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Policiais interrogam autor de filme contra islã
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PESQUISA
Nakoula Basseley Nakoula, o suposto autor do filme anti-islâmico “Inocência dos Muçulmanos” que gerou protestos em todo o Oriente Médio, foi
interrogado por oficiais federais de condicional numa delegacia de Los Angeles, mas não foi detido ou preso, informaram autoridades neste sábado.
Nakoula, de 55 anos, foi interrogado na cidade onde mora, Cerritos, informou o vice-xerife do condado de Los Angeles, Don Walker.
SOROCABA • DOMINGO • 16 DE SETEMBRO DE 2012
CORRUPÇÃO
BENGHAZI
Brasil terá
mais duas
estatais
Valério afirma que Lula
era o chefe do mensalão
Legislador líbio acusa
Al-Qaeda por ataque
Batizada por seu antecessor de mãe do Programa de
Aceleração do Crescimento
(PAC), a presidente Dilma
Rousseff cria empresas para
concretizar projetos de governo, especialmente nas áreas
de infraestrutura e política industrial. Nos bastidores, a
equipe do Palácio do Planalto
estuda a criação de duas novas entidades ainda neste ano,
seguindo esta mesma linha: a
Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e a Autoridade de
Gestão Portuária.
Com essas e eventualmente
outras estruturas, Dilma tenta
consolidar a gestão plena da
máquina pública federal. Isto é,
além de apoiar seus planos nas
agências reguladoras, criadas
na administração de Fernando
Henrique Cardoso (19952002), e nas estatais “turbinadas” sob Lula, como Petrobras,
Caixa e o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), Dilma lança
mão de empresas com perfil estruturante, com prerrogativa
de planejar e monitorar a ação
pública e privada.
Será assim no caso das
duas novas estatais. A Embrapii terá o objetivo de intermediar a relação entre centros de
pesquisa tecnológica e o parque manufatureiro, à semelhança do que faz a Embrapa
com a produção nacional agrícola. Já a autoridade portuária, caso seja criada, servirá de
coordenadora dos portos, monitorando chegadas e partidas
de navios.
Revista Veja cita ex-presidente como fiador das negociações
DIVULGAÇÃO
C
ondenado por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa
no julgamento do
mensalão, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza tem dito a interlocutores
que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva chefiava o esquema do mensalão e que a movimentação de recursos seria
maior que o descoberto nas investigações do caso, segundo
reportagem da revista Veja.
Conforme o texto divulgado
na sexta-feira, o empresário diz
que o pagamento de propina a
políticos da base aliada do governo movimentou R$ 350
milhões, por meio de doações
clandestinas avalizadas pelo
próprio ex-presidente e aliados
próximos.
De acordo com a reportagem, o PT obteve desde 2005 o
silêncio de Valério em troca de
promessas de adiamento do
julgamento ou punição mais
branda no Supremo Tribunal
Federal.
Depois da série de revezes
na Corte, que podem levá-lo a
uma pena alta na prisão, o empresário narrou, segundo interlocutores, que outras empresas, além de suas agências,
contribuíam diretamente ao PT
em troca de vantagens no governo - a reportagem não cita
nomes. Segundo ele, Lula seria
o “fiador“ dessas negociações,
operadas e registradas num livro pelo ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. “Lula era o
O presidente do novo congresso nacional da Líbia, Mohamed Al-Magarief, acusou
militantes ligados à Al-Qaeda
de planejarem o violento ataque contra o consulado norteamericano na cidade de Benghazi, levantando dúvidas sobre se o ataque que matou
quatro norte-americanos foi
um protesto espontâneo que
se tornou violento.
A declaração de Al-Magarief, que foi ao ar na sexta-feira, durante entrevista à emissora de televisão Al-Jazeera,
foi a primeira de uma autoridade líbia implicando a rede
terrorista nos eventos caóti-
cos que elevaram as tensões
no Oriente Médio. Autoridades norte-americanas disseram ao Wall Street Journal
na sexta-feira que investigam
indícios de que um grupo local de militantes líbios conversaram na terça-feira com
extremistas da Al-Qaeda sobre o ataque daquele dia contra o consulado, o primeiro
sinal de uma possível coordenação entre combatentes locais e o movimento terrorista.
Já autoridades de segurança
líbias em Benghazi têm sido
cautelosas em relação a uma
conclusão apressada sobre o
incidente.
LISBOA
Publicitário Marcos Valério teve encontros com Lula em Brasília
chefe”, teria dito Valério. “Não
podem condenar apenas os
mequetrefes. Só não sobrou
para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”, referindo-se ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Encontros
Valério relatou ter tido encontros com Lula no Palácio do
Planalto, acompanhado do exministro da Casa Civil, José
Dirceu, acusado pela Procuradoria-Geral da República de
chefiar o esquema do mensalão. “Do Zé ao Lula, era só
descer a escada”, disse. A Casa Civil fica no quarto andar,
um acima do gabinete da Pre-
sidência. Outro encontro teria
ocorrido no Palácio da Alvorada. O empresário teria sido levado à residência oficial por
Delúbio.
Valério contou que os empréstimos do Banco Rural às
suas agências só foram autorizados pelo ex-presidente da
instituição, José Augusto Dumont, porque Lula deu aval.
“Você que é um banqueiro, você
nega um pedido do presidente
da República?”, questionou,
conforme a Veja. O empresário
teria sido recebido no Banco
Central para negociar a suspensão da liquidação do Banco
Mercantil de Pernambuco, cuja
massa falida era de interesse
do Rural.
Portugueses protestam
contra a austeridade
Dezenas de milhares de portugueses protestaram ontem
contra novas medidas de austeridade que o governo tenta implementar, em meio à crise econômica. Sob o slogan “que se lixe a troica, queremos nossas vidas”, multidões foram às ruas
em Lisboa e outras 40 cidades.
Apenas em Lisboa, segundo as
emissoras de televisão, mais de
50 mil pessoas protestaram. O
governo e a polícia portuguesa
não deram estimativas do número de manifestantes.
Os protestos deste sábado
foram os maiores em Portugal
desde junho do ano passado,
quando o governo impôs um pacote de medidas de austeridade
para conter o déficit do orçamento. Novas medidas para
2013 foram anunciadas nesta
semana, o que levou aos protestos. Entre as medidas estão um
arrocho fiscal para aumentar a
arrecadação, cortes no setor público e um aumento nas contribuições previdenciárias para todos os trabalhadores. Os funcionários públicos poderão perder
dois dos catorze salários que recebem a cada ano. Empregados
do setor privado poderão perder
um salário. O ministro de Finanças, Vitor Gaspar, disse que
a arrecadação de impostos caiu
por causa do desemprego e da
queda na demanda dos consumidores.
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Valério afirma que Lula era o chefe do mensalão