CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE ALAGOAS
municação. Pessoas que vivem num meio de baixa escolaridade e pronunciam “pobrema” estão adaptadas ao seu
habitat. Se você duvida, experimente entrar numa favela
do Rio vestindo roupa social e vá conversar com os traficantes usando linguagem de magistrado para ver o que
lhe acontece.
Não estou dizendo com isso que o linguajar das pessoas não-escolarizadas deva ser incentivado. É evidente
que, como cidadãos, devemos lutar para acabar com a
pobreza e a ignorância. Nesse sentido, não apenas pronunciar “pobrema” é errado; morar em favelas ou andar
maltrapilho é muito mais. No entanto, muitos brasileiros
moram em barracos ou na rua e só têm uma roupa –
muitas vezes esfarrapada – para vestir e só um registro
para falar. Sua fala é pobre como é pobre a sua existência, tanto física como mental. O imaginário da classe
média idealiza essas pessoas indo a todos os lugares
sempre com a mesma camisa surrada, os mesmos chinelos velhos, falando com todos sempre do mesmo modo.
(...)
LÍNGUA PORTUGUESA
FOLHA DE TEXTOS
Texto 1
A roupagem da língua
Noção de erro de português é afetada pela idéia de
que, vista do passado, toda evolução é corrupção.
Aldo Bizzocchi
Somos um povo que adora discutir a própria língua.
E quando o fazemos, um dos assuntos que invariavelmente vêm à baila é a famigerada questão do erro gramatical. Muito se tem debatido a respeito, e a suposta existência de erros em nossa fala (bem como na escrita) ensejou até o surgimento de uma nova profissão, por sinal
lucrativa, a de consultor gramatical. Igualmente, peritos no
assunto têm mantido com sucesso colunas em jornais,
sites, programas de rádio ou televisão com o propósito de
ensinar as pessoas a falar corretamente o seu próprio
idioma. Isso porque, segundo o diagnóstico catastrofista
desses entendidos, nunca se falou tão mal o português
como agora, nossa língua caminha inelutavelmente para a
ruína e a dissolução, já não se escreve mais como antigamente.
Disponível em http://revistalingua.uol.com.br/textos.
Acessado em 25/11/2007
Texto 2
Sinais de preconceito lingüístico
Houve um lado bom na polêmica declaração do expresidente Fernando Henrique Cardoso na convenção do
PSDB, noticiada com destaque na imprensa no fim de
semana.
O assunto forçou a mídia a discutir publicamente
questões ligadas às diferentes variantes da língua, assunto ainda muito restrito à academia.
Foi "certo" o que o ex-presidente disse? Ou era aceitável", posto que muitos falam assim?
O debate é pertinente e jornalisticamente atual.
Faltou, talvez, incluir na discussão a questão do preconceito lingüístico, conceito ainda pouco conhecido no
país.
Esse tipo de preconceito estava na base da declaração do ex-presidente (reproduzo trecho de matéria da
Folha Online):
- "Queremos brasileiros melhor educados, e não liderados por gente que despreza a educação, a começar
pela própria"
O ponto tão alardeado pela imprensa no sábado e no
domingo foi quanto ao uso inadequado do trecho "melhor
educados".
Do ponto da variante culta da língua (a chamada
norma culta), deveria ser "mais bem educados".
Esse foi, inclusive, o tema desta coluna na quintafeira da semana passada.
O que a fala de Fernando Henrique esconde é a percepção de que "quem fala errado ou não domina a língua
culta é pouco inteligente ou desprovido de autoridade
intelectual".
Essa forma de raciocínio é o tal preconceito lingüístico: pela intolerância em aceitar a diferença no uso da
língua, opta-se pelo preconceito.
Há, evidentemente, situações que exigem uma adequação maior à norma culta.
A fala do ex-presidente era uma delas, posto que criticava abertamente quem não seguia a variante culta
(socialmente, a mais prestigiada do país).
Mas, em outros contextos, é comum uma flexibilização maior da norma.
É só ver as sessões de bate-papo do UOL.
(...)
É preciso, então, definir claramente o que é o erro
em matéria de língua. É evidente que, se um estrangeiro
tentando falar português disser “O meu mulher ser muito
bonita”, cometerá um erro, a ponto de se poder dizer que
isso não é português. Da mesma forma, quando cometemos um lapsus linguae, isto é, um equívoco involuntário
do qual temos consciência, estamos diante um erro lingüístico.
Mas o que se costuma chamar de “erro de português” é uma expressão lingüística que nada tem de acidental, já que é sistemática e, geralmente, proferida por
pessoas de menor nível escolar e socioeconômico, embora possa ocorrer até nos mais altos escalões da sociedade. Para a lingüística, que é a ciência da linguagem humana, esse fenômeno não pode ser chamado de erro. Se
a língua é um sistema de signos que se articulam segundo leis definidas para permitir a comunicação e o pensamento humanos, toda expressão lingüística, mesmo a das
pessoas iletradas, cumpre esse papel com eficiência.
(...)
Usos inadequados
A maioria dos chamados erros constitui, na verdade,
um uso lingüístico inadequado à situação de comunicação. Para entendermos melhor essa inadequação, vamos
fazer uma analogia entre a língua que falamos e a roupa
que usamos. Ninguém em sã consciência vai a uma cerimônia de formatura de camiseta e bermudas tampouco
vai à praia de terno. Assim com há uma roupa adequada
a cada ocasião, há uma forma de expressão lingüística,
chamada registro ou nível de linguagem, adequada a
cada situação de discurso.
(...)
Mas e aquelas pessoas que moram na periferia ou
na zona rural e dizem “pobrema”, “cardeneta” ou “puliça”,
elas não estão falando errado? Do ponto de vista normativo, sim. Mas, como disse, a gramática normativa só se
aplica a situações e ambientes formais. O registro deve,
antes de tudo, estar adequado ao contexto social da coEXAME DE SELEÇÃO 2008
–
CEFET/AL
–
CURSO TÉCNICO INTEGRADO – PÁG. 1
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Há abreviações e adaptações que, muitas vezes,
tentam simular a fala.
A própria fala pode servir de exemplo.
Quem segue todas as regras de colocação pronominal numa conversa informal?
Me contaram algo sobre você ou contaram-me algo
sobre você? Qual soa mais coloquial?
Claro que é a forma em que ocorre a próclise.
A construção, então, está errada?
Do ponto de vista da norma culta, sim.
Mas isso não quer dizer que não possa ser usada.
Vai depender muito da situação e do contexto em que o
trecho é produzido.
Em termos argumentativos, a fala de Fernando Henrique contradizia a crítica que tentava trazer.
Mas trouxe, por outro lado, a rara oportunidade de
discutir o preconceito lingüístico.
É um conceito ignorado por muitos, mas que, para
alguns autores, é tão grave quanto outras formas de preconceito.
Um abraço,
Paulo Ramos
Texto 6
E Vamos Á Luta
Gonzaguinha
Composição: Gonzaguinha
Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada
Aquele que sabe que é negro
o coro da gente
E segura a batida da vida o ano inteiro
Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro
E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro
Paulo Ramos
Paulo Ramos é jornalista, professor e consultor de
língua portuguesa do Grupo Folha-UOL. Disponível em
http://educacao.uol.com.br/dicasportugues/ult2781u669.jhtm. Acessado em 27/11/2007.
Aquele que sai da batalha
Entra no botequim, pede uma cerva gelada
E agita na mesa logo uma batucada
Aquele que manda o pagode
E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira
Pois o resto é besteira
Texto 3
Vício na Fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
ANDRADE,Oswald de. Pau-Brasil. São Paulo:Globo,1990.
E nós estamos pelaí...
Ed. Moleque (BMG Music) BR-EMI-80/00166.
Texto 7
Texto 4
Evocação do Recife
(...)
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil (...)
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira - poesias
a
reunidas. 7 ed. Rio de Janeiro. José Olympio editora,
1979.
Texto 5
Doloso
Era preciso cometer aquele erro
de concordância, de regência,
de colocação pronominal
(a música das palavras exigia),
embora soubesse da Gramática
e de sua intransigência de burocrata
Disponível em http://www.nanquimaquarela.com/.
Acessado em 27/11/2007
E era imprescindível saber.
O crime culposo seria inadmissível.
MACEDO, Maurício de. Fragmento. Maceió: Catavento, 2007.
EXAME DE SELEÇÃO 2008
–
CEFET/AL
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Para responder às questões desta prova de Língua Portuguesa, você precisa ler atentamente a Folha de Textos
que apresenta um total de 07 textos.
A)
B)
C)
D)
E)
01. Em relação aos textos, analise as sentenças:
I – Os textos de 1 a 5 são marcados pela função metalingüística.
II – Os textos 3, 4 e 5, além da função metalingüística, são, por essência, exemplos da
função poética.
III – Além das duas funções mencionadas acima, os textos 1, 2 e 3 evidenciam a presença da função referencial.
IV – A utilização de frases interrogativas, no
texto 2, denota a presença da função fática.
04. Analise as palavras:
A)
B)
C)
D)
E)
Agora assinale.
A)
B)
C)
C)
E)
I, II e III estão corretas.
II, III e IV estão corretas.
I, II e IV estão corretas.
I, III e IV estão corretas.
Todas as sentenças estão corretas.
A)
B)
C)
D)
E)
A) em sua estrutura poética, o padrão gramatical
da língua é valorizado.
B) em todos os textos aparece o registro oral, com
expressões populares, destoantes da gramática.
C) os textos revelam, de maneira implícita, o preconceito dos autores, ao analisarem a fala do
povo.
D) revelam a valorização da língua popular, adequada às situações da vida cotidiana e necessária também ao texto poético.
E) revelam que a valorização da língua popular
deve ser restrita a uma classe menos favorecida economicamente. A Arte, a Ciência e o Direito devem manter o padrão formal da língua.
A)
B)
C)
D)
E)
adjunto adverbial.
complemento nominal.
aposto.
adjunto adnominal.
vocativo.
07. Há, no texto 3, uma indeterminação quanto ao
sujeito das orações. Isso evidencia que:
A) são cidadãos que conhecem a norma culta,
mas que só a utilizam em situações mais complexas, evidenciada pela frase “vão fazendo telhados”.
B) são trabalhadores da construção civil e agricultores, localizados no interior de pequenas cidades.
C) representa uma pequena parcela da população,
destinada ao trabalho braçal e que faz uso de
gírias.
D) são pessoas que preferem fugir da norma culta,
por acharem que, em suas profissões, esse uso
é desnecessário.
E) representa uma significativa parcela de excluídos em relação ao padrão culto da língua, mas
que conseguem expressar-se através de outros
níveis de linguagem.
I – a palavra é uma conjunção que estabelece
uma relação de ruptura, necessária ao entendimento do poema.
II – embora é uma preposição e estabelece
uma relação de continuidade com a idéia
estabelecida anteriormente.
III – embora é uma conjunção e estabelece uma
relação temporal com a idéia estabelecida
anteriormente.
IV – a palavra embora poderia ser trocada por
ainda que, sem prejuízo de sentido ao texto.
Assinale o verdadeiro:
CEFET/AL
predicado nominal.
predicativo do sujeito.
sujeito simples.
sujeito composto.
objeto direto.
06. Em relação à frase anterior, do texto 2, o termo
em outros contextos, exerce a função sintática
de:
03. Ao analisar-se, no texto 5, o vocábulo embora,
pode-se concluir que:
–
I – intolerância – (texto 2) – é polissílaba, acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo.
II – constrói – (texto 6) – é trissílaba e acentuada por ser ditongo oral aberto (oi).
III – vêm – (texto1) é monossílabo tônico – acentuado por terminar em em.
IV – têm – (texto1) – monossílabo tônico – acentuado por terminar em em.
F, F, F, F.
V, F, F, F.
F, V, V, V.
V, V, F, F.
V, V, V, V.
05. Na frase: “Mas, em outros contextos, é comum
uma flexibilização maior da norma.” (texto 2), o
elemento grifado exerce a função sintática de:
02. Em relação aos textos 3, 4 e 5, podemos observar, quanto à linguagem empregada, que:
EXAME DE SELEÇÃO 2008
I e II estão corretas.
I e III estão corretas.
Somente I está correta.
Somente IV está correta.
I e IV estão corretas.
–
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08. Sabemos que o texto possui elementos que
servem para retomar expressões anteriores, evitando assim repetições desnecessárias que
prejudicam o seu entendimento. Assinale a opção correta quanto à indicação do termo/idéia
retomado(a) pelo pronome que em “Se a língua
é um sistema de signos que se articulam segundo leis definidas para permitir a comunicação e o pensamento humanos, (terceiro parágrafo do texto 1.)
A)
B)
C)
D)
E)
B) uma referência explícita sobre a questão do uso
da língua adequado às diferentes situações e
contexto em que se insere o falante.
C) Uma referência implícita sobre a discriminação
que ocorre com quem comete desvios da norma culta nas salas de bate-papo e na poesia.
D) Uma abordagem excessivamente gramatical,
ao tratar do que é “certo” ou “errado” no uso da
língua portuguesa, na média impressa.
E) Uma preocupação acadêmica, apenas, com o
uso correto da língua portuguesa.
língua.
povo.
adora.
discutir.
um.
12. Em relação ao texto 6, pode-se afirmar que:
I – predomina a função poética da linguagem,
com base no emprego da conotação.
II – a ênfase dada a registros da oralidade caracteriza o nível coloquial/informal da linguagem.
III – expressões denotativas, como “entra no
botequim, pede uma cerva gelada”, predominam no texto, para anular a subjetividade
expressa pelo emprego da 1ª pessoa.
É (são) verdadeira(s) a(s) afirmação (ões):
09. Em relação ao texto 6, analisando-se o vocábulo do último verso pelaí, assinale as afirmações
verdadeiras.
I – É um recurso da oralidade e combina com
outras expressões também orais do texto.
II – É um recurso da oralidade, resultado da fusão da preposição por com o advérbio de
lugar aí.
III – Por ser um recurso da oralidade, ao fugir
do padrão formal da língua, impede a mobilização das classes proposta na música.
IV – Está acentuado por incluir-se na regra das
oxítonas terminadas em (i) seguidas ou
não de s.
A)
B)
C)
D)
E)
A)
B)
C)
D)
E)
13. Em “...nossa língua caminha inelutavelmente
para a ruína e a dissolução...” (texto 1), as palavras destacadas poderiam ser substituídas,
sem alterar o sentido do contexto, por :
I, II e III estão corretas.
I e III estão corretas.
I e II estão corretas.
II e IV estão corretas.
II, III e IV estão corretas.
A)
B)
C)
D)
E)
10. O texto 2 afirma que a declaração feita pelo expresidente Fernando Henrique Cardoso apresenta um lado positivo porque:
11. Ao ler os textos 1, 2, 3, 4, é possível perceber
que há em comum entre eles:
A) uma abordagem sociológica, pois se referem,
nitidamente, à questão socioeconômica das
classes média e alta.
–
CEFET/AL
inexplicavelmente – resolução.
involuntariamente – dispersão.
socialmente – anulação.
fatalmente – desagregação.
obrigatoriamente – resolução.
14. Dadas as afirmações de que a construção:
1 – “ Há, evidentemente, situações que exigem
uma adequação maior à norma culta.” (texto 2), sem contrariar as regras de concordância verbal, a frase pode ser substituída
por “Existem, evidentemente, situações
que exigem uma adequação maior à norma
culta.”
2 – O adjetivo adequada foi empregado neste
fragmento do texto 1: “ assim como há uma
roupa adequada a cada ocasião, há uma
forma de expressão lingüística, chamada
registro ou nível de linguagem, adequada a
cada situação de discurso.” Na segunda
ocorrência, nota-se um desvio gramatical,
pois, de acordo com a regra de concordância nominal, deveria estar flexionado no
masculino plural, visto que se refere aos
substantivos registro e nível.
3 – Os substantivos quinta-feira e bate-papo
seguem a mesma regra de flexão de núme-
A) revela a atualidade política
de um expresidente, ao falar de uma questão gramatical.
B) possibilitou uma discussão pública, na mídia,
sobre uma questão restrita à academia – as diferentes variantes da língua portuguesa.
C) a convenção do PSDB, na qual FHC fez a declaração, foi bastante noticiada na imprensa.
D) a declaração feita pelo ex-presidente possui
pertinência política e conteúdo jornalístico atual.
E) é relevante apenas sob o ângulo jornalístico,
todavia suscita uma discussão acadêmica.
EXAME DE SELEÇÃO 2008
I.
II.
I e II.
II e III.
I, II e III.
–
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ro, logo o plural correto, para ambos, é flexionar os dois termos: quintas-feiras e bates-papos.
Verificamos que está(ão) correta(s):
A)
B)
C)
D)
E)
17. No texto 1, a relação que se estabelece entre o
segundo e o terceiro parágrafos é feita através
de uma categoria gramatical. Assinale a opção
em que se indica essa categoria gramatical e a
relação que ela estabelece entre os parágrafos.
apenas a afirmação 1.
apenas a afirmação 2.
apenas a afirmação 3.
apenas as afirmações 1 e 2.
todas as afirmações.
A)
B)
C)
D)
E)
15. De acordo com o texto 1, analise as proposições e julgue-as verdadeiras ou falsas.
18. Em relação à frase “Houve um lado bom na
polêmica declaração do ex-presidente...”
(texto 2), podemos identificar, para o verbo que
a estrutura:
I – O título é coerente com o desenvolvimento
do texto, que mostra uma analogia entre a
língua que falamos e a roupa que usamos.
II – A analogia feita não esclarece, efetivamente, o título do texto, pois qualquer “lapsus
linguae” que cometemos caracteriza um erro lingüístico, inadequado ao processo de
comunicação.
III – O texto propõe que “ como cidadãos devemos lutar para acabar com a pobreza e a
ignorância vocabular”, para isso acontecer,
evidencia a profissão de consultor gramatical como solução para esses problemas.
IV – Aprender a falar corretamente o próprio idioma é a única condição, segundo o texto,
para se atingir ascensão social.
V – O erro lingüístico ocorre, com maior freqüência, entre as pessoas de menor nível
escolar e socioeconômico.
A) sujeito simples cujo núcleo é o substantivo lado.
B) objeto direto e o núcleo é o substantivo declaração.
C) oração sem sujeito e predicado verbal.
D) sujeito indeterminado e predicado verbal.
E) sujeito simples e o núcleo é o substantivo declaração.
19. Sobre a questão do “preconceito lingüístico”,
abordada no texto 2, fica evidente, segundo o
autor, que:
A) esse tipo de preconceito é resultado da “intolerância em aceitar a diferença no uso da língua”.
B) só os intelectuais, como o ex-presidente, cometem esse tipo de preconceito.
C) apenas a mídia está apta a discutir o preconceito
lingüístico, pois possui um alcance maior entre
as pessoas que o cometem.
D) a discussão sobre o preconceito lingüístico é,
efetivamente, feita pela classe acadêmica.
E) só as pessoas de menor nível escolar e socioeconômico cometem esse tipo de preconceito.
A seqüência correta é:
A)
B)
C)
D)
E)
V, F, F, F, V.
F, V, F, F, V.
F, F, V, V, V.
V, V, F, F, V.
V, V, V, F, V.
20. Observe o texto 7 e assinale a opção em que o
emprego da palavra mala não corresponde ao
mesmo sentido que ela apresenta nessa charge.
16. Observe a frase: “ Aquele que sabe que é negro
o coro da gente” (texto 6), a seguir, indique a alternativa com a análise correta.
A) A frase possui 2 predicados, respectivamente,
verbal e verbo-nominal.
B) A frase apresenta 2 conjunções, 2 pronomes e
1 preposição.
C) Negro é, morfologicamente, substantivo e funciona, sintaticamente, como sujeito simples.
D) O núcleo do sujeito da frase é o substantivo
coro (registro coloquial de couro). No texto, esse substantivo foi empregado no sentido de pele; em outro contexto, pode referir-se a canto,
grupo de cantores. Isso ocorre com palavras sinônimas.
E) Negro, na frase, é adjetivo e, sintaticamente,
classifica-se como predicativo do sujeito.
EXAME DE SELEÇÃO 2008
–
CEFET/AL
Conjunção mas - relação de causa.
Advérbio mas - relação de intensidade.
Pronome relativo que - relação de lugar.
Conjunção mas – relação de oposição.
Advérbio mas – relação de adição.
A) O deputado tem uma namorada que é uma
verdadeira mala.
B) O mala do presidente do sindicato dos assessores parlamentares deixou o cargo.
C) A política brasileira para o estrangeiro é uma
verdadeira mala.
D) Viajou por todo o Brasil com o deputado-mala.
E) O deputado federal saiu com a mala cheia de
dólares.
–
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ÁREA PARA CÁLCULOS
MATEMÁTICA
21. Considere os principais conjuntos numéricos:
N (conjunto dos números naturais), Z (conjunto
dos números inteiros), Q (conjunto dos números
racionais) e R (conjunto dos números reais).
Fundamentado nas relações entre eles, não é
correto afirmar:
A)
B)
C)
D)
E)
N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R;
R ⊃ Q ⊃ Z ⊃ N;
R - Q = não racionais;
Q – N = Z;
N ⊂ R.
22. Em relação aos principais conjuntos numéricos
é correto afirmar:
A) Todo número inteiro é natural, mas nem todo
número natural é inteiro;
B) Todo número real é natural, mas nem todo número natural é real;
C) Todo número irracional é real;
D) Todo número racional é natural, mas nem todo
número natural é racional;
E) Todo número racional é inteiro, mas nem todo
número inteiro é racional.
23. O Professor Xis de matemática gasta três sétimos do salário para pagar a prestação da casa.
Com a metade do que sobra ele compra de livros e ainda fica com duzentos e setenta e seis
reais. Qual o salário do professor Xis?
A)
B)
C)
D)
E)
R$ 669,00
R$ 769,00
R$ 869,00
R$ 966,00
R$ 1696,00
24. O
conjunto
solução
da
p + 1 p - 1
p - 1 p + 1
= 0,5 é dado por:
p + 1
1p - 1
A)
1
S =  .
5 
B)
 1
S = - .
 5 
C)
 1 1
S = - , .
 5 5 
D)
 2 1
S = - ,
 5 5
E)
1 2
e) S =  , .
5 5 
equação

.

EXAME DE SELEÇÃO 2008
–
CEFET/AL
–
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25. O
valor
da
expressão
trigonométrica
sen α
tg 45 o - cos β
,
E =
sen β
tg 45 o + cos θ
β = 30 o , β = 45 o , θ = 60 o e
ÁREA PARA CÁLCULOS
para
2 ≅ 1,41 é
aproximadamente igual a:
A) E = B)
E =
C)
E =
D)
E =
E)
E =
2
.
25
1
.
35
3
.
25
3
.
25
4
.
55
26. O
conjunto
x
x
x +
+
+
2
3
1
2
3
+
+
+
x
x
x
do por:
A)
S =
B)
S =
C)
S =
D)
S =
E)
S =
solução
da
equação
x
x
+
4
5 = 137 em R é denota4
5
+
x
x
{ - 20 }.
{ - 30 , 20 }.
{ - 20 , 0 }.
{ - 30 , 30 }.
{ 20 , 30 }.
O enunciado a seguir corresponde às questões 27, 28 e
29.
A figura a seguir é um quadrado ABCD, de lado a.
Os vértices A e B, do referido quadrado, pertencem a uma
circunferência de centro O e raio OB = ON = R. O lado
CD, do quadrado citado, tangencia a circunferência no
ponto N. Sabe-se ainda, que AM = MB = CN = ND. Nessas condições:
FIGURA 1
A
M
B
O
C
N
EXAME DE SELEÇÃO 2008
–
CEFET/AL
–
CURSO TÉCNICO INTEGRADO – PÁG. 7
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27. O raio da circunferência é:
A)
B)
C)
D)
E)
ÁREA PARA CÁLCULOS
5a
8
5a
4
4a
5
8a
5
3a
4
28. O comprimento da circunferência e a área do
circulo, são respectivamente:
A)
5πa
8
e
25πa 2
64
B)
5πa
8
e
5πa 2
64
C)
5πa
4
e
25πa 2
64
D)
5πa
4
e
25πa 2
64
E)
5πa
8
e
5πa 2
8
29. A razão entre a área do círculo e o comprimento da circunferência é:
A)
B)
C)
D)
E)
16
5a
5
16
5a
16
5a
4
4a
5
30. Constata-se que, uma torneira, pingando vinte e
cinco gotas por minuto, durante trinta dias, ocasiona um desperdício de cem litros de água. Se
numa residência, uma torneira esteve pingando
quarenta gotas por minuto durante quarenta e
cinco dias, quantos litros de água foram desperdiçados?
A)
B)
C)
D)
E)
250 litros.
240 litros.
235 litros.
263 litros.
281 litros.
EXAME DE SELEÇÃO 2008
–
CEFET/AL
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CURSO TÉCNICO INTEGRADO – PÁG. 8
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31. Seja a equação (a − 1)x 2 − a 2 x + (a + 1) = 0, em
que a é um número diferente de 1. Os valores
de a para que essa equação tenha raízes reais
e iguais são:
ÁREA PARA CÁLCULOS
A) -2 e 2.
B) - 2 e
2 .
C) -2 2 e 2 2 .
D) 0 e 2 .
E) N.D.A.
32. Simplificando a expressão
p  1
1  pq2 + p2q 
1
 ÷
E =  . 
+
÷
,
2
2 
2
p
+
q
q
p
q
+
p
q
p




encontraremos para seu valor:
A)
B)
C)
D)
E)
E = -1.
E = 0,5.
E = 1.
E = 2.
E = 3.
33. O campo de futebol do CEFET-AL tem as dimensões quarenta e dois metros por oitenta e
quatro metros. Sabe-se que após a reforma sugerida pela Coordenadoria de Educação Física
ele terá as dimensões quarenta e cinco metros
por noventa metros . Nessas condições, qual o
valor do acréscimo na área do futuro campo,
em decímetros quadrados?
A)
B)
C)
D)
E)
5220.
5,22.
52200.
0,522.
52,2.
34. Um prêmio de R$ 4 600,00 foi repartido entre
três funcionários de uma empresa em partes inversamente proporcionais aos seus salários. O
funcionário F1 recebe cinco salários mínimos. O
funcionário F2, oito salários mínimos, e o funcionário F3, quatro salários mínimos. Qual a
parte do prêmio que coube a cada funcionário
na ordem dada acima?
A)
B)
C)
D)
E)
R$ 1000,00, R$ 1600,00 e R$ 2000,00.
R$ 1200,00, R$ 2000,00 e R$ 1600,00.
R$ 1600,00, R$ 1000,00 e R$ 2000,00.
R$ 2000,00, R$ 1600,00 e R$ 1000,00.
R$ 160,00, R$ 120,00 e R$ 2000,00.
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CEFET/AL
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35. Os vértices de um quadrado ABCD interno a
uma circunferência estão sobre a mesma de
centro O. Se o lado desse quadrado mede três
centímetros, o diâmetro da circunferência mede:
A)
D = 3 3 cm.
B)
D =
C)
D)
E)
3 3
cm.
2
D = 3 2 cm.
3 2
cm.
2
3
D =
cm.
2
D =
36. Sabendo que
que R =
A)
B)
C)
D)
E)
Um
Um
Um
Um
Um
x
y
54
=
=
, podemos afirmar
2
x
y
y
será:
x
número primo.
número racional.
número inteiro.
número irracional.
número divisível por três.
37. No dia do estudante um professor resolveu
distribuir aos alunos de uma turma 140 sorvetes. No momento da distribuição, faltaram sete
deles, e, assim, os que estavam presentes receberam um sorvete a mais cada um. Quantos
alunos estiveram presentes?
A)
B)
C)
D)
E)
28.
33.
35.
40.
42.
38. O apótema do hexágono regular inscrito num
A)
B)
C)
D)
E)
circulo mede 3 3 dm. A área da região externa
ao hexágono e interna ao circulo é:
22
Considere: π =
e 3 ≅ 1,73 .
7
2
20,5 dm .
2
18,54 dm .
2
21,05 dm .
2
22,73 dm .
2
19,72 dm .
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39. Num trapézio retângulo de bases (b) e (b + 4),
sabe-se que o lado perpendicular às bases mede (b + 1) e o lado oblíquo vale (b + 3). A área,
em decímetros quadrados, da região delimitada por esse trapézio é igual a:
A)
B)
C)
D)
E)
14.
18.
12.
20.
8
40. As potências de base dez são úteis para representar números muito grandes. Veja os exemplos:
A distancia da Terra à Lua que é de aproximadamente 400 000 km , pode ser indicada por 4 × 10 5 km .
Cometas são astros que giram em torno do Sol. O
Cometa Halley se aproxima da Terra de setenta e seis
anos em setenta e seis anos – seu período de rotação em
torno do Sol- a uma velocidade de 200 000 km/h ou
2 × 10 5 km/h .
Um coração humano bate em média cento e vinte mil
vezes por dia. Admitindo-se o ano como trezentos e sessenta e cinco dias e desprezando a diferença no número
de dias nos anos bissextos, o número de vezes que, desde o nascimento, já bateu o coração de uma pessoa ao
completar meio século é de aproximadamente:
A)
B)
C)
D)
E)
9
2,19 x 10 vezes.
7
2,19 x 10 .
-9
2,28 x 10 .
-8
2,2 x 10 .
10
2,2 x 10 .
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