CONTABILIDADE GERENCIAL E
CONTROLADORIA
Prof. Jorge Marcelo Wohlgemuth, Me.
2
SUMÁRIO
CAPÍTULO I
4
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.....................................................................................................................4
TERMINOLOGIA CONTÁBIL.....................................................................................................................7
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO ....................................................................................8
ATIVIDADES EXECUTADAS PELO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE..........................................11
a) ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL.........................................................................................................12
b) ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS............................................................................13
RAMOS DA CONTABILIDADE ................................................................................................................23
II. ASPECTOS CONCEITUAIS SOBRE CONTROLADORIA
24
CONTROLADORIA COMO ÁREA DE CONHECIMENTO .......................................................................24
CONTROLADORIA COMO UNIDADE ADMINISTRATIVA ......................................................................25
CONTROLADORIA NO SETOR PÚBLICO..............................................................................................26
FUNÇÕES EXECUTADAS PELA CONTROLADORIA ............................................................................26
ANÁLISE DE BALANÇOS .......................................................................................................................27
TÉCNICAS DE ANÁLISE ....................................................................................................................29
ANÁLISE VERTICAL ......................................................................................................................29
ANÁLISE HORIZONTAL.................................................................................................................30
CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO DE ÍNDICES...............................................................................30
ÍNDICES DE LIQUIDEZ..................................................................................................................31
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO.....................................................................................................34
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS.....................................................................................................35
ÍNDICES DE RENTABILIDADE ......................................................................................................37
CÁLCULO DO CUSTO DO PRODUTO/SERVIÇO ..................................................................................41
TERMINOLOGIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................................42
FATORES DE PRODUÇÃO ...........................................................................................................44
A) MATERIAIS ................................................................................................................................44
B) MÃO-DE-OBRA..........................................................................................................................49
C) GASTOS GERAIS......................................................................................................................50
D) DEPRECIAÇÃO .........................................................................................................................50
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS .......................................................................................................53
3
SISTEMAS DE CUSTOS ....................................................................................................................54
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL.................................................................................................54
CUSTEIO PADRÃO........................................................................................................................55
CUSTEIO ABC................................................................................................................................55
CUSTEIO POR ABSORÇÃO ..........................................................................................................55
ESTUDO DE CASO 1 .........................................................................................................................55
Solução: ..............................................................................................................................................58
ANÁLISE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E DO PONTO DE EQUILÍBRIO .......................................65
ESTUDO DE CASO 2 .........................................................................................................................67
Solução: ..............................................................................................................................................67
DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA .............................................................................................69
ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA .................................................................................72
ESTUDO DE CASO 3 .........................................................................................................................73
ESTUDO DE CASO 4 .........................................................................................................................74
FLUXO DE CAIXA ...................................................................................................................................75
ORÇAMENTO .........................................................................................................................................78
OBJETIVOS DO ORÇAMENTO..........................................................................................................79
CONCEITOS ORÇAMENTÁRIOS ......................................................................................................80
ESTRUTURA DO PLANO ORÇAMENTÁRIO ................................................................................81
ESTUDO DE CASO 5 .........................................................................................................................81
SOLUÇÃO...........................................................................................................................................82
ASPECTOS CONCEITUAIS SOBRE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA..................................................84
TÉCNICAS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA .....................................................................................84
EXEMPLO.......................................................................................................................................86
O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO ...........................................................................................88
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO ................................................................................................88
III. EXERCÍCIOS
90
4
CAPÍTULO I
Nesse capítulo serão apresentados os conceitos e teorias da Ciência Contábil.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A contabilidade é uma ciência social que estuda a riqueza patrimonial das entidades, sob os
aspectos quantitativos e qualitativos, tendo como objetivos a geração de informações e a explicação dos
fenômenos patrimoniais, possibilitando o controle, a análise, a avaliação, o planejamento e a tomada de
decisão. A área de atuação da contabilidade compreende qualquer pessoa física ou jurídica que tenha seu
patrimônio definido e delimitado. O patrimônio também é objeto de estudo de outras ciências, tais como a
Economia, o Direito e a Administração. Entretanto, estas outras ciências estudam o patrimônio sob
aspectos diferentes daquele estudado pela Contabilidade. O patrimônio é uma grandeza real cuja
constituição deve ser conhecida e que se transforma e evolui sob a atividade humana.
No início da civilização, os grupos sociais procuravam bastar-se a si mesmos, produzindo os
materiais que necessitavam ou se utilizando daquilo que poderiam obter facilmente da natureza para sua
sobrevivência. As transformações que ocorreram, no decurso dos séculos, fizeram as sociedades se
organizar, até chegar ao modelo que se conhece atualmente. Aqui entra a função da contabilidade de
avaliar a riqueza do homem e compreender os acréscimos ou decréscimos dessa riqueza.
O homem age em função da satisfação de suas necessidades. Neste sentido, destacam-se
dois aspectos: a) o homem é levado a atuar em associação com outros homens, sendo “forçado”, dessa
forma, a viver em sociedade; e b) através do processo de divisão do trabalho, o homem não mais se
dedica diretamente a obter os elementos que se tornam indispensáveis para atender suas necessidades,
mas aplica seus esforços em atividades particulares, gerando assim sua contribuição à sociedade e
recebendo, em contrapartida, uma retribuição compensatória que lhe permite adquirir os bens ou serviços
de que necessita.
Da associação entre indivíduos que conjugam, na vida em sociedade, esforços e recursos,
resultou a formação de organismos especiais, com patrimônio independente do patrimônio dos indivíduos
que os compõe. Estas entidades têm por objetivo a obtenção, a transformação, a compra e a venda de
bens ou serviços; gerando e movimentando riquezas para seus proprietários como objetivo meio e objetivo
5
fim. Visto tais entidades privadas terem seu próprio patrimônio, há necessidade da contabilidade
acompanhar e registrar a sua evolução, dentro de regras definidas pela sociedade onde estão inseridas.
O homem ao praticar atos de natureza econômica, através de ações administrativas sobre um
determinado patrimônio carecerá de informações sobre os aspectos qualitativos e quantitativos bem como
as variações sofridas por ele. Cabe à contabilidade suprir aos interessados com estas informações,
através do estudo do patrimônio econômico e financeiro, observando seus aspectos específico e as
variações por ele sofridas. Todos aqueles que tenham interesse na avaliação da situação e da evolução
do patrimônio das entidades são considerados usuários da contabilidade. Permitir que os usuários
conheçam e avaliem a situação econômica, financeira e patrimonial das entidades, num sentido estático,
bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras, é o objetivo fundamental da contabilidade.
No mundo contemporâneo, as entidades são fundamentais para o desenvolvimento econômico
e social das nações. Das organizações depende toda a sociedade, bem como o poder público que busca a
arrecadação de tributos e conseqüentemente a manutenção da soberania, o desenvolvimento e a
sobrevivência do estado. A globalização da economia e das relações de negócios internacionais cria as
condições necessárias para o progresso ou o retrocesso das entidades. Qualquer que seja o objetivo da
entidade administrada, social ou econômico, ela possuirá sempre um patrimônio em movimentação, que
requer a contabilidade para o seu estudo e controle. Quando a entidade tem objetivo econômico, o
controle do patrimônio apresenta características especiais, pois o meio e o fim da entidade é a riqueza,
sendo da maior importância à administração econômica.
Quando a entidade tem fim social, a administração não se resume no aspecto econômico, nem
este é o mais importante. É, porém, indispensável qualquer que seja a natureza da atividade, pois todas
elas têm a riqueza como um meio. A administração econômica nessas entidades é, entretanto, apenas um
meio e não o seu fim, como ocorre com as entidades com fins lucrativos – empresas.
As entidades públicas (primeiro setor) são aquelas que constituem a República Federativa do
Brasil. Segundo o artigo 1º da Constituição Federal de 1988, a República Federativa do Brasil é formada
pela união indissolúvel de seus Estados, Municípios e do Distrito Federal. As entidades privadas (segundo
setor) formam o que usualmente se chama de “mercado”.
As organizações não-governamentais (ong’s), formadas a partir das iniciativas de pessoas
voluntárias, sem fins lucrativos, que se reúnem e atuam coletivamente, no sentido do desenvolvimento
6
social e do bem comum, formam o terceiro setor. O Instituto Brasileiro do Terceiro Setor1 esclarece que o
termo ONG foi usado pela primeira vez em 1950 pela Organização das Nações Unidas (ONU), para definir
toda organização da sociedade civil que não esteja vinculada ao governo e exerça atividades de interesse
público.
O ambiente competitivo do século XXI, tanto para as empresas, quanto para as entidades
públicas, faz com que os usuários da contabilidade tenham necessidades de informações diferentes e
melhores. Essas mudanças decorrem do surgimento de um espaço econômico e político universal, que
acabou com as economias nacionais e organizações isoladas, e do impacto da potencialização dos meios
de comunicação sobre os indivíduos e os povos.
A contabilidade, na execução das atividades de registro e acompanhamento da evolução do
patrimônio das entidades privadas inseridas na sociedade, sempre foi muito influenciada pelos limites e
critérios legais e fiscais, particularmente os da legislação do imposto de renda. Este fato, ao mesmo tempo
em que proporcionava à contabilidade contribuições importantes e de bons efeitos, também era um fator
que dificultava a adoção de princípios contábeis adequados. Este problema teve uma tentativa de solução
através da Lei das SA´s (Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976) que determinou que a escrituração
contábil seguisse os princípios de contabilidade geralmente aceitos.
A Lei das SA´s, que possui inspiração na legislação americana, apresenta fatores que
dificultam a clareza e a fidelidade das demonstrações contábeis. Sendo que fidelidade e clareza são
requisitos essenciais para a elaboração de balanços nas empresas.
Buscando consolidar as mudanças sociais ocorridas no Brasil nas últimas nove décadas, em 11
de janeiro de 2003 passou a viger o novo Código Civil, instituído pela Lei Federal, de 10 de janeiro de
2002, publicada no Diário Oficial da União, em 11 de janeiro daquele mesmo ano, cujo projeto tramitava no
Congresso desde 1975, revogando, assim, a Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916. A proposta originária
da Comissão Elaboradora do projeto do Novo Código Civil produziu uma formulação apta a captar as
mudanças de valores ocorridas no século passado e menos adequada a dimensionar os desafios do
milênio que inicia.
1
Disponível no site: http://www.institutoterceirosetor.org.br/coluna_3s_150403.htm, acessado em 07/05/2003.
7
Em 28 de dezembro de 2007, foi promulgada a Lei nº 11.638/07, que altera, revoga e introduz
novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976),
notadamente em relação ao capítulo XV que trata de matéria contábil.
Em 03 de outubro de 2008 o Poder Executivo Federal enviou ao Congresso Nacional a Medida
Provisória 449/08, que define regras sobre tributação e contabilização das alterações promovidas pela Lei
11.638/07. Na exposição dos motivos da MP449/08 o Governo Federal entende que no que se refere ao
Regime Tributário de Transição - RTT, objetiva-se neutralizar os impactos dos novos métodos e critérios
contábeis introduzidos pela Lei nº 11.638, de 2007, na apuração das bases de cálculo de tributos federais
nos anos de 2008 e 2009, bem como alterar a Lei nº 6.404, de 1976, no esforço de harmonização das
normas contábeis adotadas no Brasil às normas contábeis internacionais. A Lei nº 11.638/07, entrou em
vigor no dia 1º de janeiro de 2008, sem a adequação concomitante da legislação tributária. A alta
complexidade dos novos métodos e critérios contábeis instituídos pelo referido diploma legal - muitos
deles ainda não regulamentados - têm causado insegurança jurídica aos contribuintes.
O processo de harmonização das normas contábeis nacionais com os padrões internacionais
de contabilidade - objetivo maior da Lei nº 11.638, de 2007 - deve prolongar-se pelos próximos anos,
razão pela qual, há necessidade de que o RTT não seja aplicável apenas no ano de 2008, mas também
no ano de 2009, e, se necessário, nos anos subseqüentes, quando, então, ao se descortinar o novo
padrão da contabilidade empresarial a ser adotado no País, possa-se regular definitivamente o modo e a
intensidade de integração da legislação tributária com os novos métodos e critérios internacionais de
contabilidade. Em 27 de maio de 2009 foi promulgada a Lei nº 11.941 que regulamentou a MP 449/08.
TERMINOLOGIA CONTÁBIL
A) PATRIMÔNIO:
O Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações que pertencem a entidade.
B) BENS:
Bens são todos os elementos, materiais ou imateriais, tangíveis ou intangíveis, que
possuem valor econômico, que pertencem a entidade e dos quais ela necessita
para atingir seus objetivos.
C) DIREITOS:
Direitos são valores que a entidade tem a receber de terceiros, provenientes da
venda ou empréstimo de mercadorias, produtos, serviços ou bens.
8
D) OBRIGAÇÕES:
Obrigações são valores que a entidade tem a pagar a terceiros, provenientes da
compra ou empréstimo de mercadorias, produtos, serviços ou bens.
E) PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
A equação fundamental do patrimônio de uma entidade é:
PL = (B+D) – (OB)
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
O Patrimônio de uma entidade assume a seguinte representação gráfica:
aplicações
origens
OBRIGAÇÕES
BENS + DIREITOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O Patrimônio de uma entidade, representado como na figura acima, apresenta dois lados. O
lado esquerdo (bens + direitos) é denominado lado das APLICAÇÕES DE RECURSOS e o lado direito
(obrigações + PL) é chamado lado das ORIGENS DE RECURSOS. A ciência contábil preconiza que as
aplicações de recursos são iguais às origens de recursos. Esse preceito científico é conhecido como
método das partidas dobradas.
Também se denomina o lado das ORIGENS DE RECURSOS como o lado dos CAPITAIS.
Diferentemente do aspecto financeiro, sob o aspecto contábil, o termo Capital pode encontrar vários
sentidos. Observando o lado dos capitais, se conclui que as entidades possuem dois tipos de capitais:
a) Capitais de Terceiros
Representam as dívidas (obrigações) que a entidade assumiu junto a terceiros. Os Capitais de
Terceiros têm a obrigação de serem pagos pela entidade. Segundo o prazo de vencimento dos
Capitais de Terceiros, pode-se dividi-los em dois tipos: Curto Prazo e Longo Prazo.
9
b) Capitais Próprios
Representam a diferença entre (Bens (+) Direitos) (-) (Obrigações). A primeira fonte de Capital
Próprio de uma entidade denomina-se Capital Social, que é o investimento inicial feito pelos
sócios. Outra fonte de Capital Próprio de uma entidade é o Lucro (R>D) gerado em cada
exercício social.
O Patrimônio de uma entidade pode assumir um dos seguintes estados:
A)
OBRIGAÇÕES
BENS + DIREITOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
B + D > OB
PL > 0 ou positivo (saldo credor)
B)
BENS + DIREITOS
OBRIGAÇÕES
B + D = OB
PL = 0 ou nulo
10
C)
BENS + DIREITOS
OBRIGAÇÕES
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
B + D < OB
PL < 0 ou negativo (saldo devedor)
D)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
OBRIGAÇÕES
PL = OB
B + D = 0 (entidade não possui bens ou direitos ??)
E)
BENS + DIREITOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
B + D = PL
OB = 0 (entidade não possui capital de terceiros)
O patrimônio de uma entidade está em constante evolução. As decisões tomadas pelos
gestores das entidades determinam essa evolução. O conjunto de decisões tomadas pelos gestores da
11
entidade, em determinado período, se traduz na Gestão da entidade. A Gestão de uma entidade possui
três aspectos: a) aspecto econômico; b) aspecto financeiro; e c) aspecto patrimonial.
Quando os gestores tomam decisões, visando alcançar os objetivos da entidade, e essas
decisões modificam o seu patrimônio, diz-se que tais decisões são fatos contábeis. Os fatos contábeis
modificam o patrimônio das entidades no seu aspecto quantitativo, qualitativo ou nos dois.
Os fatos contábeis, além de modificarem os bens, direitos e obrigações das entidades,
modificam, também, as receitas e despesas.
RECEITAS: Representam os ganhos que a entidade aufere e tendem a aumentar seu
Patrimônio Líquido.
DESPESAS: Representam os gastos que a entidade tem e tendem a diminuir seu Patrimônio
Líquido.
LUCRO:
Ocorre quando as receitas são maiores que as despesas num determinado
período.
PREJUÍZO: Ocorre quando as receitas são menores que as despesas num determinado
período.
Exercício social é a parcela da gestão compreendida em cada um dos períodos administrativos.
Está disciplinado no artigo 175, Parágrafo Único, da Lei 6.404/76 e na legislação fiscal orientada pela
Secretaria da Receita Federal.
A denominação corrente do conjunto de Bens e Direitos de uma entidade é ATIVO e do
conjunto de Obrigações é PASSIVO.
ATIVIDADES EXECUTADAS PELO PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE
Independentemente da organização em que trabalhará, o profissional da contabilidade
executará, essencialmente, duas atividades: a) escrituração contábil e b) elaboração e interpretação de
relatórios contábeis.
12
a) ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
A escrituração é uma técnica contábil que consiste no registro de todos os fatos contábeis que
modificaram o patrimônio da entidade, tanto no aspecto quantitativo, quanto no aspecto qualitativo.
A escrituração contábil deve ser mantida em registros permanentes (Livro Diário e Livro
Razão), em idioma e moeda corrente nacionais, em forma mercantil, devendo ser observados métodos e
critérios contábeis uniformes no tempo, com obediência às disposições legais pertinentes e aos princípios
de contabilidade geralmente aceitos.
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas gerenciais e
demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusiva de Contadores e Técnicos em
Contabilidade legalmente habilitados, ou seja, inscritos no CRC e em situação regular.
A empresa, independentemente de seu porte ou natureza jurídica, tem de manter escrituração
contábil completa, no Livro Diário, para controlar o seu patrimônio e gerenciar adequadamente os seus
negócios. Não se trata exclusivamente de uma necessidade gerencial, o que já seria uma importante
justificativa. A escrituração contábil consta como exigência expressa em diversas legislações.
O Código Civil, que entrou em vigor a partir de janeiro de 2003, menciona a obrigatoriedade de
seguir um sistema de contabilidade.
Para as entidades manterem a escrituração contábil exigida pela legislação, é necessário o
entendimento do conceito de conta contábil. Conta contábil é a denominação que se dá para cada um dos
elementos que formam o Patrimônio das entidades.
O conjunto de contas contábeis necessárias para o acompanhamento da evolução dos
componentes patrimoniais e para a apuração do resultado de uma entidade é chamado de Plano de
Contas. O plano de contas é formado pelas seguintes partes: a) elenco de contas; b) função das contas e
c) funcionamento das contas.
O elenco de contas é a relação ordenada com todas as contas contábeis utilizadas e
necessárias para a realização da escrituração dos fatos contábeis da entidade. A função das contas é a
descrição da finalidade desempenhada na escrituração contábil. O funcionamento das contas estabelece a
relação de cada conta com as demais e evidencia como ela se comportará diante da escrituração contábil.
13
b) ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis são conseqüentes da escrituração contábil, devendo nela estar
respaldadas. Pode-se classificar os relatórios contábeis em obrigatórios e gerenciais.
A Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404-76, de 15-12-76), alterada pela Lei 11.638 de 28
de dezembro de 2007, aplicável extensivamente às demais sociedades, estabelece que, obrigatoriamente
ao final de cada exercício, a Diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia:
1 – Balanço Patrimonial;
2 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados;
3 – Demonstração do Resultado do Exercício;
4 – Demonstração dos Fluxos de Caixa; e
5 – Notas Explicativas.
No caso de companhias de capital aberto, a Lei 11.638/07 determina a elaboração da
Demonstração do Valor Adicionado. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) diz que, além dessas
demonstrações, as empresas de capital aberto devem elaborar a Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido.
a) Balanço Patrimonial
A Lei 6.404/76, art. 178, § 1º e § 2º, determina que o Balanço Patrimonial – que é um dos
principais relatórios contábeis – tenha a seguinte estrutura:
14
ATIVO
PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
INVESTIMENTOS
CAPITAL SOCIAL
IMOBILIZADO
RESERVAS DE CAPITAL
( - ) DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
INTANGÍVEL
RESERVAS DE LUCROS
( - ) AÇÕES EM TESOURARIA
( - ) PREJUÍZOS ACUMULADOS
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e
qualitativamente, numa determinada data, o patrimônio e a composição do patrimônio líquido da entidade.
Conforme determina o artigo 178 da Lei nº 6.404-76, “No balanço, as contas serão classificadas segundo
os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da
situação financeira da companhia”.
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os preceitos da Lei nº 6.404-76 e
segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade.
A Lei das SA’s estabelece, em seu artigo 178, §1º, que, no ativo, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de liquidez, e, dentro desse conceito, as contas de disponibilidades são as primeiras a
serem apresentadas no balanço, dentro do ativo circulante. Seguem-se os direitos realizáveis no curso do
exercício social subseqüente e aplicações de recursos em despesa do exercício seguinte.
A seguir, a descrição de cada grupo:
ATIVO CIRCULANTE - São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da
entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os
depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata.
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - Serão classificadas contas da mesma natureza das
do ativo circulante, porém realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os
15
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro, que não constituíram negócios usuais na
exploração do objeto da companhia.
INVESTIMENTOS – São as participações permanentes em outras sociedades e os bens e
direitos que não se destinem à manutenção das atividades da companhia ou empresa.
IMOBILIZADO – São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das
atividades-fim da entidade. Bens tangíveis são aqueles que têm corpo físico, tais como terrenos,
máquinas, veículos, benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais,
etc. Bens intangíveis são aqueles cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos
direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como: patentes,
direitos autorais, marcas, etc.
INTANGÍVEL – São os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.
PASSIVO CIRCULANTE - São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da
empresa cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou de acordo
com o ciclo operacional da empresa, se este for superior a esse prazo.
PASSIVO NÃO CIRCULANTE - São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da
empresa cuja liquidação deverá ocorrer em prazo superior a seu ciclo operacional, ou após o
exercício social seguinte.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO - O patrimônio líquido representa os recursos próprios da entidade, e
seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo (Ativo - Passivo). Desta
forma, o valor do patrimônio líquido pode ser positivo, negativo ou nulo. O patrimônio líquido é
dividido em:
CAPITAL – São os investimentos efetuados na empresa pelos proprietários e os decorrentes de
incorporação de reservas e lucros.
RESERVAS DE CAPITAL – Contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal
e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de
16
debêntures ou partes beneficiárias e o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de
subscrição. Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do
capital realizado, enquanto não-capitalizado.
AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL - Serão classificadas como ajustes de avaliação
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do
ativo (§ 5o do art. 177, inciso I do caput do art. 183 e § 3o do art. 226 desta Lei) e do passivo, em
decorrência da sua avaliação a preço de mercado.
RESERVAS DE LUCROS - Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas
pela apropriação de lucros da companhia.
AÇÕES EM TESOURARIA - As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como
dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua
aquisição.
PREJUÍZOS ACUMULADOS – Representam o saldo remanescente dos prejuízos líquidos,
estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido.
No caso de o Patrimônio Líquido ser negativo, será demonstrado após o Ativo, e seu valor final
denominado de Passivo a Descoberto.
b) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará o saldo do início do período, os
ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial, as reversões de reservas e o lucro
líquido do exercício, as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao
capital e o saldo ao fim do período.
Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da
mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que
não possam ser atribuídos a fatos subseqüentes.
A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por
ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se
elaborada e publicada pela companhia. A DLPA apresentará a seguinte estrutura:
17
c) Demonstração do Resultado do Exercício
A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a composição
do resultado formado num determinado período de operações da entidade. A demonstração do resultado,
observado o princípio da competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados, mediante
confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas. A seguir, a descrição de cada
elemento:
RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS - A Lei nº 6.404-76, em seu art. 187, determina
que a demonstração do resultado do exercício deverá discriminar a receita bruta de vendas e
serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos, bem como a receita líquida
das vendas e serviços. As vendas deverão ser contabilizadas pelo valor bruto, incluindo o valor
dos impostos. Estes impostos, bem como as devoluções e os abatimentos, deverão ser
contabilizados em contas individualizadas, que serão tratadas como contas redutoras das
vendas.
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA - São representadas pelas contas de vendas canceladas,
abatimentos e impostos incidentes sobre vendas.
a) Vendas Canceladas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas.
Correspondem à anulação de valores registrados como receitas brutas de vendas e serviços.
18
b) Abatimentos e descontos sobre vendas e serviços são aqueles concedidos
incondicionalmente.
c) Impostos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita bruta de vendas. A receita
bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes, com
exceção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS - A apuração do custo dos produtos vendidos está
diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas
dos estoques por vendas realizadas no período.
DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS – São as despesas pagas ou incorridas para vender
produtos e administrar a empresa; e dentro do conceito da Lei nº 6.404-76, abrangem também
as despesas líquidas para financiar suas operações; os resultados líquidos das atividades
acessórias da empresa são também considerados operacionais. O art. 187 da Lei nº 6.404-76
estabelece que, para se chegar ao lucro operacional, serão deduzidas as despesas com as
vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas,
e outras despesas operacionais.
PARTICIPAÇÕES EM RESULTADO - O artigo 189 da Lei nº 6.404-76 estabelece que do
resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos
acumulados e a provisão para o Imposto de Renda. O artigo 190 da Lei nº 6.404-76 dispõe que
as participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois
de deduzida a participação anteriormente calculada.
Dessa forma, O Demonstrativo do Resultado do Exercício apresentará a seguinte estrutura:
19
1. Receitas de Venda de Mercadorias
2. ( - )Deduções da Receita Bruta
Vendas Canceladas
Abatimentos e Descontos
Impostos sobre Vendas
3. ( = ) Receita Líquida
4. ( - ) Custo das Mercadorias Vendidas
5. ( = ) Lucro Bruto
6. ( - ) Despesas Operacionais
Despesas com Vendas
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras deduzidas das Receitas Financeiras
Resultado Participações Sociais
7. ( = ) Resultado Operacional
9. ( + / - ) Resultado Não-Operacional
10 ( = ) Resultado antes das Provisões Tributárias
11. ( - ) Participações e Contribuições
12 ( = ) Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa
Denomina-se fluxo de caixa de uma organização ao conjunto de ingressos e desembolsos de
numerário ao longo de um período determinado. O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da
situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em
itens do ativo. Sinteticamente, o fluxo de caixa é o instrumento de programação financeira, que
corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de tempo. Esse instrumento
possibilita: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa.
O objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as
operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das
disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa. A otimização dos fluxos de caixa
reduz, automaticamente, a necessidade de capital de giro, sendo, portanto, interesse da empresa buscar
essa otimização.
20
As operações para produzir e comercializar os produtos/serviços exigem recursos. Esses
recursos exigem contrapartidas financeiras, ou seja, pagamentos em dinheiro. A diferença entre os valores
recebidos pelas vendas dos produtos/serviços e os valores pagos pelos recursos utilizados forma a
geração operacional de caixa de uma empresa. O fluxo financeiro ou fluxo de caixa de uma empresa é a
movimentação da geração operacional de caixa, acrescido das movimentações financeiras de
investimento e financiamento.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório que complementa as análises
obtidas a partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A DFC pode
ser apresentado de duas formas: a) Método Direto e b) Método Indireto.
O método direto é a forma de apresentação da DFC que resgata exatamente os valores
movimentados no controle do caixa. No método indireto, parte-se do lucro líquido o exercício (apresentado
na DRE) e a ele são feitas adições e exclusões. No capítulo II serão apresentados modelos de ambos os
métodos.
e) Notas Explicativas
Complementam as demonstrações financeiras e devem apresentar informações sobre a base
de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e
aplicadas para negócios e eventos significativos. Devem, ainda, divulgar as informações exigidas pelas
práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das
demonstrações financeiras e fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada.
De acordo com a Lei 6.404/76, as notas explicativas devem:
I - apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das
práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;
II - divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;
III - fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e
consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e
IV - indicar:
21
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques,
dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou
riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros
e outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
h) os ajustes de exercícios anteriores; e
i) os eventos subseqüentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam
vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.
f) Demonstração do Valor Adicionado
Demonstra o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos
que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo
e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
A seguir um modelo de DVA:
22
g) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
A demonstração das mutações do patrimônio líquido é aquela destinada a evidenciar as
mudanças, em natureza e valor, havidas no patrimônio líquido da entidade, num determinado período de
tempo. A referida demonstração está prevista no art. 186, § 2º, da Lei nº 6.404-76. A Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), mediante a Instrução CVM nº 059-86, tornou esta demonstração e sua publicação de
caráter obrigatório, para as companhias abertas, em substituição à demonstração dos lucros ou prejuízos
acumulados. A DMPL apresentará a seguinte estrutura:
Além dos relatórios contábeis obrigatórios, citados anteriormente, existe o Balancete de
Verificação, como relatório gerencial. A elaboração do Balancete de Verificação está disciplinada na
Norma Brasileira de Contabilidade Técnica (NBC T) 2.7. Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, o
Balancete de Verificação deverá ser elaborado, no mínimo, mensalmente.
23
RAMOS DA CONTABILIDADE
A contabilidade como ciência possui ramificações, cada uma delas estudando um enfoque
específico sobre o patrimônio das entidades. Pode-se destacar os seguintes ramos da contabilidade,
dentre vários:
Contabilidade Pública
Estuda o patrimônio de organizações públicas, ou seja, aquelas que não tem por fim o objetivo
econômico.
Contabilidade de Custos
Estuda as operações que geram produtos ou serviços. Mensura, quantitativa e monetariamente
o valor dos produtos e serviços produzidos a partir de insumos.
Contabilidade Gerencial
Estuda as informações úteis e necessárias para a tomada de decisão nas organizações.
24
II. ASPECTOS CONCEITUAIS SOBRE CONTROLADORIA
No atual contexto de competição entre as organizações, o cliente destaca o binômio preçoqualidade na decisão de compra. Assim, a qualidade esperada pelo cliente deve ser oferecida ao menor
preço para que haja condição de qualquer empresa fornecer aos mercados mundiais atuais. De outra
maneira, a empresa que quiser competir deve fornecer os produtos e serviços com qualidade esperada
pelos mercados consumidores a um preço competitivo.
Muitos podem considerar a controladoria como o setor responsável, antes de tudo, por exercer
o controle. Essa visão é equivocada, pois a controladoria é responsável pelo projeto e funcionamento do
sistema por meio do qual se coleta e relata a informação de controle, porém o uso desta informação no
controle real é responsabilidade da administração da organização.
Além de sua responsabilidade por coletar dados, a controladoria também pode ser responsável
pela análise de dados, por salientar seu significado à administração, e por fazer recomendações quanto ao
que se deve fazer. Pode, ainda, fiscalizar o ajustamento às limitações de gastos impostas pela
administração da organização.
Neste sentido, a controladoria assume características como órgão administrativo e como ramo
do conhecimento, ganhando destaque por entender a dinâmica dos fatos, planejar alternativas de ação e
sinergizar resultados. É, finalmente, a controladoria o órgão dentro da empresa responsável pelo processo
de gestão.
CONTROLADORIA COMO ÁREA DE CONHECIMENTO
A controladoria como ciência consiste num conjunto de princípios, métodos e procedimentos
originários das ciências da administração, economia, psicologia, estatística e, principalmente, da
contabilidade que se ocupa da gestão econômica das empresas, com a finalidade de orientá-las para a
eficácia.
Explicar as bases de sustentação da controladoria como ciência, alicerça-se em princípios,
conceitos e metodologia de modelo de gestão e de gestão econômica. O modelo de gestão econômica
estrutura-se com base em um entendimento da missão da empresa, do conjunto de crenças e valores da
organização, da estrutura organizacional, da realidade operacional e das características dos gestores
25
empresariais. A gestão econômica objetiva a otimização dos resultados por meio da melhoria da
produtividade e de eficiência operacionais.
A partir desses conceitos, se verifica que as empresas necessitam de uma área responsável
pela coordenação de gestão econômica. Esta coordenação embute o estabelecimento de políticas,
princípios e conceitos de gestão econômica além da necessária integração entre os objetivos das áreas e
a otimização do resultado econômico global. Desta maneira, a controladoria propõe-se a ser uma área
voltada à gestão operacional da gestão econômica.
CONTROLADORIA COMO UNIDADE ADMINISTRATIVA
Na condição de órgão administrativo, a controladoria, assim como todas as áreas de
responsabilidade de uma empresa deve esforçar-se para garantir o cumprimento da missão e continuidade
da empresa, dessa forma, tem como finalidade assegurar informações adequadas ao processo de decisão
e direcionar esforços para que os gestores conduzam à otimização do resultado global da organização.
A controladoria é uma área de responsabilidade bem definida, respondendo por atividades de
condução do processo orçamentário, avaliação de desempenhos econômicos; apoio na concepção de
modelos de decisão, manutenção de sistemas de informações gerenciais; subsídios à tomada de decisões
de âmbito coorporativo; apuração e análise de custos e rentabilidade de eventos, produtos, atividades,
área e empresa; desenvolvimento de estudos e simulações econômicas; padronização, racionalização de
informações gerenciais.
A controladoria é, por excelência, uma área coordenadora das informações sobre gestão
econômica; no entanto, são os gestores os responsáveis pela gestão operacional, financeira, econômica e
patrimonial de suas respectivas áreas. As atividades exercidas pela controladoria: coordenação de
planejamentos, controle de resultados e gerenciamento de informação são fundamentais para uma gestão
eficaz. O monitoramento de todas as atividades e resultados da empresa como um todo deve ser de
responsabilidade da “função” controladoria.
A função do Controller é uma função de assessoria. Apesar do Controller ser usualmente
responsável pelo desenho e operação do sistema onde a informação para controle é colhida e reportada,
o uso desta informação no controle atual é de responsabilidade do gerente de linha.
26
CONTROLADORIA NO SETOR PÚBLICO
O Decreto nº 5.683, de 24/01/2006 aprovou a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo
dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Controladoria-Geral da União. No seu art. 1º fica
estabelecido que a Controladoria-Geral da União será o órgão central do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal e integrante da estrutura da Presidência da República, dirigida pelo Ministro de
Estado do Controle e da Transparência. Terá como competência assistir direta e imediatamente o
Presidente da República no desempenho de suas atribuições, quanto aos assuntos e providências que, no
âmbito do Poder Executivo, sejam atinentes à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria
pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao incremento
da transparência da gestão no âmbito da administração pública federal. Compete ainda à ControladoriaGeral da União exercer a supervisão técnica dos órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno, o
Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal, prestando, como órgão
central, a orientação normativa que julgar necessária.
FUNÇÕES EXECUTADAS PELA CONTROLADORIA
A controladoria possui funções que estão ligadas a um conjunto de objetivos:
a) subsidiar o processo de gestão, ajudando na adequação do processo de gestão à realidade
da empresa dentro do seu meio ambiente;
b) apoiar a avaliação de desempenho, elaborando a análise de desempenho econômico das
áreas, dos gestores e da própria área;
c) apoiar a avaliação de resultado, elaborando a análise de resultado econômico dos produtos e
serviços, monitorando e orientando o processo de estabelecimento de padrões e, avaliando o resultado de
seus serviços;
d) gerir os sistemas de informações; e
e) atender aos agentes do mercado, a empresa como um sistema aberto interage com o meio
ambiente trocando os mais diferentes tipos de recursos/produtos.
27
Para executar tais funções a controladoria utiliza diversas ferramentas gerenciais em diferentes
atividades empresariais e processos decisórios.
ANÁLISE DE BALANÇOS
As demonstrações contábeis comunicam fatos importantes sobre as organizações. Os usuários
das demonstrações contábeis, especialmente aqueles que têm a responsabilidade pela tomada de
decisões nas organizações, utilizam as informações apresentadas nas demonstrações contábeis. Dessa
forma, para que as demonstrações contábeis possam cumprir seu papel de auxílio à tomada de decisões,
é essencial que sejam úteis e confiáveis.
As informações contábeis permitem que os usuários as utilizem sob dois aspectos. Quando as
informações permitem visualizar se a organização está agindo de acordo com as políticas e planos
traçados, estão sendo utilizadas para controlar. Outro aspecto das informações contábeis refere-se ao
seu uso para que os gestores das organizações diminuam as variáveis envolvidas no processo decisório.
Nesse aspecto, os usuários das informações contábeis “pensam antes” o que “executarão depois”.
Quando as informações contábeis são dessa forma utilizadas, tornam-se instrumentos de planejamento.
Várias são as características que tornam as informações apresentadas nas demonstrações
contábeis úteis para a tomada de decisões. A informação contábil deve gerar mais benefício ao, ser
utilizada, do que o custo para obtê-la; deve ser de fácil compreensão, possuir relevância, confiabilidade e
consistência. Além dessas características, a informação contábil deve ser tempestiva, ou seja, deve ser
apresentada no tempo correto.
A análise das demonstrações contábeis visa determinar a evolução (ou involução) da situação
econômica, financeira e patrimonial das organizações. Podem ser utilizados os relatórios contábeis
previstos em lei, bem como qualquer outro demonstrativo contábil/gerencial; balancetes por exemplo.
A análise financeira e de balanços não se resume, como muitos acreditam, no cálculo de
centenas de índices. Ela trata da interpretação e da relevância desses índices, sendo um instrumento de
avaliação e desempenho.
28
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES À ANÁLISE
Todas as demonstrações financeiras são documentos essencialmente históricos, que informam
o que ocorreu em períodos passados. A análise das demonstrações financeiras envolve a seleção
cuidadosa dos dados nelas apresentados, visando a utilização desses dados para fins tomada de decisão.
Para que a tomada de decisão ocorra de maneira adequada, se faz necessário o cumprimento
de procedimentos preliminares ao processo de análise. Como primeiro procedimento pode-se destacar a
definição dos objetivos da análise.
Verifica-se que usuários diferentes têm objetivos diferentes com relação as informações geradas
pela análise das demonstrações financeiras. Dessa forma, percebe-se que os acionistas se voltam para
lucratividade e dividendos futuros; os credores se preocupam com a capacidade de pagamentos; os
gestores analisam as alternativas de investimento e opções de financiamento disponíveis. È preciso que,
antes de se iniciar os procedimentos de análise, sejam bem delimitados os objetivos da análise e a quais
stakeholders2 serão direcionados os resultados desta análise.
Após a definição dos objetivos da análise é necessária a obtenção das demonstrações
financeiras a serem analisadas. Tal procedimento pode parecer simples, mas muitas vezes a escrituração
contábil das organizações não está atualizada. Outro fator que poderá dificultar a obtenção das
demonstrações financeiras a ser analisadas materializa-se quando o profissional responsável pela
contabilidade da empresa manteve apenas registros fiscais das operações. Nessa situação, extremamente
irregular, a empresa apresenta regularidade para fins fiscais e tributários, porém a escrituração contábil e
elaboração de demonstrações financeiras são obrigatórias para todas as empresas nacionais a partir do
Novo Código Civil de 2002.
Finalmente, para que a análise das demonstrações financeiras gere informações úteis para
tomada de decisão pode ser necessário a adoção de procedimentos de reclassificação. Reclassificação
significa um reagrupamento de algumas contas das demonstrações financeiras. A reclassificação efetua
ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise.
Como procedimentos de reclassificação podem ser citados:
a) padronização de forma de apresentação e nomenclaturas das demonstrações financeiras;
2
Grupos de interesse que orbitam em torno da empresa.
29
b) a conta “duplicatas descontadas” que é representada como redutora do Ativo Circulante
deve ser reclassificada para o Passivo Circulante, devido as peculiaridades da operação
que a originou;
c) a conta “despesas do exercício seguinte” que é representada no Ativo Circulante é a única
desse grupo que não se converterá em dinheiro, devendo ser reclassificada deduzindo o
Patrimônio Líquido; e
d) as demonstrações financeiras analisadas foram elaboradas com o conceito contábil de curto
prazo (circulante) e longo prazo (não circulante). Alguns objetivos da análise poderão exigir
que operações com valores a receber ou a pagar sejam reclassificadas pelo conceito
financeiro de curto prazo e longo prazo3.
TÉCNICAS DE ANÁLISE
A análise das demonstrações contábeis, no Brasil, é feita essencialmente a partir das análises
horizontal e vertical e dos índices.
ANÁLISE VERTICAL
Tem por objetivo determinar a relevância de cada conta em relação a um valor total. Ela é
calculada determinando-se o que cada item da demonstração contábil representa como porcentagem de
uma determinada base.
A análise vertical é a técnica mais simples e também a mais completa para a análise de
Balanço. Ela mede proporções entre valores, ajudando-nos a determinar quais as contas de maior
importância e relevância para a análise.
Na análise do Ativo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus recursos dentro do Ativo.
É importante começar esta análise pelos principais grupos (Circulante, Permanente e Realizável L. Prazo)
e só depois ver cada conta isoladamente (Duplicatas a Receber, Estoques, Imobilizado, etc.). O Total do
Ativo é a base de cálculo para todas as contas do Ativo.
Na análise do Passivo mais Patrimônio Líquido, ela mede como a empresa obteve os recursos
que estão ajudando a financiar seus Ativos. É importante começar a análise pelo Patrimônio Líquido (a
3
CURTO PRAZO – Conceito contábil: valores a receber ou a pagar até o final do exercício social seguinte ou até o final do ciclo
operacional (o que for maior). Conceito financeiro: valores a receber ou a pagar em até 360 dias.
30
principal fonte de recursos) e depois os dois grupos de dívidas (Circulante e Exigível L. Prazo) e só então
cada conta isoladamente. O Total do Passivo mais Patrimônio Líquido é a base de cálculo para todas as
contas que representam origens de recursos (que sempre tem o mesmo total que o Ativo).
Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa consumiu
das receitas e, no fim, se houve lucros ou prejuízos. A Receita Líquida de Vendas ou Vendas Líquidas é a
base de cálculo para todas as contas da Demonstração de Resultados.
ANÁLISE HORIZONTAL
Tem por objetivo demonstrar as variações (aumentativas ou diminutivas) ocorridas em itens que
constituem as demonstrações contábeis em períodos consecutivos. A análise horizontal compara
percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise vertical compara-os dentro de um período. É
importante destacar a necessidade de que os valores comparados estejam expressos em moeda de poder
aquisitivo constante.
CÁLCULO E INTERPRETAÇÃO DE ÍNDICES
A análise das demonstrações contábeis dedica-se ao cálculo e interpretação de índices, de
modo a avaliar o desempenho passado e presente das organizações, permitindo que sejam feitas
projeções. A partir da obtenção dos índices, pode-se compará-los com outros que tenham relevância para
a organização (concorrentes, estatísticos, financeiros etc.).
Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas, facilitando o trabalho de
análise, uma vez que a apreciação de certas relações ou percentuais e mais significativa que a
observação de montantes isolados.
A análise por índices é uma das ferramentas mais utilizadas no mercado financeiro. Mas uma
análise feita somente com índices é uma análise pobre e certamente poderá conter inúmeras falhas. Os
índices financeiros, lidos isoladamente, não são suficientes para um julgamento adequado e uma decisão
correta. Índices financeiros aliados à análise vertical já mostram de forma melhor a situação financeira da
empresa.
A seguir são apresentados alguns índices que permitirão a análise das demonstrações
contábeis nas organizações:
31
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
São indicadores financeiros e tentam medir a capacidade de uma organização em cumprir suas
obrigações de curto prazo. Dizem respeito à probabilidade da organização honrar seus compromissos no
dia e com os encargos contratuais acordados. Genericamente, podem ser sinalizadores da capacidade de
pagamento da organização, apesar de não medir diretamente esta capacidade. Esses índices auferem a
solidez do embasamento financeiro da empresa. São divididos em:
LIQUIDEZ CORRENTE
LC = AC
PC
onde: LC – Liquidez Corrente
AC – Ativo Circulante
PC – Passivo Circulante
Indica a solidez do embasamento financeiro da empresa frente aos seus compromissos de curto
prazo. Expressa quantas vezes os ativos circulantes de uma organização “cobrem” os passivos
circulantes. Uma liquidez corrente maior que 1 significa que o valor dos ativos circulantes é maior do que a
soma dos passivos circulantes.
Durante algum tempo prevaleceu a idéia de que a LC das organizações deveria ser igual ou
superior a 1. Contudo essa regra ficou defasada a partir do momento que se percebeu a existência das
seguintes situações:
a) o conceito de curto prazo apresentado nas demonstrações contábeis é o da Lei 6.404/76, ou
seja, valores que podem ser convertidos em dinheiro ou obrigações que precisam ser pagas até o dia
31/12 do próximo exercício social.
b) Os analistas perceberam que a LC de uma organização depende do ramo de atividade no
qual ela opera. Dessa forma, a melhor forma de se avaliar a LC de uma organização seria compará-lo com
o Índice Padrão do seu ramo de atividade.
O principal defeito deste índice é que ele mede apenas volume. Como liquidez é a capacidade
de pagar as dívidas dentro de seus prazos de vencimentos, muitas vezes a empresa não tem volumes
suficientes, mas gira com muita rapidez seus ativos e suas dívidas têm prazos mais lentos. Neste caso,
mesmo com índice abaixo de 1, a empresa tem boa capacidade de pagamento.
32
Por outro lado, se o giro dos ativos for muito lento, mesmo com índice acima de 1 a empresa
pode ter dificuldades de pagamento se suas dívidas tiverem prazos bastante curtos. Daí, a importância de
se aliar este índice com os índices que medem prazos.
LIQUIDEZ SECA
LS = AC - estoques
PC
onde: LS – Liquidez Seca
AC – Ativo Circulante
PC – Passivo Circulante
Indica a solidez do embasamento financeiro da empresa frente aos seus compromissos de curto
prazo, sem contar a realização dos estoques. A exclusão dos estoques do ativo circulante fornece uma
medida ligeiramente mais refinada da liquidez da organização, na qual os estoques são, freqüentemente,
entre os ativos circulantes da empresa, o item com menor liquidez. As restrições apresentadas à LC
também se aplicam à LS.
LIQUIDEZ IMEDIATA
LI = disponibilidades
PC
onde: LI – Liquidez Imediata
PC – Passivo Circulante
Indica a solidez do embasamento financeiro da empresa frente aos seus compromissos de curto
prazo, considerando apenas os valores já disponíveis em espécie. As restrições apresentadas à LC
também se aplicam à LI.
LIQUIDEZ GERAL
LG = AC + ARLP
PC + PELP
onde: LG – Liquidez Geral
AC – Ativo Circulante
ARLP – Ativo Realizável a Longo Prazo
PC – Passivo Circulante
PELP – Passivo Exigível a Longo Prazo
33
Indica a solidez do embasamento financeiro da empresa a longo prazo, considerando tudo o
que a empresa converterá em dinheiro e relacionando com tudo o que a empresa já assumiu como dívida.
As restrições apresentadas à LC também se aplicam à LI.
A partir da Lei 11.638/07, com as alterações na apresentação das demonstrações financeiras, o
grupo Ativo Realizável a Longo Prazo passou a ser integrante do Ativo Não Circulante. Da mesma forma,
o Passivo é dividido em Circulante e Não Circulante. O Passivo Exigível a Longo Prazo integra o Passivo
Não Circulante. Entretanto, outros elementos também são representados no Passivo Não Circulante, como
por exemplo, os Resultados de Exercício Futuros. O analista deve dedicar muita atenção na correte
identificação dos valores que serão utilizados para o cálculo da Liquidez Geral.
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO
CDGP = PL – (ANC) x 100
AC
onde: CDGP – Capital de Giro Próprio
PL – Patrimônio Líquido
ANC – Ativo Não Circulante
AC – Ativo Circulante
Quando positivo, este índice mede quanto do Capital de Giro é financiado por recursos próprios.
Neste caso, quanto mais alto for o índice, melhor. Quando negativo, ele mostra que a empresa não tem
sobra de recursos próprios para financiar nenhuma parte do Capital de Giro. Neste caso, todo o Ativo
Circulante é financiado por capitais de terceiros. O ideal é que os recursos próprios financiem todos os
ativos de longo prazo (permanente e realizável) e ainda houvesse sobras para financiar parte da
necessidade de Capital de Giro.
O CDG mostra a falta ou o excesso de Patrimônio Líquido em relação ao Ativo Não Circulante.
Outro cálculo que demonstra o Capital de Giro Próprio da empresa é apresentado através da seguinte
fórmula:
CAPITAL DE GIRO PRÓPRIO
CDG = PL – ANC
Ainda relacionado ao Capital de Giro, as organizações necessitam identificar a sua necessidade
de capital de giro (NCG). A NCG mostra o excesso ou a falta de Ativos Circulantes Operacionais em
34
relação aos Passivos Circulantes Operacionais. Como principais elementos do ACO (ativo circulante
operacional) são destacados: clientes, estoques, adiantamentos a fornecedores, outros créditos. Como
principais elementos do PCO (passivo circulante operacional) são destacados: fornecedores, obrigações
fiscais/sociais a pagar, adiantamentos de clientes, outras contas a pagar. Dessa forma, a NCG é
identificada através da seguinte equação:
NCG = ACO – PCO
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
São indicadores financeiros e tentam medir o nível e o perfil do endividamento de uma
organização. Também indicam em que proporção a empresa utiliza, para realizar suas operações, os
capitais próprios e os capitais de terceiros. Os principais Índices de Endividamento são:
PARTICIPAÇÃO DOS CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE RECURSOS TOTAIS
PCT/RT =
Passivo Total
Passivo Total + PL
onde: PCT/RT – Participação dos Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais
PL – Patrimônio Líquido
Indica a proporção de Capital de Terceiros que a empresa utiliza para financiar suas operações,
em relação ao Capital Próprio. O índice máximo dessa análise será 1 e ocorrerá quando a organização
não tiver capital próprio. Nas situações onde o Patrimônio Líquido da empresa for negativo, esse índice
deverá ser lido como 1, pois um índice negativo ou maior do que não terá significado.
PARTICIPAÇÃO DOS CAPITAIS DE TERCEIROS SOBRE PATRIMÕNIO LÍQUIDO
PCT/PL =
Passivo Total
PL
onde: PCT/PL – Participação dos Capitais de Terceiros sobre Patrimônio Líquido
PL – Patrimônio Líquido
Indica a quantidade de unidades monetárias investidas pelos acionistas, em relação às
buscadas juntos a terceiros pela organização. Não existe índice máximo nessa análise, mas quanto maior
for o PCT/PL, maior será a dependência da organização a capitais de terceiros. Nas situações onde o
Patrimônio Líquido da empresa for negativo esse índice não terá significado, pois há somente capitais de
terceiros na organização.
35
Este índice trabalha com todo o Passivo. Quanto maior o volume de recursos de terceiros, maior
é a dependência. Esta dependência vai definir o nível de riscos. Se os recursos de terceiros são naturais
ou operacionais, o risco é mais leve. Se os recursos de terceiros são onerosos ou não operacionais, os
riscos são mais elevados. Quando o índice for alto, os recursos próprios são insuficientes para atender as
necessidades da empresa e ela passa a depender excessivamente de recursos de terceiros.
PARTICIPAÇÃO DAS DÍVIDAS DE CURTO PRAZO SOBRE ENDIVIDAMENTO TOTAL
PDCT/PT =
PC
Passivo Total
onde: PDCT/PT – Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre Endividamento Total
PC – Passivo Circulante
Indica o perfil do endividamento da empresa. O ideal desse índice é ser menor do que 1,
significando que o endividamento da organização é de longo prazo.
Vários outros indicadores de endividamento podem ser calculados e analisados. Exemplos:
garantias do capital próprio, grau de imobilização do patrimônio líquido, endividamento sobre ativo total,
índice de duplicatas descontadas, índice de cobertura de juros etc.
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS
Enquanto os índices de liquidez mostram volumes de recursos, os índices de prazos médios
mostram os prazos com que a empresa realiza seus ativos e os prazos que ela tem para pagar suas
dívidas. Os principais Índices de Prazos Médios são:
PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM
PME = Estoques Médios X 365
CMV ou CPV
onde: PME – Prazo Médio de Estocagem
CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
CPV – Custo dos Produtos Vendidos
No caso de indústrias, mede o tempo que a empresa mantém consigo os estoques desde o
momento da compra da matéria-prima até o momento da venda do produto acabado, passando por todo o
processo de fabricação. No resultado de comércio, é o tempo entre a compra da mercadoria e a data da
36
venda. O resultado é número de dias, isto é, quantos dias a empresa demora para produzir e vender todo
o volume de estoques.
É calculada a média dos estoques do início e do fim do ano para evitar distorções no valor dos
estoques (causados pela inflação ou por flutuações no montante dos estoques entre o início e o fim do
ano). Como os estoques, após serem vendidos, são registrados como Custo dos Produtos Vendidos ou
Custo das Mercadorias Vendidas, compara-se na fórmula a relação entre estoques existentes (Estoques
Médios) com os estoques já vendidos (CPV ou CMV).
Como o processo de produção é um ciclo, PMC de “x” dias não significa que a empresa irá
vender seus estoques somente após esse período de dias. Na verdade, seus estoques são vendidos
todos os dias. O índice mede apenas o tempo médio que os estoques permanecem dentro das instalações
da empresa. Vários fatores podem contribuir para que uma empresa tenha prazos médios de estocagem
elevados:
a) excesso de compra de matérias-primas ou mercadorias;
b) ineficiência no processo de produção;
c) dificuldade de venda ou mercado em crise;
d) produção maior que o volume de vendas; ou
e) produto que exige longo tempo de produção.
PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS
PMRV = Clientes Médios X 365
ROL
onde: PMRV – Prazo Médio de Recebimento de Vendas
ROL – Receita Operacional Líquida
A empresa não recebe todas as duplicatas no mesmo dia. Ela recebe duplicatas todos os dias ou
todas as semanas. O índice vai mostrar o tempo médio que ela demora para receber todas as duplicatas,
incluindo eventuais atrasos.
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS
PMPC = Fornecedores Médios X 365
CMV ou CPV
37
onde: PMPC – Prazo Médio de Pagamento de Compras
CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
CPV - Custo dos Produtos Vendidos
A empresa não paga todas as duplicatas no mesmo dia. Ela paga duplicatas todos os dias ou
todas as semanas. O índice vai mostrar o tempo médio que ela demora para pagar todas as duplicatas,
incluindo eventuais atrasos.
CICLO FINANCEIRO
O ciclo financeiro mostra quanto tempo a empresa demora entre a compra da matéria-prima (ou
mercadoria, no caso de comércio), a venda do produto e o recebimento da duplicata. Esta primeira parte
mostra, então, quanto tempo a empresa demora para receber em R$ os seus ativos (estoques +
duplicatas). Deste local, diminui-se o tempo que ela tem para pagar suas principais dívidas operacionais,
ou seja, quando ela faz o desembolso de R$. A diferença é o ciclo financeiro. O principal defeito do ciclo
financeiro é que ele mede apenas os prazos e não mede os volumes em R$ que são recebidos ou pagos.
Se positivo mostra que a empresa precisa de recurso para financiar por algum tempo seus ativos
operacionais. Se negativo mostra que a empresa consegue financiar seus ativos operacionais com os
recursos (fontes) operacionais de terceiros, resultantes dos prazos normais de sua atividade.
ÍNDICES DE RENTABILIDADE
As organizações que atuam no sistema capitalista de mercado têm as seguintes características:
a) foram constituídas por empreendedores que nelas investiram recursos;
b) a partir do investimento feito pelos acionistas, tais organizações irão produzir produtos ou
serviços que serão comercializados;
c) o resultado das operações de comercialização dos produtos ou serviços deve gerar ganhos
aos acionistas (lucro);
d) o lucro é a remuneração que a organização dá ao capital investido pelos acionistas;
e) os acionistas analisaram várias alternativas antes de se decidirem por um investimento; e
f) essa análise contemplou os seguintes elementos: liquidez, rentabilidade e risco/segurança.
A partir dessas considerações, fica evidente que os resultados gerados pelas organizações
devem ser analisados, objetivando que os acionistas avaliem se o retorno do seu investimento é
satisfatório ou não. Essa análise tem características especiais, visto que trata de um elemento de difícil
conceituação, mas de fácil percepção: o valor.
38
Valor pode ser comparado à existência humana: não se conceitua a existência ou a presença
das pessoas, apenas se percebe essa presença. A percepção do valor é individual e a contabilidade
precisa gerar informações para cada categoria interessada em entender o retorno que a organização dá
aos seus acionistas pelos investimentos recebidos. Para fins didáticos, os indicadores de rentabilidade
serão divididos em três categorias: a) tradicionais; b) voltados à geração de caixa; e c) orientados para o
valor.
INDICADORES TRADICIONAIS
São indicadores que tentam medir a força de ganhos das organizações. Servem como medidas
especialmente da efetividade do gerenciamento das organizações. São eles:
RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO – RETURN ON INVESTMENT
ROI =
Lucro
Investimento
O ROI mostra a taxa de retorno que o acionista tem em relação ao investimento feito por ele na
organização.
A informação gerada pelo ROI é de extrema importância para tomada de decisões relacionadas
à permanência, redução ou incremento dos investimentos nas organizações. Entretanto, o ROI apresenta
duas limitações que devem ser entendidas a fim de não proporcionarem interpretações equivocadas:
a) os conceitos de LUCRO e INVESTIMENTO em contabilidade são diversos. O Demonstrativo
do Resultado do Exercício apresenta o lucro bruto, lucro operacional, lucro líquido. O investimento inicial
que o acionista faz na organização contabilmente é chamado de Capital Social, mas quando a
organização adquire um maquinário, por exemplo, esse maquinário é contabilizado no Ativo Permanente
Imobilizado e também é considerado um investimento.
b) O lucro sob o aspecto contábil é a diferença entre receitas e despesas. Ele nasce quando a
organização apresenta um valor de receitas superior ao valor das despesas. Entretanto a contabilidade
segue, para elaborar as demonstrações contábeis das organizações, os Princípios Fundamentais de
Contabilidade (PFC). Dois desses princípios afetam diretamente o lucro das organizações.
39
O PFC do custo como base de valor determina que as operações devam ser registradas pelo
seu valor de custo, ou seja, pelo seu valor histórico. O PFC do regime de competência determina que as
receitas e despesas sejam contabilizadas nos períodos em que elas ocorreram, independentemente de
terem sido recebidas ou pagas.
RETORNO SOBRE O ATIVO - RETURN ON TOTAL ASSETS
ROA =
Lucro
Ativo
Esse indicador mostra a eficácia da organização no emprego de seus ativos para geração de
lucros. As mesmas limitações do ROI são verificadas no ROA.
RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO - RETURN ON EQUITY
ROE =
Lucro
PL
Esse indicador mostra a remuneração dos investimentos dos acionistas. As mesmas limitações
do ROI e ROA são verificadas no ROE.
MARGEM
MARGEM =
Lucro
Receita Líquida
Esse indicador mostra a representatividade do lucro em relação às vendas líquidas das
organizações.
GIRO DO ATIVO
GIRO =
Receita Líquida
Ativo
40
O Giro do Ativo é um indicador de eficiência. Mostra a efetividade das organizações em gerar
vendas a partir de seus ativos.
INDICADORES VOLTADOS À GERAÇÃO DE CAIXA
São indicadores que tentam medir a força de ganhos das organizações, corrigindo as distorções
geradas pelo uso dos PFC do custo como base de valor e do regime de competência. O principal deles é o
EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization). EBITDA corresponde ao lucro
antes de despesas financeiras, dos impostos e da depreciação e amortização.
A eliminação das despesas financeiras permite que sejam consideradas no resultado apenas as
despesas necessárias à manutenção regular das atividades da empresa. É uma forma de se visualizar,
por exemplo, qual teria sido o resultado apurado se a companhia não tivesse de incorrer em juros de
empréstimos. A eliminação da depreciação e amortização, que não afetam o fluxo financeiro, permite que
se tenha uma idéia mais apropriada do fluxo de caixa gerado pelo resultado.
INDICADORES ORIENTADOS PARA O VALOR
São indicadores que levam em consideração o custo do capital investido na empresa, revelando
efetivamente quanta riqueza foi gerada no período determinado. São maneiras de medir a eficiência com
que a empresa usou o capital dos acionistas e instrumentos motivacionais para os gestores tomar as
melhores decisões possíveis relacionando diretamente remuneração e desempenho. Dentre esses
indicadores destaca-se o EVA® (Economic Value Added) e o MVA® (Market Value Added)4.
Para entender o conceito de EVA® e MVA® deve-se primeiro definir um conceito que tem
recebido considerável atenção pela contabilidade: o Custo da Oportunidade.
Os investidores que possuem recursos disponíveis encontram várias alternativas de
investimento. Essas alternativas apresentam níveis diferentes de liquidez, rentabilidade e risco/segurança.
Quando os investidores selecionam uma das alternativas de investimento, abrem mão das demais
alternativas. Nesse sentido, a comparação entre o investimento feito e as alternativas rejeitadas pode
oferecer relevantes elementos para avaliar a decisão. Dessa forma, pode encontrar o valor do Custo da
Oportunidade através da seguinte fórmula:
Custo da Oportunidade = (rendimento alternativo) – (lucro do investimento)
4
EVA® e MVA® são marcas registradas da consultoria norte americana Stern Stewart & Co.
41
EVA® (Economic Value Added) – VALOR ECONÔMICO AGREGADO
É o lucro operacional obtido pela organização, menos o Custo da Oportunidade de todo capital
empregado, sendo esse custo da oportunidade definido como o retorno mínimo aceitável dos
investimentos.
EVA = (Lucro Operacional) – (Custo da Oportunidade)
MVA® (Market Value Added) – VALOR DE MERCADO AGREGADO
Mensura a riqueza gerada pela organização em termos da percepção do mercado relativa ao
valor de seus títulos mobiliários.
MVA = (Valor de Mercado) – (PL)
CÁLCULO DO CUSTO DO PRODUTO/SERVIÇO
Custo, na linguagem empresarial, significa o quanto foi gasto para produzir certo bem, objeto,
propriedade ou serviço. Os sistemas de custos visam dois objetivos principais: a) um bom custeamento do
produto e b) propiciar condições para avaliação do desempenho departamental.
A Contabilidade de Custos teve como função inicial fornecer elementos para avaliação dos
estoques de produtos prontos, produtos em elaboração e matérias-primas. Nas últimas décadas passou a
prestar outras duas funções muito importantes, que evoluíram para a Contabilidade Gerencial: a) a
geração de informações que auxiliam na formação do preço de venda; b) a utilização dos dados de custos
para auxilio ao controle e para tomada de decisões.
No que diz respeito ao controle, a função da Contabilidade de Custos é fornecer informações
para o estabelecimento de padrões, orçamentos ou previsões e, a seguir, acompanhar o efetivamente
acontecido com os valores previstos. Quanto à tomada de decisões os dados da Contabilidade de Custos
servem para o administrador pesar as conseqüências dos atos necessários para a gestão das empresas.
Pode-se visualizar as operações essenciais de uma organização industrial da seguinte forma:
42
LUCRO = R>D
RECEITA = PVun * QTDS.VEND.
INVESTIM ENTO
TANGÍVEIS
G ASTOS
DESPESAS
INTANG ÍVEIS
CUSTOS
PERDAS
TERMINOLOGIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
Os custos são definidos como recursos sacrificados ou renunciados para conseguir um objetivo
específico. Estes representam a quantia monetária que precisa ser paga para obtenção de produtos e
serviços. Para dirigir suas decisões, os gestores precisam saber quanto custa cada elemento formador do
produto ou serviço comercializado, bem como qual a soma desses elementos em todos os estágios da
produção.
Os gestores necessitam de sistemas de informação que relatem os custos de atividades,
processos, produtos, serviços e clientes da empresa, que são usados para uma variedade de processos
decisórios.
É importante que a empresa estabeleça um processo que gere informações operacionais e
financeiras, direcionado pelas necessidades informacionais dos decisores, principalmente no que tange a
mensuração dos custos dos recursos usados para produzir, vender e entregar um produto ou serviço aos
clientes.
Dentro de tais exigências, a Contabilidade de Custos possui terminologia própria, que precisa
ser compreendida pelos gestores.
INVESTIMENTOS
Aplicação de recursos em elementos (tangíveis ou intangíveis) que gerarão produção em uma
determinada vida útil. São valores ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros.
43
GASTOS
Aplicação de recursos em elementos que serão consumidos no processo produtivo ou nas
demais atividades da organização.
CUSTOS
Gastos necessários para a produção do bem ou serviço.
DESPESAS
Gastos necessários para a obtenção de receita.
PERDAS
Consumos no processo produtivo que não se agregam aos bens ou serviços. Podem ser
decorrentes do processo produtivo ou involuntários.
DESEMBOLSOS
Pagamentos efetuados pela organização.
RECEITAS
Representam os ganhos que a entidade aufere num determinado período e tendem a aumentar
seu Patrimônio Líquido.
LUCRO
Ocorre quando as receitas são maiores que os gastos num determinado período.
PREJUÍZO
Ocorre quando as receitas são menores que gastos num determinado período.
Um sistema de custeio típico trabalha em dois estágios básicos: o acúmulo seguido pela
apropriação dos custos aos produtos ou serviços produzidos pelas empresas. O acúmulo dos custos se dá
de uma forma organizada de coleta de dados junto aos fatores de produção. Já a apropriação se constitui
na distribuição dos custos para os elementos de custo designados, a fim de ajudar na tomada de decisão
sobre eficiência, rentabilidade e precificação.
44
FATORES DE PRODUÇÃO
Os fatores de produção são todos os elementos que as empresas utilizam para a obtenção dos
produtos ou serviços destinados à comercialização. Para fins didáticos, eles serão divididos e trabalhados
em quatro categorias: a) materiais; b) mão-de-obra; c) gastos gerais; e d) depreciação.
A) MATERIAIS
O tipo de operações com materiais que uma entidade possui depende fundamentalmente do
seu ramo de atividade. Se a entidade for uma empresa comercial, sua atividade será a compra e venda de
mercadorias. A entidade adquirirá mercadorias de fornecedores e as revenderá para seus clientes, não
agregando nenhum tipo de trabalho a essas mercadorias. As mercadorias adquiridas e não vendidas
formam o estoque da empresa comercial.
Se a entidade for uma empresa industrial, sua atividade será a aquisição de materiais que serão
transformados em outros produtos e, somente nesse momento, serão revendidos aos clientes.
Finalmente, se a entidade for uma empresa de serviços, os materiais serão adquiridos visando a
execução de atividade e não com o objetivo de comercialização material. As empresas de prestação de
serviços possuem as seguintes características, que as diferenciam das demais: a) intangibilidade: os
serviços não são materiais; b) inseparabilidade: os serviços são produzidos e consumidos no mesmo
momento; c) perecibilidade: os serviços não podem ser estocados; e d) variabilidade: os serviços estão
sujeitos, sempre, à variações de quem/local de execução.
Os estoques representam aplicação de recursos e, na maioria das vezes, tem uma elevada
significância para a entidade. Os estoques devem ser controlados e avaliados pelas entidades, de tal
maneira que seja possível verificar os resultados advindos de sua transformação em produtos e
comercialização.
Os estoques de materiais são classificados no ativo circulante e são adquiridos tanto com
pagamento a vista quanto a prazo. As empresas devem acompanhar o saldo dos itens em estoque, tanto
em quantidades, quanto em valores. O levantamento dos estoques de materiais é providência integrante
dos procedimentos para apuração do resultado do exercício e elaboração das demonstrações contábeis.
45
A apuração quantitativa dos estoques depende da existência de controles analíticos adequados
e mantidos atualizados e agregados a um eficaz sistema de controles internos. Para o controle físico, a
empresa comercial fará o inventário que pode ser realizado de duas formas:
INVENTÁRIO PERIÓDICO
Esse sistema não permite que a empresa tenha, a qualquer momento, contabilmente o registro
do estoque de materiais, sendo este encontrado apenas periodicamente pela contagem física das
quantidades existentes.
INVENTÁRIO PERMANENTE
A empresa mantém controle contínuo sobre as entradas e saídas de materiais de forma que a
qualquer momento pode dispor da posição atualizada das quantidades em estoque e dos consumos na
produção (custos).
Um aspecto importante na ciência contábil refere-se à apuração e determinação dos valores dos
estoques. Tal situação se deve ao fato de que os estoques representam um ativo significativo para as
empresas e, também, porque a determinação de valores por um ou outro método tem reflexo direto na
apuração do custo de produção.
Segundo a legislação vigente, os valores que integram e não integram o custo dos estoques nas
empresas, são os seguintes:
INTEGRAM O CUSTO DOS ESTOQUES
a) o valor dos materiais;
b) despesas de transporte e seguros incorridas até a entrega; e
c) o valor dos impostos não recuperáveis devidos na aquisição.
NÃO INTEGRAM O CUSTO DOS ESTOQUES
a) o valor dos impostos recuperáveis mediante crédito fiscal do adquirente.
Nessa situação, existem, essencialmente, três formas de avaliar monetariamente os estoques
de mercadorias: a) PEPS ou FIFO; b) UEPS ou LIFO ou c) Média móvel.
46
Para esse controle, é necessário que as empresas mantenham fichas de controle de estoque
(mecânicas ou através de sistemas de processamento eletrônico de dados) para cada item de materiais,
produtos prontos e em elaboração, conforme modelo abaixo:
ENTRADAS
SAÍDAS
ESTOQUE
DATA NFISCAL QTD.TOTAL VLR.UN. VLR.TOTAL QTD.TOTAL VLR.UN. VLR.TOTAL QTD.TOTAL VLR.MÉDIO VLR.TOTAL
3/abr
10
10,00
100,00
10
10,00
100,00
4/abr
20
12,00
240,00
30
11,33
340,00
5/abr
25
11,33
283,25
5
11,33
56,75
Através da simulação de três operações com materiais (uma de compra e duas requisições de
materiais para produção) pode-se constatar a importância dos conceitos apresentados. Ressalte-se que
nessa simulação não serão contemplados aspectos tributários.
Imagine-se a empresa MODELO LTDA que no dia 01/03/2000x possuía estoque zero de
matéria-prima.
No dia 02/03/2000x são adquiridas 100 unidades de matéria-prima A ao custo total de R$
1.000,00.
No dia 03/03/2000x são adquiridas mais 150 unidades de matéria-prima A ao custo total R$
3.000,00.
No dia 04/03/2000x são requisitadas pelo setor de produção 200 unidades de matéria-prima A
para início do processo produtivo.
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES PELO MÉTODO PEPS OU FIFO
O nome desse método represente primeira que entra é a primeira que sai ou, em inglês, first in
first out. Consiste em utilizar o custo das entradas efetuadas por primeiro para valorizar as quantidades
saídas e, dessa forma, obter o valor do custo. No momento em que as saídas ocorrem se procede a baixa
das primeiras entradas, num raciocínio de que a ordem de saídas das materiais é a mesma das entradas.
Esse método de avaliação de estoques é aceito pela legislação fiscal no Brasil.
47
DATA
NF
02/03
ENTRADAS
SAÍDAS
total
qtd.
vlr.un.
SALDO
qtd.
vlr.un.
total
qtd.
total
-
100
10,00
1.000,00
100
1.000,00
03/03
-
150
20,00
3.000,00
250
4.000,00
04/03
-
100
10,00
1.000,00
-
100
20,00
2.000,00
50
1.000,00
Conforme o método PEPS, o custo de produção foi de R$ 3.000,00 e o estoque final está
avaliado em R$ 1.000,00, que representa as 50 unidades de matéria-prima A adquiridas por último.
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES PELO MÉTODO UEPS OU LIFO
O nome desse método represente última que entra é a primeira que sai ou, em inglês, last in
first out. Consiste em utilizar o custo das compras efetuadas por último para valorizar as quantidades
saidas e, dessa forma, obter o valor do custo de produção. No momento em que as saídas ocorrem se
procede a baixa das últimas entradas, num raciocínio de que a ordem de saídas das materiais é o
contrário das entradas. Esse método de avaliação de estoques não é aceito pela legislação fiscal no
Brasil.
DATA
NF
02/03
ENTRADAS
SAÍDAS
total
qtd.
vlr.un.
SALDO
qtd.
vlr.un.
total
qtd.
total
-
100
10,00
1.000,00
100
1.000,00
03/03
-
150
20,00
3.000,00
250
4.000,00
04/03
-
150
20,00
3.000,00
-
50
10,00
500,00
50
500,00
Conforme o método UEPS, o custo de produção foi de R$ 3.500,00 e o estoque final está
avaliado em R$ 500,00, que representa as primeiras 50 unidades de matéria-prima A adquiridas.
AVALIAÇÃO DE ESTOQUES PELO MÉTODO MÉDIA MÓVEL
É o método aceito pela legislação fiscal mais utilizado pelas empresas no Brasil. Consiste em
avaliar o estoque pelo custo médio de aquisição apurado a cada entrada de materiais, ponderado pelas
quantidades adicionadas e pelas existentes anteriormente. Esse sistema implica que em cada entrada a
um custo de aquisição diferente do custo médio anterior haverá um ajuste no custo médio. Como o custo
médio é resultado da divisão do valor monetário do estoque pelo saldo em quantidades físicas, a cada
saída, o custo é obtido pela multiplicação das unidades saídas pelo custo médio atual. Dessa forma, nas
48
saídas o custo médio permanece inalterado, porém o fator de ponderação influenciará no cálculo do custo
médio na próxima entrada de materiais.
DATA
NF
02/03
ENTRADAS
SAÍDAS
qtd.
vlr.un.
total
-
100
10,00
1.000,00
03/03
-
150
20,00
3.000,00
04/03
-
qtd.
200
SALDO
vlr.un.
16,00
total
qtd.
µ
total
100
10,00
1.000,00
250
16,00
4.000,00
50
16,00
800,00
3.200,00
Conforme o método Custo Médio, o custo de produção foi de R$ 3.200,00 e o estoque final está
avaliado em R$ 800,00, que representa as 50 unidades de matéria-prima A avaliadas ao custo médio de
R$ 16,00.
COMPRAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES
Verifica-se que, independentemente do método utilizado, as quantidades físicas em estoque
totalizam 50. O que se altera em razão do método utilizado é o valor do estoque final de matéria-prima e o
valor do custo de produção. Considerando que todas as compras de matérias-primas foram pagas
(desembolso financeiro), que a produção obtida foi de 200 unidades do produto Y, que todos os produtos
Y estavam acabados e foram vendidos ao preço de venda unitário de R$ 50,00 e que todas as vendas de
produto Y foram recebidas (ingresso financeiro) e considerando, ainda, que o lucro contábil gerado pelas
operações é base de cálculo para tributação de (esse percentual é apenas um exemplo) 10%, percebe-se
a diferença entre a utilização de um ou outro método através do seguinte quadro:
PEPS
UEPS
MÉDIA
Estoque Final
1.000,00
500,00
800,00
Receita Total
10.000,00
10.000,00
10.000,00
Ingressos Totais
10.000,00
10.000,00
10.000,00
CPV
3.000,00
3.500,00
3.200,00
Desembolsos Totais
4.000,00
4.000,00
4.000,00
Lucro Contábil
7.000,00
6.500,00
6.800,00
700,00
650,00
680,00
5.300,00
5.350,00
5.320,00
Impostos
Saldo Financeiro
49
Conclui-se que a receita total é sempre a mesma, independentemente do método de avaliação
de estoques utilizado. Isso se deve ao fato de que a receita total é obtida pela multiplicação do preço de
venda unitário pelas quantidades vendidas.
Da mesma forma, caso todas as vendas sejam recebidas, os ingressos financeiros serão os
mesmos, independentemente do método de avaliação de estoques utilizado. O mesmo ocorrerá com os
desembolsos financeiros dos materiais adquiridos. As 250 unidades de matéria-prima A deverão ser
pagas, independentemente da venda do produto Y.
B) MÃO-DE-OBRA
Os custos com mão-de-obra são todos os gastos nos quais incorre uma entidade para contratar,
treinar, manter, remunerar e desligar seus empregados. Normalmente, o custo total de mão-de-obra
(MOD) se compõe de duas partes: a) unidade salarial e b) encargos sociais.
A unidade salarial é o valor que a empresa gasta para que o empregado execute as atividades
para as quais foi contratado. Tal valor terá como base de cálculo o salário-hora; salário-mês ou salário
(horário ou mensal) com ou sem a remuneração complementar.
Os encargos sociais são todos os gastos com MOD exceto a unidade salarial considerada. São
os custos excedentes à unidade salarial. Os encargos sociais podem ser classificados, de maneira geral,
em cinco grandes grupos: a) remuneração complementar (prêmios; adicionais; bonificações; etc.); b)
ausências remuneradas (repousos semanais remunerados; feriados; ausências por motivos pessoais;
ausência por motivos cívicos; etc.); c) remuneração suplementar (férias; 13º salário, gratificações; etc.); d)
remuneração indireta (direito de uso de automóvel; assistência médico-dentária-hospitalar; transporte;
cesta básica; etc.) e d) contribuições sociais (previdência social; FGTS; seguro de acidente do trabalho;
etc.).
As formas de avaliação dos encargos sociais podem ser através de valores reais (históricos)
quando são utilizados dados da contabilidade e dos controles internos da área de recursos humanos. É
uma avaliação dos custos incorridos no passado. Também são aceitas avaliações a partir de valores
estimados. Neste caso, faz-se uma avaliação estimada ou teórica, isto é, consiste na tentativa de prever
os gastos com encargos sociais para determinado período futuro.
50
C) GASTOS GERAIS
São os gastos incorridos no ambiente de produção, incluindo aqueles necessários para manter
e operar os equipamentos utilizados nas atividades industriais. Incluem-se nesse fator de produção a
energia elétrica, aluguéis de prédios e equipamentos fabris, serviços de terceiros para manutenção e
limpeza, etc.
D) DEPRECIAÇÃO
A Lei 6.404/76, alterada pela Lei 11.638/07, conceitua depreciação como a perda de valor dos
direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência.
Mais do que aceitar um preceito legal, o profissional da contabilidade deve entender o raciocínio
do fato que origina a depreciação. Quando uma organização é constituída por empreendedores, esses
têm por objetivo o lucro. O lucro é a remuneração do capital investido na organização pelos
empreendedores.
Para que a organização gere lucros (que é a diferença entre receitas totais e custos totais) é
necessária obtenção de receitas através da venda de produtos, mercadorias e serviços. Para que a receita
pela venda de produtos, mercadorias e serviços seja contabilizada é necessário que haja a produção ou
comercialização. Para que haja produção ou comercialização as empresas fazem investimentos (em
elementos materiais) e executam gastos (custos ou despesas).
Os investimentos realizados pelas organizações em elementos materiais que serão utilizados no
processo de produção são classificados no Ativo Permanente Imobilizado, pois são aplicação de recursos.
Essas aplicações de recursos gerarão produção ou proporcionarão a comercialização por um período
longo de tempo, diferentemente dos gastos que se consumirão no processo.
O período de tempo em que as aplicações de recursos classificadas no Ativo Permanente
Imobilizado proporcionarão produção ou comercialização denomina-se vida útil. O conceito de vida útil não
determina que, transcorrida a vida útil do bem, esse não possa mais continuar em operação. O conceito de
vida útil preconiza que, transcorrida a vida útil, o bem deve ter gerado receita suficiente para a obtebção
de um lucro capaz de remunerar o investimento inicial.
51
Dessa forma conclui-se que a depreciação é a forma contábil de se transferir uma parte do valor
de um investimento feito em elementos classificados no Ativo Permanente Imobilizado para os custos.
Por essa lógica, verifica-se que a depreciação é um custo. Porém é um custo que não exige
uma contrapartida financeira, ou seja, a empresa não necessita pagar a depreciação a ninguém. A
empresa precisa pagar o investimento e não a depreciação desse investimento. Por esse motivo não é
correto pensar que a depreciação é um fundo que as organizações constituem para a aquisição de um
novo bem.
Verifica-se, ainda, que a depreciação não está relacionada com os gastos de manutenção dos
bens, mas sim com o valor do investimento e sua vida útil.
ASPECTOS FISCAIS
Por se tratar de um custo (que diminui o valor do lucro e, conseqüentemente, reduz o valor dos
tributos a serem recolhidos) o cumprimento à legislação fiscal é essencial para o cálculo e contabilização
das depreciações. Dessa forma o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) determina que a cota de
depreciação somente será considerada dedutível a partir do mês em que o bem for colocado em
funcionamento e se calculada com base na vida útil pré-determinada pelo fisco através de regulamentação
própria. A legislação fiscal admita, porém, que a empresa adote taxas diferentes de depreciação, desde
que suportadas por laudo pericial de entidade oficial de pesquisa científica ou tecnológica.
Serão aceitos, também, segundo opção das empresas, aceleração nas depreciações de bens
móveis, em função do número de horas diárias em operação, conforme modelo a seguir:
JORNADA DE TRABALHO DO BEM
COEFICIENTE
01 turno de trabalho de 08 horas
1,0
02 turnos de trabalho de 08 horas
1,5
03 turnos de trabalho de 08 horas
2,0
52
BENS DEPRECIÁVEIS E NÃO DEPRECIÁVEIS
Podem ser depreciados todos os bens físicos sujeitos ao desgaste pelo uso ou por causas
naturais ou obsolescência normal. Também são depreciáveis, em função do prazo de vida útil, os custos
das construções ou benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados de terceiros.
Segundo o RIR/99, não podem ser depreciados os terrenos, bens não utilizados na produção
dos rendimentos da empresa, bens que normalmente aumentam de valor com a passagem do tempo
(obras de arte e antiguidades) e os elementos sujeitos a amortização e/ou exaustão.
Segundo Instrução Normativa nº 103 de 17/10/84, da Secretaria da Receita Federal (SRF) é
admissível a depreciação de bens adquiridos usados. Nesses casos, as empresas devem optar entre o
maior dos seguintes prazos:
1) metade do prazo de vida útil admissível para o bem adquirido novo; ou
2) restante da vida útil do bem, considerada em relação a primeira utilização do mesmo.
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo para a depreciação do bem será o respectivo custo de aquisição acrescido,
se for o caso, do valor decorrentes de reavalições.
A Ciência Contábil preconiza que para ser objeto de estudo no patrimônio das entidades, um
elemento precisa possuir valor econômico. Após transcorrer toda a vida útil do bem e, conseqüentemente,
esse bem ser todo depreciado, seu valor contábil (valor contábil = custo de aquisição (+ / -) reavaliações (depreciações) será zero. Objetivando evitar que um elemento fique registrado no patrimônio de uma
entidade por valor zero, a contabilidade pode definir um valor residual que o bem terá após totalmente
depreciado. Na prática esse procedimento não tem sido adotado pelas empresas, pois é bastante difícil
estimar o valor residual e devido ao fato das empresas desejaram aproveitar todo o valor da depreciação
como custo do período.
53
CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO DAS DEPRECIAÇÕES
Existem vários métodos para calcular as depreciações. Para fins dessa obra, será apresentado,
apenas, o método das quotas constantes. A depreciação por esse método é calculada a partir da obtenção
taxa anual de depreciação (fornecida pela SRF ou encontrada a partir da vida útil do bem). Aplica-se a
taxa anual de depreciação sobre o valor a ser depreciado e apura-se a cota anual de depreciação. As
empresas podem contabilizar as depreciações anualmente, semestralmente, trimestralmente ou
mensalmente. Não existe parcela menor de depreciação do que a depreciação mensal
(independentemente do dia em que o bem foi colocado em operação dentro do mês).
Exemplo do cálculo:
DATA DE AQUISIÇÃO
CUSTO DE AQUISIÇÃO DO BEM
R$15.000,00
VALOR RESIDUAL DO BEM
R$ 0,00
VALOR A SER DEPRECIADO
R$ 15.000,00
VIDA ÚTIL DO BEM
20 anos
TAXA ANUAL DE DEPRECIAÇÃO
5%
COTA ANUAL DE DEPRECIAÇÃO
R$ 750,00
COTA MENSAL DE DEPRECIAÇÃO
R$ 62,50
Exemplo de contabilização da depreciação:
D – custo com depreciação (conta de resultado)
C – depreciação acumulada de ... (conta redutora do ativo)
– 62,50
– 62,50
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Os custos podem ser denominados de diretos, indiretos, fixos, variáveis, controláveis ou não
controláveis. Contudo, esses termos não terão nenhum significado, a menos que primeiro se identifique
algo (uma atividade, um produto, um setor, um serviço etc.) para o qual os custos possam ser
relacionados.
Os elementos de custos podem ser classificados quando: a) aos produtos (diretos ou indiretos);
b) ao volume produzido (variáveis ou fixos); e c) ao controle das operações (controláveis ou nãocontroláveis).
54
Os custos diretos são aqueles que podem ser identificados diretamente a um segmento
particular sob consideração. Os custos diretos podem ser diretamente apropriados aos produtos ou
serviços, bastando haver uma medida de consumo. Já os custos indiretos são aqueles que não podem ser
alocados de forma direta e objetiva, sendo necessários critérios de alocação para atribuí-los ao segmento
sob consideração. Os custos indiretos não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer
tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. Essa falta de
condição de alocação direta, por parte dos custos indiretos, se dá pela impossibilidade ou pela
desmotivação de mensurá-lo por conta da relação custo-benefício desfavorável.
Os custos variáveis são aqueles que sofrem alterações monetárias em relação ao volume total
produzido. Um elemento de custo será considerado variável quando um incremento nas quantidades
produzidas do bem ou serviço determinar um incremento (proporcional ou não) naquele elemento de
custo. Os custos fixos são aqueles que não sofrem alterações monetárias em relação ao volume total
produzido.
Importante destacar que os custos fixos só podem ser considerados fixos dentro de uma
estrutura de produção. Quando as empresas alteram sua estrutura de produção, seus custos fixos sofrem
modificações.
Custos controláveis são aqueles que estão direta e hierarquicamente sob a responsabilidade e
controle de uma pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar. Os custos não controláveis são
aqueles fora dessa responsabilidade, porém eles serão controláveis por alguma pessoa em determinado
nível hierárquico da empresa.
SISTEMAS DE CUSTOS
O esquema básico da contabilidade de custos consiste, então, na apropriação dos custos
diretos e na alocação dos custos indiretos mediante rateio aos produtos e serviços da empresa. Este rateio
dos custos indiretos deve ser feito segundo os critérios julgados mais adequados e justos para relacionálos aos produtos e serviços em função dos fatores mais relevantes que se conseguir. Dessa forma,
destacam-se os seguintes sistemas de custeio:
CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
O sistema de acumulação de custos só coletará, para apuração do custo de produção, os
custos diretos relacionados aos produtos.
55
CUSTEIO PADRÃO
É o sistema de acumulação de custos que mensura de forma científica, considerando que todas
as condições técnicas pré-estabelecidas de fabricação sejam alcançadas, o valor dos produtos ou
serviços.
CUSTEIO ABC
Sistema de acumulação de custos que identifica e avalia monetariamente um conjunto de
eventos ou transações de cada atividade na empresa necessárias para a produção de determinado
produto ou serviço.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
É o método tradicional de custeamento, onde, para se obter o custo de produção, consideramse todos os gastos industriais, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis. Os gastos industriais indiretos ou
comuns são distribuídos aos produtos por critérios de rateio.
ESTUDO DE CASO 1
A empresa MODELO LTDA é uma indústria que produz o produto “Y”. Para tanto, ela utiliza a matériaprima “A”, sua estrutura de produção e outros materiais. A indústria MODELO LTDA está organizada da
seguinte forma:
Diretor Presidente
Diretor Adm/Financeiro
Setor Adm/Financeiro
Setor Comercial
Diretor Industrial
Setor de Solda
Setor de Funilaria
Setor de Pintura
Em 30 de novembro de 2000x (início das atividades da empresa) a indústria MODELO LTDA apresentou o
seguinte Balanço de Abertura:
56
ATIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Caixa
10.000,00
Máquinas e Equipamentos
15.000,00
Capital Social
TOTAL 25.000,00
25.000,00
TOTAL 25.000,00
No mês de dezembro de 2000x ocorreram os seguintes fatos contábeis:
1.
No dia 01/12 a empresa comprou do fornecedor “1” 10 unidades de matéria-prima “A”.
Valor total da NF: R$ 132,53
IPI (10%): R$ 12,05
ICMS (17%): R$ 20,48
Prazo de pagamento: 30 DD
2.
No dia 01/12 a empresa pagou a vista R$ 10,00 referente frete das matérias-primas adquiridas.
3.
No dia 03/12 a empresa comprou a vista diversos materiais (lixas, pincéis, etc.) para serem
utilizados na produção. Não houve destaque de impostos. Valor da NF R$ 20,00.
4.
No dia 08/12 a empresa comprou do fornecedor “2” 15 unidades de matéria-prima “A”.
Valor total da NF: R$ 397,60
IPI (10%): R$ 36,15
ICMS (17%): R$ 61,45
Prazo de pagamento: 30 DD
5.
No dia 10/12 o Departamento de Produção requisitou ao Almoxarifado 20 unidades de matéria-
prima “A” através da RM235, a serem utilizadas da seguinte forma no processo produtivo:
Solda: 6 unidades
Funilaria: 10 unidades
Pintura: 4 unidades
6.
No dia 20/12 a empresa pagou a folha de salários do mês.
Produção – Solda: R$ 100,00
Produção – Funilaria: R$ 200,00
Produção – Pintura: R$ 150,00
Administração: R$ 80,00
57
7.
No dia 24/12 a empresa pagou a fatura de energia elétrica do mês. Foi elaborado o seguinte
controle:
Consumo total: 800 Kw - R$ 500,00
Consumo Produção – Solda: 300 Kw
Consumo Produção – Funilaria: 200 Kw
Consumo Produção – Pintura: 250 Kw
Consumo Administração: 50 Kw
8.
No dia 26/12 a empresa contabilizou a depreciação das máquinas utilizadas na produção. A vida
útil das mesmas é de 05 anos.
9.
No dia 28/12 o Departamento de Produção enviou para o Almoxarifado 20 unidades prontas do
produto “Y”, através da OS564. Foi informado, ainda, que não havia produtos em elaboração.
10.
No dia 29/12 a empresa vendeu 15 unidades do produto “Y” para o cliente João da Silva.
Valor total da NF: R$ 1.987,95
IPI (10%): R$ 180,72
ICMS (17%): R$ 307,23
Prazo de pagamento: 30 DD
11.
No dia 29/12 a empresa pagou a vista R$ 100,00 referente frete dos produtos vendidos.
Considerações:
a) A indústria MODELO LTDA mantêm um sistema de custeio integrado com a contabilidade.
b) O consumo de materiais indiretos, nos centros de custos, é idêntico ao de MP.
c) O maquinário da indústria MODELO LTDA é utilizado de forma igualitária pelos CC.
Tarefas:
1) Elaborar Mapa de Alocação de Custos, onde seja possível identificar os CF e CV.
2) Elaborar Ficha de Controle de Estoque de Matérias-Primas e Produtos Prontos. Método: média.
3) Elaborar DRE do mês de dezembro de 2002.
58
Solução:
No dia 01/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
NF
qtd.
10
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
qtd.
SAÍDAS
vlr. unit.
vlr. total
qtd.
10
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
vlr. total
qtd.
10
10
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
vlr. total
qtd.
10
10
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
No dia 01/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
NF
qtd.
10
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
qtd.
SAÍDAS
vlr. unit.
No dia 03/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
NF
qtd.
10
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
qtd.
SAÍDAS
vlr. unit.
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
EMPRESA
CC SOLDA
CC FUNILARIA
CC PINTURA
CUSTOS VARIÁVEIS
materiais indiretos
CUSTOS FIXOS
CUSTOS TOTAIS
20,00
6,00
10,00
4,00
59
No dia 08/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
SAÍDAS
vlr. unit.
vlr. total
qtd.
10
10
25
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
16,40
410,00
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
EMPRESA
CC SOLDA
CC FUNILARIA
CC PINTURA
CUSTOS VARIÁVEIS
materiais indiretos
20,00
6,00
10,00
4,00
CUSTOS FIXOS
CUSTOS TOTAIS
No dia 10/12 – utilizado a média para avaliação dos estoques
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
20
SAÍDAS
vlr. unit.
vlr. total
16,40
328,00
qtd.
10
10
25
05
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
16,40
410,00
16,40
82,00
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
CUSTOS FIXOS
CUSTOS TOTAIS
EMPRESA
328,00
20,00
CC SOLDA
98,40
6,00
CC FUNILARIA
164,00
10,00
CC PINTURA
65,60
4,00
60
No dia 10/12 – utilizado o PEPS para avaliação dos estoques
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
SAÍDAS
vlr. unit.
10
10
ESTOQUE
vlr. total
11,00
20,00
110,00
200,00
qtd.
10
10
25
vlr. total
100,00
110,00
410,00
05
100,00
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
EMPRESA
CC SOLDA
310,00
20,00
CC FUNILARIA
93,00
6,00
CC PINTURA
155,00
10,00
62,00
4,00
CUSTOS FIXOS
CUSTOS TOTAIS
No dia 10/12 – utilizado o UEPS para avaliação dos estoques
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
15
05
SAÍDAS
vlr. unit.
ESTOQUE
vlr. total
20,00
11,00
300,00
55,00
qtd.
10
10
25
vlr. total
100,00
110,00
410,00
05
55,00
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
CUSTOS FIXOS
CUSTOS TOTAIS
EMPRESA
355,00
20,00
CC SOLDA
106,50
6,00
CC FUNILARIA
177,50
10,00
CC PINTURA
71,00
4,00
61
No dia 20/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
SAÍDAS
vlr. unit.
20
vlr. total
16,40
328,00
qtd.
10
10
25
05
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
16,40
410,00
16,40
82,00
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
EMPRESA
CC SOLDA
CC FUNILARIA
CC PINTURA
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
328,00
20,00
98,40
6,00
164,00
10,00
65,60
4,00
CUSTOS FIXOS
mão de obra
450,00
100,00
200,00
150,00
R$
%
CUSTOS TOTAIS
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DESPESAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
salários - administração
80,00
No dia 24/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
20
SAÍDAS
vlr. unit.
16,40
vlr. total
328,00
qtd.
10
10
25
05
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
16,40
410,00
16,40
82,00
62
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
EMPRESA
CC SOLDA
CC FUNILARIA
CC PINTURA
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
energia elétrica
328,00
20,00
468,75
98,40
6,00
187,50
164,00
10,00
125,00
65,60
4,00
156,25
CUSTOS FIXOS
mão de obra
450,00
100,00
200,00
150,00
R$
%
CUSTOS TOTAIS
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DESPESAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
salários - administração
energia elétrica - administração
80,00
31,25
No dia 26/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
20
SAÍDAS
vlr. unit.
vlr. total
16,40
328,00
qtd.
10
10
25
05
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
16,40
410,00
16,40
82,00
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
EMPRESA
CC SOLDA
CC FUNILARIA
CC PINTURA
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
energia elétrica
816,75
328,00
20,00
468,75
219,90
98,40
6,00
187,50
299,00
164,00
10,00
125,00
225,85
65,60
4,00
156,25
CUSTOS FIXOS
mão de obra
depreciação
700,00
450,00
250,00
183,33
100,00
83,33
283,33
200,00
83,33
233,34
150,00
83,34
1.516,75
475,23
582,33
459,19
CUSTOS TOTAIS
63
DEPRECIAÇÃO
vlr. do bem
vida útil
tx. anual
cota anual
cota mensal
15.000,00
5 anos
20% a.a
3.000,00
250,00
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
%
R$
DESPESAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
salários - administração
energia elétrica - administração
80,00
31,25
No dia 28/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
20
SAÍDAS
vlr. unit.
vlr. total
16,40
328,00
qtd.
10
10
25
05
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
16,40
410,00
16,40
82,00
qtd.
20
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
75,84 1.516,75
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – PRODUTO PRONTO Y
DATA
28/dez
NF
qtd.
20
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
75,84
1.516,75
qtd.
SAÍDAS
vlr. unit.
vlr. total
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
EMPRESA
CC SOLDA
CC FUNILARIA
CC PINTURA
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
energia elétrica
816,75
328,00
20,00
468,75
219,90
98,40
6,00
187,50
299,00
164,00
10,00
125,00
225,85
65,60
4,00
156,25
CUSTOS FIXOS
mão de obra
depreciação
700,00
450,00
250,00
183,33
100,00
83,33
283,33
200,00
83,33
233,34
150,00
83,34
1.516,75
475,23
582,33
459,19
CUSTOS TOTAIS
64
DEPRECIAÇÃO
vlr. do bem
vida útil
tx. anual
cota anual
cota mensal
15.000,00
5 anos
20% a.a
3.000,00
250,00
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
R$
%
DESPESAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
salários - administração
energia elétrica - administração
80,00
31,25
No dia 29/12
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE - MATÉRIA-PRIMA A
DATA
1/dez
1/dez
8/dez
10/dez
NF
qtd.
10
15
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
10,00
100,00
10,00
20,00
300,00
qtd.
20
SAÍDAS
vlr. unit.
vlr. total
16,40
328,00
qtd.
10
10
25
05
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
10,00
100,00
11,00
110,00
16,40
410,00
16,40
82,00
qtd.
20
05
ESTOQUE
vlr. unit. vlr. total
75,84 1.516,75
75,83
379,15
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – PRODUTO PRONTO Y
DATA
28/dez
29/dez
NF
qtd.
20
ENTRADAS
vlr. unit.
vlr. total
75,84
1.516,75
qtd.
15
SAÍDAS
vlr. unit.
75,84
vlr. total
1.137,60
MAPA DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS
ELEMENTOS DE CUSTOS
EMPRESA
CC SOLDA
CC FUNILARIA
CC PINTURA
CUSTOS VARIÁVEIS
matéria-prima
materiais indiretos
energia elétrica
816,75
328,00
20,00
468,75
219,90
98,40
6,00
187,50
299,00
164,00
10,00
125,00
225,85
65,60
4,00
156,25
CUSTOS FIXOS
mão de obra
depreciação
700,00
450,00
250,00
183,33
100,00
83,33
283,33
200,00
83,33
233,34
150,00
83,34
1.516,75
475,23
582,33
459,19
CUSTOS TOTAIS
65
DEPRECIAÇÃO
vlr. do bem
vida útil
tx. anual
cota anual
cota mensal
15.000,00
5 anos
20% a.a
3.000,00
250,00
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
FATURAMENTO BRUTO
( - ) IPI SOBRE VENDAS
( = ) RECEITA BRUTA
( - ) ICMS SOBRE VENDAS
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CPV
( = ) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS
DESPESAS C/ VENDAS
fretes sobre vendas
DESPESAS ADMIN
salários
energia elétrica
( = ) LUCRO OPERACIONAL
R$
1.987,95
(180,72)
1.807,23
(307,23)
1.500,00
(1.137,60)
362,40
(211,25)
100,00
100,00
111,25
80,00
31,25
151,15
unit.
%
132,53 133
(12,05) (12)
120,48 120
(20,48) (20)
100,00 100
(75,84) (76)
24,16 24
ANÁLISE DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E DO PONTO DE EQUILÍBRIO
A margem de contribuição propicia informações aos gestores para decisão sobre se deve
diminuir ou expandir uma linha de produção, para avaliar as alternativas provenientes da produção, de
propagandas especiais, etc. Também é possível decidir sobre estratégias de preço, serviços ou produtos e
principalmente, avaliar o desempenho da empresa.
Um dos aspectos gerenciais mais importantes da contabilidade de custos está relacionado à
identificação de quanto vender e quanto faturar para se alcançar a lucratividade desejada. Para se
responder a essas duas questões é necessário que a organização tenha conhecimento da sua Margem de
Contribuição e do seu Ponto de Equilíbrio.
Margem de Contribuição por unidade é a diferença entre a receita e a soma dos custos
variáveis de cada produto, mostrando como cada produto contribui para, primeiramente, amortizar os
gastos fixos e, depois, formar o lucro.
66
MCU= PV - CV; onde
PV: Preço de Venda
CV: Custos Variáveis Totais
MCU: Margem de Contribuição Unitária
A informação do ponto de equilíbrio é de grande importância porque identifica o nível mínimo de
atividade em que a empresa ou cada divisão deve operar conseguindo cobrir todos os custos variáveis das
unidades vendidas ou produzidas, e também cobrir todos os custos fixos.
Ponto de equilíbrio é aquele ponto em que a receita total se iguala ao custo total, graficamente
este ponto é detectado no cruzamento das linhas de receita total e custo total.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PONTO DE EQUILÍBRIO
CUSTO FIXO
CUSTO VARIÁVEL
CUSTO TOTAL
RECEITA TOTAL
A definição formal para ponto de equilíbrio é aquele nível de atividade, expresso em unidades
físicas e valores monetários, no qual os custos se igualam às receitas totais. Neste ponto não há lucro ou
prejuízo. O Ponto de Equilíbrio, também denominado ponto de ruptura ou break-even-point, nasce da
conjugação dos custos totais com as receitas totais. O ponto de equilíbrio tradicional tem por objetivo
apurar um determinado número na escala produtiva de uma atividade, expresso em quantidade de
produtos ou em equivalentes em dinheiro. O ponto de equilíbrio representa o ponto neutro de resultado, ou
seja, abaixo dos valores ou de certa quantidade de produtos demandados, a empresa terá prejuízo; acima,
lucro. Sua obtenção deriva da seguinte fórmula:
PE = ( CF + DF ) / MCU; onde
67
PE: Ponto de Equilíbrio
CF: Custos Fixos
DF: Despesas Fixas
MCU: Margem de Contribuição Unitária
Além do Ponto de Equilíbrio Contábil, já descrito, é interessante que os gestores das
organizações conheçam o Ponto de Equilíbrio Econômico e o Ponto de Equilíbrio Financeiro. O ponto de
equilíbrio contábil preconiza que os custos totais são iguais às receitas totais, o que no ponto de equilíbrio
econômico seria considerado prejuízo, pela falta da consideração do juro do capital próprio investido. No
caso do ponto de equilíbrio financeiro deve-se observar a estrutura de desembolsos realizados na
estrutura de custos fixos, não sendo admitido para o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro despesas
como, por exemplo, a depreciação.
ESTUDO DE CASO 2
Considerando a estrutura de custos da empresa MODELO LTDA, apresentada no estudo de caso 1,
identificar a Margem de Contribuição do Produto Y e os Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e
Financeiro. Para o cálculo do Ponto de Equilíbrio Econômico, considerar que a empresa MODELO LTDA
deseja um lucro de R$ 2.500,00 no período.
Solução:
a) Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio Contábil
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
FATURAMENTO BRUTO
( - ) IPI SOBRE VENDAS
( = ) RECEITA BRUTA
( - ) ICMS SOBRE VENDAS
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS
( = ) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS
DESPESAS C/ VENDAS
fretes sobre vendas
DESPESAS ADMIN
salários
energia elétrica
( = ) LUCRO OPERACIONAL
R$
1.987,95
(180,72)
1.807,23
(307,23)
1.500,00
(612,60)
887,40
(525,00)
362,40
(211,25)
100,00
100,00
111,25
80,00
31,25
151,15
unit.
132,53
(12,05)
120,48
(20,48)
100,00
(40,84)
59,16
(35,00)
24,16
%
133
(12)
120
(20)
100
(41)
59
(35)
24
68
PEC q
700,00 + 211,25 =
59,16
15,4 un.
PEC R$
700,00 + 211,25 =
0,59
1.544,50
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PROJETADO
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS
( = ) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS
DESPESAS C/ VENDAS
fretes sobre vendas
DESPESAS ADMIN
salários
energia elétrica
( = ) LUCRO OPERACIONAL
R$
1.544,50
(653,44)
891,06
(700,00)
191,06
(211,25)
100,00
100,00
111,25
80,00
31,25
(20,19)
unit.
96,53
(40,84)
55,69
%
100
(42)
58
b) Ponto de Equilíbrio Econômico
PEE q
700,00 + 211,25 + 2.500,00 = 57,66 un.
59,16
PEE R$
700,00 + 211,25 + 2.500,00 =
0,59
5.781,80
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PROJETADO
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS
( = ) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS
DESPESAS C/ VENDAS
fretes sobre vendas
DESPESAS ADMIN
salários
energia elétrica
( = ) LUCRO OPERACIONAL
R$
5.781,80
(2.368,72)
3.413,08
(700,00)
2.713,08
(211,25)
100,00
100,00
111,25
80,00
31,25
2.501,83
unit.
99,69
(40,84)
58,85
%
100
(41)
59
69
c) Ponto de Equilíbrio Financeiro
PEF q
700,00 + 211,25 - 250,00 =
59,16
11,1 un.
PEF R$
700,00 + 211,25 - 250,00 =
0,59
1.120,76
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PROJETADO
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS
( = ) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS
DESPESAS C/ VENDAS
fretes sobre vendas
DESPESAS ADMIN
salários
energia elétrica
( = ) LUCRO OPERACIONAL
R$
1.120,76
(449,24)
671,52
(450,00)
221,52
(211,25)
100,00
100,00
111,25
80,00
31,25
10,27
unit.
93,40
(37,44)
55,96
%
100
(40)
60
DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Entende-se como preço de venda o valor monetário que a empresa cobra de seus clientes em
uma transação comercial. Este valor deverá ser suficiente para que a empresa cubra todos os gastos que
foram necessários para colocar o produto, mercadoria ou serviço, à disposição do mercado, até a
transferência da propriedade e da posse destes, incluindo o lucro desejado ou possível.
A formação do preço de venda é um assunto amplamente discutido também pela teoria
econômica, pois na análise da melhor maneira de se calcular o preço de um produto, é preciso que se
conheça variáveis como o tipo de mercado em que a empresa atua e características do produto.
A competitividade tem exigido das empresas a busca contínua em aprimorar a qualidade em
todos os processos e atividades que executam, buscando obter a aceitação dos seus produtos e/ou
serviços e alcançar não apenas a permanência no mercado que atuam, mas também, outros objetivos
desejados. Alguns dos aspectos que impactam fortemente a obtenção desses objetivos são aqueles que
dizem respeito à análise dos custos e suas influências nas decisões que impactam a formação do preço
de venda. Estas decisões que objetivam a definição do preço de venda envolvem aspectos muitas vezes
70
analisados de forma empírica, baseadas em dados e informações históricas ou subjetivas, apenas com
alguma base científica.
Pode-se assumir, para fins didáticos, que o preço de venda contempla dois aspectos: a)
aspecto externo ou mercadológico e b) aspecto interno ou de estrutura.
Quando se fala no aspecto mercadológico do preço de venda, deve-se entender que o atual de
competitividade em que as organizações estão inseridas, tem exigido a busca contínua em aprimorar a
qualidade em todos os processos e atividades que executam, buscando obter a aceitação dos seus
produtos e/ou serviços e alcançar não apenas a permanência no mercado que atuam, mas também,
outros objetivos desejados.
Nos métodos de formação de preço de venda para o mercado, a empresa poderá decidir pela
fixação com base nos preços praticados pelo mercado, deixando, como prioridade, uma menor atenção
aos seus próprios custos ou à procura de seus produtos. Desta forma, o preço de venda praticado pela
empresa poderá ser igual, menor ou maior do que o praticado no mercado, dependendo dos objetivos e
das inferências que deduz sobre as possíveis influências que podem lhe causar os componentes do
sistema que está inserida. Organizações que determinam seus preços com base no mercado devem
conhecer os demais atributos que levam os consumidores a adquirem seus produtos. Dentre esses
atributos pode-se citar a elasticidade do produto e os demais componentes dos 4 P’s (produto, place e
promoção).
Quando a empresa decide adotar este procedimento, ou desconhece quase por completo sua
estrutura interna ou aparenta confiar nesta estrutura, ou então, seu sistema de informações baseia-se
apenas nos custos integrais e históricos em lugar dos custos incrementais (aumento de volume), ou
futuros (derivados dos planos existentes).
O aspecto estrutural do preço de venda mostra os elementos que formam o seu valor
monetário. Os elementos que formam o preço de venda são, essencialmente, o custo total de produção,
as despesas incorridas para comercialização, os impostos incidentes sobre a venda e o lucro e a margem
de lucro desejada.
71
Existem diversos modelos para determinação do preço de venda de produtos e serviços. Podese dividi-los em duas categorias: a) os que estão voltados para os custos e b) os que estão voltados para
a lucratividade.
Nas empresas que possuem sistema de custos e, adotando-os como base na formação dos
preços de vendas, o processo desta formação poderá se tornar prática e simples, evidenciando os
seguintes aspectos: preço e continuidade, competitividade, rotinização das decisões e estrutura formal do
preço. Nesse procedimento, o conhecimento da estrutura do processo produtivo poderá se constituir como
vantagem competitiva. Colocado em processos rotineiros, qualquer alteração para reavaliação do preço de
venda torna-se fácil e estruturada, economizando tempo e esforços.
A estruturação formal é simplificada, bastando apenas a definição de um mark-up (taxa de
marcação). Desta forma, quando os preços de venda utilizam o custo como base de sua formação, o
objetivo passa a ser a definição de um mark-up divisor ou multiplicador. Esse mark-up é um valor ou
percentual que aglutina os elementos que compõem o preço de venda, ou seja, o custo, as despesas e o
lucro.
Supondo a seguinte estrutura de preço de venda, de forma percentual tem-se o exemplo a
seguir:
Preço de Venda
ICMS da Venda
PIS / COFINS
Despesas
Lucro Antes dos Tributos
TOTAL
100,00 %
17,00 %
3,65 %
10,00 %
15,00 %
45,65 %
O mark-up divisor será: 100 % - 45,65 %
= 0,5435
100
O mark-up multiplicador será:
1
= 1,8399264
0,5435
Como exemplo, têm-se o valor de $100,00 como custo unitário e o preço de venda, utilizando o
mark-up divisor, será $183,99, e pelo mark-up multiplicador será também de $183,99, resultando em lucro
de $27,60, ou seja, 15% do preço de venda. Destaca-se que o custo unitário pode ser obtido a partir de
qualquer metodologia de custeio (absorção, variável, ABC etc.).
72
Outra forma das organizações determinarem o preço de venda de seus produtos e serviços
está relacionada à lucratividade desejada, construída com base em percentual previamente estabelecido
no planejamento.
Para calcular o preço de venda dessa forma é necessária a identificação dos custos e
despesas totais padronizados para o período e a identificação do total investido para o período. Utilizandose estes elementos com seus respectivos valores:
Despesas + (% Retorno x Capital Investido)
Custo Total
despesas:
$400.000,00
capital investido:
$4.000.000,00
retorno definido:
20%
custo total:
$1.500.000,00
Então:
400.000,00 = (20% x 4.000.000,00)
= 0,80, ou 80%
1.500.000,00
Multiplicando 1,80 sobre os Custos Totais, têm-se:
Vendas:
$2.700.000,00
Custos:
$1.500.000,00
Despesas: $ 400.000,00
Lucro:
$
800.000,00, ou seja, 20% de $4.000.000,00, ou ainda 29,62% das vendas.
Obviamente que este percentual de 20% deverá ser médio para toda a empresa, podendo
alternar um percentual específico para cada produto.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA
O conceito alavancagem deriva de alavanca física, ou seja, a utilização de uma ferramenta que
proporcione um resultado mais do que proporcional ao esforço empregado.
Alavancagem operacional significa o quanto a empresa consegue aumentar do lucro através da
atividade operacional, basicamente, em função do aumento da margem de contribuição (diferença entre
73
receitas e custos variáveis) e manutenção dos custos fixos. O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) é
a medida da extensão da utilização dos custos e despesas fixas dentro da empresa.
A existência da alavancagem operacional fica evidenciada quando há aumento do volume
produzido e comercializado com a utilização plena da estrutura de custos e despesas fixas da
organização. Dessa forma:
GAO = ∆ % do lucro operacional
∆%
da produção/vendas
Sempre que a variação percentual do lucro operacional for superior à variação percentual da
produção/vendas ocorre a Alavancagem Operacional. Isso significa que, sempre que o GAO é maior que
1, há alavancagem operacional.
ESTUDO DE CASO 3
Considerando que a empresa MODELO LTDA tem uma estrutura de custos e despesas fixas que totalizam
R$ 1.000,00. Com a utilização dessa estrutura, ela consegue produzir e comercializar 10 unidades do
produto Y. O preço de venda unitário (sem impostos e outras deduções) do produto Y é de R$ 200,00 e os
custos variáveis, ou diretos, de produção importam em R$ 80,00.
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS + DESPESAS
( = ) LUCRO OPERACIONAL
R$
2.000,00
(800,00)
1.200,00
(1.000,00)
200,00
unit.
200,00
(80,00)
120,00
%
100,0
(40,0)
60,0
Através de estudos técnicos a de mercado, a empresa MODELO LTDA pretende aumentar a produção e
comercialização do produto Y em 20% com a utilização da mesma estrutura de custos e despesas fixas.
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – PROJETADO
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS + DESPESAS
( = ) LUCRO OPERACIONAL
R$
2.400,00
(960,00)
1.440,00
(1.000,00)
440,00
unit.
200,00
(80,00)
120,00
%
100,0
(40,0)
60,0
74
GAO = 120% = 6 vezes
20%
Cada 1 ponto percentual de incremento na produção e comercialização do
produto Y, reflete 6 pontos percentuais de incremento no lucro operacional.
Alavancagem financeira significa o que a empresa consegue aumentar do lucro líquido através
da estrutura de financiamento. A alavancagem financeira mostra a possibilidade de os acionistas da
empresa obterem maiores lucros para seus investimentos, com o uso mais intensivo de capitais de
terceiros.
A existência de capitais de terceiros na estrutura de financiamento permite a ocorrência de
alavancagem financeira para os capitais próprios. A alavancagem traz consigo o conceito de risco
financeiro, que é a dependência extrema dos capitais de terceiros para financiamento das atividades da
empresa. Dessa forma:
GAF = lucro antes dos juros
lucro depois dos juros
ESTUDO DE CASO 4
Considerando que as empresas ALFA LTDA e BETA LTDA têm estruturas de custos e despesas fixas que
totalizam R$ 1.000,00. Com a utilização dessas estruturas, elas conseguem produzir e comercializar 10
unidades do produto Y. O preço de venda unitário (sem impostos e outras deduções) do produto Y é de
R$ 200,00 e os custos variáveis, ou diretos, de produção importam em R$ 80,00.
A estrutura patrimonial das empresas ALFA LTDA e BETA LTDA é a seguinte:
ALFA LTDA
BETA LTDA
1.000,00
1.000,00
Passivo total
350,00
600,00
Patrimônio Líquido
650,00
400,00
Ativo total
Ambas as empresas atuam num mercado onde a remuneração pelo uso dos capitais de terceiros (taxa de
juros) é de 10% num determinado período (mês, ano, etc.). Para as duas empresas os juros sobre capitais
de terceiros são contabilizados como despesas financeiras integram os custos fixos mais despesas de
suas estruturas de custos.
As empresas ALFA LTDA e BETA LTDA têm os mesmos investidores. Dessa forma:
75
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – EMPRESAS ALFA LTDA E BETA LTDA
( = ) RECEITA LÍQUIDA
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS + DESPESAS (antes dos juros)
( = ) LUCRO OPERACIONAL (antes dos juros)
( - ) JUROS
( = ) LUCRO OPERACIONAL (depois dos juros)
Grau de Alavancagem Financeira - GAF
ALFA LTDA - R$
2.000,00
(800,00)
1.200,00
(965,00)
235,00
(35,00)
200,00
BETA LTDA - R$
2.000,00
(800,00)
1.200,00
(940,00)
260,00
(60,00)
200,00
235,00 = 1,175
200,00
260,00 = 1,3
200,00
A situação apresentada pela comparação entre as empresas mostra que BETA LTDA utilizou
melhor os capitais de terceiros. Mesmo com uma despesa maior pela remuneração pelo uso dos capitais
de terceiros, a empresa BETA LTDA alcançou o mesmo lucro operacional de ALFA LTDA. Com essa
análise, os acionistas de BETA LTDA podem decidir se as operações da empresa devem ser financiadas
com capital próprio ou capital de terceiros.
FLUXO DE CAIXA
Denomina-se fluxo de caixa de uma organização ao conjunto de ingressos e desembolsos de
numerário ao longo de um período determinado. O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da
situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em
itens do ativo. Sinteticamente, o fluxo de caixa é o instrumento de programação financeira, que
corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de tempo. Esse instrumento
possibilita: planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa.
O objetivo do fluxo de caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as
operações financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das
disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa. A otimização dos fluxos de caixa
reduz, automaticamente, a necessidade de capital de giro, sendo, portanto, interesse da empresa buscar
essa otimização.
As operações para produzir e comercializar os produtos/serviços exigem recursos. Esses
recursos exigem contrapartidas financeiras, ou seja, pagamentos em dinheiro. A diferença entre os valores
recebidos pelas vendas dos produtos/serviços e os valores pagos pelos recursos utilizados forma a
geração operacional de caixa de uma empresa. O fluxo financeiro ou fluxo de caixa de uma empresa é a
76
movimentação da geração operacional de caixa, acrescido das movimentações financeiras de
investimento e financiamento.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é um relatório que complementa as análises
obtidas a partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). A DFC pode
ser apresentada de duas formas: a) Método Direto e b) Método Indireto.
O método direto é a forma de apresentação da DFC que resgata exatamente os valores
movimentados no controle do caixa. No método indireto, parte-se do lucro líquido o exercício (apresentado
no DRE) e a ele são feitas adições e exclusões. Apresenta-se, a seguir, modelo de ambos os métodos:
77
MÉTODO DIRETO
MÉTODO INDIRETO
I - ATIVIDADES OPERACIONAIS
1. ENTRADAS
Vendas a vista
Recebimento de clientes
Outros
2. SAIDAS
Compras a vista
Pagamentos a fornecedores
Pagamento de tributos
Pagamentos de salários e encargos
Pagamentos de despesas (exceto financeiras)
Outros
SALDO DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1-2)
II – ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
3. ENTRADAS
Venda de ativos não circulantes
Recebimento de principal de empréstimos
Receitas financeiras
Outros
4. SAÍDAS
Investimentos em ativos não circulantes
Concessão de empréstimos
Outros
SALDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
(3-4)
III – ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
5. ENTRADAS
Emissão de ações
Integralização de capital
Novos empréstimos
6. SAÍDAS
Amortização de empréstimos
Despesas financeiras
Distribuição de resultados
SALDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
(5-6)
I - ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido do Exercício
Ajustes
( + ) Depreciações
( + ou - ) Equivalência Patrimonial
( + ou - ) Ganhos de capital
Variações nos ativos e passivos circulantes
( + ) Aumentos no passivo circulante
( + ) Reduções no ativo circulante
( - ) Aumentos no ativo circulante
( - ) Reduções no passivo circulante
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS OPERAÇÕES
II – ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Venda de ativos não circulantes
Recebimento de principal de empréstimos
Investimentos em ativos não circulantes
Concessão de empréstimos
Outros
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DE INVESTIMENTOS
III – ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Emissão de ações
Integralização de capital
Novos empréstimos
Amortização de empréstimos
Distribuição de resultados
FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DE
FINANCIAMENTO
IV - SALDO DO PERÍODO (I + II + III)
V - SALDO INICIAL DO DISPONÍVEL
VI – SALDO FINAL DO DISPONÍVEL (IV + V)
IV - SALDO DO PERÍODO (I + II + III)
V - SALDO INICIAL DO DISPONÍVEL
VI – SALDO FINAL DO DISPONÍVEL (IV + V)
Os dois modelos de apresentação da DFC são importantes para a análise do desempenho
econômico-financeiro das empresas. O método indireto tem correspondência com a DRE e DOAR –
Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos - e a sua análise baseia-se no conceito de origens e
aplicações de recursos. Por esse motivo o DFC pelo método direto vem substituindo a DOAR em vários
78
países. Já o método direto é totalmente vinculado à movimentação financeira e é um instrumento
essencial para gestão de tesouraria.
O ponto fundamental para análise da DFC (independente do método de apresentação) decorre
de sua segmentação em três blocos: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de
financiamento. De forma geral, o saldo de caixa gerado pelas atividades operacionais deve ser sempre
positivo e esse saldo deve embasar as decisões de financiamento e investimento dos gestores financeiros.
Quando se compara a DFC pelo método indireto com a DOAR, são verificadas semelhanças
entre esses dois relatórios contábeis, principalmente em relação aos ajustes feitos ao lucro líquido do
exercício e a forma de apresentação de ambos. Entretanto, esses relatórios partem de princípios
diferentes: enquanto a DOAR é elaborada a partir do capital circulante líquido e obedece ao princípio da
competência, o DFC parte das disponibilidades e obedece ao regime de caixa.
ORÇAMENTO
O orçamento envolve planejamento, ou seja, é preciso decidir antecipadamente o que deve ser
feito e quais os recursos necessários para se atingir o objetivo pré-estabelecido. Orçamento é conceituado
como a expressão quantitativa de um plano de ação e ajuda a coordenação de implementação desse
plano. Orçar significa processar todos os dados contábeis atuais introduzindo os dados previstos para o
próximo exercício. Dessa forma, o processo orçamentário inicia com o Planejamento estratégico.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – CONCEITOS
Planejamento Estratégico pode ser definido como um processo gerencial de desenvolver e
manter um ajuste viável entre os objetivos, as habilidades e os recursos de uma organização e as
oportunidades de um mercado em constante mudança. Sendo seu objetivo dar forma os negócios e
produtos da empresa, possibilitando os lucros e crescimento almejados. É o processo administrativo, de
longo prazo, que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser
seguida para a empresa, visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de forma
inovadora e diferenciada.
O Planejamento Estratégico encoraja a empresa a pensar sistematicamente no futuro e a
melhorar as interações entre os executivos da empresa; obriga a empresa a definir melhor seus objetivos
e políticas; proporciona uma melhor coordenação dos esforços da empresa e proporciona padrões de
79
desempenho mais fáceis de controlar. Todas as empresas praticam planejamento estratégico, ou de forma
empírica ou de forma sistematizada, formal ou informal.
O Planejamento Estratégico busca responder as questões apresentadas no seguinte
fluxograma:
Quem somos?
O que estmos
fazendo?
Porque?
O que queremos ser no
futuro?
Porque?
Como vamos chegar
lä?
O estabelecimento de um Planejamento Estratégico envolve quatro atividades:
1) Análise da situação atual e planejamento da situação projetada.
2) Definição de objetivos, metas e ações com fixação de prazos e responsáveis.
3) Implementação.
4) Controle e feedback.
OBJETIVOS DO ORÇAMENTO
O orçamento concentra diversos objetivos empresariais. O ponto fundamental do processo
orçamentário é estabelecer e coordenar objetivos para todos os setores da organização, de forma que
todos trabalhem harmonicamente em busca das metas que gerarão lucros. Alguns objetivos do orçamento:
1. orçamento como sistema de autorizações de gastos: o orçamento pode ser utilizado
como instrumento formal para liberação de recursos para os setores da organização.
2. orçamento como forma de projeção e planejamento: os documentos que compõe o
orçamento podem ser utilizados para visualização de cenários futuros.
3. orçamento como instrumento de comunicação e motivação: o orçamento é o
instrumento divulgador do alcance (ou não) das metas a todos os setores da
organização.
80
4. orçamento como instrumento de controle e gerenciamento: o orçamento é utilizado
como forma de avaliação e desempenho dos gestores, sendo essencial para a tomada
de decisões.
Dentro desses objetivos, percebe-se que quando a organização baliza sua gestão através do
orçamento seus processos assumem um caráter de maior formalidade. Alguns críticos do processo
orçamentário entendem que esse caráter formal tende a “engessar” a tomada de decisão.
As organizações que adotam orçamentos não necessariamente ficam mais engessadas em
seus processos. Isso somente ocorre quando há uma disfunção do processo e a organização passa a
existir em função do orçamento e não o contrário.
CONCEITOS ORÇAMENTÁRIOS
O processo orçamentário não é estruturado de uma única forma. Em alguns momentos a
elaboração do orçamento se dá a partir da alta direção da organização até chegar às atividades mais
operacionais (orçamento top-down). Em outros momentos a elaboração requer o início a partir da base da
organização, chegando até a alta administração (orçamento bottom-up).
Uma prática usual na elaboração de orçamentos é a utilização de dados passados para
projeções de situações futuras. Essa prática que se denomina orçamento de tendências, apresenta
vantagens e desvantagens. Como vantagem pode-se afirmar que os eventos passados são decorrentes
das estruturas organizacionais já existentes e, dessa forma, apresentam forte tendência de se
reproduzirem. Como desvantagem, essa prática pode levar a organização a um processo de letargia e
burocratização, não buscando a inovação em seus processos.
Outra forma de estruturação do processo orçamentário é romper com o passado e projetar
situações a partir de novas visões da organização. Tal prática é denominada orçamento base zero e tem
como vantagem propor a rediscussão dos processos da organização, eliminando ineficiências (que podem
ser perpetuadas pelo orçamento de tendências) e buscando novos desafios em termos de faturamento e
resultados. Como desvantagem pode-se creditar a visualização de cenários não factíveis ou impossíveis
de ser alcançados na atual situação da organização.
81
ESTRUTURA DO PLANO ORÇAMENTÁRIO
A elaboração do plano orçamentário está dividida em três grandes segmentos:
Orçamento Operacional
Nele serão demonstradas as informações sobre faturamento, custos, despesas comerciais e
administrativas. Através do orçamento operacional fica evidenciado o lucro operacional da organização. O
orçamento operacional compreende: a) orçamento de produção/vendas; b) orçamento de compras/custos;
c) orçamento de despesas comerciais e administrativas; d) orçamento de tributos sobre faturamento e
sobre resultados.
Orçamento de Investimentos e Financiamentos
Nesses documentos ficam evidenciadas as aquisições de imobilizado e outros investimentos,
as fontes de financiamento da organização (se capital próprio ou capital de terceiros), as amortizações de
dívidas e as despesas financeiras.
Projeção das Demonstrações Contábeis
É a consolidação dos orçamentos operacional e de investimentos e financiamentos. Insere no
processo orçamentário receitas e despesas extra-operacionais e receitas financeiras. As principais
demonstrações contábeis a serem projetadas são: a) Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE; b)
Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC; c) Balanço Patrimonial.
Quando são projetadas as demonstrações contábeis, surge a necessidade de análise
econômico-financeira dessas informações. Nessa análise, as análises horizontal e vertical e o cálculo e
interpretação de índices voltam a ser utilizados.
ESTUDO DE CASO 5
A empresa MODELO LTDA comercializa apenas a mercadoria “A”. Em 31 de dezembro de 2000x a
empresa MODELO LTDA apresentou o seguinte Balanço Patrimonial:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO
Caixa
Máquinas e Equipamentos
1.000,00
9.000,00
TOTAL 10.000,00
Capital Social
10.000,00
TOTAL 10.000,00
82
Como seus acionistas desejam manter um efetivo controle sobre suas atividades, objetivando maximizar
os rendimentos sobre seus investimentos, efetuaram planejamento de todas as operações da empresa. A
partir do Planejamento Estratégico, definiram as seguintes premissas para os próximos três meses da
empresa MODELO LTDA:
PREMISSAS
X1
X2
X3
Quantidades a serem vendidas
1.000
1.500
2.000
PV unitário
1,50
1,60
1,80
CMV unitário
0,80
0,80
0,85
Despesas totais da empresa
675,00
675,00
795,00
Depreciações (já inclusas no total das
75,00
75,00
75,00
despesas)
A empresa só trabalhará com vendas sob
encomenda; 30% a vista e 70% em 30DD.
A empresa efetuará todas as compras e
despesas a vista.
Em X1 a empresa pretende contrair
financiamento a longo prazo para aquisição
de maquinário. Valor R$ 5.000,00.
Não há incidência de tributos nas operações
da empresa MODELO LTDA.
SOLUÇÃO
quantidades vendidas
preço de venda unitário
cmv unitário
despesas totais (já inclusa a depreciação)
depreciações
X1
1.000
1,50
0,80
675,00
75,00
X2
1.500
1,60
0,80
675,00
75,00
X3
2.000
1,80
0,85
795,00
75,00
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE PROJETADO
X1
X2
X3
1. Receita Total
1.500,00
2.400,00
3.600,00
2. ( - ) CMV
(800,00) (1.200,00) (1.700,00)
3. ( = ) Lucro Bruto
700,00
1.200,00
1.900,00
4. ( - ) Despesas Operacionais
(675,00)
(675,00)
(795,00)
5. ( = ) Lucro Operacional
25,00
525,00
1.105,00
83
DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA - DFC PROJETADO
X1
X2
X3
1. ATIVIDADES OPERACIONAIS
ENTRADAS
450,00
1.770,00
2.760,00
vendas a vista
450,00
720,00
1.080,00
recebimento de clientes
0,00
1.050,00
1.680,00
SAÍDAS
(1.400,00) (1.800,00) (2.420,00)
compras a vista
(800,00) (1.200,00) (1.700,00)
pagamento de despesas
(600,00)
(600,00)
(720,00)
SALDO
(950,00)
(30,00)
340,00
2. ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
ENTRADAS
0,00
venda de imobilizado
0,00
SAÍDAS
(5.000,00)
compra de imobilizado
(5.000,00)
SALDO
(5.000,00)
3. ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
ENTRADAS
5.000,00
empréstimos
5.000,00
SAÍDAS
0,00
0,00
0,00
retiradas de lucros
0,00
SALDO
5.000,00
0,00
0,00
4. SALDO DO PERÍODO
(950,00)
(30,00)
340,00
5. SALDO INICIAL
1.000,00
50,00
20,00
6. SALDO FINAL
50,00
20,00
360,00
BALANÇO PATRIMONIAL - BP PROJETADO
X1
X2
ATIVO
CIRCULANTE
caixa
clientes
NÃO CIRCULANTE
máquinas
( - ) depreciação acumulada de máquinas
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE
financiamentos bancários
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE LUCROS
TOTAL DO PASSIVO + PL
X3
1.100,00
1.700,00
2.880,00
50,00
20,00
360,00
1.050,00
1.680,00
2.520,00
13.925,00 13.850,00 13.775,00
14.000,00 14.000,00 14.000,00
(75,00)
(150,00)
(225,00)
15.025,00 15.550,00 16.655,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
10.025,00 10.550,00 11.655,00
10.000,00 10.000,00 10.000,00
25,00
550,00
1.655,00
15.025,00 15.550,00 16.655,00
84
ASPECTOS CONCEITUAIS SOBRE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Administração financeira pode ser definida como a ciência da gestão do dinheiro. As
organizações, através da execução de suas operações, recebem (levantam) e desembolsam (investem)
dinheiro. A administração financeira preocupa-se com os processos associados à transferência de dinheiro
entre as organizações. Na execução das suas atividades a administração financeira utiliza técnicas de
matemática financeira. A matemática financeira tem como objetivo principal estudar o valor do dinheiro em
função do tempo.
A partir dessas premissas, torna-se necessário que se defina o conceito de valor. Valor faz
parte dos elementos que não são passíveis de conceituação; assim como a presença de alguém. Como se
conceitua a presença de alguém? A resposta é instigante: não é possível conceituar a presença de
alguém. O que é possível é perceber a presença de alguém. E pessoas diferentes percebem de formas
diferentes a presença de alguém.
O valor dos elementos, inclusive o do dinheiro, é percebido de formas diferentes, por
pessoas diferentes, em momentos diferentes. O dinheiro é o principal elemento que as organizações
utilizam para atingir seus objetivos. A importância do dinheiro para as organizações pode ser comparada a
importância do oxigênio para os indivíduos. Indivíduos diferentes, em momentos diferentes, podem
sobreviver sem determinados elementos. Porém, nenhum indivíduo pode sobreviver sem oxigênio.
A administração financeira avalia as demonstrações contábeis e financeiras das organizações
visando a tomada de decisões de investimentos e financiamentos, com base na avaliação de retornos e
riscos correspondentes. As decisões de investimentos determinam a composição e os tipos de ativos da
organização. As decisões de financiamento determinam a composição e os tipos de recursos financeiros
utilizados pela organização.
TÉCNICAS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA
Para a correta compreensão dos objetivos da matemática financeira é importante que sejam
analisadas algumas de suas técnicas.
85
a) Cálculo de Juros
Juro é a remuneração pelo empréstimo do dinheiro. Os juros existem porque as organizações
nem sempre possuem recursos financeiros disponíveis para consumir ou quitar suas dívidas no momento
em que tais são exigidas. Os juros só existem se houver o emprego de capital, seja ele próprio ou de
terceiros.
b) Cálculo de Descontos
Desconto é o abatimento feito no valor nominal de um elemento quando o efetivo pagamento
ocorre antes do seu vencimento.
c) Séries de Pagamentos
São operações que envolvem recebimentos e pagamentos periódicos e não periódicos. As
séries de pagamentos formam o fluxo de caixa de uma organização, pode ser definido como uma quantia
individual, uma anuidade ou uma série mista.
Uma quantia individual é um valor isolado que a organização possui no momento inicial ou
espera receber em data futura. Os conceitos e cálculos mais simples de valores presentes e futuros
envolvem quantias individuais. Esses são os conceitos de juros e descontos.
Uma anuidade pode ser definida como uma série uniforme de fluxos de caixa em um prazo
determinado. Há dois tipos fundamentais de anuidades: a) a ordinária, na qual o fluxo de caixa ocorre no
final do período; e b) a anuidade vencida, na qual o fluxo de caixa ocorre no início do período. Dentro do
conceito de anuidade existe, ainda, a figura da perpetuidade. Perpetuidade é uma anuidade com duração
infinita.
Série mista é uma periodicidade de fluxos de caixa desiguais, que não refletem nenhum padrão
específico. Os administradores financeiros constantemente são forçados a analisar oportunidades que
geram séries mistas de fluxos de caixa.
d) Equivalência de Fluxos de Caixa
Dois fluxos de caixa são considerados equivalentes a uma dada taxa de juros quando os seus
valores atuais, numa mesma data, são iguais. A data escolhida é denominada Valor Presente. Da mesma
forma, o Valor Futuro de dois fluxos de caixa equivalentes, numa mesma data, são iguais.
86
e) Amortização de Empréstimos e Financiamentos
Em linguagem contábil, existe diferença entre empréstimo e financiamento. Empréstimo é um
recurso financeiro que, em tese, não necessita ser justificado quanto à sua finalidade. Financiamento é um
recurso financeiro que exige a justificativa de utilização.
Várias são as formas que as organizações utilizam para amortizar seus empréstimos e
financiamentos. As principais são:
* Sistema Francês de Amortização (SFA)
A prestação é constante durante todo o período do financiamento.
A parcela de amortização aumenta a cada período.
Os juros diminuem a cada período.
* Tabela Price
A taxa é dada em termos nominais (normalmente ano).
O período do financiamento normalmente é menor que o tempo da taxa.
Utiliza-se a proporcionalidade.
* Sistema de Amortização Constante (SAC)
O financiamento é pago em prestações uniformes decrescentes.
A amortização é constante ao longo dos períodos.
Os juros são decrescentes.
EXEMPLO
Um administrador financeiro dispõe de R$ 1.000,00 para gerenciamento na data X0. Esse
administrador dispõe de 4 alternativas para investimento desses recursos financeiro, considerando uma
taxa de juros de 12% a.m.: a) deixá-los disponíveis no caixa; b) investir os R$1.000,00 para resgate único
no oitavo mês; c) investir os R$ 1.000,00 para resgate em três parcelas mensais e consecutivas de R$
733,75 a partir do sexto mês; ou d) investir os R$1.000,00 para resgate em seis parcelas mensais e
consecutivas de R$ 272,41 a partir do segundo mês.
Fórmula para cálculo do Valor Presente:
87
PV =
PMT X
(-)n
1 - (1+i)
i
c-1
(1 + i)
Onde:
PV = Valor Presente
PMT = parcela
i = taxa
n = prazo
c = carência
As calculadoras financeiras (HP 12C) e o aplicativo Excel, executam os cálculos matemáticos.
Para resolução da situação foi utilizado o Excel, sendo inserida a fórmula do valor presente, apresentada
anteriormente, na linha fx. Dessa forma a função (fx) apresentou a seguinte equação: =B8*((1-(1+B4)^B5)/B4)/(1+B4)^B6
ALTERNATIVA B
valor presente ( PV )
taxa ( i )
prazo ( n )
carência ( c )
valor futuro ( FV )
valor da prestação ( PMT )
ALTERNATIVA C
valor presente ( PV )
taxa ( i )
prazo ( n )
carência ( c )
valor futuro ( FV )
valor da prestação ( PMT )
ALTERNATIVA D
valor presente ( PV )
taxa ( i )
prazo ( n )
carência ( c )
valor futuro ( FV )
valor da prestação ( PMT )
1.000,00
12,00%
1
7
meses
meses
2.475,96
1.000,00
12,00%
3
5
meses
meses
733,75
1.000,00
12,00%
6
1
272,41
meses
meses
88
O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
A distribuição de entradas e saídas de caixa no tempo apresenta conseqüências econômicas
importantes que os administradores reconhecem explicitamente no valor do dinheiro no tempo. Os valores
e as decisões financeiras podem ser aferidos por meio de técnicas tanto de valor futuro quanto de valor
presente. As técnicas de valor futuro medem os fluxos de caixa no final da vida de um projeto e as de valor
presente no seu início.
Geralmente a determinação de valores presentes e futuros envolvem cálculos complexos. Para
tornar mais ágil as decisões que envolvam valores presentes e futuros, são desenvolvidas tabelas
financeiras que simplificam esses cálculos.
O fluxo de caixa de uma organização pode ser definido como uma quantia individual, uma
anuidade ou uma série mista.
Uma quantia individual é um valor isolado que a organização possui no momento inicial ou
espera receber em data futura. Os conceitos e cálculos mais simples de valores presentes e futuros
envolvem quantias individuais. Esses são os conceitos de juros e descontos.
Uma anuidade pode ser definida como uma série uniforme de fluxos de caixa em um prazo
determinado. Há dois tipos fundamentais de anuidades: a) a ordinária, na qual o fluxo de caixa ocorre no
final do período; e b) a anuidade vencida, na qual o fluxo de caixa ocorre no início do período. Dentro do
conceito de anuidade existe, ainda, a figura da perpetuidade. Perpetuidade é uma anuidade com duração
infinita.
Série mista é uma periodicidade de fluxos de caixa desiguais, que não refletem nenhum padrão
específico. Os administradores financeiros constantemente são forçados a analisar oportunidades que
geram séries mistas de fluxos de caixa.
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO
O valor presente líquido (VPL) ou método do valor atual é a fórmula matemático-financeira de
se determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada,
menos o custo do investimento inicial. Basicamente, é o calculo de quanto os futuros pagamentos
somados a um custo inicial estaria valendo atualmente. Temos que considerar o conceito de valor do
dinheiro no tempo, pois, exemplificando, R$ 1 milhão hoje, não valeria R$ 1 milhão daqui a uma ano,
89
devido ao custo de oportunidade de se colocar, por exemplo, tal montante de dinheiro na poupança para
render juros. É um método padrão em contabilidade gerencial para a conversão balanços para a chamada
demonstrações em moeda constante, quando então se tenta expurgar dos valores os efeitos da inflação e
das oscilações do câmbio. Também é um dos métodos para o cálculo do goodwill, quando então se usa o
demonstrativo conhecido como fluxo de caixa descontado.
A metodologia mais aceita atualmente para avaliação do fluxo futuro de benefícios gerados pela
organização é o fluxo de caixa descontado (DCF – DISCOUNTED CASH FLOW). A metodologia do DCF
se baseia no conceito simples de que um investimento agrega valor quando gera um retorno acima
daquele que poderia ser alcançado com investimentos de risco semelhante. Em outras palavras, dado um
mesmo nível de lucro, uma empresa com retornos mais altos sobre seus investimentos precisará investir
menos no negócio e, assim, gerará fluxos de caixa mais altos e um valor também mais alto.
90
III. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
EXERCÍCIO 1
A empresa MODELO LTDA apresentava a seguinte situação patrimonial em 30/11/2000x:
CONTAS
caixa
mercadorias estoques
água, luz e telefone
Banco do Brasil S/A c/c
móveis e utensílios
máquinas
fornecedores
BRDE c/ Financiamento (L/P)
títulos a pagar
CMV
Reservas de Lucros
publicidade
Capital Social
ICMS s/vendas
material de expediente
vendas a prazo
juros ativos
despesas bancárias
clientes
SALDO EM 30/11/2000x
4.000,00
2.000,00
850,00
500,00
5.000,00
15.000,00
5.000,00
1.000,00
6.000,00
3.000,00
1.500,00
2.000,00
10.000,00
1.500,00
400,00
15.000,00
2.000,00
250,00
6.000,00
No mês de dezembro/2000x ocorreram os seguintes fatos contábeis:
1. No dia 08/12/2000x a empresa comprou, da loja VW Autos & Cia. Ltda., um automóvel VW GOL OK,
branco, chassi nº 12345BZ456, por R$ 10.000,00. O valor será pago em 08/01/2000x1.
2. No dia 01/12/2000x a empresa recebeu (em atraso) as dívidas de terceiros, em espécie, no valor de
R$6.100,00.
3. No dia 12/12/2000x a empresa pagou (em atraso) as dívidas unto a terceiros, em espécie, no valor de
R$5.050,00.
TAREFAS:
1. Elaborar Balanço Patrimonial do exercício social de 2000x conforme a Lei 6.404/76.
2. Elaborar DRE do exercício social de 2000x conforme a Lei 6.404/76.
3. Identificar o valor das dívidas que a empresa MODELO LTDA tem a curto e a longo prazo.
4. Identificar os valores que a empresa MODELO LTDA tem a receber a curto e a longo prazo.
5. Identificar os valores de bens permanentes que a empresa MODELO LTDA possui.
6. Identificar a situação financeira da empresa MODELO LTDA através do CCL.
91
7. O proprietário da empresa MODELO LTDA deseja adquirir um conjunto de maquinário,
objetivando aumentar a produção. Esse conjunto de maquinário tem valor de R$ 20.000,00 para
aquisição a vista. Caso não seja possível adquiri-lo a vista, o BNDES oferece um financiamento
para o mesmo. Nessa situação a empresa MODELO LTDA assume uma dívida de R$ 23.000,00 a
ser paga em 31/12/2000x5. Identifique para o proprietário da empresa MODELO LTDA a
possibilidade de aquisição do maquinário a vista. Caso não seja possível a aquisição a vista,
demonstre os reflexos da aquisição financiada pelo BNDES na situação financeira, econômica e
patrimonial.
EXERCÍCIO 2
DISPONIBILIDADES
FORNECEDORES
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
ENCARGOS A PAGAR
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS (LP)
ESTOQUES
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE LUCROS
RECEITA BRUTA
LUCRO OPERACIONAL
CRÉDITOS
DESPESAS OPERACIONAIS
IMOBILIZADO
DEDUÇÕES SOBRE VENDAS
CMV
RECEITAS FINANCEIRAS
Janeiro/2000x
30.800,00
15.000,00
35.000,00
10.000,00
20.000,00
20.000,00
30.000,00
20.800,00
50.000,00
20.800,00
30.000,00
(15.000,00)
50.000,00
(5.750,00)
(8.950,00)
500,00
Fevereiro/2000x
64.435,00
18.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
31.290,00
30.000,00
54.725,00
65.000,00
33.925,00
25.000,00
(14.800,00)
50.000,00
(7.475,00)
(10.300,00)
1.500,00
Março/2000x
36.195,00
20.000,00
20.000,00
25.000,00
30.000,00
45.330,00
50.000,00
101.525,00
80.000,00
46.800,00
15.000,00
(14.000,00)
150.000,00
(9.200,00)
(12.000,00)
2.000,00
SITUAÇÃO:
Você é o Contador da empresa ALFA LTDA, que apresenta relatórios contábeis
acima. O proprietário da empresa ALFA – Sr. Pedro Silva – lhe chamou para reunião de avaliação de
resultados. A partir dessa reunião serão definidos os objetivos e ações da empresa para o próximo
trimestre. O Sr. Pedro Silva solicitou que fosse elaborado (antes da reunião) relatório diagnóstico do
desempenho da empresa no primeiro trimestre. Esse relatório deve contemplar:
a) identificação da capacidade de pagamento da empresa, a curto e a longo prazo;
b) identificação do perfil das dívidas da empresa;
c) identificação se está sendo positivo o esforço para aumento das vendas; e
92
d) apresentação de três pontos positivos que a empresa ALFA LTDA deve potencializar e três pontos
negativos que a empresa deve neutralizar.
EXERCÍCIO 3
A Internacional Inc compõe um conglomerado de empresas que têm negócios em 100
paises. Buscando a diversificação de seus negócios e uma melhor remuneração para o investimento de
seus acionistas, a Internacional Inc decidiu iniciar duas novas filiais, em mercados diferentes.
A filial Internacional Alpha Inc foi instalada com um investimento de XX 100.000,00. Ela
atua num mercado onde a remuneração básica dos capitais de terceiros (taxa de juros) é de 15% a.a.
A filial Internacional Betha Inc foi instalada com um investimento de XX 100.000,00. Ela
atua num mercado onde a remuneração básica dos capitais de terceiros (taxa de juros) é de 8% a.a.
Os responsáveis pelas filiais assinaram contratos de gestão com a matriz, assumindo o
compromisso de orientar a administração dos negócios para o aumento do valor. Passado o primeiro ano,
ambos os Diretores compareceram na matriz para reunião de avaliação de resultados. Nessa reunião,
apresentaram as seguintes informações:
INTERNACIONAL ALPHA INC
INTERNACIONAL BETHA INC
Lucro operacional
10.000,00
Lucro operacional
10.000,00
Depreciações
1.000,00
Depreciações
1.000,00
Despesas Financeiras
2.000,00
Despesas Financeiras
3.000,00
PL
100.000,00
Ações em circulação
Valor de mercado da ação
100.000
1,20
PL
100.000,00
Ações em circulação
Valor de mercado da ação
100.000
1,30
Avalie a gestão dos Diretores, na visão dos acionistas, comparando métodos tradicionais de
avaliação de resultados com o EVA e o MVA.
Considerações:
1) Desconsiderar aspectos tributários.
2) Os valores estão representados em moeda com o mesmo valor aquisitivo.
93
EXERCÍCIO 4
A empresa MODELO S/A, apresentou os seguintes relatórios contábeis:
BALANÇO PATRIMONIAL
dezembro/2000x dezembro/2000x1
ATIVO
CIRCULANTE
DIPONIBILIDADES
CRÉDITOS
ESTOQUES
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
TOTAL ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
FORNECEDORES
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
ENCARGOS A PAGAR
NÃO CIRCULANTE
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE LUCROS
TOTAL PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
14.435,00
25.000,00
15.000,00
36.195,00
15.000,00
15.000,00
100.000,00
154.435,00
150.000,00
216.195,00
8.000,00
40.000,00
18.000,00
20.000,00
20.000,00
25.000,00
20.000,00
30.000,00
30.000,00
38.435,00
154.435,00
50.000,00
71.195,00
216.195,00
DRE
RECEITA BRUTA
DEDUÇÕES SOBRE VENDAS
RECEITA LÍQUIDA
CMV
LUCRO OPERACIONAL BRUTO
DESPESAS OPERACIONAIS
RECEITAS FINANCEIRAS
LUCRO OPERACIONAL
dezembro/2000x dezembro/2000x1
65.000,00
90.000,00
(7.475,00)
(19.200,00)
57.525,00
70.800,00
(10.300,00)
(12.000,00)
47.225,00
58.800,00
(14.800,00)
(14.000,00)
1.500,00
2.000,00
33.925,00
46.800,00
SITUAÇÃO: Você é o Contador da empresa MODELO S/A, que apresenta relatórios contábeis acima. O
Diretor Geral da empresa MODELO – Sr. Pedro Silva – lhe chamou para reunião de avaliação de
resultados. A partir dessa reunião serão definidos os objetivos e ações da empresa para o exercício de
2000x2. O Sr. Pedro Silva solicitou que fosse elaborado (antes da reunião) relatório diagnóstico financeiro
do desempenho da empresa. Esse relatório deve contemplar:
1. Análise da capacidade de pagamentos da empresa, embasada nos índices de liquidez e endividamento.
94
2. Análise, embasada em índices, da eficácia do esforço desprendido pelo setor comercial para o
incremento das vendas.
3. Análise, embasada em índices, sobre a eficácia das ações administrativas voltadas ao controle de
custos e despesas.
4. Análise, embasada em índices, sobre o perfil do endividamento atual da empresa.
5. Análise, embasada em índices, sobre a rentabilidade da empresa ao investimento dos acionistas.
6. Opinião do Contador, embasada em índices, sobre duas ações a serem tomadas no exercício de
2000x2.
EXERCÍCIO 5
A empresa ALFA LTDA tem seu patrimônio representado pelos relatórios contábeis a seguir:
ano1
ano2
ano3
ano4
ano5
ATIVO
cirulante
disponibilidades
clientes
estoques
não cirulante
ativo realizável a longo prazo
imobilizado
TOTAL DO ATIVO
30.000,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
55.000,00
5.000,00
50.000,00
85.000,00
34.500,00 44.300,00 51.900,00 59.500,00
4.500,00 4.300,00 3.900,00 2.500,00
12.000,00 18.000,00 20.000,00 25.000,00
18.000,00 22.000,00 28.000,00 32.000,00
55.000,00 75.000,00 75.000,00 95.000,00
5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00
50.000,00 70.000,00 70.000,00 90.000,00
89.500,00 119.300,00 126.900,00 154.500,00
PASSIVO
circulante
fornecedores
contas a pagar
não circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TOTAL DO PASSIVO + PL
60.000,00
40.000,00
20.000,00
20.000,00
20.000,00
25.000,00
85.000,00
64.500,00 85.000,00 89.000,00 95.000,00
44.500,00 60.000,00 64.000,00 70.000,00
24.500,00 35.000,00 38.000,00 42.000,00
20.000,00 25.000,00 26.000,00 28.000,00
20.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00
25.000,00 34.300,00 37.900,00 59.500,00
89.500,00 119.300,00 126.900,00 154.500,00
1. Receita Operacional Bruta
2. ( - ) Deduções s/ vendas
3. ( = ) Receita Operacional Líquida
4. ( - ) CMV
5. ( = ) Lucro Bruto
6. ( - ) Despesas Operacionais
7. ( + ) Receitas Financeiras
8. ( = ) Lucro Operacional
ano1
80.000,00
(16.000,00)
64.000,00
(13.000,00)
51.000,00
(40.000,00)
4.000,00
15.000,00
ano2
100.000,00
(20.000,00)
80.000,00
(18.000,00)
62.000,00
(60.000,00)
500,00
2.500,00
ano3
130.000,00
(26.000,00)
104.000,00
(25.000,00)
79.000,00
(72.000,00)
2.300,00
9.300,00
ano4
150.000,00
(30.000,00)
120.000,00
(34.000,00)
86.000,00
(88.000,00)
5.600,00
3.600,00
ano5
180.000,00
(36.000,00)
144.000,00
(42.000,00)
102.000,00
(88.000,00)
7.600,00
21.600,00
95
SITUAÇÃO: Os proprietários da empresa ALFA LTDA estão interessados em vender o negócio. Você é
um investidor interessado em adquirir o negócio. Antes de decidir pela aquisição da empresa, você deverá
analisar os relatórios contábeis e, através dos indicadores vistos em aula, decidir se a empresa ALFA
LTDA é um investimento atrativo. O conceito de investimento que você utilizará será o do total do ativo
permanente. Você sabe que existe um investimento alternativo (com os mesmos níveis de rentabilidade,
liquidez e segurança) que lhe garante uma rentabilidade de 45% a.a. Decida se é interessante para você
adquirir a empresa ALFA LTDA.
EXERCÍCIO 6
A empresa MODELO LTDA comercializa apenas a mercadoria “A”. Em 31 de dezembro de 2000x a
empresa MODELO LTDA apresentou o seguinte Balanço Patrimonial:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO
Caixa
Máquinas e Equipamentos
1.000,00
9.000,00
Capital Social
10.000,00
TOTAL 10.000,00
TOTAL 10.000,00
Como seus acionistas desejam manter um efetivo controle sobre suas atividades, objetivando maximizar
os rendimentos sobre seus investimentos, efetuaram planejamento de todas as operações da empresa. A
partir do Planejamento Estratégico, definiram as seguintes premissas para os próximos três períodos da
empresa MODELO LTDA:
PREMISSAS
Quantidades a serem vendidas
PV unitário
CMV unitário
Despesas totais da empresa
Depreciações (já inclusas no total das
despesas)
A empresa só trabalhará com vendas sob
encomenda e somente a vista.
A empresa efetuará todas as compras e
despesas a vista.
Em X1 a empresa pretende contrair
financiamento a longo prazo para aquisição
de maquinário. Valor R$ 5.000,00.
Não há incidência de tributos nas operações
da empresa MODELO LTDA.
X1
1.000
1,50
0,80
675,00
75,00
X2
1.500
1,60
0,80
675,00
75,00
X3
2.000
1,80
0,85
795,00
75,00
96
EXERCÍCIO 7
A empresa MODELO LTDA comercializa apenas a mercadoria “A”. Em 31 de dezembro de 2000x a
empresa MODELO LTDA apresentou o seguinte Balanço Patrimonial:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO
Caixa
Máquinas e Equipamentos
1.000,00
9.000,00
Capital Social
10.000,00
TOTAL 10.000,00
TOTAL 10.000,00
Como seus acionistas desejam manter um efetivo controle sobre suas atividades, objetivando maximizar
os rendimentos sobre seus investimentos, efetuaram planejamento de todas as operações da empresa. A
partir do Planejamento Estratégico, definiram as seguintes premissas para os próximos três períodos da
empresa MODELO LTDA:
PREMISSAS
Quantidades a serem vendidas
PV unitário
CMV unitário
Despesas totais da empresa
Depreciações (já inclusas no total das
despesas)
A empresa só trabalhará com vendas sob
encomenda; 30% a vista e 70% em 30DD.
A empresa efetuará todas as compras e
despesas a vista.
Em X1 a empresa pretende contrair
financiamento a longo prazo para aquisição
de maquinário. Valor R$ 5.000,00.
Não há incidência de tributos nas operações
da empresa MODELO LTDA.
X1
1.000
1,50
0,80
675,00
75,00
X2
1.500
1,60
0,80
675,00
75,00
X3
2.000
1,80
0,85
795,00
75,00
97
EXERCÍCIO 8
A empresa MODELO S/A teve os seguintes gastos no mês de outubro/XX:
comissão sobre vendas
salários – fábrica
matéria-prima
salários – administração
depreciação máquinas
seguro – fábrica
juros pagos
honorários diretores
materiais diversos – fábrica
energia elétrica – fábrica
despesas c/manutenção de máquinas
despesas c/ fretes
água, luz, telefone – administração
materiais diversos – administração
TOTAL
80.000,00
120.000,00
350.000,00
90.000,00
60.000,00
10.000,00
50.000,00
40.000,00
15.000,00
85.000,00
70.000,00
45.000,00
5.000,00
5.000,00
1.025.000,00
TAREFA: Identifique o valor total dos seguintes grupos:
CUSTOS DE PRODUÇÃO
DESPESAS C/VENDAS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
DESPESAS FINANCEIRAS
EXERCÍCIO 9
A empresa INTERNET.COM.BR apresentou as seguintes situações no mês de outubro/XX:
CUSTO TOTAL
150.000,00
Matéria-prima
90.000,00
Mão-de-obra
45.000,00
Energia elétrica
15.000,00
UNIDADES PRODUZIDAS
15
UNIDADES VENDIDAS
12
ESTOQUE FINAL DE P.P.
03
PREÇO UNITÁRIO DE VENDA 12.000,00
98
CALCULE:
a) O valor do custo unitário de fabricação.
b) O valor do custo dos produtos vendidos.
c) O valor do estoque final de produtos acabados.
d) O lucro bruto no mês, identificando a seguinte estrutura:
VENDAS
(-)
CPV
(=)
LUCRO BRUTO
EXERCÍCIO 10
A empresa MODELO LTDA é uma indústria que produz o produto “Y”. Para tanto, ela
utiliza a matéria-prima “A”, sua estrutura de produção e outros materiais. A empresa MODELO LTDA está
totalmente informatizada e possui uma contabilização de suas operações de produção de forma integrada
(Contabilidade de Custos integrada coma Contabilidade Financeira). No final do mês de outubro de 2000x
o Contador discutia com o Diretor Comercial os relatórios gerenciais, que apresentavam as seguintes
situações:
CV unitário R$ 230,00
CF total + despesas 40% da RT
O Diretor Comercial questionou o Contador sobre os impostos incidentes sobre a
venda do produto “Y”, obtendo como resposta: ICMS (17%) e PIS/COFINS (3,65%).
A partir dessas informações, o Diretor Comercial solicitou ao Contador uma sugestão
de PV unitário que garantisse uma margem bruta de 10%.
EXERCÍCIO 11
A empresa MODELO LTDA é uma indústria que produz o produto “Y”. Para tanto, ela
utiliza a matéria-prima “A”, sua estrutura de produção e outros materiais. A empresa MODELO LTDA está
99
totalmente informatizada e possui uma contabilização de suas operações de produção de forma integrada
(Contabilidade de Custos integrada coma Contabilidade Financeira). No final do mês de outubro de 2000x
o Contador discutia com o Diretor Comercial os relatórios gerenciais, que apresentavam as seguintes
situações:
CV unitário R$ 140,00
CF total R$ 95.000,00
Despesas totais R$ 38.000,00
Capacidade de produção 1.000 unidades
Produção e vendas atuais 1.000 unidades
Investimento total R$ 500.000,00
Sabe-se, ainda, que os concorrentes da empresa MODELO LTDA praticam preços
unitários (sem impostos) do produto “Y” que variam de R$ 450,00 à R$ 550,00.
Os acionistas da empresa MODELO LTDA desejam que o PV (sem impostos) seja
suficiente para gerar uma receita que proporcione um lucro de, aproximadamente, 15% do investimento
total feito na empresa.
Tarefas:
1) Apresentar sugestão de PV baseado no retorno do investimento;
2) emitir opinião de PV, considerando todos os aspectos envolvidos.
EXERCÍCIO 12
A empresa MODELO S/A. é uma indústria que produz e comercializa o produto “A”. Esse produto é
fabricado sob encomenda, assim a empresa MODELO S/A comercializa toda sua produção. Ela
apresentava as seguintes demonstrações contábeis em 200x:
PREÇO DE VENDA UNITÁRIO
CUSTOS E DESPESAS FIXAS
CUSTOS VARIÁVEIS UNITÁRIOS
DESPESAS FINANCEIRAS E DEPRECIAÇÃO
PRODUÇÃO ANUAL
200x
30,00
70.000,00
25,00
0,00
15.000 unidades
100
O Diretor Presidente objetiva implementar uma melhoria no produto “A”. Para isso foram contratados
engenheiros e projetistas, que desenvolveram as especificações no novo modelo do produto “A”.
Para implementar suas idéias, o Diretor Presidente deverá apresentar ao Conselho de Administração o
Estudo de Viabilidade do projeto. Os estudos técnicos e operacionais foram desenvolvidos pelos
engenheiros e projetistas.
Considerando que, para implementação do projeto, a empresa MODELO S/A deverá adquirir maquinário
que totaliza a importância de R$ 250.000,00 e tem vida útil de 05 anos; e que o PV unitário do produto “A”
passará para R$ 33,00, seus CV unitários aumentarão para R$ 29,00 e as vendas aumentarão 20% a
cada ano;
Projete o DRE da empresa MODELO S/A para o período.
EXERCÍCIO 13
As empresas ALFA S/A e BETA S/A são concorrentes, pois comercializam apenas a mercadoria “A”.
Ambas têm como principal fornecedor a empresa ABC S/A. A mercadoria “A” é um produto elástico, ou
seja, a sua demanda está diretamente ligada ao seu preço. No dia 30/11/2000x o patrimônio das
empresas ALFA S/A e BETA S/A era o seguinte:
ALFA S/A
ATIVO
caixa
PASSIVO
10.000,00
PL
CS
10.000,00
BETA S/A
ATIVO
caixa
10.000,00
10.000,00
10.000,00
PASSIVO
PL
CS
10.000,00
10.000,00
10.000,00
No dia 01/12/2000x ambas as empresas adquiriram 10 unidades de mercadoria “A” junto ao fornecedor
ABC S/A. O fornecedor apresentava a seguinte tabela de preços para as 10 unidades da mercadoria: A
VISTA: R$ 5.000,00 e 30 DD: R$ 5.500,00.
101
A empresa ALFA S/A adquiriu os produtos a vista e a empresa BETA S/A a prazo. No dia 29/12/2000x,
ambas as empresas venderam todas as unidades de mercadoria “A”, a vista, pelo mesmo preço:
R$7.000,00. No dia 30/12/2000x a empresa BETA S/A pagou sua dívida junto ao fornecedor. No dia
31/12/2000x ambas as empresas encerraram suas demonstrações contábeis (BP e DRE). No dia
02/01/2000x1 as empresas ALFA S/A e BETA S/A iniciaram negociações visando a fusão de ambas numa
terceira empresa.
Sem considerar aspectos tributários, elabore o BP e o DRE de ambas as empresas. Baseado nessas
demonstrações, assessore as empresas no processo de fusão:
a) qual empresa apresenta melhor situação patrimonial?
b) qual empresa apresenta maior rentabilidade sobre as vendas e sobre o capital investido?
c) como você recomendaria que fosse operacionalizado o processo de fusão?
EXERCÍCIO 14
A empresa GAMA S/A atua no setor de indústria e comércio de carnes. Suas operações são realizadas de
forma bastante simples: ela adquire gado em pé, abate e comercializa as peças de carne.
Como ela não possui um sistema de informações gerenciais que permita avaliar a rentabilidade de suas
operações, o proprietário analisa sua rentabilidade através do inventário das mercadorias. No início do
exercício de 2000x, esse inventário apontava a seguinte situação:
QUANTIDADE DE CABEÇAS DE GADO EM PÉ
PESO MÁXIMO DA VENDA DAS PEÇAS
PREÇO MÉDIO DE VENDA DAS PEÇAS
1.000 un
400.000 Kg
R$ 1,50/Kg
No final do exercício de 2000x o inventário apontava a seguinte situação:
QUANTIDADE DE CABEÇAS DE GADO EM PÉ
PESO MÁXIMO DA VENDA DAS PEÇAS
PREÇO MÉDIO DE VENDA DAS PEÇAS
1.100 un
380.000 Kg
R$ 1,80/Kg
Considerando que no exercício de 2000x o proprietário da empresa GAMA S/A tinha a possibilidade de
investir seu capital em aplicações que renderiam 15% a.a., qual sua análise sobre a melhor forma de
preservação do capital do proprietário?
102
V. PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO PARA OS EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 1
BALANÇO PATRIMONIAL
R$ - atual
R$ - projetado
ATIVO
CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
caixa
Banco do Brasil S/A conta corrente
ESTOQUES
mercadorias estoques
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
máquinas
móveis e utensílios
veículos
TOTAL DO ATIVO
7.550,00
5.550,00
5.050,00
500,00
2.000,00
2.000,00
30.000,00
30.000,00
15.000,00
5.000,00
10.000,00
37.550,00
7.550,00
5.550,00
5.050,00
500,00
2.000,00
2.000,00
50.000,00
50.000,00
35.000,00
5.000,00
10.000,00
57.550,00
PASSIVO
CIRCULANTE
TÍTULOS A PAGAR
títulos a pagar
NÃO CIRCULANTE
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
BRDE conta financiamento
BNDES conta financiamento máquinas
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
Capital Social
RESERVAS DE LUCROS
Lucros Acumulados
TOTAL DO PASSIVO + PL
16.000,00
16.000,00
16.000,00
1.000,00
1.000,00
1.000,00
0,00
20.550,00
10.000,00
10.000,00
10.550,00
10.550,00
37.550,00
16.000,00
16.000,00
16.000,00
24.000,00
24.000,00
1.000,00
23.000,00
17.550,00
10.000,00
10.000,00
7.550,00
7.550,00
57.550,00
R$
15.000,00
(1.500,00)
13.500,00
(3.000,00)
10.500,00
(3.550,00)
2.100,00
9.050,00
R$
15.000,00
(1.500,00)
13.500,00
(3.000,00)
10.500,00
(6.550,00)
2.100,00
6.050,00
DRE
1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA
2. ( - ) IMPOSTOS SOBRE VENDAS
3. ( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
4. ( - ) CMV
5. ( = ) LUCRO BRUTO
6. ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
7. ( + ) RECEITAS FINANCEIRAS
8. ( = ) LUCRO OPERACIONAL
EXERCÍCIO 2
103
BALANÇO PATRIMONIAL
jan/2000x
AV jan/2000x
fev/2000x
mar/2000x
AH janfev/2000x
AV fev/2000x
AH fevmar/2000x
AV mar/2000x
ATIVO
CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
CRÉDITOS
ESTOQUES
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
TOTAL DO ATIVO
62
24
23
15
38
38
100
80.800,00
30.800,00
30.000,00
20.000,00
50.000,00
50.000,00
130.800,00
71
38
15
18
29
29
100
120.725,00
64.435,00
25.000,00
31.290,00
50.000,00
50.000,00
170.725,00
49
109
(17)
56
0
0
39
15
6
18
61
61
100
96.525,00
36.195,00
15.000,00
45.330,00
150.000,00
150.000,00
246.525,00
(20)
(44)
(40)
45
200
200
PASSIVO
CIRCULANTE
FORNECEDORES
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
ENCARGOS A PAGAR
NÃO CIRCULANTE
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS (L/P)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE LUCROS
TOTAL DO PASSIVO + PL
46
11
27
8
15
15
39
23
16
100
60.000,00
15.000,00
35.000,00
10.000,00
20.000,00
20.000,00
50.800,00
30.000,00
20.800,00
130.800,00
39
11
18
11
12
12
50
18
32
100
66.000,00
18.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
20.000,00
84.725,00
30.000,00
54.725,00
170.725,00
10
20
(14)
80
0
0
67
0
163
26
8
8
10
12
12
61
20
41
100
65.000,00
20.000,00
20.000,00
25.000,00
30.000,00
30.000,00
151.525,00
50.000,00
101.525,00
246.525,00
(2)
11
(33)
39
50
50
79
67
86
DRE
1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA
2. ( - ) IMPOSTOS SOBRE VENDAS
3. ( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
4. ( - ) CMV
5. ( = ) LUCRO BRUTO
6. ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
7. ( + ) RECEITAS FINANCEIRAS
8. ( = ) LUCRO OPERACIONAL
jan/2000x
AV
jan/2000x
113
(13)
100
(20)
80
(34)
1
47
50.000,00
(5.750,00)
44.250,00
(8.950,00)
35.300,00
(15.000,00)
500,00
20.800,00
fev/2000x
AV fev/2000x
113
(13)
100
(18)
82
(26)
3
59
65.000,00
(7.475,00)
57.525,00
(10.300,00)
47.225,00
(14.800,00)
1.500,00
33.925,00
mar/2000x
AH janfev/2000x
30
30
30
15
34
(1)
200
63
AV mar/2000x
113
(13)
100
(17)
83
(20)
3
66
80.000,00
(9.200,00)
70.800,00
(12.000,00)
58.800,00
(14.000,00)
2.000,00
46.800,00
AH fevmar/2000x
23
23
23
17
25
(5)
33
38
104
ÍNDICES
jan/2000x
1,35
fev/2000x
1,83
mar/2000x
1,49
liquidez seca
1,01
1,36
0,79
liquidez imediata
0,51
0,98
0,56
liquidez geral
1,01
1,40
1,02
PCT / RT
0,61
0,50
0,39
PCT / PL
1,57
1,02
0,63
PDCP / PT
0,75
0,77
0,68
liquidez corrente
EXERCÍCIO 3
INDICADORES DE RENTABILIDADE - TRADICIONAIS
LUCRO
ROI
ROE
ALPHA INC
BETHA INC
10.000,00
10.000,00
10.000,00 = 10%
10.000,00 = 10%
100.000,00
100.000,00
10.000,00 = 10%
10.000,00 = 10%
100.000,00
100.000,00
INDICADORES DE RENTABILIDADE – VOLTADOS PARA GERAÇÃO DE CAIXA
EBITDA
ALPHA INC
BETHA INC
10.000,00 + 1.000,00 + 2.000,00
10.000,00 + 1.000,00 +
= 13.000,00
3.000,00 = 14.000,00
INDICADORES DE RENTABILIDADE – ORIENTADOS PARA O VALOR
RENDIMENTO ALTERNATIVO
CUSTO DA OPORTUNIDADE
EVA
MVA
ALPHA INC
BETHA INC
100.000,00 * 15% =
100.000,00 * 8% =
15.000,00
8.000,00
15.000,00 – 10.000,00 =
8.000,00 – 10.000,00 =
5.000,00
(2.000,00)
10.000,00 – 5.000,00 =
10.000,00 – (2.000,00) =
5.000,00
12.000,00
120.000,00 – 100.000,00 =
130.000,00 – 100.000,00 =
20.000,00
30.000,00
105
EXERCÍCIO 4
BALANÇO PATRIMONIAL
2000x
2000x1
AV 2000x1
AV 2000x
AH x-x1
ATIVO
CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
CRÉDITOS
ESTOQUES
NÃO CIRCULANTE
IMOBILIZADO
TOTAL DO ATIVO
35
9
16
10
65
65
100
54.435,00
14.435,00
25.000,00
15.000,00
100.000,00
100.000,00
154.435,00
31
17
7
7
69
69
100
66.195,00
36.195,00
15.000,00
15.000,00
150.000,00
150.000,00
216.195,00
22
151
(40)
0
50
50
PASSIVO
CIRCULANTE
FORNECEDORES
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
ENCARGOS A PAGAR
NÃO CIRCULANTE
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS (L/P)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE LUCROS
TOTAL DO PASSIVO + PL
43
5
26
12
13
13
44
19
25
100
66.000,00
8.000,00
40.000,00
18.000,00
20.000,00
20.000,00
68.435,00
30.000,00
38.435,00
154.435,00
30
9
9
12
14
14
56
23
33
100
65.000,00
20.000,00
20.000,00
25.000,00
30.000,00
30.000,00
121.195,00
50.000,00
71.195,00
216.195,00
(2)
150
(50)
39
50
50
77
67
85
DRE
2000x
1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA
2. ( - ) IMPOSTOS SOBRE VENDAS
3. ( = ) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
4. ( - ) CMV
5. ( = ) LUCRO BRUTO
6. ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
7. ( + ) RECEITAS FINANCEIRAS
8. ( = ) LUCRO OPERACIONAL
2000x1
AV 2000x
AV 2000x1
AH x-x1
113
65.000,00
127
90.000,00
38
(13)
(7.475,00)
(27)
(19.200,00)
157
100
57.525,00
100
70.800,00
23
(18)
(10.300,00)
(17)
(12.000,00)
17
82
47.225,00
83
58.800,00
25
(26)
(14.800,00)
(20)
(14.000,00)
(5)
3
1.500,00
3
2.000,00
33
46.800,00
33.925,00
59
66
38
ÍNDICES
liquidez corrente
liquidez seca
liquidez imediata
liquidez geral
PCT / RT
PCT / PL
PDCP / PT
ROE
ROA
MARGEM
2000x
0,82
0,60
0,22
0,63
0,56
1,26
0,77
0,50
0,22
0,59
2000x1
1,02
0,79
0,56
0,70
0,44
0,78
0,68
1,18
0,66
0,66
106
EXERCÍCIO 5
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
cirulante
disponibilidades
clientes
estoques
não cirulante
realizável a longo prazo
permanente
TOTAL DO ATIVO
30.000,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
55.000,00
5.000,00
50.000,00
85.000,00
34.500,00 44.300,00 51.900,00 59.500,00
4.500,00
4.300,00
3.900,00
2.500,00
12.000,00 18.000,00 20.000,00 25.000,00
18.000,00 22.000,00 28.000,00 32.000,00
55.000,00 75.000,00 75.000,00 95.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
50.000,00 70.000,00 70.000,00 90.000,00
89.500,00 119.300,00 126.900,00 154.500,00
PASSIVO
circulante
fornecedores
contas a pagar
não circulante
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TOTAL DO PASSIVO + PL
60.000,00
40.000,00
20.000,00
20.000,00
20.000,00
25.000,00
85.000,00
64.500,00 85.000,00 89.000,00 95.000,00
44.500,00 60.000,00 64.000,00 70.000,00
24.500,00 35.000,00 38.000,00 42.000,00
20.000,00 25.000,00 26.000,00 28.000,00
20.000,00 25.000,00 25.000,00 25.000,00
25.000,00 34.300,00 37.900,00 59.500,00
89.500,00 119.300,00 126.900,00 154.500,00
DRE
1. Receita Operacional Bruta
2. ( - ) Deduções s/ vendas
3. ( = ) Receita Operacional Líquida
4. ( - ) CMV
5. ( = ) Lucro Bruto
6. ( - ) Despesas Operacionais
7. ( + ) Receitas Financeiras
8. ( = ) Lucro Operacional
INDICADORES
liquidez corrente
liquidez seca
liquidez imediata
liquidez geral
PCT / recursos totais
PCT / patrimônio líquido
PDCP / passivo total
PME
PMRV
PMPC
ROI
ROE
ROA
Margem Bruta
Margem Operacional
Investimento
Rendimento alternativo
Rendimento alternativo
Custo da Oportunidade
EVA
ano1
ano1
80.000,00
(16.000,00)
64.000,00
(13.000,00)
51.000,00
(40.000,00)
4.000,00
15.000,00
ano2
ano2
100.000,00
(20.000,00)
80.000,00
(18.000,00)
62.000,00
(60.000,00)
500,00
2.500,00
ano3
ano3
130.000,00
(26.000,00)
104.000,00
(25.000,00)
79.000,00
(72.000,00)
2.300,00
9.300,00
ano4
ano5
ano4
150.000,00
(30.000,00)
120.000,00
(34.000,00)
86.000,00
(88.000,00)
5.600,00
3.600,00
ano5
180.000,00
(36.000,00)
144.000,00
(42.000,00)
102.000,00
(88.000,00)
7.600,00
21.600,00
ano1
ano2
ano3
ano4
0,75
0,78
0,74
0,81
0,38
0,37
0,37
0,37
0,13
0,10
0,07
0,06
0,58
0,61
0,58
0,64
0,71
0,72
0,71
0,70
2,40
2,58
2,48
2,35
0,67
0,69
0,71
0,72
421
365
321
301
57
50
53
58
562
497
511
408
30,0
5,0
13,3
5,1
60,0
10,0
27,1
9,5
17,6
2,8
7,8
2,8
79,7
77,5
76,0
71,7
23,4
3,1
8,9
3,0
50.000,00 50.000,00 70.000,00 70.000,00
45% a.a.
45% a.a.
45% a.a.
45% a.a.
22.500,00 22.500,00 31.500,00 31.500,00
7.500,00 20.000,00 22.200,00 27.900,00
7.500,00 (17.500,00) (12.900,00) (24.300,00)
ano5
0,85
0,39
0,04
0,68
0,61
1,60
0,74
278
57
365
24,0
36,3
14,0
70,8
15,0
90.000,00
45% a.a.
40.500,00
18.900,00
2.700,00
107
EXERCÍCIO 6
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE PROJETADO
X2
X3
X1
1. Receita Total
1.500,00
2.400,00
3.600,00
2. ( - ) CMV
(800,00) (1.200,00) (1.700,00)
3. ( = ) Lucro Bruto
700,00
1.200,00
1.900,00
4. ( - ) Despesas Operacionais
(675,00)
(675,00)
(795,00)
5. ( = ) Lucro Operacional
25,00
525,00
1.105,00
DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA - DFC PROJETADO
X2
X3
X1
1. ATIVIDADES OPERACIONAIS
ENTRADAS
1.500,00
2.400,00
3.600,00
vendas a vista
1.500,00
2.400,00
3.600,00
SAÍDAS
(1.400,00) (1.800,00) (2.420,00)
compras a vista
(800,00) (1.200,00) (1.700,00)
pagamento de despesas
(600,00)
(600,00)
(720,00)
SALDO
100,00
600,00
1.180,00
2. ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
ENTRADAS
0,00
venda de imobilizado
0,00
SAÍDAS
(5.000,00)
compra de imobilizado
(5.000,00)
SALDO
(5.000,00)
3. ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
ENTRADAS
5.000,00
empréstimos
5.000,00
SAÍDAS
0,00
0,00
0,00
retiradas de lucros
0,00
SALDO
5.000,00
0,00
0,00
4. SALDO DO PERÍODO
100,00
600,00
1.180,00
5. SALDO INICIAL
1.000,00
1.100,00
1.700,00
6. SALDO FINAL
1.100,00
1.700,00
2.880,00
BALANÇO PATRIMONIAL - BP PROJETADO
X1
X2
ATIVO
CIRCULANTE
caixa
NÃO CIRCULANTE
máquinas
( - ) depreciação acumulada de máquinas
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE
financiamentos bancários
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE LUCROS
TOTAL DO PASSIVO + PL
X3
1.100,00
1.700,00
2.880,00
1.100,00
1.700,00
2.880,00
13.925,00 13.850,00 13.775,00
14.000,00 14.000,00 14.000,00
(75,00)
(150,00)
(225,00)
15.025,00 15.550,00 16.655,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
10.025,00 10.550,00 11.655,00
10.000,00 10.000,00 10.000,00
25,00
550,00
1.655,00
15.025,00 15.550,00 16.655,00
108
EXERCÍCIO 7
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE PROJETADO
X1
X2
X3
1. Receita Total
1.500,00
2.400,00
3.600,00
2. ( - ) CMV
(800,00) (1.200,00) (1.700,00)
3. ( = ) Lucro Bruto
700,00
1.200,00
1.900,00
4. ( - ) Despesas Operacionais
(675,00)
(675,00)
(795,00)
5. ( = ) Lucro Operacional
25,00
525,00
1.105,00
DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA - DFC PROJETADO
X1
X2
X3
1. ATIVIDADES OPERACIONAIS
ENTRADAS
450,00
1.770,00
2.760,00
vendas a vista
450,00
720,00
1.080,00
recebimento de clientes
0,00
1.050,00
1.680,00
SAÍDAS
(1.400,00) (1.800,00) (2.420,00)
compras a vista
(800,00) (1.200,00) (1.700,00)
pagamento de despesas
(600,00)
(600,00)
(720,00)
SALDO
(950,00)
(30,00)
340,00
2. ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
ENTRADAS
0,00
venda de imobilizado
0,00
SAÍDAS
(5.000,00)
compra de imobilizado
(5.000,00)
SALDO
(5.000,00)
3. ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
ENTRADAS
5.000,00
empréstimos
5.000,00
SAÍDAS
0,00
0,00
0,00
retiradas de lucros
0,00
SALDO
5.000,00
0,00
0,00
4. SALDO DO PERÍODO
(950,00)
(30,00)
340,00
5. SALDO INICIAL
1.000,00
50,00
20,00
6. SALDO FINAL
50,00
20,00
360,00
BALANÇO PATRIMONIAL - BP PROJETADO
X1
X2
ATIVO
CIRCULANTE
caixa
clientes
NÃO CIRCULANTE
máquinas
( - ) depreciação acumulada de máquinas
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE
financiamentos bancários
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CAPITAL SOCIAL
RESERVAS DE LUCROS
TOTAL DO PASSIVO + PL
X3
1.100,00
1.700,00
2.880,00
50,00
20,00
360,00
1.050,00
1.680,00
2.520,00
13.925,00 13.850,00 13.775,00
14.000,00 14.000,00 14.000,00
(75,00)
(150,00)
(225,00)
15.025,00 15.550,00 16.655,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
5.000,00
10.025,00 10.550,00 11.655,00
10.000,00 10.000,00 10.000,00
25,00
550,00
1.655,00
15.025,00 15.550,00 16.655,00
109
EXERCÍCIO 8
CUSTOS DE PRODUÇÃO
matéria-prima
salários - fábrica
depreciação máquinas
seguro - fábrica
materiais diversos - fábrica
energia elétrica - fábrica
desp. manutenção de máquinas
350.000,00
120.000,00
60.000,00
10.000,00
15.000,00
85.000,00
70.000,00
710.000,00
DESPESAS COM VENDAS
comissão sobre vendas
despesas com fretes
80.000,00
45.000,00
125.000,00
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
salários - administração
honorários diretores
água, luz e telefone - administração
materiais diversos - administração
90.000,00
40.000,00
5.000,00
5.000,00
140.000,00
DESPESAS FINANCEIRAS
juros pagos
50.000,00
50.000,00
1.025.000,00
EXERCÍCIO 9
custo unitário de fabricação
150.000,00
15
=
10.000,00
custo dos produtos vendidos
10.000,00 X 12
=
120.000,00
estoque de produtos prontos
10.000,00 X 03
=
30.000,00
VENDAS
( - ) CPV
( = ) LUCRO BRUTO
144.000,00
(120.000,00)
24.000,00
EXERCÍCIO 10
CV unitário
CF + Despesas
ICMS
PIS/Cofins
Margem de Lucro
230,00
40%
17%
3,65%
10%
29,35%
70,65%
110
Mark-Up divisor
1 ( - ) 0,7065
0,2935
Mark-Up multiplicador
1 ( / ) 0,2935
3,4072
230,00 ( / ) 0,2935
230,00 ( * ) 3,4072
783,65
783,65
PV unitário
DRE - Projetado
Receita Bruta
( - ) Impostos
( = ) Receita Líquida
( - ) Custo Variável
( = ) Margem de Contribuição
( - ) Custos Fixos e Despesas
( = ) Lucro Operacional
783,65
(161,82)
621,83
(230,00)
391,83
(313,46)
78,37
10%
EXERCÍCIO 11
CV unitário
CF total
quantidades
CV total
Custo total
Despesas totais
Investimento
Rentabilidade
140,00
95.000,00
1.000
140.000,00
235.000,00
38.000,00
500.000,00
15%
Receita Líquida
38.000,00 ( + ) (15% ( * ) 500.000,00)
235.000,00
0,48
Receita Líquida
235.000,00 ( * ) 1,48
347.800,00
PV unitário
347.800,00 ( / ) 1.000
347,80
DRE - Projetado
Receita Líquida
( - ) Custos Variáveis
( = ) Margem de Contribuição
( - ) Custos Fixos
( = ) Lucro Bruto
( - ) Despesas
( = ) Lucro Operacional
347.800,00
(140.000,00)
207.800,00
(95.000,00)
112.800,00
(38.000,00)
74.800,00
111
EXERCÍCIO 12
PV unitário
CV unitário
CF + Despesas
Depreciação
produção
situação atual
30,00
25,00
70.000,00
0,00
15.000
2000x1
33,00
29,00
70.000,00
50.000,00
18.000
2000x2
33,00
29,00
70.000,00
50.000,00
21.600
2000x3
33,00
29,00
70.000,00
50.000,00
25.920
450.000,00
(375.000,00)
75.000,00
(70.000,00)
5.000,00
594.000,00
(522.000,00)
72.000,00
(120.000,00)
(48.000,00)
712.800,00
(626.400,00)
86.400,00
(120.000,00)
(33.600,00)
855.360,00
(751.680,00)
103.680,00
(120.000,00)
(16.320,00)
2000x4
33,00
29,00
70.000,00
50.000,00
31.104
2000x5
33,00
29,00
70.000,00
50.000,00
37.325
DRE - Projetado
Receita Total
( - ) CV
( = ) MC
( - ) CF + Despesas
( = ) Lucro Operacional
1.026.432,00 1.231.718,40
(902.016,00) (1.082.419,20)
124.416,00
149.299,20
(120.000,00)
(120.000,00)
4.416,00
29.299,20
EXERCÍCIO 13
situação patrimonial em 30/11/2000x
ALFA S/A
ATIVO
caixa
BETA S/A
PASSIVO
10.000,00
PL
CS
ATIVO
caixa
PASSIVO
10.000,00
10.000,00
10.000,00
PL
CS
10.000,00
10.000,00
10.000,00
10.000,00
situação patrimonial em 01/12/2000x
ALFA S/A
ATIVO
BETA S/A
PASSIVO
ATIVO
PASSIVO
fornecedores 5.500,00
caixa
5.000,00
estoques
5.000,00
10.000,00
PL
CS
10.000,00
10.000,00
caixa
10.000,00
estoques
5.500,00
15.500,00
PL
CS
10.000,00
15.500,00
112
situação patrimonial em 29/12/2000x
ALFA S/A
ATIVO
BETA S/A
PASSIVO
ATIVO
PASSIVO
fornecedores 5.500,00
caixa
12.000,00
CS
DESPESAS
CMV
caixa
PL
10.000,00
vendas
17.000,00
PL
CS
RECEITAS
5.000,00
17.000,00
DESPESAS
7.000,00 CMV
RECEITAS
5.500,00
17.000,00
10.000,00
vendas
7.000,00
22.500,00
22.500,00
situação patrimonial em 30/12/2000x
ALFA S/A
ATIVO
caixa
BETA S/A
PASSIVO
12.000,00
DESPESAS
CMV
caixa
PL
CS
ATIVO
vendas
17.000,00
11.500,00
10.000,00
RECEITAS
5.000,00
PASSIVO
PL
CS
DESPESAS
7.000,00 CMV
17.000,00
10.000,00
RECEITAS
5.500,00
vendas
17.000,00
7.000,00
17.000,00
DRE em 31/12/2000x
ALFA S/A
RECEITA TOTAL
( - ) CMV
( = ) LUCRO BRUTO
BETA S/A
7.000,00 RECEITA TOTAL
(5.000,00) ( - ) CMV
2.000,00 ( = ) LUCRO BRUTO
7.000,00
(5.500,00)
1.500,00
113
Balanço Patrimonial em 31/12/2000x
ALFA S/A
ATIVO
caixa
BETA S/A
ATIVO
PASSIVO
12.000,00
caixa
PL
CS
Lucros
12.000,00
PASSIVO
11.500,00
10.000,00
CS
2.000,00
12.000,00
PL
Lucros
10.000,00
1.500,00
11.500,00
11.500,00
INÍCIO
FINAL
VARIAÇÃO %
1.000 un.
1.100 un.
+ 10%
400.000 Kg
380.000 Kg
- 5%
R$ 1,50
R$ 1,80
+ 30%
RECURSOS TOTAIS EM R$
R$ 600.000,00
R$ 684.000,00
+ 14%
INVESTIMENTO ALTERNATIVO
R$ 600.000,00
R$ 690.000,00
+ 15%
EXERCÍCIO 14
NÚMERO DE CABEÇAS
PESO EM Kg
PREÇO DO Kg EM R$
Download

Contabilidade Gerencial e Controladoria