Medidas de apoio à Indústria Ferroviária de Carga Alexandre Comin Diretor do Departamento de Competitividade Industrial (DECOI/SDP/MDIC) Dados selecionados do setor ferroviário (CNAE 2.0) 30.3 Veículos Ferroviários = 3031-8 Fabricação de locomotivas, vagões e outros materiais rodantes + 3032-6 Fabricação de peças e acessórios para veículos ferroviários Após breve queda com a crise, recuperação até início de 2011. Situação melhor do que a média da indústria. Veículos Ferroviários - CNAE 30.3 Crescimento e Valor da Produção Industrial (R$ milhões) Média móvel de 12 meses (série com início em jan/2007) Deflacionado pelo IPCA (base = set/2012) Valor da Produção Crescimento da Produção 3,00% R$ 550,00 R$ 500,00 2,00% R$ 450,00 1,00% R$ 400,00 abr/13 fev/13 dez/12 out/12 ago/12 jun/12 abr/12 fev/12 dez/11 out/11 ago/11 jun/11 abr/11 fev/11 dez/10 out/10 ago/10 jun/10 abr/10 fev/10 dez/09 out/09 ago/09 jun/09 abr/09 fev/09 dez/08 out/08 ago/08 jun/08 abr/08 fev/08 dez/07 0,00% R$ 350,00 R$ 300,00 -1,00% R$ 250,00 -2,00% R$ 200,00 -3,00% R$ 150,00 -4,00% Fonte: GIC/IE-UFRJ com base nos dados da PIM/IBGE e IPA-OG/FGV R$ 100,00 Taxa de Crescimento Valor da Produção Veículos Ferroviários - CNAE 30.3 Valor da produção - índice de base fixa Baseado na média móvel de 12 meses do valor da produção industrial (série com início em jan/2007) Base: dez/2007 = 100 330,0 280,0 230,0 180,0 130,0 Fonte: GIC/IE-UFRJ com base nos dados da PIM/IBGE e IPA-OG/FGV Cnae 30.3 Indústria de Transformação abr/13 fev/13 dez/12 out/12 ago/12 jun/12 abr/12 fev/12 dez/11 out/11 ago/11 jun/11 abr/11 fev/11 dez/10 out/10 ago/10 jun/10 abr/10 fev/10 dez/09 out/09 ago/09 jun/09 abr/09 fev/09 dez/08 out/08 ago/08 jun/08 abr/08 fev/08 dez/07 80,0 Veículos Ferroviários - CNAE 30.3 Importações e Exportações (US$ milhões FOB) Média móvel de 12 meses (série com início em jan/2007) Deflacionado pelo Consumer Price Index - Urban Consumers (base = set/2012) $140,00 $120,00 $100,00 $80,00 $60,00 $40,00 $20,00 Fonte: SECEX/MDIC Importação Exportação Linha de Tendência - Importações Linha de Tendência - Exportações jun/13 abr/13 fev/13 dez/12 out/12 ago/12 jun/12 abr/12 fev/12 dez/11 out/11 ago/11 jun/11 abr/11 fev/11 dez/10 out/10 ago/10 jun/10 abr/10 fev/10 dez/09 out/09 ago/09 jun/09 abr/09 fev/09 dez/08 out/08 ago/08 jun/08 abr/08 fev/08 dez/07 $0,00 - Fonte: RAIS e CAGED/MTE jun/13 mai/13 abr /13 mar/13 fev /13 jan/13 dez/12 nov/12 out/12 set/12 ago/12 jul/12 jun/12 mai/12 abr /12 mar/12 fev /12 jan/12 dez/11 nov/11 out/11 set/11 ago/11 jul/11 jun/11 mai/11 abr /11 mar/11 fev /11 jan/11 dez/10 nov/10 out/10 set/10 ago/10 jul/10 jun/10 mai/10 abr /10 mar/10 fev /10 jan/10 dez/09 nov/09 out/09 set/09 ago/09 jul/09 jun/09 mai/09 abr /09 mar/09 fev /09 jan/09 dez/08 nov/08 out/08 set/08 ago/08 jul/08 jun/08 mai/08 abr /08 mar/08 fev /08 jan/08 dez/07 Veículos Ferroviários - CNAE 30.3 Estoque de mão-de-obra Média móvel de 12 meses (série com início em jan/2007) 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 Anúncios de investimento da Renai De 2004 a julho de 2013 foram registrados 51 anúncios que somam US$ 13,9 bilhões em investimentos em transporte ferroviário. Somente em "Modernização, Expansão e Implantação“ de atividades manufatureiras foram mais de US$ 833 milhões. Os investimentos concentram-se em Rio, São Paulo e Minas (82%). Fonte: Renai/SDP/MDIC (http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/renai) Elevações tarifárias para exceções de NCMs para componentes prioritários com fabricação nacional NCM Descrição grampos de fixação elástica de trilhos ferroviários vagões de carga do tipo hopper fechado, 8606.91.00 construído em aço ou alumínio 7302.90.00 8606.92.00 vagões de carga do tipo gôndola e hopper abertos, construídos em aço ou alumínio 8607.11.10 truques ferroviários de aço fundido 8607.19.90 eixos e rodas ferroviárias Alíquota Exceção Instrumento 25% 25% 25% 25% 35% Dec. 39/11 (Res. Camex 70/2012) LETEC Elevações tarifárias e exceções para componentes sem fabricação nacional Importações e investimentos vinculados a ex-tarifários no setor ferroviário Importações US$ mi FOB Investimentos US$ mi jul/2001 a jun/2013 996,2 10.195,5 jan a jun/2013 146,5 1.683,1 aprovados 2013 Fonte: SDP/MDIC 32,9 - Plano de Nacionalização de Locomotivas O BNDES implantou PNP no qual o índice de nacionalização partiu de algo em torno de 30% permitindo que a empresa pudesse contar com o Finame em troca do compromisso de ampliação progressiva do índice. Isso viabilizou a comercialização das máquinas no Brasil. Política comercial Ao MDIC coube a tarefa de incluir em sua relação de Ex-Tarifários os itens que ainda não contavam com produção nacional. Foram criados Sistemas Integrados com alíquota diferenciada de 0% no Imposto de Importação (enquanto que os demais “Ex” são aprovados com uma alíquota de 2%). Em 2012 o Ex-Tarifário para locomotivas inteiras foi alterado. Como passou-se a produzir máquinas com capacidade de até 3.000 HP, com índice de nacionalização superior a 60%, novos “Ex” somente para máquinas com mais de 4.200 HP. Plano de Desenvolvimento de Fornecedores Nacionais Também em 2012 os Sistemas Integrados deixaram de existir. Como consequência os componentes ainda importados foram convertido em Combinações de Máquinas e o investimento passou a ser tratado no âmbito do Plano de Desenvolvimento de Fornecedores Nacionais, no qual já foram identificadas empresas com capacidade para fornecer parte das combinações (em fase de homologação). O Ex-Tarifário foi concedido, por um ano, até a concretização do fornecimento local. Resultados O PNP, aliado ao Ex-Tarifário, em apenas um fabricante nacional, permitiu a produção local, entre 2008 e 2012, de 223 locomotivas, o que corresponde a aproximadamente US$ 424 milhões de importações evitadas, já descontadas as importações dos itens não produzidos localmente (US$ 208 milhões), internalizados com benefício tarifário. No mesmo período foram exportadas 70 locomotivas, que significaram uma contribuição de aproximadamente US$ 220 milhões para a balança comercial brasileira. Perspectivas Para 2013, a previsão inicial de apenas um fabricante nacional era de fabricar 60 máquinas, sendo 20 para exportação, o que significa menos US$ 120 milhões em importações de locomotivas e mais US$ 60 milhões em exportações. Para os anos seguintes, em virtude dos investimentos programados em transporte ferroviário, as estimativas de produção sobem para 120 locomotivas de carga por ano com reflexos positivos em toda a cadeia de fornecedores desenvolvidos e em desenvolvimento.