UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DO ESTADO
Acadêmica:
FERNANDA DA SILVA GOMES DOS SANTOS
Professor:
DEJALMA CREMONESE
SUICÍDIO
Santa Rosa, 26 de junho de 2008
Suicídio

Ato ou efeito de
suicidar-se.

Suicidar-se: Dar a
morte a si mesmo;
matar-se.
Etimologia

Suicídio: do latim sui caedere, termo criado por
Desfontaines, a palavra suicídio esta composta por
sui= si mesmo e cídio= morte, do verbo coedere,
ceder, matar.

Suicidar-se pode
significar não resistir à
dor intensa, à
angústia, ao medo, à
solidão, etc. Estes
sentimentos são
comuns a todas as
pessoas, em alguns
momentos da vida. No
suicídio, a pessoa vê
na morte o único
descanso, ou melhor, a
única saída para aliviar
a tensão.
Um pedido de ajuda

Quem pensa em
suicídio, fala em
suicídio, tenta suicídio,
o faz porque está
sofrendo.
O suicídio por Cassorla

Não existe uma causa para o suicídio. Trata-se de
um evento que ocorre como auge de uma série de
fatores que vão se acumulando na biografia do
indivíduo, desde fatores constitucionais até fatores
ambientais, culturais, biológicos, psicológicos, etc.
Freud

De acordo com Freud, ninguém é capaz de se
matar a menos que esteja identificado com o objeto
ou tenha se voltado contra si mesmo com um
desejo de morte antes dirigido contra o outro.
Segundo ele, o inconsciente de todos nós se acha
bem repleto desses desejos de morte, até contra as
pessoas que amamos.
O termo “suicídio” para Émile
Durkheim

Chama-se suicídio
todo caso de morte
que resulta direta ou
indiretamente de um
ato positivo ou
negativo praticado pela
própria vítima, ato que
a vítima sabia dever
produzir este
resultado.

Émile Durkheim estudou as conexões entre os
indivíduos e a sociedade. Para ele, o suicídio é
resultado de causas e fatos sociais. Dessa forma os
fatores suicidas dependeriam necessariamente das
causas sociais e constituiriam um fenômeno coletivo,
excluindo assim as causas individuais.
Destaca três categorias de
suicidas

O suicida egoísta

O suicida altruísta

O suicida anômico
O suicídio egoísta

“O suicídio varia na razão inversa do grau de
integração dos grupos sociais de que faz parte o
indivíduo.”
O egoísmo

É um estado onde os laços entre o indivíduo e os
outros na sociedade são fracos. Uma vez que o
indivíduo está fracamente ligado à sociedade, para
ele, terminar sua vida terá pouco impacto no resto
da sociedade.
O suicídio altruísta

“Assim como a individualização excessiva pode
levar ao suicídio, uma individuação insuficiente
poderá produzir o mesmo efeito.”
O altruísmo

É o oposto do egoísmo, onde um indivíduo está
extremamente ligado à sociedade, de forma que
não tem vida própria. Acredita que sua morte pode
trazer uma espécie de benefício para a sociedade.
O suicídio anômico

“A sociedade é um poder que regula os indivíduos,
e existe uma relação entre a maneira que se
exerce esta ação regularizadora e a taxa social
dos suicídios.”
A anomia

É um estado onde existe uma fraca regulação
social entre as normas da sociedade e o indivíduo,
mais freqüentemente trazidas por mudanças
dramáticas nas circunstâncias econômicas e/ou
sociais. Uma vez que o indivíduo não se identifica
com as normas da sociedade, o suicídio passa a ser
uma alternativa de escape.
Fatores de risco
Epidemiológicos

Homens, brancos, idade superior a 65 anos;

Viúvos ou divorciados;

Vivem sozinhos, sem filhos menores de 18 anos
em casa;

Presença de eventos estressantes durante a vida.
Transtornos psiquiátricos

Transtorno de estresse pós-traumático;

Depressão maior, geralmente associada à solidão;

Transtorno bipolar;

Vício em álcool ou drogas;
Em adolescentes:

Impulsividade;

Agressividade;

Comportamento anti-social;

Violência ou separação familiar.
Passado

Histórico de tentativa de suicídio;

Histórico familiar de tentativa de suicídio.
Sintomas







Falta de esperança;
Anedonia;
Insônia;
Ansiedade severa;
Dificuldade de concentração;
Agitação psicomotora;
Ataques de pânico;
A idealização suicida

É um termo médico utilizado para se referir a
pensamentos sobre suicídio, que podem ser tão
detalhados quanto a formulação de um plano, sem
o ato suicida propriamente dito. Embora muitas
pessoas que desenvolvam uma idealização suicida
não venham a cometer suicídio, algumas
prosseguem com a idéia e tentam tirar a própria
vida.
O Manual Completo de
Suicídio

É um livro japonês escrito por Wataru Tsurumi.
O livro dá descrições explícitas e analisa uma
variedade de métodos de suicídio. Não há
preferência por métodos menos dolorosos ou mais
dignificantes; o livro avalia de fato cada método em
termos da dor que ele causa, a preparação
necessária, a aparência do corpo após a morte e
sua letalidade.
No livro há 11 categorias:


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
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


Overdose
Enforcamento
Auto-defenestração
Corte de pulso e carótida
Colisão de carro
Envenenamento por gás
Choque elétrico
Afogamento
Auto-imolação
Congelamento
Outros
Suicidas famosos:

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
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

Alberto Santos Dumont
Adolf Hitler
Alfonsina Storni
Camilo Castelo Branco
Cleópatra VII
Eva Braun
Getúlio Vargas
Marilyn Monroe
Brasil

No Brasil, 4,9 pessoas a cada 100 mil morrem por
suicídio. É uma das menores médias do mundo. Os
maiores índices são do Rio Grande do Sul (11 para
cada 100 mil), sendo Porto Alegre a capital com
maior taxa de suicídios (11,9 para cada 100 mil).
Rio Grande do Sul

Em 2004, o estado
do Rio Grande do
Sul apresentava a
maior mortalidade
masculina por
suicídio do país:
16,6 mortes a cada
100 mil homens.

A cidade brasileira com
o maior índice é o
Município de Venâncio
Aires, com mais de 40
casos a cada 100 mil
habitantes. Uma das
causas apontadas é o
agrotóxico Tamaron,
utilizado em larga escala
no cultivo do fumo.
Atenção





70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma
fase depressiva.
Pessoas mais velhas se suicidam mais que as
mais jovens.
Quanto mais planejado, mais perigoso no sentido
de haver novas tentativas, caso essa não dê certo.
Tentativas em homens são quase sempre mais
graves, mais brutais e mais bem sucedidas do que
em mulheres.
Qualquer distúrbio Neuropsiquiátrico mais Álcool
aumenta o risco de suicídio.
BIBLIOGRAFIA

DURKHEIM, Emile. O Suicídio: Estudo Sociológico. 2. ed. Lisboa:
Editora Presença, 1977.

DURKHEIM, Emile. Sociologia. São Paulo, Ed. Ática, 2002

http://www.jesusvoltara.com.br/atuais/suicidio.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio

STEIN, Liane Maria. A tentativa e o ato suicida: o estudo de um
caso clínico. Monografia de Graduação em Psicologia. UNIJUÍ,
2008

OUTEIRAL, Felipe Hebert. O suicídio entre os jovens índios
guarani-kaiowá: a violência da destruição cultural. Monografia de
especialização. Puc, 2006
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O Suicídio - Capital Social Sul