MOTIVAÇÃO NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PESSOAS NA
TERCEIRA IDADE.
Luciano Leal Loureiro
RESUMO
O objetivo deste estudo foi identificar os fatores que motivam idosos de Porto Alegre a
se engajarem na prática de atividades físicas regulares. A amostra estudada contou com a
participação de 50 sujeitos voluntários, com idade superior a 60 anos, 14 (18%) sujeitos do
sexo masculino com media de idade de 62.7 anos, e 36 (72%) do sexo feminino com media de
idade de 64.21 anos, e que praticam atividades físicas regulares no município de Porto Alegre.
Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário composto por duas questões abertas e
seis fechadas. O estudo revelou que a busca pela estética não é prioridade do idoso. A
principal razão pela aderência à prática de atividades físicas é à busca de uma qualidade de
vida com 24.5% das respostas indicando este fator. Quando questionados se gostavam ou não
de praticar atividades físicas, 96% afirmam gostar de praticar atividade física e apenas 4% não
gosta. Quanto aos fatores que conduzem os respondentes à prática de atividades físicas, foi
constatado que as razões da permanência do idoso em atividades físicas apresentam em
primeiro lugar a saúde com 44%, vista como a ausência da doença, seguida pelas melhorias de
ordem psíquica com 10 %, e em terceiro lugar a melhora na resistência física. Foi constatado
que os fatores que motivam o idoso a praticar atividades físicas regularmente são relacionados
à saúde física e mental, que são aspectos que devem ser levados em consideração para que o
idoso tenha uma melhor qualidade de vida.
Palavras chave: atividade física, terceira idade, motivação.
INTRODUÇÃO
O aumento da expectativa de vida tem como conseqüência o aumento do
número de pessoas idosas. Este aumento nesta população se dá devido a vários fatores, tais
como a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade infantil, as melhorias no tratamento
das doenças infecciosas e condições de saneamento básico e o acesso aos serviços de saúde
para um número maior de indivíduos (MOREIRA, 2001). Por conseguinte, tendo em vista os
2
fatores anteriormente referenciados, (CARVALHO, 1999, p. 95) destaca que “os decréscimos
progressivos das taxas de natalidade como aumento gradual da esperança média de vida tem
se traduzido no envelhecimento populacional”. Outro fator a ser salientado é a preocupação
que se tem hoje em relação à saúde e à qualidade de vida, estas preocupações levam o idoso a
ficar cada vez mais informado sobre aspectos que podem trazer benefícios para que tenham
uma vida mais saudável.
O envelhecimento populacional, que é o aumento de idosos na população
(GUEDES, 2001), é uma tendência mundial, que anteriormente era vista apenas em países
desenvolvidos, como os países do Velho Continente, que apresenta dados como, por exemplo,
que a Europa sempre teve uma maior fluxo de sujeitos idosos em relação aos outros
continentes, onde a expectativa de vida é de 77 anos (GUEDES, 2001). O número de
indivíduos com mais de 60 anos em países como a Itália, é maior do que os de jovens com
menos de 20 anos, fenômeno observado na Grécia, na Espanha, “e na aldeia de Alfer,
próximo a Berlim, onde não vive uma única criança, e o casal mais jovem está comemorando
Bodas de Prata” (GUEDES, 2001).
Estes aspectos do envelhecimento, não são mais exclusividade apenas dos
países da Europa e da Ásia, como a China, que apresenta um número muito grande de idosos
(GUERRA, 2002), o Brasil, é também um país no qual o envelhecimento da população é um
fato. E, ao contrário do que ocorre na Europa, o crescimento da população de idosos no Brasil
ocorreu de maneira muito rápida. Considerando-se este aspecto (GUEDES, 2001), destaca
que “ o envelhecimento da população brasileira impressiona pela rapidez com que tem
ocorrido. Poucos países do Mundo apresentam índices iguais ou superiores, entretanto, nos
países desenvolvidos a população envelheceu lentamente durante todo o século (p. 139).
Este aumento no número de pessoas com mais de 60 anos vai fazer com que o
Brasil se torne o sexto país mais envelhecido no Mundo em 2025 (ESTEVES, 1998), o que é
um dado significativo para um país em desenvolvimento. Dados do IBGE revelam que até o
ano de 2020, um em cada três brasileiros será idoso e até o ano de 2025 o Brasil vai ter em
torno de 34 milhões de idosos (IBGE, PNDA 1999).
Para uma melhor compreensão do envelhecimento devemos conhecer os tipos
e conceitos de envelhecimento, na compreensão do envelhecimento cronológico
(MOREIRRA, 2001), caracteriza “a idade cronológica ou calendário que é determinada na
escala numérica baseada na data de nascimento, isto é, dia mês e ano. Assim, presume-se,
neste conceito uma idade constante na certidão de nascimento que não pode sr negada ou
3
alterada“ (p. 25). Então, a idade cronológica é o número de anos que se vive a partir do dia em
que se nasce.
Desta forma, de acordo com a “Classificação Etária do Desenvolvimento”
proposta por (GALLAHUE, 2001), a idade Terciária inicia-se a partir dos 60 ou mais anos, e
é dividida em início da terceira idade, dos 60 aos 70 anos; período intermediário da terceira
idade, dos 70 aos 80 anos e senilidade, a partir dos 80 anos ou mais (GALLAHUE, 2001).
Assim, a idade cronológica fornece uma estimativa aproximada, que pode ser
determinada por outras formas dentre as quais destaca-se o conceito biológico, as
modificações fisiológicas, os músculos e as articulações. (GALLAHUE, 2001).
Outro tipo de idade é a idade biológica, (MOREIRA, 2001), entende como
conceito biológico a idade que o organismo demonstra tomando como referencia a condição
biológica de órgãos e tecidos “Outras idades são efetuadas para a determinação da idade
biológica, entre elas encontramos as idades menta, óssea, morfológica, neurológica, sexual e
dental”. (p. 25).
CARVALHO FILHO E PAPALEO NETO (2000, p. 1), então, destacam que
“de fato, o envelhecimento pode ser como um processo dinâmico e progressivo onde há
modificações tanto morfológicas, como funcionais, bioquímicas e psicológicas que
determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente,
ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos” (...).
A idade biológica de um indivíduo registra o índice de seu progresso em
direção a maturidade, “ela corresponde aproximadamente à idade cronológica e pode ser
determinada”.
O sistema imunológico diminui gradualmente sua eficiência e isto aumenta a
vulnerabilidade dos adultos mais velhos a doenças, o que prolonga o período de recuperação.
Além disso, tal sistema de um indivíduo mais velho pode ter como alvo órgãos e células
saudáveis causando sua destruição, por confundirem elas com células prejudiciais, podendo
representar, estas falhas no sistema imunológico, o processo pelo qual se envelhece
(GALLAHUE, 2001).
Outras idades, que são de fundamental importância, pois podem melhorar o
entendimento sobre o assunto, e que junto com a idade cronológica servem de base
significativa para a discussão do tema: a idade do autoconceito “que é a mensuração de
avaliação pessoal de um indivíduo sobre o seu valor ou dignidade” (GALLAHUE, 2001, p.
17). Esta avaliação, que a pessoa faz de si serve para entender alguns aspectos do
envelhecimento, que vamos abordar no decorrer do estudo. A idade do autoconceito se
4
relaciona de forma significativa com a idade psicológica, que conforme (MOREIRA, 2001, p.
25) “(...) é a capacidade individual de adaptação às reações e auto-imagens dos indivíduos,
mas também pode ser considerada sob aspectos da idade do desempenho, da soma de
experiências e da maturação mental”.
A idade psicológica refere-se às capacidades e envolve dimensões mentais e
cognitivas do indivíduo, como auto-estima, auto-suficiência, aprendizagem, memória e
percepção. E outro aspecto a ser abordado é a idade social que é a noção de sociedade muitas
vezes com expectativas rígidas do que é um comportamento apropriado para o indivíduo de
terceira idade (CORAZZA, 2001).
A idade fisiológica é entendida por (MOREIRA, 2001) como a tentativa de
relacionar entre si as idades biológicas, psicológicas e sociais, determinando assim a
verdadeira idade“(p. 25).
GUERRA, (2001, p. 155), afirma que “O processo de envelhecimento está
relacionado a uma série de mudanças tanto morfológicas, psicológicas e funcionais, fazendo
com que haja uma diminuição da capacidade individual para enfrentar a demanda necessária
para a manutenção de uma vida saudável e as agressões do meio”.
As pessoas à medida que vão envelhecendo sofrem uma série de modificações
que de alguma forma podem vir a prejudicar o seu desempenho motor. Para uma melhor
compreensão teórica, compara-se as alterações fisiológicas e como elas podem agir no
desempenho motor. Pois como destaca (GALLAHUE, 2001, p. 497), “alterações no sistema
fisiológico do corpo podem influenciar o desempenho motor, e podem representar um
mecanismo do processo de envelhecimento”.
Desta forma, é importante salientar que os declínios no desempenho motor
podem ser resultado além da degeneração fisiológica, de fatores como condições ambientais,
exigências da tarefa, doenças, estilo de vida ou a combinação desses elementos
(GALLAHUE, 2001). A proporção em que se avança em idade, pode-se observar inúmeras
alterações no desempenho de várias tarefas motoras que podem depender de uma série de
fatores. A taxa de lentidão psicomotora é afetada quer por variáveis biológicas, quer pela
exigência das tarefas, pois à medida que a complexidade da tarefa aumenta, o tempo de
processamento e o tempo do movimento diminuem. Contudo, as zonas do sistema motor que
mantêm uma atividade regular ficam menos sensíveis a deterioração, permitindo padrões
quase normais (BARREIROS, 2001).
Controlar a marcha, no idoso, requer um processamento adicional de
informações, e muito mais tempo, sendo uma solução para este problema caminhar mais
5
devagar, uma estratégia que pode ser observada na velocidade com que os idosos se deslocam
(BARREIROS, 2001).
Outros acontecimentos ocorrem com os aspectos psicossociais. Os adultos mais
velhos apresentam perdas como a “aposentadoria”, parentes próximos que venham a falecer,
diminuição na audição, na coordenação motora, na mobilidade. O convívio com o grupo que
pratica atividades físicas, pode ajudar a amenizar estas perdas, e tornar a vida do idoso mais
interessante.
Os gerontes normalmente estão aposentados, passaram por diversas perdas, e
têm uma forte tendência a ficarem deprimidos. MOREIRA, 2001, relata que aspectos
psicológicos e sociais desempenham um papel importante nesta fase da vida, destaca que “um
convívio saudável com grupos de familiares e amigos retarda o envelhecimento além de evitar
os quadros depressivos tão comuns na terceira idade” (p. 94).
Existem outras mudanças a serem observadas, que podem afetar o aspecto
psicossocial do idoso, como as diminuições da visão, da audição, da força e da precisão
manual, da robustez da flexibilidade, da rapidez na execução de tarefas, da memória, da
imaginação e da criatividade, da adaptação, da atenção, da energia, da iniciativa e da
sociabilidade (CARVALHO FILHO ; PAPALEO NETTO, 2000).
Azambuja, (2002) em seu estudo, pode perceber que “A maioria dos idosos
refere sentir-se mais feliz, com melhorias nas dores articulares, depressão, angústia, no
controle da pressão arterial”. Os participantes parecem mais alegres e comunicativos com a
atividade física: seus relacionamentos familiares são relatados como mais tolerantes e
afetuosos.
Desta maneira, é muito importante para uma boa manutenção da saúde mental,
que o ser humano, de uma maneira geral, e em especial o idoso tenha uma vida ativa tanto
física quanto afetiva e mental, para que se possa ter um envelhecimento bem sucedido.
Como foi visto anteriormente, com a idade, existem uma série de mudanças
físicas, funcionais, motoras e psicológicas que podem interferir de maneira significativa na
vida de uma pessoa com mais idade. Foss e Keteyian (2000) mencionam que existe um mito
mencionado freqüentemente acerca do processo de envelhecimento, e que merece ser
discutido. Trata-se da idéia de que é normal para uma pessoa ficar fora de forma; perder a
força; a flexibilidade muscular; e experimentar aumentos da pressão arterial, no peso corporal
e no colesterol com a idade avançada. Apesar de estas modificações serem típicas do que
acontece ao adulto em processo de envelhecimento em nossa sociedade, elas não são de forma
alguma normais nem representam
uma conseqüência absoluta do,
processo de
6
envelhecimento. O processo de envelhecimento típico pode de fato ter o seu ritmo reduzido –
ou até invertido – por meio do exercício regular (p. 362).
Kemmler et. al. (2002), com o objetivo de constatar os efeitos do treinamento
em relação ao condicionamento físico e qualidade de vida de mulheres idosas, constatou em
seus estudos que após 14 meses, houve aumento significativo na força isométrica e dinâmica,
aumento na capacidade aeróbica, redução na perda da densidade mineral óssea, diminuição
das dores, melhora da circulação sanguínea, diminuição do risco cardíaco, redução aguda da
glicemia, e aumento da sensibilidade a insulina. Esses resultados são indicadores fieis de que
a atividade física pode contribuir muito para a promoção da saúde e qualidade de vida do
idoso.
Por conseguinte, Moreira (2001), discutindo este assunto afirma que os
problemas e as dificuldades geradas pelo envelhecimento não deve causar impedimentos, ao
contrario, o sedentarismo está entre os fatores que põem em risco a saúde do individuo que
propicia distúrbios e doenças irreversíveis.
Barros e Ghorayeb (1999) analisando pessoas mais velhas observaram que a
pratica regular de atividades físicas é recomendada mesmo naqueles com doenças crônicas,
pois proporciona um melhor desempenho. Então, a atividade física é importante tanto para
quem quer evitar a doença e amenizar o processo de envelhecimento , quanto para quem está
com algum problema de saúde e deseja melhorar este quadro.
Fazendo-se uma breve análise sobre os itens citados e os aspectos mencionados
no decorrer desta revisão de literatura, pode-se verificar que exercícios regulares são um
importante meio para manter uma manutenção de um estado de saúde física e mental para
pessoas com mais de 60 anos, pois contribui para a prevenção de doenças, dependência e
solidão.
METODOLOGIA:
Como essa pesquisa visa compreender melhor o idoso, tanto no campo físico
como psicológico, a pesquisa é do tipo descritiva. E o estudo presente neste caso é transversal
único.
A população é composta por 50 indivíduos, com mais de sessenta anos 14
(28%) do sexo masculino com media de idade de 64.21anos e 36 (72%) do sexo feminino,
com media de idade de 63.4 e de nível sócio-econômico variado, residindo na cidade de Porto
Alegre e que estejam engajados em atividades físicas regulares.
7
A amostra foi do tipo acidental, onde foram respondidas 3 questões abertas e 5
fechadas, com a intenção de responder o problema, para isso foi realizando um
questionário com 50 idosos com idade superior a 60 anos.
Para a obtenção dos resultados pretendidos com a pesquisa foi criado um
questionário.
A validade do instrumento foi feita por professores mestres e doutores, que
atuam nesta área do conhecimento, e têm por objetivo identificar os principais motivos que
levam pessoas com mais de 60 anos a se engajarem em atividades físicas.
Os materiais utilizados foram papel para o questionário e canetas para as
respostas das questões.
Antes da coleta dos dados fizemos contatos com a professora Sílvia Pessil, que
trabalha com grupos de terceira idade. Para indicar onde seriam os melhores locais para se
encontrar as pessoas com as características necessárias para a execução da investigação.
Durante a investigação, alem dos alunos na Academia do Centro, que fazem musculação,
disponibilizamos os questionários para os alunos de dança para a terceira idade desta mesma
academia, bem como para um grupo de idosos que participava de um seminário na Usina do
Gasômetro.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A primeira constatação feita pela pesquisa foi o fato de existirem
mais
mulheres 36 (72%) do que homens 14 (28%), praticando atividades físicas. Pode se observar
alguns fatores, como o fato de as mulheres se preocuparem mais com a manutenção da sua
saúde, enquanto que os homens ainda são conservadores em relação à prática de atividades
físicas, pois eles têm medo de se expor e se sentem mais temerosos ao que os outros irão falar
a seu respeito. Outro aspecto interessante a ser ressaltado é o fato que as mulheres vivem mais
do que os homens, e desta forma existem mais mulheres nesta faixa etária do que homens
(TRINDADE, 2001).
A maioria dos entrevistados possui curso superior ou equivalente com 48%
dos 50 entrevistados. Com ensino médio ou equivalente aparecem 36% dos entrevistados e
com ensino fundamenta ou equivalente aparecem 16% dos entrevistados. Desta forma, podese constatar que a maior parte dos entrevistados possui nível superior.
Ao se comparar estes dados, com a constatação de Rauchbach, (1990) ao
pesquisar idosos, pode-se perceber que o nível cultural mais elevado faz com que o idoso
8
tenha mais conhecimento sobre os benefícios que a prática de atividades físicas proporciona
(p. 89).
Em relação aos recursos econômicos, pode-se perceber que a maioria dos
entrevistados vive relativamente bem. Dos dez entrevistados que recebem entre dois e cinco
salários mínimos, quatro possui ensino fundamental, dois ensino médio e quatro ensino
superior. Dos quatorze que recebem entre cinco e dez salários mínimos, oito possuem ensino
fundamental e seis possuem ensino médio, dos quatro que recebem onze e quinze salários
mínimos, dois possuem ensino médio e dois ensino superior, dos que recebem entre dezesseis
e vinte salários mínimos, quatro possuem ensino médio e quatro possuem ensino superior.
Uma constatação interessante, e que deve ser ressaltada, é o fato de todos os
entrevistados que possuem renda familiar acima de 20 salários mínimos possuírem nível
educacional superior, e de nenhum dos entrevistados receber um salário mínimo.
Quando perguntados há quanto tempo praticavam atividades físicas pode-se
observar que a grande maioria dos idosos já esta engajado há muito tempo na atividade física.
Ao se analisar a freqüência dos sujeitos e seu engajamento observa-se a
existência de sete idosos 14% que praticam atividade física há menos de um ano, depois entre
1 e 5 anos aparecem 17 idosos 34% que estão engajados na práxis de atividade física, entre 6
e 10 anos aparecem 7 idosos 14% que praticam atividade física durante estes anos, entre onze
e 20 anos temos um total de 8 pessoas 16%, e com mais de 20 anos de prática de atividades
físicas aparecem 10 pessoas 20% dos idosos.
Quando perguntados sobre quantas vezes por semana os idosos praticavam
atividades físicas observou-se, que em sua maioria praticavam atividades físicas mais de três
vezes por semana com 23 dos cinqüenta entrevistados. Três vezes por semana é praticada por
8 sujeitos, duas vezes por semana, por 17 dos entrevistados e uma vez por semana aparecem
apenas dois dos entrevistados.
Fleck e Kraemer (1999) afirmam que idosos que praticam atividades físicas
três ou mais vezes por semana adquirem melhores resultados nos benefícios que a prática de
tal atividade pode trazer ao idoso, do que aqueles que praticam atividades físicas menos de
três vezes por semana.
Ao se comparar os dados referentes a periodicidade semanal, pode-se
constatar, também, pelos números citados que os idosos em sua maioria integraram a
atividade física como habito diário em suas vidas. O habito de praticar atividades físicas
regular traz uma serie de benefícios físicos e psicológicos para os adultos mais velhos
(MOREIRA, 2002).
9
Pode-se observar que ao serem questionados sobre qual o tipo de atividade
física que o idoso pratica, a grande maioria pratica mais de um tipo de atividades físicas.
É importante salientar que alguns dos entrevistados praticam mais de um tipo
de atividades. Desta forma podemos ver que grande parte deles além de fazer atividades como
dança, por gostarem de dançar, praticam a caminhada por acham importante como um meio
de manutenção da saúde do idoso.
Ao serem questionados, através de uma questão aberta, sobre que tipo de
atividades físicas que praticavam.. Entre as modalidades que mais aparecem vemos uma
maioria de praticantes de ginástica, com 26 praticantes, depois aparece a caminhada, com 22
praticantes, 19 praticam alongamentos, depois cita-se a dança e a hidroginástica, e com um
número menor de respostas aparecem yoga com 3 praticantes, natação com 2 e namastê com
um praticante.
Questões relacionadas à questão central da investigação
Neste item são apresentadas as informações referentes ao questionário, que é compostas de
perguntas abertas e fechadas, e que procura identificar quais os aspectos mais importantes que
fazem com que idosos se engajem em uma rotina de exercícios físicos, bem como os
benefícios que estes idosos sentem em relação a esta prática.
Quanto ao interesse: Quando perguntados sobre se gostavam ou não de praticar atividades
físicas, teve-se a oportunidade de se verificar que a grande maioria, isto é48 sujeitos (96%),
afirmam gostar de praticar atividades físicas, apenas dois (4%), informaram que não gostam
(GRÁFICO 1).
50
40
30
sim
não
20
10
0
gosta
não gosta
10
GRÁFICO 1: Caracterização da amostra de acordo com o gosto ou não pela prática
de atividades físicas.
Tabela 1– distribuição das razoes pelas quais os sujeitos justificam o gosto pelas atividades
físicas.
A freqüência de respostas
Razões
Freqüência
%
Saúde
14
13%
Qualidade de vida
26
24%
Relação com o grupo
4
3,77%
Condicionamento físico
30
28,30%
Lazer
2
1,88%
Psicológico
18
17%
Desempenhar tarefas do dia a dia
8
7,54%
Estética
2
1,88%
Recomendação médica
2
1,88%
Total
106
Observou-se a existência de quatro variáveis que se destacaram dentre aquelas
informadas pelos entrevistados.
A primeira variável diz respeito ao condicionamento físico, onde apareceram 30
respostas relacionadas a este aspecto. Fleck e Kraemer (1999), afirmam que o idoso ao passar
dos anos apresenta perdas significativas no condicionamento físico e que muito tem se feito
para a prevenção ou reversão dessas perdas, e afirmam ser a atividade física um meio eficaz
de melhorar a condição funcional do idoso o que melhora seu condicionamento físico.
A variável que se seguiu ao condicionamento físico, nos relatos dos idosos foi
relacionada à melhoria da qualidade de vida do idoso, com 26 respostas neste sentido.
Pode-se entender, no sentido amplo, por qualidade de vida conforme Moreira
(202 p. 35). Aplica-se ao individuo aparentemente saudável e diz respeito ao seu grau de
satisfação com a vida nos múltiplos aspectos que a integram: moradia, transporte,
alimentação, lazer, satisfação/realização profissional, vida sexual e amorosa, relacionamento
11
com as outras pessoas, liberdade autonomia e segurança financeira. Guiselini (2006)
considera qualidade de vida ter uma vida ativa, saudável e prazerosa.
Em terceiro lugar salientou-se a variável saúde, que pode ser entendida como um
estado de bem estar, que envolve aspectos físicos e mentais além de sociais, e ao contrário do
que muitos acreditam ser saúde, ela não é apenas a falta de doença, mas sim estes aspectos
anteriormente citados.
Segundo Gallahue (2002), a atividade física é um importante meio para a
manutenção de uma boa saúde, ao afirmar que as características de estilos de vida fisicamente
ativos são um elemento chave na busca de um envelhecimento bem sucedido, ajudando na
manutenção da saúde. E desta forma, o valor de permanecer fisicamente ativo a idade adulta
não deve ser subestimado.
Com esta afirmação de que a vida fisicamente ativa é um fator importante para a
manutenção da saúde, pode-se relacionar com o que diz Foss; Keteyiam ( 2000, p. 367), sobre
os benefícios da atividade física para a saúde dos idosos que afirma que Adultos mais velhos
também podem ser beneficiados por um programa de atividade física regular. Vários estudos
mostram que o exercício reverte ou retarda as modificações na aptidão cardiorrespiratória, na
função pulmonar, e na função dos músculos esqueléticos, melhorando assim a sua saúde.
Outro importante aspecto que apareceu de maneira significativa, foram os relatos
sobre as melhoras no aspecto emocional ou psicológico, como o fato de amenizar o stress, de
se sentir mais alegre, e com vontade de viver entre outros.
Moreira (2002), relaciona esta melhora de caráter psicológico e emocional à pratica de
atividades físicas ao destacar que a atividade física em curto prazo pode trazer um
relaxamento, redução do stress e da ansiedade, melhora o estado do humor, e a longo prazo,
trazer benefícios como o bem-estar geral, pois beneficia quase todos os aspectos de
funcionamento psicológico. Ajuda a melhorar a saúde mental, pois o exercício regular pode
trazer uma série de contribuições no tratamento de enfermidades mentais como neuroses,
depressão e ansiedade. Outra variável que apareceu de forma significativa, foi o interesse dos
idosos em praticar atividades físicas para melhorarem o seus desempenhos ao praticarem
tarefas de seu dia-a-dia.
É destacado por Gallahue (2001), que o idoso apresenta perdas motoras
significativas em relação ao seu desempenho motor, Fleck e Kraemer (1999), destacam que
ocorre diminuição na força muscular a medida que a pessoa vai envelhecendo. Entretanto
afirmam que a atividade física regular exerce um papel fundamental na melhora de aspectos
físicos, como força e flexibilidade, o que torna mais amena esta situação de perdas
12
relacionadas à idade. Mas eles destacam, também, que adultos mais velhos que não praticam
atividades físicas têm mais dificuldade em desempenhar tarefas de seu dia-a-dia, enquanto
que os adultos mais velhos que participam de atividades físicas regulares possuem maior
facilidade em desempenhar tais tarefas. Uma outra razão informada pelos sujeitos foi o
convívio com o grupo de praticantes e com pessoas diferentes, como fator importante para
que idosos pratiquem atividades físicas. Nicola (1996) destaca que os idosos por terem sofrido
perdas no decorrer de suas vidas, como a aposentadoria, entes queridos, além de outras,
possuem uma necessidade de se relacionarem com outras pessoas para se sentirem atuantes e
participantes dentro de um contexto social.
Observou-se que, com menos importância entre este grupo de entrevistados
aparecem aspectos relacionados a indicações médicas, ao lazer e a estética, com apenas dois
entrevistados cada.
Com relação à caracterização da amostra de acordo com os que responderam ao
questionário e não gostam de praticar atividades física, apenas um entrevistado respondeu que
não gostava, e a razão para não gostar é o Comodismo, isto é, falta de determinação, de
vontade, de priorizar em se envolver na pratica de atividades físicas.
Quanto aos motivos que levam o idoso a praticar atividades físicas
Quando perguntados sobre o que levou o idoso a praticar atividades físicas, teve-se
a oportunidade de se verificar que o principal motivo foi a qualidade de vida, seguindo-se a
busca por uma melhora na saúde, depois vêm a recomendação médica e para amenizar o
stress. Surge, também, após pelo prazer que tal atividade propicia, seguido de aspectos como
relacionamento com o grupo, melhora da postura, ficar mais ativo e melhorar a auto estima.
Rauchbach (2005), destaca em seus estudos a importância da adoção de hábitos
que influenciem favoravelmente a qualidade de vida. Modificar hábitos nocivos e incorporar
condutas ou comportamentos saudáveis proporcionará a essa etapa de vida o máximo de bemestar.
TABELA 2: Caracterização da amostra de acordo com os motivos que levam o idoso a
praticarem atividades físicas.
13
FREQUENCIA DE RESPOSTAS POR SEXO
VARIÁVEL
MASCULINO
FEMININO
TOTAL
Qualidade de vida
4
17
21
Ficar mais ativo
1
5
6
Auto estima
1
5
6
Melhorar a postura
2
4
6
Relacionamento com o grupo
3
5
8
Prazer
2
8
10
Necessidade
2
7
9
Condicionamento físico
5
3
8
Recomendação medica
1
11
12
Amenizar o stress
2
10
12
Manutenção da saúde
6
12
18
Nota-se, no levantamento dos motivos que levaram os idosos a praticarem
atividades físicas que a maioria busca uma melhoria na qualidade de vida através da atividade
física.
É importante salientar que esta tabela se refere à questão quatro, que perguntou
aos idosos, o que o levou este idoso a praticar atividades físicas. E por se tratar de uma
questão aberta, alguns colocaram mais de um motivo.
Então, o principal motivo que leva o idoso a praticar atividades físicas é a
busca pela qualidade de vida, que é entendida por Corazza (2002), como a busca por
melhorias de aspectos fisiológicos, psicológicos, espirituais, profissionais, e espiritual. E a
atividade física age diretamente em pelo menos dois destes aspectos, pois como já foi visto a
atividade física acarreta em melhoras fisiológicas e psicológicas.
Depois aparece um numero significativo de entrevistados afirmando que buscou
praticar atividades físicas pelas melhorias que se pode adquirir ao participar de atividades
físicas regulares. Este fator de melhoria da saúde pode também estar relacionado à melhoria
na qualidade de vida do idoso, como pode-se observar em Moreira (2002), quando destaca
que a atividade física traz melhorias significativas na saúde dos indivíduos, e que é um fator
14
fundamental na manutenção de uma vida saudável contribuindo assim para a qualidade de
vida do idoso.
Quanto à aquisição dos resultados:
Quando perguntados se atingiram ou não os resultados com a prática de atividade
física, dos 50 entrevistados apenas um mencionou que ainda não tinha atingido os resultados
referentes à pratica de atividades físicas, alegando estar a pouco mais de um mês engajado na
prática de atividades físicas regulares. Mas é importante salientar, que a pessoa que colocou
que ainda não atingiu os resultados acredita que vai atingir se continuar engajado em tal
prática.
ATINGIU OS RESULTADOS COM A
ATIVIDADE FÍSICA
GRAFICO 2: distribuição da amostra de acordo com os resultados atingidos, com a prática de
atividades físicas.
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
n ã o a tin g iu
a tin g iu
n ã o a tin g iu o s
r e s u lta d o s
a tin g iu o s
r e s u lta d o s
Dos entrevistado, 49 pessoas responderam que já atingiram os resultados com a
prática de atividades físicas regulares. Apenas um entrevistado respondeu que não atingiu os
resultados esperados e o motivo atribuído foi há pouco tempo engajado em uma pratica de
atividade física regular.
Moreira (2002), destaca que as grandes maiorias dos idosos sentem-se melhor
depois de iniciarem a praticar algum tipo de atividade física, e esta melhora, tanto física
quanto psíquica contribui para que este idoso sinta-se motivado a continuar engajado na
atividade.
15
Quanto se sentir melhor com a pratica de atividade física:
Quando perguntados como se sentem hoje em relação ao período em que não
praticavam atividades físicas, teve-se a oportunidade de se verificar que a grande maioria dos
idosos sentem-se melhor do que antes, e apenas alguns poucos relataram outros motivos ou
que se sentem pior depois que agregaram a atividade física em suas vidas.
45
40
35
30
o u tr o
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25
20
15
10
5
0
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GRÁFICO 3 – distribuição dos entrevistados de acordo com a melhora adquirida em relação
ao período em que não praticava atividades físicas.
Dos entrevistados, quarenta e dois (42) responderam que se sentem melhor em
relação ao período em que não praticavam atividades físicas. Dois (2) falaram que se sentiam
pior em relação ao período em que não praticavam atividades físicas, e o motivo que fez com
que estes entrevistados se sintam piores é que ambos sentiam dores, e relacionavam estas
dores à prática de atividades físicas. E dois (2) indicaram outros fatores, justificando pouco
engajamento na prática de atividades físicas regulares, e que desta forma não poderiam
perceber tal melhora em tão pouco tempo, acreditavam que iriam se sentir melhor com a
atividade física.
Em um item desta questão que perguntava, para os entrevistados que responderam
que se sentiam melhor na questão anterior, se esta melhora os motivava a continuar engajado
na prática de atividades físicas. Foi, então, uma unanimidade nas respostas, com 42 dos 42
16
que responderam sim na questão 6 afirmando que esta melhora os motivam a continuarem
engajados em atividades físicas.
Este, então, é um importante aspecto a ser relatado, conforme Duarte (1999), a
atividade física proporciona ao idoso além de melhoras em aspectos funcionais e biológicos
uma série de melhoras psíquicas e sociais, o que faz com que o idoso sinta-se mais ativo,
atuante, participante, alegre entre outras, o que pode trazer muitos benefícios para a qualidade
de vida destas pessoas.
Quanto aos que se sentiam pior , pode-se observar alguns detalhes dos tipos de
atividades que estas pessoas praticavam. E, ao observar que tipo de atividades físicas os
entrevistados que se sentem pior praticando, pôde-se constatar que eles praticavam mais de
um tipo de atividades físicas, ambos praticavam caminhadas e abdominais em casa e eram do
sexo feminino.
Neste sentido, Carvalho (2002) ressalta que é de fundamental importância avaliar
as condições dos idosos que vão praticar atividades físicas, e destaca também que a atividade
física para este grupo de pessoas deve ser orientada de maneira muito cuidadosa, respeitandose as suas limitações. Então, ao se observar o fato de ser importante uma orientação adequada
no sentido de proporcionar o bem estar do individuo que pratica atividades físicas, e se pode
relacionar talvez estas dores sentidas por estes entrevistados à falta de orientação adequada,
pois ambos praticavam abdominais e caminhada de maneira não orientada.
Quanto ao desempenho de tarefas do dia a dia:
Esta melhora no desempenho de tarefas do dia a dia relacionadas à atividade
física foi ressaltada no decorrer da pesquisa por vários autores.
Gallhue (2002), afirma que os idosos, ao praticarem atividades físicas conseguem
melhoras importantes na sua motricidade, bem como no funcionamento de seus sistemas,
fortalecendo os ossos e músculos, aumentando a sua agilidade e mobilidade, o que pode
ajudar na melhora do desempenho de tarefas do dia a dia, como deitar e levantar, erguer um
objeto, entre outros.
Salin (2006), em seus estudos constatou que os idosos que praticam atividade
física têm uma baixa tendência a estados depressivos e uma melhor percepção da sua capacidade
funcional, ou seja, maior autonomia nas atividades da vida diária. Neste aspecto a atividade física é
um componente importante na saúde do idoso, visto seus benefícios biopsicossociais.
17
Para se compreender melhoro os benefícios da pratica de atividades físicas no
que diz respeito a qualidade de vida, podemos citar os estudos de Ferketch (1998), que
observou em sua pesquisa que o treino de força, combinado ao treino de endurance, mostrou
ser favorável a adaptações cardiovasculares, neuromusculares e resistência a fadiga. E,
destaca que tais resultados evidenciam que essas melhoras no condicionamento físico têm
efeitos diretos em relação a independência para o desempenho de atividades diárias em idosos
Fleck e Kraemer (1999), que estudam os benefícios que a atividade física, mais
especificamente a musculação, acarreta no idoso destacam que os ganhos em força
relacionados a programas de atividade física para idosos ajudam este grupo de pessoas no
desempenho de suas tarefas da vida diária.
Moreira (2002), relaciona os benefícios de ordem física e biológica, como ganho
de massa muscular, e melhora nas funções cardiorrespiratória, a uma melhora na saúde destes
adultos mais velhos. E atribui as melhorias que ocorrem com estas pessoas no desempenho de
tarefas de seu dia a dia a estas melhorias.
Outro que destaca os benefícios que a atividade física acarreta no
desenvolvimento de tarefas do dia a dia do idoso é Foss e Keteyian (2000) que afirmam que
melhoras na força muscular, bem como melhorias na resistência física dos idosos relacionados
com o engajamento desse grupo de indivíduos em atividades físicas regulares acarretam num
melhor desempenho das tarefas da vida diária.
45
40
35
30
25
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sim
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15
10
5
0
não
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não
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GRÁFICO 4 – Distribuição da amostra de acordo com a melhora no desempenho de
atividades de seu dia a dia.
Dos cinqüenta entrevistados, dois (2) não responderam, e nem colocaram as razoes
por não terem respondido; dois (2), responderam que não se sentiam melhor para
18
desempenhar tarefas de seu dia a dia, e o motivo que ambas atribuíram foi o pouco tempo que
estavam engajados em tal prática, um mês e dois meses.
Uma ampla maioria dos entrevistados relatavam que se sentiam melhor para
desempenhar tarefas de seu dia a dia, perfazendo um total de quarenta e seis (46).
Quanto aos aspectos mais importantes que conduzem os indivíduos a praticarem
atividades físicas, podê-se considerar como sendo o mais importantes de acordo com o que se
pode observar na tabela a seguir.
TABELA 3 – Caracterização da amostra de acordo com os fatores mais
importantes que conduzam a pratica de atividades físicas.
Fatores
Ordem de importância
Ordem de importância
1
2
3
4
5
6
7
22
1
2
--
1
1
--
Resistência física
8
4
7
1
--
--
1
Melhoria psicológica
--
5
--
4
--
--
2
Convívio com outros
8
1
1
1
1
1
--
Qualidade de vida
--
2
--
6
--
--
--
do dia a dia
1
--
4
--
--
--
--
Estética
1
2
--
2
1
--
1
Melhorar a motricidade
--
--
2
1
--
1
--
Agilidade
1
4
2
--
1
--
--
Estima corporal
--
--
--
--
1
--
--
Lazer
--
4
--
--
--
--
--
Professor
--
2
--
--
--
--
--
Lateralidade
--
--
1
3
--
--
--
Qualidade do sono
--
--
1
--
2
--
--
Diminuir dores articulares
8
--
--
1
--
--
--
Manter o peso
1
4
--
--
--
--
--
Mais disposição
--
4
--
--
--
--
--
Melhorar a postura
--
4
--
--
--
--
--
Amenizar a osteoporose
--
--
2
--
--
--
--
Saúde
Desempenho de tarefas
19
Esta questão, que demonstra a importância que os gerontes atribuem para a
condução dos mesmos a prática de atividade física, e que foi formulada da seguinte forma, de
acordo com o grau de importância atribua um valor de 1(um) a 6(seis), sendo 1 o mais
importante, 2 o segundo mais importante, 3, 4, 5 e 6 os seguintes. Os idosos em sua maioria
consideram a saúde com 22 dos 50 idosos atribuindo o numeral 1 como sendo o fator mais
importante.
Depois observa-se as melhorias psicológicas com 5 pessoas atribuindo o numeral
2 a este fator.
Em terceiro aparece a melhora na resistência física, com 7 pessoas atribuindo o
numeral 3 para este fator.
A seguir cita-se a melhora na qualidade de vida com seis pessoas atribuindo o
numeral 4 para este fator.
O quinto aspecto, com duas pessoas atribuindo o numeral 5 para este fator é a
melhora na qualidade do sono.
E o sexto aspecto, foi a estética, com uma pessoa atribuindo o numeral 6 para este
fator.
Vários autores relatam que a atividade física é um hábito que deve estar presente
na vida de todos, e no idoso não é diferente. Desta forma, podemos destacar os benefícios que
tal prática traz a saúde, e por ser a saúde um objetivo importante para ser alcançado pelo
idoso, o mesmo, procura se engajar em atividades físicas regulares.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A problemática da investigação foi analisar os fatores que motivam os idosos a
praticar atividades físicas regularmente. Para isto, observou-se fatores como a saúde, a
qualidade de vida, o gosto ou não pela pratica de atividades físicas. E o que se pode constatar
com a analise da discussão dos resultados, foi que a estética não é priorizada pelos idosos com
idade superior a 60 anos, pois o que mais preocupa estas pessoas são os benefícios, como
melhora na locomoção, na força muscular e saúde física e mental, que junto com outros
fatores como a convivência com outras pessoas, ajudam o idoso a alcançar uma boa qualidade
de vida. Desta forma foi constatada que os três aspectos mais importantes que conduzem os
idosos a se engajarem na prática de atividades físicas foi a saúde, as melhorias de caráter
emocional e psicológico, além de melhorias na resistência física. Desta forma, a atividade
20
física, agregada com outros cuidados que o idoso deve ter, pode ser uma boa maneira de se ter
uma melhora significativa na qualidade de vida dos adultos mais velhos.
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