esse impulso não virá apenas da principal empresa desse setor: “A demanda de
equipamentos para exploração offshore
– para a qual fornecemos bombas de
fuso – não vem apenas da Petrobras, mas
também de outros grupos, como OGX e
Sete Brasil”, relatou Beneduzzi.
Já o setor de saneamento mantém
seus investimentos, se não em grandes
projetos, ao menos em quantidade significativa de ações menores. Para esse
mercado, a Netzsch está agora lançando no mercado nacional as chamadas
‘bombas de lóbulos’, fabricadas na
Alemanha desde 2001, mas agora produzidas também aqui. “Essas bombas
complementam nossa oferta de bombas
helicoidais, pois são mais compactas,
e assim mais adequadas a projetos nos
quais há problemas de espaço, além de
poder trabalhar com vazões maiores (até
mil m3/h)”, detalhou Beneduzzi.
Na Omel, as novidades incluem uma
bomba com acoplamento magnético,
que reduz enormemente a possibilidade
de vazamentos, pois o líquido bombeado
fica contido em uma espécie de caneca.
É, portanto, indicada para o trabalho
com produtos tóxicos, cancerígenos e/
ou inflamáveis, e já foi comercializada
para clientes como Petrobras, Braskem
e Bayer. “Antes, esse modelo de
bomba não era fabricado no Brasil”,
afirma Vallo.
A Omel também ampliou sua linha
de bombas centrífugas para óleo e
gás, contando agora com um modelo
com fluxo axial, desenvolvido para
a Petrobras, adequado para bombear
grandes volumes de líquidos em alturas manométricas menores. E está
ingressando no segmento das bombas
de múltiplo estágio: vários impelidores
montados em um mesmo rotor, com
função similar à de várias bombas ligadas em série, nas quais a descarga de
uma é realizada na sucção da seguinte.
“Já colocamos duas bombas com dois
estágios na refinaria de Manguinhos e
profissionais da Petrobras virão aqui
acompanhar testes desse tipo de equipamento para podermos receber a
certificação dessa empresa”, diz Vallo.
Segundo ele, este ano deverá ser
mais favorável aos negócios da indústria de bombas do que foi 2011, quando
a Omel sequer conseguiu repetir o
resultado obtido no ano anterior. Mas,
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bombas.indd 48
Divulgação
B O M B A S
Beneduzzi: produção local
manteve a competitividade
por enquanto, os sinais de melhoria
nos negócios percebidos por Vallo
não provêm da indústria do petróleo,
e sim de setores como a mineração,
papel e celulose e indústrias química e
petroquímica.
Mas também a indústria petrolífera, crê o profissional da Omel, deve
este ano ampliar suas encomendas,
favorecidas pela chegada da nova presidente da Petrobras. “No ano passado,
a Petrobras praticamente não comprou
nada: ela anuncia vários investimentos,
que não sei por que são sempre adiados”, lamentou Vallo.
Equipamentos maiores – Anúncios de
investimentos bastante significativos,
porém continuamente postergados –
não apenas por parte da Petrobras,
mas mesmo de outros setores –, são
observados também por Jorcelino Diniz,
da Flowserve. Tais anúncios, ele acrescenta, atraem ainda mais fabricantes de
bombas para o mercado local e aprofundam a sua já acirrada competitividade.
Além disso, acrescenta Diniz, exige-se
conteúdo nacional de seus fornecedores.
A Petrobras – responsável por 80% dos
negócios realizados no ano passado pela
Flowserve – também requer dos epecistas
prioridade para os integrantes de sua
vendor list (lista de fornecedores préqualificados pela empresa). Mas os epecistas, ele ressalva, preocupam-se muito
com os preços e eventualmente solicitam à
Petrobras permissão para recorrer a nomes
que não constam dessa lista.
Por enquanto, disse Diniz, as encomendas geradas pelos epecistas ainda
são atendidas por empresas instaladas
Química e Derivados - fevereiro - 2012
01/03/2012 18:45:55
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