inf
PCs c/ Net p/ Outros
50 PCs c/Net
ESEQ, 2003, Inf
9%
28-10-2003
Ensino básico e secundário,
sector
público,da
Portugal
Continental, 2001/2002.
Luiza
Alves
Costa
Fonte: Recenseamento escolar. Estatísticas Preliminares. DAPP – Ministério da Educação
A origem do problema
 a nível dos recursos humanos:
 91% dos professores usa o computador e 65% dos
professores usa a Internet;
 44% dos inquiridos utiliza o e-mail - 81% para comunicar
com amigos, 40% com colegas/professores, 10% com
alunos;
 a maioria (74%) não utiliza o computador com os seus
alunos em sala de aula, em clubes ou em aulas de apoio;
apenas 19% dos professores diz ter utilizado o computador
com os seus alunos mais de quatro vezes, no ano de 2001;
 as aplicações das TIC mais usadas com alunos são:
processador de texto (32%), Internet (23%), CD-ROM
(18%).
28-10-2003
básico e secundário, sector público e privado, Portugal Continental, 2001/2002.
Luiza Alves Ensino
da Costa
Fonte: Paiva, J., As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores. DAPP – Ministério da Educação
A origem do problema
 a nível de falta de visão:
 por norma considera-se as TIC uma disciplina e não como
uma ferramenta ao serviço de todas as áreas;
 turmas com número elevado de alunos;
 programas muito extensos;
 ênfase em cumprir programa entendido como “varrer todos
os conteúdos”.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
O problema é que
Jovens adolescentes
não se revêem na escola
que frequentam.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Quem são os jovens adolescentes do séc. XXI
N-Geners
«The Net Generation has arrived. The new digital media, particularly the
Internet, are at the heart of a new youth culture and a new generation
who, in profound and fundamental ways, learn, work, play,
communicate, shop and create communities very differently than their
parents.»
Don Tapscott,
Canadá
Homo Zappiens
«I think it is time to stop complaining the non disciplined and non
concentrated youngsters in our classes. I think it is time to celebrate
homo zappiens and adapt our teaching methods and teaching materials
according to the skills they have on offer, and which I think, will be
crucial for advancement of our information society.»
Wim Veen
Delft University of Technology, Holanda
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Os jovens adolescentes do séc. XXI
Os “zap”









geração do telemóvel, computador, Internet, leitores de mp3, televisão
por cabo, consolas de jogos; para quem a tecnologia é transparente;
geração habituada a “acção” ao ritmo da sociedade da era digital;
que desde o berço, cresceu entre tarefas múltiplas, a fazer zapping
entre elas;
que não consegue nem se interessa em centrar a atenção numa única
actividade durante muito tempo;
para quem divertir-se é essencial em qualquer actividade;
para quem comunicar é fundamental;
que prefere imagem a texto, mas usa-o constantemente nas SMS ou
nos chat;
cúmplice da geração precedente; não existe generation gap;
geração auto-confiante, gosta de intervir, tem opinião formada, gosta
de poder escolher.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Os jovens adolescentes do séc. XXI
Os “zap” na escola






dificilmente se concentram numa actividade, se essa actividade implicar
sobretudo receber – ouvir, ver, observar, exigem interactividade;
processam a informação em hipermédia – de modo não linear,
descontínuo;
trabalham melhor se lhes for dada liberdade para programar as suas
actividades ao longo do tempo, exigem flexibilidade;
gostam de colaborar para um fim comum, de trabalhar em grupo;
gostam especialmente de desafios, e aplicam-se mais se forem
desafiados para além das dificuldades medianas;
gostam de aprender e são naturalmente curiosos, contudo exigem
“divertir-se” no processo.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Os jovens adolescentes do séc. XXI
Os “zap” Portugueses
Adolescentes de 15 a 17 anos,
residentes em meios urbanos de IDS elevado,
agora a entrar no Ensino Secundário.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola para o séc. XXI
 Educar para quê?
Na sociedade da informação, o objectivo da educação
deixou de ser formar profissionais e passou a ser proporcionar
a aquisição de competências, pois tudo acontece muito
rapidamente, gerando-se continuamente novas necessidades,
que exigem novas profissões.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola para o séc. XXI
 Ensinar e aprender o quê?
O educador da era digital não pretende transmitir dados,
mas tornar os seus alunos capazes de navegar no imenso mar
de dados da sociedade da informação, e animar o processo de
selecção e organização, fomentar a análise e o espírito
crítico, auxiliar a síntese e a reflexão, em suma, estimular o
aluno a construir o conhecimento.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola para o séc. XXI
 Como educar?
O fluxo de informação entre educador e educandos da era
digital é bidireccional e individualizado, pode fluir entre
espaços diferentes, tempos diferentes, ocorre também entre
educadores e entre educandos, e transporta uma mole imensa
de informação… e tudo isto “à velocidade do pensamento”.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola para a geração “zap”
 Lev Vygotsky
 para ele a aprendizagem é um processo eminentemente
social; realça o papel primordial da linguagem como um
verdadeiro instrumento de aprendizagem e não apenas um
meio de comunicação; segundo ele, a verbalização das
ideias, em colaboração, é o que permite a sua verdadeira
consciencialização e consequentemente a verdadeira
aprendizagem.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola para a geração “zap”
 Howard Gardner
 chama a atenção para a existência de várias formas de
inteligência, que se podem manifestar em cada indivíduo em
várias combinações e com várias intensidades; e assim, o
processo de E/A deve ser único e original, e dirigido para
as inteligências específicas de cada indivíduo – espacial,
musical, inter-pessoal, etc – em vez de unicamente se
centrar na inteligência linguística e lógico-matemática.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola para a geração “zap”
 Don Tapscott
 afirma que, para que os “N-Geners” se revejam na escola,
ela deve deixar o “broadcast learning” e passar a promover
o “interactive learning” – ou, respectivamente,
“aprendizagem unidireccional” e “aprendizagem interactiva”.
28-10-2003
Adaptado de “Growing Up
Digital
– The Rise
of the Net Generation” de Don Tapscott
Luiza
Alves
da Costa
Uma escola para a geração “zap”
 Wim Veen
 indica como palavra-chave para a educação dos “Homo
Zappiens” a “flexibilidade”:
 de conteúdos;
 de modelos educativos;
 de tempo;
 de avaliação;
 de comunidades de aprendizagem.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola para a geração “zap”
A maior parte das mudanças que devem ocorrer têm
sobretudo a ver com a “educação” e não com
“computadores”, mas a introdução de algo novo como as
TIC, poderá servir de pretexto e motor de mudança, além de
facilitarem essa mudança.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
2. A Resposta
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A resposta
Complementos digitais (CD) às estratégias tradicionais:
CD1 - apoio à distância ao ensino presencial;
CD2 - utilização de software educativo;
CD3 - pesquisa de informação na Internet.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A resposta
Complementos digitais (CD) às estratégias tradicionais:
CD1 - apoio à distância ao ensino presencial;
O processo de E/A deveria contemplar uma componente
presencial e outra à distância – a componente presencial
seria tanto maior quanto mais jovens fossem os alunos e
quanto mais experimental fosse a disciplina explorada.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola sempre presente
A componente à distância…
 flexibilidade - ocorre quando o aluno precisar, ou quando
estiver mais motivado, ou quando estiver disponível, ou quando
tiver mais tempo; para resolver uma dúvida, para se preparar
para um teste, para se informar sobre um assunto que lhe
interessa;
 personalização - permite um processo de E/A verdadeiramente
único e dirigido a cada indivíduo, de acordo com o seu ritmo e as
suas características;
 colaboração - potencia e amplifica a participação em grupo e a
aprendizagem colaborativa, porque elimina a relutância ou
receio de mostrar dúvidas ou dificuldades ou simplesmente de
participar - ao obrigar a escrever, e por isso a realmente pensar
antes de escrever, reduz a precipitação ao expor as ideias.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Uma escola sempre presente
 páginas – permitem comunicação no sentido professor-alunos,
organizam e apresentam informação, propõem desafios,
orientam percursos na web;
 fórum de mensagens – permite comunicação entre toda a
comunidade, em todos os sentidos e aberta a todos;
comunicação assíncrona e escrita, o geralmente se traduz por
qualidade elevada;
 chat – permite comunicação entre toda a comunidade, em todos
os sentidos e aberta a todos, tal como o fórum, mas de modo
síncrono, logo mais imediata;
 e-mail – permite comunicação entre toda a comunidade, em
todos os sentidos, apenas aberta a remetente e destinatário(s);
novamente, comunicação assíncrona e escrita, logo, mais
pensada.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A resposta
Complementos digitais (CD) às estratégias tradicionais:
CD2 - utilização de software educativo;
O processo de E/A deveria ser apoiado pela utilização de
software educativo, nas actividades presenciais ou à
distância.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Aplicar, experimentar, simular
O software educativo…
 proporciona ao aluno interactividade e feedback imediato;
 permite o controlo sobre a sua própria aprendizagem;
 pode permitir o acesso a experiências impossíveis de observar
de outro modo;
 pode ajudar a despistar e corrigir certas concepções
alternativas dos alunos;
 individualiza o processo de E/A se usado isoladamente, ou
promove hábitos de cooperação, se usado em grupo.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Aplicar, experimentar, simular
O software educativo pode ser designado e acordo com a
função no processo de E/A:
 jogos;
 software de referência;
 tutoriais;
 aplicações de “drill and practice”;
 simulações;
 etc.
Pode ser utilizado livremente ou com guias que
aconselham e questionam o aluno durante essa utilização, os
roteiros de exploração.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
A resposta
Complementos digitais (CD) às estratégias tradicionais:
CD3 - pesquisa de informação na Internet.
O processo de E/A deveria ser apoiado, completado e
animado com a pesquisa de informação na Internet,
durante as actividades presenciais ou à distância.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Partir em busca da informação
A pesquisa na Internet…
 proporciona acesso a mais informação, e acesso mais fácil e
mais rápido;
 permite construir impressões do mundo à sua volta e
sensibiliza-os para as relações entre a Ciência, a Tecnologia, a
Sociedade e o Ambiente.
 promove qualidades/valores tais como, a solidariedade, a
tolerância e o respeito pela diferença, no contacto com
informação e culturas de todos os cantos do mundo.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Partir em busca da informação
A pesquisa pode ser realizada em portais genéricos, mas
utilização de portais específicos de Ciência ajuda os mais
inexperientes nas suas pesquisas:
 só devolve listagens de endereços directamente
relacionados com Ciências;
 só inclui nas suas listagens endereços de sites de alguma
qualidade;
 associa aos endereços um pequeno comentário sobre o seu
conteúdo.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Complementos digitais às estratégias tradicionais
Vantagens adicionais dos CD:
 utiliza recursos naturalmente atraentes e motivadores para
os jovens “zap”, sempre disponíveis para a utilização destas
novas tecnologias;
 preparara-os para a integração na sociedade altamente
tecnológica em que vivem;
 promove hábitos de formação contínua, que lhes serão úteis
no futuro.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
3. A Investigação
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Objectivo da investigação
Determinar o impacto, no processo de E/A da geração
“zap”, da utilização de complementos digitais às estratégias
tradicionais.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Os sujeitos da investigação
 foram seleccionados por “amostragem de conveniência”;
 e divididos aleatoriamente em GC e o GE;
 foi confirmada equivalência estatística dos GE e GC.
AMOSTRA
GE
GC
53
27
26
25
12
13
70%
60%
N total
N
Rapazes
%
48
46
50
50%
GC
30%
N
28
15
13
%
52
54
50
20%
Média de idades
15
15
15
10%
N
3
1
2
0%
%
6
4
8
14,9
15,1
14,7
Raparigas
Retenções
M10 / 20 valores
GE
40%
AMOSTRA
1-6
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
7-9
10 - 13
M10 / 20 valores
14 - 17
18 - 20
Validade externa da investigação
 validade externa reduzida permitindo apenas generalização
conduzida de modo crítico e limitada a contextos muito
específicos;
 possível generalizar as conclusões deste estudo à geração
“zap” portuguesa, os adolescentes de 15 a 17 anos de idade,
residentes em meios urbanos de IDS elevado, e que se
encontrarão agora a entrar no Ensino Secundário.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Validade interna da investigação
 validade interna garantida pela designação aleatória do GE e
GC e verificada pela confirmação da sua equivalência
estatística;
 todas as possíveis ameaças à validade interna, a terem
existido, não terão influenciado significativamente os resultados
dos estudos, excepto talvez a “igualdade de tratamento
compensatória”, que foi sempre uma tentação, e que, a ter
ocorrido, se traduziria numa ligeira igualização dos resultados
dos pós-testes, assim atenuando o efeito da utilização dos CD.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD1
 Objectivo
 Determinar se há vantagem em que o processo de E/A de
Química do 10º ano seja apoiado à distância.
 Tipo de investigação
CD1/g
GVE
GC
A
A
CD1/e
GVE
GC
A
A
O
O
XVE
O
O
XVE
O
O
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD1- apoio genérico
 Procedimento
 o FQONLINE foi plataforma de comunicação adicional com o GE:
 propor desafios genéricos sobre Ciência e colocar questões adicionais
sobre temas tratados nas aulas presenciais;
 disponibilizar documentos e responder a dúvidas;
 apresentar a avaliação do grupo.
 o pós-teste foi considerado o conjunto de todos os testes de CFQ.
 Observação
 o GE ficou curioso e entusiasmado, mas só alguns mantiveram-se
assim até ao fim; o GC lamentou não poder participar;
 a maior parte do GE não sabe realmente tirar partido destes novos
recursos;
 os desafios do fórum foram a actividade mais bem sucedida; a
página de avaliações e as dúvidas por e-mail também foram
populares; o chat não teve sucesso;
28-10-2003
 certos condicionantes impediram
o GE de tirar proveito a 100%.
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD1- apoio específico
 Procedimento
 todos os alunos responderam a um teste diagnóstico sobre o assunto, no
início do ano, o pré-teste;
 nas aulas presenciais, ao GC e GE, recordaram-se conceitos já adquiridos,
estabeleceram-se as regras de nomenclatura inorgânica e mostraram-se
alguns exemplos;
 foram disponibilizados no site: os elementos químicos e respectivos
símbolos, uma tabela de catiões e aniões, e várias actividades, jogos,
exercícios, sobre elementos e símbolos, fórmulas químicas e nomenclatura
inorgânica, para o GE;
 o GC recebeu a mesma tabela de catiões e aniões em papel e uma ficha de
trabalho, com soluções.
 passadas 2 semanas repetiu-se o teste diagnóstico, o pós-teste.
 Observação
 todo o trabalho de aplicação foi realizado extra aulas presenciais;
 os alunos do GE pediram a ficha de trabalho entregue ao GC.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD1- Resultados
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD2
 Objectivos
 Determinar se há vantagem em que o processo de E/A do
“Equilíbrio Químico” no 10º ano seja apoiado pela utilização
de software educativo.
 Determinar se há vantagem em que a utilização de software
educativo seja guiada por roteiros de exploração.
 Tipo de investigação
GEL
GERE
GC
A
A
A
XL
XRE
O
O
O
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD2
 Procedimento
 todos os alunos tiveram introdução sobre EQ, onde chegaram a
lista de factores que o afectariam; foi proposto que investigassem,
nas aulas práticas, como esses factores afectariam o EQ;
 o GC discutiu, consultou o manual; O GE, em grupos de 2, usou o
“LE CHAT”; metade do GE usou RE;
 o pós-teste foi um grupo do teste da disciplina.
 Observação
 a sessão do GC decorreu normalmente; a sessão do GE foi confusa
e agitada;
 o GE teve dificuldade em usar o computador e o programa e em
estabelecer estratégias de manipulação das variáveis para chegar
às respostas pretendidas; os que utilizaram RE conseguiram
superar essa dificuldade;
 o GC teve dificuldade em chegar às conclusões apenas a partir da
discussão do assunto, copiando-as do texto do livro;
 finda a sessão, o GC pareceu ter chegado às respostas e
compreendido o assunto; o GE pareceu ter ficado confuso.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD2- Resultados
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD3
 Objectivos
 Determinar se há vantagem em que o processo de E/A do
tema “Chuvas Ácidas” do 10º ano seja acompanhado de
pesquisa de informação na Internet.
 Determinar se há vantagem em que essa pesquisa de
informação na Internet seja orientada por portais específicos.
 Tipo de investigação
GEL
GEM
GC
A
A
A
XL
XM
O
O
O
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD3
 Procedimento
 alunos receberam questionário sobre “Chuvas Ácidas”. O
GC pesquisou em livros ou enciclopédias sobre Química e
Ciência em geral. O GE pesquisou na Internet – metade
livremente e a outra metade através do portal “MOCHO”;
 o pós-teste foi a resposta ao questionário.
 Observação
 as sessões decorreram normalmente;
 todos os alunos encaram a utilização da Internet como o
processo mais natural para obter informação sobre qualquer
assunto; o GC queixou-se por não a poder usar.
 o GC pareceu ter dificuldades em responder a todas as
questões; o GE pareceu ter encontrado todas as respostas,
tendo a metade que utilizou o “MOCHO” sido mais rápida.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Investigação ao CD3- Resultados
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
4. As Conclusões
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Conclusões – CD1
 Parece haver vantagem em que o processo de E/A seja
apoiado à distância, em termos genéricos, ou em termos
específicos, mas essa vantagem não se manifesta
nitidamente enquanto se mantiverem certas atitudes:
 preocupação em varrer de conteúdos em vez de privilegiar a
pesquisa, a discussão, a curiosidade, a colaboração;
 luta pela classificação na pauta no fim do período em vez de querer
realmente saber mais, compreender;
 encarar o Ensino Secundário como transição para o Ensino
Superior;
 não levar a sério as TIC como recurso em todas as áreas
disciplinares;
 encarar “A Escola”, como a instituição, o edifício, esquecendo que
pode ir para além dos tempos lectivos, dos períodos de aulas,
prolongar-se em casa, nas férias, onde e quando for desejada e
necessária;
 não existirem condições que possibilitem às famílias maior facilidade
na aquisição de equipamento informático e ligação à rede a partir de
suas casas.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Conclusões – CD2
 Para que haja realmente vantagem em que o processo de
E/A seja apoiado pela utilização de software educativo é
necessário:
 incluir a utilização do computador na rotina das escolas, de modo a
que todos o vejam apenas como mais uma ferramenta que os
ajudará a aprender e se habituem a usá-lo;
 distribuir máquinas em número suficiente por todos os grupos
disciplinares;
 mudar a já referida atitude com que os jovens vivem o período préuniversitário e criar hábitos de curiosidade e gosto pela pesquisa e
discussão.
 Há vantagem em que a utilização de software educativo seja
guiada por roteiros de exploração.
 O perfil dos roteiros depende dos objectivos do professor, da
complexidade dos temas, e do estilo ou experiência dos alunos,
mas parecem revelar-se sempre úteis.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Conclusões – CD3
 Há claramente vantagem em que o processo de
ensino/aprendizagem seja acompanhado de pesquisa de
informação na Internet.
 Porque, por um lado os recursos bibliográficos a nível das nossas
Escolas Secundárias não conseguem competir em quantidade,
qualidade ou actualidade com a informação disponibilizada na
Rede. Por outro lado porque os jovens já não concebem uma
pesquisa realizada de outro modo.
 Há vantagem em que essas pesquisas sejam orientadas por
portais específicos
 Porque se evita que os jovens se percam no meio da selva de
informação que é cada vez mais a Internet e porque os protege de
alguma informação de menor qualidade com que possam deparar,
traduzindo-se num aumento de qualidade e numa economia de
tempo.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
Outras conclusões







os “zap” participantes nesta investigação não são ainda “zap” puros;
os complementos digitais potenciam o trabalho colaborativo;
o sexo parece ser mais um factor de info-exclusão;
usa-se no fórum de mensagens uma escrita típica dos chat e SMS;
o conceito de escola como o local onde se vai “beber da sabedoria do
mestre”, é ainda o mais aceite;
os CD fomentam evoluções a nível das atitudes e competências –
hábitos colaborativos, curiosidade, espírito crítico, capacidade de
síntese e reflexão – que influenciam a aprendizagem de um modo mais
profundo e não detectável de imediato;
usar as TIC nas actividades lectivas é sempre algo que atrai à partida,
apesar de ainda não serem capazes de aproveitar as potencialidades
ao máximo, e apesar de esse entusiasmo esmorecer quando verificam
que vão trabalhar “a sério”.
28-10-2003
Luiza Alves da Costa
«foi útil, além de aprender Química ainda aprendi montes de coisas sobre
computadores e Internet que não sabia»
«acho que aprendi mais que os do outro turno porque falamos de outras
coisas nos desafios, que eles não ouviram»
«no início lembro-me que fiquei muito entusiasmado»
«quando a professora nos falou do site pensei logo: vai ser porreiro!»
«mudei um pouco, porque não é assim tão divertimento como se
pensava»
«pois, dá muito trabalho, é como estudar de qualquer modo, não é
brincadeira nem jogo»
«continuo a achar uma ideia óptima!»
«sim, gostava de continuar a usar o site»
«gostei e acho que todas as disciplinas deviam ser assim»
«gostei mas primeiro preciso de aprender mais computador»
Alunos participantes na investigação.
Geração “zap” – Novos Desafios na Escola:
Complementos Digitais para o Ensino da Química
Maria Luiza Almeida Alves da Costa
Download

Geração “zap” – Novos Desafios na Escola