Termodinâmica por: José Maria Gomes Evangelista Junior • Justificativa da Disciplina – Esta disciplina tem importância fundamental pois são discutidos os conceitos fundamentais para a aplicação da Primeira e da Segunda Leis da Termodinâmica na resolução de problemas usualmente encontrados na prática industrial. • Objetivo da Disciplina – Prover conhecimento das leis básicas da termodinâmica, em conjunto com outras disciplinas relacionadas à mesma área do conhecimento, tal como mecânica dos fluidos e transferência de calor, permitir ao futuro engenheiro, subsídio para análise e projeto de produtos e processos relacionados à engenharia mecânica. Conteúdo do curso • 1. Unidade de Ensino 1 INTRODUTÓRIOS E DEFINIÇÕES CONCEITOS 1.1 Utilização da termodinâmica. 1.2 Definição de sistemas termodinâmicos e seu comportamento. • 2. Unidade de Ensino 2 ENERGIA E A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA 2.1 Energia de um sistema e transferência de energia. • Conceito de trabalho, energia cinética, energia potencial e potência. 2.2 Balanço de energia para sistemas fechados. • Definir o balanço de energia para sistemas fechados. • Conceituar a Primeira Lei da Termodinâmica. • Definir o balanço de energia na forma de taxa temporal. 2.3 Análise de energia para ciclos. • Aplicar o balanço de energia a ciclos de potência. • Aplicar o balanço de energia a ciclos de refrigeração. • Aplicar o balanço de energia a bombas de calor. • 3. Unidade de PROPRIEDADES Ensino 3 AVALIANDO 3.1 Definição de estado. • Definir o que são propriedades independentes. • Evidenciar o princípio dos estados equivalentes. 3.2 Relação p-v-T. • Definir a relação p-v-T para substâncias puras simples compressíveis. • Explicar o gráfico: superfície p-v-T e suas projeções p-v, T-v. • Estudar a mudança de fase a partir das projeções gráficas. • Definir mistura bifásica e título. 3.3 Obtenção das propriedades termodinâmicas. • Obter as propriedades termodinâmicas a partir de dados tabelados. • Avaliar pressão, volume específico e temperatura a partir de dados tabelados. • Definir e avaliar a partir de dados tabelados: energia interna e entalpia. • Aplicar o balanço de energia utilizando propriedades tabeladas. 3.4 Modelo de gás ideal. • • • • Apresentar os calores específicos cv e cp. Apresentar a constante universal dos gases, R. Apresentar o fator de compressibilidade, Z. Apresentar o diagrama generalizado de compressibilidade conhecido como diagrama Z. • Apresentar o modelo de gás ideal e a equação de estado de gás ideal. • Utilizar o balanço de energia com a aplicação das tabelas de gases ideais. • 4. Unidade de Ensino 4 ANÁLISE DE ENERGIA PARA VOLUME DE CONTROLE 4.1 Conservação de massa e de energia para volume de controle. – Definir conservação de massa para volume de controle. – Desenvolver o balanço de massa para volume de controle. – Diferenciar vazão mássica e vazão volumétrica. – Conceituar escoamento unidimensional e desenvolver o balanço de massa. – Definir conservação de energia para volume de controle. – Desenvolver o balanço de energia para volume de controle. – Desenvolver o balanço de energia para volume de controle em escoamento unidimensional 4.2 Análise em regime permanente. • Analisar volumes de controle em regime permanente. • Modelar dispositivos de aplicação em engenharia em regime permanente. 4.3 Análise em regime transiente. • Analisar volumes de controle em regime transiente. • Modelar dispositivos de aplicação em engenharia em regime transiente. • 5. Unidade de Ensino 5 A SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA E ENTROPIA 5.1 Utilização da Segunda Lei. • Contextualizar e estimular o uso da Segunda Lei da Termodinâmica. • Mostrar a realização de trabalho a partir de processos espontâneos. • Explicar os três enunciados da Segunda Lei: Clausius, Kelvin-Planck e Entropia. • Identificar: processos irreversíveis, processos reversíveis e processos internamente reversíveis. 5.2 Aplicação da Segunda Lei a ciclos termodinâmicos. • Explicar o limite da eficiência térmica para ciclos de potência operando entre dois reservatórios. • Explicar os corolários da Segunda Lei para ciclos de potência – corolários de Carnot. • Explicar os limites dos coeficientes de desempenho para ciclos de refrigeração e bomba de calor operando entre dois reservatórios. • Explicar os corolários da Segunda Lei para ciclos de refrigeração e bomba de calor – corolários de Carnot. 5.3 Ciclo de Carnot. • Explicar o ciclo de potência de Carnot. • Explicar os ciclos de refrigeração e bomba de calor de Carnot. • Explicar a desigualdade de Clausius. Referências Bibliográficas • • • • • • • • • • Referências Básicas MORAN, Michael J; SHAPIRO, Howard N. Princípios de termodinâmica para engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 800 p. YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física II: termodinâmica e ondas . 10. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003. 329 p. ÇENGEL, Yunus A BOLES, MICHAEL A. Termodinâmica. 5. ed. São Paulo, SP: McGraw-Hill, 2006 740 p. Referências Complementares ATKINS, P. W; PAULA, Julio de. Atkins: físico-química. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010. , 589 p CHAGAS, Aecio Pereira. Termodinâmica química: fundamentos, métodos e aplicações. Campinas, SP: UNICAMP, 1999. 409 p PÁDUA, Antonio Braz de; PÁDUA, Cléia Guiotti de. Termodinâmica: uma coletânea de problemas. 1. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2006. 268 p. SMITH, J. M; VAN NESS, Hendrick C; ABBOTT, M.M. Introdução à termodinâmica da engenharia química. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. x, 626 p. VAN WYLEN, Gordon J. Fundamentos da termodinâmica clássica. 4 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1995. RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNOS • Segundo as mais recentes tendências sobre ensino de engenharia, a absorção do conhecimento deixou de depender primordialmente do empenho em ensinar para depender primordialmente do empenho em aprender. Participação dos Alunos nas Aulas • A aula é uma atividade interpessoal, não impessoal. Ela é ministrada a cada um dos alunos presentes e não à turma. Os alunos devem assistir às aulas com atenção, evitando saídas para tratar de outros assuntos, muito menos para atender telefones celulares. É de boa educação o aluno sinalizar ao professor quando precisar sair da sala de aula. Os alunos não devem assumir compromissos outros, como estágios, para o horário das aulas. Frequência • • • A chamada será feita duas vezes, a primeira entre 19:15 e 19:30 e a segunda após as 21:50 Cada dia, 2 chamadas, correspondem a 3 ausências sendo necessário para a aprovação que o aluno tenha no máximo 15 ausências. Não existe abono de faltas. A compensação de ausência às aulas com trabalhos acadêmicos é previsto em lei em três situações: – Decreto Lei 1.044/69: doença infectocontagiosa ou outras que exija o afastamento superior a 15 dias ininterruptos. – Lei 6.202/75: amparo a gestação, parto e puerpério. – Decreto Lei 715/69: relativo à prestação de serviço militar (Exercito, Marinha e Aeronáutica). O aluno amparado pela Legislação poderá solicitar no SAA, a compensação de ausência às aulas por meio requerimento (assinado pelo aluno ou por seu procurador), acompanhado do laudo médico ou documentação especifica do serviço militar. O pedido deve ser protocolado no SAA em tempo hábil de até 05 (cinco) dias, a contar da data do afastamento. A partir desse processo, serão conhecidos os prazos e as condições para a entrega dos trabalhos acadêmicos. O aluno enquadrado no regime de compensação de ausência não está dispensado das avaliações individuais (presenciais), das práticas de campo e dos estágios programados para o semestre letivo em que estiver matriculado, devendo procurar a coordenação de seu curso para a realização dessas atividades. Avaliação do Rendimento Acadêmico • A verificação do rendimento acadêmico será feita através de: – Avaliações individuais – OFICIAIS -, compreendendo provas produzidas ao longo da disciplina, que valerão ao todo 7 (sete) pontos. – Avaliações de tarefas ou trabalhos – PARCIAIS – produzidos por equipes de aprendizagem durante a disciplina valendo, ao todo, 3 (três) pontos. Avaliações de tarefas ou trabalhos • Será constituída por listas de exercícios, trabalhos e relatórios de aulas práticas. • Regras para tarefas e trabalhos: – Trabalhos e listas de exercícios individuais devem ser manuscritos a menos que seja explicitado o contrário. – Não serão aceitos materiais entregues após a data limite de entrega. – Todos os trabalhos e listas de exercícios devem possuir uma folha de rosto/capa de acordo com as normas vigentes. – Todas as atividades de um mesmo bimestre possuem o mesmo peso, sendo lançado no sistema a média das atividades. Definição • A Termodinâmica é a parte da Termologia (Física) que estuda os fenômenos relacionados com trabalho, energia, calor e entropia, e as leis que governam os processos de conversão de energia. Apesar de todos nós termos um sentimento do que é energia, é muito difícil elaborar uma definição precisa para ela. Na verdade a Física aceita a energia como conceito primitivo, sem definição, ou seja, apenas caracterizando-a. • A termodinâmica é o ramo da física que se dedica ao estudo das relações entre o calor e as restantes formas de energia. • A termodinâmica é o ramo da física que se dedica ao estudo das relações entre o calor e as restantes formas de energia. • A ciência da TERMODINÂMICA nasceu no século 19, com a necessidade de descrever a operação das máquinas a vapor e de avaliar o limite do seu desempenho. • Os princípios observados válidos para as máquinas são facilmente generalizados, e são conhecidos como a primeira e a segunda leis da termodinâmica • Estas leis levam através de deduções matemáticas a um conjunto de equações que encontram aplicações em todos os campos da ciência e da engenharia. Apresentação da disciplina • A Termodinâmica é a primeira de três disciplinas que, juntas, formam o que costuma–se chamar de Engenharia de Sistemas Térmicos, ou Termociências. A Termodinâmica, a Mecânica dos Fluidos e a Transferência de Calor estão intimamente ligadas e os conhecimentos destas ciências são úteis à solução de diversos problemas cotidianos, seja em âmbito industrial como doméstico. Aplicação da termodinâmica na engenharia. Aplicações Definições • Um sistema é definido como uma quantidade de matéria ou região no espaço escolhido para estudo. • A massa ou região no lado de fora do sistema é chamado de vizinhança. • A superfície real ou imaginária que separa o sistema da vizinhança é chamada de envoltória ou contorno. Define o volume de controle. vizinhança SISTEMA Fronteira • Sistema fechado Sistema que possui massa fixa não permitindo que ela flua pelas fronteiras. • Sistema aberto ou volume de controle Sistema em que ocorre fluxo de massa pelas fronteiras. • Sistema isolado aquele que não recebe nem perde calor pelas fronteiras. Importância da escolha da fronteira do sistema Definições • Regime permanente As propriedades de processo não se alteram com o passar do tempo. • Regime transiente As propriedades de processo variam com o passar do tempo. Ponto de vista. Definições Definições • Estado de equilíbrio: o estado sem tendência de sair espontaneamente • Processo: mudança de estado de equilíbrio • Processo reversível: aquele que o sistema é mantido no estado de equilíbrio ao longo do processo • Sistema de uma fase em um estado de equilíbrio interno: significa que é homogêneo, propriedades macroscópicas uniformes Definições • Processo sucessão de mudanças de estado. Definições • Volume especifico. – Em base molar. Definições • Massa, comprimento, tempo, força, energia, massa específica. • Pressão Definições • Temperatura Capítulo 2 Trabalho Trabalho • Não é uma propriedade. Trabalho • Potência Trabalho • Expansão e compressão Trabalho • Expansão e compressão em processos reais Trabalho • Expansão e compressão em processos de quase equilíbrio Trabalho • O trabalho depende do processo e não apenas dos estados final e inicial. Trabalho • Exemplo: Um gás em um conjunto cilindro-pistão passa por um processo de expansão cuja relação entre pressão e volume é dada por: A pressão inicial é de 3 bar, o volume inicial é de 0,1m3 e o volume final é de 0,2m3. Determine o trabalho do processo em kJ, no caso de: a)n=1,5; b)n=1,0; c)n=0. Trabalho Exercício: Calcule o trabalho, em kJ para um processo em duas etapas que consiste em uma expansão com n=1,0 de p1=3bar, V1=0,1m3 até V=0,15m3, seguido por uma expansão com n=0, de V=0,15m3 até V2=0,2m3. R= 22,16kJ Calor • Não é uma propriedade. Modos de transmissão de calor • Condução transferência de energia de uma região de temperatura mais alta para uma região de temperatura mais baixa dentro de um meio físico ou entre dois meios em contato físico direto. Modos de transmissão de calor • Radiação processo de transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas, não necessita de um meio para que ocorra. Modos de transmissão de calor • Convecção Processo de troca de energia por movimento dos constituintes de um sistema, podendo ser: – Convecção natural movimento dos constituintes ocorre devido a uma diferença de densidade. – Convecção forçada é usado um agente externo para o movimento. • Experimento de Joule A Primeira Lei da Termodinâmica • A primeira lei da termodinâmica • Chamada "lei da conservação da energia“. • Inclui os efeitos de transferência de calor e a variação de energia interna. A Primeira Lei da Termodinâmica • “A energia não pode ser criada ou destruída . Só se pode mudá-la de uma forma para outra, ou só acrescentá-la a um sistema retirando de outro lugar (da vizinhança).“ Sistema isolado E Q12 W12 E Ek Ep U 0 E 0 U 0 Sistema fechado a V cte. E Q12 W12 E Ek E p U Q12 Sistema fechado a p cte. E Q12 U Q12 E Q12 W12 Q12 pV2 V1 E Ek Ep U U Q12 pV2 V1 U2 pV2 U1 pV1 Q12 H • Sistema aberto. • Nesses sistemas há fluxo de massa pelas fronteiras, logo: • O balanço de energia será então: • Sistema aberto. • Nesses sistemas há fluxo de massa pelas fronteiras, logo: • O balanço de energia será então: Exemplo. Um sistema inicialmente em repouso sofre um processo no qual recebe uma quantidade de trabalho igual a 200 kJ. Durante o processo o sistema transfere para o meio ambiente uma quantidade de calor igual a 30 kJ. Ao final do processo o sistema tem velocidade de 60 m/s e uma elevação de 50 m. A massa do sistema é de 25 kg, e a aceleração gravitacional local é de 9,78 m/s2. Determine a variação de energia interna do sistema durante o processo, em kJ . Exercícios • 1) Um gás se expande de um estado inicial, em que p1=500kPa e V1=0,1m3, até um estado final em que p2=100kPa. A relação entre pressão e volume durante o processo é pV=constante. Esboce o processo em um diagrama p-V e determine o trabalho, em kJ. • 2) Partindo do repouso, um objeto com massa de 20kg desliza para baixo em uma rampa de 5m de comprimento. A rampa está inclinada de um ângulo de 30° a partir da horizontal. Se a resistência do ar e o atrito entre o objeto e a rampa forem desprezíveis, determine a velocidade do objeto, em m/s, ao final da rampa. Considere g = 9,81 m/s2. • 3) 5kg de vapor d’água contidos dentro de um conjunto pistão-cilindro sofrem uma expansão de um estado 1, onde a energia interna específica u1=2709,9kJ/kg, até um estado 2, onde u2=2659,6kJ/kg. Durante o processo, há transferência de calor para o vapor d’água com uma magnitude de 80kJ. Também um agitador transfere energia para o vapor d’água através de trabalho numa quantidade de 18,5kJ. Não há variação significativa na energia cinética ou potencial do vapor. Determine a energia transferida por trabalho do vapor para o pistão durante o processo, em kJ. Exercícios 1. 2. Uma sala de aula para 40 pessoas deve ser climatizada por meio de aparelhos de condicionamento de ar com capacidade de resfriamento de 5kW. Admite-se que uma pessoa parada dissipe calor a uma taxa de aproximadamente 360kJ/h. Existem 10 lâmpadas incandescentes com capacidade nominal de 100W. a taxa de transferência de calor para a sala pelas paredes e janelas é de 15000kJ/h. Para que o ar da sala seja mantido a 21°C, determine o numero de aparelhos de condicionamento de ar necessários. Potencia elétrica deve ser gerada por uma instalação de turbogerador hidráulico em um local 70m abaixo da superfície de um reservatório capaz de fornecer água a uma vazão mássica de 1500kg/s. Se a potência mecânica produzida pela turbina for de 800kW e a geração de potencia elétrica for de 750kW, determine a eficiência da turbina e a eficiência combinada do turbogerador desta instalação. Despreze a perda de carga nos tubos. Balanço de energia para um ciclo Ciclos de potência >0 Ciclos de potência Ciclo de refrigeração Ciclo de refrigeração Bomba de calor Exercício 1. Um ciclo de bomba de calor cujo coeficiente de desempenho é 2,5 fornece energia por transferência de calor para uma residência a uma taxa de 20kW. a. Determine a potencia líquida necessária para operar a bomba de calor. b. Calculando a eletricidade a R$0,08 por kW.h determine o custo da eletricidade em um mês em que a bomba de calor opera 7 horas por dia. Capítulo 3 Avaliando propriedades • Substância pura Uma substância pura é aquela que tem composição química invariável e homogênea. Pode existir em mais de uma fase, mas a composição química é a mesma em todas as fases. Assim, água líquida, uma mistura de água líquida e vapor d'água ou mistura de gelo e água líquida são todas substâncias puras, pois cada fase tem a mesma composição química. Por outro lado, uma mistura de ar líquido e gasoso não é uma substância pura, pois a composição da fase líquida é diferente daquela da fase gasosa. Avaliando propriedades • Às vezes uma mistura de gases, tal como o ar, é considerada uma substância pura, desde que não haja mudança de fase. • Rigorosamente falando isso não é verdade mas, poderemos dizer que uma mistura de gases, tal como o ar, exibe algumas das características de uma substância pura, desde que não haja mudança de fase. Avaliando propriedades • Substâncias simples compressíveis Nestas substâncias os efeitos de superfície, magnéticos e elétricos, não são significativos e podem ser desprezados. Por outro lado, as variações de volume, tais como aquelas associadas à expansão de um gás em um cilindro, são muito importantes. • sistema compressível simples àquele que consiste numa substância compressível simples. Superfície p-v-T Superfície p-v-T Diagrama T - v Mudança de fase a pressão constante Mudanças de fase • Líquido e vapor saturado São aqueles que se encontra a uma pressão e temperatura que permita a coexistência, equilíbrio, entre as duas fases. • Líquido sub-resfriado ou comprimido aquele que se encontra a uma temperatura inferior à temperatura de saturação para aquela pressão, ou que esta submetido a uma pressão superior a pressão de saturação para aquela temperatura. • Vapor superaquecido aquele que se encontra a uma temperatura superior á temperatura de saturação para uma determinada pressão, ou aquele que se encontra a uma pressão menor que a pressão de saturação para aquela temperatura. Diagrama de fases Tabelas de vapor Título Energia interna e entalpia Exercício 1. Um tanque rígido isolado contem 10kg de água a 90°C. Se a energia interna é 906,26kJ/kg, determine: o título, a pressão e o volume do tanque. 2. Uma quantidade de água se encontra a 15Mpa e 100°C. Avalie o volume específico, em m3/kg, e a entalpia específica, em kJ/kg, utilizando: a) dados da tabela A-5 (livro-texto). b) dados de líquido saturado da tabela A-2 (livro texto). Calores específicos • Capacidade térmica • A capacidade térmica é uma grandeza extensiva e depende da trajetória do processo. • Para um processo isocórico CV • Para um processo isobárico CP Calores específicos • Os calores específicos cv e cP são definidos como: Razão dos calores específicos Calores específicos cp do vapor d’água como função da temperatura e pressão. Calores específicos • Aproximações para líquidos utilizando dados do líquido saturado. Calores específicos • Pra substâncias incompressíveis: Assim Calores específicos • Exercício 3.85 e 3.89 Constante universal dos gases. Fator de Compressibilidade Equação de viriais de estado O Gás ideal • Se p<<pc ou T>>Tc Z=pv/RT =1 assim temos: A equação de estado do gás ideal. Como: então: e O Gás ideal O Gás ideal Ver tabela A-20 e A-21 O Gás ideal Ver tabela A-20 e A-21 O Gás ideal Exercícios Capítulo 4 Balanço de massa Escoamento unidimensional. O fluxo é normal à fronteira onde a massa entra ou sai do volume de controle. Todas as propriedades intensivas, incluindo velocidade e densidade, são uniformes com relação à posição em cada área de entrada ou de saída através da qual a massa escoa. Para regime permanente • Forma integral Exemplo • Um aquecedor de água operando em regime permanente tem duas entradas e uma saída. Na entrada 1, vapor de água entra a p1=7 bar, T1= 200°C com uma taxa de fluxo de massa de 40 kg/s. Na entrada 2, a água líquida a p2=7 bar, T2=40°C entra através de uma área A2=25 cm2. Líquido saturado a 7bar sai em 3 com uma vazão volumétrica de 0,06m3/s. Determinar as taxas de fluxo de massa na entrada 2 e na saída, em kg/s, e a velocidade na entrada 2, em m/s. • A água flui para um barril aberto a uma vazão massica 30lbm/s. Água sai por um tubo perto da base com uma vazão massica proporcional à altura do líquido no interiordo barril que é igual a ms=9L: onde L é a altura instantânea do líquido, em ft. A área da base é de 3ft2 e da densidade da água é de 62,4lbm/ft3. Se o tambor esta inicialmente vazio, traçar o gráfico da variação da altura do líquido com o tempo e comente o resultado. Exercício • Um tanque de 0,5m3 contém amônia, inicialmente a 40°C, 8bar. Um vazamento surge, e o refrigerante flui para fora do tanque a uma taxa mássica de 0,04kg/s. O processo ocorre lentamente o suficiente para que a transferência de calor a partir das imediações mantenham a temperatura constante no tanque. Determinar o tempo, em s, para o qual metade da massa tenha vazado, e a pressão no tanque, em bar, nesse momento. Balanço de energia para um volume de controle. Trabalho Taxa temporal de Transferên cia de energia por ps As Vs trabalho saindo do volume de controle na saída s Escoamento unidimensional Formulação integral Em regime permanente Bocais e difusores. Vapor d’água entra em um bocal convergente divergente que opera em regime permanente com p1=40bar, T1=400°C e uma velocidade de 10m/s. O vapor escoa através do bocal sem transferência de calor e sem nenhuma variação significativa de energia potencial. Na saída, p2=15bar e a velocidade é de 665m/s. A vazão mássica é de 2kg/s. determine a área de saída do bocal em m2. Turbinas O vapor d’água entra em uma turbina operando em regime permanente com uma vazão mássica de 4600kg/h. A turbina desenvolve uma potência de 1000kW. Na entrada, a pressão é de 60bar, a temperatura é de 400°C e a velocidade é de 10m/s. Na saída, a pressão é de 0,1bar, o título é de 0,9 e a velocidade é 50m/s. Calcule a taxa de transferência de calor entre a turbina e as vizinhanças em kW. Compressores e bombas Ar é admitido em um compressor que opera em regime permanente com uma pressão de 1bar, temperatura igual a 290K e uma velocidade de 6m/s através de uma entrada cuja área é de 0,1m2. na saída a pressão é de 7 bar, a temperatura é 450K e a velocidade é 2m/s. A transferência de calor do compressor para as vizinhanças ocorre a uma taxa de 180kJ/min. Empregando o modelo de gás ideal, calcule a potência de entrada do compressor em kW. Uma bomba em regime permanente conduz água de um lago com vazão volumétrica de 0,83m3/min, através de um tubo com 12 cm de diâmetro de entrada. A água é distribuída por uma mangueira acoplada a um bocal convergente. O bocal de saída possui 3cm de diâmetro e esta localizado 10m acima da entrada do tubo. A água entra a 20°C e 1atm, e sai sem variações significativas com relação a pressão ou temperatura. A ordem de grandeza da taxa de transferência de calor da bomba para a vizinhança é de 5% da potência de entrada. A aceleração da gravidade é de 9,81m/s2. Determine a velocidade da água na entrada e na saída, ambas em m/s, e a potência requerida pela bomba em kW. Trocadores de calor Vapor entra no condensador de uma usina de termoeletrica a 0,1 bar com um título de 0,95 e o condensado sai a 0,1 bar e 45°C. A água de arrefecimento entra no condensador numa corrente separada, no estado líquido a 20 ° C e sai como um líquido a 35°C, sem qualquer alteração na pressão. A transferência de calor a partir do exterior do condensador e mudanças nas energias cinéticas e potenciais dos fluxos podem ser ignorados. Para a operação de regime permanete, determinar (a) a razão entre a vazão mássica da água de resfriamento e a vazão mássica do vapor qeu se condensa. (b) a taxa de transferência de energia a partir do vapor de condensação para a água de arrefecimento, em kJ por kg de vapor que passa pelo condensador. Fluxos separados de ar, como um gás ideal, flui através do conjunto turbina-trocador de calor mostrado na figura. A transferência de calor para o ambiente pode ser desprezada, assim como os efeitos da energia cinética e potencial. Determinar T3, em K, e a potência de saída do segunda turbina, em kW. A figura a seguir mostra uma intalação de potencia a vapor simples operando em regime permanente. Dados relevantes são dados na figura. A vazão massica da água é de 109 kg/s. Efeitos de energia cinética e potencial assim como as trocas de calor com o ambiente são despreziveis. Determine: (a) a eficiência térmica. (b) a vazão mássica da água de arrefecimento que passa pelo condensador, em kg/s. Análise transiente • Balanço de massa: Análise transiente • Balanço de energia Um tanque com um volume de 0,85 m3 inicialmente contém água em uma mistura bifásica liquido-vapor a 260°C e um título de 0,7. Vapor d’água saturado a 260°C é retirado lentamente através de uma válvula reguladora de pressão, na parte superior do tanque a medida que energia é transferida por calor para manter a pressão constante no tanque. Isto continua até que o tanque esteja cheio com vapor saturado a 260°C. Determinar a quantidade de transferência de calor transferido, em kJ. Despreze todos os efeitos de energia cinética e potencial. • Um grande reservatório contém vapor a uma pressão de 15 bar e uma temperatura de 320°C. Ligado ao recipiente através de uma válvula temos uma turbina seguida por um pequeno tanque, inicialmente vazio, com um volume de 0,6 m3. Quando é necessária energia de emergência, a válvula é aberta e o reservatório enche-se com vapor até que a pressão é de 15 bar. A temperatura no tanque é então 400°C. O processo de enchimento ocorre adiabaticamente e efeitos de energia cinética e potencial são desprezíveis. Determinar a quantidade de trabalho desenvolvido pela turbina, em kJ. • Um tanque rígido com volume de 0,75m3 e inicialmente vazio. Um orificio desenvolve-se na parede, e ar ambiente a 1 bar, 25°C flui para dentro até que a pressão no reservatório atingir 1 bar. A transferência de calor entre o conteúdo do tanque e os arredores é desprezivel. Determinar a temperatura final no tanque, em °C. Capítulo 5 A segunda Lei da Termodinâmica 1. Qual é o valor teórico máximo para o trabalho que poderia ser obtido? 2. Quais os fatores que poderiam impedir a realização do valor máximo? Aspectos da segunda lei • Fornece meios para: – prever a direção de processos; – estabelecer condições para o equilíbrio; – determinar o melhor desempenho teórico de ciclos, motores e outros dispositivos; – avaliar quantitativamente os fatores que impedem a obtenção do melhor nível de desempenho teórico. • Outras utilizações da Segunda Lei incluem seu papel em – definir uma escala de temperatura independente das propriedades de qualquer substância termométrica; – desenvolver meios para avaliar propriedades tais como u e h em termos de propriedades que são mais fáceis de obter experimentalmente. Enunciado de Clausius da Segunda Lei • É impossível para qualquer sistema operar de maneira que o único resultado seria a transferência de energia sob a forma de calor de um corpo mais frio para um corpo mais quente. Enunciado de Kelvin–Planck da Segunda Lei • É impossível para qualquer sistema operar em um ciclo termodinâmico e fornecer uma quantidade líquida de trabalho para as suas vizinhanças enquanto recebe energia por transferência de calor de um único reservatório térmico. • O enunciado de Kelvin–Planck pode ser expresso analiticamente. Para este desenvolvimento, vamos estudar um sistema percorrendo um ciclo termodinâmico enquanto troca energia por transferência de calor com um único reservatório. Tanto a Primeira quanto a Segunda Lei impõem restrições: • Uma restrição é imposta pela Primeira Lei sobre o trabalho líquido e a transferência de calor entre o sistema e suas vizinhanças. • Resumindo, o trabalho líquido realizado pelo sistema percorrendo um ciclo é igual à transferência de calor líquida para o sistema. Observe que se Wciclo é negativo, então Qciclo também é negativo. Isto é, se uma quantidade líquida de trabalho é transferida por trabalho para o sistema durante o ciclo, então uma quantidade igual de energia é transferida por calor do sistema durante o ciclo. • Uma restrição é imposta pela Segunda Lei sobre a direção destas transferências de energia. De acordo com o enunciado de Kelvin–Planck, um sistema percorrendo um ciclo enquanto se comunica termicamente com um único reservatório não pode fornecer uma quantidade líquida de trabalho para as suas vizinhanças. Isto é, o trabalho líquido do ciclo não pode ser positivo. Porém, o enunciado de Kelvin– Planck não exclui a possibilidade de que exista uma transferência líquida de energia sob a forma de trabalho para o sistema durante o ciclo ou de que o trabalho líquido seja zero. • Processo irreversível sistema e todas as partes que compõem suas vizinhanças não podem ser restabelecidos exatamente aos seus respectivos estados iniciais após o processo ter ocorrido. • Processo é reversível se tanto o sistema quanto as vizinhanças puderem retornar aos seus estados iniciais. Causas de irreversibilidade 1. Transferência de calor através de uma diferença finita de temperatura; 2. Expansão não–resistida de um gás ou líquido até uma pressão mais baixa; 3. Reação química espontânea; 4. Mistura espontânea de matéria em estados ou composições diferentes; 5. Atrito – atrito de rolamento, bem como atrito no escoamento de fluidos; 6. Fluxo de corrente elétrica através de uma resistência; 7. Magnetização ou polarização com histerese; 8. Deformação inelástica Interpretando o enunciado de KelvinPlanck Ciclos de potência interagindo com dois reservatórios Corolários de Carnot • A eficiência térmica de um ciclo de potência irreversível é sempre menor do que a eficiência térmica de um ciclo de potência reversível quando cada um opera entre os mesmos dois reservatórios térmicos. • Todos os ciclos de potência reversíveis operando entre os mesmos dois reservatórios térmicos possuem a mesma eficiência térmica. Ciclos de refrigeração e bomba de calor interagindo com dois reservatórios Corolários para Ciclos de Refrigeração e Bomba de Calor. • O coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração irreversível é sempre menor do que o coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração reversível quando cada um opera entre os mesmos dois reservatórios térmicos. • Todos os ciclos de refrigeração reversíveis operando entre os mesmos dois reservatórios térmicos possuem o mesmo coeficiente de desempenho. Substituindo o termo refrigeração por bomba de calor, obtemos corolários equivalentes para ciclos de bomba de calor. DEFININDO A ESCALA DE TEMPERATURA DE KELVIN • Existem limites superiores teóricos para o desempenho de ciclos de potência, refrigeração e bomba de calor que se comunicam termicamente com dois reservatórios. • Segundo corolário de Carnot todos os ciclos de potência operando entre os mesmos dois reservatórios possuem a mesma eficiência térmica. • Uma vez que a eficiência independe destes fatores, o seu valor pode ser relacionado somente à natureza dos reservatórios. • Como a transferência de calor entre eles depende da diferença de temperatura, e assim para a produção de trabalho durante um ciclo, concluímos que a eficiência depende somente das temperaturas dos dois reservatórios. • Assim: • • Escala Kelvin Eficiência de Carnot • Ciclo de potência • Ciclo de refrigeração • Bomba de calor Ciclo de Carnot – Ciclo de Potencia • Em um ciclo de Carnot, o sistema que executa o ciclo sofre uma série de quatro processos internamente reversíveis: dois processos adiabáticos alternados com dois processos isotérmicos. • Processo 1–2: O gás é comprimido adiabaticamente até o estado 2, onde a temperatura é TH. • Processo 2–3: O conjunto é colocado em contato com o reservatório a TH. O gás se expande isotermicamente enquanto recebe energia QH do reservatório quente por transferência de calor. • Processo 3–4: O conjunto é colocado novamente sobre o apoio isolado e o gás continua a se expandir adiabaticamente até a temperatura cair para TC. • Processo 4–1: O conjunto é colocado em contato com o reservatório a TC. O gás é comprimido isotermicamente até o seu estado inicial enquanto descarrega energia QC para o reservatório frio por transferência de calor. Ciclo de Carnot – Ciclo de refrigeração/ bomba de calor. • Se um ciclo de potência de Carnot for operado na direção oposta, as magnitudes de todas as transferências de energia permanecem as mesmas, mas as transferências de energia estarão opostamente direcionadas. Tal ciclo pode ser considerado um ciclo de refrigeração ou bomba de calor reversível. • Processo 1–2: O gás se expande isotermicamente a TC enquanto recebe energia QC do reservatório frio por transferência de calor. • Processo 2–3: O gás é comprimido adiabaticamente até sua temperatura atingir TH. • Processo 3–4: O gás é comprimido isotermicamente a TH enquanto descarrega energia QH no reservatório quente por transferência de calor. • Processo 4–1: O gás se expande adiabaticamente até sua temperatura decrescer para TC. Exercício “A vida é a arte de tirar conclusões suficientes de dados insuficientes” Samuel Butler