Mesão Frio: Percursos de uma identidade
Residência Artística de Fotografia e Cinema Documental
Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo
Câmara Municipal de Mesão Frio
FOTOGRAFIA
”Lugares sem voz”
Autora: Adriana de Melo | [email protected]
Sinopse:
“A alguns jovens pouco lhes diz... partiram e ficam amargurados com a falta de oferta. (...) Os bens
materiais foram procurados noutras zonas (...) ao se deslocarem criaram a sua vida noutro sítio, noutras
raízes e estas não lhes dizem nada. (...) a única raiz que fica são os familiares (...) e a partir do momento
que acabam por falecer esses familiares nada os traz. Ainda há alguns que tentam preservar por uma
questão de orgulho às suas raízes e conseguem recuperar algumas mas outras acabam mesmo por ficar em
ruínas porque não há capacidade financeira para as recuperar.”
Adalberto Sampaio (Presidente da Junta de Freguesia de Cidadelhe - Mesão Frio)
Os espaços aparentemente vazios estão recheados de memórias de outros tempos, memórias estas que
foram procuradas junto daqueles que os habitavam quando estes eram recheados de vida. Preenchendo o
vazio com luz e som procura-se transpor a barreira temporal e refletir sobre o passado, o presente e a
relação entre os dois.
Tipo de impressão: Impressão em duratrans
Suporte de exibição: Retroiluminado em suporte de madeira
Dimensões de impressão: 60x60cm
Site: adrianamelophotography.wordpress.com
”O Cativeiro das Algemas Invisíveis”
Autora: Joana Pereira | [email protected]
Sinopse:
O modo de habitar Mesão Frio depende quase exclusivamente da atividade vitivinícola. Referindo-se a esta
forma de vida, Mário Bernardes Pereira escreveu um texto intitulado O cativeiro das algemas invisíveis.
Cativeiro, sim, porque o amor ao trabalho na minha vinha nunca é retribuído ao longo de toda uma vida
dedicada à terra.
Tipo de impressão: Impressão Cromogénea
Suporte de exibição: Montagem em PVC 3 mm
Dimensões de impressão: 70x70cm
“Paisagem Vertical”
Autora: Lucília Monteiro | [email protected]
Sinopse:
Partindo de memórias dos moradores de Porto de Rei, esta reflexão procurará retratar o momento atual de
um lugar que já foi ponto de paragem obrigatória. Os sons e imagens na vertical - orientação que define a
rota quotidiana que os habitantes fazem ao subir e descer as colinas – recordarão os meios de transporte
que animavam as margens e cuja velocidade, agora, apenas contrasta com a vagareza da paisagem.
Suporte de exibição: Projeção de imagem e som
Duração: 3'
“Locais”
Autor: Milton Pacheco | [email protected]
Sinopse:
Os termos desertificação e abandono surgem hoje, como consequências diretas de uma contemporaneidade
idilicamente cosmopolita. Nesse sentido o trabalho fotográfico documental proposto em Mesão Frio, tem
como ímpeto objetivar-se a retratar a relação dos que não indiferentes às dificuldades que a região enfrenta,
optam por permanecer. Locais, assume-se como uma conceção onde as afinidades indissociáveis entre –
retratado e paisagem – se mesclam em ânsias, estados de espírito e memórias.
Tipo de impressão: Prova cromogénea
Suporte de exibição: Montagem em PVC
Dimensões de impressão: 100x80cm
”Filhos da Terra”
Autora: Vera Valente | [email protected]
Sinopse:
Uma reflexão sobre o espaço e as pessoas. Onde o altar representa um lugar de culto, um lugar de
esperança e de momentos de desespero. Rico pela sua informação visual, é o cenário para retratar algumas
das últimas pessoas que nasceram no Hospital da Misericórdia.
Tipo de impressão: Prova cromogénea
Suporte de exibição: Montagem em moldura
Dimensões de impressão: 50x70cm
”A vinha: Uma cultura POPular”
Autor: Nelson Sousa | [email protected]
Sinopse:
Trabalho fotográfico constituído por retratos que procuram restituir a individualidade, numa amostra de
pessoas de uma classe tradicionalmente vista, pelos poderes instituídos, como mera força de trabalho.
As pessoas, todas pertencentes à mesma unidade produtora de vinho, foram fotografadas no seu local de
trabalho mais usual, que surge nas imagens de forma vestigial, relegado para segundo plano.
A disposição horizontal da composição, a cerrar o enquadramento vertical do motivo, tenta sugerir a tensão
da vivência do indivíduo num território de que ele beneficia quase só como paisagem; a paisagem que ele
próprio, enquanto povo, construiu.
Tipo de impressão: Impressão jato de tinta de arquivo
Suporte de exibição: Montagem em dibond com moldura
Dimensões de impressão: 120x160cm
Site: www.nelsonsousaphoto.com
”Nativos do Douro”
Autor: Rafael Farias | [email protected]
Sinopse:
O projeto fotográfico centra-se sobretudo naqueles que tomam conta destas casas senhoriais, os caseiros e
feitores de Mesão Frio. A fotografia regista um olhar atento à figura humana e ao espaço envolvente à
mesma. Pretendeu-se representar, o imaginário e a sua identidade, através daquilo que existe para além do
trabalho na quinta.
O corpo e o tempo, a passagem entre os lugares deram a conhecer o sujeito representado na fotografia,
algo que está para além do trabalho na casa e na vinha.
Tipo de impressão: Impressão a jato de tinta
Suporte de exibição: Montagem em PVC 3mm
Dimensões de impressão: 50x75cm
Site:
http://www.behance.net/rafaelfarias
http://rafael-farias.tumblr.com/
CINEMA
”O tempo que durar”
Aline Flor | [email protected]
Luís Pedro Carvalho | [email protected]
Sinopse:
Últimos resistentes de uma geração que não se irá renovar, os caseiros mantêm em algumas quintas de
Mesão Frio o seu dia a dia rotineiro, dedicando as suas vidas a zelar pela propriedade dos patrões.
Resignados com o abandono da outrora rica região, estes trabalhadores tradicionais do Douro têm que
ultrapassar o vazio deixado pelo número cada vez menor de pessoas ao seu cuidado. A terra, onde os casais
de caseiros vivem isolados da vida urbana e longe das respetivas famílias, torna-se o núcleo onde marido e
mulher têm que aprender a viver com a solidão.
Duração: 18'
Realização: Luís Pedro Carvalho
Produção: Aline Flor
Direção de Fotografia: António Abreu
Som: Tiago Resende
Gaffer: Rafael Farias
Com: Ernestina Vieira, Gabriel Oliveira, Rogério Jacinto e Maria do Carmo Duarte
Site: www.facebook.com/otempoquedurar
”Realidade sim. Realidade não. A que estiver”
Diogo Nóbrega | [email protected]
Sinopse:
Talvez não seja preciso morrer para se estar morto. Com o tempo tudo deixa de ser. Consequente, funcional.
Sem propósito, sem utilidade.
Sobrevém um Lar da Terceira Idade. Ou sucessão de corpos. Abandonados, esquecidos, mas de pé, numa
dignidade silenciosa. Pouco ou nada passa por eles. Mas eles ainda estão cá.
Este filme não trata de compor epitáfios. «Loas à mãe-defunta». Mas de dizer que há vida. Que a morte lhe
confere sentido. Promove uma ideia, talvez poética, de impermanência. Procura vestígios, fantasmas, restos
de humanidade. O que estiver. Fixa o espaço, a essência da finitude da experiência. A sua “música”. O que é
sonoro é o esquecimento.
O novo-mundo que se gera «na casca do velho mundo» é muito velho, é sem tempo histórico. É uma
sobrevivência modelar.
Duração: 25'
Produção e Realização: Diogo Nóbrega
Direção de Fotografia: Ismael Afonso
Som: Pedro Firmiano
”Registo. Particípio Passado”
Sinopse:
Os dias parecem copiar-se entre si. As aldeias estão vazias, desertas e esquecidas. Chegamos a Mesão Frio
para recuperar as memórias e um passado populado de recordações, registando a paisagem e as conversas
que fomos tendo com as pessoas de cá.
Duração: 20'
Realização: Rafaela Morgado, Sara Azad, Sérgio Miguel Silva
Produção: Rafaela Morgado
Direção de Fotografia: Sérgio Miguel Silva
Som: Sara Azad
Fotógrafos: Adriana de Melo, Milton Pacheco
Música: Bruno Ferreira
Com: Adalberto Sampaio, Adriana Rodrigues, Amélia Gondar do Vale, Maria José Regadas, Adriana de Melo,
Milton Pacheco
Site: www.facebook.com/Registo.ParticipioPassado
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