U.D.1
A Liturgia
U.D.2
A Assembleia Litúrgica
U.D.3
A Celebração Litúrgica
U.D.4
O Espaço e o Tempo da Celebração
U.D.5
O Ano Litúrgico
U.D.6
A Liturgia das Horas
U.D.7
A Pastoral Litúrgica
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
Com este tema pretendemos:
 Conhecer os diferentes ciclos do ano litúrgico.
 Viver o ano litúrgico como um caminho de graça e de salvação.
 Aprender a animar, adequadamente, as celebrações do ano litúrgico.
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
Para isso percorreremos os seguintes temas:
 Desenvolvimento e significado do ano litúrgico.
 Tempos e festas do ano litúrgico.
 Espiritualidade e pastoral do ano litúrgico.
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O Ano Litúrgico
1. Desenvolvimento e significado do Ano Litúrgico
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O ano litúrgico é um conjunto harmonioso de
tempos e de celebrações, organizado ao longo
da história da liturgia.
Através dele a Igreja torna presente o Senhor
na evocação dos mistérios da sua vida
histórica e incorpora os crentes na acção
salvífica que brota destes mistérios.
A organização do Ano Litúrgico é fruto de uma
longa evolução que culminou com o Concílio
Vaticano II (cf. SC 102-111).
O Ano Litúrgico assenta na história da
salvação. Aquilo que caracteriza a fé cristã é o
facto de Deus ter entrado na história humana.
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O Ano Litúrgico
O
centro
vital
de
todos
estes
acontecimentos salvíficos celebrados no Ano
Litúrgico é a pessoa de Jesus Cristo. Ele é
o protagonista de todo o Ano Litúrgico.
Todos os acontecimentos salvíficos da vida
de Jesus orientam-se para o cumprimento
do projecto de Deus no mistério pascal. É a
partir deste mistério que tudo é contemplado
e interpretado: a pessoa, vida e obra de
Jesus.
Graças ao Ano Litúrgico os cristãos
comungam com todos os mistérios salvíficos
da vida de Jesus, especialmente o da sua
morte e ressurreição.
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U.D. 5
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O Ano Litúrgico
Graças ao Ano Litúrgico a salvação de Deus irrompe e manifesta-se na
história humana, fazendo dela tempo de graça e de salvação (cf. SC 102).
A Igreja “distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Incarnação e
Nascimento à Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da
vinda do Senhor. Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja
oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto
de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em
contacto com eles, se encham de graça” (SC 102).
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O Ano Litúrgico é um conjunto de tempos e de festas caracterizado pela
memória actualizada hoje, para nós, dos mistérios da vida de Cristo.
O começo do Ano Litúrgico não coincide com o mês de Janeiro, mas sim
com o primeiro domingo do tempo de Advento, e termina com o último
domingo per annum, dedicado à solenidade de Jesus Cristo, Rei do
universo.
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O Ano Litúrgico
2. Tempos e festas do Ano Litúrgico
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O ano litúrgico é um tempo simbólico, um sinal de salvação que
percorre todas as estações, meses e dias do ano solar, trazendo
consigo uma significação e um poder de salvação que lhe advém do
mistério de Cristo.
O ano litúrgico consta de três ciclos temporais: Páscoa, Natal e
Tempo Comum, e de um conjunto de solenidades e de festas do
Senhor, da Virgem Maria e dos Santos.
Ciclo Pascal
O ciclo pascal consta de:
 O Tríduo pascal.
 O Tempo de Páscoa.
 O Tempo de Quaresma.
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O Ano Litúrgico
O Tríduo Pascal
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Em cada ano, a Igreja celebra os grandes mistérios da redenção da
humanidade, desde a Missa vespertina de Quinta-feira Santa, a “Ceia do
Senhor”, até às Vésperas do Domingo de Ressurreição. Este período de
tempo denomina-se “Tríduo Pascal”.
Quinta-feira Santa
•
•
Neste dia finaliza a Quaresma e inicia o
Tríduo Pascal. Centra-se na instituição da
Eucaristia, no sacramento da Ordem, e
no mandamento novo do Senhor.
A missa da “Ceia do Senhor” evoca a última
ceia na qual o Senhor, tendo amado até ao
extremos os seus que estavam no mundo,
ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e o seu
Sangue sob as espécies de pão e de vinho.
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
Sexta-feira Santa
•
•
Neste dia a Igreja, meditando na Paixão do
Senhor e adorando a Cruz, comemora o seu
nascimento do lado aberto de Cristo e
intercede pela salvação do mundo.
Neste dia não se celebra a Eucaristia.
Distribui-se a Comunhão só durante a
celebração da Paixão do Senhor.
O Sábado Santo
•
Durante o Sábado Santo a Igreja permanece
junto do sepulcro do Senhor, meditando a
sua paixão e morte, a sua descida aos
infernos e, esperando, a sua ressurreição.
Neste dia não se celebra a Eucaristia.
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
A Vigília pascal e o Domingo de Páscoa
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É a “mãe de todas as santas Vigílias”. Durante a
Vigília Pascal a Igreja aguarda a ressurreição do
Senhor e celebra os sacramentos da iniciação cristã.
O Tempo pascal, experiência do Ressuscitado
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A celebração da Páscoa tem a sua
continuidade durante o tempo pascal. Os 50
dias que decorrem do Domingo de Páscoa até
ao Pentecostes são celebrados com alegria,
como se de um dia só se tratasse, mais ainda,
como se fosse um “grande Domingo”.
O tempo pascal é o tempo da presença e da
experiência do Senhor Ressuscitado no
meio dos seus. O Domingo de Pentecostes é o
corolário da Páscoa.
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O Ano Litúrgico
O Tempo de Quaresma
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A Quaresma é um caminho para a
Páscoa.
O tempo de Quaresma ordena-se para a
preparação da celebração da Páscoa.
Prepara os catecúmenos e todos os
fiéis para celebrar o mistério pascal.
Os catecúmenos encaminham-se para
os sacramentos de iniciação cristã, quer
pela “eleição” e os “escrutínios”, quer
pela catequese. Os fiéis, por seu lado,
dedicando uma maior assiduidade à
escuta da Palavra de Deus e à oração e
penitência, preparam-se para renovar as
suas promessas baptismais.
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O Ano Litúrgico
Ciclo do Natal
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Natal
e
Epifania
estão,
inseparavelmente, unidos. Ambos
celebram dois aspectos do mesmo
mistério. O Natal no Ocidente. A
Epifania no Oriente.
No Natal acentua-se e celebra-se o
mistério do nascimento do Messias,
o Filho de Deus. Na Epifania
celebramos a manifestação da sua
divindade, a revelação da salvação
de Deus a todos os povos.
O Natal é o encontro do “divino com
o humano e do humano com o
divino”. Natal é proximidade. Epifania
é visibilidade gloriosa da divindade.
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
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O mistério da Vinda é celebrado como
uma realidade actual. O mistério fazse presente para nós e nos é
comunicado na celebração litúrgica.
O ciclo natalício inclui também um
tempo de preparação que se
denomina Advento. Este tempo
começa nas vésperas do domingo
mais próximo do dia 30 de Novembro e
termina nas vésperas do dia 24 de
Dezembro.
O Advento é um tempo de
expectativa piedosa e feliz, tempo de
esperança escatológica, projectada
para a Parusía final.
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O Ano Litúrgico
O Tempo Comum
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Além dos tempos que possuem um
carácter próprio, restam 33 ou 34
semanas nas quais não se celebra
nenhum aspecto peculiar do mistério de
Cristo, mas este mistério continua a ser
lembrado, de modo amplo, principalmente
durante os domingos. Este período litúrgico
recebe o nome de Tempo Comum.
A importância deste Tempo está em ajudar
os fiéis a fazer uma assimilação
progressiva do mistério de Cristo, isto
porque
dia-após-dia,
semana-apóssemana, é apresentada toda a vida
histórica de Jesus, à luz do mistério pascal.
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U.D. 5
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O Ano Litúrgico
Este tempo oferece-nos, ainda, a dinâmica do
crescimento interior e a realização do Reino de
Deus neste mundo. Os domingos e as semanas
anteriores ao bloco Quaresma-Páscoa servem
para nos introduzirem na pregação e actualização
que o Jesus histórico faz do Reino de Deus.
Enquanto que os domingos e as semanas
posteriores ajudam-nos a centrar na experiência
do Reino de Deus que a Igreja pós-pascal, ao
longo dos tempos, deve fazer.
O TC começa na segunda-feira que se segue ao
domingo posterior à Epifania e prolonga-se até à
terça-feira antes da Quaresma (Carnaval) inclusive.
Retoma depois no domingo a seguir ao
Pentecostes e finaliza antes das primeiras
Vésperas do domingo de Advento.
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
Solenidades, festas e memórias
Solenidades e festas do Senhor
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Fazem parte da memória e da celebração que a
Igreja, ao longo do ano, faz do mistério de Cristo.
Estão relacionadas com os tempos litúrgicos
específicos que lhes são mais próximos:
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•
•
Com o Natal estão racionadas: a Apresentação
do Senhor e a Anunciação.
Com a Páscoa estão relacionadas: a
Santíssima Trindade, o Corpo de Deus, o
Sagrado Coração de Jesus, a Transfiguração, a
Exaltação da Santa Cruz, etc.
A solenidade de Cristo Rei, que abre e prepara
o Advento e lembra a última vinda do Senhor,
relaciona-se com os dois ciclos e serve de ponte
entre o ano que termina e o ano que começa.
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
Solenidades e festas da Virgem Maria
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No culto a Maria a Igreja admira e honra o fruto
mais esplêndido da obra da redenção, na qual ela
teve uma participação activa. As suas relações
com o Ano Litúrgico são:
•
•
•
Com o Advento relacionam-se: a Imaculada
Conceição, a Anunciação e a Visitação.
Com o Natal-Epifânia relacionam-se: a Mãe
de Deus, Natividade de Nossa Senhora,
Sagrada Família, Apresentação de Nossa
Senhora.
Com a Páscoa relacionam-se: a Assunção, a
Senhora das Dores, o Coração Imaculado de
Maria, a Senhora do Carmo e muitas outras
invocações com as quais o povo venera a
Virgem Maria.
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U.D. 5
O Ano Litúrgico
Os Santos no Ano Litúrgico
Celebrar um santo é celebrar Deus, dar-lhe
graças, reconhecer a sua presença na nossa
história. Os santos são, na verdade, um dom de
Deus à humanidade e à Igreja. São os que nos
ensinam a escutar a Palavra divina, a assimilar
as bem-aventuranças, a viver o estilo da vida
nova comunicado por Cristo. Os santos são a
prova de que Cristo Jesus continua presente
na sua Igreja, com a sua santidade radical, e
mostram-nos que é possível cumprir o
evangelho. Tendo chegado à pátria celeste e
estando na presença do Senhor, os santos não
cessam de interceder por Ele, com Ele e n’Ele
em nosso favor, diante do Pai (cf. LG 49).

O dia da sua morte ou do seu nascimento para a vida futura é considerado
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como o dia mais apropriado para os recordar.
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UD 5 O Ano Litúrgico